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Tempo de mudança Mesa Redonda. O mercado da distribuição de peças, em Portugal, tem crescido, em termos de vendas, nos últimos anos. Mas os tempos são de mudança e quem não souber adaptar-se a uma nova realidade poderá ver o futuro comprometido. Na Mesa Redonda organizada pelo Jornal das Oficinas, juntaram-se alguns dos principais players do setor para1debater e antever o futuro do negócio P.6 Kayaba.pdf 15/06/16o presente 14:18
ENTREVISTA
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Helmut Ernst, diretor-geral da ZF Services, em conversa exclusiva P.16
Empresa especialista em peças para pesados comemorou as duas décadas de existência numa grande festa, entre amigos e parceiros
REPORTAGEM
Todas as novidades do Salão Automechanika, em Frankfurt P.26
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TÉCNICA
São vários os riscos associados à área da pintura. Eis os cuidados a ter
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FOLHA DE SERVIÇO 03
JO TV em várias plataformas
EDITORIAL
Estamos também no MEO Kanal
João Vieira Diretor
› Desde o início do ano que o JO TV está disponível, também, no MEO Kanal. Basta premir o botão verde do comando MEO e inserir o número 546040. Ou ir diretamente para http://kanal.meo.pt/546040
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JO TV no MEO Kanal surge como uma evolução do conceito de comunicação que temos vindo a desenvolver, com o objetivo de divulgar informação sobre o aftermarket, em particular, e sobre o setor automóvel, em geral, para um público mais vasto. Embora se trate de um canal dedicado, maioritariamente, ao aftermarket, inclui, também, muitos conteúdos de comércio e indústria, ações e eventos diversos relacionados com o mundo automóvel. É nosso objetivo, com este novo canal de comunicação, reforçar a presença do Jornal das Oficinas nas redes sociais, interagir com os utilizadores e responder às necessidades destes. Reportagens de eventos, entrevistas com responsáveis de empresas, divulgação de novos produtos e serviços lançados no mercado, tendências, sugestões, dicas reparação. Há de tudo um pouco no Canal JO TV! Mas vamos mais longe. O JO TV é feito, também, de contribuições, exibindo conteúdos produzidos de forma externa que poderão estar presentes na programação. Filmes de apresentações e lançamentos de novos produtos, documentários e trabalhos com qualidade que estejam “perdidos” pela Internet serão convidados pelo JO TV a estar presentes nesta plataforma interativa. O canal JO TV no MEO Kanal vai ter comunicação constante no Facebook e no Instagram, bem como difusão de conteúdos no YouTube e no Vimeo. Vai ser ainda motivo de conversa no Twitter e destaque nas App Store e Google Play. A partir de agora, através do botão verde do comando MEO, inserindo o número 546040, é possível aceder, gratuitamente, a uma panóplia de conteúdos com a chancela do Jornal das Oficinas, onde se destacam os noticiários em vídeo com periodicidade quinzenal e as entrevistas a personalidades do setor, sem esquecer as reportagens às principais empresas do pós-venda nacional e internacional. Com este novo canal, através do qual o Jornal das Oficinas pretende chegar a centenas de milhar de pessoas, damos o nosso contributo para uma maior dinamização e credi-
bilização do aftermarket no nosso país. Aproveitamos também para convidar todos os retalhistas e distribuidores que possuam televisores nas suas lojas de peças, a utilizarem o JO TV no MEO Kanal, dando assim a oportunidade aos clientes de ficarem atualizados com as notícias mais recentes do aftermarket nacional e internacional. ✱
DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com | Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTORES DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com Rodolfo Faustino – rodolfo.faustino@apcomunicacao.com | IMAGEM – António Valente | MULTIMÉDIA – Catarina Gomes | ARTE – Hélio Falcão SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE – financeiro@apcomunicacao.com | PERIODICIDADE – Mensal ASSINATURAS – assinaturas@apcomunicacao.com | © Copyright – Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Tel.: 239 499 922
N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares
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AP COMUNICAÇÃO Propriedade – João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Sede – Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém Portugal | GPS – 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. – +351 219 288 052/4 | Fax – +351 219 288 053 | Email – geral@apcomunicacao.com
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Desafios e oportunidades A Mesa Redonda realizada pelo Jornal das Oficinas, desta feita sobre o mercado da Distribuição de Peças Aftermarket, revelou-se profícua no debate de ideias e tendências para o futuro do negócio. O aftermarket profissionalizou-se e ganhou credibilidade, agilizou muitos processos e tem ganho quota de mercado face às peças de origem. Surgiram novos players que trouxeram novos modelos de negócio e a qualidade do serviço é, em muitos casos, melhor até no setor independente do que nas OES. Todos estes fatores têm ajudado ao crescimento do negócio. Mas até quando o mercado vai continuar a crescer? Ninguém sabe. Por isso, é importante estar atento a todas as alterações que vão surgindo e a todos os sinais de mudança. Não basta vender muito para crescer, mas sim ter rentabilidade no negócio. Porque “o grande problema do aftermarket não é o presente, mas o futuro. E os próximos dois, três, quatro anos, serão muito duros para o setor”, conforme disse um dos participantes na Mesa Redonda. Novos desafios e muitas oportunidades esperam os players do aftermarket para os próximos tempos, mas o crescimento não será sustentável para todos. O crescimento de um negócio pode parecer uma coisa muito simples e natural, porque o próprio volume de negócios fornece os meios para gerir esse crescimento, mas tudo é, na realidade, fruto de um correto planeamento e da aplicação de certos princípios de negócios comprovados. A única forma de crescer de uma forma sustentável e rentável consiste em realizar investimentos criteriosos em áreas chave, como os equipamentos e tecnologias com mais valor acrescentado e maior procura a prazo, pessoal competente e bem formado, fornecedores competitivos e parceiros de negócio à “prova de bala”. Em termos práticos, o crescimento de uma empresa é, no fundo, o regresso permanente de todos os clientes satisfeitos todas as vezes que necessitam dos serviços. Bem como a chegada de novos clientes que ouviram falar da forma exemplar como se desempenha a profissão. Esta é a única forma de crescimento. Em segurança, em qualquer tempo, em qualquer lugar. ✱ Outubro I 2016
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Destaque
Jornal das Of icinas
Parceria
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MELHOR
MECATRÓNICO Campanha anual
Concurso final
Primeiros quatro finalistas › Nesta edição, revelamos os quatro primeiros finalistas para o Concurso Final do Melhor Mecatrónico 2016. Os restantes quatro apresentaremos no próximo jornal
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procura foi longa, intensa, mas caminha para o (grande) final. Durante meio ano, entre abril e agosto, o Jornal das Oficinas, inquiriu mais de 200 profissionais, de modo a eleger o Melhor Mecatrónico 2016. Uma iniciativa sem precedentes no aftermarket nacional e que ultrapassou, em larga medida, todas as expetativas, tanto em termos de adesão de mecatrónicos, como da qualidade das respostas dadas aos questionários, publicados nas nossas várias edições. Apesar das centenas de candidaturas, os regulamentos do concurso eram, logo à partida, inequívocos: ao Concurso Final, chegariam apenas os oito melhores concorrentes. Ora, nesta edição, damos a conhecer aos nossos leitores aqueles que são os primeiros quatro finalistas; na edição 132 (novembro) apresentaremos os últimos quatro. A partir de agora, os oito selecionados terão de preparar-se para elevar a fasquia. Pela frente, em novembro, terão dois dias
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de testes, com várias avarias, de grande complexidade, de modo a apurar o melhor dos melhores.
DAVID MOITA “O mecatrónico começou a ser uma palavra comum no vocabulário dos clientes“ A profissão de mecatrónico acabou por ser uma “imposição” na vida de Da-
vid Moita. A sua formação de origem era a eletrónica. E nos automóveis, ambas áreas estão umbilicalmente ligadas. “Em 2004, trabalhava numa empresa de desenvolvimento de material e telecomunicações militares, fruto da minha formação académica, e sendo que a minha permanência não era garantida, por força das circunstâncias, o meu pai decidiu candidatar-se a uma certificação do IPQ para instalação e calibração de taxímetros, pelo que, desde estão, iniciei a minha caminhada nesta profissão”, revela. David Moita confessa que não teve grandes problemas de adaptação, uma vez que já colaborava com o pai na oficina. Mas, atualmente, regista algumas dificuldades acrescidas. “O parque automóvel evoluiu de forma abrupta” e mesmo com equipamentos e formação adequados, “a resolução de algumas avarias é de todo uma tarefa difícil”, confessa. Segundo David Moita, a “maioria das pessoas não está preparada para a evolução dos automóveis. Por vezes, dirigem-se às
oficinas, julgando saber que a causa da avaria é elétrica e verifica-se que a mesma é mecânica. O mecatrónico começou a ser uma ‘palavra comum’ no vocabulário dos clientes”.
GUSTAVO DIAS “Algumas pessoas do ramo continuam a desconhecer o trabalho efetuado pelo mecatrónico“ Mecânico de automóveis de profissão (e paixão), Gustavo Dias descobriu,
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soluções para o seu negócio
muito cedo, que a componente elétrica era “sempre necessária para efetuar uma simples reparação”. No início da atividade de mecatrónico, Gustavo Dias sentiu muitas dificuldades. “O teórico lecionado não complementava a componente prática”, confessa. Foi preciso ganhar experiência. Com o tempo. Hoje, os principais handicaps prendem-se com as “novas tecnologias e com a falta de formação”, explica. “Embora trabalhando numa marca onde a tecnologia chega primeiro aos seus colaboradores, também são estes que exploram as novas tecnologias e se deparam pela primeira vez com os problemas intrínsecos às mesmas”, reforça. Na sua visão, “muitas das pessoas desconhecem o conceito de mecatrónico automóvel, até mesmo quem trabalha no ramo não sabe o trabalho efetuado pelo técnico, ou até mesmo a existência desta categoria profissional”. Para obter sucesso como mecatrónico, é obrigatório “gostar da área”. Tudo o resto será complementado com “curiosidade, motivação e vontade de aprender”, esclarece Gustavo Dias, que gosta de citar o filósofo chinês Confúcio: “Escolhe um trabalho de que gostes e não terás de trabalhar nem um dia na vida”.
RAUL DOS SANTOS MANAIA “Na zona centro existem poucos centros para formação e escassos manuais técnicos“ Para Raul dos Santos Manaia, a profissão de mecânico começou em 1979, “como aprendiz numa oficina de marca”. A atividade de mecatrónico aconteceu com muita normalidade. “Exercia as funções de mecânico automóvel, depois apareceram as ignições transistorizadas, a inspeção eletrónica e, a partir daí, a necessidade de reparar as avarias. A evolução foi constante”, sustenta. “As maiores dificuldades que encontro é na formação: a zona centro tem muito poucos centros e escassos manuais técnicos”, adianta Raul dos Santos Manaia. Além disso, acrescenta, “penso que poucas pessoas sabem o que é a mecatrónica”, mas, também, “nunca tive a necessidade de dizer que trabalho em mecatrónica”. Acredita que haverá algo a fazer para melhorar o setor oficinal, mas reconhece
1º Prémio Vencedor Concurso Melhor Mecatrónico 2016
que será “difícil fazer um juízo sobre o assunto”. Por vezes, afirma, será preciso mudar tanto “as pessoas como as oficinas”. Mas algo parece seguro, no entanto. As últimas “têm que ser isentas e transparentes”, vaticina Raul dos Santos Manaia, que, daqui a 10 anos ainda gostaria de estar a trabalhar na sua oficina, pelo manifesta amor que tem à profissão.
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TIAGO NEVES “A paixão pela atividade começou a acentuar-se à medida que os desafios iam aparecendo” O gosto pela mecânica nasceu muito cedo, para Tiago Neves. “Tentava perceber o funcionamento de alguns brinquedos, como carros telecomandados, mecanismos de movimentação dos hot wheels, entre outros. Comecei a perceber que o funcionamento e a construção não eram nada de transcendente, até que arrisquei e comecei a fazer as primeiras reparações nomeadamente em ciclomotores e motociclos”, conta. Aos 15 anos abraça a profissão numa oficina perto de casa, onde “fazia pequenas reparações como trocar lâmpadas, calços, escovas e alguns filtros”, diz. “A paixão por esta área começou a acentuar-se e à medida que os desafios iam aparecendo, não consegui parar de querer aprender mais”, sublinha Tiago Neves. Na sua opinião, muitos desconhecem o significado de mecatrónico automóvel e tratam todos por “mecânicos”. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas que conhecem a profissão “reagem de forma positiva” quando Tiago Neves revela aquilo que faz. “Dizem que tem bastante futuro”. Para si, o “segredo para singrar nesta profissão passa por ter bastante força de vontade e gostar realmente desta área”. No quotidiano, “vão aparecendo situações novas e adversas, mas o importante é não desistir se algo correr mal. Devemos, sim, aprender com isso”. ✱
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MESA REDONDA 06
Distribuidores de peças aftermarket
Tempos de mudança
› O Jornal das Oficinas organizou uma Mesa Redonda sobre a distribuição de peças. Durante uma manhã, alguns dos principais players do setor analisaram a atualidade e o futuro do mercado. O debate foi animado e todos reconheceram viver “tempos de mudança” Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores
O
negócio da distribuição de peças automóvel, em Portugal, está em fase de crescimento. Mas serão os números do mercado reais, estruturais, ou, pelo contrário, esconderão eles um futuro cenário bem menos luminoso? Com mais ou menos nuvens, os tempos estão a mudar, como ficou provado na mais recente Mesa Redonda organizada pelo Jornal das Oficinas, no passado dia 1 de setembro, no Hotel Altis Belém, em Lisboa. Como é já tradição, o debate entre alguns dos principais protagonistas do mercado foi animado. E os temas foram divididos em dois painéis. O primeiro? “Análise da situação atual do comércio de peças aftermarket em Portugal”. O debate foi intenso. Pedro Proença, da Create Business, foi o primeiro a analisar a situação atual do mercado. “Se olharmos para uma perspetiva em termos de vendas, nos primeiros oito meses deste ano, a resposta só pode ser uma. O mercado, aparentemente, está Outubro I 2016
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a crescer e o negócio desenvolve-se”, afirmou. E continuou: “Na perspetiva da Create Business, pensamos que o mercado é, neste momento, claramente um mercado com muito potencial. E esse potencial continua a manifestar-se em termos daquilo que é o nosso volume de negócios e o volume das nossas vendas”. Mas Pedro Proença reconheceu que existem “muitos desafios pela frente”. Quais? “O facto de o mercado estar a crescer, tapa muita coisa. Mas é um mercado em crescimento, com oportunidades, que pode melhorar muito no que diz respeito a processos relacionados com a produtividade das empresas. Olhando para os primeiros oito meses deste ano, a análise é positiva”. Visão semelhante tem Isabel Basto, da AS Parts. “O que me parece é que o mercado de aftermarket em Portugal é um mercado que está muito credível. Creio que existe muita credibilidade no mercado e vê-se isso até pelos nossos indicadores de
crescimento. Temos, consecutivamente, ano após ano, conseguido crescer. Acho que a entrada de novos players e o desenvolvimento de outros operadores muito interessantes que estão neste mercado, trazem esta credibilidade”, disse, realçando ainda a importância de ser um setor em constante “evolução”. Da parte da Atlantic Parts, José Alves Pires deu conta de “oito meses de crescimento” e assinalou a entrada de novos players, mas chamou, também, a atenção para os “desafios” que espreitam no mercado. “Até final deste ano, o crescimento deverá continuar, mas também penso que vá acontecer algo no mercado, uma vez que, do ponto de vista da economia, este crescimento poderá não ser totalmente sustentável por todos os players. É esse o desafio que temos e é esse, no fundo, o que temos de precaver”. Pedro Díaz, da TRW, não tem dúvidas de que, “nos últimos anos, o aftermarket passou um pouco ao lado da crise. Pri-
Veja o vídeo em: jornaldasoficinas.com
meiro, porque todo o setor se profissionalizou. Tem vindo a evoluir positivamente, agilizou muitos processos, evoluiu em muitos sentidos e tem vindo a ganhar muita quota de mercado face às peças de origem”, adiantou. Para si, os principais desafios passam não tanto pelas “vendas”, mas, sobretudo, pela “rentabilidade”. n CRESCIMENTO: REAL OU FICTÍCIO? José Pires, da Krautli Portugal, referiu que, “durante estes últimos anos de retração, o que se verificou foi que as OES perderam muita força”. Além disso, “pode dizer-se que a qualidade do serviço é, em muitíssimos casos, melhor no setor independente do que nas OES. E isto tem, também, fidelizado muitos clientes. Quando num período de maior aperto, os clientes tradicionais OES vão para o mercado independente à procura, digamos, de melhores preços, chegando, depois, à conclusão que o serviço que encontram até é melhor do que aquele que tinham, é
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07 óbvio que isto fideliza e ajuda a desenvolver o setor independente. O período que estamos a viver agora deve-se, também, muito a esse contributo, ainda que não consigamos dizer se foi muito ou pouco. Em relação ao mercado em si, continua muito disperso, a ter muitos operadores”, sublinhou ainda o responsável. Para Saulo Saco, da Leirilis, “o mercado está em constante mudança e evolução”, mas também apontou “muitos desafios”. Depois, avisou, “há sempre a questão das margens. Para criar novas ferramentas ou novos serviços, existe um incremento de custos. E, aumentando os custos, as margens reduzem”, disse. Por outro lado, “estes desafios acabam por ser importantes, porque ajudam a que todas as empresas cresçam à procura de soluções”, acrescentou. Paulo Torres, da Vieira & Freitas, não discordou dos seus parceiros de mesa. Mas acredita que o mercado, “individualmente e em valor de vendas, não terá crescido assim tanto, uma vez que despareceram alguns players importantes”, afirmou. Contudo, “o grande problema do mercado do aftermarket não é o presente, mas sim o futuro. E os próximos dois, três, quatro anos, serão muito duros para o setor. Existem muitos novos negócios a investir no aftermarket, há muita gente a agradar-se por este mercado, que parece tentador. Embora, em algumas empresas, as margens de lucro sejam muito duvidosas. Há uma guerra, principalmente na mecânica, muito forte pelo valor de venda e não pelo valor acrescentado. Este é um dos grandes problemas do mercado”, adiantou. Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, por sua vez, realçou o facto de “a maioria dos players” estar a crescer. “Porque é que acontece esse crescimento?”, questionou. Talvez pela “fragilidade do
isto vá continuar um tempo mais, mas terá o seu fim”, frisou o responsável. n DEMASIADOS PLAYERS? Isabel Basto, da AS Parts, considerou que, neste mercado, “começando pela questão dos importadores, tínhamos, antes, um mercado que era muito de especialistas. Hoje, todos têm tudo. Portanto, independentemente dos novos players que têm chegado ao mercado, os que já cá estavam
PEDRO PROENÇA Create Business
alargaram, significativamente, a sua gama, o seu leque de ação e as marcas que vendem. Por isso, todos estamos a crescer”, afirmou. E acrescentou. “Se comprássemos unicamente like to like, provavelmente, nem estaríamos a crescer assim tanto. Mas o que aconteceu foi que, a maior parte de nós, adicionou muito mais marcas ou gamas ao seu portefólio, o que fez com que conseguíssemos chegar a áreas onde antes não chegávamos. A questão da con-
de adquirir um player com uma pequena quota de mercado. E isso prejudica, uma vez que as empresas deixam de ser atrativas para venda. Prejudica, sobretudo, a pouca diferenciação que existe na oferta entre players do mercado. E isto pressiona sempre a margem”. Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, porém, não afina pelo mesmo diapasão. “Quando aparece uma empresa com uma estratégia definida, em Portugal, a estratégia dos players que estão à volta é mais ou menos dar cabo do negócio dessa empresa”. Ou seja, “quanto mais subirmos na cadeia de distribuição, mais organização há e mais nos sentamos à mesa para conversar. O problema é quando começamos a descer na cadeia e vemos que, aqui, vale tudo. O que eu digo é que não existem estratégias globais. Certamente que cada um terá a sua, mas, em termos gerais, não são definidas. Creio que existem bons argumentos para se desenvolver uma estratégia, sendo o preço apenas um deles”. Para José Alves Pires, da Atlantic Parts, a “boa concorrência é ótima para o consumidor”. E, garantiu, “esse é o objetivo”. Assim, “o problema que se coloca, aqui, é saber se o consumidor está a usufruir daquilo que existe no mercado do ponto de vista da distribuição. E, depois, a concorrência começa, acima de tudo, a ter
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um problema. Não da existência de mais qualidade e de menos serviço, mas da análise que faz da sua rentabilidade e do seu objetivo. E, aí, sim, começamos a ter empresas que estão no mercado (são muitas), cuja análise que fazem da rentabilidade e daquilo que querem atingir é completamente diferente daquilo que é a maioria das empresas”. No seu entender, estes são processos morosos. “Quando se começar a olhar não só para o volume
“O aftermarket está, aparentemente, a crescer e o negócio desenvolve-se (...). E enfrenta muitos desafios. Pensamos que, neste momento, o facto de ele estar a crescer, tapa muita coisa. Mas é um mercado em crescimento, com oportunidades, que pode melhorar muito no que diz respeito a processos relacionados com a produtividade das empresas”
A troca de ideias e a partilha de opiniões foram as tónicas dominantes da Mesa Redonda, levada a cabo pelo Jornal das Oficinas, no Hotel Altis Belém OES”, explicou. “Nós vamos dando uns passos, mas, na verdade, no nosso setor, continuamos de costas voltadas uns para os outros. Cada um vai por si, cada um tem a sua estratégia e esquecemo-nos de dar as mãos uns aos outros de modo a tornarmos o nosso setor cada vez mais forte. Vamos tendo a felicidade do OES se focar na venda de automóveis novos e dá-nos a oportunidade de desenvolvermos o nosso negócio”, enfatiza. “Acredito que
corrência é sempre salutar, obviamente. Aprendemos sempre muito uns com os outros. Não concordo que estejamos de costas voltadas”, reforçou. Ao exposto, Pedro Proença, da Create Business, acrescentou o seu ponto de vista: “O facto de haver muitos players pequenos no mercado faz com que o tal interesse de um grupo internacional que queira investir em Portugal deixe de existir, uma vez que esse grande grupo não terá interesse
de vendas, mas, também, para o bottom line e perceber que aquela não é a estratégia, temos de nos especializar, de nos diferenciar ou de arranjar outro tipo de estratégia. Nessa altura, começaremos a perceber que este tipo de crescimento não é o que queremos. E, isto, acontece em todos os setores. É bom existirem players. Eles mostram-se e nós aprendemos com eles”, disse. n UMA QUESTÃO DE CUSTOS... Mas terão as empresas capacidade para fazer uma triagem daquilo que realmente querem vender e de que tipo de clientes querem ter? José Pires, da Krautli Portugal, explicou que, “diferenciar um cliente que compra 1 do que compra 10, não é fácil. Se querem conquistar o cliente, as empresas acabam, por vezes, por embarcar na solução mais fácil, que é o preço”. Ainda assim, “a redução das margens tem vindo a obrigar as empresas a tornarem-se mais lean, ou seja, a olharem para os seus custos e a otimizá-los ao máximo de modo a poderem reduzi-los e a conseguirem manter alguma rentabilidade. Depois, existe aqui outra questão: as empresas, em muitas situações, estão com overservice. Porque é que é necessário entregar peças quatro vezes por dia? É mesmo necessário?”, perguntou para os parceiros de mesa. “As oficinas não estão minimamente Outubro I 2016
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“O aftermarket em Portugal é um mercado que está muito credível. E, isso, vê-se até pelos indicadores de crescimento de que dispomos. Acho que a entrada de novos players e o desenvolvimento de outros operadores muito interessantes, trazem esta credibilidade. Depois, houve, aqui, ao longo de todos estes anos, um desenvolvimento de novos conceitos e novos negócios. É um setor que está, constantemente, a evoluir”
ISABEL BASTO AS Parts
Os jornalistas Bruno Castanheira (ao centro) e Jorge Flores (à direita) moderaram o debate, acompanhados por João Vieira (diretor)
preocupadas com o custo da distribuição. Depois, se existe uma empresa de distribuição que afirma entregar três vez por dia, surge logo outro operador a seguir a dizer que entrega quatro vezes ao dia. E os custos vão aumentando”, adiantou. Isabel Basto, da AS Parts, alargou o foco em debate. “Já que falamos de estrutura de custos deste negócio, existem, aqui, outras questões. Há problemas graves ao nível da identificação das nossas peças. Quem trabalha em peças genuínas, normalmente tem uma ou duas pessoas que só faz determinada marca. No nosso negócio do aftermarket, todos fazem tudo. Todas as marcas de automóveis e todas as marcas de peças para esses veículos. E, isto, traz custos de devolução, graças a erros e a problemas de identificação. E acarreta custos enormes associados a logística (ir buscar e entregar a peça) do circuito inverso”, explicou a responsável da AS Parts. Na atual situação económica do país, as marcas de segunda linha estarão a ganhar terreno? E que papel desempenham as peças reconstruídas e usadas neste contexto? Saulo Saco, da Leirilis, assegurou que, na sua empresa, “cada vez mais, não Outubro I 2016
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apostamos em marcas de segunda linha”. Uma decisão que leva a que “todos procuremos o mesmo e trabalhemos com as mesmas marcas. Até porque não existem assim tantas marcas premium. Na oficina, aquilo que vejo é que, de facto, existe uma maior procura por produtos mais acessíveis, ainda que já se comece a verificar uma maior preocupação com a qualidade. No caso de algumas famílias de produtos, como, por exemplo, as baterias, existe necessidade de termos uma segunda linha. Em alguns produtos, as pessoas ainda arriscam por ter uma segunda linha. Noutros, nem tanto. Então
em produtos mais técnicos, as pessoas não querem uma segunda linha”, afirmou. Já Paulo Torres, da Vieira & Freitas, acredita que um dos principais problemas do mercado são as peças usadas. Já abordámos este tema várias vezes na DPAI da ACAP. Entendo que a legislação portuguesa é muito permissiva e que os operadores que vendem peças usadas, para além de “brincarem” no mercado (vendem peças sem fatura, sem IVA), ainda vendem peças de veículos que foram subsidiados para abate e peças sem segurança. Ou seja, vendem peças usadas (velhas) que não são revistas. Caso das
peças de direção, suspensão ou travão. Devia ser proibida a venda deste tipo de peças e não é”, salientou. “No caso das reconstruídas”, acrescentou, “não estão a ter maior procura, pelo menos, na área em que trabalho. Por questões até logísticas. E, também, porque existe no mercado oferta de peças novas com alguma qualidade a valores bastante competitivos, próximos dos valores das peças reconstruídas. Mais: continua a ser caro reciclar”, esclareceu. Pedro Díaz, da TRW, não pensa assim. “Seja por razões ecológicas, seja por questões relacionadas com o custo, é verdade que o retorno traz um custo associado. Agora, a médio e longo prazos, não tenho dúvidas de que o caminho será o das peças reconstruídas. A TRW tem gamas onde deixam de existir, quase, a venda da peça nova”. Num ponto intermédio está Saulo Saco, da Leirilis, para quem “o problema não é tanto a venda da peça reconstruída em si, mas sim o da logística inversa, que tem um custo associado. Acho é que, cada vez mais, o fabricante tem de apoiar a distribuição. Por exemplo, financiando a recolha da peça”, sugeriu.
