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Bragança Paulista

Sexta

5 Novembro 2010

Nº 560 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Para Pensar EXPEDIENTE

Pingar no “i”. MONS. GIOVANNI BARRESE

Retomandoocontatocomos leitores, ainda com o desejo de “quero um pouco mais” de férias, aproveito para agradecer ao Dr. Miguel Ângelo Brandi Júnior, que ofereceu reflexões que ajudam a formação da consciência que se deve ter para a compreensão da participação de cada cidadão na construção da convivência democrática. Este meu retorno é feito de algumas - chamemos -impressões que gostaria de compartilhar. Não constituem análises aprofundadas. São algo como sentimentos que afloram nestes tempos pós-eleitorais. Vamos lá! A expressão que dá título à presente abordagem denota intenção de finalizar uma questão, uma dúvida. Estou aplicando à póseleição, especialmente, à escolha de Dilma Rousseff como presidente da República, o primeiro pingo o “i”. Deve-se utilizar presidente ou presidenta? Alguns acham que se deva usar o masculino. Outros o feminino. Outros afirmam que as duas formas são válidas. Parece que o uso das duas formas é correto. O soar das palavras é diferente. Valerá

o gosto. Outro pingo o “i” vai para a afirmação que prestígio não se transfere. Parece que o presidente Lula conseguiu transferir para sua candidata a aprovação que seu governo tem tido. E que ultrapassa, de muito, qualquer outro governo. As razões de tão boa qualificação são muitas e nem todas bem vistas. Acontece, todavia, que a aprovação deu seus frutos! Novo pingo o “i” cabe na análise que as campanhas, tanto governista quanto da oposição, deixaram muito a desejar e resvalaram, muitas vezes, para o campo das ofensas. Os programas de governo, praticamente, não foram debatidos. Saliente-se que, do lado do governo, a candidatura Dilma foi assumida imediatamente. Do lado da oposição foi longa a indefinição entre José Serra e Aécio Neves. Interesses pessoais e locais emperraram a máquina do PSDB. Houve demora no “azeitamento” das engrenagens. A movimentação tardia custou caro. Cabe mais um pingo o “i” para o fato da intervenção de ministros religiosos, de uma forma não vista antes, na campanha

eleitoral, exigindo posicionamento dos candidatos em questões como a do aborto, do reconhecimento das uniões homo afetivas, etc. Aqui esbarramos num campo minado. Na Igreja católica sempre se definiu a não participação dos ministros ordenados na política partidária. Alguns bispos e padres - de forma mais explicita ou não - acabaram assumindo posicionamentos públicos que indicaram em quem votar ou não. Isso criou buchicho enorme. E trouxe exposição de divisões na forma de entender o direito às manifestações públicas. Creio que o assunto se tornará presente, nos próximos meses, nas reuniões e assembleias das igrejas. Na Igreja católica isso acontecerá. A questão da laicidade do estado e da manifestação dos diferentes credos na ação político-partidária é um tema que vai ainda exigir muito debate. Especialmente nos assuntos que estão marcados por questões éticas e morais. O tema religioso levou os candidatos a manifestações e gestos religiosos que, como se sabe, não lhes são

próprios. A presença no santuário de Aparecida marcou isso. A vivência da catolicidade para os dois candidatos à presidência da República não é uma constante. Suas possíveis devoções pessoais e convicções interiores não estão, é claro, em jogo. Mas a manifestação de serem membros da Igreja... No gancho desta constatação introduzo um último pingo no “i”, nas breves linhas que finalizam a coluna, com o tema da participação dos que chamamos “políticos” em suas comunidades eclesiais. Não sei se os leitores concordam com minha visão: há poucos “políticos” que realmente participam de suas igrejas. Repito que não entro nas questões de foro íntimo e nas expressões pessoais de fé religiosa. Fico no externo. Quantos “políticos” conhecemos que são membros ativos em suas comunidades religiosas (paróquias, por exemplo)? Para uma enorme maioria a presença nas igrejas se faz em momentos especiais onde a presença é valorizada e notada. E, se, possível, anunciada. E se for em época de eleições... Um envol-

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Alexandra Calbilho (mtb: 36 444)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.

vimento constante e fiel é raro. Essa realidade sempre me chamou a atenção. Que dificuldade existe entre o exercício do poder político e a vida comunitária da fé? Seria uma questão de ajeitar horários? Uma questão de disciplina pessoal? Talvez sim (porque horário e pontualidade não são levados a sério por eles! Alguém conhece algum ato político que respeita horário?). Seria, talvez, a distância entre os compromissos partidários, as opções de ação e as exigências da fé que se diz professar? Penso que este é um tema que pode suscitar boas conversas. É possível viver a fé em todas as suas dimensões e exercer mandato político?


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Jovens

Equipe com Prof. Maurício no Circuito Paulista FPA

talentos

Crianças e adolescentes treinadas no Estádio do Municipal se destacam em competições de atletismo

colaboração SHEL ALMEIDA

Se você for até o Estádio Cícero de Souza Marques, o “Municipal” ao lado do Lorenção, em qualquer dia da semana, entre às 18h40 e 21h vai encontrar diversas crianças e jovens pulando, correndo, se alongado. São meninos e meninas de sete à dezessete anos que vem de todas as partes da cidade para aprender e treinar técnicas de atletismo com os irmãos Maurício e Márcia Dubard. Alguns acabaram de chegar ao grupo e ainda estão aprendendo a desenvolver corretamente os exercícios. Outros estão ali há um tempo e já chegaram ao nível de competição. Segundo Maurício, a média de crianças treinando com eles durante o ano é de cinqüenta, no verão são aproximadamente duzentas. Para fazer parte do grupo e só querer treinar e vir ao Municipal no horário dos encontros. A equipe tem apoio da Prefeitura e da Secretaria de Esportes.Para Márcia, o atletismo é a base de qualquer esporte e favorece tanto aqueles que querem apenas manter as atividades físicas em dia quanto os que já treinam outras modalidades como, futebol, vôlei ou natação.

no revezamento nacional, 3° lugar no pentatlo estadual e 3° lugar nos 80m com barreiras, também estadual. “Minha vida é o atletismo”, afirma. Já viajou à Fortaleza – “foi uma surpresa”, ela diz – e quase se classificou para o sulamericano “faltou pouco”, conta. Outro destaque do grupo é Thomas Maia Machado, de 13 anos. Treinando há um tempo relativamente curto, “comecei a levar a sério no final do ano passado”, o garoto já tem alcançado bom resultados nas modalidades em que compete: conseguiu o 1° lugar nos 80m e o 2° lugar nos 60m, ambos estaduais. Além dessas, ainda compete nos 60m com barreiras e no salto à distância. De acordo com Maurício, ainda é preciso destacar o desempenho de José Flávio, que conseguiu o 3° lugar no lançamento de disco, e a equipe pré mirim de revezamento, formada por Letícia Matos, Maria Alice Dubard e as gêmeas Paula e Luciana Tavares, que participou dos Jogos Abertos do Interior.

