Bragança Paulista
Sexta
29 Outubro 2010
Nº 559 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para Pensar
EXPEDIENTE
Democracia não dispensa
Em virtude das férias do Mons. Giovanni Barrese, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr. por Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr.
Pensei em alternativas para o tema deste último artigo que produzo, em substituição ao Mons. Giovanni. Acabei por escolher a política, mais precisamente a democracia e as eleições. Queiramos ou não, gostemos ou não, é o tema do momento. Colhemos frutos bons quando a árvore é boa, quando a planta foi bem cuidada. É a sabedoria da vida que nos ensina isso. Não me parece diferente com a vida em sociedade, com regimes e sistemas de governo, com as “coisas públicas” (res publicae, no velho latim). É difícil que uma pessoa ausente de participação em relação aos temas e ações de interesse público, tome atitudes coerentes e positivas em relação às “coisas públicas”, e nas eleições não é diferente. E a gente percebe, facilmente, o nível de comprometimento de uma pessoa com essas “coisas”, no melhor sentido possível da palavra. Recorde você leitor, quantas vezes falou ou ouviu alguém falar frases deste tipo: “não me envolvo em política”; “tenho nojo de política”; “não quero saber de política, isso é para vagabundo”; “todos os políticos são iguais”, “que pena, perderei o domingo, vou ter que trabalhar nas eleições”. E não é apenas com relação as eleições que se demonstra pouco espírito público. Não é difícil ouvir também isto: “fui convocado para ser jurado,
responsabilidade
que coisa horrível !”. Frases como essas demonstram o pouco espírito público que marca nosso tempo. Escuta-se aqui e acolá a omissão de grande parte das pessoas em relação a tudo que é coletivo: pouca participação em organizações sociais, pouquíssima participação em associações de classe ou de grupos sociais, pouca participação em atividades coletivas. Mas muitos reclamam que tal ou qual situação poderia ser melhor, sem estar disposto a contribuir, de qualquer forma, para que o seja. Sem a participação de mais gente, dificilmente as “coisas” melhorarão. E na vida pública, na política, menos ainda. Para aqueles e aquelas que se distanciam dos temas políticos, vale lembrar, mais uma vez, a reflexão de Bertold Brechet, cineasta alemão que viveu entre 1898 e 1956: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas
nacionais e multinacionais”. É sempre perigoso e intelectualmente precário destacar, de uma obra, uma frase, expondo-se ao perigo de descontextualizá-la. Mas essas proposições de Brechet, muito recordadas ultimamente, permitem destaque do texto maior, sem perder a qualidade e o sentido. Digo isto, neste momento que antecede o segundo turno das eleições presidenciais, para chamar a atenção de todos nós para a importância da participação consciente nos temas e nas ações de interesse de todos, ou de muitos. E para dizer, também, que uma melhor situação político-social não acontecerá como um passe de mágica. Não será assim, certamente. Lembremos do fruto bom da boa árvore, que demora tempo para ser produzido: é preciso plantar, cuidar, regar, podar, esperar o tempo certo da natureza para conquistar o bom fruto. Com as coisas do dia a dia das pessoas e da história não é diferente. É preciso agir, tomar atitudes concretas, por a cabeça para pensar e as mãos para trabalhar, atuar. Senão, nada acontece de bom mesmo, e se acontece, não foi por iniciativa e participação nossa, alguém agiu para que isto ou aquilo acontecesse. Já disse Carlito Maia, mineiro de Lavras, nascido em 1924 e falecido em São Paulo, em 2002: “muita gente vem ao mundo a passeio, outros vem a serviço” (frase com algumas variações). Em
termos de participação nos assuntos e ações de interesse de muitos, ou de todos, essa frase do Carlito parece mais verdadeira ainda. É preciso reagir, é preciso rever sempre o pensamento, atualizar nossos sonhos e estar sempre buscando realizá-los; é preciso criar. Isso exige atitudes positivas, exige desinstalar-se. Faço todas estas provocações para tentar contribuir com a histórica, com a história de cada um e de nossa cidade, e a partir dessas dimensões todas, contribuir com as “histórias humanas”. Neste segundo turno das eleições, como em outras tantas, colheremos os frutos do que plantamos e plantarmos. Os resultamos serão proporcionais aos nossos esforços, às nossas participações, às nossas consciências. Ainda poderá ser melhor, se pensarmos, debatermos, nos informarmos, votarmos com coerência. Não se trata de votar melhor ou pior, se trata de pensar, discutir, buscar uma escolha de qualidade, minimamente justificável. Não será possível acertar sempre no voto; mas é sempre possível buscar um voto de qualidade. Esta é uma forma pequena, mas importante, de melhorar nossa democracia, é uma forma responsável de vivê-la e construí-la. E democracia não dispensa responsabilidade. Ao contrário: exige mais responsabilidade. Nas ditaduras, o inimigo comum
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Alexandra Calbilho (mtb: 36 444)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
é o(a) ditador(a); nas democracias, o inimigo é nossa incompetência, nossa omissão. Se nossa democracia não é melhor, é nossa responsabilidade, é por falta de assumirmos nossa parte nos grandes condomínios sociais: a cidade, o Estado, a Nação. Podemos ainda participar melhor desse próximo momento da vida nacional. Este pode ser o próximo momento para sermosmelhores,votandopositivamente, com compromisso social, buscando a melhor escolha (risco sempre haverá). Recordo o querido Pe. Zecchin: ao votar, de certa forma, a gente olha para o espelho; em nossas escolhas eleitorais, há sempre uma certa projeção de nós mesmos naqueles que escolhemos. Pensemos nisso. Afinal, como disse Carlito Maia: nós não precisamos de muita coisa. Só precisamos uns dos outros. Bom domingo a todos nós. Obrigado ao amigo Mons. Giovanni pelo convite para substituí-lo. Obrigado ao Jornal do Meio pela confiança. Até a próxima vez.
