Bragança Paulista
Sexta
12 Novembro 2010
Nº 561 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
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Para Pensar EXPEDIENTE
Radares e demais coisas do trânsito MONS. GIOVANNI BARRESE
Tenho acompanhado as conversas, discussões e explicações sobre os radares móveis que existem em Bragança e, certamente, em quase todas as cidades. A presença desses radares é vista como fábrica de multas, armadilha para motoristas, “jeito de encher os bolsos do prefeito e do secretário de trânsito”, etc. Penso que o caso está a exigir mais racionalidade e menos paixão. Mesmo porque se percebe um viés de disputa política (o que é normal, mas não pode ser normativo). Vamos à raiz do problema. Se não estou enganado as questões de trânsito são reguladas por leis e determinações federais, estaduais e municipais. Os questionamentos, pois, devem obedecer a essa hierarquia. Os limites de velocidade em rodovias, estradas, ruas, vielas, etc. são submetidos aos diferentes níveis de legislação. Sempre ouvi discussão sobre a pertença, por exemplo, do trecho de entrada da cidade de Bragança. Ora se dizia que a competência era estadual
ora municipal. O trecho tem 60 km como limite. Pessoalmente acho que o trecho da entrada-saída da e para a Fernão Dias, após o portal - poderia ter velocidade maior. Após o portal, no trecho urbano, por haver entradas e saídas de lojas, restaurantes, etc., justificam-se os 60 km. Todo o trecho é muito bem sinalizado. Posso concluir que desobedece quem quer ou que está desatento? E sabe-se que tanto a desobediência como a desatenção podem ocasionar acidentes. Temos no local, além disso, alguns radares fixos. O que se vê? Cada um corre o quanto quer e, ao chegar perto do radar, baixa para a velocidade permitida. Além do mais existe o alerta para fiscalização eletrônica. Eu pessoalmente julgo o aviso um disparate. Se a via já é sinalizada com placas e outros recursos, por que avisar que há radares? Não é normal que se obedecessem as placas e outras sinalizações? Quem obedece a sinalização nunca será surpreendido por nenhum radar nem fixo nem móvel! A questão é
mais profunda e indica um espírito de relaxamento em relação às leis. Cada um de nós que dirige, acha sempre justificativa para deslizes. Paramos em fila dupla “um minutinho, só prá deixar um filho à entrada da escola”! Estacionamos onde não se deve: “é rapidinho”, “só vou até ali e já volto”! Fazemos uma porção de manobras e desrespeitamos uma série de normas porque nos julgamos donos e justificados pelas nossas conveniências. As leis e normas, ora... São para os outros (e como ficamos raivosos quando eles fazem barbeiragem, etc.)! A meu ver a questão dos radares móveis aponta o descuido ou o descaso na atenção à sinalização de trânsito. Eu mesmo fui multado – num radar fixo - quando da mudança de velocidade no cruzamento da Avenida Tancredo Neves (a NorteSul) com a Av. Aquidabã, no farol. A velocidade do local era de 60 km. Houve mudança para 40 km. Pelo costume de passar por lá, não prestei atenção nas placas e passei a 52 km. Levei cinco pontos na
carteira de motorista! A culpa foi minha. Não foi do prefeito e nem do seu secretário de trânsito. Digo isto porque percebo que existe em nós o espírito de fazer aquilo que achamos bom para nós, certo pensamento de levar vantagem e não aceitar quando erramos! Há uma coisa: se não concordamos com as diferentes sinalizações ou julgamos que não há suficiente alerta para sua implantação, temos que lutar para maior informação e que sejam mudadas e não desobedecê-las. Enquanto uma lei está em vigor e foi legitimamente imposta ela deve ser obedecida. Isso não significa que não possa ser discutida e mudada. O problema é que não temos o hábito de participar da feitura das leis e das normas que delas provêm. È só observar o número de pessoas que respondem ao chamado para reuniões de discussão sobre orçamento municipal, prioridades de obras nos diferentes bairros, etc. Penso que a questão deve ser olhada sob o prisma da legalidade e moralidade da lei. Tendo dúvidas
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Alexandra Calbilho (mtb: 36 444)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
sobre estas qualificações deve haver empenho em questionar e pressionar para a mudança. Na questão dos radares móveis penso que de deva discutir sobre sua legalidade e moralidade. São meio de nos “obrigar” a obedecer as leis de trânsito ou não? Nossa formação de condutores nos esclarece e convence quanto à necessidade de obedecer e levar a sério as leis de trânsito? Somos suficientemente educados no que se refere ao chamado bem comum? Bem comum que significa direito e dever de todos? Se todos fossemos corresponsáveis não nos causaria espécie a presença de inúmeros detectores de velocidade!
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Futuro promissor AMUBP discute a importância da inclusão do deficiente no mercado de trabalho
colaboração SHEL ALMEIDA
As ONGs, ou Organizações Não Empregabilidade Governamentais, são associações Entre os palestrantes do Forum, esteve presente do terceiro setor da sociedade civil o Juiz Federal Dr. Mauro Ferreira Salles que que tem por finalidade pública de- discutiu como a legislação pode contribuir para senvolver ações em diferentes áreas onde, a inclusão do deficiente no mundo do trabalho. por vezes, o Estado, não consegue alcançar, A lei das cotas veio para ajudar o deficiente, mas complementando assim, o trabalho deste. funciona realmente? Na verdade o que ficou coNesse sentido, a AMUBP – Associação Mulher nhecido com “lei das cotas” é um artigo da lei n° Unimed de Bragança Paulista, desenvolve o 8.213, que determina que as empresas com mais programa “Vida Iluminada”, cujo objetivo é de 100 funcionários preencham de 2% a 5% das melhorar a qualidade de vida de pessoas com vagas de trabalho com pessoas com deficiência. deficiência visual. Formada por esposas de No entanto, a cobrança da multa no valor de R$ médicos cooperados e por médicas cooperadas, 1.195,40, pelo descumprimento da lei não fez a AMUBP, vem realizando, em parceira com com que os deficientes conseguissem colocação a Prefeitura Municipal, trabalhos na área de no mercado. Ao invés de obrigatoriedade por meio inclusão social. De acordo com Nádia Maria de penas não seria mais eficaz a transformação Bádue Freire, presidente da AMUBP e esposa social através de conscientização? Os três maiores do Dr. José Jozefran Berto Freire, diretor- problemas enfrentados na hora de se contratar um deficiente são a não presidente da Unimed capacitaçãoprofissional,a de Bragança Paulista, ausênciadeumbancode as AMUs são um dos No Pré Forum fomos dadosondeasempresas braços sociais das ouvir quais as dificuldades das possamencontraresses cooperativas Unimed em todo o país. E é empresas na hora de incluir trabalhadores e, é claro, preconceito. Luciene por meio do programa um deficiente na sua lista oAparecida Martins Peque a AMUBP tem de funcionários. No Forum reira,doItaú-Unibanco, conseguido melhorar trouxemos representantes de falou sobre os fatores a qualidade de vida de empresas que já têm experiência de sucesso da emprecrianças com deficie inclusão. ência visual, através no assunto, para discutir gabilidade Entre esses fatores a inclusão social nas as principais dificuldades está a valorização da escolas da rede pública. apontadas no Pré Forum empresa que agrega a “Oferecemos cursos diversidade e a inclusão de braile para professocial, pois é sabido que sores e de orientação consumidorespreferem de mobilidade para marcas que tem essa preocupação. Para isso, os as crianças”, conta Nádia. “Elas precisam empregadores precisam se dar conta de que a sair para o mundo, encontrar dificuldade”, fala. E afirma que o exemplo vem dos mais competência e o talento de cada um, independem velhos: “Os adultos com deficiência precisam de sua condição de deficiente. Helvécio Siqueira começar a se mobilizar, para que as crianças de Oliveira, do SENAI de Itu, abriu a discussão a respeito de quais profissões seriam mais adesaibam que têm perspectiva”. quadas para cada tipo de deficiência. Mais isso existe? Na busca de talentos é preciso focar nas Conscientização Foi também pensando na qualidade de vida competências e habilidades dos candidatos, e não em sua deficiência, além de oferecer igualdade das pessoas com deficiência que, em 2009, a de oportunidade aos candidatos, deficiente ou AMUBP realizou, em parceria com a Prefeitura não, ou seja, não apenas cumprir cotas. Ou seja, Municipal, o Pré Forum