Braganรงa Paulista
Sexta 11 Junho 2010
Nยบ 539 - ano VIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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sexta 11 • junho • 2010 Jornal do Meio 539
Para Pensar
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PADRE E POLÍTICA II
MONS. GIOVANNI BARRESE
Como previa e apontava no artigo anterior, a entrada de um padre - no caso o Pe. Jusemildo, atualmente à frente da Paróquia de Socorro - na disputa político partidária causa debate. Terminava minha reflexão anterior perguntando se, de acordo com o jeito de fazer política em nossos dias, padre e demais pré-candidatos a deputado estadual em nossa cidade teriam condições de um relacionamento que se mantivesse no debate ideológico e se mantivesse, também, na diferença de projetos voltados para o bem comum. Não negava essa possibilidade, mas chamava a atenção afirmando que os partidários dos quatro possíveis candidatos não caminhariam no mesmo patamar. Penso que isso não é novidade. Não é preciso ir mais longe para recordar que tomar partido é fazer uma escolha. Que se diferencia das outras
possibilidades. Gerando prós e contras. Soma-se a isso, como já afirmei, o interesse, também, pessoal dos diferentes eleitores. Alguns esperando receber algum benefício. De novo não estou dizendo novidade. É neste pano de fundo que entra a figura do padre que pretende assumir a representação de uma parcela da sociedade. Naturalmente as pessoas das parcelas preteridas não vão gostar. Também nenhuma novidade. Creio ser importante deixar claro que o Pe. Jusemildo têm o direito, como cidadão, a pleitear o envolvimento partidário. E o fez renunciando a seu encargo paroquial. Em carta enviada ao Bispo Diocesano e ao Conselho de Presbíteros (uma espécie de senado que auxilia o bispo no governo da diocese) ele expõe as suas razões. Pe. Jusemildo nunca ignorou o posicionamento do Magistério da Igreja que se posiciona claramente
contra a presença do sacerdote nos partidos e no pleitear cargos públicos de governo. Mesmo sabendo disso apresentou razões que, segundo a sua consciência, são suficientemente fortes para que deixe o serviço ministerial na Igreja para entrar na lide da política de partidos. Ouvido o Conselho o Bispo Diocesano aceitou a renúncia do padre e aplicará as normas previstas no Direito Canônico. Deixo claro que isso não diminui a pessoa do padre. Foi uma escolha que fez. Viverá uma nova realidade. Com as alegrias e tristezas que cercam a vida. Provavelmente a comunidade de Socorro, a paróquia de Nossa Senhora da Esperança, no Parque dos Estados onde ele trabalhou e em outros setores onde atuou na diocese olharão esta decisão de forma variada. Haverá os que o apoiarão. Haverá os que dirão que ele deveria continuar no
seu ministério. Certamente o Pe. Jusemildo, confirmada a sua candidatura, será exposto a tudo aquilo que uma campanha política ocasiona. Desde o debate sério das opções ideológicas até as querelas e fofocas sobre a vida pessoal. E terá que aprender a lidar com isso sem perder a serenidade. Eu mesmo lhe perguntei, algumas vezes, se ele tinha “pele de jacaré”. Porque se sabe que, para desbancar algum concorrente, os recursos usados não são sempre dignos. Ficará para o padre, se eleito, lidar com a bancada do partido e das coalizões. E enfrentará desafio quando a posição partidária for diferente do ensino da Igreja nas questões de ordem moral, doutrina social, etc. E, mais ainda, ficará o padrepolítico no universo das alianças que se formam e se desfazem como as nuvens. Há, sem dúvida, um longo noviciado a ser construído entre as velhas raposas do poder.
Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Alexandra Calbilho (mtb: 36 444)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
O entendimento do funcionamento da maquina legislativa, das tramitações das propostas, das jogadas na formação das pautas de debates, nas prioridades das lideranças, no direito do uso da palavra, nas questões de ordem, etc. Somar-se-ão os pedidos dos prefeitos, dos caciques dos partidos, dos cidadãos comuns, dos que ajudaram na campanha... Penso que tudo isso não é ignorado pelo Pe. Jusemildo, meu irmão padre e meu amigo. Só desejo que ele seja feliz na escolha que fez e que retorne, um dia, a viver plenamente seu ministério presbiteral.
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Amor perfeito Um exemplo de casal que há 59 anos inspira filhos netos e uma nova geração
Dna Níve e Seu Francisco Valle – 59 anos de casamento - amor perfeito por JANAINA AVOLETA
“Eu quero você pra sempre, nós dois, do marido. “Muitas vezes eu reunia a família todos os dias” ... A frase que permeia para almoçar e ele não podia estar conosco, uma das cenas mais emocionantes do porque estava trabalhando. Honesto, digno e filme o “Diário de uma Paixão”, bem poderia trabalhador, - nunca ouvi se quer esse homem ilustrar também a vida do casal Nívea Maria falar um palavrão”, relembra com orgulho. Egidio Valle, 79 anos e Francisco de Assis Já as melhores lembranças sempre foram Valle, o Seu Chiquito, de 83 anos – 59 anos embaladas ao som dos choros dos 5 filhos, de casados. As fotos do casal, filhos, genros, o nascimento de cada um sempre marcou a noras e netos espalhados pelo apartamento vida do casal, com o orgulho de ter formado também mostram logo de cara que os dois a prole (advogada, médico, assistente social, tem muito a ensinar aos casais mais novos empresaria e dentista) e de ver o sonho reneste Dia dos Namorados. A relação dos alizado também na vida dos netos. “Nunca dois já passou por bodas de prata e de ouro viajamos, nossa vida foi de muita luta, mas e, mesmo após 61 anos (59 de casamento e nossos netos e filhos deram a volta ao mundois de namoro), só aumentou em admiração, do”, emociona-se a matriarca. respeito e amor. Se a alegria existe pelo Aliás, a palavra amor foi A amo mais sucesso na formação dos uma das mais usadas ainda do que antes filhos, nada ultrapassa o durante a entrevista. O orgulho pela formação consenso já demonstra Chiquito Valle do caráter dos mesmos. a cumplicidade: - Qual o A religiosidade, implicada segredo para a felicidade e longevidade do no amor e respeito ao próximo e na fé que casamento?, pergunto – O amor - ambos ultrapassa barreiras fez com que o casal se respondem. tornasse exemplo aos filhos e netos. “Se A história de amor e luta ,que também vencemos e nos tornamos pessoas de bem, poderia virar filme, teve início em 1949 e foi por causa do exemplo deles”, emociona-se culminou no casamento realizado em 7 de a filha mais velha. Maria Cristina. julho de 1951. Dá união “café com leite”, Humildade e simplicidade são traços como diz Sr. Chiquito, nasceram 5 filhos, marcantes do Seu Chiquito. O espelho da que lhes deram 10 netos e uma linda fa- família Valle joga xadrez e ainda escreve mília,” que veio sempre em 1º lugar”, como bilhetes de amor a sua eterna namorada. enfatiza Dna. Nívea. Com a lucidez de um jovem e a sabedoria No início do casamento tudo era mais difí- dos mais fortes, Chiquito explica que o cil, ela mineira de Extrema, ele paulista de sucesso desse casamento vem do que ele Bragança (por isso a união café com leite), o chama de ‘amor exigente’. “Muita coisa casal optou por morar em Bragança. Como ela está certa, sempre a respeitei, se está instrutor de auto-escola (com o detalhe de doente ela sara para cuidar dos filhos”, nunca ter conseguido fazer a esposa dirigir), orgulha-se, emendando com mais uma Chiquito deu inicio a vida de casado, ao seu linda declaração: “A amo mais ainda do lado, Nívea abriu uma loja de roupas, após que antes”. fechar a auto-escola, o marido foi ser corretor Esse amor, que já inspirou tantos, serviu de de imóveis. modelo e emocionou uma platéia no casaSempre unidos, Nívea lembra-se da batalha mento da neta Marina. O casal entrou com
as alianças dos noivos e na hora da bênção o padre lembrou: - “Se querem ser felizes, sigam o exemplo de seus avós”. Definir amor talvez seja muito difícil, mas Seu Chiquito inspirado conseguiu: “Querer bem o outro, sentir no coração quando o outro está doente, se tem esse amor seguese em frente”. Neste dia dos namorados, com toda certeza, Dna Nívea será presenteada com rosas, como há 59 anos Seu Chiquito faz e ainda dormirá ao seu lado, e sentirá o calor do afago e da preocupação do amado quando seu sono mais profundo chegar e o silêncio pairar. “Eu preciso mais dela, que ela de mim”, declarou. A foto em frente ao quadro ilustra bem a história. O quadro pintado pela filha é de um campo de ‘amor perfeito’. A principal característica dessa flor são as variedades de cores de suas pétalas aveludadas. Resistente, a floração começa no inverno e pode ir além de muitas primaveras...