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Bragança é
Bossa Nova
Roberto Menescal toca Bossa Nova com violão bragantino
colaboração SHEL ALMEIDA
Bragança Paulista pouco a pouco vem Bossa Nova conquistando reconhecimento entre Com mais de cinqüenta anos de carreira, Menesas cidades da região, seja pelo título cal já acompanhou cantoras como Elis Regina e de estância climática que encanta vi- Maysa e compôs ao lado de nomes como Tom sitantes à procura de descanso da vida urbana, Jobim, Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra, além de ter seja pelas conquistas de seus moradores, que se trabalhado com Chico Buarque, Ivan Lins, Nara destacam nas artes e nos esportes. A fabricação Leão, Leila Pinheiro, Caetano Veloso, João Bosco, de produtos é outra área que em a cidade se entre outros. Participou, em 1962, do famoso destaca, mas que pouca gente sabe como é o Concerto de Bossa Nova, no Carnegie Hall, em caso da fábrica de violões Caimbé. Há apenas Nova Iorque. O espetáculo superlotou a casa de três anos no mercado, fabricando instrumentos shows, com mais de três mil pessoas, para ver os com padronização export e vendendo para os precursores do ritmo brasileiro: João Gilbeto, Tom EUA e Itália, a Caimbé vem ganhando espaço no Jobim, Luis Bonfá, Sérgio Mendes, Carlos Lyra, mercado e conquistando clientes ilustres, como é Roberto Menescal, Carmem Costa, Agostinho o caso do grupo Demônios da Garoa e de Roberto dos Santos, José Paulo, Bola Sete, Miltinho Bana Menescal, um dos criadores da Bossa Nova. e C. Feitosa. Menescal gravou diversos discos ao Menescal aproveitou a vinda à São Paulo para longo da carreira, sempre ligados ao estilo que o consagrou. Em 2009, ao o lançamento do livro “O lado de Andy Summers, do barquinho vai... Roberto Eu não poderia The Police, gravou o DVD Menescal e suas histórias”, United Kington of da jornalista Bruna Fonte, ter esse contato com o “The Ipanema”. A última turnê para chegar até Bragança, na instrumento estrangeiro. foi a do álbum “Declaração”, sexta dia 22. O proprietário O violão é adaptado à gravado ao lado de Wanda Sá da Caimbé, Júlio Rodrigues, minha maneira eaconteceuentre2009/2010. que também é dono do bar Numa conversa informal e Trairagem,foipessoalmente simpática, Menescal falou buscá-lo. O Jornal do Meio, um pouco sobre a música Roberto Menescal brasileira e deu sua opifoi convidado à conhecer nião. Segundo ele, a música a fábrica e acompanhar a visita, teve a oportunidade de conhecer Me- criativa brasileira nunca foi de chegar ao grande nescal e conversar um pouco com ele. O papo, público e independe dos meios de propaganda. descontraído, rendeu bons comentários sobre “No Brasil existe a música criativa brasileira e a o motivo da visita, os violões feitos aqui, e claro, música pra pular brasileira. Essa faz você pôr pra fora as energias. É como se estivesse indo a música brasileira num psicólogo”, ri da comparação. Ele conta Violões que participou do Circuíto Sesc e nunca teve Quando chegamos à fabrica, Menescal estava problema de público nos shows que fez pelo afinando as cordas de sua mais nova aquisição, subúrbio. Segundo ele, ali dificilmente chega seu quarto violão Caimbé. “Eu estava procurando esse tipo de música, então quando chega é várias características num instrumento, achei uma oportunidade. “Artistas como Oswaldo que esse poderia ser o que eu queria”, conta. Montenegro não aparecem na mídia o tempo “A regulagem dele é corda por corda e eu posso todo, mas arrebatam um grande público em escolher como quero cada uma”, completa, ex- shows”, afirma. E a redescoberta, pelas novas plicando o porquê de vir até aqui para comprar gerações, de artistas como Wilson Simonal, Arnaldo Baptista, entre outros? “Vão pulando um violão. Exportador da música brasileira - faz shows e vende etapas até que se bate numa barreira musical, discos no mundo todo: Japão, Austrália, Europa, ficam sem alimento”, diz. “É preciso reinventar. América Latina – Menescal diz que é importante Eu mesmo faço uma música hoje e penso que já valorizar o que é feito no país. A música brasileira fiz isso antes”, explica. O próprio Menescal está é muito rica e reconhecida lá fora. É preciso que sendo redescoberto pelas novas geraçãos. Além haja reconhecimento dos produtos fabricados do livro recém lançado com o nome de sua mais aqui também. “Faço questão de comprar”, afirma. famosa música “O barquinho”, a canção recebeu Para ele, pagar pelo violão, além de lhe permitir uma versão em japonês intitulada “Kobune” pela que exija qualidade, agrega valor ao produto. “E eu voz de Fernanda Takai. Segundo ele, aprovada. Sobre a música atual, ele brinca: “As mulheres não poderia ter esse contato com o instrumento tomaram conta da música brasileira. Jogaram a estrangeiro”, explica. “O violão é adaptado à minha gente pra lá”, ri. “Quando eu comecei a primeira maneira”, completa. Além disso, Menescal, que regra das gravadoras era que cantora não vendia”. se diz muito apegado aos seus instrumentos, Com 95% do seu trabalho hoje concentrado na aprova também o pouco peso do violão Caimbé, produção musical, Menescal diz que atualmente que facilita muito na hora da viagem. “Quando é muito difícil achar voz masculina no mercado. vou pro aeroporto e vejo meu violão na esteira “Outro dia fui dar um workshop numa universijunto com as malas... ai, fico pensando: será que dade, umas quatorze moças se sentaram bem na vai chegar? Esse aqui dá pra levar comigo na ca- frente. Perguntei quantas delas eram cantoras, bine”, ri. De acordo com Júlio os violões pesam todas. Quantas tinham levado um disco pra eu no máximo 2,5Kg, em contrapartida aos 4Kg ouvir, todas. Cantores tinham uns quatro e dos produtos comuns no mercado. Além disso, nenhum levou um disco”, ri. a Caimbé também fabrica o modelo “vazado”, que possui apenas o contorno e a parte elétrica Quer saber mais sobre os Violões Caimbé e sobre do instrumento. Aliás, outro destaque da Caimbé Roberto Menescal? é justamente a parte elétrica, que é vendida seCaimbé: www.caimbe.com paradamente e pode ser ajustada corda a corda, Roberto Menescal: www.robertomenescal.com.br como bem lembrou Menescal.
Roberto Menescal, o violão pode ser adaptado à sua maneira. Na foto, com o modelo “vazado”
Marco Antonio Bonucci, diretor da Caimbé, acompanha Menescal, criador de “O barquinho”
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Informática
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&
Tecnologia
Criançada conectada Cresce importância das crianças no mercado da tecnologia; veja dicas de jogos e redes sociais e saiba como deixar seu filho mais seguro em ambientes on-line
por AMANDA DEMETRIO/FOLHAPRESS
Eles ainda são miniaturas de gente, mas já representam um bom filão no mercado da tecnologia. As crianças de 2 a 11 anos que usam internet em casa já são mais de 4,5 milhões no Brasil, segundo dados de pesquisa do Ibope Nielsen Online-NetView realizada em agosto último. No mesmo mês de 2009, havia cerca de 4 milhões de usuários nessa faixa etária. A criançada já representa 14% do total de usuários residenciais no país.
A web anda tão importante que balança o reinado da televisão na vida das crianças. Estudo da Millward Brown Brasil, publicado pelo Ibope, mostra que, no público de até três anos, a TV reina quase que absoluta. Depois disso, porém, passa a disputar espaço com tecnologias como internet e videogames. O mercado de celulares também aponta para a importância do setor infantil. Somente nos Estados Unidos, o número de crianças
de 6 a 11 anos com celular cresceu 68% nos últimos cinco anos, segundo pesquisa divulgada no mês de janeiro. Nesta edição, saiba mais sobre o crescimento dessa faixa do mercado e conheça jogos, redes sociais e sites específicos para o entretenimento dos baixinhos.
dam a tornar a web mais segura.