Aptidão

Para Márcia é possível perceber logo se a criança terá aptidão para os esportes ou não. “Pelo tamanho, porte físico dá pra ter uma idéia, mas é Grupo heterogêneo preciso maturação”, fala. Até mais ou menos os Maurício e Márcia vêm de uma família de atletas. 15 anos, a criança passa por todas as modalidades O pai participava de competições, a tia era a técnica do atletismo, pra ver qual poderá desenvolver dos dois na época em que também competiam. melhor. “É um trabalho multilateral”, diz. “Nessa Hoje, profissionais de educação física, passam a idade, se treinar um tipo específico de exercício experiência para as crianças, entre elas os filhos pode desenvolver uma parte do corpo e não outra. Guilherme e Maria Alice, respectivamente. Mau- Não é bom”, completa. Algumas vezes acontece rício está no comando do treino para a garotada de o jovem preferir uma modalidade, mas ter no Municipal desde 2003, Márcia se uniu a ele há desempenho melhor em outra. Aí vai do técnico avaliar e saber direcionar o dois anos. Como são muitas atleta. “Alguns vem para as crianças, o grupo é divido por faixa etária. “O grupo é Alguns vem para treinar por questão de saúde, heterogêneo”, fala Márcia, treinar por questão outros a gente direciona a explicando que ali existem de saúde, outros a performance”, fala Maurício. crianças de todas as idades quem acha que não tem gente direciona a “Até aptidão pode vir”, completa e classes sociais. “Todos performance Márcia.ParaMaurício,aprática convivem com harmonia, de esporte não só mantém um cuida muito do outro”, a criança saudável como a completa, enquanto vai Até quem acha distanciadasdrogas.Emesmo passando comandos para a que não tem aptidão os que têm qualidades para turma. Entre as histórias de pode vir se tornar atleta, podem não vida que conheceu através seguir a carreira futuramente. do esporte, para ela uma se destaca. A de um garoto Maurício diz que o melhor Maurício e Márcia atletaquejátreinouseformou que era problemático na escola onde ela leciona e em enfermagem. Outro, da primeira turma que treinou, que descobriu nos treinos que não precisava ser violento ou destrutivo para segue na área dos esportes de outra maneira: se chamar a atenção: “Eu percebi essa carência por formou em educação física. Laís diz que quer atenção nele, pelas atitudes. Brigava com todo continuar na área, mesmo que não possa mais mundo na escola”. Márcia notou o porte físico competir. Pretende estudar também educação do garoto que achou ele poderia se destacar nos física ou nutrição esportiva. Segundo Maurício, esportes. Resolveu convidá-lo para os treinos. os que têm 16 anos ou mais e se destacam nos “Eu quero que você vá”, ela disse. Convite aceito, treinos no Municipal, são encaminhados por ele hoje o menino é disciplinado, tem amizade com para a Rede Atletismo, onde também é técnico. todo mundo e melhorou na escola. E, segundo Vários já chegaram lá. Outros estão a caminho, Márcia realmente vem se destacando, logo já como Laís. poderá participar de competições.

Competições

Entre os jovens que se destacam, está Laís Serinoli Rodrigues, de 14 anos. A menina pratica esporte desde os quatro anos de idade, já passou pela natação, pelo vôlei e pelo futebol. Aos 12 anos, recebeu como orientação do professor de educação física da escola, passar a treinar no Municipal, pois tinha grande aptidão. Desde que começou, já conquistou sete títulos em competições, entre eles o 1° lugar nos 75m estadual, 1°

Lais, premiação 80m barreira nas Olimpíadas de Fortaleza - CE

Maurício em atividade com as crianças “É preciso saber a hora de ser duro nos treinos”

Os treinos no Municipal acontecem de segunda à sexta, das 18h40 às 21h. Quem se interessar pode entrar em contato com Maurício para obter mais informações através do cel: 11 9845.7201

Os irmãos Maurício e Márcia vêm de família de atletas: pai competia, tia os treinava. Agora eles treinam os filhos Guilherme e Maria Alice


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Informática

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&

Tecnologia

Fale com seu computador Mais sofisticados, sistemas de reconhecimento de fala para celulares e PCs permitem executar ações com comandos de voz

por RAFAEL CAPANEMA/FOLHAPRESS

Em vez do tec-tec-tec do teclado e do clique-clique do mouse, o blablablá. Cada vez mais sofisticados, os principais softwares para controlar celulares e computadores por meio da fala apresentaram novidades recentemente. Parte da mais célebre linha comercial desse tipo de software, o Dragon Dictate ganhou no fim de setembro uma nova versão para Mac. O Windows 7 inclui um sistema para controlar o computador por meio de palavras ditas ao microfone. A possibilidade de fazer buscas e dar ordens ao celular usando a voz é um dos principais trunfos do Android, sistema operacional móvel do Google. É muito mais prático, por exemplo, aproximar o celular da boca e dizer ‘restaurantes tailandeses na região metropolitana da Baixada Santista’ do que digitar a frase, letra por letra, cutucando um diminuto teclado. Além de potencialmente divertidos para os entusiastas de tecnologia, os sistemas de reconhecimento de voz são fundamentais para outro público: as pessoas com mobilidade reduzida.

Jogo é usado no tratamento de distrofia muscular em SP

por AMANDA DEMETRIO

O corintiano fanático Anderson Batista dos Anjos, 26, não tem força muscular para segurar uma guitarra ou tocar um trompete. Ainda assim, ele cria música durante seu tratamento na Abdim (Associação Brasileira de Distrofia Muscular). Anjos usa o GenVirtual, desenvolvido por Ana Grasielle em seu doutorado no LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis) da USP. O jogo virtual usa os símbolos de realidade aumentada para funcionar. O usuário aponta para um cartão e o gesto é lido pela câmera instalada no computador. O programa interpreta qual cartão foi acionado pelo gesto e realiza uma ação. Com o software, é possível brincar de jogo da memória e até com uma espécie de Guitar Hero adaptado, mas o favorito na Abdim parece ser o game de criação de música. No jogo, os cartões com símbolos de realidade aumentada ficam posicionados sobre a mesa cada um é uma nota musical. O paciente precisa fazer o movimento de colocar a ponta de uma espécie de vareta sobre o cartão. Feito isso, o programa emite um som. Uma sequência de gestos permite criar uma música. Segundo Adriana Nathalie Klein, que coordena o setor de terapia ocupacional da Abdim, o uso do jogo aumentou a motivação dos pacientes e funciona de

