Braganรงa Paulista
Sexta
31 Dezembro 2010
Nยบ 568 - ano IX
jornal do meio
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Retrospectiva 2010 Editorial
Mais um ano que se vai...
Ideologias políticas à parte, o ano de 2010 ficará marcado na história do Brasil por ter sido o ano em que duas mulheres, uma delas negra, estiveram entre os candidatos da disputa democrática para o cargo mais importante da nação. Se apenas em 1932 as brasileiras tiveram direito de votar, em 2010 puderam ver uma representante do sexo feminino ser eleita como presidente do país. 2010 também foi novamente ano de copa do mundo, ano em que a seleção tentou mais uma vez conquistar o hexacampeonato mundial. Foi também o ano em que o Rio de Janeiro foi confirmado como cidade sede das Olimpíadas de 2016, e também acompanhamos a tomada dos morros da “Cidade Maravilhosa” pela polícia, mostrando aos traficantes que eles são vulneráveis. Ano em que o mundo acompanhou pela TV o resgate dos mineiros chilenos. Ano tristemente marcado por casos de violência contra a mulher, lembrando aqui Eliza Samudio e Mércia Nakashima, além das jovens bragantinas Paula, Ana Carla e Fernanda, todas mortas em decorrência de crimes passionais. Infelizmente o ano não se faz apenas de boas notícias. Mas existe muita gente por aí empenhada em mudar a realidade, como é o caso das diversas entidades com quem o Jornal do Meio conversou no decorrer de 2010. Cada uma em seu seguimento faz muito por Bragança: ADMC - Associação da Defesa da Mulher e Cidadania; Associação São Lucas; Vila São Vicente de Paulo; Asilo São Vicente de Paulo; Igreja Missionária Maranata; PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas; Grupo Viver e MBLGBT – Movimento 31 dezembro 2010
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Bragantino de Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transexuais; Casa Dia; AMUBP – Associação Mulher Unimed de Bragança Paulista; Programa DST/AIDS e Hepatites Virais de Bragança Paulista; ADEF – Associação de Deficientes Físicos; Faros D’Ajuda; Criando Campeões; Osquestra de Metais Lyra Bragança, entre outras.
Gente
Bragança Paulista é, também, uma cidade que pulsa criatividade e curiosidade, e o Jornal do Meio pode comprovar isso em 2010. Muitas das matérias publicadas falaram de pessoas que circulam pela cidade, com histórias inusitadas, ora no campo pessoal, ora no campo profissional, e que a maior parte do tempo permanecem escondidas por aí. Da senhora que já tem um tataraneto, primeiro menino nascido na família em mais de 50 anos, à comunidade que se empenha para construir uma Igreja por conta própria, passando pelos lavadores de carros que dirigem verdadeiras máquinas automobilísticas, e o senhor que mantém sua mercearia intacta há mais de cinqüenta anos, como se ainda vivesse em outra época, o Jornal do Meio novamente trouxe aos leitores notícias e histórias diferenciadas e que, acima de tudo, falam de gente. Também foram destaque nas páginas do jornal artistas e realizadores, pessoal que produz HQs, que faz filmes, meninas que se dedicam ao rock, outras à fotografia. Na área comportamental o destaque ficou para a polêmica em torno das pulseiras coloridas usadas por adolescentes e a febre das figurinhas da copa, colecionadas até mesmo por adultos. Em 2010,
o Jornal do Meio também deu destaque ao esporte, com ênfase a duas equipes, uma de natação master e outra de atletismo para crianças e a adolescentes. Voltando ao quesito curiosidade, falamos também de um novo conceito de álbuns de casamento, o “trash the dress”, onde o que importa é a desconstrução da aura imaculada do vestido de noiva. Houve ainda uma matéria que prendeu a atenção de muita gente não apenas pelo tema, mas também pela entrevistada: a descoberta do prazer de degustar as cervejas gourmet, explicada por uma mestre cervejeira.