Se liga
Adolescentes odeiam a ideia de serem amigos dos pais no Facebook. É o que diz uma pesquisa da eMarketer feita em maio nos EUA. Entre os jovens de 13 a 14 anos, 58% detestam a Segurança presença dos pais na mesma rede. Tudo isso sem esquecer a segurança. Os resultados ficam mais amenos Não deixe de conferir dicas que aju- conforme os jovens crescem.
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Comportamento
Pura viagem
Chegam aos sites brasileiros as chamadas ‘doses’ arquivos sonoros que teriam o poder de simular efeitos de drogas como LSD, ecstasy ou maconha. Um download é traficado por quase R$ 30; especialistas dizem que apenas o fator placebo e a persuasão do marketing podem explicar os sintomas muito loucos descritos por alguns usuários desse modismo por GUILHERME GENESTRETI/FOLHAPRESS
Elas têm nomes como cocaína, orgasmo e absinto, e podem ser encontradas facilmente na internet. No YouTube, não faltam vídeos mostrando internautas em estado de êxtase ao ouvir faixas batizadas de “Hand of God” (mão de Deus) e “Gates of Hades” (portões do inferno) com seus fones de ouvido. As e-drugs são arquivos de áudio que, quando baixados e escutados por um período de 15 a 30 minutos, prometem induzir seus ouvintes a estados de euforia, sedação ou alucinação, dependendo da dose experimentada. A alteração da mente seria provocada por ondas binaurais: cada um dos ouvidos recebe o som dos ruídos em uma frequência diferente, simulando no cérebro o efeito de uma droga de verdade É o que propaga o site da I-Doser Experience, principal marca que disponibiliza esse tipo de arquivo na rede. O site oferece dez pacotes diferentes cujo download custa US$ 16,95 (cerca de R$ 29). Alguns incluem as chamadas “simulações recreativas” de maconha, cocaína, ópio e peiote. Outros prometem prazer sexual, em faixas batizadas de “First Love” (primeiro amor) e “Orgasm”. O mesmo site mantém um fórum com mais de mil comentários de usuários, que descrevem suas experiências com as drogas digitais. Um internauta relata que viu um fantasma depois de ter experimentado a dose “LSD”. Outro que se diz portador de transtorno de deficit de atenção afirma ter ficado mais concentrado depois de ouvir a faixa “Ritalina” (nome da droga usada para tratar esse distúrbio). No Brasil, a moda está ganhando adeptos. No mês passado, entrou no ar um blog que revende as doses por preço abaixo do praticado no site oficial. Mas entre os internautas brasileiros ouvidos pela reportagem que disseram ter provado as doses, poucos descreveram efeitos como aqueles vistos nos vídeos ou detalhados no fórum.
na cama, apago as luzes e ouço por 30 minutos, pelo menos”. Em uma dessas experiências, ele conta ter experimentado a “Hand of God”, dose que seus amigos diziam ser a mais forte. “Até hoje não sei se aquilo foi sonho ou alucinação. Estava deitado e, de repente, o cobertor começou a criar vida, como se quisesse me engolir. Tive vontade de correr, sair. Não me lembro de como acabou, mas acordei no dia seguinte na minha cama, do mesmo jeito que estava antes. Comentei com meus amigos, mas nenhum tinha vivido algo parecido”. Olavo continua ouvindo as doses que considera fracas, como a “Marijuana” e a “Ecstasy”, “só para relaxar”. A vestibulanda Rafaela, 19, experimentou a dose “Sleeping Angel”, mas ao contrário do prometido pelo site teve um sono agitado: “Dormi enquanto escutava, mas achei ruim. Depois que o som acabou, comecei a acordar toda hora. Nunca mais”. A professora paranaense Andressa, 22, encontrou as e-drugs quando buscava analgésicos na rede para aliviar as dores que sente na coxa esquerda, fruto de uma meralgia parestésica (compressão dos nervos). “Topei com um arquivo chamado “Pain Killer” e achei que seria a solução”, diz. Ela relata que ouviu por 35 minutos. “Só senti uma enxaqueca que passou no dia seguinte.” Embora zombado pelos amigos, o estudante catarinense Marlon, 15, continua ouvindo doses diárias da “Quick Happy”. Segundo ele, o arquivo serve para pessoas de baixa autoestima. O antropólogo Fábio, 29, já disse ter experimentado maconha, ácido, ecstasy de verdade. Mas quando tentou suas versões digitais, decepcionou-se: “A dose da “marijuana” me deixou um pouco tonto, mas nada parecido com a de verdade”.
A neurologista cita a repetição de mantras na meditação como foma de produzir sensação de relaxamento e fazer com que a pessoa se sinta desconectada do mundo ao redor. “Da mesma forma, um som muito caótico pode diminuir o grau de atenção e provocar algum grau de alienação”, afirma. Mas dizer que os ruídos emitidos via ondas binaurais pelos fones teriam os mesmos efeitos que uma droga é difícil: “Não vejo como isso liberaria substâncias nos neurotransmissores, como as drogas normais”. Para o historiador Henrique Carneiro, Ondas binaurais Para Sonia Brucki, neurologista do membro do Núcleo de Estudos InterdisciHospital das Clínicas, as drogas digitais plinares sobre Psicotrópicos, as e-drugs não carecem de profundidade científica: “A passam de “enganação publicitária”. “Bad Trip” música promove relaxamento e prazer “Música e transe são temas bastante “Faço como manda o site”, diz o téc- porque libera endorfina e serotonina no ligados, basta ver os efeitos de um canto gregoriano, das batidas ritmadas das raves nico de informática Olavo, 18. “Deito cérebro”, afirma.
FOTO: ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS
Drogas digitais, que são ouvidas com fones de ouvido e também da influência da música no transe das pessoas FOTO: ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS
Casa Noturna D-Edge na Barra Funda - SP
e até do acid rock. Isso não é propriedade dessas novas drogas.” O psicólogo Cristiano Nabuco, que coordena o programa de dependentes de internet do Instituto de Psiquiatria do HC, disse só ter atendido uma paciente que se queixava de dependência das drogas digitais: “Ela dizia que dava um barato. Mas o problema dela era outro: era dependência da internet”. Sobre os efeitos sentidos por alguns usuários, a explicação de Nabuco é simples: “Puro placebo. A pessoa atribui um significado ao som que não existe e acaba surfando na onda, sentindo exatamente o que quer sentir”. O psicólogo completa: “É uma grande exploração de incautos que estão em busca de algum recurso que possa anestesiá-los das pressões”.