sobre empregabilidade é importante perceber que a deficiência pode ser para essa parcela da população. O evento teve encarada como uma oportunidade de desenvolcomo objetivo levantar e destacar as principais vimento, social principalmente. E quais sãos os dificuldades dessas pessoas na hora de encontrar custos e benefícios de se contratar uma pessoa emprego. Dessa primeira experiência partici- com deficiência? Esse foi o tema da palestra de param representantes da prefeitura, de setores Leandro Amaral, da DELOITTE. Os custos, a de Recursos Humanos de empresas da região, princípio, são os de reestruturação física do local sindicatos e ONGs. De acordo com Nádia, o de trabalho a fim de se adaptar para receber o Pré Forum serviu como ensaio para o “Forum deficiente e, por vezes, a capacitação profissional de Empregabilidade e Inclusão”, realizado em do mesmo dependendo do programa de incluoutubro de 2010. “No Pré Forum fomos ouvir são desenvolvido pela empresa. Existe ainda a quais as dificuldades das empresas na hora de mobilização para a conscientização dos demais incluir um deficiente na lista de funcionários. No funcionários. No entanto, os benefícios não se Forum trouxemos representantes de empresas limitam apenas à esfera financeira. Há nisso a que já têm experiência no assunto, para discutir as enorme oportunidade de se aprender a lidar com principais dificuldades apontadas no Pré Forum”. a diversidade de maneira natural e incorporada. Segundo Nádia o objetivo desses encontros é o As pessoas com deficiências têm muito a ensinar, de “criar esperança”. “Eu sei que é um processo pois estão mais habituadas a contornar obstáculos lento, que não vai mudar da noite para o dia”, e enfrentar momentos de crise. Para Nádia o Fodiz. O Forum teve como mérito mobilizar os três rum foi um começo de conscientização. “Espero setores da sociedade civil: o primeiro setor, ou setor que a partir dessa discussão as empresas passem público, representado pela Prefeitura Municipal, a contar com o processo de inclusão, através de as Secretarias Municipais de Educação, Cultura programas que comovam e sensibilizem”. e Esportes e a Diretoria Regional de Ensino; o segundo setor, ou setor privado, representado ali pela Unimed e pelas empresas e indústrias da A AMUBP fica no “Espaço AMU”, dentro do complexo Uniregião; e, o terceiro setor, formado pelo conjunto med, onde também abriga o Hospital Unimed. Informações de entidades da sociedade civil com fins públicos e sobre cadastro para deficientes visuais e/ou empresas pode não lucrativos, representado pela AMUBP, ADEF, ser feito pelo: APAE e Associação São Lucas. “Hoje existe a lei email: amubp@unimedbp.com.br das cotas. Muitas empresas procuram empregar deficientes por causa disso. O objetivo tanto do ou telefone: 11 4034.6300, com Adalgisa. Pré Forum quanto do Forum foi o de contribuir A intenção do cadastro é promover o encontro entre para a conscientização e aproximação da empresa deficientes e empregadores. com o deficiente”, explica Nádia.
Cleuton Nunes durante palestra motivacional no Forum de Empregabilidade e Inclusão “É preciso sensibilização”
Entre o público do Forum estavam presentes representantes dos três setores da sociedade civil
Nádia espera que as empresas passem a contar com programas de inclusão
Atenção pais: fiquem atentos ao “Teste do Olhinho”! Também conhecido como “Teste do Reflexo Vermelho”, é um procedimento feito com crianças recém nascidas com o objetivo de identificar precocemente problemas nos olhos que, se não tratados, podem levar á cegueira. De acordo com Nádia, agora existe a obrigatoriedade por causa da lei estadual, logo vai ser nacional. Mas não precisava nem existir lei, era pra ser comum fazer, mas não é. Muita criança nasce com baixa visão e acaba se tornando cega por causa disso”.
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Informática
&
Tecnologia FOTO: REUTERS/KIM KYUNG-HOON
Em todas as
dimensões Maior feira de tecnologia do Oriente mostra telas pequenas e gigantes com efeito 3D
Modelo posa em estande da Sony 3D
por AMANDA DEMETRIO/FOLHAPRESS
Imagens saltavam aos olhos por toda a parte nos corredores da Ceatec, maior feira de tecnologia do Oriente, realizada na semana passada em Chiba, no Japão. O efeito 3D foi a estrela do evento e aparecia em telas de todos os tamanhos, desde painéis gigantes a televisores portáteis. De modo geral, exigiam óculos especiais, mas já há modelos em que o 3D pode ser apreciado sem óculos. A preocupação com a sustentabilidade também marcou presença, com a demonstração de produtos eletrônicos que economizam energia. E a feira, que reuniu cerca de 600 empresas, abriu ainda uma janela para o futuro, mostrando robôs cada vez mais habilidosos.
3D move indústria japonesa de telas
Antes envolto por limitações técnicas, o efeito 3D parece estar florescendo: telas gigantes, telas pequenas, efeitos sem óculos e captação quase que caseira do efeito. Na superfeira japonesa de tecnologia Ceatec, os painéis maiores de 3D ficaram por conta de Sony, Panasonic e Mitsubishi. A primeira levou para a feira o telão gigante que havia demonstrado no Japão durante jogos da Copa do Mundo. Com 21,7x4,8 metros, a tela iluminada por LEDs tinha perfeita definição de cores e ótimo contraste, apesar das dimensões. Já a Panasonic demonstrou um painel de plasma de 152 polegadas com qualidade semelhante. Para ver nele o efeito 3D, é preciso usar óculos especiais. A Mitsubishi apresentou uma TV 3D de 75 polegadas a laser. Segundo um representante da empresa, o uso do laser para obter a imagem possibilita a obtenção de cores mais puras. A TV não pareceu um passo a frente quando comparada a aparelhos de LED ou plasma. As cores eram tão boas quanto as de outras TVs, e o televisor foi exibido em um ambiente controlado, rodeado por telas pretas e com iluminação limitada. Ficou a dúvida sobre se os efeitos seriam tão bem visualizados em um ambiente com iluminação comum. Ainda no quesito imagens gigantes, um projetor da marca Hitachi surpreendeu com a formação de imagens de 160 polegadas. Praticamente um cinema em casa em 3D _o efeito também precisa dos óculos. Segundo a Hitachi, o projetor já está à venda no Japão, mas a função 3D ainda não.
Sem óculos
A Hitachi também mostrou pequenas telinhas de TFT que mostravam o efeito 3D sem óculos ou tentavam fazer isso. Os pequenos painéis de três e 4,5 polegadas trazem um bom efeito, mas o usuário não pode fazer movimentos bruscos ou perde o melhor ângulo de visão. A Sharp apresentou telinhas 3D de qualidade superior, que, ainda assim, só poderiam ser vistas a alguns centímetros de distância ou o efeito não trazia seu melhor resultado.
Brasil
Em breve, os brasileiros poderão captar imagens em 3D com uma filmadora demonstrada na Ceatec, a SDT750, deve chegar ao mercado brasileiro ainda em outubro por cerca de R$ 6.000. A filmadora compacta funciona com uma lente 3D acoplada, o que a torna um pouco mais pesada. Um problema é que ainda não é possível dar zoom no modo 3D. As câmeras semiprofissionais da Panasonic também poderão captar 3D. Ainda sem previsão de chegar ao Brasil, a Lumix GH2 é compatível com lentes 3D anunciadas pela Panasonic. Elas podem ser acopladas ao corpo da câmera.
Sistema da Toshiba não exige óculos
Era uma questão de tempo para que o efeito 3D começasse a dispensar o uso dos desconfortáveis óculos. Ao que parece, a Toshiba conseguiu o feito _e acabou se tornando um dos destaques da Ceatec: a fila para ver a rápida demonstração durava mais que 30 minutos. Foram exibidos dois modelos de TVs 3D sem óculos, um de 12 polegadas e outro de 20 _eles estarão à venda no Japão em dezembro. A tela de 12 polegadas, por exemplo, deve sair por algo em torno de 120 mil ienes (cerca de R$ 2.436). A empresa também mostrou um protótipo de 56 polegadas, ainda sem data de lançamento. A demonstração foi feita em um ambiente totalmente controlado, mas o efeito final foi bastante bom. As imagens eram exibidas em camadas que pareciam se soltar da tela. A empresa parece ter conseguido a próxima etapa é chegar à produção em série de telas maiores. Segundo a Toshiba, o efeito é obtido pela junção de um sistema de imagens e uma camada perpendicular lenticular _composta por lentes que transmitem as imagens em um plano horizontal. Esses dois fatores são combinados com a tecnologia de processamento de imagens da
Toshiba e formam-se nove imagens paralelas a partir do conteúdo original. Ainda segundo a empresa, o painel de LCD com backlight LED exibe quatro vezes o número de pixels de um painel padrão de Full HD.
