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Uma proposta de ensino de língua inglesa e espanhola

Equipe do projeto de Extensão e crianças beneficiadas

Coordenadora: Carla Gracielle Ramos Fraga

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Bolsistas: Maria Clara Oliveira Barbosa e Pablo Arruda Caires Voluntárias: Camila Mendes Moreira e Ingridy Lais Pereira Durães Colaboradora: Patrícia Emanuelle Santos Brito Texto: Carla Gracielle Ramos Fraga e Patrícia Emanuelle Santos Brito Campus: Campus Salinas

Uma proposta de ensino de língua inglesa e espanhola Projeto para os alunos da Associação Hope

Oprojeto intitulado “Uma Proposta de Ensino de Língua Inglesa e Espanhola para os alunos da Instituição Hope” ocorreu no período de junho a dezembro de 2018. A ideia inicial do projeto surgiu a partir de uma visita das crianças e adolescentes da Associação Hope, como participantes de uma apresentação artística, ao IFNMG - Campus Salinas, em um momento em que os representantes da associação expuseram a importância social da entidade e a necessidade de ajuda financeira e humanitária para a condução das

O projeto teve, como objetivo principal, o ensino de línguas estrangeiras modernas (inglês e espanhol) para as crianças da Associação Hope, que atende crianças e adolescentes da comunidade salinense em situação de vulnerabilidade social. Os bolsistas e voluntários receberam orientação e capacitação para que pudessem ministrar, ao público-alvo, aulas dos idiomas inglês e espanhol. O projeto trouxe grandes contribuições para os alunos da Associação Hope, bem como para os discentes do IFNMG - Campus Salinas que participaram do projeto. amento sobre a quantidade de alunos que seria possível contemplar, visto que as aulas presenciais ocorreriam apenas em um dia da semana, no turno vespertino. Levando-se em consideração a faixa etária das crianças, decidimos organizar as turmas. Assim, foi definido que haveria uma turma de Espanhol, que atenderia crianças entre 4 e 7 anos, uma turma de inglês, contemplando crianças de 8 a 11 anos e uma segunda turma de inglês, para atender os jovens de 12 a 15 anos. As aulas tiveram carga horária de uma hora semanal, por turma. atividades com os alunos. Alguns dias depois, a aluna Maria Clara, do Curso Técnico de Informática, manifestou interesse em participar de algum projeto de extensão que envolvesse a língua inglesa. A partir daí, em colaboração com a docente de Língua Espanhola, Patrícia Emannuelle dos Santos Brito, seriam planejadas ações que norteariam as atividades do projeto, a fim de contemplar as duas línguas estrangeiras modernas: inglês e espanhol.

Após a manifestação de interesse da associação na participação do projeto, foi realizado um mape

Professores perceberam maior curiosidade, motivação e interesse para a aprendizagem de línguas por parte da maioria das crianças e dos adolescentes

Capacitação do grupo

Antes do início das aulas presenciais, foi realizado um workshop mediado pelas professoras orientadoras, a fim de capacitar os quatro discentes participantes (dois bolsistas e duas voluntárias). O workshop abrangeu alguns pressupostos teóricos metodológicos sobre método e abordagem de línguas estrangeiras, estudos sobre saberes docentes, sensibilidade social, diferentes tipos de aprendizagem e gerenciamento de classe. Ocorreu ainda um momento de participação da pedagoga Lidiane Brito, que contribui com seu conhecimento sobre “contação de estórias”, direcionado em especial para o trabalho com as crianças menores.

Aulas na Hope

As aulas das duas turmas de inglês foram ministradas no mesmo horário, em espaços diferentes na Instituição Hope. As alunas Camila Mendes, voluntária, e Maria Clara, bolsista, recebiam previamente o material a ser utilizado e as orientações de como deveriam ser ministradas as aulas durante os encontros presenciais e comunicação online. O planejamento das aulas de inglês era realizado, tendo em vista a opinião das alunas sobre o que seria motivador/interessante e benéfico para os alunos da associação, considerando a observação e conhecimento que elas obtinham durante a convivência com as crianças/adolescentes nas aulas. Algumas temáticas das aulas foram: família, tipos

de comida e utensílios domésticos, móveis, animais e números. As aulas visavam à aprendizagem de vocabulário e pequenas frases, para que eles pudessem repetir, ou mesmo realizar um pequeno diálogo, sendo capazes de dizer, por exemplo: Who is he? I can... Let’s... e I like. Além disso, realizaram algumas aulas com vídeo e uma atividade de música, na qual as próprias professoras levaram os instrumentos musicais para cantarem com os adolescentes. As professoras buscavam planejar as aulas com elementos motivadores, no sentido de elogiar e premiar as crianças pela participação nas aulas.