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Casa & Reforma
De volta à natureza Piso e azulejo que imitam madeira, mármore e pedra são as vedetes do Cersaie, salão internacional da cerâmica deste ano em Bolonha, na Itália
por CRISTIANE CAPUCHINHO/FOLHAPRESS
Madeira, mármore e pedra foram destaques no Cersaie deste ano. Ainda se trata de um salão internacional de cerâmica, mas pisos e azulejos entraram no mundo da impressão digital, testando os limites da representação. A impressão por tinta a jato, já vista em março passado na Revestir de São Paulo, permite representações fiéis até em peças com relevo. A “madeira” de cerâmica ganhou detalhamento de veios e de nós. O porcelanato de “ardósia” tem o relevo da pedra retirada em camadas. A versão do mármore possibilita desenhos grandes sem repetir a padronagem. A brincadeira está em imitar a matéria natural agregando as qualidades do revestimento cerâmico. Que tal o chão do banheiro de imbuia? A reprodução facilita essa opção, pois a cerâmica não elas também mostraram tem problemas com umidade e é mais produtos feitos com impressão digital. fácil de limpar. Na feira brasileira Revestir, realizada em março passado Fininho Com modelos em placas finas, chegando em São Paulo, as indústrias a três milímetros de espessura, a cerâmica detinham essa nova tecnologia havia poucos meses. pode ser aplicada em móveis. A fabricante espanhola Inalco apresen- Agora ainda tentam descobrir tou uma casa com portas revestidas de suas potencialidades. cerâmica. Eis a confusão: uma parede com A Eliane apresentou préacabamento de cerâmica que imita madeira lançamentos de reproduções e uma porta coberta de porcelanato. Na de mármore, pedra e madúvida, só tateando para descobrir que o deira para avaliar a reação dos clientes estrangeiros material é cerâmico e acetinado. antes de iniciar a produção. Os modelos estão em fase Menos brilho Porcelanatos que imitam papel de parede de teste. aumentam a sensação de conforto do lar. “As peças para área externa Mesmo de perto há a textura de tecido, estão sendo mais valorizadas neste ano. Com pouco apesar da frieza. Para os olhos, há muito menos brilho em espaço, aumenta a preorelação ao que estávamos habituados: boa cupação com a decoração parte das peças apareceu na versão fosca. da varanda”, considera A decoração volta-se ao detalhe. Em Eduardo Ponciano, designer uma parede de porcelanato branco mate, de produtos da Eliane. a graça está nas aplicações peroladas. A Portinari ampliou seu Peças brilhantes e foscas formam que- portfólio desde a exibição bra-cabeças -se todas as peças ofuscam, brasileira e levou na bagagem outras três linhas de alta nada se destaca. definição. A que gerou mais interesse foi a Innova, série Banheiro relaxante Paredes, gabinetes e até cubas vestidas que imita fibras e produtos de bege, marrom e cinza transformaram naturais, como os relevos de banheiros em spas caseiros. “Nude”, buriti, juta, coco e couro. bege, goiaba, “camelo” e grafite foram “A tendência é aumentar as as cores mais vistas. Aqui e ali, toques opções de personalização de turquesa e bordô, combinados com o dos ambientes. Os revestimentos misturam peças cinza ou o bege. Também o verde cítrico deu as caras, mas brilhantes e fibra natural”, aponta Marilene Daltoé, este não é mesmo um ano de cores. gerente de desenvolvimento Empresas do Brasil adotam de produtos da Cecrisa. A Ceusa levou versões de tendência global Três empresas brasileiras número menor quartzito (série Quartz), em relação a 2009 apresentaram-se com mármore (Marble) e maestandes próprios no Cersaie: Ceusa, Cecrisa deira (Extint), além de painéis feitos a partir (com sua marca Portinari) e Eliane. Alinhadas com o mercado internacional, de fotos.
FOTO: DIVULGAÇÃO
Banheiro com chão e parede revestidos de peças da coleção Tracce, da Italiana FAP FOTO: DIVULGAÇÃO
O porcelanato da coleção Innova HD, da Portinari FOTO: CRISTIANE CAPUCHINHO/FOLHAPRESS
A coleção Perfeito, da Inda FOTO: DIVULGAÇÃO
A série Stonevision, da Marazzi
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Antenado
Final abrupto cai bem ao último livro de Juan José Saer Autor entra para a galeria dos que deixaram obras importantes não concluídas
por ADRIANO SCHWARTZ/FOLHAPRESS
‘Com a chuva chegou o outono e, com o outono, o tempo do vinho.’ Assim, incompleto, começa e termina o último capítulo do último livro de Juan José Saer, ‘O Grande’, já que o autor não conseguiu concluí-lo antes de morrer, em 2005 (iniciara o projeto em 1999). A frase é por várias razões o final ideal para o romance, como aliás já sugere uma de suas epígrafes: ‘O que era firme resvalou, e apenas/ o que escapava permanece e dura’ (Quevedo). Em primeiro lugar, porque o tempo e a incompletude, as repetições distorcidas (de personagens, de situações), os silêncios e as ausências são algumas das marcas fortes presentes em uma obra construída com rigor ao longo de décadas, na qual se destacam criações como ‘Ninguém Nada Nunca’ ou ‘O Enteado’ (publicadas no Brasil também pela Companhia das Letras).
quando Gutiérrez, que estivera afastado da Argentina por 30 anos, começa a convidar amigos para um churrasco, que vai acontecer no domingo. A segunda-feira, o capítulo inconcluso, seria curto, segundo o editor de Saer (teria cerca de 20 páginas e terminaria com a frase: ‘Moro vende’). O fato é que, como lembrou o escritor argentino Carlos Gamerro, a escolha da semana como unidade de tempo da narrativa não é casual e remete a ‘um corte arbitrário no fluxo temporal’, é algo que começa em um momento qualquer e termina em outro momento qualquer. O final abrupto faz ainda com que Saer se torne membro de uma galeria especial de escritores que deixaram obras importantes não terminadas, galeria em que as conexões nacionalistas que ele tanto atacou não fazem nenhum sentido. Ou seja, que ele passe a ser lembrado como membro de uma nobre linhagem que inclui Kafka, por exemplo, me parece Corte arbitrário uma justa homenagem do acaso. A ideia de algo que não pode acabar, Da mesma forma, é justo que, nesta além disso, está presente na própria resenha, ele tenha as últimas palavras, arquitetura do texto, com sua divisão em retiradas de ‘O Grande’, elas também sete capítulos, cada um para um dia da (um pouquinho só) ao acaso: semana, começando em uma terça-feira, ‘Inclinou-se e deu um beijo em seu
FOTO: CLÉO VELLEDA/FOLHAPRESS
rosto. Nula estava emocionado e começou a balbuciar alguma coisa, mas ela se virou, acendeu a luz da entrada e fechou a porta. Depois de alguns segundos, ouviuse de novo o barulhinho metálico da fechadura, que havia uma semana se repetia em sua cabeça e que continuaria se repetindo por muitos anos, familiar, em sua memória, transferido de sua futilidade de puro acontecer para o céu metonímico onde os fatos dissecados e transpostos para uma nova ordenação restituem e referem, provocando alternadamente angústiaouconsolo,aexperiência imperfeita e fugidia.’ ADRIANO SCHWARTZ é professor de literatura da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP O GRANDE AUTOR Juan José Saer TRADUÇÃO Heloisa Jahn EDITORA Cia das Letras QUANTO R$ 57 (410 págs.) AVALIAÇÃO ótimo
O escritor argentino Juan José Saer
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Teen
Guitarras & Calcinhas Avó das bandas de meninas, Runaways viram filme com Kristen Stewart
por BRUNA BITTENCOURT/FOLHAPRESS
Se hoje ouvimos Cansei de Ser Sexy, Hole, Donnas e até Miley Cirus, é, em boa parte, por culpa das Runaways. O grupo americano, formado em 1975 por cinco garotas que não tinham nem 18 anos, ficou famoso por fazer rock como, até então, só os homens faziam. Com isso, abriu caminho para várias gerações de garotas roqueiras. A formação e a trajetória do quinteto, formado por Lita Ford, Sandy West, Jackie Fox, Joan Jett e Cherie Currie, são lembradas em “The Runaways - Garotas do Rock”, que a estreou na sexta (8/10). “The Runaways” é o longa de estreia da artista plástica e diretora de videoclipes musicais Floria Sigismondi. O filme é baseado na autobiografia da vocalista Cherie Currie (“Neon Angel”, de 1989) e tem produção executiva da guitarrista Joan Jett.