No final, os participantes falaram para o JO TV. Na imagem, Saulo Saco, da Leirilis
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“É um mercado onde entram novos players e que está a crescer, o que é significativo. Até final deste ano, penso que este crescimento continuará, mas também acredito que vá acontecer algo no mercado, uma vez que me parece que este crescimento não será totalmente sustentável para todos os players”
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A responsável da AS Parts, também acredita que, “no futuro”, haverá “mais peças reconstruídas, até por questões ambientais”. Isabel Basto vai ainda mais longe. “Mas mesmo que a margem da peça seja grande, o processo de logística inversa é complexo em termos processuais e acarreta um custo elevado para o distribuidor. Além de que ‘obriga’ as empresas a terem fluxos distintos e a terem departamentos de inspeção para avaliarem todos os casos em que haja devolução. Acredito que o mercado das peças reconstruídas cresça, até porque as oficinas e as gestoras de frotas preferem muito mais este tipo de peças do que as novas, até porque compensa no que diz respeito à devolução do core”, disse. n A GUERRA DAS ENTREGAS Pedro Díaz, da TRW, enumerou as vantagens associadas à reconstrução de peças. “É verdade que há muito mais custo associado, mas, do nosso ponto de vista, esse custo associado é compensado pelo menor custo na reconstrução, pelo menor custo da peça e em termos ambientais. A maioria dos fabricantes responsabiliza-se pela recolha da peça a partir do seu distribuidor”. Algo com que Pedro Proença, da Create Business, concordou. “No futuro, existirão mais peças reconstruídas. Não sabemos a que prazo. Nós, enquanto empresa, estamos preparados para fazer chegar o produto ao cliente. Tudo o que seja, depois, ir buscar as coisas ao cliente, no caso da logística invertida, e analisar se os cores estão bem para serem devolvidos, acarreta custos, mexe com o cliente e acaba por ser uma questão emocional”, avançou o responsável. Atualmente, existe uma guerra em relação ao número de entregas de peças por dia. Enquanto distribuidores, os participantes da mesa observam esta questão
Com vista privilegiada para o rio Tejo, a Mesa Redonda, subordinada ao tema “Distribuidores de peças aftermarket”, foi elogiada por todos os participantes
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Nos últimos anos, creio que o aftermarket passou um pouco ao lado da crise. Primeiro, porque todo o setor se profissionalizou. Tem vindo a evoluir positivamente, agilizou muitos processos, evoluiu em muitos sentidos e tem ganho muita quota de mercado face às peças de origem. Creio que os principais desafios, hoje, não se prendem tanto com as vendas, apesar de estas continuarem positivas, mas com a rentabilidade”
PEDRO DÍAZ TRW
de “fora”. Mas têm a sua perspetiva. Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, referiu que apenas tenta “apoiar os clientes, de modo a que eles possam entrar nessa guerra. O que posso dizer é se concordo ou não e se acho essa uma boa estratégia. Houve alguém que começou com isso. Mas o problema está a montante. Não existe uma estratégia. Se formos ver, no nosso setor, temos muito pouca gente que crie um business plan ou uma estratégia própria e que, mais ou menos, se vá guiando por ela. Claro que tudo isso tem as suas condicionantes, até
porque o mercado é dinâmico e é preciso as empresas fazerem reajustamentos e respeitarem todos os players e agentes que estão no mercado. Mas o que é preciso é, de facto, ter uma direção!”, sustentou Joaquim Candeias. Quase a terminar a primeira parte do debate, ouve ainda oportunidade de ouvir o que pensa Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, sobre as plataformas B2C e B2B. “No caso das vendas B2C, qualquer um de nós que, aqui, está, não vê isso com muito bons olhos, uma vez que esse canal vai comprometer toda a cadeia de distribuição e todo um negócio tradicional que existe hoje. Na verdade, esse negócio tem vindo a surgir. Eu, sendo fabricante, os meus produtos aparecem nessas plataformas de vendas online, mesmo não tendo eu relacionamento direto. Qualquer cliente ou distribuidor meu, faz um contrato e acaba por aparecer nesses canais. Eu acho que isso irá surgir”, disse. E adiantou, de seguida: “A FIGIEFA tem um dossier entre mãos, no qual está a trabalhar, no sentido de legislar ou criar condições para que as peças possam ser vendidas dentro dessas plataformas. Portanto, há um dossier nessa área que já tem um grande desenvolvimento. No início de 2017, prevê-se já a existência de algum mercado. Em Portugal, fruto do papel da ACAP, temos andado à procura de conferir maior legalidade para o nosso negócio, evitando a fuga ao fisco e tornando o nosso negócio mais são. As plataformas B2C começam a estar balizadas para poder começar a comercializar peças com toda a legalidade e legitimidade”. n EMPRESAS E CLIENTES LIGADOS O segundo painel apontou ao horizonte do mercado, numa altura em que a conectividade e a mobilidade partilhada são já uma realidade: “O futuro da distribuição
de peças aftermarket em Portugal” foi o tema. Antecipando os próximos tempos, Pedro Proença, da Create Business, crê que os desafios do setor permitirão à empresa “entrar num nível diferente de interação e de comunicação com o consumidor”. E explicou o motivo. “Nós, hoje, o máximo dos máximos que conseguimos perspetivar quando contactamos com um eventual cliente de uma oficina, é saber que ele esteve lá há três meses e que o veículo tinha “x” quilómetros, portanto em média ele fará “y” quilómetros e estimamos que, a determinada altura, ele vá precisar de fazer uma revisão, mas pouco mais do que isto. A conectividade vai, de facto, abrir, aqui, uma série de novas oportunidades e lançará o desafio de como conseguiremos nós ter estrutura, organização e pro-atividade para conseguir gerir essas oportunidades. Parece-me, claramente, que há uma grande oportunidade e temos de começar a preparar-nos enquanto organização para gerir essa oportunidade e para conseguir aproveitá-la ao máximo”, enfatizou Pedro Proença. O grupo a que pertence a AS Parts está presente em toda a cadeia (distribuição, retalho e oficinas). Isabel Basto defendeu que os novos modelos de negócio, como as redes de oficinas, “são um conceito aplicado recentemente em Portugal, mas, creio ser este o caminho. Sinceramente, acho que com esta questão da telemática, quebrando aquelas barreiras do acesso à informação, as oficinas independentes voltam a estar melhor posicionadas do que, provavelmente, as concessões”, referiu. A explicação é simples. “Porque, provavelmente, as concessões terão as plataformas das marcas que representam e as oficinas independentes conseguirão ter as plataformas de todas as marcas. Isto tem de ser visto como uma oportunidade e este continuará a ser um mercado de
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relação: com a marca e com a pessoa. Portanto, a questão da conectividade ainda vai estreitar mais essa relação e essa fidelização com o cliente”. José Pires, da Krautli Portugal, também não está muito preocupado com a concetividade. “Quer dizer, preocupa-me, porque há muita coisa que tem de ser feita agora. E explico porquê: em termos de resultado final, o receio da informação ficar restringida aos fabricantes de veículos. Em última análise, existirão ferramentas na União Europeia para desbloquear essas situações, tal como houve quando foi o BER (Block Exemption Regulation). Não é possível essa situação acabar por se verificar. Até porque é contra o interesse dos próprios fabricantes das peças”, disse. José Pires, da Krautli Portugal, focou-se na questão da “mobilidade”, cujo conceito “integra a propriedade”. Depois, temos a tecnologia. “Quando tivermos um parque automóvel em que 20% ou 30% dos veículos sejam elétricos, o que vamos vender? Quais serão as peças? E isto não está assim tão longe. Vai acelerar muito rapidamente. Não é daqui a 10 anos. Neste tipo de situações, conta muito a importância da relação com os fabricantes das peças, porque eles é que estão a fornecer aquilo que será utilizado. Quem tiver perto dessa fonte, terá mais sucesso, uma vez que vai ter as ferramentas para implementar no mercado. Basicamente, é isso. Uma das
No final da Mesa Redonda, decorreu um almoço. O bom tempo e a vista contribuíram, decisivamente, para o momento de boa disposição
vantagens de se trabalhar com marcas premium é precisamente essa”, garantiu José Pires. n AMEAÇAS E OPORTUNIDADES Da parte da Atlantic Parts, José Alves Pires sustentou que, “essencial”, é a “fidelização e a concentração”. Como? “Será cada vez mais curto o elo de ligação entre os retalhistas e as oficinas. Acontecerá, seguramente, um fenómeno, que é a concentração de retalhistas. Que ti-
nham lojas num determinado local e que começam a ter dimensão para dominar uma determinada região. Isso possibilitar-lhes-á chegar mais próximo da oficina e, ao mesmo tempo, começar a fazer a sua escolha. E, a partir daí, tendo em conta que a informação vai ser cada vez mais técnica, começaremos a ter um mercado, de facto, muito mais fluido do que temos agora”. Resumindo, “o que vai acontecer é encurtarmos, aqui, o espaçamento que, hoje, existe entre uma quantidade de lojas
e várias oficinas dos mesmos locais. Creio que isso é o que terá de acontecer. Porque alguém tem de ter a capacidade de dispor de informação e de fazer investimento em formação. E, isso, passa por esta estratégia. E é nela que nós nos basearemos relativamente ao desenvolvimento”. Ao ouvir as anteriores intervenções, Saulo Saco, da Leirilis, manifestou-se confuso. “A questão da conectividade: será que o consumidor final quer tê-la? Quererá ele, de facto, que o veículo comunique? E quem vai trabalhar a informação? Existem muitos paradigmas que não sei até que ponto vão funcionar. Eu não sei se quero o meu veículo a comunicar com quem quer que seja. Eu quero ter o poder de escolher onde vou e quando vou. Não quero que a oficina me esteja a enviar mensagens a dizer quando tem o meu veículo de ir à revisão. Será que o consumidor final quer isso? Saberá ele o que isto é? E quem vai gerir a informação dentro da oficina?”, questionou. E sentenciou. “Com a conectividade, conseguimos saber onde está o veículo a cada momento. Eu tenho muitas dúvidas se quero que toda a gente saiba onde estou a cada momento”, avançou. De acordo com Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, “o futuro é comunicação”. E quem tiver acesso a ela, “conseguirá intervencionar os veículos conectados. E é preciso que as oficinas consigam registar nesses veículos as inter-
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“Os primeiros oito meses deste ano refletem apenas aquilo que se tem verificado e é o resultado de como as coisas evoluíram nos últimos anos. Durante este período de retração, o que se verificou foi que as OES perderam muita força. Hoje, pode dizer-se que a qualidade do serviço é, em muitíssimos casos, melhor no setor independente do que nas OES. E isto tem, também, fidelizado muitos clientes”
JOSÉ PIRES Krautli Portugal
venções efetuadas, caso contrário, em caso de paragem noutro operador para uma simples mudança de uma lâmpada, o veículo continuará a indicar que é necessária uma intervenção quando ela, na verdade, já foi efetuada”, contou o responsável. Mais pessimista quando ao futuro mostrou-se Paulo Torres, da Vieira & Freitas. “Esta malta está muito otimista e a minha visão não é essa”, disparou. “Falou-se no veículo ser de todos. Se calhar é da marca e a marca é que trata do veículo, substitui-o e repara-o e nós, independentes, estamos fora. Não sendo assim, estamos fora por software. A FIGIEFA faz pressão na Comissão Europeia, mas no software da minha empresa só mexe a pessoa que o criou, porque os outros não mexem. Até pode ser que sejam obrigados a dar os dados aos outros, mas não é fácil. Nós vamos ter informação, é evidente que vamos tê-la, e ela será partilhada. Saberemos que um determinado veículo avariou e porquê, mas não teremos capacidade de resposta”, disse, reconhecendo, contudo, que ainda há tempo para “o futuro ser alterado”. Mas, “o que vejo, neste momento, é uma relação muito mais direta das marcas com a oficina. Porque qualquer reparação terá de ter a intervenção do call center da marca. Terá de ser ele a colocar o respetivo software. A marca pode, quando muito bem entender, fazer atualizações de software aos veículos. Depois, caso se montem, por exemplo, uns discos de travão diferentes aos de origem, pode ocasionar problemas. A minha visão, como os factos estão neste momento, é esta. Nós, distribuidores, podemos juntar-nos às marcas, sim, mas vamos vender peças por eles autorizadas”. Para contrabalançar, Pedro Díaz, da TRW, optou por uma leitura mais otimista. “O aftermarket continuará sempre a existir. E as próprias marcas que produzem peças têm interesse em que exista esse aftermaOutubro I 2016
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rket. O canal do aftermarket é, em muitas questões, um exemplo, quer para o OE quer para o OES. Somos um mercado que soube dinamizar-se, profissionalizar-se. Sempre fomos muito ativos, temos muito mais entregas do que a origem, conseguimos entregar uma peça muito mais rápido do que a origem. Tudo aquilo que aí venha, creio que somos um canal que está mais do que preparado. E vamos saber adaptar-nos ao que aí vem. Vai exigir muita adaptação, claro, mas seremos capazes”, preconizou. E Pedro Díaz continuou: “Também acho que a conectividade não será já daqui a um
ou dois anos. Vai demorar algum tempo. Nos veículos híbridos e elétricos, se não mudarmos peças mecânicas, se calhar mudaremos peças eletrónicas ou de outro tipo. Dado o volume de veículos que vendem, as marcas necessitam do aftermarket, até porque não têm capacidade de intervencionar todas as viaturas. As marcas vão tentar proteger ao máximo a sua informação, como sempre o fizeram, mas o canal independente sempre conseguiu reparar os veículos”, continuou Pedro Díaz, que expôs o seu raciocínio aos colegas da Mesa Redonda.
n DISTRIBUIÇÃO TRADICIONAL? Perante toda a evolução tecnológica, em que posição ficam os canais de distribuição ditos normais? Pedro Proença, da Create Business, defendeu que tal dependerá sempre da capacidade de as empresas se adaptarem. E deu um exemplo: “Para vermos a atratividade que o setor automóvel tem, basta vermos os investimentos que empresas como a Apple e a Google fazem em tecnologia para os veículos. No nosso modesto papel, não conseguimos saber o que vai acontecer, mas há certas tendências que serão inevitáveis e temos de estar preparados para elas. Cada vez mais, vejo que o consumidor terá, aqui, um papel muito importante. Se calhar, conseguirá ter maior interação e maior informação, mas terá de tomar decisões. E nós temos de estar na cabeça do consumidor quando ela toma essa decisão, de modo a que venha até nós. Esse será o grande desafio. Para as oficinas, havendo informação, é preciso saber quem a vai processar e trabalhar”, afirmou. José Pires, da Krautli Portugal, não acredita que a estrutura da distribuição venha a mudar. “Podem haver variantes, como o Caso da Create Business (o Grupo Nors está presente em todas as áreas, mas com estruturas diferentes, uma vez que só assim é que funciona), mas são as exceções que confirmam a regra. A estrutura atual da distribuição é a necessária para haver uma cobertura adequada às necessidades do mercado. Se não existirem retalhistas perto das oficinas (ou importadores que tenham uma loja ao lado, não interessa o conceito), ou uma unidade, as oficinas não terão a assistência de que necessitam. E essa unidade tem de depender de outra, que possa fornecer tudo aquilo que ela necessita”.
SAULO SACO Leirilis
“O mercado está em constante mudança e em permanente evolução. Existem muitos desafios. E, depois, há a questão das margens. Para criar novas ferramentas ou novos serviços, há um incremento de custos. E, aumentando esses custos, as margens reduzem. Existem, aqui, uma série de desafios. Por outro lado, estes desafios acabam por ser importantes, pois ajudam a que as empresas cresçam à procura de soluções”
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Haverá, então, uma tendência para a concentração do negócio na distribuição de peças? Isabel Basto, da AS Parts, considerou que sim. “Agora estamos numa fase em que existe uma tendência onde somos muitos e todos têm tudo. Para nos preparamos para o futuro, muito mais tecnológico e organizado, certamente que nem todos teremos capacidade. Mas é preciso dinheiro para fazê-lo e é normal haver concentração em grande players que têm capacidade de investimento para enfrentar os novos desafios que se avizinham”, disse. Ligeiramente mais radical, Saulo Saco, da Leirilis, afirmou que a “cadeia de distribuição que, hoje, existe, vai modificar-se um pouco. Não acredito que o pequeno retalho desapareça, mas terá de associar-se”. Mais: “Quando começar a associar-se e a ter algum peso, vai à procura de fazer ele as compras diretamente. Não quererão passar por um importador. O canal creio que ficará cada vez mais esmagado. É assim que a Leirilis está no mercado. Tanto trabalha diretamente com os fabricantes, como com as oficinas. As pequenas oficinas não vão estar preparadas para a mudança se não tiverem alguém por detrás que as possa ajudar. Mas também não será o pequeno retalho que terá essa capacidade de ajudar. Terá de ser alguém (distribuidores e/ou importadores) a ajudar as oficinas”, afiançou. Numa abordagem “mais macro do que a do retalho”, Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, aguarda uma revolução no setor. “O negócio não ficará reservado para o retalho porque aparecerão gigantes interessados no nosso negócio. E falamos de empresas grandes de comunicação, como Apple e Google, falamos de empresas como a Visa e a Mastercard, falamos de companhias de seguro que terão muito interesse de
“Embora o aftermarket tenha crescido nos últimos anos, individualmente e em valor de vendas, não terá crescido assim tanto, uma vez que despareceram alguns players importantes do mercado. O grande problema do aftermarket não é o presente, mas o futuro. E os próximos dois, três, quatro anos, serão muito duros para o setor”
PAULO TORRES Vieira & Freitas
estar aqui ligadas, falamos de empresas de renting e falamos de operadoras de telemóveis. Portanto, este circuito tradicional de hoje vai assistir a uma entrada de novos players vindos de outras áreas. O próprio mercado terá de reajustar-se a isto”, destacou. “Como é que vai acontecer? Ninguém sabe”, reconheceu. “Quem, de facto, estiver ligado a estruturas, a grupos, que tenha capacidade de evoluir, de investir fortemente e de criar força, esses, sim, vão manter-se, vão crescer e vão evoluir. Este ciclo de oportunidades pequenas ou de nichos, creio estar a chegar ao fim”,
adiantou ainda o participante. Paulo Torres, da Vieira & Freitas, chamou, por seu lado, a atenção para aquilo que considera ser o “grande problema”. Qual? “Até agora, havia o mercado das marcas. E havia um mercado que nós gostávamos de chamar independente. E a independência foi-se nalgumas marcas. Algumas já controlam perfeitamente o aftermarket e têm uma quota de mercado muito alta. No futuro, seremos controlados por muitos mais operadores de mercado. E vamos começar a perder margem”, lamentou. “Começaremos a ir buscar marcas de equipamento
JOAQUIM CANDEIAS Ferdinand Bilstein Portugal
“Existem players que não crescem, mas a grande maioria cresce. Se somarmos tudo isto, tiramos daqui um rácio que, de facto, apresenta crescimento. Porque é que acontece esse crescimento? Creio que ninguém tem a resposta. (...). Cada um vai por si e tem a sua estratégia. Esquecemo-nos de dar as mãos uns aos outros, de modo a tornarmos o nosso setor cada vez mais forte” Outubro I 2016
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original e o aftermarket independente vai ter uns dias muito difíceis. Isto poderá mudar, entretanto, até porque temos capacidade de reagir, mas, por enquanto, é esta a minha perspetiva. O aftermarket vai continuar a sê-lo, mas deixará ser chamar-se (e de ser) independente”. n ONDE PARA O ASSOCIATIVISMO? Faltará um maior associativismo ao negócio da distribuição, perante tantos desafios que se anunciam, no futuro? Pedro Díaz, da TRW, disse que sim. “O mercado português sempre foi muito pouco associativista. Somos um mercado tradicional, com todos os canais de distribuição, e continuamos a ter retalhistas muito fortes nas zonas onde operam”, disse. Além do mais, “ainda existe muito a relação pessoal entre oficinas e retalho”. Por outras palavras, “é inevitável uma concentração, que começa nos fabricantes de automóveis e nos fabricantes de peças. Na distribuição, vai existir, seja pela imposição dos grandes grupos de compras seja pela necessidade de eles próprios chegarem à conclusão que, sozinhos, não conseguem. Já vemos associação no retalho e nas cadeias de oficinas. É inevitável. Todas as associações que se propõem a defender um setor, neste caso o aftermarket, são bem-vindas. Sempre numa perspetiva de boas práticas, de modernização do setor e de dar acesso à informação. Ao fim e ao cabo, profissionalizar o setor. Em Portugal, existe ainda algum entrave, motivado por questões culturais”. Em género de conclusão, Joaquim Candeias, da Ferdinand Bilstein Portugal, admitiu a “renitência” do setor a associações e a “sentarmo-nos à mesa para discutirmos os temas de interesse comum. “Na ACAP, e eu sou responsável por algumas coisas que têm vindo a acontecer no nosso setor, sentimos que devíamos ser mais valorizados pelo mercado”. ✱
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Maior e melhor › Com 136.000 visitantes provenientes de 170 países e um número recorde de 4.820 expositores, a edição deste ano do Salão Automechanika, que se realizou em Frankfurt, foi um enorme sucesso. Tanto mais, que registou uma taxa de satisfação de visitantes superior a, imagine-se, 95% Por: João Vieira
T
oda a grandeza e poder do aftermarket a nível mundial ficou demonstrado com a realização do Salão Automechanika 2016. As mais de 4.000 empresas presentes como expositores, foram dignos representantes de um setor que, em 2015, faturou 218 biliões de euros. A feira alemã apresentou-se, nesta edição, com um conceito futurista, como ponto de acesso às inovações mais recentes. Olaf Musshoff, diretor da Automechanika, justifica a aposta da organização nos temas relacionados com o futuro da reparação automóvel, pela necessidade imperiosa de todas as oficinas estarem preparadas para as mudanças que vão acontecer a curto prazo. “Todo o setor Outubro I 2016
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está em alerta. Muitos dos expositores que vieram este ano à Automechanika provenientes do setor das peças, do comércio e das oficinas, estão já a criar novos negócios relacionados com a conectividade e a telemática. Por isso, não podíamos deixar de dar o devido destaque à reparação e manutenção automóvel no futuro”, disse o responsável. “Um recorde de 4.820 expositores de 76 países que participaram nesta feira, incluindo fabricantes líderes de peças e equipamentos, distribuidores e oficinas, é uma demonstração impressionante da dinâmica deste mercado. Com estes resultados, a Automechanika continua a consolidar a sua posição como a principal feira do aftermarket no mundo”, concluiu.
n RUMO À EVOLUÇÃO Sob o lema “Serviços e Mobilidade do Futuro”, fabricantes, fornecedores e empresas tecnológicas exibiram, no pavilhão 2, também conhecido como Festhalle, os seus produtos e serviços relacionados com conectividade, condução autónoma, mobilidade com zero emissões, sistemas telemáticos e soluções para redes internas e externas de veículos, com soluções de software para o controlo de tráfego inteligente e aplicações para uma gestão eficaz da frota. Aqui, podemos ver propostas como o Advanced Urban Vehicle, das ZF e TRW, um protótipo que demonstrava o potencial que alberga a interconexão inteligente de diferentes sistemas do veículo,
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acionamento e assistência. Neste pavilhão, podiam ver-se outras propostas de outros fabricantes, como Continental, Schaeffler, Brembo e Philips, embora a maior estrela fosse o Orlen E 75 AT, o primeiro camião do mundo concebido para funcionar em modo 100% elétrico. Apesar da sua configuração eletromecânica, é capaz de transportar maior carga útil do que o mesmo veículo de série, com carroçaria standard. Junto com estes gigantes da engenharia, o pavilhão acolhia, também, a presença de start-ups e novas empresas tecnológicas, que apresentavam os seus produtos e serviços inovadores para este setor num stand comum promovido pelo Ministério Alemão da Economia e Energia. Foi também neste pavilhão, que a organização entregou os prémios inovação, cujo júri, composto por especialistas independentes, distinguiu diferentes
empresas, num total de oito categorias. Com os veículos conectados a aparecerem em força já em 2018, os fabricantes presentes aproveitaram a oportunidade para apresentarem as suas soluções para o futuro da reparação, onde a procura de dados técnicos e a sua transmissão para as oficinas, são os grandes desafios que o setor enfrenta na atualidade. Com base nestas mudanças, a Automechanika lançou um novo formato de conferências, denominadas “Mobilidade Conectada”, um road show internacional que começou no passado dia 15 de
setembro com uma mega conferência no grande auditório da feira, e que, em breve, vai passar por Xangai, na China, e Austin, nos EUA. Um dos oradores foi Chris Valasek, responsável pelo Centro de Tecnologia Avançada da Uber. Na sua apresentação, abordou a importância da segurança do software nos veículos conectados. n À MARGEM DO FUTURO À margem das propostas inovadoras que se apresentavam no Feesthalle, o Automechanika voltou a ter as oficinas e as peças aftermarket como os principais eixos dinamizadores do certame, pois mais de 70% dos visitantes tem relação direta com a reparação automóvel e a distribuição de componentes. Novos expositores, mais inovadores e com um conceito de exposição atualizado, tornou o salão ainda mais interessante para os
Duplo aniversário O Grupo Schaeffler celebrou o 70.º Aniversário enquanto a Schaeffler Automotive Aftermarket foi fundada há 40 anos. Sob o lema “Descubra mais”, o Grupo Schaeffler estava presente com as suas marcas Luk, INA, FAG e Ruville. Técnicos das marcas procederam a demonstrações ao vivo dos vários produtos expostos. No final do segundo dia do salão, houve uma mega festa no stand desta empresa, com mais de 500 convidados, que cantaram a uma só voz os parabéns pelo duplo aniversário da companhia.
visitantes especializados. A oferta de produto e soluções para o aftermarket estava dividida em seis grandes famílias: peças e componentes; eletrónica e sistemas; reparação e manutenção; acessórios e personalização; soluções digitais; gestão e lavagem; cuidados e recondicionamento automóvel. Na área das peças e componentes, os pneus voltaram a ganhar protagonismo no pavilhão 3.1, como reflexo do acordo alcançado pela Automechanika com a feira Reifen, que, a partir de 2018, será realizada em conjunto nas instalações da www.jornaldasoficinas.com
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Messe Frankfurt. O espaço ocupado pelos fabricantes de peças estava repartido pelo pavilhões 3, 4, 5 e 6, sendo o setor mais representado na feira. Por sua vez, a área reservada aos equipamentos e à reparação, estava distribuída pelos pavilhões 8, 9 e 11. Este ano, tiveram um protagonismo especial os produtos e serviços relacionados com equipamentos de oficina, ferramentas, pintura e reparação de carroçarias, serviços de reboque, assistência na estrada e serviços móveis. Neste contexto, podemos ver as propostas das multinacionais do setor, como Bosch, Hella ou Mahle, de fabricantes de automóveis, como a Citroën, que estava presente com a sua rede Euro Repar Car Sevice, ou de fabricantes de equipamentos, como Maha, Snap-On, Texa, Corghi e Ravaglioli. n NA OFICINA DO FUTURO Foram várias as empresas que aproveitaram a presença nesta Automechanika para apresentarem as suas ideias sobre o serviço telemático à volta do automóvel. Entre elas, estavam Autocom Diagnostic, Meta Systems e Continental AG, que divulgaram uma plataforma de diagnóstico remoto, que permite processar e tratar os dados técnicos de qualquer modelo Outubro I 2016
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Messe Frankfurt: um grupo global A Messe Frankfurt, local onde se realiza a Automechanika, é um grupo líder mundial na organização de feiras, com uma faturação anual de cerca de €648 milhões, que emprega 2.244 pessoas. O Grupo Messe Frankfurt tem uma rede global de 30 subsidiárias e 55 parceiros internacionais, permitindo-lhe servir os seus clientes em 175 países. Os eventos organizados pela Messe Frankfurt ocorrem em 50 locais espalhados pelo globo. Em 2015, a Messe Frankfurt organizou um total de 133 feiras, das quais mais de metade teve lugar fora da Alemanha. A área total de exposição em Frankfurt é de 592,127 m2. O recinto tem 10 grandes pavilhões, alguns com vários pisos. O histórico Festhalle, um dos locais mais emblemáticos da Alemanha, é palco de eventos de todos os tipos. A Messe Frankfurt é propriedade pública, tendo o Município de Frankfurt 60% de quota e o Estado de Hesse os restantes 40%. Situado no centro da Alemanha, no coração da Europa, as comunicações são excelentes, por avião, comboio ou estrada. A ligação com os meios de transporte públicos, incluindo Metro e Táxi, é, também, muito boa. A Messe Frankfurt levou a cabo um processo de globalização, que deu origem a que, hoje em dia, se celebrem mais feiras no estrangeiro do que na cidade de origem. A estratégia do grupo privilegia especialmente as empresas de média dimensão e oferece uma proposta de marketing global, com o mesmo nível de serviço a que já acostumaram os seus clientes, seja na Europa, África ou Ásia. Nos eventos realizados em Frankfurt, mais de 70% das empresas expositoras e 47% dos visitantes vêm do estrangeiro. Isto faz com que o nível de internacionalização da Messe Frankfurt seja, surpreendentemente, elevado e demonstra o compromisso internacional do grupo em dar uma grande estabilidade aos eventos que organiza. O recinto da feira de Frankfurt é o segundo maior do mundo. O projeto arquitetónico esteve a cargo de conceituados profissionais da área, que conseguiram criar uma imagem inconfundível, que se funde com a arquitetura urbana da cidade.
de veículo através de acesso telemático. Assim, no futuro poderá ser possível, apenas com acesso a uma foto digitalizada do veículo, por exemplo, averiguar, exatamente, os danos causados por uma chuva de granizo na carroçaria e fazer um cálculo da reparação, clicando apenas num botão. Diversas empresas especialistas em equipamentos para oficinas, como AVL e Texa, mostraram novos conceitos de apoio às oficinas na gestão dos processos de reparação. No futuro, ganharão cada vez mais importância as empresas que prestem serviços completos de assistência para as frotas, para além dos serviços clássicos para os clientes particulares, que irão manter-se. Independentemente de como irá mudar a relação entre os proprietários particulares de veículos e os utilizadores de carsharing nos próximos
anos, no caso de um defeito ou acidente, o veículo tem de voltar à estrada tão rápido quanto possível. E para que isso seja possível, é preciso fornecer as peças à oficina no mais curto espaço de tempo. Por isso, num painel de uma das conferências dedicado à distribuição de peças, foi apresentada como a solução do futuro, a entrega de peças feitas na hora em impressoras 3D, uma solução criada e desenvolvida pela Ricoh.