Comemoração do enlace
Casamento realizado na antiga Igreja Matriz
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Dois horizontes Vitórias marcam a historia de amor de um casal que apesar de dissabores resistiu ao tempo por JANAINA AVOLETA
Dois horizontes fecham nossa vida:
que teve início ainda na década
Um horizonte - a saudade do que
de 50, embalado pelo som de
não há de voltar; outro horizonte - a
Elvis Presley. Naquela época
esperança dos tempos que hão de chegar...
os encontros ainda aconteciam
o trecho do poema “Dois Horizontes” de
na Praça Central, em frente à
Machado de Assis reflete a história de gente
antiga Matriz e foi lá que o casal
que um dia optou por trilhar caminhos em
se conheceu.
parceria, que se emociona ainda ao contar
Como Dna. Dirce morava em Pedra Bela o namoro
histórias do que se passou e ainda tem esperança das alegrias que se pode trilhar juntos. Vencer décadas ao lado de outro ser humano,
Fazer de conta que não vê e que não se ouve determinadas coisas faz parte da relação a dois, afinal devemos relevar muita coisa
Anníbal
limitado como qualquer
de dois anos era intermediado por cartas escritas e enviadas por ônibus até a cidadezinha. Para marcar o casamento, ambos em-
outro é um desafio para uma geração acos-
preitaram uma viagem a cavalo
tumada ao imediatismo do prazer; diferente
até o município de origem da
dos tempos atuais é o desejo de estar junto
noiva e o tão sonhado vestido
e prevalecer sobre os percalços que une por
foi confeccionado pelas mãos
milhares de dias famílias que optaram por se
da irmã de Dna. Dirce.
o relacionamento ter bases sólidas e dar
rante Deus (como ressalta o esposo) ainda
amar e de respeitar ampliando o horizonte
Dois anos de namoro que culminaram no
frutos. Sr. Anníbal fala com orgulho dos 7 ,
carrega a esperança dos novos tempos que
um do outro.
casamento, ocorrido na cidade natal de Dna.
dos 12 netos e da bisneta. Os filhos do casal
graças ao esforço e amor de ambos, não
A história de Dna Dirce Dini Nascimento, 76
Nirce, o jovem Annibal era funcionário pa-
seguem o caminho dos pais, uma delas já
param de chegar.
anos e Sr. Anníbal de Jesus Nascimento, 77
drão da Empresa Elétrica Bragantina, onde
completou bodas de prata e tem
anos é resultado dessa determinação. Cin-
se aposentou, da união nasceram 7 filhos,
mais de 30 anos de casada.
qüenta e quatros anos de união matrimonial,
12 netos e uma bisneta.
Um dos segredos para não desistir
Casamento – casamento celebrado em 28 de junho de 1956
Annibal e Dirce – 54 anos de união
Diferente dos contos de
foi à esperança de dias melhores.
fadas, em que se apregoam
“È sempre acreditar que amanhã
as caricaturas dos amores
pode ser melhor”, explica Sr.
românticos, as lutas do
Anníbal. A tolerância é outro
casal foram muitas: o
segredo semeado todos os dias.
falecimento de uma das
“Fazer de conta que não vê e que
filhas ainda com meses
não se ouve determinadas coisas
de vida e a doença que
faz parte da relação a dois, afinal
acometeu um dos filhos,
devemos relevar muita coisa”,
então com 2 anos de
completa Sr. Annibal.
idade foram fatos que
Dna. Dirce apesar de tímida revela
marcaram a vida, um dos
o que mais admira no esposo: “ele
“baixos”, entre tantos
é um homem trabalhador, bom
“altos e baixos” de uma
pais e muito honesto”, Sr. Anni-
relação a dois.
bal emenda os elogios. “Ela é um
Conhecer cedo a res-
grande mulher, nunca vi alguém
ponsabilidade e algumas
trabalhar tanto, uma grande mãe
durezas da vida, como as
e dona de casa”.
privações e o trabalho,
Ao que tudo indica o compromisso
segundo eles, fizeram
firmado frente aos homens e pe-
curiosidade
Americanos Casados há 86 anos revelam no Twitter o segredo para a felicidade conjugal
Em comemoração ao Valentine’s Day (Dia dos Namorados), dos Estados Unidos, comemorado em 14 de fevereiro, o casal de velhinhos, Herbert e Zelmyra Fisher — que hoje têm 104 e 102 anos de idade convidaram a todos para visitar seu perfil no Twitter, o “longestmarried” Quatorze perguntas foram selecionadas e respondidas pelo casal, com a ajuda de uma neta. Zelmyra e Herbet se casaram em 13 de Maio de 1924 e estão a menos de um ano de quebrar o recorde do casamento mais longo já registrado, que atualmente pertence aos indianos Philipose e Sosamma Thomas, casados por 86 anos. Vale a pena conferir!
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Eclipse eterno
Após 2 anos de namoro à distância, 54 anos de vida em comum unem Dona Odila e Senhor Antônio por JANAINA AVOLETA
Enquanto as estimativas apontam
era tudo novo para nós”, conta Dna. Odila. O
que o número de divórcios aumenta
casamento celebrado no dia 8 de outubro de
a cada dia, mais um casal de Bragan-
1955, na igreja de Santa Terezinha, abençoado
ça vai contra a maré e completa 54 anos de
por Donato, perdura até hoje. “A vida não
casamento. Odila de Oliveira Frige, 74 anos
era fácil, mas o sonho de ter a casinha, o lar
e Antonio Oliveira Frige, 73 estão juntos
da gente, foi mais forte que os obstáculos”,
desde 1950 e mantém viva na memória
alegra-se Sr. Antonio.
as lembranças da vida compartilhada com
De lá para cá são mais de 19 mil dias de
muito amor.