Elenco “Crepúsculo”
Kristen Stewart e Dakota Fanning, que já atuaram juntas na série “Crepúsculo”, vivem Joan Jett e Cherie Currie, que têm um affair breve, mas do barulho. O filme vai da formação do grupo ao megasucesso no Japão que elas nunca alcançariam em sua terra natal. Foi o empresário Kim Fowley quem orquestrou o grupo, o que contribuiu para que a banda nunca fosse levada a sério por parte da imprensa. O público mais conservador também não engolia garotas tocando rock e cantando letras sobre sexo e vida nas ruas em alto e bom som. Um dos maiores sucessos, “Cherry Bomb” resume a rebeldia do grupo: “Ei, garoto, qual é a sua? (...) Vou te ter, te agarrar até te machucar”. O Runaways começou a sucumbir já em 1977, depois de uma temporada de abuso de drogas e de álcool, brigas internas e desentendimentos com o empresário. A guitarrista Jackie Fox foi a primeira a pular fora, seguida por Cherie Currie. O grupo lançou dois discos sem essas integrantes até ser enterrado de vez em 1979, com a saída de Jett.
Riot Grrrl
Após o fim do grupo, Fox se formou em direito. Lita Ford enveredou pelo heavy metal. Sandy West continuou a tocar bateria e morreu de câncer em 2006. Cherie Currie gravou dois álbuns, apareceu numa série de filmes e hoje é artista plástica. Depois de ser recusada por várias gravadoras, Joan Jett abriu seu próprio selo e fez sucesso nos anos 80 acompanhada pelo Blackhearts. É dela a regravação de “I Love Rock n” Roll”, de 1982. Vinte anos depois do fim da banda, uma cena musical reergueu a bandeira feminista, inspirada em Jett e na sua contemporânea Suzi Quatro. Apelidado de “riot grrrl”, o movimento surgiu na cena punk americana dos anos 90 e reunia bandas de meninas e fanzines de feminismo. Filhotes típicos das Runaways.
Kristen Stewart: “Joan Jett me mandou transar com a guitarra” por MAYRA DIAS GOMES
Kristen Stewart e Dakota Fanning viraram grandes amigas. Depois de atuarem juntas em dois filmes da saga “Crepúsculo”, interpretam as amigas Joan Jett e Cherie Currie em “The Runaways”. Em um hotel de Los Angeles, as atrizes falaram sobre rock, sobre tocar guitarra como exercício de sexualidade e sobre o beijo que deram. Quando receberam o roteiro, Dakota e Kristen nunca haviam ouvido falar das Runaways apenas de Joan Jett, que seguiu carreira solo de sucesso depois da banda. “Eu não sabia nada sobre elas. Depois de ter lido o roteiro, fiquei morrendo de medo, porque elas foram grandes”, contou Kristen. “Eu amei o relacionamento entre Joan e Cherie. A maioria dos jovens não as conhece, e elas foram a primeira grande banda de rock feminina! É legal poder ensinar isso para eles”, disse Dakota. O relacionamento das amigas foi tão próximo que, em uma cena, as duas se beijam. “Todos estão falando sobre isso como se fosse algo muito importante, mas, na verdade, não é nada demais no filme. Foi algo natural”, disse Kristen, entre risos. “Eu queria contar uma história que
inspirasse meninas a serem livres”, resumiu Floria Sigismondi, que assina o roteiro e a direção do filme. Joan Jett e Cherie Currie estiveram presentes no set o tempo inteiro, guiando as atrizes, que cantam e tocam na trilha sonora. Kristen já tocava guitarra. Dakota nunca havia pensado em cantar. “Joan Jett me ensinou que o rock tem que vir “daquele lugar”. Literalmente, não tem outro jeito de explicar. Jett me mandou transar com a guitarra!”, conta Kristen. “E quando elamandavocêtransar com a guitarra, você faz. Eu gostei daquilo.” Para Dakota, é muito simples: “Todos têm o sonho de ser uma estrela do rock, e esse filme é o mais perto que vou chegar disso”.
FOTO: DIVULGAÇÃO
The Runaways FOTO: DIVULGAÇÃO
Kristen Stewart FOTO: DIVULGAÇÃO
Da esq. para a dir., as atrizes Stella Maeve (SandyWest), Scout Taylor-Compton (Lita Ford),Alia Shawkat (Robin), Kristen Stewart(Joan Jett) e Dakota Fanning (Cherie Currie)
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Co-culpabilidade GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA/ GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA
Vivemos em sociedade organizada, inserida em um Estado Democrático de Direito. Em um Estado de Direito cada indivíduo é submetido ao respeito das leis. A leis penais são conhecidas por proteger os bens jurídicos de maior valor para a sociedade. Elas exprimem a necessidade de coibir condutas agressivas a esses bens, garantindo a paz pública e os direitos fundamentais do cidadão à vida, ao patrimonio, à integridade física, à honra, entre tantos outros. Mas não se pode negar que o crime antes de ser uma construção da dogmática jurídica é um fato social. O acusado pela prática de um ilícito deve ser visto como integrante de dado contexto social e da realidade em que se encontra inserido. Os crimes, em sua grande maioria são o resultado de uma sociedade desestruturada, na qual a desigualdade entre as classes sociais é tão grande ao ponto de haver aqueles que possuem condições de se alfabetizar e se formar em cursos superiores que os capacitam para o trabalho honesto, vivendo, por conseqüência, em um ambiente agradável e hígido, onde existe o apoio familiar. E outros que não possuem as mesmas oportunidades. Esses, muitas vezes, sequer têm acesso à rede publica de ensino, enquadrando-se entrem os analfabetos ou analfabetos funcionais. Não lhe és dada oportunidade de capacitação técnica ou mesmo universitária, não logrando, desta forma, adentrar o mercado de trabalho. Vivem em ambientes hostis, sem o mínimo de estrutura física, que sequer de saneamento básico são providos, ou mesmo familiar.