maneira complementar a outras terapias. ‘Mac OS X: The Missing Manual, Second Brasil, as Voice Actions só entendem Ela conta que, em casos de distrofia, a meta Edition’ (Mac OS X: o manual que faltava, inglês, por enquanto. Até hoje, aliás, a oferta de sistemas de segunda edição). é manter os movimentos existentes. O Google tem investido pesado em co- reconhecimento de fala em português para Reconhecimento de fala tem mandos de voz no seu sistema operacional celulares e computadores é quase nula. inúmeras aplicações Felix Ximenes, diretor de comunicação do móvel, o Android. Em PC e celular, tecnologia é usada por Em agosto, a empresa introduziu as Voice Google Brasil, afirmou à reportagem que deficientes, militares e escritores. Actions (ações de voz), que permitem, não há previsão de transpor a tecnologia de Tetraplégicos controlam o computador por exemplo, enviar mensagens de tex- reconhecimento de fala da empresa para a usando comandos de voz. to, iniciar a reprodução de uma música, língua portuguesa, mas que essa adaptação Militares americanos no Afeganistão falam ligar para um contato, enviar um e-mail ‘está no horizonte’ do Google. em inglês diante do celular, que reconhece e obter orientações de direção por meio O principal desafio, segundo Ximenes, é as frases e as traduz para pashtu. tornar o sistema capaz de compreender de comandos de voz. Um escritor dita seu novo livro inteiro com igual precisão os diversos sotaques Em português para o computador, que transcreve as brasileiros, o português de Portugal e o por RAFAEL CAPANEMA palavras com precisão. Além de só funcionarem na versão mais de outros países lusófonos, além da fala No trânsito, o motorista fala para seu ce- recente do Android a 2.2, que ainda não de pessoas que não tenham o idioma lular com GPS o endereço de seu destino, está disponível em nenhum celular no como língua primária. em vez de digitá-lo. Como se pode notar, são inúmeras as aplicações dos sistemas de reconhecimento de fala, tanto no computador quanto no celular. Entre os computadores, destaca-se a empresa americana Nuance, responsável pela aclamada linha comercial de softwares Dragon. David Pogue, colunista de tecnologia do ‘New York Times’, é um entusiasta de sistemas de reconhecimento de fala, especialmente do Dragon NaturallySpeaking. Usando o software, ele já Radiologista Lenira Luna, tetraplégica, e engenheiro Jose Antonio que fez programa para Lenira controlar computador com a voz, se apaixonaram e casaram ditou livros inteiros, como FOTO: LUCIANA WHITAKER/FOLHAPRESS

FOTO: SILVIA ZAMBONI/FOLHAPRESS

Andersom, 26, brinca de jogo de reabilitação para deficientes


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Comportamento

O que é isso, gente?

FOTO: JOAO BRITO/FOLHAPRESS

Eles dominaram o território, viraram o centro das atenções, ganharam regalias. Mas ainda não entraram para a raça humana, é bom avisar

por JULIANA VINES/FOLHAPRESS

Os cães estão mais humanos. Demasiadamente humanos. Com roupas e nomes de gente, vão à creche de perua escolar, passeiam no shopping, fazem sessões de spa. De melhores amigos foram promovidos a filhos. “O cachorro é o centro de muitas famílias. É a nova televisão. É ele quem une as pessoas”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de, entre outros livros, “De Perto Ninguém é Normal”. Na casa de Ully Caroline Sousa, 27, e Alessandro Alla, 29, ele médico radiologista e ela estudante de medicina, é assim: viagens e restaurantes, só quando a Diva pode. A mestiça de shih-tzu com maltês tem dois anos e meio e quase os mesmos privilégios de uma criança mimada da sua idade. Dorme com o casal (que não tem filhos), vai à creche de segunda a sexta-feira para ter aulas de adestramento e ganha presentes da Barbie. “Diva é a nossa filhinha”, diz a “mãe”. Casais que adotam cachorros são os clientes mais fieis de Vanessa Rodrigues, veterinária dona da creche animal Cãominhando, que chega a ter 150 mensalistas fixos. No pet shop de luxo de Felipe Faria, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, casais e mulheres sós são os que mais usam o serviço de fraldário, primeiro no Brasil.

Como a gente

Não é preciso ir mais longe: sobram evidências para o que os especialistas chamam de antropomorfismo ou humanização atribuir aos bichos características e sentimentos humanos. As hipóteses para explicar o fenômeno são muitas. “A configuração da família está mudando. Cresce o número de pessoas sozinhas e com dificuldade de se relacionar”, comenta Goldenberg. Para o psiquiatra Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do HC, o contato com animais de estimação tem a mesma função do contato interpessoal: suprir carências afetivas. “É uma relação benéfica e prazerosa. O simples toque em um animal libera hormônios que aumentam a disposição para contatos sociais, entre outros benefícios.” Da brincadeira divertida para a relação pai e filho é um pulo. Segundo a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs (ela é uma das idealizadoras do projeto Pet Smile, de terapia assistida com animais), o grande atrativo que faz os bichos serem humanizados é que eles são fontes certeiras e inesgotáveis de afeto. Um cão não reclama se você chegar tarde e sempre está disposto a dar uma volta. “É o

relacionamento perfeito. Podemos desabafar sem receber críticas. Colocamos eles no patamar afetivo de seres humanos e preenchemos um vazio”, diz Hannelore.

Amor incondicional

A promotora de eventos Sandra Portelo não esconde sua relação com as cadelas Carla Bruni, Isabeau e Nina: “Cachorro é o único amor que a gente compra. É amor incondicional. É polêmico, mas é assim que penso.” E gasta R$ 1.000/mês com as peruagens no pet shop. Cecy Passos, 40, é dona e empresária da gata Nikole. A bichana de dez anos tem uma carreira de top de botar inveja em adolescentes. Assina linha de produtos felinos, abre desfiles de moda, tem site e seguidores no Twitter. Tanta fama faz com que muita gente conheça a dona pela gata (e não o contrário). “Vou a todo lugar com ela. Somos uma só. Às vezes, é como se eu tivesse perdido a identidade”, diz Cecy. Aí é que está. O problema não é chamar de filho ou dar regalias ao bicho, segundo o psiquiatra Alvaro Ancona de Faria, professor da Unifesp. “O problema é idealizar a relação e projetar no animal um comportamento que não é de sua natureza. Como é mais fácil de controlar, a pessoa acha que é uma relação perfeita e acaba ficando desestimulada de criar outros vínculos sociais.” Para cães e gatos, serem tratados como crianças também não faz bem. “As necessidades básicas dos animais podem ser esquecidas”, diz Ceres Berger Faraco, veterinária e terapeuta animal. Em sua clínica, a terapeuta atende famílias com “cachorros-problema”. “São cães agressivos e que não podem conviver em grupo. Eles ficam assim porque são tratados como gente.” Não custa passar o lembrete de Cesar Ades, professor do Instituto de Psicologia da USP e um dos pioneiros no estudo de comportamento animal no Brasil: apesar de o contato com bichos fazer bem, nunca vai substituir a relação com outras pessoas. “São coisas diferentes. O cachorro nos dá coisas que o ser humano não dá, e os animais não dão tudo que os humanos dão. Eles nos dão uma alegria canina. Só isso já é culturalmente válido.”