Repintura em destaque No pavilhão 11, foi dado grande destaque às empresas de repintura automóvel, como Festool, Indasa, Sata, Rupes ou Audatex. Todas mostraram as suas soluções para otimização de processos. O evento Collision Talk, foi um sucesso, tendo sido debatidos importantes temas relacionados com a repintura automóvel, desde os setores dos seguros até à gestão de danos de colisão, incluindo o tema da competitividade crescente entre as empresas do ramo. Outubro I 2016
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Prémios Inovação 2016
n “TRUCK COMPETENCE” Mais de 1.000 expositores exibiram produtos e serviços especiais para pesados. Estes expositores eram facilmente indentificáveis com um sinal laranja onde estava inscrito o logótipo “Truck Competence”. As últimas tendências na indústria dos pesados são mais pragmáticas do que nunca e impulsionadas, não só, pelas pressões económicas, como, também, pelo desejo de maior segurança e melhor compatibilidade ambiental. Redução de peso, redução de CO2, eletrónica e redes, foram os assuntos-chave tratados pelos
expositores relacionados com os veículos pesados. Uma redução no peso em vazio significa uma carga útil superior ou, em alternativa, menor consumo de combustível em todos os casos, isso significa veículos mais eficientes. A redução de peso passa pelos componentes do sistema de travagem e eixos. Neste particular, a Knorr-Bremse reivindica uma redução de 10% em peso para o seu novo sistema de travagem de reboque ST7, comparado com o modelo anterior. Fabricantes de componentes de motores e chassis também anunciaram redução
A organização do Salão Automechanika voltou a promover os “Innovation Awards 2016”, uma iniciativa que se destina a premiar os produtos e as empresas mais inovadoras. Um júri especializado, composto por nove
pessoas independentes de fabricantes, atribuíram oito prémios dos 130 que estiveram em avaliação. A entrega oficial teve lugar no primeiro dia da feira, na sala Panorama do Forum. As empresas premiadas foram as seguintes:
Categoria Peças e Componentes l Robert Bosch GmbH: Bateria M Li-ion para motos. Categoria Eletrónica e Sistemas l Protector, dispositivo que impede roubo de veículo sem chave. Categoria Acessórios e Personalização l Pneu Continental Wintercontact TS 850 P, com borracha dente-de-leão Taraxagum. Categoria Reparação e Diagnóstico l NGK NCEM, medidor multi-gás mais compacto e leve do mundo. Categoria Reparação e Manutenção l Corghi Uniformity: primeiro equipa-
mento de montagem de pneus com função de diagnóstico. Categoria Soluções de Gestão e Digitais l AVL DiTEST Smart Service 4.0: elimina os problemas antes que eles aconteçam. Categoria Car Wash, Car Care e Recondicionamento l WashTec Cleaning Technology: sistema de lavagem MultiFlex lateral, que gira para trás quando decorre a lavagem da parte traseira do veículo. Categoria Produtos & Serviços l Valeo Scala: primeiro scanner a laser para produção automóvel em grande escala.
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SALÃO Automechanika 2016
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encontros pessoais ainda são essenciais. “A Automechanika permite-nos substituir os contactos virtuais dos emails ou smartphones, por contactos pessoais. É, por isso, que esta feira continua a ser o evento mais importante no nosso setor”, disse um dos expositores. Estes, na sua maioria, afirmaram que o resultado das reuniões com os cerca de 136.000 visitantes foi ainda melhor este ano. Muitos expositores ficaram, também, satisfeitos com seus contactos fora da Europa. “Não há dúvida de que a Automechanika é o melhor evento para estabelecer contactos de negócios, que vão
AUTOMECHANIKA EM NÚMEROS
136.000
visitantes
170
países de origem dos visitantes
4.820
total de expositores presentes
1.000
expositores ligados ao setor dos pesados
76
países de origem dos expositores
95%
grau de satisfação dos visitantes
de peso semelhantes para os seus mais recentes desenvolvimentos. A tendência dos motores mais pequenos, mas com a mesma potência de saída, é o resultado da procura de pesos inferiores sem carga e, portanto, maiores cargas úteis. Uma outra empresa start-up, denominada CarbonTT, pretende revolucionar o negócio dos pesados com uma economia de peso de quase 50%. Com base na Composite Technology Centre Airbus, os engenheiros da empresa conseguiram desenvolver processos para a produção em massa de peças de carbono em grande escala para a indústria de pesados. Numa caixa de refrigeração, por exemplo, conseguem-se ganhos de menos 500 kg de peso total do veículo. n OBJETIVOS ATINGIDOS A satisfação dos visitantes da feira foi superior a 95%. Mais de 80% dos expositores foram capazes de alcançar os seus grupos-alvo de visitantes. De um modo geral, todos estavam satisfeitos com a
participação na edição deste ano. Visitantes e expositores - especialmente os da Alemanha – mostraram-se muito otimistas sobre o clima económico no setor. Uwe Thomas, presidente da divisão Aftermarket na Bosch, deu a sua visão sobre o setor de reparação e manutenção: “O pós-venda e as oficinas estão à beira de uma nova era – para as oficinas, a mobilidade conectada é o negócio do futuro. Como resultado, os temas relacionados com a telemática e a transmissão de dados foram duas áreas com muita procura no nosso stand”, afirmou. A Automechanika revelou-se, uma vez mais, como a plataforma escolhida pelas marcas para mostrarem as últimas tendências e tecnologias, bem como o meio privilegiado para apresentarem aos visitantes as mais-valias dos seus produtos e serviços. Apesar do aparecimento dos óculos 3D, que auxiliam os técnicos nas operações de reparação, as ações de formação técnica em salas de aula virtuais ou em
Empresas portuguesas presentes Várias empresas portuguesas (15 no total) marcaram presença como expositores na edição deste ano da Automechanika. Para além das que habitualmente estão presentes neste tipo de eventos, houve algumas que estiveram pela primeira vez com um stand. Todas as que tivemos oportunidade de contactar manifestaram a sua satisfação pelos resultados obtidos, considerando que a presença no maior evento mundial do pós-venda é um forte contributo para reforçar a posição no mercado e incrementar a relação de proximidade com clientes e parceiros, além de ser o palco indicado para apresentar novidades de produto. As empresas portuguesas que estiveram presentes foram as seguintes: IVOL, SWP, Cortigon, DGA, Artefita, M.F. Pinto, João de Deus & Filhos, Fabriscape, SIM, TurboClinic, Hispanor, Valente & Lopes, Veneporte, Kiyu e Indasa. Outubro I 2016
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além Europa”, disse outro expositor. Como na edição anterior, a participação internacional de visitantes foi de cerca de 60%. n JORNADAS DE FORMAÇÃO O programa de atividades paralelas foi otimizado, tendo sido concebido de maneira especial para os profissionais das oficinas, que representam 40% dos visitantes. Assim, a organização desenvolveu uma oferta formativa específica para este setor, que incluiu cursos e certificados para profissionais da carroçaria e pintura. Do mesmo modo, a iniciativa
80%
expositores que conseguiram atingir o seu target
11
pavilhões de exposição
305.000 m2 Área de exposição ocupada
96.000 m2 Área exterior do salão
Automechanika Academy levou a cabo conferências sobre reparação, manutenção e conectividade. Com mais de 1.000 participantes, o ‘Schadentalk’ atraiu mais visitantes do que qualquer outro evento. Tratou-se de uma ação que reuniu os principais representantes do setor da colisão automóvel, nomeadamente seguradoras, fabricantes de tintas e reparadores, onde foram discutidos importantes temas para o futuro deste setor. n PRÓXIMA AUTOMECHANIKA A 25.ª Edição da Automechanika Frankfurt terá lugar de 11 a 15 de setembro de 2018 e será realizada em conjunto com a Reifen, a conhecida feira dedicada ao setor dos pneus, em todas as suas
1.350 biliões de euros
volume de negócios abrangido pelas empresas presentes
vertentes. Ambas as feiras têm estado a ser realizadas em separado, mas, a partir de 2018, ocuparão o mesmo espaço. É uma mudança que beneficia ambos os lados – os distribuidores de pneus e as oficinas –, porque estes setores vão continuar a crescer juntos. Pelo menos, é esta a visão da organização das feiras. ✱
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ENTREVISTA HELMUT ERNST Diretor-Geral da ZF Services
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Veja o vídeo em: jornaldasoficinas.com
“Queremos oferecer os melhores produtos e os melhores serviços” › A partir do dia 1 de janeiro de 2017, a ZF e a TRW juntarão os seus negócios de pós-venda, numa única unidade. O anúncio foi feito durante a realização do Salão Automechanika 2016, onde entrevistámos Helmut Ernst, diretor-geral da ZF Services
A
multinacional alemã combinará as divisões de pós-venda de ambas as companhias (ZF Services e TRW Aftermarket), para criar o segundo maior fornecedor mundial de componentes para o IAM. O Salão Automechanika 2016 foi o palco escolhido pela ZF para revelar detalhes aos seus clientes sobre a nova estrutura das marcas e serviços da companhia. Com as divisões de vendas e compras já plenamente integradas no negócio do equipamento original, os clientes passam, agora, a beneficiar da união destas duas empresas na área do aftermarket, onde é importante falar a uma só voz e assegurar que os produtos e serviços estejam disponíveis em todos os mercados do mundo. A ZF adquiriu a TRW Automotive a 15 de maio de 2015, depois das autoridades da concorrência terem validade a operação que foi anunciada em meados de
mercado português na estratégia global da companhia. Que objetivos pretende atingir com a constituição desta unidade de negócios da ZF Services? Pretendem ser o maior fornecedor de peças aftermarket a nível mundial? Sim, posso dizer que, se calhar, estamos quase nesse patamar, mas ainda não chegámos lá. Há muito trabalho para fazer. Não temos o objetivo de ser o número um. Temos, sim, o propósito de sermos os melhores. A dimensão claro que interessa, no sentido de termos uma abrangência global, mas mantemo-nos sempre perto dos nossos clientes. Queremos ser, no aftermarket, aquela empresa que oferece os melhores produtos e os melhores serviços. É certo que sermos os melhores dos melhores pode andar um pouco ligado a tudo o que fazemos, mas consumidor e no cliente, ajudando-o a conquistar ainda mais sucesso.
setembro de 2014. Agora, a multinacional alemã dá mais um passo na reestruturação organizativa de ambas as companhias, com a junção das divisões de pós-venda num único negócio. Apesar desta mudança, o nome TRW irá manter-se como marca e irá juntar-se a um portefólio onde se encontram a Sachs, Lemförder, Boge e Openmatics. Nasce, assim, o segundo maior fornecedor de peças aftermarket do mundo, com, aproximadamente, 8.000 empregados e um volume de negócios de três mil milhões de euros por no ano. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Helmut Ernst, atual responsável da nova unidade de negócios da ZF Services, explica os objetivos desta reorganização do grupo e fala sobre a importância do Outubro I 2016
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não se trata de uma obsessão para nós. Como vai ficar constituído o portefólio de marcas da ZF Services? A TRW é, para nós, a hipótese de ter uma nova oferta na área dos travões e segurança. Olhando para o nosso portefólio de marcas Sachs, Lemförder, Boge, TRW e Openmatics, está agora muito mais completo. É uma gama de marcas poderosa e muito completa quando olhamos para o automóvel, para a sua dinâmica. Vemos que não deve existir nenhum outro fornecedor que consiga um “cabaz” de peças tão completo. E não se trata apenas de peças, trata-se, também, dos serviços a elas associados. Por isso, acho que somos muito completos, e utilizamos essa estratégia com foco no
E como caracteriza a vossa gama de produtos? Temos produtos para a dinâmica do automóvel, motor e caixa de velocidades, travões e sensores, para mostrar que o automóvel pode ver, pensar e pode, inclusivamente, atuar. Na oferta de produtos para a mobilidade, temos embraiagens com a Sachs, para nos certificarmos que unimos toda a cadeia cinemática, e com a Lemförder asseguramos que o comportamento do veículo está em constante funcionamento, graças à direção e suspensão, a TRW com travões e amortecedores, a Boge também para amortecedores e com a Openmatics concentramo-nos em dados, para já apenas para autocarros e camiões, mas, no futuro, com outros equipamentos destinados a veículos ligeiros. Onde são fabricados os vossos componentes para o aftermarket? Utilizam as mesmas fábricas de OE para produzir esses componentes? Em relação aos produtos que comercializamos, temos sempre peças e componentes a vir diretamente das linhas onde
os produtos OE são feitos e onde é especificado o tipo de segmento para onde se destinam. Por exemplo, há um caso em que temos a nossa própria produção aftermarket numa determinada fábrica ao mesmo tempo que decorre a produção OE. Posso dizer que produzimos mais de 80% do que vendemos como ZF e até em outras gamas aftermarket nas nossas fábricas. No que diz respeito à Sachs ou à Lemförder, estamos perto de fábricas OE. Quanto à TRW, estamos mais próximos das fábricas aftermarket. Basicamente, tudo isto revela a variedade de produtos que podemos oferecer aos nossos clientes. O que vai mudar com o aparecimento da telemática e do eCall nos veículos? Como todos sabemos, com o eCall, a ser obrigatório a partir de 2018, todos os veículos passarão a utilizar este sistema. Para os que não têm, existe a possibilidade da telemática, ou seja, está tudo associado. Esta situação faz com que os construtores tenham de acrescentar ainda mais características aos seus modelos. Por exemplo, dar ao veículo a possibilidade de transmitir dados para um servidor. Portanto, em relação à proteção de dados, sou da opinião que a responsabilidade deve ser
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HUGO FARELA ZF Services Portugal do fabricante. Por outro lado, no que diz respeito apenas aos dados, é importante que toda a informação que “saia” de um automóvel seja restrita, mas que possa ser vista não só pelo fabricante, mas por todos na cadeia de aftermarket, mesmo os fornecedores de peças independentes. Por isso, no caso de esta decisão ser realmente tomada, que seja sem restrições, todavia assegurando a proteção do proprietário e do condutor do veículo. Desta forma, podemos assegurar a mobilidade perfeita aos nossos clientes. Acredita que os construtores de automóveis vão disponibilizar os dados técnicos dos veículos às oficinas independentes? Nada, nesta vida, é garantido, mas temos de trabalhar nesse sentido, com os fabricantes, com as autoridades em Bruxelas e Berlim, para assegurar o acesso aos dados. Acho que é do interesse dos fabricantes ter um mercado livre onde esse dados vão estar sempre disponíveis. Eles também podem fazer manutenção a veículos de outras marcas, por isso também vão precisar de ter acesso aos dados. Sou da opinião que uma plataforma de dados sobre veículos livre e aberta é importante e necessária para os fabricantes e para o aftermarket. Espero que ganhe a aposta que é mais necessária.
Que conselhos quer dar às oficinas para conseguirem manter-se na linha da frente da reparação e manutenção automóvel? Os conselhos são simples: nunca deixarem de aprender e de inovar, estarem preparadas para aprenderem ainda mais. Que tentem atrair jovens para as oficinas para que possam aprender mais facilmente as inovações que chegam a cada dia. O ambiente que se vive no aftermarket e nas oficinas, atualmente, é tão bom e tão passível de ensinar os mais novos e até os mais velhos. Nós, como fornecedores de peças, em conjunto com os nossos concorrentes, vamos assegurar que todas as informações estejam sempre disponíveis. ✱
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“2016 será o melhor ano da empresa no nosso país” C
om uma forte experiência no setor automóvel, Hugo Farela é, hoje, o managing director da ZF Services Portugal. Em 2005, iniciou atividade como diretor de vendas da Sachs Boge Ibérica, mais tarde, ZF Trading. E, em 2009, a ZF Trading funde-se com a SSO (Sales and Service Organization), dando origem à ZF Services Portugal. A atividade, no que respeita aos produtos da empresa, “não podia correr melhor”. Mais: “2016 será o melhor ano da empresa em Portugal”, afirma A ZF Services tem-se batido pela importância da qualidade dos materiais, nomeadamente, dos amortecedores, por uma questão de segurança rodoviária. Para Hugo Farela, num ambiente de crise, como o atual, “há, cada vez mais, um maior número de condutores que optam pela contenção de custos e apenas efetuam as operações de manutenção estritamente
“risco, tanto para a própria segurança do condutor, como para a segurança rodoviária em geral”. Segundo adianta Hugo Farela, “salvo raras exceções, o automobilista deixa-se aconselhar pela oficina, que é, definitivamente, o último elo da cadeia de distribuição. Como profissional, deveria ser um dos que melhor conhece o produto. A partir daí, e em função do poder aquisitivo de cada um, há condutores que procuram a melhor relação qualidade/preço, os que procuram preço e os que procuram qualidade, sem esquecer o preço”, explica. Resumindo, “o preço/qualidade ou a qualidade/preço, são os principais aspetos a considerar pelo condutor na hora da decisão da marca a aplicar”, diz Hugo Farela ao Jornal das Oficinas. Com que regularidade deveriam os amortecedores ser inspecionados nas oficinas? Para o responsável da ZF Services Portugal, que representa a
chassis e da linha motriz dos veículos. Daí podermos falar da seguinte oferta de produtos com as nossas marcas Sachs, Boge, Lemförder e ZF”, refere Hugo Farela, que não escondeu ao nosso jornal os planos da empresa. “A prioridade da ZF Services é satisfazer os seus clientes, quer seja através de produtos inovadores, portefólio riquíssimo e elevados padrões de qualidade, quer seja com valor acrescentado para o negócio dos nossos parceiros com a comercialização de todo o nosso catálogo”. O mercado está a mudar “e a ZF está muito bem preparada para uma oferta global de serviços e produtos, também nas novas tendências de digitalização e condução autónoma. Em suma, as megatrends de mobilidade são uma das prioridades da ZF. Daí estamos apostados em ser um fornecedor de referência”, acrescenta o responsável. No aftermarket, sublinha, dispomos
necessárias (mudanças de óleo, filtros, pastilhas), o que leva, em muitas ocasiões, a não prestar a devida atenção aos amortecedores”. O alargamento do intervalo de substituição destes componentes representa, assim, um
conceituada marca Sachs, “como os amortecedores têm um desgaste gradual, na maioria dos casos, o condutor não percebe o comportamento da direção”. Ou seja, os “amortecedores defeituosos só se tornam evidentes numa situação de emergência extrema, como, por exemplo, numa manobra evasiva súbita ou durante uma travagem de emergência. Portanto, os amortecedores devem ser inspecionados e trocados por um especialista após cada 80.000 km”, avisa. A ZF Services, na Península Ibérica, é a organização de pós-venda do Grupo ZF. “Tem um amplo portefólio de produtos, fruto da especialização do Grupo ZF em componentes de
de um portefólio de grande qualidade e que é bastante reconhecido pelo mercado, como é o caso das marcas Sachs e Lemförder. Por tudo isto, o objetivo passa por manter o ritmo positivo, continuando a “oferecer produtos e serviços de qualidade excecional”, além de prestar um “apoio constante e personalizado aos nossos clientes, para junto enfrentarmos o presente e os desafios futuros. Por exemplo, na área técnica, esse apoio traduz-se em formações contínuas de todas as novidades e melhorias dos nossos produtos, quer seja aos nossos distribuidores, quer aos clientes dos nossos clientes (retalho e oficinas)”, sublinha. ✱
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ENTREVISTA JOAQUIM LAVOS Presidente do Conselho de Administração da Sodicor
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“É gratificante ter uma cultura reconhecida › A Sodicor mantém bem vivas as suas cores, 30 anos depois de abrir portas. O Jornal das Oficinas aproveitou a ocasião para fazer um balanço da história da empresa com o seu presidente, Joaquim Lavos Por: Jorge Flores
PERFIL
J
oaquim Lavos é um homem pragmático e que dá muito valor ao conhecimento obtido, tanto pelas experiências “boas, como más”. O presidente do conselho de administração da Sodicor entrou para o aftermarket um pouco por “acaso”, mas rendeu-se, desde logo, ao dinamismo de um setor que evolui todos os dias. Responsável por uma empresa de créditos firmados no comércio de tintas automóvel, Joaquim Lavos fez um balanço dos 30 anos de vida da Sodicor, não deixando de analisar o futuro do negócio. Em sua opinião, a próxima geração de pintores deverá, acima de tudo, “gostar do que faz” e lutar por ganhar o estatuto que merece. “Trata-se da especialidade da reparação automóvel, cujos resultados saltam à vista, imediatamente”, refere. “Mas, para isso, terão de adquirir uma formação abrangente, adequada às exigências técnicas impostas pelo mercado e pela necessidade da rentabilização das unidades reparadoras o que, naturalmente, influenciará de forma sustentável a sua melhoria económica”. Quando foi fundada a Sodicor e quais foram os objetivos da sua criação? A Sodicor foi fundada em fevereiro de 1985, após cerca de dois anos de atividade que iniciei em nome individual. À medida que fui conhecendo o mercado, apercebi-me do seu potencial e, sem hesitar, admiti um colaborador que formou equipa coOutubro I 2016
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migo. Em poucos meses, a carteira de clientes cresceu, assim como a zona geográfica que abrangíamos. Foi em reconhecimento pelo trabalho do meu, então, colaborador que o convidei a constituir a Sodicor. Naquela altura, o nosso principal objetivo era crescer. Existia um mercado novo a conquistar e a nossa forma de abordá-lo foi pioneira. Quais foram os momentos mais marcantes da vida da empresa? Sem qualquer dúvida, a minha primeira ida à Madeira, em janeiro de 1990. Esta visita ocorre na sequência de um convite do nosso principal parceiro, na altura a Valentine Portugal, para suprir as necessidades de equipamentos e acessórios de pintura dos clientes, quando estava a introduzir os produtos de dois componentes naquela região. Sentimos este convite como o reconhecimento pelo bom trabalho que estávamos a desenvolver. Encontrámos uma região com grandes carências em relação ao mercado do continente. Foi, para nós, gratificante contribuir para a inovação dos processos de pintura naquela região. A segunda data marcante foi a constituição da primeira associada da Sodicor, a Cor Madeira, em 1997. Neste ano, avançámos para a região autónoma com instalações e uma estrutura local, porque pudemos agarrar a oportunidade de adicionar as tintas aos acessórios que
vínhamos comercializando. Em 1999, adquirimos um negócio já existente em Rio Maior e, partir dessa aquisição, fundámos, nessa localidade, a segunda associada. Tal como a Cor Madeira, funcionava à semelhança da casa-mãe (Sodicor) aproveitando as sinergias do grupo e oferecendo a vantagem da proximidade. Em 2010, incorporámos as duas associadas na casa-mãe, passando a Sodicor a ser o único nome presente no mercado. 2015 foi o ano em que a Sodicor completa 30 anos de atividade e em que abrimos um novo ponto de vendas, nas Caldas da Rainha. Que balanço faz dos 30 anos de atividade da empresa? Muito positivo. É, para mim, gratificante observar que esta empresa tem já uma cultura reconhecida no mercado e que a equipa está perfeitamente identificada com essa mesma cultura. Estes são os pilares fundamentais que permitem que uma organização com três décadas de atividade se possa projetar para o futuro. Como está, atualmente, estruturada a Sodicor a nível de instalações e recursos humanos? Temos a nossa sede em Leiria, em instalações próprias e, muito próximo, temos, também, o nosso armazém principal. Dispomos ainda de instalações em Rio Maior,
Joaquim Lavos iniciou a sua carreira de empresário em 1982. Antes de chegar ao negócio do comércio de tintas, ainda passou por diversas áreas. A entrada para o aftermarket acabou por ser fruto do acaso. Mas já lá vão 32 anos, sempre motivados pelo enorme “dinamismo” do setor. O responsável da Sodicor ainda mora na aldeia onde nasceu. “O contacto com a realidade local e com algumas atividades rurais são um excelente hobbie para a descompressão”, garante. Joaquim Lavos é alguém que aprende sempre com os maus momentos, nomeadamente, a “encontrar formas de evitá-los”. Felizmente, motivos de orgulho não faltam na sua vida. Ter uma “família coesa e ter criado postos de trabalho”, enquanto empresário, são apenas alguns exemplos. O melhor conselho que pode dar aos outros? “Que assumam, por inteiro, os direitos e os valores de cidadania, nunca esquecendo o dever de respeito pelos outros, com quem vivem em sociedade”, adianta o responsável, cuja maior lição que aprendeu na vida foi a de que “nunca devemos agir com base em aparências ou em opiniões parciais”.
na Madeira e, agora, também nas Caldas da Rainha. Relativamente aos recursos humanos, considerando comerciais, técnicos e administrativos, temos, atualmente, um total de 23 colaboradores. Recentemente, inauguraram uma nova loja situada nas Caldas da Rainha. Que objetivos se propõe atingir? O encerramento de um revendedor nosso no local esteve na origem da decisão de abrir esse ponto de venda. O nosso primeiro
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no mercado”
Que apoio está a Sodicor a dar aos clientes, ao nível de formação técnica e gestão? Cada ação é definida e preparada em função das necessidades identificadas pela nossas equipas comercial e técnica. Consoante o objetivo que se pretenda com a formação, optamos por diferentes tipos de ações. Poderão ser ações de formação no contexto de trabalho dos nossos clientes (on-job training) ou ações de formação teóricas em sala de formação ou práticas em laboratório. Para a realização destas ações, contamos com a nossa equipa técnica e, sempre que necessário, com o apoio das nossas representadas. Quais os maiores desafios que a Sodicor enfrenta na atualidade? Desde os últimos anos que o mercado da repintura automóvel, tal como outros, tem vindo a perder dimensão, obrigando-nos a repensar a forma como trabalhamos. Seja qual for a solução que encontremos, tem de estar sempre centrada nas reais necessidades dos nossos clientes. São eles a razão da nossa existência. O nosso histórico não pode ser, para nós, um peso ou um embaraço. Em vez disso, procuramos que o conhecimento que advém do nosso percurso e experiência nos liberte a criatividade para nos reinventarmos, encontrando novas e ágeis soluções. E quais as maiores oportunidades de negócio? É fundamental olhar para além da linha do horizonte e tentar imaginar como serão os nossos clientes no futuro. Os constrangimentos originados pela economia têm conduzido a apreciáveis mudanças de comportamentos dos respetivos agentes. Temos de encontrar os indícios que nos permitam antever como será o nosso cliente, a médio prazo, e como evoluirá o relacionamento business to business dentro da nossa área de negócio. A capacidade de antecipar o futuro permite-nos estar mais preparados para as mudanças que, certamente, acontecerão. Que medidas entende serem prioritárias para garantir a sustentabilidade das oficinas de colisão? O que sustenta qualquer empresa é o cliente. Conhecer o cliente e procurar saber o que é que ele valoriza é fundamental. Sabemos que uma grande parte
dos serviços de pintura provém da regularização de sinistros. Mas quem é o cliente, afinal? A seguradora ou o dono do automóvel? Serão os dois? É possível estabelecer uma relação duradoura e de confiança com o dono do automóvel, para que ele prefira a minha oficina e me procure noutras ocasiões que não o sinistro? O que é que eu posso fazer para marcar a diferença relativamente a outros reparadores? Uma oficina que seja procurada pelo cliente final, porque merece a sua confiança, porque presta serviços que o deixam satisfeito e porque a forma como o trata lhe agrada, tem, certamente, um futuro sustentado. Hoje, ganhar novos clientes e mantê-los requer de qualquer empresário a máxima atenção e o maior empenho.