FOTO: REUTERS/KIM KYUNG-HOON
Em 2011, TVs com 3D chegam a 8% do mercado de TV japonês
O mercado de 3D cresce a passos largos no Japão. Em 2011, a fatia do mercado de TVs com o efeito deve chegar a 8% do mercado total, segundo Yuko Sugahara, representante da Toshiba. ‘O 3D está bem presente no mercado japonês. Atualmente, a penetração é de 3% no mercado doméstico, mas, em 2011, deve chegar a 8% (cerca de 1 milhão de unidades)’, explicou Sugahara, que conta que, desde 2009, a Toshiba já estuda o desenvolvimento de uma TV 3D sem o uso dos óculos. Ainda de acordo com a representante da empresa, no próximo ano o mercado mundial de TVs 3D deve atingir 8 milhões de unidades. Nos corredores da feira, os produtos 3D disputaram espaço com os ‘verdes’ _o tema da Ceatec deste ano foi relacionado à produção de aparelhos eletrônicos e um estilo de vida mais sustentável. As TVs, projetores e câmeras ganharam grande atenção. Mostraram-se, entre outros, previsões para o futuro da tecnologia 3D. Entre os planos feitos pela Panasonic, por exemplo, estavam um sistema de comunicação que usa televisões e câmeras compactas 3D e o uso do sistema na medicina.
Pessoas acompanham a apresentação com óculos de TV 3D da Toshiba
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Comportamento
FOTO: RUBENS CAVALLARI/FOLHAPRESS
Quando comprar não dá prazer por FLÁVIA ROMERO/FOLHAPRESS
É só dar uma voltinha no shopping center, no supermercado ou na rua 25 de Março para perceber: é difícil encontrar uma pessoa que saia das lojas sem, pelo menos, uma sacola nas mãos. O Brasil vive um boom do consumo. Pesquisas recentes mostram que o país tem agora mais da metade de sua população na classe média. Gente que conquistou o sonhado emprego com carteira assinada e está pronta para ir às compras. ‘Isso tem a ver com o momento econômico atual, estabilidade de emprego, melhoria da renda, grande oferta de produtos, condições comerciais propícias ao consumo e facilidades de pagamento em várias parcelas’, diz Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing, que pesquisa o comportamento de consumo dos brasileiros. A possibilidade de compra não é só para quem tem dinheiro no bolso. O consumo foi favorecido pelo aumento significativo da oferta de crédito. ‘Até poucos anos atrás, o volume de crédito disponível no Brasil não chegava a 30% do PIB [Produto Interno Bruto]. Atualmente, está próximo de 50%. É um crescimento expressivo, que está permitindo que mais pessoas se tornem consumidoras’, explica o economista Claudemir Galvani, professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Com a implementação do crédito consignado, por exemplo, aposentados e assalariados podem ter acesso a taxas de juros mais baixas do que as convencionais. Nas gôndolas dos supermercados e nos balcões das lojas, o consumidor de classe média está mais informado sobre o que quer levar para casa. ‘Ele passa a ter acesso a um conjunto de produtos a que antes não tinha. Não se trata de simplesmente comprar o arroz mais barato, mas de escolher a marca de melhor qualidade. Passamos da linha de necessidade e temos a questão do desejo influenciando na decisão de compra’, analisa Elaine Mandotti, professora do Programa de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-FIA). Mas, para uma parte dos consumidores, quitar alguns itens da lista de desejos não é motivo para comemorar. São pessoas que vão na contramão da onda de consumo. Não gostam de estar dentro de uma loja nem de percorrer as vitrines dos shoppings. E não fazem questão de ter o último modelo de
celular ou o carro do ano. Sovina, mão de vaca, pão-duro, muquirana, escorpião no bolso, mão fechada... São muitos os apelidos para identificar os avessos às compras e desapegados dos bens materiais. Mas, apesar de alguns deles revelarem que de fato gastam pouco por preocupação com as finanças, há aqueles que simplesmente não gostam de comprar. Pessoas que acham desnecessário e até prejudicial o estímulo excessivo ao consumo. É o caso da relações-públicas Michele Verçosa, 32 anos, e de seu marido, o designer gráfico Sândalo Gabrielli, 36 anos. ‘Eu não vejo muita graça em comprar coisas. Odeio shoppings e lojas. Eles tentam te fazer crer que você não pode viver sem aquilo e ninguém percebe que é tudo mentira’, conta Michele. A relações-públicas costuma usar o mesmo sapato a semana inteira. Às sextas-feiras, escolhe um modelo de tênis mais casual para aproveitar a happy hour. Nada de modelos caríssimos ou exclusivos. Sem comprar o que não precisa, o casal pagou à vista o apartamento em que vive. ‘A maior parte da nossa mobília e dos objetos de decoração foi presente de amigos e familiares. E é tudo tão bom e bonito que é até uma honra poder usar coisas que já foram usadas por outras pessoas’, orgulha-se Michele. A estante da sala, por exemplo, foi desenhada pelo avô de Sândalo. Ela estava perdida entre os móveis da família e quase parou no lixo. ‘Essa peça carrega um valor sentimental inestimável.’ O casal acredita que o hábito de comprar e consumir somente o necessário veio de família. ‘No meu caso, somos em quatro filhos, nascidos em sequência. Tem aquela coisa do uniforme da escola passar de um para o outro. Eu cresci e aprendi que não preciso ter um carro zero quilômetro para ser feliz. Nem preciso comprar coisas caras para que elas sejam boas e durem anos’, diz Michele. ‘Sou contra a moda do troca-troca de celular. O último aparelho que eu paguei foi em 1998. De lá para cá, todos os celulares que eu tive foram doados.’ O advogado Fábio Paes de Barros, 32 anos, também não se incomoda com o seu celular de modelo simples e funções básicas. ‘O meu é emprestado. Roubaram o aparelho que eu tinha, e vou ficar com esse até alguém me ceder um. Todo o mundo tem um celular encostado,
não preciso comprar.’ Isso tudo porque a ida ao shopping é uma verdadeira sessão de tortura para Barros. ‘Não gosto de ver vitrines e não tenhopaciênciaparaexperimentaraquele Pessoas que vão na contra mão da alta do consumismo em São Paulo. Eles monte de roupas e sapatos.’ gastam somente com necessidades básicas e simples. O casal Michele Vercosa e O seu guarda-roupa é quase todo de Dandalo Gabriele que usam móveis de família na decoração peças que foram presentes de sua mãe. Quando precisa mesmo de algum item, Toda a família de Gomes está treinada a adquirir apenas entra na loja a que já está acostumado, escolhe uma camisa que já sabe que lhe cairá bem e o que será realmente usado. No supermercado, ele pede que coloquem na sacola. ‘Eu não quero perder acompanha a mulher para evitar a empolgação em tempo com essas coisas. Em vez de gastar duas horas algum corredor. O computador da casa é velho, mas, experimentando roupas ou procurando o celular mais segundo ele, está em perfeitas condições de uso. ‘Só moderno para exibir por aí, prefiro estar com a minha o meu monitor tem sete anos, mas não fico na aflição de ter um novo. Esse está funcionando bem e, se eu família e os meus amigos. Isso é que traz felicidade.’ O aposentado Ibraim Cury, 56 anos, pensa de forma comprar outro, terei que jogar fora ou encostar o velho. semelhante. ‘Felicidade para mim é estar bem e viver Será um desperdício’, avalia o professor. com tranquilidade, inclusive no aspecto financeiro’, Mas o controle rígido nas compras é consequência do afirma ele, que por muitos anos trabalhou no mercado orçamento apertado? ‘Se eu tivesse dinheiro sobrando, financeiro. Remar contra a onda consumista sempre acho que não sairia comprando sem freios. Eu sei o foi a sua filosofia de vida. ‘A minha realização não é valor das coisas. Trabalho desde os meus dez anos. Teve baseada em desejos financeiros. Não uso as compras uma época em que eu tinha gastos com meus filhos, para afogar minhas tristezas nem para me sentir minha faculdade e pagava a casa financiada. Acho que melhor. Compro estritamente o que preciso para esses tempos difíceis vão moldando a gente.’ Todos esses consumidores retraídos não exibem uma viver bem’, conta. Para Cury, existe uma pressão da publicidade e do invejável coleção de roupas, o carro do ano nem os comércio para que se gaste o dinheiro guardado com últimos lançamentos tecnológicos. Em contrapartida, produtos. ‘É aquela história de “inventa a doença que não levam preocupações extras para o travesseiro. eu arrumo o remédio’. Sempre criam algo que não Com todo esse otimismo na economia, a grande armapodemos deixar de ter. E aí as promoções não dão paz. dilha é calcular mal os gastos e cair no buraco negro das Se você tem o básico, com qualidade e na quantidade dívidas. ‘Há um limite que não pode ser ultrapassado: a capacidade de pagamen-to. A prestação a longo prazo suficiente, está excelente.’ Da mesma geração de Cury, o professor da rede pública permite que os consumidores menos avisados adquiram estadual Valdir Gomes, 53 anos, também fica de olho na bens que não vão conseguir pagar no futuro’, indica o saúde das contas da família. O cartão de crédito, vilão de economista Claudemir Galvani. muitos desastres financeiros, é usado com cuidado. ‘Só Contra a inadimplência, a restrição ao crédito e a crise utilizo em casos extremos ou para comprar presente de financeira, só há uma receita: o consumo consciente. casamento pela internet, por causa da falta de tempo ‘Compre somente o que você precisa e o que você pode para ir pessoalmente à loja. Se pudesse, compraria apenas pagar. Não se iluda com as promoções ou as prestações com o dinheiro vivo nas mãos’, diz. E, ainda assim, nada baixas com prazos intermináveis. Não pense no conforto de perder tempo. ‘Não sinto prazer em fazer compras, de sua família apenas a curto prazo. Fique atento à sua mexer, olhar, experimentar. Não demoro mais do que capacidade de pagar no futuro. Com certeza você vai dormir muito melhor’, aconselha Galvani. 30 minutos no shopping e fujo do comércio popular.’