“Não pense no seu cão como se ele fosse uma criança”

A psicóloga Alexandra Horowitz cresceu rodeada por cães e sempre desconfiou da máxima segundo a qual todos eles são iguais. Depois de anos pesquisando comportamento animal cientificamente, a doutora em ciência cognitiva pela Universidade da Califórnia concluiu

que os cachorros não são compreendidos pelos humanos. O resultado está no livro “Inside of a Dog”, recém-lançado no Brasil com o título “A Cabeça do Cachorro” (BestSeller, 420 págs., R$ 29,90). Em entrevista à reportagem, ela discute o encanto desses bichos e diz como eles se sentem quando são tratados de igual para igual. Reportagem - Os cães gostam de ser tratados como humanos? Alexandra Horowitz - Provavelmente ficam confusos quando falamoscomelescomfraseslongas e incompreensíveis ou quando os vestimos. Não faz sentido.

Cecy Passos e sua gata Nikole, que tem quase 300 seguidores no twitter, assina linha de produtos específicos para gatos e participa de palestras e eventos

Você acha que os cães podem ser tratados como filhos? É normal os cães fazerem parte da família. Por outro lado, eles não têm a capacidade para compreender tudo o que uma criança é capaz de compreender. Não devemos esperar isso. Punir um cachorro por mau comportamento é apenas crueldade. O cão não percebe que fez algo errado, só sabe que deixou você com raiva. É muito melhor não pensar no seu cão como se ele fosse uma criança. Trate-o como o animal que ele é: uma criatura olfativa, que depende de você a maior parte do tempo e precisa de exercício, brincadeiras e de uma família para ser feliz. Podemos dizer que os cachorros estão cada vez menos animais e mais humanos? Não,masnóspensamos quesim.Noentanto, elesjá perderam muitas habilidades que precisariam para sobreviver sozinhos na selva e até nas cidades. O que faz dos cachorros bichos tão especiais? Eles têm muitas habilidades para se relacionar com os seres humanos. Essas podem ser características naturais ou então, ao longo da história, eles foram sendo selecionados e treinados. Certamente são os animais que mais conseguem entender e interagir com os humanos.

Quais são essas habilidades?

Eles são especialmente sensíveis, atentos e muito curiosos. Se você vive com um cão, provavelmente ele está perto de você agora, observando atentamente ou pronto para olhar para você a qualquer instante. Elesnosobservamotempotodoeconhecemnossos hábitos. É engraçado que achamos isso agradável

em um animal de estimação, mas não seria tão agradável se fosse em outra pessoa. Os cães também correspondem às nossas ações: seguem os passos, ouvem o que dizemos (quando sabemos falar com eles) e nos perdoam sempre. Mas têm mesmo sentimentos parecidos com os da gente? Sim, sentem todas as emoções básicas: raiva, medo, alegria, tristeza. Ainda não se sabe se eles sentem ciúme ou culpa da mesma forma que nós sentimos. Há pesquisas sobre isso. Acho improvável, porque são emoções baseadas na cultura humana. Por outro lado, é claro que eles também têm outras emoções próprias da espécie.

Aqui o bicho pega

Mariah Carey tem vários cães da raça jack russell terrier. O mais famoso é Jackson P. Mutley, conhecido por Jack, que já estrelou filmes e clipes da cantora. O fã-clube do mascote tem site até no Japão Lou Reed é “pai’ de Lollabelle. Em junho, o artista e sua mulher, Laurie Anderson, fizeram um concerto para cães em alta frequência. O show ‘Music for dogs’ durou 20 minutos e só pode ser ouvido pelos cachorros Susan Sarandon foi ao desfile da estilista Donna Karan, na última Semana de Moda de Nova York, acompanhada de Penny. Não é a primeira vez que a atriz leva a cachorra em eventos fashion Gisele Bündchen a yorkshire terrier Vida não saiu de perto da top nem do dia do seu casamento com Tom Brady, no ano passado. A cadela participou da cerimônia usando uma coleira com flores de cetim.


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Um estilo de vida único em Bragança Paulista tem a grife Campos do Conde.

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Casa & Reforma

Bancos ampliam comprometimento de renda em crédito Empresas pedem fiador para os casos em que quantia significativa do salário é comprometida com a prestação

por EDSON VALENTE/FOLHAPRESS

Quem financiava a compra de um imóvel com banco ou construtora costumava comprometer de 20% a 30% de sua renda familiar mensal com as prestações. Nos últimos cinco anos, esse percentual vem crescendo. Atualmente já é possível reservar 50% do orçamento para quitar as mensalidades. Geralmente são os bancos que definem esse número. Hoje eles assessoram o cliente da construtora mesmo na fase de obras, por meio de parcerias com as empresas. Para não perderem negócio, costumam flexibilizar a fatia da renda familiar que será reservada para saldar o financiamento. Na parceria entre a imobiliária Coelho da Fonseca e o banco Itaú, o mutuário que quer elevar o comprometimento de sua renda familiar até o patamar de 50% é instruído a adotar um fiador. “É uma solução para o cliente que tem um bom perfil”, afirma Claudio Costa, gestor da área de financiamento da parceria.

Olho nas contas

Cabe então ao mutuário ser prudente ao avaliar suas contas. “Ele não deve esquecer que tem outras obrigações, com educação, filhos, alimentação”, reforça Luiz Antonio França, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). “O banco em geral limita [esse comprometimento] a 35%, mas pode emprestar 40% se o contratante tem um plano de pagamento em que vai usar recursos do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]”, cita Cláudio Borges, diretor de crédito imobiliário do Bradesco. “É uma questão de ajuste. O que não queremos é perder o negócio por detalhes que venham a ser chamados de burocracia”, define. Antes de assumir um compromisso desses, porém, é preciso analisar com cuidado o orçamento doméstico.