Músicos
AmaioroportunidadequeoJornaldo Meio teve em 2010 foi, sem dúvida, a de entrevistar um dos criadores da Bossa Nova, Roberto Menescal. Simpático e muito acessível ele visitou a cidade para adquirir violões fabricados aqui. Pessoa simples, Menescal, em momento algum da conversa procurou destacar-se. Ao contrário. Ele quis mesmo foi falar dos violões, que o acompanham já há algum tempo e se tornaram parte integrante de sua música. Para ele é fundamental dar valor ao produto nacional, no caso, produto bragantino. Também criado em Bragança, o grupo Cérebro Eletrônico é outro destaque nacional. Integrante da “nova cena paulista”, a banda vem colecionando elogios da crítica com o lançamento do recente terceiro álbum. A entrevista dada ao Jornal do Meio por Tatá Aeroplano e Fernando Maranho contribuiu para que muita gente descobrisse que os rapazes, influentes na cena underground paulista, começaram a carreira por aqui. O que o Jornal do Meio procura, a
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EXPEDIENTE Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Alexandra Calbilho (mtb: 36 444)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
cada edição, é trazer aos leitores assuntos relevantes e interessantes, e que contribuam, de alguma forma, para o desenvolvimento de Bragança. Com dedicação da equipe de jornalismo, diagramação e atendimento, o Jornal do Meio consegue agregar credibilidade às matérias, aos entrevistados e aos anunciantes. Tudo de forma simples e honesta que visa o respeito ao leitor e que influencia outras mídias, seja em pautas, seja em inspiração jornalística. Aproveitamos a última edição do ano para agradecer todos aqueles que contribuíram para tornar o Jornal do Meio o que é: um transmissor de informação que procura colocar o interesse do leitor em primeiro lugar. Obrigado a quem acredita em nosso trabalho e anuncia seu produto em nossas páginas, obrigado a todos os entrevistados que dedicaram parte de seu tempo para conversar conosco e obrigado, principalmente, ao leitor, que nos recebe em sua casa semanalmente. Que venha 2011 e que seja um ano de avanços para a população bragantina.
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Feliz Ano Novo!
E
MONS. GIOVANNI BARRESE
seu Amor é que tem que curar nossas
excelente alicerce para o desrespeito
De verificar lucros, perdas, dores. Não queremos perceber que
aos valores maiores. O desprezo das
os acontecimentos da vida, dos dias,
coisas pequenas leva ao desprezo
ste é o tempo dos balanços. danos. Sucessos e insuces-
sos. Quanto se andou em conquistas.
meses e anos dependem daquilo que dos valores fundamentais. Daí o
Quanto houve de retrocesso. Quais
fazemos de bom ou ruim. Fazemos tanta
os bons propósitos que chegaram a
questão de ser “donos do nosso nariz” bom prá mim o resto que se dane”!
termo. De saber se foi “um ano bom naquilo que nos interessa. Quando
“salve-se quem puder” e o “... tando Muitos podem até dizer que não há
ou ruim”. Para os mais velhos o ano
as coisas exigem de nós mudanças e muito que fazer. Eu creio que não é o
passou depressa. Para os mais jovens
sacrif ícios, aí o melhor é invocar um modo correto de abordar a situação.
muito devagar. Cada um de nós, enfim,
poder do Alto! Ao vivermos a realida-
É preciso investir paciente e perse-
têm um modo de avaliar o tempo que
de de um ano que termina e de outro
verantemente no aprimoramento das
passa. E até de pensar que a bonda- que se inicia devemos ter claro que pessoas. Partindo das famílias, das de ou maldade de um ano seja coisa
o que aconteceu e o que acontecerá escolas, das comunidades e grupos
independente das atitudes pessoais e
terá sido e será sempre obra nossa.
religiosos, das associações de classe,
coletivas. Toda vez que escuto a frase
Neste rumo quero refletir estas linhas
dos clubes, etc. Somos um todo que-
- “Esperemos que o Ano seja Bom”
que encerram, neste ano, o espaço
rendo ou não. Se não agirmos juntos
- tenho a impressão que se espera
que o Jornal do Meio me oferece e
formar-se-á um monstrengo social
que haja uma intervenção externa
a bondade dos leitores faz perdurar. fadado à destruição. E não é isso que
para que a bondade prevaleça. Ouço
Ano Novo bom dependerá sempre queremos quando começa o ano novo.
mesmo a expressão - “Tomará que
das atitudes construtivas. Nas coisas
Os votos que damos e recebemos nos
Deus abençoe o Novo Ano!”- como mais simples. Que refletem educação apontam desejo de melhores dias. se Deus deixasse de abençoar algum recebida em casa. E vivida, também dia. Nós que cremos, sabemos que
Que virão pelo nosso trabalho. Com
fora dela. Quando surgem noticiários as bênçãos de Deus sim. Mas como
tudo é benção. E não há milésimo de de coisas mais graves a razão sempre nosso empenho. Benção de Deus é milésimo de segundo que não esteja estará na fonte pequena dos anos de como chuva que cai. Fecunda sempre sob o olhar terno e amoroso de Deus.
infância a juventude. O desmazêlo e o a terra. Mas se abrirmos o guarda
Mas teimamos em fazer de conta que o
descuido com aquilo que é de todos é
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chuva!... Feliz Ano Novo!