O resultado deste último quadro é o desrespeito ao princípio fundamental da República Federativa do Brasil, o da dignidade humana. Será que se pode esperar, ou melhor, será que se pode exigir daquele que sobrevive em situação de grave risco social a mesma conduta, a mesma visão da realidade, a mesma concepção de certo e errado daquele que vive em um ambiente social equilibrado? O Estado brasileiro, um Estado Democrático e Social de Direito, possui o dever - repita-se - possui o dever de não só apoiar o desenvolvimento econômico e social, mas também de promovê-lo, sendo um importante gerador de oportunidades para grande parcela da população, devendo distribuir os direitos fundamentais de forma harmônica entre as pessoas (justiça social). O Estado que não se preocupa com políticas sociais efetivas de inclusão, investindo em ensino, saúde, saneamento básico, moradia, criação de novos postos de trabalho, é por demais omisso, menosprezando um dever constitucional, tornando-se, portanto, ao menos em tese, responsável pelas conseqüências. Não se pode negar, ainda, que a sociedade é seletiva. Vivem à sua margem aqueles que não se adéquam ao modelo por ela proposto. Os marginalizados, muitas vezes, não enxergam outra saída, porque outra saída não lhes é oferecida, senão a de se aliar as organizações criminosas, que são aquelas que substituindo o Estado, lhes garantem segurança, comida, e os sonhados bens materiais. Em completo despautério, pode-se afirmar que o Estado é, ao mesmo tempo, omissivo na tarefa de erradicar as causas da grande maioria dos crimes,
mas presente para punir a sua prática. Ora, o crime, em regra, é conseqüência da falha do Estado em oferecer ao cidadão as condições e os pressupostos mínimos de dignidade. É a sociedade, ou o modelo social presente, a responsável por produzir criminosos, colocando o indivíduo em uma conjuntura social adversa, sem maiores alternativas e expectativas de desvio da criminalidade. Esta situação não pode ser vista como justa. Se fazendo necessário compartilhar as responsabilidades entre o agente e a sociedade. Esse fato deve ter por efeito uma redução do juízo de reprovação incidente sobre o indivíduo, atenuando a pena a ele imposta. O individuo ao receber a reprimenda deve ser colocado no exato contexto social em que vive, para somente então ser constatada a justa punição. Esse fato é denominado pela doutrina como “co-culpabilidade”. Na colocação de Nilo Batista, “em certa medida, a co-culpabilidade faz sentar no banco dos réus, ao lado dos mesmos réus, a sociedade que os produziu”. Vê-se que não basta a existência de leis duras e severas para que se evite a transgressão penal, é necessário que se cuide da causa, dos motivos pelos quais a criminalidade é presente e cada vez mais crescente no Brasil. A elaboração de políticas criminais possui um papel muito mais marcante e eficiente do que a simples elaboração de leis responsáveis por punir as condutas descritas como crimes, de forma dura, como almeja parte da sociedade. Sabe-se, inclusive, que o sistema penitenciário brasileiro é falido, não logrando atingir o primordial objetivo da pena, qual seja, a
ressocialização. Mesmo porque o egresso voltará para o mesmo ambiente degradante e sem oportunidades de onde saiu. O exercício do voto é ato de cidadania mais marcante, mas não é o único. Não pode ser reconhecido como cidadão aquele que após comparecer às urnas lava as suas mãos, deixando a critério do representante no poder por ele escolhido tomar as medidas que entende mais eficiente para transformar a sociedade. É preciso cobrar, é preciso agir de forma eficiente, estar atento para a atuação dos governantes e tecer críticas duras quando alguma medida for tomada como forma de calar os reclamos da população como efeito tão somente placebo. Leis devem existir para amparar as necessidades dos indivíduos e o interesse público e não para atender a interesses de uma minoria ou mesmo aos reclamos, muitas vezes infundados da mídia sensacionalista. As leis e as atuações governamentais devem ser eficientes, não possuindo os ocupantes de cargos públicos o direito de errar. Todos são responsáveis pela sociedade em que vivem e a responsabilidade não acaba com o fim das eleições.
Advogados Gabriela de Moraes Montagnana OAB/ SP 240.034 Gustavo Antônio de Moraes Montagnana OAB/ SP 214.810 Tel.: 11 4034.0606
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 13 a 19 de outubro foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 1559/2010 - CAIO RODRIGUES COELHO e TATIANE MARIA BRAGION. Ele auxiliar administrativo, solteiro, natural de Franca-SP, nascido no dia 23/05/1985, res. e dom. à Rua Afonso Ferreira Lopes, 500, Bairro Curitibanos - Bragança Paulista, filho de AMAURI NUNES COELHO e de TAMARA JUNE RODRIGUES COELHO. Ela auxiliar de sala, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 12/07/1987, res. e dom. à Rua Afonso Ferreira Lopes, 500, Bairro Curitibanos - Bragança Paulista, filha de PAULO APARECIDO BRAGION e de CLEUSA CASA-NOVA MARIA BRAGION Protocolo: 1560/2010 - VANDO CONCEIÇÃO DE LIRA e NOELZA IZIDORO CAVALCANTE. Ele pintor, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 28/06/1985, res. e dom. à Rua Eduardo Cacossi, nº 81, Jardim Iguatemi – Bragança Paulista, filho de MANOEL BARBOSA DE LIRA e de MARIA SEVERINA DA CONCEIÇÃO. Ela operadora de telemarketing, solteira, natural de Anadia-AL, nascida no dia 23/12/1985, res. e dom. à Rua Eduardo Cacossi, nº 81, Jardim Iguatemi – Bragança Paulista, filha de JOSÉ IZIDORO NETO e de JOSEFA IZIDORO CAVALCANTE Protocolo: 1561/2010 - JORGE PASTORE e LUZIA PEREIRA DA CUNHA. Ele militar reformado, viúvo, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 05/10/1946, res. e dom. à Rua Itapechinga, nº 146, Santa Luzia – Bragança Paulista, filho de THOMAZ PASTORE e de MARIA APARECIDA PASTORE. Ela do lar, divorciada, natural de Joanópolis-SP, nascida no dia 22/05/1950, res. e dom. à Rua Itapechinga, nº 146, Santa Luzia – Bragança Paulista, filha de BENEDITO PEREIRA DA CUNHA e de MARIA APARECIDA OLIMPIA Protocolo: 1562/2010 - TIAGO GABRIEL DA SILVA e CAROLINE ALTHMAN MARTINS. Ele coordenador de logística, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 28/07/1986, res. e dom. à Avenida Osvaldo Aparecido Latanzi, 337, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de