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Casa & Reforma
Projeto de lei quer vetar penhora de bem de família do fiffiiador Se a proposta virar lei, imobiliárias deverão exigir garantidores que possuam mais de um imóvel em seu nome
por CAROLINE PELLEGRINO/FOLHAPRESS
Está em votação na Câmara dos Deputados um projeto de lei (nº 6.413/ 2009) que quer impedir que o fiador perca seu único imóvel, o chamado bem de família, para pagar dívidas de aluguel. A expectativa de seu autor, o deputado Vicentinho Alves (PR-TO), é a de que seja aprovado até o final do ano. Uma lei federal de 1990 determina que o bem de família não pode ser penhorado para pagamento de dívida. A Lei do Inquilinato (nº 8.245/91), porém, definiu que a fiança locatícia é exceção à regra. Algumas decisões na Justiça foram contra a penhora do único imóvel do fiador, mas, em 2006, um julgamento do Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da prática e criou uma jurisprudência a seu favor. O PL de Vicentinho Alves é controverso. Seu objetivo é proteger fiadores que desconhecem a exceção à impenhorabilidade. “Pessoas de baixa renda e sem instrução são as mais sacrificadas”, afirma o deputado. Por outro lado, se o projeto for aprovado, “o inquilino terá mais dificuldade para encontrar esse tipo de garantia, pois as imobiliárias exigirão fiador com mais de um imóvel”, alerta o professor de direito civil da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo) Luciano Godoy. O fiador ainda é o tipo de garantia locatícia mais utilizado no mercado e o único que não exige dinheiro do locatário.
Risco divulgado
Entre quem é a favor e quem é contra o projeto há ao menos um consenso: o candidato a fiador precisa ser mais claramente orientado pela imobiliária ou pelo próprio contrato de locação sobre o risco que irá correr. “Sou contrário à proibição da penhora do único bem do fiador, pois dificultará a locação. Mas concordo com a maior divulgação do risco de perda do imóvel”, sustenta Carlos Alberto Dabus Maluf, professor de direito civil da Universidade de São Paulo. “Se ele não tiver um patrimônio razoável além do imóvel residencial, acho conveniente orientá-lo a não assinar a fiança”, opina a defensora pública do Estado de São Paulo, Maria Claudia Solano Pereira, que se diz favorável à proposta na Câmara. Fiadora da filha de um amigo, a professora Sônia Veiga, 54, conta que “foi um choque” ter recebido uma ordem de penhora, pois não fora avisada sobre o risco. “Acho que o imóvel do fiador deve ser protegido em todos os casos”, considera. “A minha sorte foi que o pai da inquilina pagou a dívida, de cerca de R$ 18 mil.”
pública do Estado de São Paulo. Essas alterações, porém, não minimizam uma reclamação costumeira de quem assume o papel de fiador: a de falta de informação sobre o risco de perder o bem de família para pagar dívidas de inadimplência. O apartamento herdado pela dona de casa Suzete Inês Comerlato, 48, um dois-dormitórios na Freguesia do Ó (zona norte) avaliado em R$ 300 mil, foi penhorado para pagar a dívida de um aluguel do qual sua mãe fora fiadora em 1998. Hoje ela vive de aluguel com os filhos e o marido no mesmo bairro. “Um erro do inquilino faz com que o fiador perca a casa, isso não é justo. Quando assinou o contrato como fiadora, minha mãe não conhecia os riscos.”
Voluntário
O vendedor Paulo Sérgio Meirelles, 50, também recebeu ordem de penhora por ser fiador de um contrato de aluguel. “Eu tive que pagar todas as dívidas do inquilino, cerca de R$ 50 mil. Não imaginava chegar a esse ponto, fui ingênuo e desconhecia a possibilidade de penhora.” Meirelles, no entanto, afirma ser contra o projeto que propõe a impenhorabilidade do bem de família do fiador. “Os fiadores assinam porque querem. Hoje eu tenho casas alugadas e sei que as pessoas pagam por medo de perder os bens, mas também acho que os fiadores devem ser melhor orientados.” “A penhora deve continuar”, concorda Marcelo Manhães de Almeida, especialista em direito civil e conselheiro da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil). “Fiadores são voluntários, há proprietários que vivem do aluguel e precisam de garantias seguras. Além disso, se houver proibição da penhora do único bem de família, dificultará para o inquilino encontrar um fiador.” (CP)
Imobiliárias preferem a adoção do seguro-fiança
Além do fiador, outras modalidades de garantia conquistam espaço nos contratos de locação. O seguro-fiança é a preferida por muitas imobiliárias, mas pesa no bolso do inquilino -custa cerca de 1,5 aluguel por ano, quantia que não é retomada pelo cliente. “Para a imobiliária, a garantia é certa e o recebimento é rápido”, afirma a dona da Ponto Chave Imóveis, Roseli Barbosa, 44. “No caso do fiador, além da demora da ação de despejo e da execução, a garantia fica enfraquecida se o fiador vende o imóvel, morre ou dificulta a
penhora afirmando que é bem de família.” O depósito caução também é opção para o locatário, mas ele precisa dispor de três aluguéis antecipados. Para o advogado e diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (sindicato do setor), Jaques Bushatsky, o uso predominante de fiadores em contratos de locação é mesmo motivado por não haver custos imediatos. “É a modalidade mais utilizada, pois não envolve dinheiro na contratação”, diz. Números do sindicato mostram que, em agosto, o fiador foi adotado em 48% dos contratos de locação pesquisados pela instituição em imobiliárias paulistas. O segundo tipo de instrumento jurídico garantidor mais requisitado foi o depósito caução, que representou 32% do total. O seguro-fiança foi utilizado em 20% das moradias locadas. Na Lello Imóveis, que administra cerca de 9.000 imóveis, o fiador foi o mais utilizado nos contratos de locação em setembro (62%). O seguro-fiança foi opção em 24% dos casos, a caução em dinheiro em 11% e tipos menos comuns, como carta-fiança emitida por um banco e a caução de imóveis, representaram 3%.