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JANEIRO
Exemplo de
vida
Há muito o que se aprender com a história de Mayara
Quando a novela Viver a Vida estava se sentar ali, nunca mais vai sair. no ar, todo mundo se comoveu com Eu não podia nem ver a cadeira de a história da personagem Luciana, rodas na minha frente que começa garota bonita que, num acidente, a chorar”, desabafou. “Todos os dias perdeu os movimentos do corpo eu sentava um pouquinho. Até e ficou tetraplégica. No decorrer que fui me acostumando e entendi da história, depois de passar pelo que a partir daquele momento ela período de negação, ela aprendeu seria a minha nova perna”. a encarar a vida de acordo com sua nova condição e a retomou do Superação ponto onde havia parado. Pois o Com o tempo Mayara conseguiu mesmo aconteceu com a bragantina superar a vergonha que sentia por Mayara Cardoso Orazem, que foi estar em uma cadeira de rodas e entrevistada pelo Jornal do Meio voltou a fazer tudo o que gostava em janeiro. A jovem, assim como antes do acidente. Voltou a ir as a personagem, sofreu um acidente baladas com os amigos, namorou. grave, ficou internada e só depois Segundo ela, durante esse período de alguns dias no hospital recebeu ela chegou a engravidar, mas acabou a notícia de que perdendo o havia perdido bebê. “Não Todos os dias eu os movimenperdi por ser sentava um pouquinho. Até tos das pernas. paraplégica, que fui me acostumando e “Quando os mas por algo entendi que a partir daquele médicos me que poderia momento ela seria a minha falaram que teracontecido nova perna eu estava pacomqualquer raplégica não mulher. Eu Mayara, sobre a entendi muito descobri que cadeira de rodas bemoqueaquiposso vir a lo significava. ser mãe sim, A ficha só caiu no dia seguinte”, ao contrário do que os médicos contou. Assim como Luciana, ela dizem”, afirma. Atualmente Mayase desesperou. “Eu chorava muito. ra está treinando natação e logo Não entendia porque aquilo tinha participará de uma competição acontecido logo comigo”. Durante no Paraná. “Agora as pessoas coa fase de negação Mayara não quis nhecem minha história de vida e receber a visita dos amigos, nem sair vem falar comigo. Me dizem que do quarto. Depois veio a rejeição à sou um exemplo por encarar tudo cadeira de rodas “Parece que se você de cabeça erguida”. 31 dezembro 2010
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JANEIRO
Pedra Bela faz
Rock
Festival se consolidou em seu quinto ano
Muitas bandas de Bragança vão regulamento de não falar papara tocar lá. Muita gente daqui lavrões, não fazer apologia às vai pra assistir. Famoso na região, drogas e não incitar a violência. o Festival Rock da Paróquia, em A partir de 2009 passou a ser Pedra Bela, foi capa do Jornal do obrigatório que todos os grupos Meio em janeiro. Márcio Roberto apresentassem músicas próprias, de Souza, produtor do evento, e as composições passaram a contou que tudo começou, após ser critério de desempenho nas a sugestão de alguns jovens, com competições, como forma de a intenção de atrair público para incentivo, segundo Márcio. a festa do padroAdiado eiro da cidade, O pessoal de fora dá Márcio conSão Sebastião. muito valor ao nosso ta que várias Sem experiênfestival. Foi uma grande lideranças da cia algumas em oportunidade de cidade vieram festivais, a não mostrar nosso trabalho comentarcom ser como especele sobre a tador, Márcio Márcio matéria feita resolveu arriscar, procurando ajuda de pessoas em Bragança. “O pessoal de fora envolvidas no assunto. Muitos dá muito valor ao nosso festival. setores da cidade se envolve- Foi uma grande oportunidade ram com o festival, inclusive a de mostrar nosso trabalho”, prefeitura. “No primeiro festival agradece. Depois de cinco editivemos que correr atrás de tudo, ções, infelizmente, o festival inclusive das bandas que iriam não acontecerá em 2011, pelo concorrer”, contou. Do segundo menos não em janeiro, junto ano em diante, as bandas que com a festa da paróquia. Segunquisessem participar precisavam do Márcio, por problemas de vender rifas em prol da paróquia, produção. “Estamos tentando simbolizando a taxa de inscrição. marcar para abril. Tomara que Com o tempo o evento passou dê certo. Mas algumas coisas a ter a cara da cidade. Todos vão mudar das outras edições os participantes cumprem um para essa”, avisa. 31 dezembro 2010