convívio. Eles garantem que a decisão de se
Mesmo depois de tantos anos, o casal ainda
casar, mesmo tão jovens, foi muito boa. “A
sabe muito bem o segredo para uma vida a
prova é que a nossa união dura até hoje”, ressalta a esposa. Da relação
dois. “É ter uma vida de trabalho, a resignação, a tolerância e nunca deixar uma briga se estender”, diz Dna. Odila. Ela lembra cada detalhe da história de amor vivida pelos dois e
Os dois tem que ser bons e aprender a ceder e não se pode casar pensando em separar
Seu Antonio
das dificuldades que per-
pautada na confiança, no amor e no respeito nasceram seis filhos, nove netos e 4 bisnetos. Um dos momentos mais marcantes Sr. Antonio lembra bem: o nascimento do
Dna. Odila e Sr. Antonio – União e fé sustentam 54 anos de união
e aprender a ceder e não se pode casar
mearam a relação “Nós nos conhecemos na
primeiro filho. Foram 12 horas de trabalho
pensando em separar”.
fazenda onde trabalhava, eu era empregada e
de parto. A parteira de Bragança não aten-
Outra coisa em comum e observada em
ele camarada, nós tínhamos 19 anos quando
dia ao telefone e o jeito foi ir a cavalo pela
casais com longevidade na relação é a
nos casamos.
madrugada em busca de outra alma caridosa
fé. É comum ver o casal de braços dados
Antes do grande dia, dois anos se passaram
que pudesse ajudar Dna. Odila a dar a luz
comparecendo as missas na igreja do
com a corte a distância. O namoro era só
ao seu primogênito. “Ela sofreu muito, eu e
bairro onde moram, além disso, o lar pode
de longe, como sol e a lua. Ela trabalhava a
mais um colega saímos pelo mato em busca
ser considerado um santuário, já que as
noite e ele de manhã, não havia encontros,
de uma parteira, íamos abrindo o caminho
orações fazem parte da rotina do casal.
apenas com os familiares. “Eu ficava triste
com lampião”, relembra Sr. Antonio. Doze
“Em todo tempo ele ora, agradece a Deus
porque não o via”, relembra Dna. Odila.
horas depois o marido carregava com alegria
durante todo dia”, conta a esposa.
Antes do casório, no confessionário, até o
o filho nos braços.
Hoje, diferente do passado, Odila
irmão a acompanhou e o lindo vestido de
Muitas coisas em comum unem esse casal e
e Antonio não se largam, e vivem
noiva, foi feito com muito suor, graças ao
a concordância é um modelo a ser seguido.
um eclipse permanente. Ambos não
sol escaldante das colheitas de café. Já os
Discussões não fazem parte do vocabulário
sabem viver sem a presença um do
móveis foram talhados em madeira pelas
e contam orgulhosos que nunca discutiram.
outro. “Ele fala que a vontade dele é
próprias mãos do Sr. Antonio.
“Ele nunca se quer gritou comigo, existe amor
colocar cola em nós, para nunca nos
No dia do casamento a alegria se misturava
e respeito”, conta a esposa. O marido emenda
separamos”, finaliza Dna. Odila,
com o medo. “Tínhamos muita vergonha,
com um conselho: “os dois tem que ser bons
com brilho nos olhos.
Casamento do casal – início da vida em comum
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Casa & Reforma
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Tudo tem seu preço O que compensa (ou nem tanto) na hora de deixar a casa confortável, econômica e saudável tanto para quem está dentro quanto para o mundo lá fora por IARA BIDERMAN /FOLHAPRESS
Em uma definição simplista e ideal, uma casa sustentável é amiga do planeta e do orçamento doméstico, confortável, bonita e saudável. No mundo real, ainda há muita confusão entre o que é apenas marketing verde, para vender produtos ditos ecológicos, e o que é sustentável de fato. E muito mais dúvidas à respeito de quanto custa ou quanto vale a pena gastar para alcançar esse ideal. Além dos argumentos sobre a importância das atitudes que garantem o futuro da humanidade, também é preciso convencer o consumidor de que os produtos para isso não são necessariamente mais caros. Ou que são apenas um pouco mais caros, mas que se pagam com a economia que geram. ‘No último ano, a venda de produtos para a construção sustentável cresceu 30%’, diz Marco Gala, diretor de marketing da Leroy Merlin, cadeia de megalojas de material de construção. Segundo ele, o crescimento do mercado fez os preços baixarem. Mesmo assim, a produção em menor escala e envolvendo uma série de custos extras, como o da certificação, faz com que, na maioria das vezes, o preço final seja mais alto do que opções menos sustentáveis. Mas a coisa começa a mudar de figura. Segundo Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, a economia gerada pelos procedimentos e materiais ecologicamente corretos paga o custo em um tempo relativamente curto. Ferreira participou da criação de um protótipo de casa sustentável de 40 m2, apresentado na Ambiental Expo 2010 no final de abril, em São Paulo. Idealizado pela Fundação Vanzolini e pela Inovatech, a proposta foi criar um projeto de casa popular adotando critérios de sustentabilidade. De acordo com Ferreira, o preço final ficou aproximadamente 10% mais caro que o de uma casa popular padrão. ‘Mas a economia que a casa sustentável gera paga essa diferença em pouco tempo’, afirma. Manuel Carlos Reis Martins, coordenador do Processo Aqua, pondera que melhorar a forma com que a casa se relaciona com o meio ambiente ao longo de sua vida útil, a chamada ecogestão, está diretamente ligada ao melhor aproveitamento de água e energia. Os recursos mais viáveis para deixar a casa
verde são os que trazem esse tipo de economia.Enemtudo é novidade ou envolve alta tecnologia. Os arejadores de torneira, por exemplo, que já existiam muito antes da moda da expressão ‘aquecimento global’, representam uma economia de 10% a 30% de água, segundo Ferreira. Encontrados em qualquer loja de material para construção, os arejadores se encaixam na maioria dos modelos de torneira. As válvulas de descarga de duplo-fluxo, que tem dois botões (para resíduo líquido ou sólido), gastam três ou seis litros de água por descarga. Uma válvula normal gasta, no mínimo, três vezes mais: 18 litros. Bacias com caixa acoplada são as de mais fácil instalação e manutenção, mas há opções de válvulas de parede duplo-fluxo. O custo aqui, para quem tem uma válvula convencional, é fazer a troca, que exige obra, quebrar azulejos etc. Dá uma certa dor de cabeça e gera o lixo da obra. ‘Pensar como serão destinados os resíduos de uma obra também é requisito da construção sustentável’, lembra Martins. Em relação à economia de recursos, as lâmpadas frias são os produtos que mais rapidamente ‘fecham a conta’, segundo Luiz Henrique Ferreira. Elas podem custar até quatro vezes mais do que uma lâmpada incandescente, mas duram sete mil horas, contra as duas mil horas da lâmpada comum. A pior parte, que é a iluminação fria e com cara de hospital das lâmpadas fluorescentes antigas, foi parcialmente resolvida com o surgimento de lâmpadas frias em diferentes ‘temperaturas de cor’, como a amarela, que produz um efeito mais próximo da incandescente. Já a lâmpada LED, com tecnologia mais avançada e maior economia de energia, é a mais cara de todas. É indicada para quem quer pagar o preço de uma iluminação cenográfica, embutida no teto ou em spots. Entrando na seara de quem quer e pode pagar, o céu é o limite. Aqui, paga-se o preço da tecnologia, do design e da grife. Se, no lugar da casa popular, a proposta é uma cobertura de 400 m2 na região dos Jardins, em São Paulo, as exigências do projeto aumentam a demanda por produtos mais sofisticados. ‘Mas temos que buscar eficiência, não desperdício. O custo da decoração e da manutenção devem ser ajustados’, afirma Paola Figueiredo, viceFOTO: RODRIGO CAPOTE/FOLHAPRESS