GARANTIAS LOCAÇÃO IMOBILIÁRIA FIADOR Deve ter bens SEGURO-FIANÇA Exige o pagamento de aproximadamente uma mensalidade e meia por ano TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO Depósito que varia de cinco a oito aluguéis. O valor do depósito e seu rendimento são resgatados pelo inquilino ao término do contrato ou pelo proprietário caso haja inadimplência ou danos no imóvel. Aprovação é rápida CAUÇÃO EM DINHEIRO Geralmente é aceita quando o aluguel não é muito alto; é feito um depósito referente a três mensalidades do aluguel CAUÇÃO IMOBILIÁRIA OU DE BENS MÓVEIS Imóveis ou bens móveis do inquilino são garantia Fontes: Porto Seguro, SulAmérica, advogados e imobiliárias
FOTO: MATEUS BRUXEL/FOLHAPRESS, IMÓVEIS
Garantidor pode se desobrigar da responsabilidade em caso de divórcio ou de dissolução de união estável Uma mudança realizada na Lei do Inquilinato em 2009, por meio da lei nº 12.112, facilitou o desligamento do fiador de um contrato de aluguel. Ao final do prazo inicialmente estipulado para o acordo, ele só continuará como garantidor de uma prorrogação se concordar expressamente com ela -antes a lei não tratava do assunto. Mesmo durante a vigência do contrato existe a possibilidade de o fiador se desonerar da obrigação, nos casos em que há divórcio ou dissolução da união estável do casal que é inquilino e a locação residencial prossegue automaticamente com o cônjuge que permanece no imóvel. “Nesses casos, o fiador deverá ser comunicado do fato e, no prazo de 30 dias a contar do recebimento dessa comunicação, poderá exonerar-se mediante notificação ao locador, mas ficando ainda responsável pela fiança por 120 dias”, explica Maria Claudia Solano Pereira, defensora
Vendedor Paulo Sergio Meirelles, 50, na sacada do apartamento em que mora com as duas filhas, no bairro Vila Matilde. Ele foi fiador e recebeu ordem de penhora de um de seus imoveis. De acordo com o projeto de lei 6413/09, que tramita na Camara Federal, o bem de familia podera ser protegido desta pratica.
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Teen
FOTO: BENTO MARZO/DIVULGAÇÃO
Duelo contra o
‘Sistema’ Em “tropa de elite 2” Nascimento tem novo inimigo
ator Wagner Moura em cena do filme “Tropa de Elite 2” (2010), de José Padilha
por TARSO ARAUJO/FOLHAPRESS
Há três anos, o diretor José Padilha contou como uma tropa de elite virou o terror dos traficantes no Rio. Agora, ele mostra como nem isso resolve o problema da violência, com a corrupção espalhada das favelas a Brasília. Em “Tropa de Elite 2”, o (agora) coronel Nascimento, interpretado por Wagner Moura, troca a boina do Bope (Batalhão de Operações Especiais) por uma gravata de alto funcionário da Secretaria de Segurança Pública. Seu novo inimigo são as milícias, grupos armados que, na última década, têm substituído traficantes no controle dos morros cariocas, subjugando e explorando a população local. Associadas a outros grupos poderosos, como integrantes da mídia e políticos, elas são bem mais difíceis de vencer com tiros de fuzil. Esse conjunto de forças é o tal “sistema” a que Nascimento se refere no filme. Uma rede complexa de poderosos e seus interesses, que torna a trama mais complexa do que a disputa entre mocinhos e bandidos. O interessante é que “Tropa de Elite 2” conta uma história que começou nesta mesma década e que ainda não acabou -assim como “Guerra ao Terror” (2009), vencedor do último Oscar, fez com a guerra do Iraque. Essa atualidade, somada ao realismo das favelas e “caveirões” de verdade usados no filme, tem ajudado “Tropa de Elite 2” a bater todos os recordes de bilheteria do cinema brasileiro. Essa batalha, pelo menos, o capitão Nascimento tem tudo para ganhar.
Para leitores, “Tropa de Elite 2” é melhor e mais complexo do que o primeiro por IURI DE CASTRO TÔRRES Seis adolescentes do grupo de apoio da reportagem assistiram ao filme “Tropa de Elite 2” e são unânimes: é mais complexo e melhor do que o primeiro. Na quarta-feira (13), a reportagem promoveu sessão do longa seguida de debate com o diretor, José Padilha, e com Wagner Moura, o coronel Roberto Nascimento. Depois, o grupo se reuniu para conversar sobre o filme. “O novo filme não trabalha só a violência”, opina Daniel Cabrel, 16. “Também é violento, é claro, mas é mais inteligente.” Para Ana Carolina Machado, 18, a continuação é mais difícil de entender. “Não é só o tráfico de drogas, mas a presença de milícias nas comunidades e a corrupção em altos cargos do governo.” Felipe Bonel, 17, achou interessante a desmistificação da ideia de que o consumo
de drogas pela classe média é o grande culpado pela violência do Rio. “O topo do poder também sustenta organizações criminosas”, disse. “E punir essas pessoas é bem mais difícil”, ponderou Bárbara Arantes, 17. “O traficante acaba sendo a vítima de um sistema que o obriga a ir por esse caminho. Tudo conspira para que ele caia nessa rede de maldade.” Outro ponto unânime entre os jovens do Teen: o novo filme tem menos bordões. “É muito mais para pensar do que para vibrar”, disse Marcos Cândido, 16. O comentário entra em conflito com a opinião de Márcia Shimabukuro, 19, para quem “o público pensante no Brasil é muito pequeno”. O filme bateu recordes. Felipe acredita que a mensagem política do filme é forte. “É para a formação de um eleitorado consciente, principalmente entre os jovens.” O grupo vibrou quando Nascimento deu uma sova num deputado corrupto. “Muitos acham que nenhum político presta”, disse Felipe. Para Ana, ele é um herói. “Incorpora o ideal da polícia incorruptível”. Bárbara lembra que ele paga um preço alto: a distância do filho. “Imaginem ser filho de um policial do Bope”, instiga Daniel. “Deve ser péssimo saber que o pai vai sair para a guerra nos morros e talvez não volte”, completa Bárbara. Felipe é contra a frieza com que o capitão trata o próprio filho, mas admira a defesa que ele faz da família. Para o grupo, o filme não incita a violência. “Ninguém joga “Mortal Kombat” e sai dando “fatalities’”, brinca Márcia. “Se o filme fosse em 3D, todos sairiam furados”, encerra Bárbara.
pra caramba. Na hora do filme, parece que você vai morrer, porque passa toda sua vida na sua frente. “Olha só, eu estou no “Tropa de Elite”, todo mundo vai ver...” Já sente os efeitos dessa exposição? Agora, na rua, todo o mundo me olha. Outro dia, estava em frente ao cinema quando acabou a sessão do “Tropa...” e veio todo o mundo... E as meninas? Tá mais fácil agora, né? Desde que começou a aparecer propaganda e trailer. Aí, veio “Malhação” para ajudar mais ainda. Juntou com “Tropa...” e ficou uma beleza. Tem perfil na web? Tenho tudo. E responde aos fãs? Tem que responder, né? Tem dias que paro para responder e tem 300 recados lá: “Você é muito lindo!”. Nunca fui tão lindo... Você se acha vaidoso? Tenho essas frescuras, sim. Não é exagerado, mas fico uma hora pra me arrumar, tenho creminhos de rosto. Antes da pré-estreia [de “Tropa...”] pedi para minha mãe tirar
espinhas da minha cara. Já tinha tido contato com o tipo de violência mostrado em “Tropa...”? Indiretamente. Já morei no Itanhangá (zona oeste do Rio) e, lá perto, tem a favela Rio das Pedras, onde tem milícia. Querendo ou não, você tinha que seguir um pouco as regras. Não era tão tenso, mas você tinha que manter o respeito. Quando passa por lá, tem que ficar tranquilo, não olhar pra ninguém. Desde que fiz “Tropa...”, fiquei com receio de passar por ali. A violência do tráfico ou das milícias é um problema de todos ou só das favelas? É de todo o mundo. Veja as UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora, que ocuparam 12 favelas dominadas pelo tráfico no Rio]. Isso foi bom, só que agora [os traficantes] vão buscar dinheiro aqui em baixo. Então, tem que implantar patrulhas urbanas também, educar mais a polícia, investir nas favelas. Vê algum paralelo entre a relação do seu personagem com o capitão Nascimento e a sua com o seu pai? Eu também não tenho medo do meu pai, tenho respeito. Meu pai é amigão. Brinco com ele, mas com respeito. Medo, nunca. FOTO: BENTO MARZO/DIVULGAÇÃO