ANTONIO GABRIEL DA SILVA e de SANTINA FRANCO DA SILVA. Ela do lar, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 27/06/1989, res. e dom. à Avenida Osvaldo Aparecido Latanzi, 337, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de LUIZ ANTONIO PASCOAL MARTINS e de JESEBEL APARECIDA ALTHMAN Protocolo: 1558/2010 - LINCOLN PEREIRA XAVIER e RENATA KELLY ASSIS DE SIMONI. Ele secretário parlamentar, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 08/04/1975, res. e dom. à Rua Mauro de Próspero, 750, casa 11, Residencial das Ilhas - Bragança Paulista, filho de BENEDITO APARECIDO DE ALMEIDA XAVIER e de NEIDE PEREIRA FILHO. Ela professora, solteira, natural de São João Del ReiMG, nascida no dia 08/08/1985, res. e dom. à Rua Afonso Augusto Santangelo, 50, Jardim São José - Bragança Paulista, filha de ANGELO DE SIMONI e de ANETE MARIA VALE DE ASSIS SIMONI Protocolo: 1563/2010 - FABIO DONIZÉTI SENZIANI e ALINE CRISTINA DE CASTRO. Ele borracheiro, solteiro, natural de Jarinú-SP, nascido no dia 30/12/1985, res. e dom. à Avenida Saul Grabler, 361, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de LUIZ DONIZÉTI SENZIANI e de ORLANDA APARECIDA DE PAULA SENZIANI. Ela secretária, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 10/05/1991, res. e dom. à Avenida Luiz Gonzaga Leme, 758, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de ANTÔNIO CARLOS DE CASTRO e de SILVANA APARECIDA DO ROSÁRIO CASTRO Protocolo: 1564/2010 - ESEQUIEL LEME e NATALINA DE FÁTIMA JANUÁRIO. Ele pedreiro, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 14/05/1977, res. e dom. à Avenida Eusebio Savaio, 173, Santa Libânia - Bragança Paulista, filho de ISAC LEME e de OLIRTA PEREIRA GONÇALVES LEME. Ela laboratorista, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 15/06/1978, res. e dom. à Rua do Amor, 172, Vila Batista – Bragança Paulista, filha de MANOEL APPARECIDO JANUÁRIO e de APARECIDA DIONÉA DE AZEVEDO JANUÁRIO Protocolo: 1565/2010 - LUIZ AUGUSTO QUEZADO BEZERRA e MARILYN ALVES DA SILVA. Ele vendedor, solteiro, natural de Carolina-MA, nascido no dia 06/09/1977, res. e dom. à Avenida São Francisco de Assis, 333, apartamento 10, Jardim São José - Bragança Paulista, filho de JOSÉ AUGUSTO COSTA BEZERRA e de ELIZA SÍLVIA QUEZADO BARBOSA. Ela estudante, solteira, natural de Santo André-SP, nascida no dia 23/10/1993, res. e dom. à Rua Ana Vasconcellos Molinari, 155, Conjunto Habitacional Henedina Rodrigues Cortez, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de JOÃO JOAQUIM DA SILVA e de SIMONE ALVES DE SOUZA Protocolo: 1574/2010 - RONNIE LYNN ALTIC e ADRIANA RAMALHO DE OLIVEIRA LOSIVARO. Ele analista de programas, divorciado, natural de Jefferson City, Missouri, EUA, Estados Unidos da América, nascido no dia 22/10/1954, res. e dom. no 7214, Bruschcreek Road, cidade de Fairview, TE, EUA, com endereço nesta cidade à Rua Alfredo José, 90, Santa Luzia - Bragança Paulista, filho de ALVIN LEE ALTIC e de BARBARA DEAN BLURTON. Ela advogada, viúva, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 11/11/1970, res. e dom. à Rua Alfredo José, 90, Santa Luzia – Bragança Paulista, filha de ANTONIO RAMALHO DE OLIVEIRA e de DIRCE AZZOLINI RAMALHO DE OLIVEIRA Protocolo: 1575/2010 - MICHEL DE LIMA PEREIRA e GRAZIELA DE LIMA FRANCO. Ele comerciante, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 10/12/1979, res. e dom. à Rua Nelson Ribeiro, 206, Jardim Fraternidade – Bragança Paulista, filho de BENEDICTO BAPTISTA PEREIRA e de ANA MARIA APARECIDA DE LIMA PEREIRA. Ela comerciante, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 02/01/1978, res. e dom. à Rua Nelson Ribeiro, 206, Jardim Fraternidade – Bragança Paulista, filha de JOÃO CARLOS FRANCO e de SHIRLEY DE LIMA FRANCO Protocolo: 1576/2010 - RENÊ DOS SANTOS VIEIRA e SAMANTHA DAS NEVES DE OLIVEIRA. Ele policial militar, solteiro, natural de Irajuba-BA, nascido no dia 28/07/1986, res. e dom. à Avenida Saul Grabler, 154, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de LAURENCIO BRITO VIEIRA e de ROSALIA PEREIRA DOS SANTOS. Ela assistente administrativo, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 12/12/1990, res. e dom. à Avenida Saul Grabler, 154, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de JOSÉ MARCELO DE OLIVEIRA e de INES APARECIDA DAS NEVES
Protocolo: 1577/2010 - MARCOS PAULO GUERZONI VIDIRI e LUCIANA BERRETTINI. Ele advogado, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 12/01/1979, res. e dom. à Avenida Doutor Manoel José Villaça, 346, Jardim América - Bragança Paulista, filho de JOSÉ CARLOS VIDIRI e de TOSCA ALBINA GILDA GUERZONI VIDIRI. Ela dentista, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 21/09/1979, res. e dom. à Rua Expedicionário Basílio Zecchin Júnior, 252, Santa Rita de Cássia - Bragança Paulista, filha de ANASTASIO BERRETTINI e de VALDENIA LÚCIA MANGANELLO BERRETTINI Protocolo: 1578/2010 - TIAGO SOUZA DE JESUS e GEOVANA SOUZA SANTOS. Ele açougueiro, solteiro, natural de Gandu-BA, nascido no dia 31/03/1989, res. e dom. à Rua Paraná, 355, Parque dos Estados - Bragança Paulista, filho de ELENILDO LOPES DE JESUS e de DINAZALDA MESSIAS DE SOUZA. Ela ajudante geral, divorciada, natural de Ubatã-BA, nascida no dia 20/08/1983, res. e dom. à Rua Paraná, 355, Parque dos Estados - Bragança Paulista, filha de JURACI GREGORIO DOS SANTOS e de MARIA NEVES DE SOUZA Protocolo: 1579/2010 - GERALDO BARBOSA RAMOS DA SILVA e ANDRÉIA APARECIDA FRANCO. Ele técnico em câmbio, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 03/05/1978, res. e dom. à Avenida dos Imigrantes, 4935, Matadouro – Bragança Paulista, filho de MARLI BARBOSA RAMOS DA SILVA. Ela auxiliar de produção, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 12/03/1987, res. e dom. à Rua Kazaburo Kakegawa, 46, Jardim São Caetano - Bragança Paulista, filha de MILTON SILVEIRA FRANCO e de MARIA JOSÉ GONÇALVES FRANCO Protocolo: 1580/2010 - AIRTON DE MORAES e ANA CAROLINA TAVARES. Ele comerciante, solteiro, natural de São Caetano do Sul-SP, nascido no dia 26/08/1977, res. e dom. à Rua Dez, 50, Bosques da Pedra – Bragança Paulista, filho de LUIZ VALTER DE MORAES e de EMILIA FERNANDES DE MORAES. Ela comerciante, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 30/10/1980, res. e dom. à Rua Dez, 50, Bosques da Pedra – Bragança