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FEVEREIRO
O fim
está próximo? Previsão Maia é de que o mundo acabe em 2012
Tempestade, maremoto, inun- que saísse da normalidade dação, seca, terremoto, furacão. podia ser um indício de que o O que antes só ouvíamos falar apocalipse estava chegando”. de vez em quando, hoje vem “Para algumas pessoas isso já se tornando quase uma cons- está até acontecendo. Muitos tante. Muita gente relaciona acreditam que o aumento da isso ao fim do mundo. Na violência, os casos de assassinato verdade, o fim entre familiaPara algumas pessoas res, os grando mundo, que isso já está até des desastres aconteceria ao acontecendo. Muitos naturais são final de 2012, acreditam que o indícios do segundo a preaumento da violência, v i s ã o Maia , juízo final. A os casos de assassinato deve ser visto entre familiares, os própria Bíblia como um recograndes desastres diz que haverá meço, segundo naturais são indícios um período de falou ao Jornal do juízo final. A própria trevas antes Bíblia diz que haverá do apocalipse”, do Meio, em um período de trevas explicou. Há fe vereiro, o antes do apocalipse de concordar professor de José Gabriel história José que o cinema, Gabriel Labaki principalmenTamoselli. “A idéia é que a te o hollywoodiano contribui, partir da destruição da socie- e muito, para fortalecer esses dade atual será reconstruída pensamentos. Filmes como o uma nova”, afirmou. “Nossa recente “2012”, que fala juscultura parte do pressuposto tamente das previsões Maias, de a qualquer momento haverá abusando dos efeitos especiais o Juízo Final, ou Apocalipse. para criar catástrofes, adaptam Ao longo da nossa história as previsões à sua maneira e qualquer fenômeno climáti- criam o falatório em torno co, eclipse ou manifestação do assunto. 31 dezembro 2010
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Maias José Gabriel disse, também, que muitos elementos da cultura Maia podem ser considerados impressionantes para a época. “Eles possuíam técnicas de construção civil muito avançadas, na matemática foram eles que inventaram o número zero – algo que os ocidentais não conseguiam conceber – e também entendiam muito sobre astronomia. O calendário deles, por exemplo, é perfeito e não precisa de ajustes no ano bissexto, como o nosso, pois acompanha o calendário lunar
. José Gabriel lembrou ainda, que mesmo tão evoluídos no campo da astronomia, todas as previsões de fim do mundo do povo maia foram negadas pela comunidade científica. Agora já não se fala mais tanto em fim do mundo em 2012 quanto na época de lançamento do filme. Mas para o professor, quando finalmente 2012 chegar, o assunto voltará a repercutir. “Os meus alunos comentaram da matéria, vieram perguntar sobre o assunto”. Por enquanto, fim do mundo em 2012, só em tom de brincadeira
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FEVEREIRO
Passaporte para nova
realidade
Projeto criado na Zona Norte da cidade ensina música para crianças
Desde maio de 2009 um grupo “Aos sábados eles passam o dia de crianças e jovens entre cin- inteiro fazendo aula e desenvolco e dezessete anos faz parte vendo atividades relacionadas à orquestra como da Orquestra aprender a marde Metais Lyra Vamos ter que passar char. Além das Bragança, coa fazer testes para aulas eles tammandada pela professora de selecionar aqueles que bém recebem música Khatia realmente querem levar café da manhã, Bonna. Ela e o a música a sério almoço e lanche da tarde”, contou marido Marcus Khatia. “Não criaram o gruvejo a música po para passar Khatia Bonna apenas como um pouco da uma ocupação experiência que têm como