PEDRO VAN HELD, ATOR TEEN DE “TROPA... 2”, FALA SOBRE O EFEITO DA FAMA REPENTINA Quando começou a filmar como o filho do capitão Nascimento em “Tropa de Elite 2”, a experiência de Pedro van Held, 16, como ator se resumia a seis meses de teatro na escola. Fora isso, só fotos como modelo infantil. Catapultado ao status de celebridade, ele agora concilia as aulas do 1º ano do ensino médio com o papel de Arthur em “Malhação ID”. Na correria em que sua vida se transformou, o carioca criado em frente ao mar da Barra da Tijuca teve que abrir mão do surfe e do remo. Mas confessou, nesta entrevista a reportagem, que o novo estilo de vida tem lá suas vantagens. Reportagem - Como é se ver na tela? Pedro van Held - Estava congelado, nervoso
Cena do filme “Tropa de Elite 2” (2010)
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Seus Direitos e Deveres
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GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA/ GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA
No dia 17 de abril de 2009 foi publicada a Lei n.o 11.924 que alterou a Lei de Registros Públicos e passou a autorizar o enteado ou enteada a adotar o nome do padrasto ou madrasta. Foi inserido o parágrafo 8.o ao art. 57 da Lei de Registros Públicos, o qual dispõe que o enteado ou enteada, havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente, que no seu registro de nascimento seja averbado o nome de família, ou seja, o sobrenome, de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes. Não há que se olvidar que a lei tem como finalidade regulamentar uma situação de fato. Sabe-se que hoje diferentes espécies de entidades familiares se formam. Há aquela formada por filho (a) e pais biológicos, por filho (a) e mãe biológica ou filho (a) e pai biológico, filho e pai ou mãe biológicos e o seu respectivos companheiros (as). É dessa situação que a lei procurou tratar e regulamentar. Importante frisar que a intenção do legislador foi a de propiciar que aquele que convive com alguém que na prática e perante todos exerce o papel de seu pai ou mãe, não só lhe propiciando bens materiais, mas, principalmente, atenção e afeto, tenha o direito de carregar o seu sobrenome. Onome,incluindo-seoprenomeeosobrenome,
Adoção do sobrenome do padrasto ou madrasta
é um direito da personalidade, ele possui a finalidade de identificar o indivíduo na sociedade, informando a todas quais são as suas raízes biológicas. E agora, referida lei possibilita que o nome, em sentido amplo, também identifique a origem afetiva da pessoa. Muito se fala em paternidade sócio-afetiva, aquela que se forma por laços afetivos e não biológicos. Hoje é possível que alguém que registrou um filho acreditando que era, biologicamente seu, depois de descobrir que em verdade não o era, tenha a paternidade mantida em razão do vínculo afetivo que formou com o individuo que sempre tratou e amou como se seu filho consanguínio fosse. A lei ora referida procura conciliar duas situações que possuem grande importância na vida de uma pessoa. A sua origem biológica e o afeto recebido por alguém que exerce na sua vida o papel de pai ou mãe, sem que tenha com ele qualquer ligação sanguínia, mas somente afetiva. É comum que o pai, por exemplo, registre como seu filho uma criança que realmente o é, mas que com ele não conviva. A mãe por sua vez passa a viver com outra pessoa, unindo-se informalmente ou mesmo casando-se com ela. A criança passa então a conviver com a mãe e o seu padrasto, o qual passa a ocupar faticamente o papel de seu
pai, ainda que como “segundo“pai. Nesse caso, possibilita a lei que o enteado ou enteada possa acrescer ao seu nome o de seu padrasto, o mesmo ocorrendo com a madrasta. Isso significa que não é necessário que o nome de seu pai ou mãe biológicos lhe sejam suprimidos. Bem como que o padrasto ou madrasta serão tidos como seus pais para qualquer efeito legal, inclusive patrimonial. A intenção da lei é a de que uma situação de fato seja regulamentada e se torne juridicamente real. Para tanto como ressaltado, inicialmente, é necessário que o enteado ou enteada requeira judicialmente a averbação do sobrenome do seu padrasto ou madrasta no registro de nascimento, sendo necessário somente o consentimento deles, não o sendo o de seus pais biológicos. Isso porque, como salientado, a alteração do nome com aludido acréscimo não modifica a paternidade ou maternidade do indivíduo, expressamente reconhecida no seu registro de nascimento. Ao juiz caberá analisar se no caso concreto o acréscimo é recomendável, ou seja, se existe motivo plausível para tanto. O motivo plausível se traduz na existência do afeto entre ambos e tratamento perante a sociedade como integrantes da mesma família. Por fim, cabe frisar que esta averbação pode
ser cancelada a requerimento de uma das partes, ouvida a outra, sempre que a situação familiar e afetiva existente se alterar. Assim, não ficará o (a) enteado (a) obrigado (a) a carregar consigo, para sempre, o sobrenome do padrasto ou madrasto ou vice e versa. Vê-se que se trata de uma situação muito delicada e de uma opção que deve ser tomada com muita prudência, tanto por aquele que concordará com a averbação, como pelo órgão do Ministério Público que elaborará o seu parecer nos caso de o requerente ser criança ou adolescente, bem como pelo juiz que decidirá o pedido. É por esta razão que em muitos casos antes de julgar o juiz requererá estudo psicossocial da família, visando à comprovação da existência do motivo plausível. A sociedade se altera, novas relações surgem e o que a lei procura e deve mesmo fazer é regulamentá-las. Ao aplicador da lei recai a tarefa de aplicá-la da melhor forma possível, garantindo segurança jurídica aos cidadãos. Advogados Gabriela de Moraes Montagnana OAB/ SP 240.034 Gustavo Antônio de Moraes Montagnana OAB/ SP 214.810 Tel.: 11 4034.0606
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Antenado
Reif Larsen diverte e comove com saga brilhante sobre pequeno gênio solitário por MARCELINO FREIRE/FOLHAPRESS
Todo livro é sobre a morte. Algum escritor quem falou, não me lembro qual. Já deve ter morrido. Tal frase assim, no meu juízo, veio durante a leitura de ‘O Mundo Explicado por T.S. Spivet’, sucesso mundial de Reif Larsen. Não que esse romance seja ‘fúnebre’, tipo baixo astral. Muito longe disto. O livro conta a brilhante e mirabolante história de um menino de 12 anos, cartógrafo. Um geniozinho, metódico, que vive anotando tudo à sua volta. Calculando fossos, projetando mapas. T.S. preenche o seu caderno-relato com desenhos, tabelas, considerações _todo um arsenal de ‘links’ que dão conta de nos esclarecer, por exemplo, sobre o sistema circulatório dos caranguejos, o voo cego dos morcegos, ‘a distância entre aqui e ali’. Um romance-almanaque. Ou seria apenas mais uma história de solidão? Todo livro é sobre a solidão. E agora? De quem será essa frase? Ave nossa! Sei não. A verdade é que o menino está só. Em sua ‘expedição’. Querendo apanhar o sol com a mão da razão. Tamanha a escuridão sentimental em que ele ficou depois da morte acidental do irmão, com uma arma de fogo. Comovente, na medida, o capítulo em que o garoto revisita o quarto do morto. Isso, às vésperas de fugir do rancho, onde vive, para Washington D.C. Isso, antes de aventurar-se por várias cidades dos Estados