As aulas de espanhol, também ministradas na quarta-feira no turno vespertino, seguiram uma dinâmica mais lúdica com as crianças menores; assim, a professora orientadora

Projeto atende de crianças de 4 anos a jovens de 15 anos

traçou um planejamento com os diversos temas propostos para o trabalho, tendo, como premissa, a contação de histórias, para iniciarem as aulas. Assim, foi trabalhada, primeiramente, a história La Caperucita Roja, Chapeuzinho Vermelho. A partir daí, foram introduzidos diversos temas com o desdobramento da história, tais como cores, alimentação, rotina, cuidados diários, obediência à família, festa de aniversário, etc. O bolsista Pablo Arruda e a voluntária Ingridy Durães trabalharam com vídeos, músicas e atividades artísticas.

Na atividade sobre festa, por exemplo, além de praticarem o vocabulário sobre el cumpleaños, eles aprenderam a música em espanhol e coloriram uma figura relacionada à atividade. Ao realizarem as atividades sobre frutas, as crianças e pregaram bolinhas amarelas, trabalhando a coordenação motora, introduzindo a temática da alimentação saudável, com o reconhecimento de gravuras e pintura das frutas. Além disso, na atividade los colores, as crianças ganharam uma massinha de modelar para que, a partir daí, fossem trabalhadas as formas e misturas das cores primárias e secundárias. A interação com as aulas foi muito satisfatória e serviu, inclusive, como avaliação processual para o planejamento e execução de propostas pedagógicas inovadoras para os alunos participantes. De acordo com os alunos, as aulas de espanhol eram criativas e estimulavam muito a aprendizagem por meio dos contextos lúdicos.

Na aula de encerramento do projeto, foi decidido, com os participantes, proporcionar uma tarde diferenciada para as crianças. Assim, decidimos levá-las ao IFNMG, para conhecerem os diversos setores do campus: laboratórios de agroindústria, biologia e os setores de criação de animais: coelhos, codornas, galinhas, porcos e caprinos. Na ocasião, alguns adolescentes tiveram a oportunidade de participar de uma análise sensorial, realizada pelos discentes do Curso de Agroindústria. Ao final da visita, as crianças e os adolescentes da Hope conheceram o refeitório e desfrutaram de um lanche oferecido pela instituição. A visita teve como objetivo também aproximar os alunos da Hope ao IFNMG. Essa aproximação visa despertar nesses alunos, que se encontram em vulnerabilidades social, possibilidades de estudos, entendendo a educação como uma oportunidade de mudança de condição social e formação cidadã.

Nessa perspectiva, o projeto contribuiu, em especial, para que as crianças fizessem algo diferente da rotina a que estavam acostumadas na Associação Hope. Além da agregação de conhecimento nas línguas estrangeiras, os discentes professores perceberam uma maior curiosidade, motivação e interesse para a aprendizagem de línguas por parte da maioria das crianças e dos adolescentes, tanto que mais de 90% manifestaram interesse em continuar a participar do projeto. Ao final do projeto, foi possível realizar uma pesquisa com os quatro discentes ao IFNMG. A pesquisa evidenciou que a participação de alunos em projetos de cunho social como este é muito benéfica, pois eles aprendem habilidades específicas para lidar com os alunos e desenvolvem mais responsabilidade, maturidade e sensibilidade aos problemas sociais. Entre os pontos positivos, a voluntária Camila mencionou o contato com a realidade das crianças, animação da maioria em aprender outra língua e a experiência em lecionar. Maria Clara disse que a experiência de trabalhar com o público da Hope foi maravilhosa e conhecer novas realidades foi gratificante. O bolsista Pablo mencionou que foi uma experiência única e que a levará para o resto da vida. A voluntária Ingridy também registrou que foi uma experiência enriquecedora. Além disso, os representantes e funcionários da Associação Hope of the Future ficaram muito agradecidos pela contribuição que o projeto lhes proporcionou.

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