Comprometimento calculado Além de 30% Se haverá recursos, como os do FGTS, para quitar parcelas intermediárias Se a família mantém o controle do orçamento a médio e longo prazos Se existe uma reserva financeira para emergências

financiaria a compra de uma casa na Vila Romana (zona oeste) em dez ou 15 anos -precisou de 20. Mas conta que ajustou o prazo e o valor do imóvel ao comprometimento de renda. “Comecei definindo quanto tinha para dar de entrada”, cita. “Queria comprometer 20% da renda mensal com as parcelas. Coloquei também na balança gastos com reformas e mudança.” Goytacaz agiu de acordo com o que recomendam os consultores. “É responsabilidade de quem toma o capital analisar se conseguirá honrar a dívida mês a mês”, alerta Luiz Antonio França, presidente da Abecip (associação de entidades de crédito). Planejar o orçamento familiar, não só a curto mas também a médio e longo prazos, é importante para dimensionar o peso do endividamento. É necessário, por exemplo, ater-se a outras compras a prazo, como o financiamento de um veículo. Para França, é “saudável” comprometer até 30% com os planos de crédito somados, incluído o da casa própria. Outra opção para a mensalidade caber no bolso é estender o prazo do financiamento -foi o que aconteceu com Camila Goytacaz. “Em vez de comprometer 40% da renda em dez anos, o mutuário pode comprometer 35% em 15”, menciona Claudio Costa, da Coelho da Fonseca. Nesse caso, contudo, o total pago de juros ao final do plano será maior.

Compra em grupo

Compor renda com um parceiro, parente ou amigo também é uma estratégia comum para aliviar as contas. Há bancos que limitam essa composição a duas pessoas. Na Caixa Econômica Federal, “não há limite para o número de pessoas”, afirma Nédio Henrique Rosselli Filho, gerente regional de Habitação em São Paulo. O diretor de arte Sérgio Parise Jr., 27, conta que financiou a compra de um apartamento em Santana (zona norte) com a noiva. “Juntamos forças”, diz. Mas admite que “apertaram os cintos”

para saldar cerca de R$ 1.000 mensais. “Negociamos com o banco e dobramos o que pretendíamos pagar inicialmente, mas precisamos cortar gastos supérfluos, contas em lojas.”

Banco checa despesas do mutuário

Ao analisar o perfil do cliente para definir o comprometimento de renda, os bancos não avaliam apenas o seu ganho mensal. “Analisamos se ele tem outras dívidas”, diz Nédio Rosselli Filho, da Caixa. “Ele pode ganhar R$ 10 mil, mas ter muitas despesas, impactando sua capacidade de pagamento.” Comprarumimóvelésempreuminvestimento que requer um bom planejamento. Para quem não possui o valor total para a aquisição do bem, uma saída será recorrer ao crédito imobiliário. Essa opção deve ser muito bem analisada, conhecendo os possíveis problemas e as consequências de um financiamento de longo prazo para as finanças da família. Muitos bancos podem conceder linhas de crédito em que as parcelas mensais alcancem até 40% da renda familiar. É um percentual perigoso, principalmente para famílias sem uma reserva financeira de emergência. Assumir um percentual tão alto pode colocar em risco a saúde financeira da família em caso de imprevistos. Não existe um percentual ideal para todos, mas um percentual ideal para cada caso. Para chegar a ele, é necessário elaborar um planejamento financeiro coerente e rígido, com disciplina e controle. De forma geral, o limite de financiamento imobiliário não deve exceder 25% do percentual de renda da família, para que não atrapalhe demais as metas e as despesas que precisam ser respeitadas. É fundamental pensar no futuro reservando também um percentual para outros investimentos. Se, para comprar seu imóvel neste momento, o financiamento exceder os 25% (da renda familiar), talvez seja melhor repensar a compra, acumular mais capital e reduzir de forma consciente e inteligente o percentual dele. FOTO: SILVIA ZAMBONI/FOLHAPRESS

Não ultrapasse Não ultrapasse 30% Se a família pretende se endividar com outros bens, como carros Se o controle orçamentário familiar não é rígido Se não há uma reserva financeira para imprevistos Orçamento familiar deve ser analisado A escritora Camila Goytacaz, 32, imaginava que

Camila Goytacaz, 32, escritora, organiza documentos relativos a casa , na companhia do seu filho Pedro


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Teen

Direito ao Direito por DIOGO BERCITO/FOLHAPRESS

Completou 20 anos que o Estatuto da Criança e do Adolescente entrou em vigor ou seja, passou a ser aplicado para valer. Em 13 de julho passado, o ECA comemorou outro aniversário: o de sua criação. As datas se relacionam a dois pontos de vista sobre o Estatuto: um em que o jovem vê as normas como uma coisa teórica, chata e distante, e outra em que o texto se torna instrumento prático da garantia dos direitos. Leia, a seguir, a história de quatro adolescentes que não se calaram diante de violações, da má qualidade do ensino público à violência física. E aproveite para escolher se você quer ser um jovem “13 de julho” ou “12 de outubro”. O ECA está aqui: bit.ly/ECAteen

Garoto encontra refúgio em abrigo após apanhar da mãe Art. 101 [...] O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar [...] As lembranças da infância de Jhonatan de Oliveira, 18, são repletas de lacunas. Encontrado debaixo de um viaduto em São Gonçalo (RJ), com seis meses de vida, ele não sabe onde nasceu. Desde então, há outros recantos da memória que ele não visita. Constantemente agredido pela mãe adotiva, ele fala de vazios no passado causados pelo trauma. “Não era palmada. Apanhava com vara de goiaba, com correia”, conta. “Mal consigo me lembrar.” As razões, diz, eram os “escândalos” que fazia quando descobriu ser adotado. Denúncias de vizinhos levaram o Conselho Tutelar a refugiar Jhonatan então com sete anos em um abrigo por um ano. As agressões continuaram nos seis anos seguintes, durante os quais ele passou a pedir ajuda sozinho. “Eu corria até o Conselho”, conta. “Na hora, ir para o abrigo era a melhor coisa que eu podia imaginar”, diz. “Todo o mundo me dava atenção.” Aos 15 anos, a violência cessou. Hoje, ele sonha ser conselheiro tutelar. “O ECA foi minha proteção.” (DB)