Unidos, cercadas de ‘montanhas muito antigas e perversas’. Traduzida pela escritora Adriana Lisboa, esta instigante epopeia enciclopédica é literalmente uma viagem. Das boas. Conduzidos que somos pelo narrador. Dessas que grudam nos nossos sentidos. Feito a voz do adolescente Holden Caulfield, no clássico ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger. Ou a voz do miniprotagonista criado pela escritora paulista Índigo no seu ‘Saga Animal’. Uma verdadeira saga idem a deste menino, prodígio, que a certa altura nos relata, de forma madura, o que ouviu do irmão: ‘Quando você morre é sempre culpa sua.’ Puxa! Terminada a leitura, fiquei em silêncio. Com saudades deste pequeno grande homem que muito me ensinou _já marmanjo que sou acerca da vida. E da morte. Menos ‘estúpidas’, quando explicadas por ele, assim. Passo a passo. Do princípio ao fim. MARCELINO FREIRE é autor, entre outros, de “Contos Negreiros” (Record) O MUNDO EXPLICADO POR T.S.SPIVET AUTOR Reif Larsen TRADUÇÃO Adriana Lisboa EDITORA Nova Fronteira QUANTO R$ 46,90 ( 448 págs.) AVALIAÇÃO ótimo
FOTO: DIVULGAÇÃO
Reif Larsen
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 27 a 29 de outubro foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 1645/2010 - NIVALDO PIZANI e DAIANA MARIA CARDOSO SOARES. Ele operador de máquinas, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 19/12/1977, res. e dom. à Rua Amazonas, 11, Parque dos Estados - Bragança Paulista, filho de ANTONIO PIZANI e de IRENE SCIOLA PIZANI. Ela auxiliar de hóspede, viúva, natural de Vargem-SP, nascida no dia 22/05/1982, res. e dom. à Rua Manoel Maria, 496, Cidade Planejada II – Bragança Paulista, filha de EDISON CARDOSO PINTO e de MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA PINTO Protocolo: 1646/2010 - JOSÉ LUIZ DE CAMARGO e ÉRICA SILVEIRA FRANCO. Ele vendedor, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 15/05/1981, res. e dom. à Avenida Jorge Cassiano, 274, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de FELICIO NUNES DE CAMARGO e de IZABEL PINTO CAMARGO. Ela auxiliar administrativo, solteira, natural de Bragança Paulista-P, nascida no dia 28/01/1986, res. e dom. à Rua São Francisco, 64, Bairro Cruzeiro – Bragança Paulista, filha de FLÁVIO FRANCO e de ALICE SILVEIRA FRANCO Protocolo: 1648/2010 - VICTOR HENRIQUE DE MELLO REBELLO e CARINA APARECIDA PIZETA. Ele ajudante geral, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 11/07/1988, res. e dom. à Rua Lourenço Suppioni, 37, Recanto Alegre – Bragança Paulista, filho de SILVIO AUGUSTO DE MELLO REBELLO e de SILVANA DOS SANTOS DE MELLO REBELLO. Ela auxiliar de recepção, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 07/01/1987, res. e dom. à Rua Lourenço Suppioni, 37, Recanto Alegre – Bragança Paulista, filha de CLAUDIONOR PIZETA e de SANTINA APARECIDA RAMOS PIZETA Protocolo: 1649/2010 - EVERSON JOSÉ DE MOURA e JESSICA DA SILVA PEREIRA. Ele ferramenteiro, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 22/10/1987, res. e dom. à Rua José Dominicci, 315, Jardim Morumbi – Bragança Paulista, filho de ANTÔNIO APARECIDO DE MOURA e de NATALIA ALEXANDRE DE MORAES MOURA. Ela do lar, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 09/07/1989, res. e dom. à Rua José Dominicci, 315, Jardim Morumbi – Bragança Paulista, filha de GÉRSON PEREIRA e de IGNEZ GOMES DA SILVA PEREIRA. OBS.:Refere-se a Conversão de União Estável em Casamento. Protocolo: 1650/2010 - HENRIQUE ALVARES e CARINA PAULA GEMENEZ. Ele ajudante geral, solteiro, natural de Bragança PaulistaSP, nascido no dia 03/01/1987, res. e dom. à Avenida Antonio Pierotti, 543, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de EVACIR ALVARES e de EDNA CORREIA ALVARES. Ela auxiliar de produção, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 01/12/1981, res. e dom. à Rua Olivio Alves do Amaral, 105, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de JOÃO BAPTISTA GEMENEZ e de VILMA CANER GEMENEZ Protocolo: 1651/2010 - LUCIANO TEODORO GARCIA e DIANA GOMES DE OLIVEIRA. Ele microempresário, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 05/03/1978, res. e dom. à Rua Alberto Grasson, 361, Jardim São Lourenço – Bragança Paulista, filho de REGINALDO GARCIA e de JANDIRA TEODORO. Ela auxiliar administrativo, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 06/11/1982, res. e dom. à Avenida São Lourenço, 665, Lavapés – Bragança Paulista, filha de JOÃO AUGUSTO GOMES DE OLIVEIRA e de MARIA BENEDITA DE OLIVEIRA Protocolo: 1652/2010 - ARTUR HENRIQUE FORATO FERREIRA PÓ e FLÁVIA REGINA TITTANEGRO. Ele analista de sistemas, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 09/07/1983, res. e dom. à Avenida Antonio Pires Pimentel, 808, Centro - Bragança Paulista, filho de JOSÉ ANTONIO FERREIRA PÓ e de MARIA LUCIA FORATO. Ela funcionária pública municipal, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 22/04/1981, res. e dom. à Rua Doutor Tosta, 160, Centro - Bragança Paulista, filha de PEDRO ANGELO TITTANEGRO e de KATIA REGINA DE GODOY ARAUJO TITTANEGRO Protocolo: 1653/2010 - PAULO RAMOS DE OLIVEIRA FILHO e DALGISA OMETTO. Ele engenheiro industrial aposentado, viúvo, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 07/02/1935, res. e dom. na zona rural, Sítio Jataí, Bairro Estiva do Agudo -Bragança Paulista, filho de PAULO RAMOS DE OLIVEIRA e de FRANCISCA GALVÃO BUENO RAMOS DE OLIVEIRA. Ela servidora pública aposentada, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 22/04/1954, res. e dom. na zona rural, Sítio Jataí, Bairro Estiva do Agudo - Bragança Paulista, filha de OLYNTHO AUGUSTO OMETTO e de MERCEDES LUZIA CHIOATTO OMETTO. OBS.:- Refere-se a Conversão de União Estável em Casamento. Protocolo: 1654/2010 - EDSON MASERA TERRA e FERNANDA CROSSI PEREIRA DE TOLEDO. Ele médico, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 01/11/1972, res. e dom. à Rua Chipre, 43, Residencial das Ilhas – Bragança Paulista, filho de SERGIO TERRA e de LAURA MASERA TERRA. Ela farmacêutica, solteira, natural de Amparo-SP, nascida no dia 30/03/1971, res. e dom. à Rua Chipre, 43, Residencial das Ilhas – Bragança Paulista, filha de GERVASIO PEREIRA DE TOLEDO e de DIVA CROSSI PEREIRA DE TOLEDO Protocolo: 1655/2010 - EDSON SEVERINO DO NASCIMENTO e ELIANE GOMES DE AMORIM. Ele porteiro, solteiro, natural de Vicência-PE, nascido no dia 19/03/1977, res. e dom. à Rua Aureliano Coutinho, 135, Santa Cecília - São Paulo, filho de JAIME SEVERINO DO NASCIMENTO e de MARIA LUCIA DA SILVA. Ela ajudante geral, solteira, natural de Barra Mansa-RJ, nascida no dia 22/09/1969, res. e dom. à Rua Treze, 120, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de NATANAEL RAMOS DE AMORIM e de TERESINHA GOMES DE AMORIM Protocolo: 1656/2010 - DIEGO RAFAEL OLIVEIRA e TATIANA BAYEUX DA SILVA PINTO. Ele frentista, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 28/06/1988, res. e dom. à Rua Dr. Romeu Campos Vergal, 48, Vila Bernadete - Bragança Paulista, filho de DORIVAL OLIVEIRA e de MARIA JOSÉ DA COSTA OLIVEIRA. Ela vendedora, viúva, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 13/11/1982, res. e dom. à Rua Adelino de Campos, 160, Jardim América – Bragança Paulista, filha de JOÃO BATISTA BAYEUX DE SALLES e de SIDNEY DE OLIVEIRA BAYEUX