músicos às crianças para tirar as crianças da rua. dos bairros Hípica Jaguary, Minha preocupação é que eles Jardim Fraternidade e Parque toquem bem, aprendam a técnica dos Estados, região Norte da do instrumento e conheçam a cidade. “Alimentamos esse so- linguagem musical”, nho da escola de música desde afirmou. que mudamos para Bragança. Essa região da cidade é muito Dando show isolada e não oferece muitas Hoje, meses depois opções para as crianças”, disse da matéria, Khatia Khatia ao Jornal do Meio, em diz que a procura é fevereiro. A fábrica de estojos tão grande pelas aupara instrumentos musicais do las que ela precisará casal passou, então, a ser usada abrir seleção. “Vamos também como sala de aula. No ter que passar a fazer inicio eles ofereceram as aulas testes para selecionar para os filhos dos funcionários. aqueles que realmente Aos poucos as crianças foram querem levar a música trazendo os amigos. Ali eles a sério”, avalia. Segundo aprendem teoria e percepção ela, agora eles já estão musical, solfejo, música de tocando melhor. A câmara, além de noções de ins- primeira apresentatrumentos e percussão. As aulas ção pública do grupo acontecem nas noites de quarta foi no desfile de 7 de a sexta e o dia todo do sábado. setembro. “Foi o que 31 dezembro 2010
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impulsionou”, fala. “Agora eles estão dando show”, conta, orgulhosa dos pupilos. “Muita gente conheceu nosso trabalho depois da matéria. Sou sempre abordada na rua por causa disso e passamos a receber mais apoio também”, conta. “As pessoas me param na rua e me perguntam: como vai a criançada?”, ri. “Eles adoraram a matéria. Colocamos o jornal no mural e eles ficam lá se vendo”, fala.
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MARÇO
Comando
feminino
Família formada por mulheres chega à quinta geração com um menino
Se, ser avó é ser mãe duas vezes, dos pais, D. Rosina acostumou quantas vezes uma trisavó é a batalhar sozinha e ajudou mãe então? D. Rosina é mãe de a criar as netas e as bisnetas. Cidinha, que é mãe de Adriana, Ensinou todas a serem unidas que é mãe de Jéssica, que é mãe e guerreiras como ela. Segundo Adriana Alves de Oliveira, quande Pietro. Ufa! Uma marca como essa é dif ícil do algum problema afeta uma de ser alcançada, mas D. Rosi- delas todas se reúnem na casa na de Almeida Borges chegou da avó para decidirem, juntas, lá! Matriarca de uma família como enfrentá-lo. Até mesmo formada por mulheres, ela foi um ladrão elas já botaram pra homenageada do Jornal do Meio correr, unidas. em março. A matéria destacou não só a longevidade dela como Trineto também o espírito batalhador de Pietro é o primeiro menino sua família. Mesmo com as diversas nascido na família em mais de dificuldades que encontraram 50 anos. Quando a matéria foi no decorrer da vida, essas mu- feita, tinha apenas alguns meses. lheres sempre Hoje está prestes se reergueram Eu estava era muito a completar 1 e continuaram feliz por chegar ao ano. Quando unidas. Para ponto de conhecer o Jéssica de Olimeu trineto veira Cezar enMaria Aparecida Borges de Oligravidou, todas D. Rosina veira, a Cidinha, se assustaram, a capacidade da por ela ser muito família de se recuperar, mesmo jovem. Todas, menos D. Rosina, depois de problemas de saúde, que achou muito bom. “Eu esfalecimentos e dificuldades tava era muito feliz por chegar financeiras se deve à força da ao ponto de conhecer o meu mãe, Rosina, e à determinação trineto”. Para Jéssica, a coisa mais feminina. Da geração em que importante que o filho herdará os filhos eram das mães e não é a determinação da família. 31 dezembro 2010
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Pietro ainda é muito novo para entender, mas já faz parte da história que começou com D. Rosina. Um dia chegará a vez dele de contá-la “Guardamos
bastante jornal com a matéria pro Pietro mostrar pros filhos e netos dele”, fala Cidinha, feliz., pensando no registro que ficará para as próximas gerações.