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Em que áreas devem as oficinas de colisão investir, a fim de se tornarem mais competitivas? O tempo é um dos fatores de produção mais críticos na gestão oficinal. É o que tem mais representatividade no bolo da rentabilidade e é o que mais contribui para que uma secção de colisão ganhe ou perca dinheiro. Para potenciar o fator “tempo”, devemos ter em consideração cinco pontos essenciais: as instalações, os equipamentos, os processos de trabalho, o treino dos profissionais e a utilização de produtos que potenciem a rentabilidade. Instalações bem organizadas permitem que os serviços fluam no espaço, ao longo das várias fases de operação, de forma sequencial correta e sem obstáculos ou constrangimentos. Os equipamentos e as ferramentas de trabalho devem estar ajustados à capacidade das instalações e ao número de profissionais. A gestão oficinal deve ter especial atenção à organização dos processos de reparação, de forma a tirar o máximo partido das horas disponíveis, rentabilizando-as. Os profissionais devem estar bem treinados, usando produtos e sistemas que lhes permitam economizar tempo e minimizar o risco de erro ou defeito, que leva a indesejáveis repetições de serviço. Como refere na questão, oficina de colisão, pressupõe a ligação entre duas secções que, em muitos casos, não trabalham em sinergia: a chapa e a pintura. Uma gestão comum destas duas secções pode potenciar importantes economias de tempo. Quais são os objetivos da Sodicor para 2016? O recente investimento nas Caldas da Rainha permite-nos ambicionar crescimento. Em termos globais, para a área de negócio da repintura automóvel, temos como objetivo manter a nossa presença maioritária nas oficinas de marca e nos principais reparadores multimarca das regiões onde operamos. ✱
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REPORTAGEM 26
NTN-SNR apresentou juntas homocinéticas
Velocidade constante Na semana que antecedeu a abertura da edição de 2016 do Salão Automechanika, a NTN-SNR deu a conhecer, em Le Mans, a nova gama de juntas homocinéticas. O Jornal das Oficinas foi o único órgão de comunicação social português que esteve presente Por: Bruno Castanheira
O
programa era, no mínimo, irrecusável. A convite da NTN-SNR, o Jornal das Oficinas iria ter a oportunidade de conhecer, na fábrica de Le Mans, a nova gama de juntas homocinéticas de um dos principais players do mercado europeu. O evento decorreu nos passados dias 5 e 6 de setembro, precisamente na semana que antecedeu a abertura da edição de 2016 da Automechanika. A nova gama de juntas homocinéticas (Juntas de Velocidade Constante - JVC - ou, em inglês, CVJ - Constant Velocity Joint) da NTN-SNR destina-se ao aftermarket independente. n JUNTAS DE TODAS AS CLASSES Propriedade do Grupo NTN Corporation, a NTN-SNR, com sede em Annecy, França, dispõe de um portefólio de produtos para a área automóvel, indústria e aeronáutica, composto por peças de Outubro I 2016
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qualidade premium, fruto da sua experiência enquanto fabricante de primeiro equipamento (OEM). Forte em tudo o que diga respeito a rolamentos, sendo, aliás, um dos líderes mundiais nesta área, a NTN-SNR conta com uma estrutura que evidencia o seu papel de “multi-especialista”, que se articula em torno de três eixos estratégicos: “chassis”, “motor” e “transmissão”. O desenvolvimento dos seus produtos mantém-se fiel a três princípios: amplitude de gama; proximidade ao cliente; serviços inovadores. A nova gama de juntas homocinéticas da NTN-SNR insere-se na área “chassis”. A transmissão (ou cardan) consiste num componente articulado do veículo, que se encarrega de transferir movimento de rotação e binário do motor, por intermédio do diferencial, até às rodas. Está apto a suportar o esforço exercido sobre a suspensão e sobre a rotação das rodas.
A NTN-SNR disponibiliza ao mercado um portefólio de produtos composto por inúmeras peças de qualidade premium
Duas juntas homocinéticas, uma do lado da roda e outra do lado do diferencial, garantem uma velocidade de rotação idêntica, independentemente da posição e do ângulo de funcionamento da junta. O tamanho das juntas e os comprimentos da transmissão dependem da estrutura do veículo e dos binários a transmitir. O Grupo NTN-SNR disponibiliza todas as classes de juntas clássicas, tenham elas um design de seis bolas do lado da roda e do diferencial ou pertençam elas às do tipo tripé do lado do diferencial. A empresa desenvolveu e patenteou uma gama de juntas de oito bolas (EBJ fixas e EDJ deslizantes), sendo o único player que as propõe como primeiro equipamento. Estes novos produtos respondem às exigências em termos de conforto, redução de emissões de CO2 e rendimento. O bom funcionamento das transmissões depende da qualidade das juntas homo-
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cinéticas, da montagem obedecendo às recomendações dos fabricantes e da qualidade dos componentes. A NTN-SNR propõe uma gama composta por três diferentes famílias de juntas homocinéticas: kits de transmissão; kits de juntas do lado da roda; kits de foles do lado da roda ou do diferencial. n COBERTURA DE 96% A NTN-SNR é, hoje, um dos líderes do mercado europeu em peças automóvel. Fornece peças de elevada qualidade, uma vez que se trata de um dos maiores fabricantes de peças de origem, tanto
Na apresentação da nova gama de juntas homocinéticas, os responsáveis da NTN-SNR fizeram um périplo sobre a atividade da empresa na Europa e no mundo
para veículos europeus como asiáticos. A oferta global de que dispõe está preparada para responder às exigências do aftermarket. Mais: a NTN-SNR oferece experiência em todas as áreas de peças automóvel e posiciona-se como líder “multi-especialista”, estando o conjunto da sua oferta articulado em torno dos três tipos de famílias de produto mencionados anteriormente, as quais incluem a gama de serviços #SolutionInside. Se a oferta da empresa beneficia de uma nova organização por polos, já a qualidade que propõe é garantida pela amplitude da sua gama. A NTN-SNR disponibiliza ao mercado mais de 7.000 referências e garante um desenvolvimento constante das suas gamas, com 400 a 500 novas referências lançadas por ano. As gamas de peças de reposição da NTN-SNR dão cobertura a 80.000 modelos de veículos, representando 96% do parque automóvel europeu. Por outro lado, a empresa desenvolve gamas específicas para veículos pesados, que foram enriquecidas com o aumento significativo (mais de 50%) da adição de novas peças, entre o final de 2014 e início de 2016, bem como com o lançamento de uma gama de rolamentos para caixas de velocidade em setembro deste ano. ✱
A NTN-SNR dispõe de um centro europeu de I&D (investigação e desenvolvimento) situado em Annecy, França, que está dotado de importantes recursos humanos e materiais. 400 colaboradores preparam os produtos do futuro, apoiando-se em diferentes laboratórios (metrologia; análise de materiais orgânicos; análise de materiais metálicos), em avançadas ferramentas de simulação e num centro de testes com mais de 200 bancos de ensaio. Este complexo trabalha em estreita colaboração com o centro de I&D da NTN localizado em Kuwana, no Japão, permitindo, assim, permanentes intercâmbios, constantes atualizações de conhecimentos e eficazes partilhas de técnicas.
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Inovação: o alicerce da estratégia da NTN-SNR
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OBSERVATÓRIO 28
Central Service Solutions (CSS) do bilstein group
Fortaleza de dados › No quartel-general da Ferdinand Bilstein Portugal, na Venda do Pinheiro, existe um departamento que fornece informações e sistemas a todo o bilstein group. Chama-se Central Service Solutions (CSS). O Jornal das Oficinas entrou nesta autêntica fortaleza de dados Por: Bruno Castanheira
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onge dos olhares indiscretos, o “braço” português do Central Service Solutions (CSS) realiza um trabalho de extrema importância. Que, não só, passa despercebido ao mercado como está, também, na génese do sucesso do negócio do bilstein group em todo o mundo. E que trabalho é esse? Nada mais nada menos do que a pesquisa de referências de origem para todos os veículos que circulam nos quatro cantos do globo. No fundo, o que o CSS faz é identificar que veículos (marcas e modelos) são “aplicáveis” nas gamas de peças febi, SWAG e Blue Print. O CSS consiste, por isso, num departamento que fornece a todo o bilstein group informações e sistemas indispensáveis ao funcionamento e desenvolvimento do seu negócio, que está presente em mais de 140 países e dispõe de mais de 20 subsidiárias. n NASCIDO EM 2012 Mas, antes de mais, como e quando nasceu o CSS? “Foi criado em 2012. Ainda que, em 1999, tivesse sido constituído, na Alemanha, um “departamento”, designado PISA (Product Information System AutoOutubro I 2016
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motive), que se encarrega da recolha e da organização de dados, bem como da criação dos próprios sistemas da empresa”, revelou Andreas Borgmann, diretor do CSS do bilstein group, ao nosso jornal. O PISA passou, assim, a agregar toda a informação que a empresa dispunha. Não apenas a necessária para a realização dos catálogos de peças, mas, também, a proveniente
da gestão de produto, permitindo, por exemplo, reunir informação sobre peças que não dispunham de referências febi. Depois da Ferdinand Bilstein GmbH ter adquirido, em 2011, a Automotive Distributors Ltd., no ano seguinte foi estabelecido o bilstein group. Para as três marcas: febi, SWAG e Blue Print. “O que nos obrigou a repensar o modo como
Da esq.ª para a dta.: Joaquim Candeias, administrador da Ferdinand Bilstein Portugal; Andreas Borgmann, diretor do CSS; Ruben Teles, responsável pela pesquisa do CSS
Veja o vídeo em: jornaldasoficinas.com
passaríamos a organizar e a fornecer informação para todas as subsidiárias espalhadas pelo mundo. Daí a necessidade de termos criado o CSS, departamento internacional que é responsável por todas as divisões e subsidiárias do grupo”, explicou Andreas Borgmann. O “braço” português do CSS é apenas uma das peças de um puzzle que fica completo com as divisões existentes na Alemanha e no Reino Unido. Contudo, o CSS integra duas áreas distintas, que se complementam e interagem: a DMD (Data Management Division) e a SDD (System Development Division). Em Portugal, está situada grande parte da DMD, que trabalha, especificamente, referências para veículos ligeiros. No Reino Unido, existe a SDD. Na Alemanha, encontram-se as duas: DMD e SDD. Considerando os três países, são 60 os colaboradores que trabalham no CSS. n EQUIPA QUALIFICADA A pesquisa de referências a partir de Portugal é de extrema importância para o bilstein group. E, em última instância, para o cliente, pois caso este não consiga
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identificar a peça de que necessita, jamais conseguirá adquiri-la. Um dos tópicos do processo de catalogação do bilstein group dá a possibilidade ao cliente de identificar as suas peças. Com 50.000 a 60.000 referências de peças (são mais de três milhões as que constam no PISA, que é o sistema core do grupo), o bilstein group reúne informação do mercado, que provém de subsidiárias e clientes. “Melhoramos a qualidade dessa informação recolhida e introduzimo-la no nosso sistema (PISA). A partir daqui, estamos aptos a criar catálogos eletrónicos, catálogos de papel ou a enriquecer o TecDoc. Por outro lado, fornecemos informação
para as nossas subsidiárias e criamos sistemas para que essa informação seja utilizada da melhor forma”, frisou Andreas Borgmann. O CSS jamais copia dados de concorrentes. “Investimos muito para criar os nossos próprios dados”, desabafou o diretor do CSS do bilstein group ao nosso jornal. Que acrescentou: “A qualidade dos dados é a nossa principal preocupação. O nosso maior concorrente? O canal OE”. Do nosso interlocutor quisemos, também, saber o porquê da criação de um “braço” do CSS em Portugal. A resposta não tardou: “Porque a Automotive Distributors Ltd. começou, precisamente em Portugal, com os serviços de pesquisa. E nós reconhecemos que, aqui, existe uma excelente equipa, dotada de muito conhecimento técnico. Começámos com 11 colaboradores em Portugal dedicados a este departamento e é nosso objetivo chegar aos 32 a breve trecho. Hoje, são 25 as pessoas que integram o CSS, que está localizado na Venda do Pinheiro. O conhecimento técnico da equipa portuguesa é muito bom, até porque não efetua muitas pesquisas em áreas diferentes”. A febi tem uma “secção” que se dedica, especificamente, à pesquisa de referências para pesados, que opera na Alemanha. É intenção do grupo introduzir essa funcionalidade também, em Portugal. O que, a confirmar-se, elevará o número de colaboradores do CSS para 45. ✱
Como se processa o trabalho do CSS? Para nos explicar a “mecânica” de funcionamento do CSS, ninguém melhor do que Ruben Teles, responsável pela pesquisa de aplicações no CSS do bilstein group.: “O trabalho do CSS consiste em pesquisar aplicações. No fundo, em identificar que veículos (marcas e modelos) são aplicáveis nas peças que temos na nossa gama de produtos. Para tal, usamos os softwares dos fabricantes de equipamento original, os chamados EPC’s (Electronic Parts Catalogs), em que fazemos essa pesquisa por artigo ou por veículo. Estamos a introduzir, atualmente, entre 200 a 300 novos artigos por mês”. Cada vez que um novo artigo é introduzido nas gamas febi, SWAG e Blue Print, o trabalho do CSS passa por identificar as aplicações (veículos) onde elas estão. Para, depois, serem catalogadas no PISA. Esta informação é, mais tarde, disponibilizada nos diferentes suportes de catálogo que o grupo tem. “É um trabalho bastante exaustivo, que exige muita concentração. E que não se resume a retirar apenas a referência original, mas a analisar a informação técnica associada. O nosso trabalho consiste, também, em apresentar as diferenças perante as várias opções, de modo a que o cliente, no momento da compra, possa tomar a decisão certa”, explicou Ruben Teles. Quando a catalogação é precisa e clara, o momento da escolha torna-se mais fácil. E não dá muita margem para erros ou devoluções. “Temos sempre a preocupação de como vai o cliente olhar para esta informação. Aquando do lançamento de cada veículo, normalmente programamos a pesquisa de referências originais que nos interessam para as gamas principais que disponibilizamos”, deu conta o responsável. Que, a concluir, fez uma revelação: “Ao contrário dos players ‘típicos’ do aftermarket, que retiram as referências OE e as aplicações dos seus fornecedores, nós, no bilstein group, criamos as nossas próprias pesquisas OE e as nossas próprias aplicações, diretamente a partir das informações dos fabricantes OE. O que torna os nossos dados muito mais fiáveis”.
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PUBLIREPORTAGEM Auto Fornence
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“Só posso dizer bem de A Oficina”! Apesar de ter aderido à rede “A Oficina” há apenas um ano e meio, João Brás, gerente da Auto Fornense, já consegue medir a grande evolução que a empresa teve a nível da organização, qualidade do serviço e rentabilidade Veja o vídeo em: jornaldasoficinas.com
Para João Brás, a adesão à Rede A Oficina no início de 2015, foi a melhor decisão que podia ter tomado. “As vantagens são muitas, desde a disponibilidade de peças na hora, preços competitivos, informação técnica, encomendas online, cursos de formação e produção de orçamentos, entre outras valências. Passei a ter um só fornecedor, a Norparts, uma empresa do grupo Create Business, que disponibiliza 6 entregas diárias e apoio técnico permanente. Qualquer dúvida de mecânica ou electrónica é esclarecida por um técnico especialista, que se for necessário, faz assistências remotas no diagnóstico de avarias. Não conheço nenhuma outra casa de peças que ofereça este tipo de serviço, por isso só posso dizer bem da Rede “A Oficina”. “Os cursos de formação são outra mais valia, pois permite-nos estar sempre atualizados com a evolução tecnológica dos veículos, incluindo os novos modelos híbridos e elétricos. O mais recente foi em Madrid, sobre embraiagens duplas, onde esteve presente um dos nossos colaboradores.”
bate-chapa, pintura e mais recentemente pneus. “Adquiri o topo de gama de uma máquina de alinhamento de direções e tive formação para saber operar com o equipamento e hoje já conseguimos fazer o serviço completo de pneus. Montamos, equilibramos as rodas e fazemos o alinhamento das direções. Apenas dispomos do equipamento desde o início deste ano, mas já temos uma procura cada vez maior por este tipo de serviço. Agora conseguimos ter preços competitivos e pneus
sempre disponíveis na hora, pois a Norparts dispõe de um grande stock.” SOLUÇÃO +VALOR MOTIVA E ESTIMULA A solução +valor criada pela Create Business para os aderentes à rede “A Oficina” oferece uma série de serviços muito vantajosos, a começar pela facilidade de encomendar peças online. Depois do pedido feito, a oficina pode acompanhar online todo o processo de expedição das
SERVIÇO TOTAL Com uma área total de 1.500 m2, sendo 500 m2 de área coberta, a Auto Fornence presta todo o tipo de serviços mecânicos, Outubro I 2016
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peças, desde que saem do armazém da Norparts em Odivelas, até chegar ao destino final da oficina. “Quando faço a encomenda de peças, posso acompanhar o seu percurso até que chegue às nossas instalações. O cliente aprecia a rapidez do serviço e para nós é uma ferramenta muito útil que nos ajuda a ser mais produtivos e a rentabilizar o nosso trabalho.” Outra grande vantagem que a integração na Rede A Oficina trouxe, foi a possibilidade de fazermos orçamentos na hora, com peças aftermarket ou de origem, incluindo orçamentos de bate chapa e pintura. Basta fazer uma pesquisa pela matrícula do carro ou pelo modelo e temos de imediato o preço de todas as peças e o tempário para a execução das reparações. É muito bom para os clientes particulares, mas ainda melhor para as companhias de seguro, que já nos recomendam como oficina preferencial para os seus segurados.” A Solução +valor permite ainda que a oficina tenha acesso ao historial de todos os clientes, pois todas as intervenções ficam registadas, com as peças que foram substituídas e as reparações efetuadas. De referir ainda as Campanhas de Produto que regularmente são lançadas para toda a Rede A Oficina. Através desta cam-
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panhas, podem ser adquiridos uma série de produtos com condições muito vantajosas para a oficina, que por sua vez os pode utilizar como promoção para os seus clientes. Trabalhar por objetivos é outro motivo que João Brás valoriza, porque “no final de cada trimestre, caso tenha conseguido atingir o objetivo de vendas proposto pela Create, consigo um ganho de faturação apreciável, o que é estimulante para o nosso trabalho e muito gratificante para a equipa.”
COLABORADORES COMPETENTES PRECISAM-SE A Auto Fornence conta atualmente com 6 colaboradores, que frequentam regularmente ações de formação na Create Business, e também aproveitam algumas iniciativas da marcas. Embora o negócio esteja a correr de feição, João Brás vai manter a estrutura da oficina conforme está, pois para crescer tem de contratar mais pessoal e nesta área sente muitas dificuldades, conforme explica: “O nosso maior desafio é o pessoal, pois não consigo encontrar bons técnicos. Aparece muita gente, mas a pessoa que precisamos não. Temos vários tipos de serviço e os técnicos que necessitamos para a Auto Fornence têm de ser polivalentes e competentes quer na área mecânica, quer na electrónica, pois ainda fazemos muitas reparações de motores.” Com uma clientela constituída basicamente por particulares, João Brás está otimista em relação ao futuro, principalmente por contar com o apoio do seu fornecedor Norparts e de toda a organização do grupo Create Business, que acredita vai continuar a evoluir para ser uma empresa líder na distribuição de peças e no desenvolvimento de soluções inovadoras para as oficinas.
O futuro da oficina multimarca: Trabalhar em rede ou isoladamente? O mercado da reparação automóvel multimarca foi, no passado, pouco exigente com a qualidade do serviço prestado. O cliente final, falando de forma genérica, sempre procurou um reparador para manter ou reparar ocasionalmente a viatura e quase sempre em detrimento de uma garantia de serviço e qualidade do mesmo. Durante muito tempo o preço foi o fator preponderante. A falta de frequência na visita e a necessidade de preço baixo eram motivos suficientes para que uma oficina multimarca se mantivesse na sua zona de conforto e não sentisse a necessidade de desenvolver o seu negócio através de um conceito organizado e uniformizado.
A realidade de hoje é bem diferente. As oficinas têm que se atualizar e aperfeiçoar tecnicamente para continuarem a desenvolver a atividade. Essa necessidade é cada vez mais evidente, os métodos de diagnóstico e reparação são mais exigentes e precisos. O acesso a informação técnica original é fundamental para reparar bem e à primeira bem como a formação contínua, que é essencial para estar em dia com a tecnologia do automóvel. De outra forma a produtividade da oficina, logo, a sua rentabilidade, são postas em causa. Para além disso, não é só a capacidade técnica que conta. Os clientes são hoje o bem mais precioso de qualquer prestador de serviços e uma oficina tem de adquirir competências que lhes permita comunicar de forma transparente e eficaz a sua oferta e o valor que pode dar ao cliente. Este pode ser preço, mas também qualidade do serviço, conveniência, transparência. Para o conseguir necessita de desenvolver métodos e processos de gestão. É através deles que vai poder comunicar com o cliente, estando junto dele quando necessita, ao mesmo tempo que aumenta a produtividade e o retorno do investimento através de uma boa gestão dos recursos, que se devem traduzir no serviço ao cliente, cada vez mais exigente em termos de custo e qualidade. Uma oficina multimarca enfrenta mais do que nunca desafios e mudanças na sua atividade. Acreditamos que o trabalho em rede é a forma mais eficaz para ultrapassar os obstáculos, normais em qualquer situação de mudança. A aquisição de conhecimentos e competências adaptadas aos desafios da oficina multimarca moderna, assim como a comunicação com o consumidor por um conjunto de profissionais sob uma mesma marca é, sem dúvida, a forma mais eficiente de o fazer e assim assegurar o futuro.
Auto Fornence Gerente João Brás | Sede Rua do Sr. Roubado, Lote 311, 2675-533 Odivelas | Telefone / Fax 21 932 84 32 | Email geral@autofornence.pt
Rui Damas – Diretor técnico & Conceitos Oficinais e-mail: aoficina@createbusiness.pt
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M.F. Pinto dispõe de novo site Mais intuitivo, mais funcional e com mais informação, o novo site da M.F. Pinto permite, agora, o acesso direto à plataforma digital para clientes profissionais, com acesso a preços, stocks e documentos contabilísticos. O novo site proporciona aos visitantes uma navegação mais intuitiva e rápida, apresentando um menu de navegação simplificado, onde se destacam as áreas de negócio: sistemas de turbocompressores; sistemas de injeção Diesel; alternadores e motores de arranque; equipamentos. Na área de serviços, pode ser encontrada a oferta, que inclui: diagnóstico e reparação de sistemas de injecção Diesel, diagnóstico e reparação de turbocompressores, formação técnica na reparação de turbos e na utilização dos equipamentos CIMAT de equilíbrio de turbos e de afinação de geometrias. Desta forma, os visitantes ficam com uma noção global da atividade da empresa e com um perfeito entendimento dos principais produtos e serviços comercializados pela M.F. Pinto. O novo site está disponível em www.mfpinto.com.
MANN + HUMMEL regista €1.480 milhões no primeiro semestre Durante os primeiros seis meses de 2016, o Grupo MANN + HUMMEL alcançou um volume de vendas calculado em €1.480 milhões, valor que representa uma queda de €50 milhões (-3,1%), quando comparado com o mesmo período do ano passado (calculado em €1.530 milhões). O grupo mantém o otimismo em relação às contas do ano em curso. A aquisição das marcas do Grupo Affinia e Filtron WIX Filters ainda não configuram neste balanço. Mas já mostram que serão um grande “impulso de crescimento”, segundo comunicado oficial do grupo. Alfred Weber, presidente e CEO da MANN + HUMMEL, explicou ainda que “as difíceis
condições do setor da mecânica, engenharia de plantas e os mercados da Ásia a América do Sul têm sido os fatores que mais têm dificultado o crescimento do grupo. Particularmente na Ásia, o crescimento não corresponde às expectativas devido à crise na China. Portanto, a previsão, para o ano inteiro. é relativamente baixo”, reconheceu. De acordo ainda com Alfred Weber, o grupo Affinia será um “acelerador de crescimento real”, no futuro, graças ao crescimento das vendas na nova subsidiária norte-americana, que já equivale a mais de 5%, durante o primeiro semestre do ano. “Em 2016, esperamos um crescimento orgânico das vendas de cerca de 7%”, disse.
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Lubrigrupo
Dupla de ataque A Lubrigrupo tem uma nova dupla de ataque para o mercado nacional de lubrificantes: as linhas Mobil Delvac e Mobil Super 3000 Formula VC 0W-30 e 0W-20 Por: Jorge Flores
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silly season não apanhou a Lubrigrupo e os seus distribuidores a “dormir”. Nos últimos tempos, muitas têm sido as novidades reveladas no catálogo da empresa. Com particular destaque para um trio de ataque de respeito. A gama de lubrificantes ganhou agora uma nova força com a disponibilização no mercado luso da linha Mobil Delvac. Mas vamos por partes. Por três, para sermos mais concretos. Contando com mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de lubrificantes sintéticos, a ExxonMobil conseguiu criar os óleos sintéticos Mobil Delvac. Segundo adianta fonte da Lubrigrupo, a marca fê-lo com o intuito manifesto de satisfazer “uma vasta gama de aplicações e proporcionar altas performances”. Deste modo, em catálogo, “figuram lubrificantes para motores e transmissões de veículos pesados, assim como produtos específicos para agricultura, obras-públicas e transportes”. De acordo com nota da empresa, os óleos Mobil Delvac “satisfazem (e muitas vezes ultrapassam) as exigências dos construtores e dos utilizadores profissionais. São recomendados por muitos dos grandes construtores de motores de camiões, tanto para os primeiros enchimentos, como para as manutenções periódicas”. Para se aferir a relevância deste produto, refira-se que os óleos Mobil Delvac
detêm, atualmente, mais de 2000 aprovações, obtidas junto de mais de 300 construtores. LUBRIFICANTES PARA PESADOS A atualização do catálogo de lubrificantes para o setor de pesados, com referências e denominações novas, assim como, as aprovações mais recentes, foi outra das prioridades da Lubrigrupo. Nesse contexto, entra em cenaos dois novos produtos da linha Mobil Super 3000 Formula VC 0W-30 e 0W-20, concebidos para veículos Volvo. O primeiro, é um óleo de motor de alta performance aprovado pela Volvo para veículos com motores de 5 cilindros a gasolina ou Diesel, que requerem a especificação Volvo VCC 95200377. Trata-se de um óleo que cumpre com os requisitos ACEA A1/B1 e A5/B5, e apresenta excelentes capacidades a temperaturas baixas, permitindo um arranque rápido em climas frios. Por sua vez,, o Mobil Super 3000 Formula VC 0W-20 é já uma evolução do 0W-30, tratando-se de um óleo de motor de alta performance, indicado para automóveis de 2014 em diante, com motores de 4 cilindros a diesel ou gasolina, que requerem a especificação VCC RBS0-2AE 0W-20. Sublinhe-se que a ExxonMobil é a primeira marca no mercado com lubrificantes para este tipo de aplicações.
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Caixas de direção reconstruídas da TRW Proequip A TRW Aftermarket expandiu o seu programa de caixas de direção reconstruídas para veículos pesados, destinado ao mercado de pós-venda, que é comercializado sob a marca TRW Proequip. O programa consiste em dois tipos de caixas para os sistemas de direção assistida dos veículos comerciais pesados (HCV): a caixa de direção avançada original da TRW (TRW TAS) e a caixa de direção de alta pressão de nova geração da TRW (TRW THP), com as quais o programa totaliza, atualmente, 57 referências, e que abrangem os seguintes fabricantes de veículos: DAF, Scania, Volvo, Dennis e Sisu. Seguindo processos rigorosos de devolução de cores, as caixas de direção da TRW Proequip são reconstruídas e testadas de acordo com os mesmos padrões de qualidade dos produtos de equipamento original (OE), utilizando os próprios componentes TRW que são aplicados na origem, no centro de excelência em Frydlant, na República Checa. Tendo isto em consideração, sob a marca TRW Proequip, a TRW faz, agora, também a reconstrução de caixas de direção Thyssen Krupp usadas, com qualidade OE, para aplicações Mercedes-Benz.
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ContiTech lança bombas de água sem kit
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De forma complementar aos kits completos, compostos por correia de transmissão, bomba de água e outros componentes, a ContiTech passa a comercializar, também, bombas individuais. Com esta expansão da gama de produtos, os veículos sem transmissão por correia dentada podem, agora, também ser equipados com bombas de água da ContiTech. Os produtos de lançamento das bombas de água individuais vão desde a bomba de água elétrica para aplicações de alta tecnologia, usadas em vários modelos da BMW, até bombas mais simples aplicadas em tomadas de força auxiliares, que podem ser combinadas com um kit de correia trapezoidal da ContiTech, consoante a respetiva aplicação. Assim, caso sejam necessárias reparações, todos os componentes podem ser disponibilizados por um único fornecedor.