Cisterna para captar água da chuva na Casa Aqua, na Expo Ambiental
FOTO: RODRIGO CAPOTE/FOLHAPRESS
Casa Aqua, protótipo de uma casa sustentável, na Expo Ambiental
presidente do grupo Sustentax, que atua na elaboração de projetos de sustentabilidade. Um dos trabalhos do grupo é justamente a reforma da tal cobertura nos Jardins segundo os critérios de sustentabilidade. ‘Eles são compatíveis com o bom gosto e o conforto. A casa não precisa ser quase uma oca’, diz Figueiredo. O conforto-luxo, permite, por exemplo, economizar água e luz sem ter de se preocupar com isso. Sensores eletrônicos se encarregam de desligar a luz, quando não há ninguém no ambiente e as torneiras se fecham automaticamente. Como tudo isso pode ser feito manualmente, a pergunta é: qual preço a pessoa quer pagar, o financeiro, na compra do produto, ou o de se envolver de fato na mudança de hábitos para uma vida mais sustentável? Além das intenções de cada um, o preço de ser verde depende das condições de cada casa e dos hábitos de seus moradores. O painel de aquecimento solar, um lugar-comum da sustentabilidade, não é barato. Mas Luiz Henrique Ferreira afirma que a coisa se paga em dois anos, se a instalação for fácil (por exemplo, quando se está construindo uma casa e ele foi pensado desde o projeto). Para instalar um painel desses em uma casa pronta, não tem jeito: é obra, gera entulho e nem sempre fica bom. O custo, nesse caso, é uma incógnita. Já a placa fotovoltaica, um equipamento mais sofisticado que transforma a luz solar em energia elétrica, entra para o grupo dos produtos que não fecham a conta. Segundo Ferreira, é precisa economizar energia com a placa por 50 anos para o investimento zerar. Cisternas para captar água da chuva podem sair caro ou barato. Se há jardim para regar, varanda para lavar e tubulação para levar a água captada para os vasos sanitários, o investimento se paga. Se não, é guardar água para nada. Calcular a relação custo/benefício pode ser uma balde de água fria nas boas intenções de quem quer fazer as pazes com o meio ambiente. E o cálculo não é só o preço final de cada produto, mas pensar no objetivo e alcance de cada coisa. Se separar o lixo é uma forma, barata inclusive, de ser mais sustentável, de nada adianta a boa vontade se não houver um esquema de coleta seletiva no bairro, certo?
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CRÍTICA/’A ESTRELA FRIA’
Antenado
Poeta canta a saudade em retalhos Em versos livres e nostálgicos, José Almino cria mosaico melancólico por MARCELO TÁPIA /FOLHAPRESS
Feita de palavras ‘arrancadas do que passa e não importa’, a poesia de ‘A Estrela Fria’ canta o longínquo, presentificado por lampejos de uma ‘saudade de pedra’ que ‘jaz no fundo do poço’, mesmo sob o ‘azul do mais azul dos sóis a pino’. Da saudade, seja ela de um amigo morto ou da própria infância, José Almino constrói uma ‘vida a retalho’, feita de centelhas do passado que se manifestam, por epifanias, embora seja ausência que ‘inundará minha alma’. Os estímulos do dia, por mais passageiros ou ínfimos, como a ‘carícia da poeira’, ‘trazem a eternidade da infância esfacelada’. Ainda há lugar para a ‘saudade’ na poesia? Como mera manifestação da função emotiva da linguagem, pode-se dizer que não. Mas, quando se leem os poemas de Almino, a nostalgia que os impregna parece partir-se em reflexos de um eu multiplicado (ou dividido), em muitos eus que não encontram seu lugar e o buscam num tempo de passagem, a unir lembranças que adquiram sua permanência
não nos seres, mas nas palavras. Não há mais coisas porque essas se vão, se foram; as palavras são apenas ‘sombra das coisas’, mas há o recurso de torná-las coisas para que as recordações se concretizem em novo mosaico feito e desfeito: ‘A infância se esfacela brutal / diante dos olhos passados e adiante, no poema’. Se a ‘água fria’ lambe ‘nossos dias’, a lembrança será árida: biografia ‘inóspita como um bife malpassado’. Luta-se, sim, contra a saudade: ‘limpa, limpa/ limpa/ a puta/ desta nostalgia’; há, porém, a persistência dos momentos acumulados por teimosia: ‘Humilhado,/ triste, velho e burro./ Haja relho,/ haja orgulho’.
Memória e exílio Como a infância no Recife, que teima em perdurar em palavra, mesmo quando se afirma o contrário (‘um domingo enxuto,/ sem infância’), o tempo no exílio vivido pelo poeta resta-lhe como motor de sua melancolia seca, que se indigna com a própria existência,
como na ‘Canção do Exilado’, a evocar, em reverso, o Salmo 137. A poesia de Almino, feita em versos livres, parece oscilar entre a prosa cotidiana eternizada e a poesia absorvida, enxuta; incorpora citações, faz suas as vozes que ecoam na memória, encaixando-as em ocos reservados nos próprios versos. Mas há também, na forma, ‘citação’ de medidas, um dos pontos altos desta poesia que entende o amor como ‘um longínquo solilóquio’ são estes versos heptassílabos: ‘E a tua boca é um traço,/ no mesmo prumo do riso,/ no mesmo desembaraço/ do teu olhar, sempre oblíquo,/ punhal aflito em ferida,/ sangrando bem na medida/ dessa saudade tão rara’. MARCELO TÁPIA, poeta e tradutor, é autor de ‘Valor de Uso’ (Annablume) e diretor da Casa Guilherme de Almeida em São Paulo
José Almino
A ESTRELA FRIA
Autor: José Almino Editora: Companhia das Letras Quanto: R$ 31 (80 págs.) Avaliação: bom FOTO: BEL PEDROSA/DIVULGAÇÃO
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Teen
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Meninas que remam Elas madrugam, perdem aulas e economizam cada centavo para viajar
por TARSO ARAUJO /FOLHAPRESS
Eram 6h45 da manhã de um domingo que começava nublado e frio, quando Gabriela Leite, 17, entrou com sua prancha no mar. Em jejum. “Fico muito nervosa e enjoo. É difícil comer. Prefiro assim”, diz. O nervosismo era generalizado entre as meninas que disputariam as finais do Circuito Petrobras de Surfe Feminino, no final de abril, na praia do Tombo, no Guarujá (SP). Não era para menos, porque todas ali também têm outra coisa em comum. “Meu sonho é ser surfista profissional”, diz Bárbara Segatto, 16. A tarefa não é simples. A carreira de muitas delas vai, literalmente, morrer na praia antes de elas pagarem suas contas com prêmios e patrocínios. Um dos primeiros desafios das jovens é justamente lidar com o frio na barriga e a pressão por resultados. Surfar é paz. Competir é outra coisa. “A gente fica velha mais cedo”, diz Dominik Pupo, 14, filha e irmã de surfistas que já competiram em circuitos internacionais de surfe. “Tem que saber perder, mas é duro. Ontem perdi de cara, hoje também. Por cima, tô bem. Mas eu mesma, por dentro, tô mal”, diz. Gabriela Silveira, 21, saiu nervosa da água, ao perder a final da sua categoria. “Não surfei nada. Foi minha pior bateria”, diz, a prancha ainda debaixo do braço, os olhos fixos no mar e uma lágrima escorrendo.