Estudante garante boa educação ao reclamar de falhas na escola

Art. 53 A criança e o adolescente têm direito à

educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho [...] “Grotesca”. É com essa palavra que o carioca Luis Fernando de França Romão classifica a situação do colégio em que estudou em 2005. “Os alunos não tinham merenda, e os professores faltavam muito”, relata o garoto, hoje com 20 anos de idade e estudante de direito. Descontente com a educação que recebia, ele se lembrou de um certo livrinho, presente de sua mãe, que tinha lido naquele mesmo ano: um exemplar do ECA. “Fui ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio e disse que meus direitos não estavam sendo cumpridos. Eles avaliaram a escola e viram que era má administrada.” Dias depois, a direção do colégio foi demitida. “Os alunos perceberam que dá para reclamar, que as coisas podem ser resolvidas e que podemos ser ouvidos.” A partir dessa vitória, Luis resolveu abraçar a causa. Aos 17 anos, o garoto entrou para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio. “Meus direitos estavam sendo discutidos ali. Então, queria estar por perto.” (DB)

Denúncia de irmão livra garota de abuso sexual dentro de casa

Art. 5 Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais [...] Ao sete anos, João (nome fictício) já desconfiava de que havia alguma coisa muito estranha entre seu padrasto e sua irmã mais nova. Foi aos 11 anos que ele flagrou a garota sendo abusada. Não teve dúvidas de que as marcas vermelhas na pele da irmã vinham daí. Mas teve medo. Temia a violência do padrasto, caso contasse aquilo a alguém. Ainda assim, ele procurou os professores da escola para narrar o que havia visto. “Eu sabia que era errado, tinha ouvido falar sobre abuso sexual na TV”, conta Anderson, hoje com 22 anos. Na época, a história chegou ao Conselho Tutelar de Ourinhos (a 378 km de São Paulo), onde ele mora. Condenado, o padrasto dos jovens ficou preso

por sete anos, antes de morrer. A mãe, que sabia dos estupros e não os impedia, ficou quase nove anos na prisão. Sem família, João e a irmã passaram a adolescência em abrigos. “Tirei minha irmã de uma situação horrível”, diz João. “Se aquilo continuasse, nós não seríamos nada na vida.”

FOTO: MARISA CAUDURO/FOLHA PRESS

Conselho Tutelar ajuda garota a conseguir o primeiro emprego

Art. 69 O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho [...] Mayara Trindade Silva, 18, sabia “mais ou menos” que tinha direito a um trabalho. Na dúvida, assim que completou 16 anos, a garota procurou um Conselho Tutelar e pediu ajuda para conseguir o primeiro emprego. “O conselheiro tinha arranjado trabalho para o meu primo, então, fui lá.” Após ser entrevistada e preencher uma ficha de cadastro, Mayara foi encaminhada para uma ONG que, por sua vez, a direcionou para um banco no qual ela foi aprendiz por vinte meses. Mayara recebia R$ 312 por mês, e o primeiro salário ela gastou com roupas. A remuneração foi aumentando. Hoje, efetivada, ela tem salário de R$ 1.400. Metade disso ela dá para a mãe investir na construção da casa da família. Com o resto, paga suas próprias contas. O “mais ou menos” a respeito dos direitos virou certeza. Ela teve aulas de cidadania e estudou o ECA na ONG. “Fui atrás do que eu queria e do que era meu direito.”

Luis Fernando de Franca Romao, 20,estudante que participa do Conselho Consultivo de Jovens e Adolescentes da ABMP FOTO: CELSO PACHECO/ FOLHAPRESS

Charles (nome fictício) denunciou o pai por assediar sua irmã. Adolescentes usam o estatuto da criança para garantir os seus direitos

ONDE POSSO DENUNCIAR? Na escola, no hospital e na delegacia, por exemplo. Outra alternativa é ligar para o Disque 100, serviço nacional que recebe denúncias de violações dos direitos de crianças e adolescentes.


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Seus Direitos e Deveres

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colunadoconsumidor@yahoo.com.br

GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA/ GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA

Há 53 anos um renomado escritor, procurou por meio do retrospecto histórico do Brasil explicar a situação que a sociedade enfrentava naquele momento. Deu ao livro o sugestivo nome: Raízes do Brasil. Nele, Sérgio Buarque de Holanda analisou os fundamentos do destino histórico do país. A obra, contudo, continua atual e pode ser utilizada para que se possa compreender o pensamento político-social brasileiro. Tendo em vista o momento político pelo qual passa a nação brasileira, transcrever um pouco destes fundamentos corresponde a presentear a sociedade com um poderoso instrumento não só de compreensão, mas também de luta para as tão aclamadas e pretensiosas mudanças no modelo político existente. Constata o autor: “A tentativa de implantação da cultura européia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em conseqüências. Trazendo de países distantes nossa forma de convívio, nossas instituições, nossas idéias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns destrerrados em nossa terra.” Sem dúvida o país recebeu a herança da nação ibérica. Para portugueses e espanhóis o valor a pessoa humana atribui-se a partir da autonomia de cada um em relação ao outro. “Cada qual é filho de si mesmo, de seu esforço próprio de suas virtudes”. “A falta de coesão em nossa vida social não representa, assim, um fenômeno moderno”. Não se pode negar que, em regra, só raramente o cidadão brasileiro se aplica de corpo e alma a um objeto exterior a si mesmo. E ainda, que “a personalidade individual dificilmente suporta ser comandada por

Novas raízes são necessárias

um sistema exigente e disciplinador”. Isso advém do fato de que “no exame da psicologia desses povos é a invencível repulsa que sempre lhes inspirou toda moral fundada no culto ao trabalho. Sua atitude normal é precisamente o inverso da que, em teoria, corresponde ao sistema do artesanato medieval, onde se encarece o trabalho físico, denegrindo o lucro. Só muito recentemente, com o prestígio maior das instituições dos povos do Norte, é que essa ética do trabalho chegou a conquistar algum terreno entre eles. Mas as resistências que encontrou e ainda encontra têm sido tão vivas e perseverantes, que é lícito duvidar de seu êxito completo”. Ocolonizador,deíndolemaisaventureiraquetrabalhadora, não é aqui digno de elogio, de fato, nem poderia ser considerado como tal, uma vez que o Brasil é para ele mais um lugar de passagem e exploração. Conclui o autor que a carência dessa moral do trabalho se ajustava a uma reduzida capacidade de organização social. A solidariedade entre esses povos existe somente onde há vinculação de sentimentos mais do que relação de interesses. O modelo reinante era o da família patriarcal, onde apenas os interesses do núcleo familiar formado não só por pai, mãe e filhos, mas todos os demais agregados, eram os que deveriam ser buscados. “Desta forma, não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. Assim, eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário “patrimonial”do puro burocrata conforme a definição de Max Werber. Para o funcionário “patrimonial”, a própria gestão política apresentase como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles

aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático, em que prevalecem as especializações das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas aos cidadãos”. Ainda hoje se pode afirmar como o fez Sérgio Buarque de Holanda na obra aqui ressaltada e aclamada, “a escolha dos homens que irão exercer funções públicas faz-se de acordo com a confiança pessoal que merecem os candidatos, e muito menos de acordo com as suas capacitações próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida do Estado burocrático.” “No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal”. Com o objetivo de alterar esse quadro duas saídas foram adotadas e até hoje perduram, sem sucesso, contudo. A primeira, a pura e simples substituição dos detentores do poder público. A outra, só aparentemente mais plausível, tentar compassar os acontecimentos segundo sistemas, leis ou regulamentos. Porém, se sabe que leviano por demais é acreditar que a letra morta pode influir por si só e de modo energético sobre o destino de um povo. “Nesse erro se aconselharam os políticos e demagogos que chamam atenção frequentemente para as plataformas, os programas, as instituições, como únicas realidades verdadeiramente dignas de respeito.” Mas o certo é que é essa vitória só se consumará, como salientaoautor,quandoforamliquidadososfundamentos personalistase,pormenosquepareçam,aristocráticos, onde ainda se assenta nossa vida social.

O dia em que o povo tiver a consciência de que é responsável pela existência de uma sociedade justa e igualitária e que colocar em prática a conduta solidária tão desejada, até mesmo pela letra fria das leis, o país vivenciará um novo quadro político-social. Atender a um dos chamados da Presidente Dilma Roussef, recentemente eleita para governar o Brasil, no seu primeiro discurso oficial no dia 31 de outubro após a proclamação do resultado das eleições, pode ser um bom começo: “(...)Porisso,reforçoaquimeucompromissofundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem. (...)A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida” O reconhecimento dos governantes de que não se governa sozinho, revivendo as raízes do país aqui expostas, certamente é uma grande revolução social.

Advogados Gabriela de Moraes Montagnana OAB/ SP 240.034 Gustavo Antônio de Moraes Montagnana OAB/ SP 214.810 Tel.: 11 4034.0606


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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista

Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 20 a 26 de outubro foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:

Protocolo: 1607/2010 - JÚLIO CÉSAR MACEDO DE MORAES e ANA PAULA DA SILVA DORTA. Ele metalúrgico, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 04/02/1983, res. e dom. à Rua Itararé, 88, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filho de BENEDITO APARECIDO DE MORAES e de MARIA ENEIDE NUNES DE MACEDO. Ela do lar, solteira, natural de Vargem-SP, nascida no dia 05/06/1985, res. e dom. no Sítio São Lucas, Bairro Estiva do Agudo – Bragança Paulista, filha de JOÃO DE OLIVEIRA DORTA SOBRINHO e de MARIA APARECIDA ROQUE DA SILVA Protocolo: 1608/2010 - DEVANIR VALENTIM DE OLIVEIRA e PATRÍCIA ALEIXO CASCALDI MARCELINO GOMES. Ele auxiliar de serviços gerais, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 08/07/1981, res. e dom. à Rua do Campo, 211, Jardim São José - Bragança Paulista, filho de SEBASTIÃO DA CUNHA OLIVEIRA e de MARIA JOSÉ BATISTA OLIVEIRA. Ela do lar, solteira, natural de Ribeirão Preto-SP, nascida no dia 03/01/1982, res. e dom. à Rua do Campo, 211, Jardim São José - Bragança Paulista, filha de LUIZ SÉRGIO MARCELINO GOMES e de MARIA ANTONIETA ALEIXO CASCALDI MARCELINO GOMES Protocolo: 1611/2010 - NEREU RODRIGO DA SILVA e PRISCILA LETICIA COLI DA PAIXÃO. Ele ajudante geral, solteiro, natural de Atibaia-SP, nascido no dia 04/09/1987, res. e dom. à Rua Maria Ochietti Bruno, 131, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filho de NEREU APARECIDO DA SILVA e de GLÓRIA APARECIDA PADILHA DA SILVA. Ela estudante, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 12/02/1993, res. e dom. à Rua Maria Piagentini Colli, 140, Jardim São Caetano - Bragança Paulista, filha de JOÃO BATISTA CARDEAL DA PAIXÃO e de TÂNIA CRISTINA APARECIDA COLI Protocolo: 1612/2010 - JOÃO IANI GOMES DE MESQUITA e ALINE REGIANE CARDOSO MAJOLLO. Ele chapeiro, solteiro, natural de Santa Quitéria-CE, nascido no dia 26/12/1979, res. e dom. à Rua Catarina Alvarina Fuentes, 81, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filho de RAIMUNDO NONATO MESQUITA e de RITA GOMES DE MESQUITA. Ela estudante, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 02/04/1991, res. e dom. à Rua Catarina Alvarina Fuentes, 81, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de CARLOS ALBERTO MAJOLLO e de MARCIA APARECIDA CARDOSO Protocolo: 1613/2010 - EMERSON BORTHOLO e GISLAINE CRISTINA GOMES DOS REIS. Ele operador de caixa, solteiro, natural de Osasco-SP, nascido no dia 18/02/1990, res. e dom. à Avenida Ézio Dinamo Rossi, 154, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de SILVIO BORTHOLO e de RAQUEL ALVES DA SILVA BORTHOLO. Ela estudante, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 11/03/1989, res. e dom. à Avenida Ézio Dinamo Rossi, 154, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de JOSÉ CARLOS DOS REIS e de MARIA GOMES LOPES DOS REIS Protocolo: 1614/2010 - ROGER DAVID BARLOW e JERUSA LUCHESI. Ele empresário, solteiro, natural da Inglaterra, nascido no dia 02/11/1974, res. e dom. à Alameda Tchecoslováquia, 226, Jardim Europa - Bragança Paulista, filho de JOHN ALFRED BARLOW e de LINDA ELIZABETH BARLOW. Ela médica, solteira, natural de Ribeirão Preto-SP, nascida no dia 05/07/1974, res. e dom. à Alameda Tchecoslováquia, 226, Jardim Europa - Bragança Paulista, filha de ANTONIO LUIZ LUCHESI e de ANA MARIA BARBOSA LUCHESI Protocolo: 1617/2010 - RODRIGO MAURUTO e JULIANA APARECIDA GATINONI. Ele empresário, solteiro, natural de Amparo-SP, nascido no dia 07/10/1979, res. e dom. à Rua Roma, 523, Jardim Itália - Amparo, SP, filho de APOLINARIO MAURUTO e de MARIA CRISTINA BARADEL MAURUTO. Ela professora, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 30/03/1982, res. e dom. à Rua Arthur Guilhardi, 214, Jardim Recreio – Bragança Paulista, filha de JOSÉ APARECIDO GATINONI e de MARGARIDA STRATO GATINONI Protocolo: 1618/2010 - MARCOS TADEU DE TOLEDO SANT’ANNA e MARIANA SALLES. Ele comerciante, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 02/06/1986, res. e dom. no Sítio São Pedro, Bairro Guaripocaba Estação – Bragança Paulista, filho de AVELINO APARECIDO SANT’ANNA e de MARIA NATALICE DE TOLEDO SANT’ANNA. Ela vendedora, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 24/12/1986, res. e dom. à Rua da Olaria, 367, Bairro Guaripocaba dos Souza - Bragança Paulista, filha de LUIZ DILERMANDO SALLES e de TEREZINHA MARGARIDA CAMILLI SALLES Protocolo: 1619/2010 - PAULO AFONSO FINAMOR e SUELI SOARES DE LIMA. Ele bancário, solteiro, natural de Córrego do Bom Jesus-MG, nascido no dia 26/08/1960, res. e dom. à Rua Professor Luiz Nardy, 1013, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filho de ANTONIO RAMOS FINAMOR e de MARIA MARQUES FINAMOR. Ela advogada, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 10/12/1962, res. e dom. à Rua Professor Luiz Nardy, 909, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filha de JOSÉ SOARES DE LIMA e de MARIA PEREIRA DE LIMA