Protocolo: 1657/2010 - MARCOS MADEIRA e EVA CRISTINA DE TOLEDO. Ele pintor, divorciado, natural de Apucarana-PR, nascido no dia 22/12/1973, res. e dom. à Rua José dos Santos, 140, Cidade Jardim - Bragança Paulista, filho de JOSÉ ALVES MADEIRA e de MARIA JOANA MADEIRA. Ela empregada doméstica, solteira, natural de Tuiuti-SP, nascida no dia 09/05/1971, res. e dom. à Rua José dos Santos, 140, Cidade Jardim - Bragança Paulista, filha de LAZARO MARIANO DE TOLEDO e de MARIA DE SOUZA TOLEDO Protocolo: 1671/2010 - JOÃO PAULO SALLES GOMES e VANESSA STAVICK OLIVEIRA DA SILVA. Ele ajudante geral, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 09/01/1987, res. e dom. à Rua Hugo de Jesus Franco Rodrigues, 147, Vila Bernadete - Bragança Paulista, filho de PAULO FERREIRA GOMES e de VANILDA SALLES GOMES. Ela promotora de vendas, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 21/04/1989, res. e dom. à Rua João Diniz, 111, Jardim Recreio - Bragança Paulista, filha de JOSÉ DAVIS DA SILVA e de BENEDITA OLIVEIRA DA SILVA Protocolo: 1672/2010 - LUÍS HENRIQUE FUSEL e ELIANI DE FÁTIMA PIMENTEL. Ele professor, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 01/09/1981, res. e dom. à Rua Elsa Estella Tafuri Pereira, 95-1, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filho de OSVALDO FUSEL e de ROSÂNGELA DE FÁTIMA DA PAZ FUSEL. Ela professora, solteira, natural de Vargem-SP, nascida no dia 15/05/1978, res. e dom. à Rua Elsa Estella Tafuri Pereira, 95-1, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de JURANDIR PIMENTEL e de BENEDITA CANDIDA COUTINHO PIMENTEL Protocolo: 1673/2010 - ESTEVAM FRANCO DE OLIVEIRA e REGINA MARIA GIANNINI. Ele funcionário público estadual, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 31/10/1958, res. e dom. à Avenida Nipo Brasileira, 144, Jardim América - Bragança Paulista, filho de LUIZ GONZAGA FRANCO DE OLIVEIRA e de EULINDA MORAES DE OLIVEIRA. Ela gerente comercial, divorciada, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 21/12/1950, res. e dom. à Avenida Nipo Brasileira, 144, Jardim América - Bragança Paulista, filha de VICENTI GIANNINI e de RAYMUNDA MARTINS GIANNINI Protocolo: 1674/2010 - VÁGNER DOS SANTOS GONÇALVES e SABRINA DA SILVA. Ele técnico em eletromecânica, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 28/02/1990, res. e dom. à Rua Dr. Alípio Leme de Oliveira, 55, Planejada II - Bragança Paulista, filho de VALDEREZ GONÇALVES e de ANA MARIA DOS SANTOS GONÇALVES. Ela balconista, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 12/06/1992, res. e dom. à Rua Lincoln Rodrigues Siqueira, 53, Santa Luzia - Bragança Paulista, filha de JAIRSON DA SILVA e de REGINA APARECIDA DA SILVA Protocolo: 1675/2010 - EDMIR SADAO MASSUNAGA e DJEISSY DAHLE DA CRUZ. Ele designer gráfico, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 16/03/1988, res. e dom. à Rua Jaguari, 232, Santa Libânia – Bragança Paulista, filho de FUMIO MASSUNAGA e de FELICIA SATICO MASSUNAGA. Ela secretária, solteira, natural de Antonina-PR, nascida no dia 26/08/1989, res. e dom. à Rua Jaguari, 232, Santa Libânia – Bragança Paulista, filha de JEASI NOGUEIRA DA CRUZ e de SOLANGE DE FÁTIMA DAHLE DA CRUZ Protocolo: 1676/2010 - CAMILO ELESBÃO DE SOUZA E SILVA e FLAVIA ROBERTA SILVA. Ele metalúrgico, solteiro, natural de Atibaia-SP, nascido no dia 25/06/1985, res. e dom. à Rua José Ribeiro da Silva, 87, Henedina Rodrigues Cortez - Bragança Paulista, filho de EUCLIDES DE SOUZA E SILVA NETO e de ELISBELA ELESBÃO DE SOUZA E SILVA. Ela balconista, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 10/03/1988, res. e dom. à Rua Voluntário Antonio Rodrigues Moreira, 90, Jardim Recreio - Bragança Paulista, filha de OSVALDO SILVA FILHO e de MARINA DA SILVA Protocolo: 1677/2010 - WAGNER APARECIDO DE OLIVEIRA e CRISTIANE CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA. Ele operador de produção, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 12/09/1979, res. e dom. à Rua Sebastião Cícero Franco, 68, Vila David – Bragança Paulista, filho de JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA e de MARIA APARECIDA BATISTA DE OLIVEIRA. Ela auxiliar de escrita fiscal, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 11/05/1980, res. e dom. à Rua Sebastião Cícero Franco, 68, Vila David – Bragança Paulista, filha de CÉLIO ANTONIO DE OLIVEIRA e de IVONE SOARES DE OLIVEIRA Protocolo: 1678/2010 - RENATO CAETANO PONTES e MAYARA ALVES DE OLIVEIRA. Ele auxiliar de produção, solteiro, natural de Pedra Bela-SP, nascido no dia 20/06/1981, res. e dom. à Rua Antonio Siriane, 423, Jardim Recreio - Bragança Paulista, filho de NAZARENO CAETANO PONTES e de RAMIRA TEODORO DA SILVA PONTES. Ela balconista, solteira, natural de Toledo-MG, nascida no dia 08/09/1992, res. e dom. à Rua Antonio Siriane, 438, Jardim Recreio - Bragança Paulista, filha de MARIA HELENA ALVES DE OLIVEIRA Protocolo: 1679/2010 - EDISON MIGUEL PEREIRA DOS SANTOS PIZZO e JULIANA PAULA GONÇALVES DE CAMARGO. Ele auxiliar de produção, divorciado, natural de Pouso Alegre-MG, nascido no dia 07/04/1982, res. e dom. à Rua Professor Luiz Nardy, 596, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filho de EDISON PEREIRA PIZZO e de ANA MARIA DOS SANTOS LEITE PIZZO. Ela assistente comercial, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 15/12/1987, res. e dom. à Rua Santa Amélia, 29, Vila Santa Libânia – Bragança Paulista, filha de BENEDITO APARECIDO GONÇALVES DE CAMARGO e de BENEDITA LÚCIA EVANGELISTA DE CAMARGO
Bragança Paulista 29 de outubro de 2010 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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Simulados, por que fazemos tantos? Consideramos o simulado uma das esprova/faculdade tratégias mais importantes no preparo O aluno que pretende prestar vestibular para o vestibular. E por quê ? na Unesp deve treinar o tipo de prova da Unesp, que é completamente diferente do Ajuda no controle do tempo para tipo da Unicamp, por exemplo. Conhecer resolver a prova o estilo da prova (número de questões, Em provas como Unesp, Fuvest, Enem, o distribuição das disciplinas, grau de dificandidato tem, em média, cerca de 3 minutos culdade...) é essencial para fazer um bom para resolver cada questão. Quem tem treino vestibular. Ficar só na leitura do manual do em resolver provas terá mais sucesso. Há alu- candidato dá apenas uma visão geral sobre nos que demoram muito para resolver uma o conteúdo, por isso é importante treinar prova, esses aluno tem de saber administrar os mais diferentes tipos de prova. o seu tempo para fazer a prova por completo. O simulado é uma ótima oportunidade para Ter confiança calibrar o seu tempo. Quanto mais você pratica uma atividade, seja ela qual for, mais confiança você tem ao Resistência física em repeti-la. Um dos benefícios do simulado é realizar provas trazer calma na hora do vestibular, pois você Hoje, provas de vestibular medem conhecimento estará acostumado a realizar essa tarefa. e resistência. Provas como a Unicamp 1a fase e a 2a prova do Enem têm mais de 5 horas de É um momento de aprendizado, duração. Como professor, vejo que a maioria uma forma de adquirir conhecimento. dos alunos mal consegue assistir a uma aula de 100 minutos. Treinar ficar sentado é um outro Ao ficar pensando durante 5 horas em uma objetivo que o simulado proporciona. Apenas prova, você estará adquirindo conteúdo. No quem tem praticado consegue resistir. processo de aprendizagem, aprende-se mais errando que acertando. Muitas vezes, você só Ajuda a conhecer características consegue mediante de seus deslizes, reconhecer particulares de cada estilo de as falhas em seus estudos e, assim, buscará
formas de melhorar. Ao fazer a correção do seu simulado você também aprende.
Serve para verificar em qual disciplina deverá se dedicar maior tempo de estudos.
Grande parte dos alunos tem inclinação por algumas disciplinas mas, para ter sucesso nos vestibulares, é importante ir bem em todas. Não adianta ir bem em geografia e desprezar matemática, por exemplo. O simulado também tem a finalidade de identificar as deficiências em uma determinada disciplina. A partir daí, você deverá buscar meios para recompor esses conteúdos perdidos. Nós do IECJ buscamos, cada vez mais, treinar nossos alunos a fazer simulados. Começamos desde o 1o Ano do Ensino Médio e intensificamos no 3o Ano. Em 2010 foram mais de 13 simulados nos estilos Unicamp, Fuvest, Unesp, Enem. A maioria deles são os mesmos aplicados em cursos pré-vestibulares de Campinas, como Elite, por exemplo, com o qual temos uma boa parceria. Bons vestibulares para todos! Francisco Clovis de Sousa Junior Coordenador Pedagógico Ensino Médio