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MARÇO
Passagem de
tempo
Mercearia se mantém intacta há mais de cinqüenta anos
A mercearia de Seu Nestor Ro- “Os funcionários da estrada de drigues, localizada na esquina ferro foram tirando as plantas entre as ruas Teixeira e Guarani, para fazer o lago”, lembra, se referindo às no bairro do Taboão está Deixei em cima do balcão taboas, planta ali, do mesmo pra todo mundo ver aquática típica de brejo e jeitinho, há Nestor Rodrigues várzea e que, mais de cinprovavelmente, qüenta anos. Um dos primeiros moradores do deu nome ao bairro. A mercearia local, Seu Nestor viu o “progresso” foi construída pelo pai de Seu chegando à cidade e junto com Nestor na entrada da casa onde ele os automóveis, a falta de vivia com a família. A freguesia tempo, a correria do dia a dia. era formada pelos colonos que De uma época em que as ruas moravam e trabalhaeram de terra batida e o meio vam nas fazendas ao de transporte era a carroça, Seu redor. Responsável Nestor manteve seu comércio pelo negócio desde alheio à passagem de tempo. a morte do pai em Entrar ali é ser levado a um 1964, Seu Nestor não passado distante, daqueles que sabe dizer ao certo só se tem conhecimento através quando a mercearia dos “causos” dos parentes mais foi aberta, mas savelhos. A “venda” de Seu Nestor be que há mais de nos remete diretamente há um sessenta anos. tempo bucólico, de tranqüilidade e imagens campestres. Foi na Balcão década de 1960, com a constru- Conhecido no bairção do Lago do Taboão, que a ro, Seu Nestor conta paisagem começou a se modificar. que a vizinhança Seu Nestor testemunhou tudo: veio comentar que 31 dezembro 2010
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o viu nas páginas do Jornal do Meio. Pra quem não tinha visto, ele deu um jeito: “Deixei em cima do balcão pra todo mundo ver”. “Vocês estão de parabéns, pra mim foi muito bom”, elogia. “Até a criançada veio comentar. O tiozinho saiu no jornal, eles falavam”, ri. O jornal Seu Nestor já guardou. Mas o balcão continua lá, como há mais de sessenta anos...
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ABRIL
Juventude
antenada Adolescentes sabem tomar decisões corretas
Quando saiu, em Abril, a matéria os reais significados das cores, a respeito da polêmica sobre as deixaram de usar. “Nem a escola, “pulseirinhas coloridas”, aquelas nem meus pais proibiram. Parei que os adolescentes usavam aos por minha vontade mesmo”, fala montes, a garotada de Bragança já Rafaela. Nauali já havia desistido havia “desencanado”. Em algumas de usar porque a incomodavam. cidades chegaram a acontecer “Quando fiquei sabendo dessa alguns atos de violência, graças a coisa ligada ao sexo, já não usava rapazes que se sentiram no direito mais. Mas aí que eu não ia voltar de exigir o que, segundo eles, as a usar mesmo”, afirma. cores das pulseiras indicavam. Do simples abraço, passando Responsável pelo beijo e chegando ao sexo, De acordo com o mostrado na cada cor teria um significado. matéria, os adultos é que estavam A matéria feita com as primas “por fora” do assunto. “Minha Rafaela Almeida Florenzano, 14 mãe me disse que não fazia idéia . Ma s anos e Nauaque depois li Almeida Minha mãe me disse de ler o jornal Ghattas, 16, que não fazia idéia. ficou feliz por serviu para Mas que depois de ler o jornal ficou feliz por ter ter uma filha mostrar que uma filha responsável responsável”, nossas crianNauali Almeida Ghattas conta Nauali. ças estão indo “A diretora da pelo caminho certo. As meninas, assim como minha escola deixou o jornal em as amigas, acharam um absurdo cima da mesa dos professores colocarem conotação sexual pra todos verem e comentou numa coisa que nada mais é do que uma aluna tinha saído no que moda de adolescente, ou seja, jornal”, fala Rafaela. “Alguns passageira. Elas, que usavam o comentaram na sala”, completa. adorno somente porque achavam Na sala de Nauali, o jornal foi bonito, logo que descobriram colado ao lado do quadro. “Todo 31 dezembro 2010
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mundo começou a me chamar de Nau do jornal”, ri. “Umas amigas vieram me dizer que ficaram preocupadas depois de ler a matéria porque também tinham usado as pulseiras, mas que ainda bem que não
tinha acontecido nada sério em Bragança”. É bom saber que os adolescentes estão bem informados e sabendo tomar decisões corretas. Hoje a moda segue continua no padrão colorido, em calças e camisetas...