Competir é viajar Outra dificuldade é o dinheiro. Como os campeonatos acontecem em praias de vários Estados do Brasil, do Nordeste ao Sul, competir pode sair caro. A equipe de Ubatuba (SP), por exemplo, tem apoio da prefeitura, e teve uma van para ir e voltar nos dias de campeonato. Alexia Jeri, 17, veio do distante Peru para outra competição. “Aproveitei para ficar um pouco mais e disputar esse também. Estou hospedada na casa de um amigo”, diz, entregando outra tática de economia. Muitas surfistas fazem amizade e dormem umas nas casas das outras, para não gastar com pousadas ou hotéis. Gabriela Silveira veio de Natal (RN), a cerca de 3.000 quilômetros do Guarujá, e também ficou numa casa de surfistas. Ela tem um patrocínio, mas economiza ao
máximo para poder pagar todas as passagens com o dinheiro que ganha. Estudante de biologia, ela era a única universitária disputando o campeonato e estava preocupada com as aulas. “Perdi dois dias, na faculdade e no inglês”, diz a estudante, que não pensa em parar de estudar por causa dos torneios. “Eu amo o surfe, mas tenho que conciliar, porque são poucas as pessoas que vivem bem só do esporte.” Outras tomam o caminho oposto. Gabriela Leite começou a se destacar cedo e com 12 anos já tinha patrocínio. Os resultados vieram rápido, ela se profissionalizou logo e parou de estudar na 8ª série. Bárbara Segatto, 16, também fez uma pausa neste ano. “Parei para me dedicar totalmente porque é minha hora de me destacar”, diz a jovem, que pretende voltar à escola para concluir o segundo grau. No Guarujá, “dedicar-se totalmente” foi disputar quatro categorias: a mirim (surfistas de até 16 anos), a júnior (até 18), a open (livre) e a profissional. No sábado, ela perdeu a conta de quantas baterias disputou. “À noite, tava com os braços doendo tanto que tomei dois analgésicos para conseguir dormir”, diz. No domingo, Bárbara pode comemorar a vitória na categoria mirim. E vai continuar, como as outras, remando muito para chegar um dia na crista da onda.
Na elite mundial do esporte, Bruna Schmitz fala sobre o lado bom e o ruim do seu trabalho Enquanto as meninas remavam no Guarujá (SP), sonhando em chegar à elite do surfe mundial, a paranaense Bruna Schmitz já curtia essa realidade, com apenas 20 aninhos recém-completados. Mas a vida dela não estava nada mansa lá do outro lado do mundo, na Austrália, onde disputava uma etapa do WCT (World Championship Tour), campeonato que reúne as melhores surfistas do mundo. “Não fiz resultados muito bons nas provas da Austrália. Tenho que me manter entre as dez
FOTO: ADRIANO VIZONI/FOLHA IMAGEM
A peruana Alexia durante free surf na primeira etapa do Circuito Petrobrás de Surf Feminino, disputado na praia do Tombo, no Guarujá FOTO: ADRIANO VIZONI/FOLHA IMAGEM
primeiras para continuar no campeonato no ano que vem”, diz a surfista. “Não é nem um pouco mole. Quando a água está gelada, dá preguiça. Dá saudade, às vezes me sinto sozinha. Sinto falta da comida da minha mãe, de falar português. E é difícil manter a constância”, diz. Tem até tubarão entre os problemas. Uma das praias em que ela competiu este ano, na Austrália, é famosa pela quantidade de tubarões. “O mar é fundo e escuro, você olha A surfista Gabriela Silva durante a primeira etapa do Circuito Petrobrás de Surf Feminino, para baixo e não vê disputado na praia do Tombo, no Guarujá nada. Ano passado, uma menina viu com a natureza. um tubarão e saiu assustada do mar. Eu E a chance de sempre descolar um momento morro de medo.” para o que mais gosta de fazer: surfar pelo
Sol e água fresca Mas nem tudo é reclamação, é claro. Bruna fez amizades - no Havaí e em Portugal, onde esteve no fim de semana passado, ela fica na casa de amigas. Outro aspecto legal, segundo ela, é a oportunidade de conhecer diferentes culturas e idiomas, além do contato constante
puro prazer de surfar. “É muito bom pegar onda com os amigos, dando risada, se divertindo. É bom estar na praia todo os dias”, diz Bruna. Ah, e não dá para esquecer da poupança, que acumula mais de R$ 110 mil em prêmios. “Guardo tudo numa conta separada. Quero comprar uma casa e um carro.”
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Informática
&
Tecnologia
Gigantes disputam espaço na nuvem Microsoft fecha parceria com o Facebook e mostra suas armas para enfrentar o poderio do Google na internet por ALEXANDRE ORRICO/FOLHAPRESS FOTO: RODRIGO CAPOTE/FOLHAPRESS
Em parceria com a rede social Facebook, a Microsoft anunciou no final de abril mais uma arma para enfrentar o poder do Google na internet. O serviço Docs.com vai permitir que você não só crie e arquive textos e planilhas diretamente na internet, mas também que avise imediatamente a sua rede de amigos. Trata-se de uma tentativa de conquistar usuários do serviço Google Docs, um dos exemplos de sucesso da chamada computação em nuvem, que usa a capacidade computacional e de armazenamento de terceiros, via internet. Esse é um mercado que movimentou US$ 46,4 bilhões no ano passado, segundo cálculos da empresa de pesquisas Gartner, que prevê um salto de faturamento para US$ 150 bilhões em 2013. A oferta de programas para produção e edição de documentos on-line é apenas uma vertente dos serviços da nuvem, há em desenvolvimento um enorme leque de serviços para empresas, como análises de comportamento de consumidores, mas é a que mais diretamente afeta o internauta comum. Você pode, por exemplo, deixar de comprar e instalar em seu computador uma batelada de programas de escritório. Além dos superpoderosos Google, Microsoft e Facebook, outros contendores aparecem na parada. O multitarefa Zoho, por exemplo, conta com 19 programas além do manjado trio texto-apresentação-planilha. Já o Acrobat. com, da Adobe, tem design mais sofisticado e oferece uma versão paga, além da gratuita, mais simples. Eles são a ponta de lança do que o diretor de inovação da Microsoft, Paulo Iudicibus, chama de ‘uma maiores revoluções da industria da computação’. Apesar da grandiloquência, ele simplifica: ‘Computação em nuvem não é nada mais do que a internet. Para sofisticar um pouco mais: é usar serviços de informática em computadores que você não sabe onde estão localizados’. Um problema, porém, quando uma pessoa ou empresa entrega seus arquivos para terceiros, colocando informações importantes na rede, é a questão da segurança dos dados. ‘Você não deve colocar na rede documentos e arquivos que você não daria para outra pessoa guardar’, diz Alexandre Sieira, diretor operacional da Cipher, empresa especializada em segurança virtual.