Protocolo: 1620/2010 - DENIS AUGUSTO ERRERA e LIDIANE DE FATIMA DA SILVA. Ele assistente de processos, solteiro, natural de Guarulhos-SP, nascido no dia 09/03/1986, res. e dom. à Rua Expedicionário Dalberto Calderaro, 45, Jardim Nova Extrema II - Extrema, MG, filho de LUIZ ROBERTO ERRERA DE CARVALHO e de EVA DOS SANTOS. Ela professora, solteira, natural de Pouso Alegre-MG, nascida no dia 29/04/1983, res. e dom. à Rua Amapá, 375, Parque dos Estados – Bragança Paulista, filha de JOSÉ BRAZ DA SILVA e de VALERIA APARECIDA DA SILVA Protocolo: 1621/2010 - GILSON FELIX DE LIMA e GABRIELA CRISTINA DA SILVA. Ele eletricista de autos, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 15/01/1986, res. e dom. à Rua São João Batista, 262, Santa Libânia - Bragança Paulista, filho de MIGUEL FELIX DE LIMA e de IRACEMA APARECIDA GIMENEZ DE LIMA. Ela auxiliar de produção, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 18/06/1992, res. e dom. à Rua Santa Catarina, 167, Parque dos Estados – Bragança Paulista, filha de LUCIANO DA SILVA e de ANA CRISTINA MOREIRA DA SILVA Protocolo: 1622/2010 - GUTEMBERG DA SILVA e KAROLINA PORTO KAUFMANN. Ele vendedor, solteiro, natural de Teixeira-PB, nascido no dia 15/06/1981, res. e dom. à Rua João Antonio de Toledo, 307, Jardim do Cedro - Bragança Paulista, filho de MARIA DA GUIA SILVA. Ela do lar, solteira, natural de Guarulhos-SP, nascida no dia 11/02/1988, res. e dom. à Rua João Antonio de Toledo, 307, Jardim do Cedro, Bragança Paulista, filha de CARLOS ALBERTO KAUFMANN e de SANDRA DA SILVA PORTO Protocolo: 1624/2010 - GIOVANI DA SILVA GATO e MICHELE ALVES DE MORAIS SOUZA. Ele técnico de segurança do trabalho, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 26/04/1981, res. e dom. à Rua Santana, 138, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filho de JOSÉ APARECIDO DA SILVA GATO e de NEUSA FIORILO DA SILVA GATO. Ela artesã, divorciada, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 02/12/1983, res. e dom. à Rua Júlio Prestes de Albuquerque, 281, Jardim Sevilha - Bragança Paulista, filha de LUIZ SÉRGIO DE SOUZA e de DAMARIS ALVES DE MORAIS Protocolo: 1625/2010 - JOSÉ PAULO FERNANDES DE SOUZA e MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA DINIZ. Ele motorista, solteiro, natural de VitóriaES, nascido no dia 07/03/1973, res. e dom. à Avenida Dr. Arnaldo dos Santos Cerdeira, 331, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filho de JOSÉ FERNANDES DE SOUZA OLIVEIRA e de MARIA DE LOURDES FERNANDES VIANA. Ela cabeleireira, divorciada, natural de Mantena-MG, nascida no dia 09/08/1981, res. e dom. à Avenida Dr. Arnaldo dos Santos Cerdeira, 331, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filha de SILVIO COSTA DE SOUZA e de CELINA DINIZ COSTA Protocolo: 1626/2010 - ÉDISON CARLOS DE LIMA e ELIANE DIAS DE CARVALHO PEREIRA. Ele operador de empilhadeira, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 07/09/1971, res. e dom. à Rua Rinzo Aoki, 388, Tanque do Moinho – Bragança Paulista, filho de TARCISIO DE LIMA e de ZILDA APARECIDA CRUZ DE LIMA. Ela diarista, divorciada, natural de Pinhalzinho-SP, nascida no dia 08/09/1968, res. e dom. à Rua Rinzo Aoki, 388, Tanque do Moinho – Bragança Paulista, filha de ABEL DIAS PEREIRA e de ADELAIDE ALMEIDA DE CARVALHO PEREIRA Protocolo: 1627/2010 - LUIS VANDERLEI CAGNOTO e SHIRLEI DIAS. Ele atleta profissional, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 07/08/1978, res. e dom. à Rua Anhumas, 120, Vila Motta - Bragança Paulista, filho de LUIZ CAGNOTO e de MARIA CRISTINA GAZZANEO CAGNOTO. Ela do lar, solteira, natural de Jundiaí-SP, nascida no dia 19/11/1980, res. e dom. à Rua Voluntário Antonio dos Santos, 93, Vila Bianchi - Bragança Paulista, filha de OSCAR DIAS e de ANA MARCATI DIAS Protocolo: 1639/2010 - LUÍS CARLOS SILVEIRA CRUZ e DAIANE CRISTINA SILVA CORESMA. Ele estoquista, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 11/09/1989, res. e dom. à Rua João Batista Furquim Lambert, 20, Jardim Fraternidade - Bragança Paulista, filho de BENEDICTO SILVEIRA CRUZ e de VILMA DE MORAES SILVEIRA CRUZ. Ela vendedora, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 11/11/1990, res. e dom. à Rua Dez, Bairro Guaripocaba dos Souza – Bragança Paulista, filha de JOSÉ GONÇALVES CORESMA e de JORGINA DE JESUS E SILVA

Bragança Paulista 26 de outubro de 2010 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br


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