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Esta é a Kitty Zhu, Gestora de Produto na TRW China. Quer esteja a trabalhar com discos de travão ou a realizar a cerimónia tradicional do chá, a Kitty quer que todos os elementos estejam em perfeito equilíbrio. Como, por exemplo, os nossos discos com alto teor de carbono, que oferecem melhor estabilidade e desempenho porque resistem a temperaturas mais elevadas sem deformarem. Para um desempenho realmente excecional, confie nos Verdadeiros Originais. Veja a história da Kitty em www.trwaftermarket.com/discostravao
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www.trwaftermarket.com/discostravao Com a TRW, cada peça é concebida para superar desafios e é isso que fazem os nossos 4.000 engenheiros, designers e especialistas em produtos, em todo o mundo. Com mais de 100 anos de experiência no Equipamento Original, a TRW dita os padrões da segurança e da qualidade.
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SACHS é uma marca da ZF
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Nos últimos anos, as pressões de operação e a densidade de potência nos sistemas hidráulicos aumentaram nitidamente, o que eleva a predisposição para o desgaste e para as avarias prematuras. É, por isso, que a qualidade do óleo hidráulico é cada vez mais importante para a vida útil e para a fiabilidade dos sistemas hidráulicos. Com os seus novos óleos hidráulicos HyPER, a Liqui Moly é o primeiro dos quatro fabricantes a nível mundial a cumprir o exigente teste RDE 90235 da Bosch Rexroth. Todos os óleos testados passaram no procedimento com brio. São dos poucos óleos do mundo a cumprirem estes padrões máximos. O teste de bombas da Bosch Rexroth, introduzido em 2015, ultrapassa em muito as exigências dos padrões DIN e ISO atuais. O problema destes padrões é o facto de não terem acompanhado o progresso técnico dos últimos anos em termos de sistemas hidráulicos. O RDE 90235 é um procedimento de teste cientificamente padronizado, que verifica o comportamento dos lubrificantes e a interação nos componentes-chave bomba hidráulica e motor hidráulico em condições reais de funcionamento.
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Volante Bimassa SACHS • A SACHS é um dos principais fabricantes de volantes bimassa a nível mundial.
Roberlo lançou Kronox 510
• Atualmente, a SACHS já fabricou mais de 21 milhões de volantes bimassa.
O Kronox 510 junta-se à linha de vernizes Low Voc da Roberlo: a linha Kronox. Desta maneira, a Roberlo continua a apostar na oferta das melhores soluções às oficinas de colisão. Trata-se de um verniz de dois componentes, que se destaca por uma aplicação fácil e agradável, adaptando-se a todos os utilizadores que procurem um acabamento de alta qualidade e, ao mesmo tempo, adequado para reparações completas ou parciais. O Kronox 510 dispõe de maior dureza, permitindo que o utilizador final possa manipular, em menos tempo, a peça reparada, principalmente em condições de baixas temperaturas, garantindo, simultaneamente, que o produto seja muito menos sensível caso seja preciso corrigir alguma imperfeição. Os seus três catalisadores (lento, padrão e rápido) são os mesmos que já existem na linha KX. As suas principais características são: aplicação fácil e agradável; elevada dureza; excelente brilho, em conformidade com as normas VOC.
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NOTÍCIAS 40
Pintura 3M sobrevive a 17 mil km em 21 dias A tecnologia 3M Scotchgard Paint Protection Film Pro Series protegeu a pintura do Volkswagen Touareg V6 TDI do alemão Rainer Zietlow, que estabeleceu um novo recorde entre o Cabo Norte, na Noruega, e o Cabo Agulhas, na África do Sul, ao percorrer os 17 mil km do percurso em 21 dias, 16 horas e 31 minutos. A equipa atravessou 19 países e enfrentou temperaturas que oscilaram entre os 0ºC na Noruega e os 48ºC no Sudão. O Volkswagen Touareg V6 TDI partiu do ponto mais a norte da Europa, em direção ao sul. O Scotchgard Paint Protection Film Pro Series incorpora uma tecnologia especial de auto reparação, que permite reverter os pequenos arranhões. Este produto apresenta ainda uma resistência superior às manchas, tendo ajudado o veículo a manter o melhor aspeto durante a exigente viagem, designadamente nos buracos profundos do Sudão e da Etiópia, os numerosos ziguezagues nas terras altas de África e o “caminho do inferno” – com a sua superfície enrugada de rocha vulcânica no norte do Quénia.
Spies Hecker e a Standox renovaram aprovações OEM para 2016
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A BMW AG renovou a sua aprovação anual para 2016 com a Spies Hecker e a Standox – duas das marcas globais de repintura premium da Axalta Coating Systems. O acordo com as duas marcas compreende o uso das tecnologias de repintura da Spies Hecker e Standox, incluindo apoio técnico abrangente e formação orientada às oficinas em toda a rede de serviço da BMW AG, em 39 países espalhados pela Europa, Médio Oriente, África, Europa de Leste e Ásia-Pacífico. Para além de fornecer os seus sistemas de pintura aos concessionários da BMW AG, a Spies Hecker e a Standox, nos termos do contrato, vão proporcionar, igualmente, formação prática e apoio local. As duas marcas disponibilizarão seminários, consultoria especializada e abrangente mais aconselhamento e dicas práticas de aplicação para ajudar as oficinas da BMW AG a otimizarem a eficiência.
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NOTÍCIAS 42
Krautli apresentou a correia mais inovadora do mundo A Krautli Portugal é pioneira na introdução no mercado da correia de transmissão Optibelt SecuRed, a primeira do mundo com indicador de desgaste. Todas as correias Optibelt são produzidas na Alemanha e fabricadas com a qualidade OE, dispondo do mais elevado nível de durabilidade. O controlo de mudança segura de correias de transmissão está um passo à frente da concorrência e tem sido otimizado para obter as melhores performances, permitindo, também, que a manutenção seja mais fácil e mais simples. Foi feito um investimento de stock desta nova gama para garantir uma excelente taxa de serviço aos parceiros, garantindo disponibilidade imediata de todas as medidas existentes.
Stand Asla disponibiliza solução telemática Metasystem O Stand Asla tem à disposição dos seus clientes o equipamento de telemática da Metasystem, Metatrak. Trata-se de uma ferramenta cujas premissas assentam na conectividade e proteção, oferecendo por isso funcionalidades que vão muito mais além do simples sistema de localização de GPS. O Metatrak inclui funcionalidades de localização do veículo, notificação de acidentes, histórico de percursos, perfil de condução, assim como de parâmetros como tempos de viagem e velocidade. Toda a informação gerada pelo Metatrak está disponível através da APP para dispositivos móveis ou WEB, possibilitando o acesso em tempo real à posição do veículo, seguimento do mesmo, bem como histórico da informação gerada. Esta ferramenta permite, ainda, aceder ao Google Maps e a informação de trânsito em tempo real. O Metatrak é de aplicação universal, podendo ser aplicado em qualquer tipo de veículo: ligeiros familiares ou desportivos, comerciais e pesados, motos, caravanas, etc.. Para além disso, garante-se um tempo de instalação reduzido (de 3 a 5 minutos), o que representa uma vantagem a salientar para as oficinas instaladoras.
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Atwoo lançou linha de car care da marca Cartec
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A empresa portuguesa líder em armazenagem nos setores automóvel e de bricolage, lançou uma linha de car care que garante os melhores resultados na lavagem, limpeza e proteção do veículo. A Atwoo está, hoje, colocada entre as melhores empresas de tintas em spray no mercado nacional, continuando a apostar na melhoria dos seus produtos e serviços para ser, cada vez mais, a marca líder nos segmentos automóvel e de bricolage. Com 26 anos de atividade, esta empresa da região centro dispõe de 15 colaboradores, conta com 10.000 artigos e opera através de uma logística internacional. Entre os inúmeros fornecedores com os quais trabalha, um deles é a Cartec. A nova linha de car care da Cartec garante os melhores resultados na lavagem, limpeza e proteção do veículo. Os produtos caracterizam-se por proporcionar uma limpeza extremamente eficaz e uma proteção duradoura. Mais informações sobre este e outros produtos podem ser obtidos em www.atwoo.pt.
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NOTÍCIAS 44
Meyle apresenta novo logo e slogan A Meyle apresentou-se na Automechanika não só com inúmeras novidades de produtos, mas com uma nova imagem de marca e uma mensagem clara: “Driver’s best friend”. “A Meyle tornou-se rapidamente o melhor amigo do automobilista: a nossa competência é comprovada sempre que um funcionário de uma oficina efetua mais rapidamente uma reparação através da utilização de peças Meyle. Aqui reside a nossa força motriz, transversal a todos os setores da empresa: os nossos elevados padrões de qualidade são prioritários em todos os setores, desde o desenvolvimento e produção nas nossas unidades de produção próprias até à logística e a assistência técnica. Tal é comprovado não só pela elevada qualidade das peças Meyle, mas também pela nossa oferta que, em comparação com as peças originais, apresenta peças Meyle HD tecnicamente aperfeiçoadas. O nosso novo logótipo e o nosso novo slogan “Driver’s best friend” transmitem esta mensagem ao cliente”, afirma André Sobottka, membro da direção para vendas, marketing e comunicação da Meyle.
Blue Print tem uma nova imagem A Blue Print é uma marca com mais de 25 anos de história, sendo que a imagem que agora está a ser substituída existia há já 5 anos e tal como tudo o resto também a história das marcas se pode contar através de imagens. Vejamos que tudo começou pela especialização em peças para veículos asiáticos, evoluindo para os veículos de marcas britânicas e americanas, ao mesmo tempo que construía todo um conjunto de informação e ferramentas técnicas, catálogos, não esquecendo o quão inovadora foi quando disponibilizou a pesquisa por matrícula. Existia uma necessidade de simplificar a imagem da Blue Print retirando o que que era supérfluo e tornava a marca desadequada e inflexível quando o objetivo era comunicar novas gamas de produto ou serviços ou até entrar em novos mercados. Na nova imagem os principais elementos são as peças. As fotografias são de um fotógrafo
português que conseguiu através da sua vasta experiência captar o que é essencial em cada uma delas. Sendo que inclusivamente, quando as fotografias são de Kits, as peças que o constituem estão dispostas na imagem da mesma forma que estão posicionadas umas em relação às outras no veículo. Mas as peças apesar de centrais na nova comunicação precisam de um enquadramento e é através de uma moldura azul e branca que o mesmo é feito. Transversal a todos os materiais é a introdução de ícones identificativos das diferentes famílias de produto. A linguagem icónica foi introduzida a pensar no mundo cada vez mais gráfico, visual e menos descritivo. Esta introdução era uma inevitabilidade pois é representativa e um sinal de mudança na forma como se comunica e retém a informação; é também adaptada aos suportes de comunicação não só impressos, mas principalmente digitais.
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Trabalho de equipa – na oficina e com a Spies Hecker.
Nós sabemos o que as oficinas de colisão querem e necessitam. Fiabilidade de produto e cor, com entregas pontuais e aconselhamento técnico, são os alicerces sobre os quais as oficinas constroem o sucesso. A nossa experiência, adquirida em anos de parcerias estreitas, molda os nossos novos desenvolvimentos de produtos e a nossa ampla gama de cursos de formação. O que propomos é um serviço completo.
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NOTÍCIAS 46
MELETT está mais verde Ao longo de 2016, a MELETT introduziu uma série de alterações na sua área de produção com o objetivo de otimizar alguns dos seus processos. Como parte desta estratégia e em linha com o objetivo de reduzir o desperdício e o impacto ambiental, a MELETT tomou a decisão de alterar todas as suas embalagens. No seguimento da apresentação dos novos turbos já com as novas caixas, a MELETT apresentou as novas embalagens para cores, que irão ser produzidas de forma ambientalmente mais eficiente. As novas caixas de cores não só são produzidas a partir de papelão reciclado, como são, totalmente, recicláveis. Para dar continuidade à missão “Lean & Green”, a MELETT vai rever as opções de embalagem para o resto da gama de produtos, com o objetivo de aumentar ainda mais os esforços para melhorar o “selo verde” e reduzir o desperdício.
Sparkes & Sparkes tem novo site A Sparkes & Sparkes já tem online o seu novo site, em www.sparkes.pt. Este novo espaço cibernauta tem uma aparência mais leve e moderna, surgindo adaptado para a todos os tamanhos de ecrã. Assim, pode ser acedido em qualquer aparelho, como computador, tablet ou smartphone. A grande novidade é a “loja online”. Agora, é possível que um cliente, escolhendo a marca e o modelo do seu veículo, possa verificar quais as peças que a Sparkes & Sparkes tem para o mesmo, podendo encomendar, diretamente, do site. Naturalmente, há ainda uma grande quantidade de produtos (nomeadamente peças) que ainda não estão online e que serão inseridas oportunamente. Na loja virtual, não constam caixas de velocidades nem caixas de transferências. Para estes produtos, há sempre a necessidade de pedir um orçamento, o que pode ser feito a partir do site.
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NOTÍCIAS 48
“Motores de Combustão Interna” chega à 5.ª edição Na apresentação da nova edição do livro de Jorge Martins, foram ainda dados a conhecer os protótipos dos motores Umotor e Hyper4, este ainda em “esboço” Por: Jorge Flores
N
um mundo atual em que os veículos elétricos gozam de uma popularidade ímpar, os blocos mais tradicionais ainda têm uma palavra a dizer. Prova disso, é a 5.ª edição do livro “Motores de Combustão Interna”, da autoria de Jorge Martins, publicado com a chancela da Publindústria. Doutorado em Motores de Combustão Interna pela Universidade de Birmingham, Inglaterra, o autor é, atualmente, professor associado no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho. Trata-se de um profundo conhecedor das tendências de mobilidade elétrica (publicou, em 2011 o livro “Carros Elétricos”, pela mesma editora) e não deixou de dar a sua visão ao Jornal das Oficinas, momentos antes da apresentação do livro, na Fnac do Centro Comercial Vasco da Gama. Para si, os veículos elétricos e os de combustão interna tradicionais são “tecnologias e filosofias distintas”. E concretiza. “Um condutor, com um veículo normal, abastece 50 meia_baixo_garra.pdf
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litros e pode ir até ao Algarve; num elétrico, carrega cinco horas e faz 50 km. Mas não é só isso. Nos veículos ditos normais, não há problema de haver 10 pessoas a encher o depósito, durante alguns minutos, cada um. Num veículo elétrico, se 10 pessoas estiverem a carregar o carro, isso implica uma potência brutal. A eletricidade tem de ser produzida na altura em que está a ser usada. O que vai criar problemas – não digo irresolúveis. Mas nos veículos a gasolina, isso não acontece”, sublinha Jorge Martins. Publicado, originalmente, em 2005, a obra “Motores de Combustão Interna” aborda, ao longo de 500 páginas, divididas em 11 capítulos, a história e as características essenciais deste tipo de motores. Uma ferramenta de grande utilidade, através da qual os leitores poderão analisar o desempenho dos motores e obter informações necessárias para os modelar e projetar. “Escrevi-o para os meus alunos, mas serve para todos os que gostam de motores”, explica
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o autor, que, para a elaboração do livro, aproveitou muitos dos testes a motores e artigos de opinião escritos no jornal Volante, entre 1989 e 1992. n GERAÇÕES DE FUTURO O livro debruça-se ainda sobre temas como a produção de combustíveis e apresenta uma descrição minuciosa sobre os vários tipos de motores e seus respetivos componentes.
Segundo os responsáveis da Publindústria, a nova edição “surgiu da necessidade de atualizar os dados e a informação apresentada e de explorar as tendências atuais, como o recorrente uso do turbocompressor e as recentes melhorias nos motores de competição, como os de Fórmula 1, ao nível do seu rendimento, mas, também, dos dragsters, face à potência apresentada”. De acordo com nota oficial, “a parte relativa à emissão de poluentes foi, também, atualizada, como foi a descrição relativa aos testes de emissões, nomeadamente, os relativos a testes em comportamento real de estrada”. Durante a apresentação do livro, foram ainda dados a conhecer os protótipos dos motores Umotor e do tipo Wenkel, onde o autor se encontra envolvido, bem como desenhos do motor Hyper4, modelo norte-americano e patenteado por este. Sobre o primeiro, já a funcionar, Jorge Martins, expressou o orgulho de o motor ter sido desenvolvido “ao longo de 12 anos, por 16 alunos de seis nacionalidades diferentes. Dá muito prazer ver estas gerações juntas a trabalhar num projeto destes”, rematou. ✱
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NOTÍCIAS 50
Tecnologia PPG para o automóvel do futuro Os esforços constantes em investigação e desenvolvimento da PPG para oferecer a tecnologia mais avançada aos construtores e oficinas, traduz-se numa oferta de tintas em permanente evolução. Todas têm as características mais avançadas e vão acabar por marcar o futuro do automóvel nos próximos anos. Num momento em que a presença de ecrãs e dispositivos com informação da condução se multiplica nos automóveis modernos, a tecnologia de tintas para os mesmos adquire uma importância capital. Neste sentido, a PPG revela novas coberturas anti-manchas, anti-reflexos e ainda outras tintas especiais, como a sua gama de coberturas e de tintas para ecrãs de vidro e ainda de substratos plásticos para automóveis.
Amortecedores Monroe em destaque na RedeInnov Depois de, no mês de junho, a campanha RedeInnov para amortecedores Monroe ter tido um enorme sucesso, a mesma irá repetir-se junto dos seus membros. A campanha “Monroe 4x3”, que teve como objetivo promover a compra de quatro amortecedores para o mesmo modelo de automóvel, beneficiando da oferta de menor valor, irá estar em destaque entre 5 de setembro e 31 de outubro. Esta é uma campanha que, pelo seu êxito anterior, estará sujeita ao stock de cada membro. De referir ainda que a campanha exclusiva RedeInnov, “Proteja Sempre Os Seus Novos Amortecedores Monroe”, permanece em vigor, onde o cliente tem a oportunidade de usufruir de um ano extra de garantia (três anos de garantia na gama dos amortecedores Monroe Original e quatro anos de garantia nos Monroe Reflex). As campanhas, desenvolvidas pela RedeInnov, estão a ser promovidas junto das oficinas por intermédio da sua rede de membros, através dos quais será possível obter mais informações, se necessário.
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DT Spare Parts ampliou oferta para furgões PSA/Fiat A DT Spare Parts ampliou a sua gama de peças de reposição para furgões, oferecendo um novo programa de componentes para os modelos Fiat Ducato, Peugeot Boxer e Citroën Jumper. Mais de 900 novos produtos ampliam a gama de peças de reposição e substituem mais de 3.000 números de referências dos fabricantes de veículos. A marca DT Spare Parts oferece, atualmente, peças de reposição para furgões das marcas de Iveco, Mercedes-Benz, Nissan, Opel, Renault e VW. E, também, novas peças apropriadas para Citroën, Fiat e Peugeot. Todas as peças de reposição para furgões podem ser verificadas em tablets ou computadores na forma de catálogos de produtos.
Tintas Spies Hecker pintam esculturas Combinando habilidade artística com uma grande dose de experiência em engenharia, Alastair Gibson baseou-se nos seus 15 anos de experiência na Fórmula 1 para criar as suas esculturas de fibra de carbono, todas elas impecavelmente revestidas com tintas da Spies Hecker. À primeira vista, os peixes e os veículos de corrida da Fórmula 1 parecem ter pouco em comum. No entanto, aos olhos de Alastair Gibson, escultor pioneiro em fibra de carbono, eles partilham algumas semelhanças. “Os carros de Fórmula 1 e os animais dispõem de linhas centrais bem definidas, ambos gozam de uma simetria belíssima e, claro, os carros de competição são extremamente aerodinâmicos”, deu conta Gibson. Embora tenha iniciado, há oito anos, o seu percurso artístico a tempo inteiro, tendo vindo a afirmar-se como um percursor na escultura de fibra de carbono, Gibson conta com uma carreira repleta de desporto automóvel, nomeadamente na Fórmula 1, onde passou 15 anos primeiro como mecânico-chefe para a equipa Benetton F1, e, posteriormente, como diretor mecânico da equipa de corrida BAR Honda Grand Prix Team.
Euro Tyre começou a vender produtos Sachs A Euro Tyre alargou o seu portefólio de marcas com a adição da Sachs. Esta integração vai permitir à empresa disponibilizar aos seus clientes mais uma gama de novos produtos, no caso embraiagens, aumentando, desta forma, a sua oferta neste segmento. Em breve, mais marcas serão adicionadas ao stock disponível nos três armazéns que a Euro Tyre dispõe em Portugal.
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NOTÍCIAS 54
Saint-Gobain Autover comemora 20 anos em Portugal A Saint-Gobain Autover Portugal comemora, em 2016, o seu 20.º Aniversário, marco emblemático da história desta empresa. A nível nacional, a Saint-Gobain Autover Portugal está presente com dois armazéns situados em Serzedo - Vila Nova de Gaia (sede da empresa) - e em Vialonga - Vila Franca de Xira -, com capacidade de armazenamento crescente de uma grande variedade de vidro automóvel. Todo o vidro comercializado é produzido pela Saint-Gobain Sekurit, cujo processo de fabrico segue as mesmas especificações e normas de equipamento original. A capacidade de resposta às necessidades de mercado é, assim, uma garantia no serviço prestado, constituindo um dos fatores diferenciadores da atividade. Esta liderança é reforçada pela rede Glassdrive, marca gerida pela Saint-Gobain Autover Portugal, a maior rede nacional de substituição e reparação de vidro automóvel e líder do mercado luso, estando já presente em 10 mercados, nomeadamente Noruega, Dinamarca, Portugal, Espanha, Grécia, Finlândia, Estónia, Itália, Lituânia e Holanda. 20 anos de sucesso com alicerces que permitem construir o futuro com o mesmo espírito dos pioneiros da Saint-Gobain.
Bosch reduz o consumo de combustível com água Com a nova injeção de água, a Bosch mostra que os motores estão a mudar. Numa aceleração rápida ou numa autoestrada, a injeção de água adicional torna possível reduzir o consumo de combustível até 13%. A poupança de combustível proporcionada por esta tecnologia acontece especialmente em motores de três e quatro cilindros, precisamente aqueles que encontramos debaixo do capot de todos os veículos de tamanho médio. Mas não é apenas na poupança de combustível que a inovação Bosch marca a diferença. Pode também trazer mais potência aos veículos, porque ao termos ângulos de ignição mais cedo, o motor é operado de uma forma ainda mais eficiente. A base desta inovadora tecnologia de motor é simples: um motor não deve sobreaquecer. Para evitar que tal aconteça, combustível adicional é injetado em praticamente todos os motores a gasolina que percorrem as estradas. Este combustível evapora, arrefecendo partes do bloco do motor. Com a injeção a água, os engenheiros exploraram este princípio físico. Antes da ignição do motor, uma fina mistura de água é injetada na conduta de admissão. A elevada temperatura de vaporização da água proporciona um efetivo arrefecimento. Esta é, também, a razão pela qual apenas um pouco de água é necessária: para cada centena de quilómetros percorridos, são necessários apenas alguns milímetros de água. autopecas_cab.pdf
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DICA DE REPARAÇÃO
Bateria nos limites de utilização
Ligado à corrente Hoje, a nossa atenção vai para um dos componentes que mais tem evoluído no automóvel: a bateria. Se considerarmos que o automóvel como o conhecemos tem mais de 100 anos, este componente quase sempre fez parte dele*. Contribuiu, inicialmente, muito para o conforto, tendo, nas últimas décadas, sido pilar de toda a dinâmica no automóvel. Presentemente, nos veículos elétricos ou híbridos faz parte da motorização. A bateria de arranque é um componente que pela, sua conceção, encontra-se sempre muito perto dos limites de utilização. Composta, normalmente, por seis células com 2.1 Volt cada, completando, no total, 12.6 Volt, basta que este valor desça ligeiramente (11.8 Volt) para que se perca uma das suas principais funções: rodar o motor. A sua duração depende das descargas a que está sujeita durante o período de vida. Se as solicitações forem curtas e espaçadas no tempo, durará mais do que se estas forem prolongadas e com pouco tempo de intervalo. Num automóvel novo, onde o número de voltas para pegar o motor são as mínimas, durará sempre mais tempo do que em qualquer outro período da vida do mesmo. Num exemplar onde a compressão tenha sido uma “coisa do passado”, durará menos de metade do tempo de uma normal utilização. A troca da bateria poderá acontecer por fim de vida da peça ou, também, por falta
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de carga proveniente do alternador, razão porque se aconselha sempre a uma verificação do sistema antes de trocar uma bateria descarregada. Os valores da tensão deverão subir lentamente até aos 13.5 ou 14.5 Volt, estabilizando às 2.000 rpm, nunca devendo passar desta cifra, correndo-se o risco de aquecimento e de deterioração dos condutores. O líquido eletrolítico incondicionalmente deverá cobrir as placas de chumbo, caso se trate de um acumulador que permita verificação de nível, devendo nas alturas do ano em que se verifiquem grandes variações de temperatura, ser mais frequentemente verificado. Os acumuladores selados devem seguir as mesmas regras, alterando-se, exclusivamente, a impossibilidade de serem abertos para reposição de níveis. A bateria tem duas características fundamentais: a carga de pico, fator que dita a quantidade de energia disponível para ser solicitada instantaneamente para rodar o motor de arranque; a carga normal, quando conectada aos restantes componentes, desempenhando uma função mais estável. A sua falha por descarga normalmente não causa avarias, não se aconselhando nestas unidades mais recentes, fornecer o vulgar “encosto de bateria” para auxiliar um amigo. *O primeiro automóvel com sistema de carga remonta a 1912
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NOTÍCIAS 58
Europart distinguida pela 2ª vez “Melhor Marca 2016” Foi já a segunda vez que este ano a Europart foi distinguida com o prémio “Melhor marca 2016“. Os leitores da revista especializada PROFI Werstatt selecionaram a empresa novamente em primeiro lugar na categorias “comércio de peças para veículos comerciais”. Na categoria “Limpeza e manutenção”, a Europart foi distinguida pela primeira vez com o primeiro lugar. A cerimónia de atribuição de prémios teve lugar no âmbito e em cooperação com a feira internacional Automechanika de Frankfurt. Com a eleição para melhor distribuidor de peças para veículos comerciais, os profissionais do ramo dos transportes honram o serviço próximo do cliente e competente, a logística rápida e precisa, assim como a vasta gama de produtos.
Spanjaard é a escolha do piloto Paulo Matias O piloto nacional Paulo Matias, várias vezes vice-campeão de Free Style em Portugal, é utilizador de produtos Spanjaard há já largos anos. Nada melhor do que a competição para aferir a qualidade de um produto. Que o diga Paulo Matias. Utilizador há vários anos da marca Spanjaard – Gama Moto, o piloto nacional, para além de várias vezes vice-campeão de Free Style em Portugal, conta no seu currículo com diversas participações internacionais. Ao escolher os produtos Spanjaard, Paulo Matias garante uma proteção extra e necessária para as corajosas acrobacias que exploram os limites dos vários tipos de veículos e motorizações. Contudo, o piloto admite que “as motos e outros veículos utilizados não foram projetados para o tipo de atuações” que realiza. Pelo que “só com aditivos/suplementos se consegue retardar, drasticamente, o desgaste em pontos críticos de lubrificação, bem como as prematuras gripagens devido aos invulgares ângulos a que as motorizações estão sujeitas em cada exibição e treino”, assegura. Atualmente, Paulo Matias é, também, presidente da REDON, associação que congrega os principais pilotos nacionais das modalidades radicais motorizadas e de espetáculos de diversão e de experiências de perícia: Free Style; Stuntriding; Drift; Rally.
Pro4matic enriqueceu portefólio de produtos
Diginess SAS cria sucursal em Portugal Diginess SAS, empresa francesa de desenvolvimento e consultoria digital B2B apresentou, em Bordéus, a sua nova plataforma B2B em paralelo com a criação do seu departamento Europeu especializado na área automóvel, com sucursal em Portugal liderada por José Cardoso. Este novo departamento visa o auxílio das empresas de aftermarket na implementação estratégica de soluções de informação técnica para a reparação, peças, identificação de veículos (VIN, matrículas), bem como comparativos de mercado “benchmarking” e estudos sobre as novas tecnologias, a nível Europeu. A escolha de Portugal para este departamento prende-se sobretudo pela maior facilidade em encontrar recursos humanos qualificados aliada a uma capacidade de trabalho e polivalência já reconhecidas.