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ABRIL
Asilo São Vicente de Paulo completa
100 anos E tem a primeira mulher na presidência
Em 2010 o Asilo São Vicente de Corajosa Paulo completou 100 anos de Maria de Lurdes conta que muita gente existência e a data foi destaque ficou sabendo de sua nova empreitada do Jornal do Meio. Entre as co- através das páginas do Jornal do Meio. memorações houve ainda mais “Achamquefuicorajosa”,eladiz.“Écomo um fato de grande relevância: se administrasse uma grande empresa. pela primeiMas é preciso ra vez uma muito apoio É como se administrasse mulher seria pra conseguir uma grande empresa. presidente levaremfrente”. Mas é preciso muito da instituiAdministração, apoio pra conseguir levar ção. Única em frente funcionários, mulher a se Maria de Lourdes de Barros voluntários, candidatar colaboradores, ao cargo até todos unidos então, Maria de Lourdes de pelo bem estar dos senhorzinhos e Barros já era voluntária há al- senhorinhas que ali vivem. Alguns gum tempo e viu que, à frente gastos são supridos com verbas do asilo, teria oportunidade de destinadas à instituição pelo governo ampliar seu trabalho. “Sempre estadual. Outros, através de eventos quis ajudar alguém, o que tinha realizadosemparceriacomaprefeitura. que conquistar para mim já con- Vários médicos também contribuem, quistei, agora, posso me dedicar doando amostras grátis de remédios integralmente a essa causa”, que recebem de laboratórios para o afirmou. Outras duas mulheres asilo. Com quase cem internos e mais fazem parte da diretoria da ins- de sessenta funcionários, as despesas tituição: Claudete Ferreira, vice são muitas, só mesmo com diversas presidente e Magda Ferreira, 1° fontes de contribuição para conseguir secretária, além da Irmã Irene, completar o orçamento. “Desde que que administra o asilo há mais de iniciei meu mandato, em março, já 20 anos. Ligada à igreja católica, conseguimosadquirirumveículoeuma a instituição já foi administrada máquina nova para a lavanderia”,conta por Madre Paulina, canonizada Maria de Lourdes, satisfeita. E como as Santa Paulina. pessoas têm percebido a administração 31 dezembro 2010
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feminina? “No primeiro jantarquefizemosdepois de eu assumir o cargo vieram me dizer que já tinham percebido que o novo comando era de mulher, por causa dos detalhes”, ri. Para contribuir com a entidade, você pode ligar: 4033 – 0545, ou ir pessoalmente ao asilo e aproveitar pra fazer uma visita aos velhinhos. R. Abílio Dantas, 220, em frente ao Jardim Público, todos os dias das 13h às 16h.
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MAIO
não completa álbum Copa do mundo motivou as vendas
Ano de Copa do Mundo é sempre estava cheia de interessados. A aquela comoção. Torcedores maioria eram homens adultos de times rivais passam a torcer que já vinham colecionando juntos, dessa vez pelo país. os álbuns há algumas copas. Não contentes Estavam acomem acompapanhados dos Foi maravilhoso, todo filhos que, innhar os jogos mundo comentou. fluenciados por pela televisão, Guardei um pra mostrar eles, passaram eles querem aproveitar ao porque o jornal esgotou também a ser máximo tudo na banca colecionadores. o que a copa Algumas crianproporciona. ças pequenas Do uniforme também esoficial às barulhentas vuvuzelas, tavam ali, acompanhadas das o que o torcedor quer é se sentir mães, únicas mulheres vistas parte do evento mais importante no encontro. do esporte mundial, na opinião dos brasileiros. Antes mesmo Recorde de vendas do momento mais aguardado Terminada a copa, muita gente acontecer, que é quando a seleção entra em Campo, todo mundo já chateada com a eliminação do sabe a escalação do time de cor. Brasil, desistiu de completar a Durante esse período, o produto coleção. Mesmo assim, de acordo mais procurado nas bancas não com Marcos, não só o álbum e as é o jornal que traz imagens in- figurinhas foram recordes de venda, críveis de jogadas sensacionais. como a própria edição do Jornal do Isso se acha na internet. O que Meio que falou sobre o assunto na querem mesmo é o álbum da matéria de capa. “Foi maravilhoso, copa, tradicional, que sai a cada todo mundo comentou. Guardei quatro anos e que passa de