Conheça melhor as funções do Docs.com Aplicativos simples de usar e interface familiar são as vantagens da Microsoft nessa batalha por um lugar nas nuvens. A suíte de escritório on-line, baseada na versão 2010 do Office, fará qualquer usuário do pacote se sentir em casa ao manusear as ferramentas. Apesar de não ter todas as funcionalidades da versão off-line, o Docs (docs.com ou facebook. com/docs) dispõe dos principais recursos. Por enquanto, o site não está liberado para quem quiser utilizá-lo, ele está disponível apenas para internautas convidados. Você pode deixar seu nome na lista de espera no site docs.com. É preciso ter uma conta no Facebook para participar. A iniciativa em conjunto das duas gigantes ,
de um lado, a Microsoft com seu Office e 500 milhões de usuários; do outro, o Facebook, maior rede social do planeta, com mais de 400 milhões de participantes, é um conjunto de ferramentas para criar documentos na nuvem e compartilhá-los com amigos do Facebook. A integração com a rede social é total: os documentos criados aparecem para os contatos da rede da mesma forma que as atualizações e poderão ser vistos no perfil do usuário, assim como fotos ou recados. O criador pode chamar quem quiser, com ajuda do Facebook, para ajudar a editá-lo. A interface do programa é bem simples. Em poucas abas você tem as opções de ver os arquivos de amigos ou subir seus próprios documentos para o serviço. Um link direto permite ao usuário ir do Docs para o Facebook sem senhas ou páginas adicionais. Os tipos de arquivo são os básicos do pacote Office: apresentações do PowerPoint, planilhas do Excel e textos do Word. Os mesmos mecanismos de privacidade utilizados para as fotos da rede social podem ser aplicados também aos documentos. O usuário controla quem edita e até mesmo quem visualiza os arquivos postados. Também é possível incluir ou retirar a aba Docs do seu perfil no Facebook. Uma observação importante: o sistema ainda não permite a edição em tempo real por duas ou mais pessoas, como o concorrente Google Docs faz. Sobre a conexão com outras redes sociais, a Microsoft informa que o foco é o Facebook, e que a integração com outras mídias não está prevista.
Pacote on-line da Adobe se destaca por visual arrojado
por AMANDA DEMETRIO/FOLHAPRESS
O Acrobat.com é uma opção mais bonita e com boas possibilidades para a exportação de arquivos para quem pretende administrar e compartilhar documentos on-line. O pacote tem versões paga e gratuita e foi criado pela Adobe, empresa mais conhecida por desenvolver softwares como o Flash e o Photoshop. O pacote on-line de programas oferece ao usuário a opção de criar arquivos de texto por meio do Buzzword, por exemplo. O usuário pode escolher fonte, cor da letra, alinhamento do texto e até o espaçamento entre as linhas. Também existe uma opção para a montagem de apresentações, semelhante ao Microsoft PowerPoint. O programa oferece bons layouts de modelo, o que facilita a criação de slides com aspecto profissional. As possibilidades dadas aos documentos mostram que o pacote faz um bom trabalho na exportação de arquivos, sem perder no caráter colaborativo, facilitado, por exemplo, pela inserção de comentários nos documentos. A exportação de arquivos criados no Buzzword para formatos como o PDF e o DOC são ilimitadas mesmo na conta gratuita. Mas, se o documento tiver sido gerado em um programa de fora do pacote, o Acrobat.com o converte para PDF apenas cinco vezes na conta grátis. A conta paga sai de US$ 14,99 a US$ 39 ao mês. Um ponto fraco do pacote é não ser traduzido
Steve Ballmer, executivo-chefe da Microsoft, em palestra na USP no dia 28, quando revelou que “70% dos 40 mil profissionais responsáveis pelo desenvolvimento da empresa projetam exclusivamente para a nuvem
para o português, apesar de o corretor de texto reconhecer a língua.
Google Docs investe em novos recursos
Pacote de escritório on-line permite editar documentos e armazenar qualquer tipo de arquivo por RAFAEL CAPANEMA /FOLHAPRESS
Sinônimo de buscas na internet, o Google também quer, com seu Google Docs (docs. google.com), ser o líder em pacotes de escritório on-line. Para usar o serviço, disponível em português, é preciso criar uma conta gratuita. O Google Docs é composto por quatro módulos: Documentos (para arquivos de texto, equivalente ao Word, da Microsoft), Planilhas (para arquivos do Excel), Apresentações (para arquivos do PowerPoint) e Desenhos (para a criação de gráficos e diagramas). É possível ler e editar no Google Docs documentos do Microsoft Office, do OpenOffice e do StarOffice Writer, além de arquivos em formatos como RTF, HTML e TXT. Você pode criar um documento a partir do zero ou fazer o upload de arquivos compatíveis armazenados no seu computador. A conversão, porém, nem sempre é perfeita. Alguns arquivos mais complexos podem ser exibidos com defeitos em relação ao formato original. Um dos principais recursos do Google Docs é o de compartilhar documentos com outras pessoas, que podem editá-los ou apenas visualizá-los. Para fazer isso, abra um arquivo, clique em Compartilhar e em Convidar pessoas. Depois, é só preencher os endereços de e-mail delas, separados por vírgulas, e clicar em Enviar.
Novidades Diante da oferta cada vez maior da concorrência, o Google anunciou uma batelada de recursos novos para o serviço nos últimos meses. Tornou-se possível, a partir de janeiro, armazenar qualquer tipo de arquivo no Google Docs, não só documentos. Os usuários têm direito a 1 Gbyte, e cada arquivo individual não pode passar de 250 Mbytes. Em 12 de abril, a empresa anunciou um ‘novo Docs’, ‘reconstruído’, trazendo recursos como margens reais, aperfeiçoamento na conversão de arquivos, um novo sistema de comentários e a possibilidade de ver em tempo real o que outros colaboradores estão escrevendo no documento. Para ter acesso a algumas dessas novidades, é preciso habilitar o novo editor. Na tela inicial do Google Docs, clique em Configurações e, depois, em Configurações - Docs. Clique na aba Editing e marque a opção Crie novos documentos de texto usando a versão mais atual do editor de documentos. FOTO: REPRODUÇÃO
Tela do serviço Docs.com, pacote de aplicativos on-line FOTO: REPRODUÇÃO
Tela de slide de apresentação, criada no serviço Acrobat.com
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Comportamento
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De porto em porto Conhecer novas culturas é a principal vantagem para os teens que não param em canto nenhum por IURI DE CASTRO TÔRRES /FOLHAPRESS
Jonathan Müller, 16, nasceu em Joanesburgo, na África do Sul. Aos três anos, mudou-se para Munique, na Alemanha, onde passou sete anos. De lá, foi para Tóquio, no Japão, antes de chegar a São Paulo, em 2007. Carlos Eduardo Fantini, 16, nasceu em Três Corações (MG), mas só morou lá por dois meses - foi para São Miguel do Oeste (SC), onde passou dois anos antes de se mudar para o Rio de Janeiro por um ano. A peregrinação do adolescente passou ainda por Amambai (MS), por Brasília e por Campinas (SP). “É difícil se adaptar”, diz Mariana Lyrio, 16. Ela já morou nos Estados Unidos, na Argentina e na China. “Agora, estou bem em Brasília.” Além da idade, os três têm em comum os motivos de tantas mudanças: a profissão de seus pais. Eles são filhos de diretor de empresa internacional, de militar e de diplomata, respectivamente. Para os jovens, largar tudo para trás para acompanhar a família é, acima de tudo, um aprendizado - com pontos bons e outros... nem tanto. Mariana diz que aprender novas línguas é a FOTO: ANDERSON SCHNEIDER/FOLHAPRESS
melhor parte em sua vida de “andarilha”. Ela é fluente em francês, espanhol e inglês, além de arriscar algumas palavras em mandarim. “As perspectivas educacionais e profissionais aumentam”, diz Rafael Doratioto, 19, que é filho de diplomata e morou no Paraguai e na Suíça.