Paulista, filha de JOSÉ CARLOS TAVARES e de ZEILA MARIA CARDOSO TAVARES Protocolo: 1581/2010 - FRANCISCO BORGES DO NASCIMENTO JÚNIOR e PATRÍCIA MARIA PEREIRA. Ele auxiliar administrativo, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 09/11/1982, res. e dom. à Rua Araras, 526, Santa Libânia – Bragança Paulista, filho de FRANCISCO BORGES DO NASCIMENTO e de NAZARÉ FERREIRA DO NASCIMENTO. Ela ajudante geral, solteira, natural de Palmares-PE, nascida no dia 26/09/1992, res. e dom. à Rua Espanha, 536, Vila Garcia - Bragança Paulista, filha de LAUDICÉIA MARIA PEREIRA Protocolo: 1591/2010 - ANDRÉ LUIS ROSA MOREIRA e JAQUELINE VASCONCELOS. Ele auxiliar de marcenaria, solteiro, natural de Carapicuiba-SP, nascido no dia 18/03/1988, res. e dom. à Avenida Herculano Augusto de Toledo, 250, lote 1, bloco 5, apartamento 32, Conjunto Habitacional Henedina Rodrigues Cortez, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de FAUSTO MOREIRA e de ELIZABETH ROSA MOREIRA. Ela do lar, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 02/07/1993, res. e dom. à Avenida Herculano Augusto de Toledo, 250, lote 1, bloco 5, apartamento 32, Conjunto Habitacional Henedina Rodrigues Cortez, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de DIRCEU CUNHA VASCONCELOS e de ROSELI APARECIDA DE OLIVEIRA VASCONCELOS Protocolo: 1592/2010 - CLAYTON FRANCISCO DOS SANTOS e RENATA ALESSANDRA MOURÃO. Ele açougueiro, divorciado, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 05/09/1985, res. e dom. à Rua Primavera, nº 05, Cruzeiro – Bragança Paulista, filho de PEDRO FRANCISCO DOS SANTOS e de DIVA MARIA GONÇALVES DOS SANTOS. Ela ajudante geral, solteira, natural de Amparo-SP, nascida no dia 03/06/1979, res. e dom. à Rua Primavera, nº 05, Cruzeiro – Bragança Paulista, filha de ROBERTO FRANCO MOURÃO e de LOURDES SANTA DE OLIVEIRA MOURÃO Protocolo: 1600/2010 - ANDRE ROCHA DE OLIVEIRA e DANIELA DANTAS SANTOS. Ele serralheiro, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 09/01/1977, res. e dom. à Rua Wadja Berbari, 164, Padre Aldo Bolini - Bragança Paulista, filho de BENEDITO ROCHA DE OLIVEIRA e de IRACI ANA DE ALMEIDA OLIVEIRA. Ela do lar, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 18/09/1988, res. e dom. à Rua Wadja Berbari, 164, Padre Aldo Bolini - Bragança Paulista, filha de AMARO MORAES SANTOS e de CLEONETE MENEZES DANTAS Protocolo: 1601/2010 - ALEX APARECIDO FERREIRA PEREIRA e FERNANDA MARFARAGI. Ele soldador, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 09/06/1989, res. e dom. à Rua Holanda, 116, Vila Mota - Bragança Paulista, filho de JOSÉ GERALDO PEREIRA e de ROSANA FERREIRA PEREIRA. Ela auxiliar de vendas, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 29/10/1981, res. e dom. à Rua José Guilherme, 386, Centro – Bragança Paulista, filha de EURIDES FARIAS MARFARAGI e de VERA LÚCIA DA SILVA FRANCO MARFARAGI Protocolo: 1602/2010 - FRANCISCO JOSÉ DA SILVA e HELEN TATIANE MARTINS DE SOUZA. Ele cozinheiro, solteiro, natural de Viçosa do Ceará-CE, nascido no dia 06/06/1985, res. e dom. à Rua Santa Filomena, 167, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filho de JOSÉ MARIA DA SILVA e de HOSANA MARIA DA CONCEIÇÃO. Ela promotora de eventos, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 17/01/1987, res. e dom. à Rua Santa Filomena, 167, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filha de AMARILDO PEREIRA DE SOUZA e de SILVANA MARTINS DE SOUZA
Bragança Paulista 19 de outubro de 2010 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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Redes sociais infantis ganham espaço TogetherVille é uma espécie de Facebook para crianças; sites brasileiros misturam redes sociais com jogos
por ALEXANDRE ORRICO/FOLHAPRESS
Usuários da internet brasileira com faixa etária entre seis e 14 anos gastaram 60% do tempo on-line em sites de entretenimento, programas de mensagem instantânea e de redes sociais, aponta estudo feito pela comScore divulgado em junho deste ano. Redes sociais voltadas para o público infantil começam a ganhar espaço no mundo virtual. Uma das mais recentes é a Together Ville (togetherville.com), que funciona como uma espécie de Facebook para crianças de seis a dez anos. Disponível desde maio e por enquanto apenas em inglês, o site também dá espaço para que os pais participem e monitorem as atividades dos pequenos. Na intenção de oferecer uma experiência mais completa, outros endereços eletrônicos combinam jogos e sites de relacionamento. É o caso do ClubPenguin (clubpenguin.com. br), que funciona também como uma rede social para as crianças. A criança pode personalizar um pinguim e passear por um mundo onde as aves estão no comando mas tudo só acontece depois que um responsável faz o cadastro e configura que tipo de bate-papo (com filtro de termos ou apenas frases pré-programadas) poderá ser praticado. O jovem pinguim pode conversar e ver os outros membros da rede andando pelo mundo virtual.
Também focado na interatividade entre os usuários, o ToonTown (toontown.com.br) oferece um ambiente parecido com o de um RPG on-line, mas bem simples. A criança pode criar um avatar animado para explorar o mundo, fazer amizades e enfrentar monstros. Por sua vez, o Migux (migux.com.br) é um ambiente virtual aquático em que os pequenos são peixinhos, escolhem uma casa e têm que ganhar conchas, que valem como dinheiro, por meio de jogos para mobiliar seu espaço.
SEGURANÇA
A dentista Anna Carolina Perez, 27 anos, é mãe de Pedro, 9. O garoto não desgruda do computador. ‘Às vezes, ele não quer nem almoçar para ficar na internet ou em sites de jogos’. Anna, que nunca se preocupou com as atividades do filho na web, se surpreendeu recentemente com um perfil do filho na rede Formspring (formspring.com), onde o usuário responde a questões anônimas. ‘Tinha muita informação pessoal ali, sobre a escola, telefone de casa e até perguntas mais íntimas, sobre o primeiro beijo dele, que nem eu mesma sabia que tinha acontecido’, diz a mãe. As perguntas podem ter sido atitudes inofensivas de colegas da criança, mas para evitar contato com material pornográfico, vírus ou pedófilos, o ideal é direcionar a criança para sites especificamente infantis, onde o responsável pode ter maior controle.
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