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Cromax lança dispositivo de demonstração ValueShade
A Pro4matic passou a disponibilizar novos blocos de válvulas para suspensão pneumática e lançou mais de 110 novas referências para veículos americanos. O componente responsável pela distribuição de ar no sistema pneumático, a unidade de válvulas, é, agora, disponibilizado pela Pro4matic. Construído a partir de materiais de alta qualidade, este componente assegura os mesmos parâmetros dos diferentes fabricantes. A Pro4matic conta, agora, com unidades de válvulas para os BMW X5, X6 e Série 5, bem como para as carroçarias Mercedes-Benz W164, X164, W166, X166, W251, W221 e ML 63 AMG. Outras marcas estão, também, abrangidas, casos, por exemplo, de Renault, Volkswagen, Audi e Porsche. O mercado de sistemas pneumáticos em veículos americanos é, agora, a nova aposta da empresa conimbricense, com a implementação de mais de 110 novas referências na sua gama de produtos. Marcas como Buick, Cadillac, Chevrolet, Ford, GMC, Hummer, Jeep, Lexus, Lincoln, Mercury, Oldsmobile e Pontiac, passaram a fazer parte do “universo” da Pro4matic.
A essência da marca Cromax tem como foco o fornecimento de sistemas de pintura aos seus clientes, formulados para uma aplicação rápida e precisa, apoiados por inovações que ajudem as oficinas a maximizar a sua produtividade. E o conceito ValueShade patenteado pela marca não é uma excepção. O ValueShade é um conceito inteligente de primário baseado em sete diferentes tons de cinza criados para fornecer a base óptima para qualquer acabamento de cor. O resultado conduz a um menor consumo de base bicamada, garantindo, no entanto, a sua total opacidade, o que permite acelerar o processo de repintura e reduzir o consumo de material. Para oferecer maior comodidade, todas as ferramentas de correspondência de cor da Cromax especificam o ValueShade correto para cada fórmula de cor de base bicamada, minimizando os tempos de preparação e tornando o processo mais simples para os pintores. www.jornaldasoficinas.com
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U-POL lança nova linha de produtos Expert l A marca U-POL colocou à venda no mercado uma
nova gama de produtos Expert. A mais recente aposta consiste num betume de poliester multifuncional, muito leve, destinado à reparação de todo o tipo de carroçarias. A sua vantagem sobre os betumes convencionais reside na perfeita aderência que proporciona sobre chapas galvanizadas e alumínio utilizadas em carroçarias. Mais informações, poderão ser obtidas para o contato: nuno.antunes@u-pol.com
Comreparações: oficina para pesados
Sandia Stand reuniu clientes no Algarve
l A Comreparações é o mais recente projeto do
l No dia 10 de setembro, com um cenário absolu-
Grupo Commaquinas. Trata-se de uma oficina especializada em veículos pesados: desde camiões a maquinaria de obras públicas). São vários os serviços prestados: mecânica geral; diagnóstico; pintura / chaparia / serralharia; contratos de manutenção; peças e assistência técnica em estrada/obra durante 24 horas.
tamente único, a Create by Sandia Stand promoveu o Create Seafari 2016, com o apoio das marcas Bosch, TRW, Motul e Schaeffler. O passeio de barco pela costa Algarvia com cerca de 80 parceiros de negócio, incluiu um passeio ás grutas em lanchas com fundo em vidro e um almoço na praia. Logo na saída da Marina de Vilamoura o grupo foi brindado com a visita de algumas dezenas de golfinhos. Foi um passeio inesquecível e um dia agradável de convívio e boa disposição.
Yellow Formula alargou portefólio de óleos l A empresa sediada em Tires, que iniciou a sua
atividade no dia 2 de janeiro de 2015, alargou, agora, o seu portefólio de óleos. A gama de produtos da Yellow Formula já não era pequena, mas, agora, ficou ainda maior. Tudo porque a empresa decidiu alargar a sua oferta de óleos, incluindo a marca Pemco, disponibilizando fluidos para travões, motores, direções assistidas, valvulinas, anticongelantes e óleos hidráulicos. Mais informações, poderão ser obtidas em www. yellowformula.pt.
Filourém reforça cabos setor velocidades
Maxolit lança kit para sacar injetores l Este produto patenteado e exclusivo em Portugal,
da marca italiana Govoni, representada pela Maxolit, permite sacar injetores Bosch, Denso e Siemens. O novo kit de adaptadores para sacar injetores, que dispensa a remoção da parte plástica da válvula do injetor e a desmontagem/abertura do interior do injetor, contempla os seguintes elementos: nova chave especial para extração dos injetores Bosch 29/30 mm; novo adaptador interno, para injetor Siemens; novo adaptador interno, para injetor Denso e nova ferramenta para desmontar o pino da válvula.
l A Filourém acaba de ampliar a sua oferta na linha
de Cabos de Sector de Velocidades. Representando uma das mais conceituadas marcas deste tipo de componentes, a Maurice Lecoy, a Filourém conta já com mais de 90 referências disponíveis para os mais diversos modelos de automóveis e furgões, tanto europeus como japoneses Publicidade
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OFICINAdoMÊS Arenes Car
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OFICINA DO MÊS
Encontro de irmãos
› Na Arenes Car, o negócio é gerido por três irmãos que, depois de uma vida dedicada a marcas de prestígio, como Mercedes-Benz e Peugeot, decidiram, em 2005, aproveitar a experiência e criar uma oficina própria Por: Jorge Flores
Veja o vídeo em: jornaldasoficinas.com
A Arenes Car pretende ampliar o espaço para as reparações da oficina, o que implicará, também, a contratação de mais um funcionário
O
s automóveis sempre correram no sangue da família Romão, mais concretamente, nos três irmãos João, José Luís e Nuno, que, depois de quase 30 anos de experiência acumulada em concessionários de prestigiadas marcas de automóveis, decidiram abrir uma oficina própria, em Torres Vedras, a “terra” das suas origens: a Arenes Car. João Romão, um dos três sócios-gerentes da empresa, contou ao Jornal das Oficinas como tudo aconteceu. Ele e o seu irmão, Nuno, trabalhavam, ambos, na Mercedes-Benz (este último como técnico de diagnóstico), enquanto José Luís pertencia aos quadros da Peugeot. Durante muitos anos. Até que, em 2005, decidiram juntar as “forças da irmandade” e fundar a Arenes Car, aproveitando todo o conhecimento adquirido nas marcas onde “cresceram”. Na Mercedes-Benz, “percorri os postos todos”, disse. “Desde aprendiz a encarregado-geral, atividade que exerci nos últimos 12 anos que lá estive”, adiantou João Romão. “Não estou nada arrependido e só tenho pena de não ter sido uns cinco anos antes”, acrescentou o responsável. O negócio da Arenes Car tem corrido bem. Tem conseguido aumentar tanto
o seu espaço físico como o número de funcionários. “Começámos com uma área de 250 m2 e, hoje, temos 1500 m2. E é património nosso. No início, tínhamos três empregados e, atualmente, somos 10”, reforçou João Romão ao nosso jornal. n EXPERIÊNCIA NAS MARCAS A Arenes Car tem beneficiado não apenas com a experiência dos irmãos Romão, como, também, dos contactos que os três trouxeram das respetivas marcas. “Muitos clientes conheciam-nos e vieram connosco. Outros têm vindo por acréscimo. “E estas são, também, as marcas (VW, Mercedes-Benz, Audi e Peugeot) em que nos sentimos mais à
vontade para trabalhar”, afirmou. O investimento em aparelhos de diagnóstico para estas marcas revelou-se um sucesso. E um estímulo à procura da oficina por parte de um cliente muito exigente. “Temos um aparelho de diagnóstico multimarcas e outro original da Mercedes-Benz. Portanto, o serviço é igual ao de um concessionário. Pagamos um aluguer pelo aparelho, algo que nos sai bastante caro”, admitiu João Romão, destacando ainda a importância da aposta feita em equipamentos, como uma “máquina de limpeza de injetores, de lavar sistemas interiores de ar condicionado, que quase ninguém tem, e dois aparelhos para carregar o ar condicionado e banco de ensaio”. Dentro do ramo automóvel, a Arenes Car assegura, dentro de portas, todos os serviços. Menos o de pintura. Nesta área, a oficina optou por subcontratar, mantendo os índices de qualidade exigíveis por clientes como, por exemplo, os da marca da estrela, onde os detalhes fazem toda a diferença. Cumpridos 11 anos de atividade, a Arenes Car reuniu já uma carteira de perto de 3.000 clientes, garantindo uma marcação,
em média, de sete ou oito automóveis, por dia. Os clientes particulares representam 80% do negócio, enquanto as empresas e as associações rondam os 20%. n AUTONOMIA SEMPRE Integrar uma rede de oficinas é algo que não consta dos planos de João Romão e dos seus dois irmãos. “Nunca!”, assegurou. Não por falta de convite. “Por acaso já bateram aqui à porta. Mas nunca tivemos essa vontade”. Porquê? Desde logo, porque o espaço é propriedade dos três. “O difícil foi começar e, nessa altura, estivemos sozinhos, não tivemos o apoio de ninguém. Agora, estamos bem e não queremos estar a adotar a imagem de ninguém. Enquanto conseguirmos sobreviver, vamos lutando com o que temos”, sublinhou o sócio-gerente da Arenes Car. João Romão tem 58 anos de vida, “mas uns 80 de trabalho”. Como? “Trabalho todos os dias, desde os 15 anos, dia e noite”, garantiu. Basta ver que a oficina tem um horário bastante alargado: das 9h às 13h, das 14h às 19h e das 21H às 0h00. “Estamos abertos o dia todo. É raro o dia em que chego a casa antes da 1h da manhã”. ✱
Arenes Car Sócios-gerentes João Romão, José Romão e Nuno Romão | Morada Praceta Joaquim Pires, Lote 9, Zona Industrial de Arenes, 2560 - 647 Torres Vedras | Telefone 261 316 252 | Email geral@arenescar.pt | Site www.arenescar.pt Outubro I 2016
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REPORTAGEM Motorbus celebrou 20 anos de existência
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Exemplo a seguir ›A Motorbus, especialista em peças para pesados, completou duas décadas de existência em agosto de 2015. Mas só no passado dia 17 de setembro decidiu celebrar a efeméride. E fê-lo com pompa e circunstância, constituindo, também por isso, um exemplo a seguir Por: Bruno Castanheira
O
relógio marcava 17h30m quando, no passado dia 17 de setembro, o Jornal das Oficinas chegou ao Pestana Palácio do Freixo para a festa de comemoração do 20.° Aniversário da Motorbus. O programa foi preenchido e diversificado. Começou com um passeio de barco no rio Douro e terminou com a música de um DJ convidado. Pelo meio, teve lugar um cocktail, ao qual se seguiu um jantar, um espetáculo de Stand Up Comedy e um pequeno discurso dos atuais administradores da empresa sediada em Canelas, Vila Nova de Gaia (os irmãos Joel Lebre e Pedro Lebre, sempre acompanhados pelo pai, Óscar Pereira, fundador da Motorbus e presidente da direção). As mais de 200 pessoas que marcaram presença no evento, entre colaboradores, clientes, fornecedores, familiares e amigos, puderam cantar os parabéns à empresa e assistir à cerimónia de partir o bolo.
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n PLAYER DE EXCELÊNCIA Nome incontornável do aftermarket nacional na categoria de pesados (autocarros, camiões e reboques), a Motorbus foi fundada em agosto de 1995. Com uma vasta experiência adquirida no setor dos autocarros, o fundador e presidente da direção, Óscar Pereira (figura de proa do mercado, graças a 50 anos de know-how), decidiu traçar o seu próprio caminho e abrir, há duas décadas, esta empresa especialista em peças para pesados. Na altura, com instalações na Zona Industrial da Mina, Canelas (Vila Nova de Gaia), o seu mercado começou por ser, essencialmente, o dos autocarros (90%), tendo como primeiros clientes as empresas J. Espírito Santo, Rodonorte e Auto Viação Pacense, entre outras. Três anos após a sua fundação, corria o ano de 1998, a Motorbus registou uma evolução positiva e consolidada, pelo que os filhos de Óscar Pereira, Joel Lebre www.jornaldasoficinas.com
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Os irmãos Pedro Lebre (à esquerda) e Joel Lebre (à direita), com o pai, Óscar Pereira, gerem os destinos da Motorbus. No início das festividades, os convidados deram um passeio de barco no rio Douro. O Pestana Palácio do Freixo tem uma vista deslumbrante
e Pedro Lebre, juntaram-se à empresa, dando, assim, início a uma nova fase de crescimento, que originou, dois anos mais tarde, a necessidade de incorporar o primeiro comercial da empresa: Manuel Paiva. Desde então, o número de colaboradores foi aumentado conforme as necessidades da estrutura, chegando até aos atuais 21, contabilizando as mais diversas áreas. Em 2006, as instalações tornam-se exíguas para a evolução da empresa. A mudança para uma área maior tornou-se, por isso, impreterível. Era necessário mais
espaço que oferecesse outra capacidade de crescimento e maior facilidade de acesso e visibilidade na Zona Industrial da Urtigueira, também em Canelas. Instalações estas que foram sendo aumentadas e melhoradas sucessivamente em 2008 e 2013, dando forma aquilo que é, hoje, a Motorbus – Bus & Truck, que dispõe de três armazéns, com um total de 3.000 m2. Todo este processo evolutivo teve como consequência a atribuição da certificação ISO 9001:2008 pela APCER, bem como a distinção com o estatuto de PME Excelência 2012, 2013 e 2014. n PREPARAR O FUTURO A Motorbus orgulha-se do percurso efetuado nos seus primeiros 20 anos de existência. Ainda que os primeiros 10 tivessem sido os mais difíceis. Mas, mesmo em época de celebração, é tempo de preparar os anos vindouros. Futurologia, a Motorbus não faz. Até porque não tem bolas de cristal. Nem vende. O seu negócio são peças para pesados, sejam eles autocarros, camiões ou reboques.
Tanto quanto se sabe, também não integra nos seus quadros videntes. Ao ritmo que, hoje, o mercado se movimenta (e se altera...), a proatividade e o poder de antecipação são regras de ouro. Nos últimos anos, o mercado mudou. O que levou, também, a Motorbus a adaptar-se. E a estar muito atenta ao aftermarket. O segredo do sucesso da empresa assenta no trabalho sério e no rumo bem definido e sem grandes desvios que tem desenvolvido. A Motorbus trabalha com as principais marcas, das quais é distribuidora oficial. No entanto, a sua estratégia passa, também, por fazer, cada vez mais, a distinção com produtos originais e exclusivos, de forma a estar sempre perto do cliente e a fornecer-lhe tudo o que ele necessita. Se existe fator de que a empresa de
Canelas também não abdica, é da qualidade. Os seus pontos fortes são, por isso, os produtos de qualidade das marcas que representa. Tal como o seu modelo de negócio, virado para servir o cliente da forma mais rápida possível, de modo a ter a peça em stock sempre que o cliente necessita. Além de ”alinhar” no Campeonato Europeu de Camiões, através da equipa Reboconort/Motorbus, a empresa de Canelas privilegia, também, a formação, área que considera prioritária. Tem feito várias para os seus clientes sobre diversos temas e vai continuar a fazer. Com uma estrutura assente em três pilares essenciais (qualidade; profissionalismo; dedicação), a missão da Motorbus é garantir a satisfação total dos seus clientes. E assim continuará. ✱
Motorbus – Bus & Truck Administradores Óscar Pereira, Joel Lebre e Pedro Lebre | Sede Rua Monte de Além, n.° 70-90, 4410 – 268 Canelas (Vila Nova de Gaia) | Telefone 227 300 230 | Fax 227 533 066 | Email motorbus@motorbus.pt | Site www.motorbus.pt www.jornaldasoficinas.com
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EMPRESA GR Parts
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Chegar para ficar
› Com 20 anos de experiência no mercado de peças, Gilberto Ricardo criou, em 2015, a GR Parts. A empresa de Torres Vedras comercializa marcas premium e pratica preços diferentes para as oficinas Por: Jorge Flores
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ilberto Ricardo não é um nome desconhecido no mundo das peças automóvel em Portugal. Há 20 anos no setor, conta já com uma forte experiência na área comercial, tendo feito parte, inclusivamente, de uma sociedade que, entretanto, abandonou, para criar, em janeiro de 2015, a GR Parts. Com um ano e oito meses de vida, é natural que muitos ainda não saibam quem é o novo player do mercado de peças na competitiva região de Torres Vedras. Mas o melhor é irem-se habituando ao nome (composto pelas suas siglas), até porque o balanço dos primeiros tempos da GR Parts tem sido “muito positivo”, garante. Aos 39 anos, Gilberto Ricardo não é homem de conformismos. Motivo pelo qual abandonou o anterior negócio para formar uma nova empresa, do zero. “Estava muito confortável e não era isso que eu queria. Tinha de abraçar outro tipo de desafio. Avancei com este projeto. Trouxe alguns colaboradores que trabalhavam comigo e criámos uma equipa que está no bom caminho”, revela. Prova de que estão na direção certa é que o negócio está a crescer, bem como o número de colaboradores. A GR Parts começou a laborar com uma equipa de sete pessoas e já conta com 10. A tendência é para engrossar o staff...
“Se continuarmos nesta linha de crescimento, teremos de colocar mais uma pessoa para o back-office da parte do armazém. Apesar de as coisas estarem minimamente organizadas, queremos funcionar a 100%”, adianta. n MERCADO COMPETITIVO A GR Parts dispõe de umas instalações (próprias) com 700 m2. E atua na região de Torres Vedras, terra natal de Gilberto Ricardo, onde residem muitas empresas concorrentes. “Não podemos facilitar”, reconhece o gerente. “O mercado de Torres Vedras sempre foi muito oficinal. Temos um core business muito grande ao nível de oficinas. Penso que seja dos mais fortes do país, tirando, talvez, Leiria e Viseu”, acrescenta Gilberto Ricardo, que não pretende “atacar” a região de Lisboa, por ser um mercado “já com muitas casas” e onde não conseguiria ter “uma capacidade de resposta com a rapidez suficiente”. A GR Parts tem dois comerciais na rua, diariamente, cada qual afeto a uma área específica. E assegura, em parceria com uma empresa de transportes, duas entregas diárias.“Uma de manhã e outra à tarde”. Mais. “Quando há um SOS, ainda temos as ambulâncias”, ilustra. “O nosso mercado é pior do que um hospital. É sempre urgente”.
n DIFERENCIAÇÃO DO PREÇO Embora venda diretamente ao público, o mercado da GR Parts são as oficinas. E esse assumir de prioridades levou o responsável à criação de uma “diferenciação do preço” da venda de uma peça a um profissional de uma oficina, quando comparado com os praticados junto do “tradicional” cliente. “Vamos incentivar isso no próximo ano”, avança o responsável. “O nosso setor tem de ser protegido”, afirma. “Já temos uma ameaça online muito grande, portanto, se não protegermos as oficinas, amanhã, não vamos ter trabalho. Não vamos ter vendas. Porque as pessoas, cada vez mais, procuram a peça na net e, depois, pedem a um amigo para montá-la”. A solução, preconiza, poderia passar por um cartão semelhante ao utilizado pela ANECRA, “há muitos anos”. Como recorda Gilberto Ricardo, “na altura, dizia-se que, quem não tem carteira profissional, não tem desconto”. Contudo, o gerente da GR Parts sabe que este não é um assunto de trato fácil. Demasiadas cabeças e sensibilidades. n MARCAS DE PRESTÍGIO Entre o stock da GR Parts, encontram-se marcas conceituadas como MANN,
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Textar, ContiTech, Moog e Petronas, entre muitas outras. O investimento em produtos premium é assumido, sem reservas, por Gilberto Ricardo. “Não teremos uma marca que não seja de renome no mercado. A aposta é trabalhar produtos premium, sendo o mais competitivo possível no preço, mas sempre com produtos de qualidade”. O responsável esclarece que nenhum produto, por mais referenciado que seja, é imune a problemas. Mas, enquanto apenas 5 a 10% das peças premium poderá dar problemas, nas outras, essas percentagens andarão pelos 30, 40 ou 50%”. Tento fazer uma seleção muito grande e tive muito cuidado, quando abri a GR Parts, em relação às marcas a trabalhar”. Gilberto Ricardo não gosta de fazer grandes planos de futuro, mas não tem dúvidas de que quer marcar a diferença nos seus serviços, tanto pelo catálogo disponível como pela “competência e simpatia” dos seus colaboradores. “Os nossos passos são seguros. Tentamos fazer as coisas com calma. Por vezes, o mercado até nos faz andar mais depressa do que esperaríamos, mas temos de ir. Queremos ganhar força no mercado de Torres Vedras”. ✱
GR Parts Gerente Gilberto Ricardo | Sede Zona Industrial de Arenes, Lote 19, 2560 - 628 Torres Vedras | Telefone 261 148 503 | Email geral@grparts.pt Outubro I 2016
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EMPRESA Gonçalteam
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Distinguida com o estatuto de PME Líder 2015, a Gonçalteam, liderada por António Gonçalves, aposta forte nas marcas HPA FAIP, Paoli e Wegmann, só para citarmos três
Crescimento sustentado
› A Gonçalteam, ou Gteam, é uma empresa simples na forma como olha para o negócio. Fundada em julho de 2005, o seu crescimento tem sido sustentado. Tanto mais, que, no passado dia 3 de setembro, inaugurou uma filial na zona norte do país Por: Bruno Castanheira
A
mensagem que surge publicada no site da Gonçalteam (ou, simplesmente, Gteam), diz muito acerca do perfil e da postura da empresa de António Gonçalves: “Somos uma empresa, fundada em julho de 2005, com a intenção de propor ao mercado nacional uma abordagem diferente e soluções para as necessidades atuais e futuras”. Conhecedora do mercado onde está inserida, esta empresa, sediada na zona industrial do Casal do Marco, na margem sul, pauta-se pelo rigor que aplica em tudo aquilo que faz. “Sabemos o que queremos. Não gastamos dinheiro em coisas que não nos trazem qualquer proveito nem nenhuma mais-valia”, reitera António Gonçalves. E desenvolve o seu raciocínio: “As nossas apostas fazem-se com o dinheiro da casa. Desde o início da empresa, quando tínhamos pouco para investir e quando estávamos a tentar perceber se o negócio era aquilo que queríamos ou não”. A pouco e pouco, a Gonçalteam foi conquistando o seu espaço no mercado. Com seriedade, humildade e muito tra-
balho. Mas, como em qualquer negócio, o seu percurso teve altos e baixos. “Experimentámos coisas que não deram resultado. Já faturámos mais, já faturámos menos, já experimentámos produtos diferentes dentro da mesma área mas que, depois, achámos que não era aquilo que pretendíamos. Contudo, o nosso crescimento tem sido sempre sustentado”, revela o diretor-geral. n ASSISTÊNCIA PARA TODOS Constituída por uma equipa que se rege pelo rigor, a Gonçalteam orgulha-se de conseguir entender o cliente como ninguém. E de acompanhá-lo e fornecer-lhe as soluções adequadas que ele necessita. “Aprendemos muito com o cliente”, refere António Gonçalves, no tom simpático e sincero que o caracteriza. Para, a seguir, proferir declarações curiosas: “Não estamos dependentes apenas do crescimento do mercado. Claro que somos condicionados por ele, mas temos flexibilidade para acelerar o passo quando é preciso e para diminuir o ritmo quando a situação o justifica. Já cometemos al-
guns erros na nossa experiência laboral, mas também já fizemos muita coisa bem feita. E, tudo isto, com o mesmo grau de humildade. Somos simples na nossa maneira de ver o negócio. Temos tido a sorte, com muito trabalho à mistura, claro, de conseguir atingir sempre os nossos objetivos”.
A Gonçalteam dedica-se ao comércio de consumíveis para serviço de pneus, ferramentas manuais e pneumáticas, além de pequenos equipamentos para oficinas, passando pela representação em regime de exclusividade e pelas parcerias de distribuição. Uma das principais marcas do seu portefólio é a HPA FAIP, juntando-se-lhe a Paoli e a Wegmann, só para citarmos alguns exemplos. A Gonçalteam assegura, também, assistência técnica a todas as marcas e equipamentos. Importante para a empresa de António Gonçalves, que detém o estatuto de PME Líder 2015, é, também, a formação. “Damos formação ao cliente, independentemente da marca do equipamento que ele tenha adquirido e do momento em que ele nos tenha efetuado uma compra. Estamos a dar formação de áreas de negócio. Não tem a ver com o equipamento A, B ou C. O que queremos é que o cliente que queira aprender a alinhar direções, a equilibrar rodas, a saber vender o serviço que tem e a gerir o horário da oficina, venha ter connosco”, conclui. ✱
Gonçalteam Diretor-geral António Gonçalves | Sede Rua Quinta das Rosas, n.° 19, Zona Industrial Casal do Marco, 2840 – 131 Paio Pires Telefone 212 251 578 | Fax 212 251 397 | Email geral@goncalteam.pt | Site www.gteam.com.pt www.jornaldasoficinas.com
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EMPRESA X-Action
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Kennol reforça plantel › A X-Action representa agora, em exclusivo para o nosso país, a marca francesa de lubrificantes Kennol. O objetivo é criar uma rede de distribuidores a nível nacional Por: Jorge Flores
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marca de lubrificantes Kennol é a mais recente contratação da X-Action para o seu portefólio. A empresa, fundada, em 2009, por Filipe Teixeira, Joel Alves e Pedro Preces, a X-Action, tem conseguido garantir um crescimento contínuo e apostado na angariação de marcas de prestígio. A Kennol surge nesse sentido de consolidação da empresa no mercado. Ao Jornal das Oficinas, Filipe Teixeira, sócio-gerente da empresa de Coimbra, mostrou-se otimista pela representação, em exclusivo, da marca. Segundo adiantou, o objetivo passa por cobrir toda a zona geográfica do nosso país, através de uma rede de distribuidores. Mas, segundo realçou ainda o responsável da X-Action, a ideia é “ter distribuidores por zonas, de modo a garantir que, cada um, tenha o seu espaço”.
logo da Kennol, mas, ao que tudo indica, entre estas, deverão constar duas das estrelas da companhia francesa: o Kennol Supersport 10W60 e o Kennol Endurance 5W40. O primeiro, refira-se, é um óleo de motor 100% sintético topo de gama, especialmente concebido para proporcionar elevados níveis de desempenho. Já o segundo, é um lubrificante, também totalmente sintético, desenvolvido para motores a gasolina e turbodiesel, particu-
larmente aconselhável ainda a veículos usados em condições extremamente severas, com ou sem conversores catalíticos e movidos a gasolina ou GPL. n REDE ATIVA O ano de 2016 tem sido de grande atividade para a X-Action. Ainda recentemente, a empresa de Coimbra inaugurou umas novas instalações. Um investimento que visou tornar a atividade ainda mais eficiente ao nível das entregas de peças às oficinas. Com a constante procura de marcas de relevo para o seu catálogo, caso da Kennol, a X-Action procura, cada vez mais, cimentar e consolidar a sua posição no mercado, oferecendo serviços e produtos de qualidade, de modo a satisfazer as necessidades diárias dos seus clientes. Mas não esquece a importância da componente humana, “um dos pilares para o crescimento da empresa”. Com 18 funcionários, a X-Action serve uma rede superior a 200 clientes ativos em Coimbra e arredores, disponibilizando mais de 40.000 referências em stock. ✱
n GAMA MULTIFACETADA A gama de lubrificantes da Kennol é bastante variada. Abrange áreas como os automóveis ligeiros, pesados, motos, bicicletas e tem ainda uma palavra a dizer no mundo da competição. Por enquanto, a X-Action ainda não levantou o pano sobre as linhas que comporão o seu catá-
X-Action Sócio-gerente Filipe Teixeira | Sede Rua do Vale Paraíso, Ponte de Eiras, 3020 - 324 Coimbra | Telefone 239 431 002 Email geral.coimbra@x-action.pt | Site www.x-action.pt Outubro I 2016
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EMPRESA Tecniverca
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Filosofia própria › A Tecniverca celebra, este ano, duas décadas de existência, mas a filosofia que presidiu à sua criação, ainda se mantém atual. Alexandre Corricas pensa pela sua cabeça e centra o negócio na revenda de peças Por: Jorge Flores
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o ano em que comemora duas décadas sobre a criação da Tecniverca, Alexandre Corricas mantém intacto o princípio que sempre o norteou, enquanto empresário no setor de peças: pensar pela sua própria cabeça e não seguir, nunca, o caminho percorrido pelos outros. A empresa nasceu em Alverca (daí o seu nome), em janeiro de 1996, e muito andou até ocupar as atuais instalações, na Moita. O fundador era sócio de uma outra firma da área da indústria, mas precisava de um novo estímulo profissional. Nos primeiros tempos, a Tecniverca importava, sobretudo, rolamentos e carretos da China. O mercado era pequeno. Fechado. E que apostava muito na venda direta de peças ao grande público. Alexandre Corricas nunca viu a atividade dessa forma. “Sempre tivemos uma posição no mercado muito diferente”, reconhece. “Não vendo uma peça ao público. Só através de revenda. E contam-se pelos dedos de uma mão quantas empresas em Portugal fazem isso. Trouxe-nos muitos dissabores, muitas perdas”, reconhece. De resto, acrescenta, na época da criação da Tecniverca, “havia cinco empresas. Todas grandes. E já fecharam quase todas. Existem três, as outras fecharam”.