Hora do adeus “Dar tchau para os amigos” foi a resposta mais ouvida pela reportagem para a pergunta: “Qual a pior parte de não parar em canto nenhum?” Gabriel Lundgren, 16, filho de um coronel do Exército, tenta manter contato com os amigos que fez em Recife, Palmas, Washington (EUA) e Brasília. “Mas é difícil”, reconhece. Fantini deixou uma namorada em Campinas. “Namoramos dois anos à distância, mas não deu certo”, conta. Leonardo Puntel, 21, que já acompanhou o pai, almirante da Marinha, a São Francisco e Virgínia (EUA), Natal, Brasília e Rio Grande (RS), é mais prático: “Nem namorava, para não ter de me separar”.
Cada um, cada um “Aproveitar a experiência depende da idade da pessoa e da cidade”, diz Leonardo. Ele não gostou de morar em Rio Grande aos 16 anos. “Não tinha nada de bom para fazer”, diz. Seu irmão mais novo, Luiz, que na época tinha 12 anos, adorou. “Fiz vários amigos e já voltei para visitálos”, conta. “Não tenho um lugar Carlos Eduardo e Gabriel no mundo”, diz Jo-
FOTO: FELIPE FITTIPALDI/FOLHAPRESS, FOLHATEEN
nathan, filho do diretor de uma empresa alemã. Para ele, mudar-se é, principalmente, uma oportunidade de conhecer novas culturas. “Todos os povos são diferentes e pude ver como é cada um.”
Meu melhor amigo, o MSN Quando bate a saudade dos amigos que estão longe, todos os teens têm uma estratégia em comum: correr para o computador e conectar-se ao MSN. “É o jeito mais fácil de falar com os amigos mais próximos”, diz Mariana Lyrio, 16. “O contato on-line ajuda a manter a amizade, mas não é a mesma coisa”, conta Carlos Eduardo Fantini, 16, que volta e meia retorna a Campinas (SP). Orkut, Facebook e Twitter também ajudam na hora de não perder contato, mas são considerados mais “impessoais”.
Leronardo Fernandes Puntel mostra as lembranças que guarda dos lugares onde morou. Entre as principais, estão as camisas de futebol que ele mostra com orgulho
Mudar-se é aprender, diz especialista “Constantes mudanças exercitam no jovem o aprendizado de que nada é definitivo.” As palavras são do psiquiatra Içami Tiba, autor de livros sobre adolescência como “Adolescente: Quem Ama, Educa”. Mudar-se na adolescência é mais complicado do que na infância, afirmam os especialistas. Segundo Vera Belardi, psicóloga da Unifesp, para muitos adolescentes é necessário haver
um porto seguro. Tiba lembra que esse “cais” nem sempre é uma cidade. “Quando o jovem faz amigos e cria vínculos pessoais acima do “coleguismo”, fica difícil o entrosamento em outros grupos.” Segundo o médico e escritor, os teens nessa situação tendem a ser mais “globalizados”, no sentido de se adaptarem melhor a circunstâncias variadas. Belardi diz que as perdas são inevitáveis, mas os jovens têm de aprender a “elaborá-las”: “Há sempre o lado positivo, como conhecer novas culturas e até uma nova língua”, diz.
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Seus Direitos e Deveres
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colunadoconsumidor@yahoo.com.br
FURTO DE VEÍCULO EM ZONA AZUL GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA/ GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA
Quando você estaciona seu veículo
danos causados ao veículo durante o
tributo que não está vinculado a nenhu-
Polícia, levando as testemunhas para
em zona azul paga por esse servi-
período em que ele se encontra sob a
ma atividade estatal específica relativa
serem ouvidas pelo Delegado de Polícia
ço público prestado diretamente
sua vigilância.
ao contribuinte, ou seja, não exige uma
quando houver. É importante guardar
pela Administração Pública Municipal
Há de se ressaltar que o período que
contraprestação estatal destinada dire-
uma cópia do Boletim de Ocorrência e
ou, em muitos casos, indiretamente por
veículo encontra-se sobre vigilância da
tamente ao contribuinte.
anotar o nome, endereço e telefone das
meio de empresa permissionária. Em
Administração Pública ou de quem lhe
O valor pago pelo motorista a título
testemunhas, pois essas informações
contrapartida, estas pessoas jurídicas
faça às vezes corresponde aquele previsto
de zona azul possui natureza de tarifa
servirão para instruir eventual ação de
passam a ser responsáveis pela guarda e
no cartão de estacionamento, vencendo
quando a cobrança é feita pela empresa
indenização por danos materiais.
vigilância do veículo pelo período con-
o cartão sem que seja renovado, ou outro
terceirizada e apesar de neste caso se
Em se tratando de serviço prestado por
tratado quando do preenchimento do
colocado em seu lugar, cessa a responsa-
permitir o lucro destas empresas, exige-
empresa terceirizada é prudente comu-
cartão de estacionamento.
bilidade destas pessoas jurídicas.
se que ao contribuinte seja fornecida a
nicar o fato a ela, por escrito, perma-
É certo que Zona Azul, como assim se
O valor pago pelo motorista possui natu-
contraprestação específica.
necendo com uma cópia, devidamente
denominou o estacionamento rotati-
reza de taxa quando cobrado diretamente
Desta forma, como a cada obrigação
vo pago, foi criada com o objetivo de
pela Administração Pública, instituída em
deve corresponder um direito, o Poder
Caso o dano não seja ressarcido de
promover a rotatividade das vagas exis-
razão do exercício do poder de polícia do
Público ou a empresa permissionária de
forma amigável será necessário ajuizar
tentes, racionalizando o uso do solo em
Estado. Poder de polícia é a faculdade de
serviço público, porque aufere vantagem
ação indenizatória no Poder Judiciário
áreas adensadas, disciplinando o espaço
que dispõe a Administração Pública para
econômica, deve suportar um ônus cor-
requerendo o que de direito.
urbano e permitindo maior oferta de
condicionar e restringir o uso, o gozo de
respondente.
Há de se ressaltar que o consumidor
estacionamento.
bens, atividades e direitos individuais, em
Pode-se dizer inclusive que a relação que
possui o direito de ser indenizado pelo
Contudo, optando o Poder Público
benefício da coletividade ou do próprio
se forma entre o motorista que adquire o
furto ou avaria em seu veículo mesmo
pela cobrança de remuneração de esta-
Estado, nesse caso, o direito de ir, vir e
cartão de zona azul e a administração ou
que possua seguro particular.
cionamentos em vias públicas de uso
permanecer nos locais publicos.
a empresa terceirizada possui natureza
E ainda, que aquele motorista que rece-
comum do povo, tem o dever de vigiá-
A base de cálculo da taxa deve traduzir
consumerista.Devendo os órgãos públi-
beu aviso ou multa em razão de não ter
los, com responsabilidade por danos
o custo do Estado com o exercício do
cos ou empresas permissionárias prestar
colocado em seu veículo o cartão de zona
ali ocorridos.
poder de polícia ou a prestação do ser-
o serviço público de forma adequada,
azul, desde que esse fato seja devidamente
Isto porque tal cobrança, embora se preste
viço público, não havendo espaço para
eficiente e segura.
demonstrado pelo poder público, não terá
a garantir a rotatividade de veículos nestes
obtenção de lucro com a cobrança dessa
Em sendo assim, havendo furto de veículo
direito a ser indenizado, sob pena restar
locais, restringe o direito fundamental de
espécie tributária. Em outras palavras:
estacionado na zona azul incumbe a eles
configurado o seu enriquecimento indevido.
ir, vir e permanecer, garantido pelo artigo
a instituição e a cobrança de taxa serve
indenizar o consumidor lesado. E sendo
Como ressaltado, a cada obrigação deve
5º, inciso XV, da Constituição Federal, ao
para que o Estado, unicamente, reponha
esta responsabilidade objetiva, não é pre-
corresponder um direito, descumprida
impor aos cidadãos a obrigação de arcar
os cofres públicos pelo gasto experimen-
ciso que o consumidor prove que houve
a obrigação ausente é o direito que dela
com determinado preço para terem a
tado pela atividade estatal diretamente
negligência, imperícia ou imprudência na
resultaria caso fosse observada.
permissão de estacionar seus automóveis
dirigida ao indivíduo.
prestação do serviço, mas tão somente
Lutem por seus direitos!
nas vias públicas.
