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Pragas Urbanas - Bichos SA
Pragas Urbanas - Bichos SA Projeto Coordenadora: Valéria Magro Octaviano Bernis Bolsista: Bethânia Silva
Gil de Freitas Voluntários: Anna Victória Moura Silva,
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Antônio Victor Veloso Ramos, Eduarda Stefany
Araújo Freitas e Liliane
Duarte da Silva, Vitor Dantas de Medeiros Fonseca Colaboradores: Vanessa Paulino da Cruz Vieira e Walter Octaviano Bernis Filho Texto: Valéria Magro
Octaviano Bernis Campus: Salinas Atividade do projeto na Escola Áurea de Paula, em Salinas Valeria M.O. Bernis
Trata-se de um relato de extensão, cujo objetivo é descrever as atividades realizadas pelos estudantes de Medicina Veterinária realizado no decorrer do ano de 2018, sob a orientação da professora Valéria Magro Octaviano Bernis. A problemática foi discutida sobre a implantação do projeto junto à Secretaria Municipal de Educação e Vigilância Sanitária do município de Salinas, locais que cederam cartas de anuência comprovando a relevância do projeto. A Secretaria de Educação do município direcionou o início dos trabalhos junto à Escola Áurea de Paula, que atende alunos do ensino fundamental. No primeiro momento, uma discussão sobre o tema
Esse relato de extensão envolve as atividades desenvolvidas dentro do projeto de ensino intitulado “Pragas Urbanas: Bichos S.A”, que por sua vez integra o curso de Medicina Veterinária. A importância do projeto reside na disseminação de informações, visto que existem hábitos populares e crenças antigas em relação a animais sinantrópicos que corroboram para a dificuldade de manutenção do equilíbrio do ecossistema, além de aumentar as chances de acidentes domésticos, podendo interferir na saúde pública. Partindo disto, e com o intuito de desmistificar pequenos conceitos à comunidade, alunos da Medicina Veterinária, levaram, durante 6 meses, atividades direcionadas ao ensino básico, com linguagem simples, conhecimentos acerca de animais peçonhentos e sinantrópicos, para que desde muito cedo ocorra a construção de mentalidades esclarecidas e participativas no ecossistema. foi proposta junto à coordenação da escola e aos professores que estavam interessadas neste conteúdo. Aulas foram ministradas, associadas a atividades como jogos lúdicos e, posteriormente, os estudantes, na sua maioria entre 6 a 8 anos de idade, relataram os conhecimentos prévios sobre os animais que seriam estudados: pombos, sapos, cobras, barbeiros, morcegos, escorpiões, ratos e aranhas.
Atividades como imagens em Power Point, rodas de conversa, recortes, pinturas, elaboração de cartazes fizeram parte do projeto, sempre elaborado pelos discentes que inovaram as atividades, de acordo com a iniciativa que as crianças demostravam sobre o assunto. Foram ministradas oito aulas em salas de aula com alunos do 5° ano do ensino fundamental durante dois meses. As atividades realizadas de forma lúdica e direcionadas ao ensino básico, com linguagem simples, trouxeram conhecimentos acerca de animais peçonhentos e sinantrópicos, aqueles considerados pragas urbanas, para que desde muito cedo ocorresse a construção de mentalidades esclarecidas sobre o ecossistema, além de despertar o interesse das crianças em se envolverem no conhecimento mais aprofundado destes animais, como o seu ciclo biológico, cadeia alimentar e, principalmente, despertar nas mesmas a consciência ambiental. As cadeias alimentares, apresentadas em
Projeto aposta na disseminação de informações confiáveis sobre os animais para combater hábitos populares e crenças antigas que prejudicam a manutenção do equilíbrio do ecossistema
Valeria M.O. Bernis
forma de desenhos, estimularam a participação por parte das crianças e o respectivo envolvimento na preocupação de preservação do meio ambiente em temáticas sobre extermínio de determinadas espécies, acúmulo de resíduos e lixo e poluição. Foi notória a participação dos alunos, que se envolviam vividamente nas atividades, segundo a aluna Anna Victória M. Silva.
No munícipio, segundo o relato do aluno Antônio Victor V. Ramos, há notificações de acidentes com estes animais sinantrópicos e também de doenças transmitidas por estes, evidenciando a relevância da discussão de aspectos de segurança contra possíveis acidentes, ocasionados pelo manejo inadequado, seja no contato, seja na tentativa de captura.
Em visitas periódicas à escola Áurea de Paula, quatro turmas, de
Valeria M.O. Bernis
aproximadamente 35 alunos cada, puderam participar destas atividades. Nesta esfera, estimou-se que estas informações puderam ser passadas no ambiente familiar, uma vez que as crianças atuaram, em potencial, como disseminadoras dos conhecimentos adquiridos. A longo prazo, espera-se encontrar cidadãos mais conscientes sobre o meio
Valeria M.O. Bernis
ambiente, justificam os alunos do curso de Medicina Veterinária que participaram deste projeto. Depois da realização de todas as atividades, aplicou-se aos alunos um questionário com perguntas relacionadas aos animais e como agir ao se deparar com estes, com o objetivo de avaliar o conhecimento obtido pelo projeto. Ficou evidenciada uma boa absorção de conhecimento, visto que, 100% dos alunos relatou que em caso de encontro com um animal, não agiriam sozinhos e chamariam um adulto.
Além disso, segundo a professora orientadora Valéria M.O. Bernis, o aprendizado para os alunos da Medicina Veterinária foi presente em várias esferas. Praticaram a oratória e os conhecimentos adquiridos em sala de aula; realizaram pesquisas constantes extraclasse sobre estes animais; despertaram para a pesquisa; avaliaram as possibilidades de desequilíbrio ambiental, principalmente quando um grupo destas pragas urbanas expandem sua população, mais que outras; questionaram os métodos mais eficazes de controle. Participaram também, como formadores da construção do conhecimento, como agentes que participam na atenção à saúde. E, ainda, muito importante foi a oportunidade de participarem na construção de indivíduos mais conscientes quanto ao meio ambiente. C onclui-se que o projeto alcançou os objetivos desejados. As crianças entenderam a importância destes animais para o ecossistema, bem como o papel do ser humano para a mantença da biodiversidade. Nenhuma das crianças tinha consciência sobre a existência de um Centro de Zoonoses e do papel da prefeitura. Após o trabalho, todas responderam que iriam contatar adultos mais próximos e, se necessário, o Centro de Zoonoses. Além disso, a realização da atividade lúdica possibilitou maior interação das crianças, revelando a realidade de seus cotidianos e como estes animais participam nos seus domicílios.