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o que é hoje”, adianta Alexandre Corricas. Decisiva para a Tecniverca foi, também, a parceria desenvolvida com a marca Laser. “Estávamos com quase tudo preparado para lançar uma marca de ferramentas nossa, quando os responsáveis da Laser, empresa com a qual já trabalhávamos desde a fundação, há 15 anos, nos procuraram. Não tínhamos a exclusividade. Como estavam numa fase de crescimento, fizeram-nos o repto: ficarmos com a exclusividade, em detrimento de avançar com uma marca própria. Foi um momento marcante. Fizemos uma aposta muito grande na ferramenta automóvel”, afirma. n APOSTA NA REVENDA A história da Tecniverca conhece um decisivo capítulo numa visita de Alexandre Corricas à Equip Auto, em 1998, onde conheceu os responsáveis da Kraftwerk. “Fizemos um acordo”, recorda. A marca já tinha marcado presença em Portugal, mas “nunca havia tido um representante”. Uma mudança na estratégia da empresa. “Apontámos para outro setor, para a revenda. Passámos a não comercializar diretamente os artigos. A partir daí, foi grande o impulso para a Tecniverca funcionar nos moldes atuais”. Até à cele-
bração deste acordo de representação, Alexandre Corricas era o único “funcionário” da sua empresa. Mas, nesta fase, decide contratar um vendedor. “Pouco tempo depois, começámos a importar produtos da Holanda. O negócio começava a compor-se. Começámos a fazer contactos e conseguimos organizar três, quatro empresas que nos forneciam materiais de importação. Fazíamos a revenda”, revela. Bons tempos? “Era uma altura complicada por um lado, mas boa por outro. Não havia assim tantas empresas no mercado e a Internet ainda não era
n PORTALEGRE NO HORIZONTE A mudança de instalações para a Moita aconteceu em 2010. “Foi quase um acaso”, reconhece. O negócio florescia e havia a necessidade de ampliar o espaço, dado que o armazém de Alverca já não “preenchia” as necessidades. A ideia inicial era ocuparem um terreno adquirido, entretanto, na zona industrial de Portalegre. Alexandre Corricas pretendia “atacar” o mercado espanhol e a região era estratégica. O armazém chegou, inclusivamente, a ser construído, ainda que numa dimensão mais modesta do que aquela que chegou a ser proje-
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tada no papel. Contudo, certo dia, o pai de Alexandre Corricas “tropeçou” num anúncio de jornal com as instalações da Moita, uma antiga (e espaçosa) casa de móveis. Tudo se precipitou. Num dia estavam a ver o espaço, no seguinte a estudar as condições do banco e ainda no outro a “dar o sim”. Alexandre Corricas reconhece que “foi um bocadinho contra aquilo que estávamos a fazer, mas o negócio era muito interessante e resolvíamos o problema de imediato. Acabámos por não ir (ainda) para Portalegre, mas a ideia continua na cabeça”, admite o responsável, que, durante a visita do Jornal das Oficinas à Tecniverca, fez questão de dar a conhecer as espaçosas
estava certo. É verdade! Sempre achei que alguém que tinha de definir a regra. Queria ser um bocadinho diferente. Eu via a injustiça nesse campo. Principalmente quando nós chegámos, os players eram maiores. Eram mais fortes. Eram cinco ou seis, mas grandes. Com filiais em Lisboa e Porto. Vendiam ao revendedor, ao público, era uma confusão. E nós sempre nos mantivemos nesta linha de pensamento”, adianta. Nem sempre foi fácil manter esta postura de outsider. “Todos diziam: o futuro é vender a toda a gente. E eu não acreditava que o futuro seria aquilo”. Para mais, a abertura ao público obrigaria a ter muitos funcionários. “Isso sempre foi um problema”,
instalações (3.800 m2), onde se destaca, logo à entrada, um vistoso show-room com as várias marcas e produtos representados pela empresa.
explica o responsável, que se orgulha de nunca ter despedido ninguém e de alguns membros da sua equipa, composta por 11 funcionários, o acompanharem já desde o início da empresa.
n RESISTIR À TENTAÇÃO Alexandre Corricas confessa que, “por várias vezes”, sentiu a tentação de abrir o negócio ao público, através da venda direta de peças. “O que me impediu de concretizar esse impulso? Achar que
n MANTER A PAIXÃO À data do seu nascimento, a Tecniverca dedicava-se, sobretudo, à indústria. “Nem todos sabem. Técnica vem da parte da indústria”. Mas, para Alexandre
Corricas, importa manter acesa a chama da paixão pelo negócio. “Era vender discos e pouco mais. Quem vende discos, vende discos. Podes mudar o verniz, mas, na verdade, quando se chega ao cliente, leva-se um disco na mão. Pode ter várias especificações, mas o produto é o mesmo. Ou seja, a partir de determinada altura, é só preço. A única coisa que conta é o preço que levas. Tem de se ter alguma qualidade, mas, depois, tem a ver com a capacidade financeira para comprar um determinado produto, que seja bom, mas que, caso se compre em quantidade, consegue-se reduzir o preço e vender a um preço mais baixo. Não tem interesse nenhum”, remata. “Daí
ver tudo. Um artigo novo, na Tecniverca, é um bebé. Andam todos com ele para todo o lado. E, isso, perde-se quanto se precisa dos números. Porque se tem de estar sempre a atacar, sempre. Nunca se chega a gozar nada”, realça. Prazer que o responsável tira ao representar as marcas que tem em catálogo: Kraftwerk, Laser (Grupo Tool Conection), M7 e Cormach, entre muitas outras.
o nosso afastamento e aproximação ao mercado automóvel. Porquê? Consigo ter sempre um produto novo, sempre alguma coisa nova”. Segundo Alexandre Corricas, as grandes estruturas, “são dependentes dos números a 300%. E eu não consigo ser. Se quisesse faturar muito, faturava. Mas, depois, deixava de ter aquele interesse. Quando vou visitar um fornecedor é como se nunca lá tivesse ido. Gosto de
precisávamos de um espaço físico onde pudéssemos receber os clientes. Uma pequena loja, mas que tenha uma aproximação à zona norte. Sempre tivemos ligação muito forte com a zona norte, os clientes são fantásticos, mas precisávamos de dar um apoio. Um suporte físico, palpável”, sublinha. No horizonte, está ainda um reforço na área da assistência técnica. “Queremos fazer mais”, assegura. ✱
n FILIAL NO NORTE O responsável da Tecniverca está a ponderar, a médio prazo, abrir uma filial da empresa na região norte. “Tem corrido bem, formamos uma grande equipa de assistência, está tudo impecável, mas
Tecniverca Diretor Comercial Alexandre Corricas | Sede Estrada Municipal 1022, n.º 339, 2860 - 302 Pinhal de Areia - Moita | Telefone 219 584 273 | Email tecniverca@tecniverca.pt | Site www.tecniverca.pt www.jornaldasoficinas.com
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TÉCNICA&SERVIÇO Avaliação de danos resultantes do sinistro
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Tipologia e deteção de fraudes › Até que se confirme uma fraude, decorrem distintas etapas na gestão de um expediente de sinistro de automóvel. Caso dispare o alarme da existência de uma possível irregularidade, em seguida tem início a investigação, que resolverá se ocorre ou não a refutação dos danos
A
primeira fase, a do alarme, perante uma possível fraude, é detetada pelo mediador, perito ou encarregado de atendimento ao cliente. Estes, baseando-se na sua experiência e nos conhecimentos que têm, são capazes de detetar quais as declarações normais de sinistros e quais as tentativas de fraude, ficando fora de qualquer investigação as primeiras. Assim, devem determinar se o acidente existiu, se ocorreu da forma declarada ou se os danos são intencioOutubro I 2016
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nais e, consequentemente, a responsabilidade do sinistro e o total a indemnizar são diferentes caso o sinistro tenha sido declarado tal qual como aconteceu. n O QUE É UMA FRAUDE? Para compreender como se pode detetar uma fraude, é importante conhecer, com todo o rigor, o que se entende exatamente como tal, bem como características, tipologia e todos os dados de interesse relacionados com as mesmas.
Imagem de um perito a verificar os danos após a existência de uma possível fraude
Para a ICEA, Associação para a Investigação Cooperativa entre Entidades Seguradoras, uma fraude é toda a ação ou omissão por parte dos intervenientes na contratação do seguro, tendente a obter ilegitimamente um proveito próprio ou a favorecer terceiros. Desta forma, é manifesta a intenção de enganar por parte dos segurados para a obtenção de um enriquecimento ilícito. Daí a importância de detetar a possível fraude, obter as provas que a demonstram e refutar
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os danos declarados. Antes de explicar as tipologias mais frequentes de fraudes, é importante realçar que, embora as fraudes provadas provoquem uma refutação dos danos declarados que não correspondem ao relato do sinistro, nem todas as refutações de danos que ocorrem são consequência de uma fraude. Podem dever-se a uma ex-
Toda a equipa que trabalha nas diferentes etapas de um expediente de sinistro está preparada para detetar uma fraude
clusão de cobertura e ao facto de serem acessórios não declarados, por exemplo. n TIPOLOGIA DE FRAUDES A classificação de fraude pode realizar-se em função do ramo afetado: danos
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da carta de condução, à primeira data de matriculação do veículo ou à existência de acessórios de elevado valor que o veículo não tem, sobretudo em coberturas por roubo. w Sinistros simulados: as declarações incluem modificações no relato do sinistro, acidentes em que um dos implicados não apresenta danos, sinistros que ocorreram em data anterior à do contrato ou que foram inventados ou simulados, ou roubos inexistentes. w Exclusões da cobertura como a alcoolémia, modificações dos dados do condutor e participações em provas desportivas omitidas intencionadamente. A existência de ferrugem indica a antiguidade do dano
materiais, corporais, danos próprios; roubo; incêndio; dos implicados na falsificação de um sinistro; ou da falsificação de dados; no caso de se modificar o modo de ocorrência do acidente; no caso de se criar um novo, caso hajam testemunhas em conivência com os anteriores. A ICEA tem uma classificação da fraude que esclarece com precisão como ocorrem estas fraudes e que utiliza para a realização anual das estatísticas da Fraude
ao Seguro. De acordo com a mesma, os diferentes tipos de fraude são: w Fraude na subscrição: os dados que são disponibilizados permitem ao segurado uma poupança económica no pagamento do prémio, um aumento no valor do bem segurado ou a reparação de danos que ocorreram anteriormente. As declarações falsas que se dão nesta categoria podem variar desde a antiguidade
w Falseamento de faturas e outros documentos. w Reclamações desproporcionadas. São feitos orçamentos com um valor final muito superior ao necessário para realizar a reparação. n DETEÇÃO DA FRAUDE Toda a equipa que trabalha nas diferentes etapas de um expediente de sinistro – atendimento ao cliente, mediador, perito – está preparada para analisar e detetar possíveis aspetos que indiquem
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Avaliação de danos resultantes do sinistro
Sinalização de uso obrigatório de máscara
Quando é criado um novo expediente com a declaração, o mesmo é atribuído a um mediador que receberá toda a informação gerada sobre a ocorrência do sinistro. Qualquer dado existente relativo a esse expediente passa pelas mãos dele, dando-lhe uma visão global das ações de todos os implicados. O mediador é quem recebe a informação de que foi detetada uma possível fraude, comunicando e coordenando as ações dos restantes colegas. Mas tem, também, capacidade de detetá-la através da análise da informação que consta na documentação gerada desde que se abre o expediente. Assim, informará de dados
Nem todas as refutações de danos são consequência de uma fraude, uma vez que podem corresponder a uma exclusão de cobertura
uma fraude. O tipo de fraude que cada um deles pode encontrar pode ser diferente ou podem ser diferentes os meios através dos quais surge a suspeita de fraude, sem que tal exclua qualquer dos restantes implicados. É evidente que dispor de pessoas experientes que conheçam os aspetos que se repetem numa situação fraudulenta pode ajudar consideravelmente a que esta não ocorra. Cada um deles intervém numa fase diferente da gestão do expediente. Assim, o encarregado pelo atendimento ao cliente é a pessoa que tem contacto com o segurado, recebendo a informação em primeira mão. Isto permite-lhe detetar atitudes ou contradições na declaração que podem indiciar uma intenção de enganar a seguradora. Outubro I 2016
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coincidentes nos implicados no sinistro (apelidos, moradas, trabalho) que chamem a atenção, exclusões da apólice que não tenham sido mencionadas. Uma vez criado o pedido de peritagem, o perito de seguros de automóvel conhece os danos e o relato do sinistro dado pelo segurado. No momento da peritagem, além de avaliar os danos resultantes do sinistro, deve verificar a correspondência destes com o relato do sinistro e verificar se os danos não foram causados intencionalmente pelo segurado. Quando os danos não apresentam as características de forma, intensidade, altura e direção esperadas pelo perito, deve solicitar-se a verificação do veículo contrário, verificar o local do sinistro (se o mesmo tiver influência na forma como surgem os danos) e obter informação de fornecedores que tenham tido contacto com o segurado no momento do acidente, como, por exemplo, taxistas, condutores de reboques e, inclusivamente, os responsáveis da oficina. Nada deverá, por isso, estar fora da equação na deteção de uma fraude. O resultado de todas estas ações permitirá iniciar a investigação do sinistro para juntar as provas necessárias que permitam esclarecer as circunstâncias em que ocorreu o acidente. Também permitirá a refutação dos danos no caso de o acidente não ter ocorrido de acordo com o relato do segurado. ✱
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TÉCNICA&SERVIÇO Os riscos na oficina de pintura
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Exposição a produtos químicos › As atividades desenvolvidas nas oficinas de reparação de automóveis são geradoras de riscos para a saúde, segurança e meio ambiente. A área da pintura, devido à utilização de produtos inflamáveis, tóxicos, irritantes e nocivos, é a que inspira maiores cuidados
É
conveniente ter um bom conhecimento dos riscos envolvidos em cada produto e processo de aplicação para minimizar as consequências e danos. Assim como importa conhecer e respeitar os regulamentos, normas e disposições vigentes no âmbito da segurança e da higiene. Neste artigo, abordamos o risco na oficina de pintura devido à exposição a produtos químicos.
w Via digestiva: a ingestão de agentes químicos pelo aparelho digestivo pode ocorrer tanto pela dificuldade em proteger essa via face a qualquer agressão, como por procedimentos laborais incorOutubro I 2016
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retos, tais como, por exemplo, comer e beber no local de trabalho. w Via parenteral: é a forma mais direta de contaminação mas, também, a menos habitual, já que é necessária a existência de feridas ou chagas para que a infeção ocorra. n IDENTIFICAÇÃO E ROTULAGEM Nos trabalhos de pintura, são utilizados produtos químicos que podem ser irritantes, nocivos e , inclusivamente, tóxicos. Estas substâncias e misturas devem ser identificadas através de rótulos e acompanhadas de Fichas de Dados de
Segurança (FDS ou MSDS - em inglês, Material Safety Data Sheet), que informam sobre a natureza dos perigos associados ao produto e sobre as precauções relativamente a manipulação, armazenamento, intervenção em caso de acidente e método de eliminação. O pintor deve identificar os riscos envolvidos na manipulação dos diferentes produtos, pelo que deve conhecer o significado dos pictogramas incluídos nos rótulos e dispor das Fichas de Dados de Segurança. A nível internacional, foi elaborado o Sistema Mundial Harmonizado (GHS - em inglês, Global Harzmonized System), um
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Colaboração
Centro ZARAGOZA www.centro-zaragoza.com
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Manipulação e conservação de produtos químicos São produtos que podem ser prejudiciais para a saúde ou inflamáveis em contacto com outros produtos, pelo que, para sua manipulação, é necessário ter em conta o seguinte: w Devem ser sempre usados por alguém que conheça os diferentes tipos de produtos
químicos que possam existir numa oficina, conforme o disposto no Regulamento CRE sobre produtos químicos. Estes dividem-se em nove categorias (gás comprimido; explosivos; corrosivos; comburentes; irritantes; inflamáveis; cancerígenos; tóxicos; perigosos para o meio ambiente) e a cada uma corresponde um pictograma que o profissional deve conhecer. w Os resíduos têm de estar corretamente armazenados. Para o efeito, é necessário ter
um inventário com todos os produtos tóxicos e conhecer as suas entradas e saídas do armazém. Por conseguinte, é necessário separar os produtos perigosos em diferentes zonas do armazém, assim como ter um controlo sobre a localização de cada produto. Tudo isto com o objetivo de minimizar riscos de fugas ou incêndios e para detetar a origem do problema com maior rapidez caso ocorram incidentes.
Equipamentos de proteção para o trabalhador
Pictogramas de identificação de perigos na rotulagem novo sistema de classificação e de rotulagem de produtos químicos. Na Europa, o Regulamento (CE) n.º 1272/2008, denominado CRE (acrónimo de classificação, rotulagem e embalagem, com sigla CLP - em inglês, Classification, Labelling and Packaging) tem em conta as recomendações dadas no GHS, adotando a maioria das suas disposições. Esta norma instaura um novo sistema de classificação de perigosidade: w Estabelece novas classes e categorias de perigo; w Utilização de palavras de advertência (Perigo ou Atenção) para indicar o nível
de perigosidade; w Indicações de perigo (frases “H”, que substituem as “R”); w Conselhos de prudência (frases “P”, que substituem as “S”); w Simbologia comum de produtos químicos através da introdução de nove pictogramas de perigo. Estes novos pictogramas têm forma de quadrado apoiado num vértice com símbolo preto sobre fundo branco e moldura vermelha, que substitui os pictogramas quadrados com símbolo preto sobre fundo cor-de-laranja. O novo Regulamento CRE tem como objetivo ga-
T - Tóxico
Xa - Nocivo Xi - Irritante
E - Explosivo F - Facilmente inflamável
Óculos de proteção: São óculos transparentes que incluem proteções laterais para evitar o impacto de aparas nos olhos durante as operações de limpeza, lixamento ou polimento de metais. Máscara de proteção: Semelhante aos óculos, consiste numa máscara transparente que, além dos olhos, também protege o resto da cara. Máscara de soldar: É indispensável para evitar danos nos olhos provocados pelas faúlhas e reflexos que se produzem durante a soldadura. É um capacete escuro de uma peça que incorpora um visor transparente. Podem ser fixas ou de segurar com a mão. Máscaras: São elementos que protegem as vias respiratórias durante os trabalhos de lixamento, pintura ou mascaramento. E protegem dos pós, partículas ou vapores que se possam produzir. Auriculares protetores: Indispensáveis para cumprir as exigências relativas ao ruído na oficina e proteger o sistema auditivo dos funcionários. O número máximo de decibéis permitido na oficina é de 140 com auriculares protetores e 87 sem auriculares protetores.
Pictogramas antigos
C - Corrosivo
Vejamos os principais equipamentos de segurança que o trabalhador de uma oficina de colisão deve usar e para que servem:
OComburente
N - Perigoso para o meio ambiente
Luvas: Indispensáveis para proteção dos funcionários durante a soldadura, trabalhos de decapagem com pistolas de areia, utilização de produtos químicos ou corrosivos e manipulação de metais a altas temperaturas. Botas: São imprescindíveis para minimizar os danos por queda de peças e diminuir os riscos de sofrer escorregadelas ou cortes nos pés. Devem ser de materiais resistentes como o couro, impermeáveis e com boa transpiração. O ideal é que incorporem solas antideslizantes e palmilhas antiperfuração. Peitilho para soldar: É uma espécie de avental de couro que serve para proteger o corpo das faúlhas que possam saltar durante a soldadura ou da radiação produzida no próprio processo.
Perigos para a saúde
Perigos físicos e químicos
Perigo para o meio ambiente
Pictogramas novos Na imagem, podemos ver os novos pictogramas que entraram em vigor com a norma CRE 2015. Na dita norma, também se encontra toda a informação necessária para o armazenamento de resíduos www.jornaldasoficinas.com
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Bata/fato-macaco de trabalho: Neste caso, a sua principal função está mais relacionada com a limpeza e higiene do que, diretamente, com a saúde, pois evita que a roupa fique suja durante a execução das tarefas. Capacete de segurança: Imprescindível sempre que se trabalhe em fossos, para evitar pancadas na cabeça provocadas pela queda de peças ou ferramentas de trabalho. Outubro I 2016
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Os riscos na oficina de pintura
Elementos de segurança na oficina Uma oficina tem a obrigação de proporcionar todas as condições necessárias para garantir tanto a saúde dos funcionários como a segurança e o bom funcionamento dos seus equipamentos e ferramentas. Os requisitos a cumprir são os seguintes:
Sinalização de uso obrigatório de máscara rantir que a rotulagem dos diferentes produtos de pintura seja mais clara e uniforme a nível mundial. Esta modificação afeta, unicamente, a rotulagem e as Fichas de Dados de Segurança no que respeita ao conteúdo da embalagem. O regulamento entrou em vigor em janeiro de 2009, pelo que os rótulos antigos deverão desaparecer, progressivamente, até junho de 2017, altura em que desaparecerão por completo, embora a sua classificação deva realizar-se antes de 1 de junho de 2015. n MEDIDAS COLETIVAS As medidas de proteção coletivas têm a finalidade de proteger um grupo de pessoas expostas a um determinado risco
em simultâneo. Não têm aplicação sobre o indivíduo. Podemos diferenciar entre medidas sobre a fonte contaminante e sobre o meio. No caso da exposição a substâncias químicas, por exemplo, a eliminação do chumbo e cromados das pinturas pressupõe uma medida sobre o contaminante, eliminando-o, diretamente, solução ideal mas que nem sempre é possível adotar. E como medidas sobre o meio, citemos os planos aspirantes ou lixadeiras com aspiração. Os sinais de obrigação, proibição, advertência, de equipamentos de combate a incêndios e de salvamento ou socorro, também podem ser considerados como medidas coletivas, embora nunca devam substituir outras.
n MEDIDAS INDIVIDUAIS Quando não for possível evitar ou reduzir, suficientemente, os riscos através dos diferentes meios, devem ser proporcionados equipamentos de proteção individual (EPI). Estes protegem um único funcionário, tratando-se de uma medida que se aplica sobre o indivíduo. Deve tratar-se de uma medida complementar à coletiva e nunca substitutiva, já que se trata da última barreira que existe entre o funcionário e o risco. No caso da exposição a substâncias químicas, os EPI que o pintor deve utilizar de acordo com a operação que estiver a realizar, são os seguintes: máscaras, luvas, óculos e fato-macaco. ✱
O ambiente: A oficina deve ser um ambiente apto para o desempenho das funções dos funcionários. Por isso, tem a obrigação de proporcionar determinadas condições de temperatura, humidade e luminosidade: w A temperatura da oficina mecânica deve
manter-se entre os 17 e os 27°C.
w A humidade deve estar entre os 30 e
os 70%.
w As condições de luminosidade mínimas
para a zona de reparação devem ser de, pelo menos, 500 lux, ao passo que para a zona de pintura é obrigatório ter 1000 lux. O Lux é a medida usada para medir a intensidade da iluminação. Para termos uma ideia, 400 Lux equivalem a um dia de céu limpo, e 1000 Lux a um estúdio fotográfico ou de televisão.
Aplicação de pintura na estufa com os equipamentos de proteção individual necessários
Neste sentido, não podem existir condições que perturbem a saúde ou o conforto do funcionário, tais como maus odores, deficiências na ventilação, exposição a correntes contínuas de ar e mudanças bruscas de temperatura. O equipamento de trabalho: todos os equipamentos de trabalho e maquinarias disponíveis na oficina devem estar homologados e ter a declaração de conformidade CE. Esta declaração confirma que a maquinaria cumpre as condições de segurança obrigatórias. Outubro I 2016
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Make it happen. With PPG
MAIS RAPIDO - MAIS RESISTENTE - MELHOR
O verniz da PPG D8175 Rapid Performance permite às oficinas concluir o trabalho de pintura com maior rapidez reduzindo os tempos de ciclo de cura e, consequentemente, proceder a um maior volume de reparações com uma poupança energética significativa. Obtenha um acabamento vítreo perfeito em apenas 5 minutos a 60°C. Melhore a rentabilidade da sua oficina optimizando o fluxo de trabalho.
Graças às suas excepcionais propiedades de endurecimento e polimento, o verniz D8175 proporciona um proceso simples e produtivo, permitindo a economía de tempo precioso com uma integração perfeita no processo de reparação. O novo verniz da PPG possui um maior tempo de vida, o que proporciona flexibilidade máxima: qualquer tipo de aplicação ou cura pode se excecutado de forma eficaz. Desde retoques, reparação de painés a pinturas gerais, o verniz D8175 supreendê-lo-á pela sua fantástica fluidez e facilidade de aplicação.
The PPG logo is a trademark of PPG Industries Ohio, Inc. © 2016 PPG Industries, Inc. All rights reserved.