Por isso, é imprescindível que o contri-
que o veículo quando subtraído estava
Até a próxima!
Configura-se situação de injusta vanta-
buinte seja beneficiado diretamente pelo
sob a guarda daqueles.
gem do Poder Público, a exploração de
seu pagamento, caso contrário estar-se-ia
Recomenda-se que o consumidor comu-
estacionamento remunerado isentando-
falando de outra modalidade de tributo,
nique o furto à autoridade de trânsito
o de qualquer responsabilidade pelos
qual seja, o imposto. O imposto, sim, é
e registre a ocorrência na Delegacia de
protocolizada.
Advogados Gabriela de Moraes Montagnana OAB/ SP 240.034 Gustavo Antônio de Moraes Montagnana OAB/ SP 214.810
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Jornal do Meio 539 sexta 11 • junho • 2010 INFORME PUBLICITÁRIO
1ª Expo Noivas e Debutantes de Bragança Tudo para o grande dia: Evento reúne em um só lugar profissionais de diversos segmentos
por JANAINA AVOLETA
O dia do casamento é especial para de casamentos fotográfico ou em CD, a muitas pessoas, para as noivas então, decoração e arranjos feitos com balões, os costuma ser um sonho!Porém, para chinelos personalizados para convidados e chegar no dia com tudo pronto é imprescindível padrinhos e os novinhos personalizados. um planejamento. Para as Posar com lingerie sexy, noivas afoitas, uma boa ou totalmente à vontade, O casamento envolve notícia: Bragança Paulista para as lentes de um muitas dúvidas vai sediar nos dias 12 e e questões, e a profissional também 13 de junho a 1ª Expo feira busca colocar não será mais privilégio Noivas e Debutantes. num só lugar todos das estrelas da TV. Desesses profissionais de que Manoel Carlos, Idealizado pela empresária gabaritados, garantindo autor da novela global Ana Carolina Sgreva, com praticidade aos clientes “Viver a Vida”, colocou apoio de Chris Oliveira, Fotografia) a 1ª edição do evento Ana Carolina (Imagen’s no horário nobre a persoorganizadora do evento busca atrair pessoas que nagem Ingrid, a procura buscam praticidade na de “mulheres reais” por definição dos melhores serviços e produtos books sensuais só aumenta, pensando nesse para o grande dia. segmento que está em alta, a 1ª Expo Noivas A Expo Noivas de Bragança vai contar com e Debutantes terá um stande especial para a presença de expositores nas áreas de apresentar esse trabalho para as noivas de foto-filmagem, decoração, dia da noiva, assessoria e cerimonial, música, topo de bolo, biscuit, convites, , agências de viagens para lua de mel, DJ, buffet, locação de carros, lembrancinhas e, é claro estilistas. Ao invés de rodar a cidade e região procurando os melhores fornecedores, noivas e debutantes terão a oportunidade de conferir num só lugar 22 expositores de todos os segmentos de festas e casamentos, com até 3 fornecedores de cada ramo, vindos de toda região e também de São Paulo. De acordo com Ana Carolina o mercado de casamento é um grande nicho de mercado, só em Bragança baseado em pedidos de orçamentos, são realizados 3 casamentos por final de semana. O evento vai buscar atingir todos os públicos, com orçamentos para todos os bolsos e muita novidade. “O casamento envolve muitas dúvidas e questões, como eleger a trilha sonora do grande momento, escolher o profissional que irá registrar cada momento importante do dia tão aguardado entre outras questões, e a feira busca colocar num só lugar todos esses profissionais gabaritados, garantindo praticidade aos clientes.”, explica Ana.
Novidades do segmento Lançamentos como o álbum panorâmico - padrão italiano scatola - estará à mostra, bem como mimos, como o convite
durante o evento serão realizadas diversas Bragança e região. O objetivo é mesmo fazer a mulher se promoções e sorteios de brindes. O evensentir uma deusa e de quebra presentear o to acontece das 10h00 às 18h00, nos futuro marido. Especialistas garantem que dias 12 e 13 de junho, no Buffet Chris o book sensual faz um bem enorme para a Oliveira, localizado à Av. Dom Pedro autoestima e pode dar uma bela aquecida I – 1580. A entrada é gratuita. no relacionamento, atingindo mulheres de todas as idades e ajudando a revelar a sensualidade de cada uma delas. 10 DICAS PARA SER UMA NOIVA CONFIANTE “Os profissionais envolvidos nesse ramo são experien1- Tenha calma, pense que todas as noivas passaram por tes no setor e tem situações semelhantes. No final, tudo corre bem! Organize-se inclusive parcerias com tempo. com lojas de lingeries”, garante Ana 2- Não permita que se metam em todas as decisões. O mais Carolina. importante é fazer a sua vontade e lembrar-se que este dia é Vale lembrar que irrepetível e único.
3- Não se queixe por tudo e por nada. Ande bem disposta e, se possível, torne este tempo um momento de felicidade. 4- Idealize a perfeição, mas não se esqueça que a vida não é igual aos contos de fada. Por isso, seja realista e adapte o casamento às possibilidades. 5- Crie uma agenda especial só para este tempo de preparação. Uma noiva organizada é, certamente, uma noiva mais tranquila e mais confiante. Comece por tratar das grandes questões e deixe os pormenores para mais tarde! 6- Aceite ajuda dos seus amigos e familiares. Não queira ser a super mulher. Partilhe tarefas e delegue em quem poder ajudar. 7- Não deixe que a vida ande só à volta do noivado e preparativos. Tente ter tempo para as tarefas habituais, os seus amigos e se possível continuar a fazer as coisas que gosta. Caso contrário, quando chegar ao dia do casamento, irá estar demasiada esgotada! 8- Seja exigente, mas não intolerante. Se não houver o vestido que sonhou, não tiver o convite imaginado, o espaço tão bonito como tinha projetado, não desespere, nem se preocupe com o que não tem solução. Se falharem alguns pormenores, lembre-se que uma noiva radiosa é muito mais importante. 9- Lembre-se que este dia deve ser perfeito, mas não tem que ser o mais feliz da sua vida. Este é apenas um dos dias mais felizes de uma nova fase da sua vida! 10 - Opte pelo máximo conforto. A beleza é importante, mas o conforto é essencial. Por isso, não coloque sapatos demasiado altos nem nada que a faça sentir-se pouco cômoda. Fonte: www.casamentoclick.com
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