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AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA
Ouro sobre azul Mercedes-Benz CLA 200d Shooting Break
› A mais sensual e elegante carrinha da Mercedes-Benz aqui está. Chama-se CLA Shooting Break. À carroçaria pintada de azul “Cavansite”, junta-se o motor Diesel de 2,1 litros com 136 cv, a caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades, as jantes de 18” e a linha AMG. Grande parte do seu apelo, deve-se aos €10.090 de extras... Por: Bruno Castanheira
A
lvo de ligeiros retoques na primavera deste ano, o CLA Shooting Break está melhor do que nunca. Das 19 versões disponíveis em Portugal, uma das mais equilibradas está presente nestas páginas. Equipada com motor Diesel de 2,1 litros com 136 cv (200d), que traz acoplada caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades, a mais sensual e elegante carrinha da Mercedes-Benz apresenta-se com um figurino tático que seduz qualquer um. Para mais, dispõe de €10.090 de extras. Quer saber porque ficámos apaixonados? Aperte o cinto de segurança e viaje connosco pelas linhas que se seguem. ■ ESTRELA CINTILANTE Detalhes. Apenas detalhes caracterizam a revisão estilística que o CLA Shooting Break foi alvo. No exterior, além dos paraOutubro I 2016
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-choques, a grelha diamante do radiador, com pontos em preto, é de nova conceção. Novidade é, também, a pintura metalizada azul “Cavansite” da carroçaria (€800), tal como as jantes AMG multi-raios de 18” (€200). Depois, a opcional linha AMG (€3.350) faz o resto: grelha do radiador com pins em prata/lamela cinza com inserção cromada; duas saídas de escape retangulares em inox; difusor traseiro na cor da carroçaria. Se o CLA Shooting já era irresistível de qualquer ângulo, agora, com esta configuração, não deixa ninguém indiferente. A assinatura luminosa dos grupos óticos continua um must. E enquanto os faróis de LED High Performance obrigam ao dispêndio de €1.100, os vidros laterais traseiros e óculo posterior escurecidos custam €350. E por dentro, o que mudou? Bem, no habitáculo, apenas os revestimentos dos
bancos foram alterados e adicionaram-se novos elementos decorativos, como os comandos em cromado, que estão, agora, presentes em número superior. Já a integração de smartphones está mais fácil, graças ao acesso mãos livres. O design é outra das áreas em destaque nesta carrinha, beneficiando a unidade aqui em ensaio da opcional linha AMG, que, no
interior, contempla estofos específicos com costuras vermelhas, centros das portas em “Dinamica”, forro do tejadilho em preto e pedais com aplicações em borracha. Depois, existem outros extras que tornam deveras agradável a estadia a bordo: pack integração de smartphone (€350); Garmin Map Pilot (€1.200); display central de 8” (€200); sistema de arranque Keyless-Go (€200); pack Conforto (€900). Dotado de inúmeros dispositivos de segurança, o CLA Shooting Break faz-se valer, também, de uma qualidade de construção elevada e de um posto de condução ótimo. O espaço interior e o volume da mala, mesmo não sendo exemplares, permitem uma utilização familiar sem dramas. ■ DINÂMICA DE EXCEÇÃO O CLA Shooting Break encanta, também, pelo comportamento ágil, preciso
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e reativo que oferece. E prima pela envolvência que tem. Tudo o que faz, faz bem. À primeira. Sem vacilar. Durinho como um desportivo deve ser, ou não estivesse ele equipado com suspensão de amortecimento firme (o sistema seletivo que integra custa €950), consegue, no entanto, manter uma réstia de conforto. O resultado neste particular só não é melhor porque as jantes multi-raios de 18”, montadas nuns
cumpre as normas Euro 6 (dispõe de um sistema start/ stop particularmente bem afinado), o CLA Shooting Break oferece prestações de bom nível. Não são fulgurantes, é certo, mas deslocam com bastante facilidade os 1.555 kg de peso do conjunto. Rápida e suave, a caixa automática pode ser operada através das patilhas colocadas no volante. O que aumenta a envolvência da condução e faz com que tudo
MERCEDES-BENZ CLA 200D SHOOTING BREAK MOTOR 4 cil. em linha Diesel, Tipo transversal, dianteiro Cilindrada (cc) 2143 Diâmetro x curso (mm) 83,0x99,0 Taxa de compressão 16,2:1 Potência máxima (cv/rpm) 136/3200-4000 Binário máximo (Nm/rpm) 300/1400-3000 Distribuição injeção direta common rail Alimentação 2 v.e.c., 16 válvulas Sobrealimentação turbocompressor VTG + intercooler TRANSMISSÃO dianteira com ESP automática dupla embraiagem de 7+ma
Tração Caixa de velocidades
DIREÇÃO Tipo Assistência Diâmetro de viragem (m)
pinhão e cremalheira sim (elétrica variável) 11,0
TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS
discos ventilados (295) discos maciços (295) sim, com EBD+BAS SUSPENSÕES
Dianteira McPherson com triângulos sobrepostos Traseira Multibraço Barra estabilizadora frente/trás sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 215 0-100 km/h (s) 9,2 CONSUMOS (l/100 km) Extra-urbano/Combinado/Urbano 3,4/3,9/4,7 Emissões de CO2 (g/km) 101 Euro 6 Nível de emissões DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES O retocado CLA 200d Shooting Break oferece qualidade elevada. O espaço interior permite uma utilização familiar sem dramas
ótimos pneus Continental ContiSportContact 5, de medida 225/40, não “deixam”. A direção desportiva, que a Mercedes-Benz define como Direct-Steer, é acutilante, oferece o grau de assistência correto e comanda com exatidão as inserções do eixo dianteiro em curva. Rolamento da carroçaria é coisa que não existe. Perdas de motricidade ou estabilidade? Muito menos. Tudo funciona às mil maravilhas. Equipado com o motor Diesel de 2,1 litros com 136 cv (200d), que traz acoplada caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades (7G-DCT) e que
seja processado sem tirar as mãos do comando principal. Os travões eficazes e resistentes à fadiga, os quatro programas de condução (“Comfort”; “Sport”; “Individual”; “Eco”), selecionáveis através de botão Dynamic Select localizado na consola central, e o controlo de estabilidade, são outras características que traduzem o elevado estágio de desenvolvimento do CLA Shooting Break. Depois, o som do motor, mais desportivo (outra característica da linha AMG), tem a sua quota-parte de responsabilidade. Não existem muitos automóveis de tração dianteira que transmitam o feeling desta carrinha. Depois de ligar o motor, o difícil, mesmo, é parar. E sabe, caro leitor, qual foi a banda sonora que acompanhou este ensaio? A música “Mercedes-Benz”, de Janis Joplin, que começa com a emblemática prece “Oh lord, won’t you buy me a Mercedes-Benz”. Se fosse viva, a cantora e compositora norte-americana, considerada a rainha do rock and roll da década de 1960, teria, hoje, 73 anos. Imagine-se quantos modelos da marca alemã não contaria na sua coleção... ✱ www.jornaldasoficinas.com
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Cx 0,27 Comprimento/largura/altura (mm) 4640/1777/1435 Distância entre eixos (mm) 2699 Largura de vias frente/trás (mm) 1549/1547 Capacidade do depósito (l) 50 Capacidade da mala (l) 495-1354 Peso (kg) 1555 Relação peso/potência (kg/cv) 11,4 Jantes de série 6 1/2Jx16” Pneus de série 205/55R16 91V Pneus unidade testada Continental ContiSportContact 5, 225/40R18 92Y XL GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão
2 anos 2 anos 30 anos ASSISTÊNCIA
1.ª revisão 25 mil km ou 1 ano Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €270 Intervalos cada 25 mil km ou 1 ano Imposto Único Circulação (IUC) €191,62 Preço (s/ despesas) €42.860 unidade testada €53.371 Outubro I 2016
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MUNDO AUTOMÓVEL NOTÍCIAS
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Porsche Panamera 4 e-hybrid chega na primavera de 2017 O Salão de Paris servirá de palco para a revelação da quarta variante do novo Porsche Panamera: o 4 e-hybrid. Equipado com sistema de tração integral e anunciando uma autonomia de 50 km em modo 100% elétrico (permite circular a velocidades de até 140 km/h), o mais ambiental dos Panamera oferece uma potência máxima combinada de 462 cv e apresenta um consumo médio de 2,5 l/100 km no Novo Ciclo de Condução Europeu (NEDC) para veículos híbridos plug-in, a que correspondem emissões de CO2 de 56 g/km. O novo Panamera 4 e-hybrid já está disponível para encomenda, com preços em Portugal que se iniciam nos €115.337 na data de conclusão desta notícia. Com uma velocidade máxima de 278 km/h, este luxuoso híbrido plug-in cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,6 segundos. Do seu elenco técnico, fazem parte uma suspensão pneumática com três câmaras, seis modos de condução selecionáveis, um motor elétrico de 136 cv, um motor V6 biturbo a gasolina de 330 cv e uma caixa automática de dupla embraiagem com oito velocidades. As baterias de iões de Lítio, integradas sob o piso do compartimento da bagageira, necessitam de 5,8 horas até ficarem totalmente carregadas utilizando uma ligação de 10 A (3,6 horas caso se opte pelo carregamento de 32 A). ✱
Opel criou versão Rocks para o modelo Karl Depois do Adam, é a vez do Karl. A Opel volta a apostar no conceito Rocks. Mas, desta vez, no seu citadino. Segundo a marca alemã, este novo modelo é pequeno por fora e grande por dentro, estando especialmente adaptado para enfrentar duras condições de trânsito urbano. Com uma altura ao solo aumentada em 18 mm face ao Karl “convencional”, o novo Karl Rocks distingue-se pela sua aparência de SU, graças às barras de tejadilho, aos volumosos para-choques às proteções das cavas das rodas e embaladeiras e às jantes de 15” com desenho exclusivo. Por dentro, os bancos são forrados com um tecido exclusivo de textura inspirada em favos de mel. Nas portas da frente, existem proteções de embaladeira e foi dado um novo toque de sofisticação graças ao painel brilhante do tablier, que enquadra os dois sistemas de infoentretenimento disponíveis: rádio R300 ou R4.0 IntelliLink, permitindo este integrar smartphones através do Apple CarPlay e do Android Auto, facultando, nomeadamente, acesso à navegação com Apple Maps ou Google Maps. ✱
Hyundai reforçou gama de peças Product Line 2 A filial portuguesa da marca sul-coreana reforçou a gama de peças Product Line 2 (PL2), que, segundo afirma, consiste na combinação perfeita entre qualidade e preço competitivo. Segundo a Hyundai, esta gama de peças oferece mais vantagens. Quer para o reparador, quer para o cliente. “O produto certo para cada cliente, em todos os momentos da vida da viatura”, pode ler-se em comunicado enviado à nossa redação. Após o lançamento, no início de 2016, da gama de peças PL2, a Hyundai reforça esta linha com a aposta em novos tipos de produto. Aos já disponíveis - baterias, travagem (discos e pastilhas), embraiagem (discos, pratos e rolamentos), filtros de habitáculo, escovas limpa-vidros e velas (ignição e incandescência) - juntam-se, agora, amortecedores, radiadores/condensadores, correias e material de distribuição. A PL2 consiste numa gama de peças desenvolvida pela Hyundai, em conjunto com os seus fornecedores, destinada a viaturas com mais de três anos. Esta gama propõe qualidade original mas com uma redução média de 20% no preço, estratégia que visa fidelizar os clientes, potenciando o crescimento deste segmento de negócio. ✱
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Renault entregou veículo elétrico n.° 100.000 No passado dia 9 de setembro, a Renault entregou, em Oslo, na Noruega, a chave do veículo elétrico vendido n.° 100.000. Líder na Europa, com 27% de quota nos mercados de passageiros e comerciais ligeiros elétricos, a Renault vendeu, no primeiro semestre de 2016, mais de 15.000 automóveis elétricos (excluindo o Twizy), a que corresponde um crescimento de 32% face a igual período de 2015. No Velho Continente, um em cada quatro veículos elétricos é Renault. Os principais mercados da marca do losango são França, Noruega, Reino Unido e Alemanha. A Renault, que lançou o seu primeiro veículo elétrico há cinco anos, dispõe, recorde-se, da gama de veículos 100% elétricos mais completa do mercado. Uma gama que permite responder a um leque variado de utilizações e que é composta pelos modelos ZOE (utilitário), pelo comercial Kangoo Z.E., pelo quadriciclo urbano Twizy (incluindo a versão comercial - Twizy Cargo) e pela berlina SM3 Z.E. (comercializado pela Renault Samsung Motors), que é o automóvel elétrico mais vendido na Coreia do Sul. ✱
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APRESENTAÇÃO
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Suzuki SX4 S-Cross
Personalidade vincada › Três motores, quatro caixas de velocidades, tração 4x2 ou 4x4 e três níveis de equipamento. A nova geração do Suzuki SX4 S-Cross está melhor do que nunca. E tem a sua personalidade bem vincada. O Jornal das Oficinas foi a Madrid conhecê-la e veio de lá muito bem impressionado Por: Bruno Castanheira
A
tualmente na sua segunda geração (terceira se incluirmos a sigla SX4, que, entre 2006 e 2013, estava agregada a uma carroçaria hatchback de cinco portas), o S-Cross é, assumidamente, um SUV. Depois de Celerio, Vitara e Baleno, a marca nipónica levou o Jornal das Oficinas a Madrid para um primeiro contacto dinâmico com o novo SX4 S-Cross. Brevemente, seguir-se-ão Ignis e Swift. Mas, por agora, centremos as nossas atenções neste SUV, que já está disponível em Portugal com preços que se iniciam nos €17.394 da versão 1.0 GL 4x2 e terminam nos €32.251 da variante 1.6 Diesel GLX 4x4 com caixa automática de dupla embraiagem com seis velocidades. Preços estes que se encontram ao abrigo de uma campanha de lançamento que a Suzuki tem em curso.
■ ESTILO APURADO Exibindo uma presença mais robusta e vistosa, o novo SX4 S-Cross registou significativas alterações em termos de design. A frente ganhou uma expressão mais artística, graças à nova grelha cromada, aos novos grupos óticos transparentes com luzes de LED, ao novo para-choques e ao capot de nova conceção, que está mais elevado e dispõe de um corte mais pronunciado. De perfil, foram adotadas novas jantes (16” e 17”) e os pneus são de maiores dimensões. Quanto à traseira, apenas os grupos óticos foram alterados, apresentando-se, agora, mais transparentes e com tecnologia LED. Do total de nove cores disponíveis para o exterior, quatro
são novas: azul “esfera”; cinza “mineral”; castanho “canyon”; vermelho “energético”. Com uma altura ao solo aumentada em 15 mm (passou de 165 para 180 mm) face à anterior geração, o novo SX4 S-Cross ganhou 10 mm em altura e viu a sua via dianteira ser alargada em 20 mm. Por dentro, as alterações são bem menos evidentes. Mas existem. Além da adição de mais equipamento (os níveis disponíveis são três: GL, GLE e GLX), este SUV ficou a ganhar com a introdução de um novo
painel central em preto “piano” e de um novo design para o painel de instrumentos. De resto, o interior continua a pautar-se, essencialmente, pelo amplo espaço disponível para ocupantes e bagagem, pelo posto de condução ergonómico e pela qualidade bastante razoável. ■ MAIOR EFICIÊNCIA Se houve característica que o novo SX4 S-Cross ganhou, foi eficiência. Em vez de dois motores de 1,6 litros, um a
1.0 BoosterJet 1.4 BoosterJet 1.6 DDiS MOTOR 3 cil. linha 4 cil. linha 4 cil. linha Diesel Cilindrada (cc) 998 1373 1598 Potência máxima (cv/rpm) 111/5500 140/5500 120/3750 170/2000-3500 220/1500-4000 320/1750 Binário máximo (Nm/rpm) Velocidade máxima (km/h) 180 200 180 0-100 km/h (s) 11,0 9,5 12,0 Consumo combinado (l/100 km) 5,0 5,4 4,1 Emissões de CO2 (g/km) 113 120 106 desde €25.123 Preços (com campanha) desde €17.394 desde €24.711 * Todos os dados referem-se às versões 4x2 equipadas com caixa manual www.jornaldasoficinas.com
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gasolina e outro Diesel (ambos de 120 cv), que existiam na anterior geração, a oferta contempla, agora, três opções. Quem preferir gasolina, tem à sua disposição os novos blocos 1.0 (três cilindros de 111 cv) e 1.4 (quatro cilindros de 140 cv), ambos dotados de injeção direta e turbocompressor, pertencentes à família BoosterJet. Enquanto o 1.0 traz acoplada caixa manual de cinco velocidades, o 1.4 pode ser requisitado com caixas de seis velocidades (manual ou automática). Quem optar pelo Diesel, a única opção reside no motor de quatro cilindros 1.6 DDiS de 120 cv, que pode trazer acoplada caixa manual de seis velocidades ou automática de dupla embraiagem com seis relações. Tal como na anterior geração, também esta nova disponibiliza versões 4x2 e 4x4. Contudo, a motorização 1.0 apenas pode ser requisitada com tração 4x2, ficando as variantes 4x4, que fazem uso do sistema Allgrip, reservadas para os motores 1.4 e 1.6 Diesel. Das 10 versões disponíveis na gama do novo SX4 S-Cross, quatro têm tração 4x4: 1.4 GLX com caixa manual; 1.6 Diesel GLE com caixa manual; 1.6 Diesel GLX com caixa manual; 1.6 Diesel GLX com caixa automática de dupla embraiagem. Com oferta de três anos de garantia (a Suzuki está a desenvolver todos os esforços para que este SUV possa oferecer cinco anos), o novo SX4 S-Cross beneficia de uma campanha de lançamento, que permite baixar o preço em nada menos do que €2.338 (€2.250 nas versões 1.4 GLX 4x2 com caixa automática e 1.4 GLX 4x4 com caixa manual).✱ Outubro I 2016
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MUNDO AUTOMÓVEL EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado
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Por: Jorge Flores
Hyundai Tucson 1.7 CRDi DCT 4x2
Kia Sportage 1.7 CRDi TX
Nissan Juke 1.5 dCi N-Connecta
Suzuki Baleno 1.2 GLX + SHVS
Reaparecido
Prova de maturidade
Purple rain
Adivinha quem voltou?
Ocupar a posição de um ponta-de-lança como o ix35, o SUV mais vendido da Hyundai, não será nunca uma tarefa fácil. Mas é precisamente esse o papel que está reservado para o Tucson, neste seu regresso, cinco anos depois de “desaparecido em combate”. E quais serão os trunfos do Tucson? Se atentarmos na qualidade dos materiais, na imagem desportiva, completamente diferente de outros tempos, com uma grelha fron-
A quarta geração do Kia Sportage é uma prova de maturidade da parte do construtor sul-coreano, cada vez mais atento às tendências e aos gostos europeus. O Sportage herda muitos traços do “primo” Sorento. Basta observar como a dianteira está muito mais volumosa do que a da geração antecessora, sendo disso exemplo (muito maior) a grelha tiger nose. Uma opção que obrigou, com sucesso visual, diga-se, a elevar os grupos óticos para a parte superior do capot. Na secção traseira, a evolução do Sportage não foi menor, com destaque para a dupla saída de escape e para o novo traçado dos faróis, para-choques e portão. No conjunto, este SUV cresceu 4 cm e ostenta, agora, 4,48 m de comprimento, medida que o torna no segundo maior SUV do segmento e contribui para uma confortável habitabilidade, se considerarmos ainda que a distância entre eixos
Será também, porventura, devido ao roxo que anima a cor da carroçaria, mas a verdade é que o Nissan Juke prende os olhares de quem com ele se cruza na via pública. Mas as suas virtudes vão muito além de uma estética enérgica. A Nissan tem sabido incrementar valor a este pequeno crossover, de modo a valorizá-lo comercialmente. Na versão ensaiada, com o competente motor e 1.5 dCi de 110 cv, este modelo mantém todos os predicados intactos. Trata-se de um pequeno SUV leve e que sabe o
Depois de ter desaparecido dos catálogos da Suzuki, durante o período de mudança de importador, o Baleno está de regresso ao mercado nacional. Com esperanças renovadas e uma nova atitude. Construído na Índia, surge, agora, no formato berlina de cinco portas e com quatro metros de comprimento. De postura discreta, poderá dizer-se até, de visual demasiado “formal”, o Baleno aponta, sobretudo, às famílias que precisam de um modelo cumpridor e não deslumbrante. O habitáculo é espaçoso quanto baste, os materiais são os possíveis para um produto que custa €18.066 (€15.033, graças a uma campanha em curso até ao final do ano) e dispõe de uma bagageira com 335 litros de capacidade que não compromete. A versão ensaiada recorre ao sistema semi-híbrido SHVS (Smart Hybrid Vehicle by Suzuki), que mais não é do que a combinação entre o bloco a gasolina 1.2 de 90 cv e um motor elétrico de apenas 3 cv. O objetivo deste “reforço” de potência é
tal redesenhada, com os grupos óticos com tecnologia LED e com uns para-choques mais volumosos, podemos, desde logo, acreditar que o construtor sul-coreano sabe o que está a fazer. No entanto, é, sobretudo, debaixo do capot que reside a sua maior força. O motor a gasóleo 1.7 CRDi de 141 cv às 4000 rpm é uma “arma poderosa”, garantindo bons momentos de condução, num conjunto com 1.500 kg. Consegue obter uma velocidade máxima de 185 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em 11,5 segundos. Acresce a isto que a nova caixa automática de dupla embraiagem com sete relações (DCT) é um exemplo de fiabilidade, mostrando-se sempre precisa e com os timings corretos nas passagens. Os consumos anunciados para esta versão do Tucson são de 4,9 l/100 km, o que constituirá, seguramente, um reforço positivo para quem esteja interessado neste SUV. Hyundai Tucson 1.7 CRDi DCT 4x2 MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. 1685 Cilindrada (cc) Potência máxima (cv/rpm) 141/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 340/1250-2750 Velocidade máxima (km/h) 185 0-100 km/h (s) 11,5 4,9 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 129 Preço (chave na mão) €38.186 IUC €153,83 Outubro I 2016
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também aumentou 3 cm. Equipado com o motor 1.7 CRDi de 115 cv e um novo chassis, a condução é dinâmica e, a espaços, divertida, conseguindo a proeza de conciliar isso com consumos muito aprazíveis para um SUV. O Kia Sportage 1.7 CRDi TX está disponível por €34.822 (valor que pode ser reduzido ao abrigo das campanhas que a Kia tem em vigor), mas a unidade ensaiada incluía o Pack Premium, que, por mais €1.500, acrescenta a um equipamento já de si recheado, o teto de abrir panorâmico e os bancos em pele.
que quer. Não vai além dos 175 cv de velocidade máxima e demora o seu tempo (11,2 segundos) a cumprir o tradicional arranque dos 0 aos 100 km/h, mas, por outro lado, vale-se de uns consumos muito amigos da carteira: 4,1 l/100 km em regime combinado. Mas o grande foco deste teste reside na versão de equipamento N-Connecta. Um rol de soluções que, tal como o nome sugere, visa manter o Juke conectado com o frenético mundo das tecnologias. A presença de apps compatíveis com smartphones, da tecnologia Google Send-to-Car, do ecrã tátil de 5,8” (anti-reflexo) e da câmara de visão traseira, são disso exemplo. Mas esta unidade inclui ainda bancos revestidos em pele e Alcântara, espelhos retrovisores automáticos e aquecidos, além dos detalhes personalizados que combinam com a cor da carroçaria. No caso em apreço, roxo.
assistir apenas o motor de combustão no arranque e nas acelerações, até às 3900 rpm, bem como recuperar energia nas travagens. Nunca funciona em modo totalmente elétrico, mas contribui, de forma categórica, para baixar os consumos (4 l/100 km) e as emissões de CO2, na ordem dos 93 g/km.
Kia Sportage 1.7 CRDi TX MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1685 Potência máxima (cv/rpm) 115/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 280/1250-2750 Velocidade máxima (km/h) 176 0-100 km/h (s) 11,5 4,6 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 119 Preço (sem campanhas) €34.822 IUC €124,90
Nissan Juke 1.5 dCi N-Connecta MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1461 Potência máxima (cv/rpm) 110/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750-2500 Velocidade máxima (km/h) 175 0-100 km/h (s) 11,2 4,1 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 107 Preço €24.110 IUC €124,90
Suzuki Baleno 1.2 GLX + SHVS MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1242 Potência máxima (cv/rpm) 90/6000 Binário máximo (Nm/rpm) 120/4400 Velocidade máxima (km/h) 180 0-100 km/h (s) 12,3 4,0 Consumo combinado (l/100 km) Emissões de CO2 (g/km) 93 Preço (com campanha) €15.033* IUC €91,36
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MAN TGE
Aposta nos ligeiros › O fabricante alemão passará a disponibilizar na sua gama de veículos industriais, pela primeira vez na história, um furgão ligeiro. Assim, a partir do próximo ano, a MAN irá propor aos profissionais do transporte soluções que vão de três toneladas com o novo TGE às 44 Por: José Silva
A
MAN vai aplicar o seu conhecido serviço orientado para o cliente e a sua ampla experiência na categoria dos pesados num novo segmento: o dos furgões ligeiros. Numa primeira fase, a logística e a construção serão os grandes objetivos da nova família de veículos. A marca quer apostar forte no TCO (Total Cost of Ownership) graças ao reduzido consumo de combustível, ao baixo coeficiente aerodinâmico e aos baixos custos de reparação e manutenção. Para além dos furgões fechados e do combi com vidros laterais, a oferta será complementada pelas opções chassis-cabina simples ou duplas. Estas duas últimas versões poderão ser combinadas com diversos extras provenientes de fábrica. A gama TGE disponibilizará duas distâncias entre eixos, três alturas de carroçaria (2.340 mm; 2.575 mm; 2.800 mm) e três comprimentos (5.983 mm; 6.833 mm; 7.386 mm). Com a combinação correta, consegue-se chegar a um volume de carga máximo de 18,3 m3. Em todas as versões, o espaço de carga é sempre iluminado graças a lâmpadas de LED. Esta nova gama arranca nas três e termina nas 5,5 toneladas. Com gancho de reboque, é possível transportar mais 3,5 toneladas.
■ ATÉ 177 CV Dependendo do peso bruto, o cliente pode usufruir de tração dianteira, traseira ou integral, combinadas com caixa manual de seis velocidades ou automática de oito relações. O motor consiste num bloco de quatro cilindros com 1.968 cm3, que disponibiliza quatro níveis de potência: 102, 122, 140 e 177 cv. Os bancos do condutor, que podem ser de quatro tipos distintos, convencem graças ao forro, à sua forma, sempre apta para trajetos longos, e, também, ao excelente apoio lateral que proporcionam. Os tapetes e revestimentos, com provas
dadas e resistentes ao desgaste na gama de camiões, asseguram uma vida útil muito longa. Com o sistema de travagem EBA, de série, a MAN dá um importante avanço em matéria de segurança rodoviária. O assistente de travagem ajusta a distância para o veículo da frente e ajuda a reduzir a distância de travagem. O assistente de marcha-atrás, por exemplo, consiste num importante auxiliar nas saídas de estacionamento, enquanto a direção assistida, eletromagnética, compensa a resistência causada pelos ventos laterais. Já o Tempomat, com regulador de dis-
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tância, oferece maior comodidade nos vários tipos de percurso, com particular destaque para as rotas de autoestrada. ■ GARANTIA MAN A nova gama TGE dispõe de inúmeros benefícios, a partir do serviço profissional MAN. Serviço este que é conhecido, entre outras coisas, por estar sempre perto do cliente, por conseguir arranjar vaga na oficina mesmo quando não existe marcação ou até mesmo pela sua rapidez em caso de emergência, inclusivamente ao fim de semana e durante a noite. Os serviços MAN para os vários veículos da gama são completos, destacando-se pelos contratos de reparação e manutenção flexíveis. Mas há mais. A chegada da gama TGE vai colocar ao serviço do cliente um programa de gestão de frotas novo e único no panorama dos furgões. O seu grande objetivo passa por retirar o máximo de rendimento do veículo. Em suma, o novo TGE consiste num modelo único que marca a entrada do construtor alemão num território até aqui desconhecido para si. A intenção é conseguir ajudar os muitos clientes MAN a construir uma frota abrangente e adaptada a todas as exigências. ✱ Outubro I 2016
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Gasóleo profissional já pode ser comprado em Portugal A partir de agora, já é possível abastecer gasóleo profissional em quatro zonas da fronteira portuguesa pelo mesmo preço que é praticado em Espanha, numa diferença que pode chegar até aos treze cêntimos por litro para os veículos afetos ao transporte rodoviário de mercadorias com mais de 35 toneladas. Segundo a agência Lusa, vão ser abrangidos por esta medida 55 postos de abastecimento distribuídos por oito concelhos nas zonas fronteiriças de Quintanilha (Bragança), Vilar Formoso (Almeida), Caia (Elvas) e Vila Verde de Ficalho (Serpa). É intenção do Governo estender a comercialização do gasóleo profissional para o resto do país a partir do próximo ano. O alargamento desta medida vai depender deste projeto piloto, em que o executivo vai tentar avaliar se o nivelamento dos preços com o país vizinho se traduzirá no regresso dos abastecimentos aos postos portugueses. ✱
Renault Trucks apresentou Eco Score Com o objetivo de otimizar a sua oferta de soluções telemáticas para a gestão de frotas, a Renault Trucks incorporou no seu portefólio de ferramentas Optifleet uma nova funcionalidade, que aperfeiçoa os resultados e que contribui, positivamente, para que os motoristas possam levar a cabo uma condução mais económica. E, com ela, reduzir os custos de exploração. Chama-se Eco Score e trata-se de um novo sistema que avalia dados técnicos e que estabelece um ranking de pontuação baseado em critérios de condução eficiente. Com base nesta classificação, podem ser propostas ações formativas e, em todo o caso, os gestores de cada frota podem conhecer, em tempo real, onde estão e quais são os campos onde o motorista pode melhorar. Para medir os níveis de eficiência, o Eco Score utiliza critérios como a inércia do veículo e do pedal de travão, a correta utilização do motor ao ralenti ou o uso excessivo do modo Power na caixa Optidrive. A função Eco Score está incluída no modo Check e a sua incorporação não tem qualquer custo para o cliente, que pode aceder, automaticamente, a uma atualização gratuita das ferramentas Optifleet. ✱
Volvo Trucks mostrou concept capaz de reduzir consumos Com a colaboração da Agência Sueca de Energia e fruto de cinco anos de trabalho de investigação, que teve início em 2011, a Volvo Trucks desenvolveu um protótipo de um semirreboque capaz de reduzir o consumo de combustível acima de 30%. Tudo graças a uma melhoria aerodinâmica superior a 40% e a uma redução da tara do semirreboque em, aproximadamente, duas toneladas. Além disso, este protótipo vem “calçado” com uns novos pneus da Continental, que reduzem a resistência ao rolamento e tem uma cadeia cinemática otimizada. Por outro lado, este concept truck responde a um projeto bilateral, no qual interveio o Departamento Norte-Americano de Energia, uma vez que a administração dos EUA pretende mostrar o American Super Truck, um veículo pesado capaz de aumentar até 50% a eficiência energética nos transportes de longo curso. O concept da Volvo Trucks tem por base um FH 420, equipado com motor D13 Euro 6. ✱
Camiões Scania já consomem HVO Todos os camiões Scania que estão encarregues da logística da equipa Dorna no Mundial de MotoGP utilizam o novo combustível renovável e sustentável HVO (óleo vegetal hidrogeneizado). O HVO reduz em 90% as emissões de CO2 e pode ser armazenado no frio, reduzindo, com isso, a peugada de CO2. Um dos objetivos da Dorna e da Scania passa por conseguir que o Mundial de MotoGP se transforme numa competição ecológica e respeitadora do meio ambiente. Objetivo este que motivou, aliás, a utilização do HVO como combustível, uma solução alternativa que os camiões Scania são os primeiros a utilizar. ✱ Outubro I 2016
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