pai um pra mostrar, porque o jornal para filho. Pensando nesses esgotou na banca.” E completa: colecionadores inveterados, “Não dá nem pra imaginar como Marcos Roberto de Morais, dono vai ser na próxima copa, que será de banca de revistas no bairro do Lavapés, resolveu marcar no Brasil.” Segundo ele, de vez encontros para que pudessem em quando ainda aparece algum interagir e, literalmente, trocar interessado, arrependido de ter figurinhas. Quando o Jornal do abandonado a coleção, que ficou Meio conversou com Marcos, em sabendo através do jornal, que ali maio, dois meses antes da copa, os cromos também são vendidos a pracinha em frente à banca separadamente. 31 dezembro 2010
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Retrospectiva 2010 Dança
sem limites Grupo da ADEF promove interação entre os participantes
Quando a matéria sobre o grupo Lanche de dança da ADEF (Associação de Todo sábado, o motorista Wagner Deficientes Físicos) foi publicada, Luiz da Silva começa a pegar o em maio, a primeira apresentação pessoal nas casas às 8h30min. ainda iria acontecer. Hoje o grupo Wagner é chamado de pai ou tio tem nome, “Dança Sem Limites”, pela turma da ADEF e, para ele, fez várias apresentações, e já tem são todos como uma família mesoutras agendadas. A idéia de criar o mo. Eles só chegam ao ensaio por grupo foi de Irene Franco de Godoy, volta das 11h30. Como cada um presidente da ADEF, com a finalidade mora em bairro diferente, o trade promover a interação entre os jeto é longo. associados e Terminado o fazer com que O que a gente mais ensaio, o persaiam de casa, curso de volta se divirtam. Os precisa no momento é de só termina ensaios aconum apoio para os lanches, às 16h. Para tecem todos porque saímos muito Irene o mais os sábados na cedo para os ensaios e complicado quadra da esficar sem cola de samba voltamos muito tarde écomer todo Nove de Julho, Irene esse tempo. quesedeoespa“O que a gente ço, a partir das mais precisa no momento é de 11h, sob o comando do professor Roberto Carlos C. dos Santos, o um apoio para os lanches, porque Robertinho. Irene conta que o saímos muito cedo para os ensaios pessoal do grupo ficou muito feliz e voltamos muito tarde”. Segundo em se ver no jornal. Com a matéria, ela, a maioria das pessoas ali vem segundo ela, o trabalho da ADEF de famílias de baixa renda. Além passou a ser mais conhecido na de Irene e Robertinho, que são cidade. Hoje eles já conseguiram voluntários, e Wagner, que foi patrocínio de agasalhos, de uma disponibilizado pela empresa de pessoa que foi acompanhar um dos ônibus Nossa Senhora da Fátima, a ensaios. Apesar do nome, a ADEF ADEF conta ainda com a secretária aceita pessoas com qualquer tipo de Francislaine de Souza, contratada deficiência, inclusive mental. Alguns do Hotel Santo Agostinho, que a deles estão no grupo de dança. sede para a associação. “Hoje temos mais reconhecimento. Alcançamos o que queríamos que Quer conhecer o trabalho da é proporcionar a eles qualidade ADEF? O escritório fica dentro de vida. Quando estiverem bem do rodoterminal, na Av. dos ensaiados, quero fazer um grupo Imigrantes. O telefone é 11 4034.4060 de teatro”, afirma. 31 dezembro 2010
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Ser namorada de músico
não é fácil Mas elas dão um jeito
Imagine seu namorado como o que o tempo todo, o que facilitou centro das atenções de várias muito. Foi no trabalho, aliás, que pessoas ao mesmo tempo. E você Gabi mais sentiu a repercussão da tendo que ficar só olhando, e ainda matéria. “Quando o jornal saiu foi um por cima de longe. Complicado, aluguel. Sabe como são os meninos, não? Ser namorada de músico ficavam comentando toda hora, realmente não é fácil. Além fazendo uma gracinha a respeito”, das fãs mais afoitas nos shows, ri, lembrando das brincadeiras. “De ainda existem as vez em quando horas de ensaio eles lembram a Eles me perguntam com a banda, começa tudo de se sou eu a moça do geralmente novo”. ParaJuliana jornal e também quem aos finais de nãohouvealuguel escreveu a matéria semana, naquedos amigos. Ela é le horário que e elogiam. Todo quase uma intevocê preferiria grante da banda mundo fala sobre isso aproveitar pra do namorado, porque gostou muito ficar junto. Nem Paulo Calixto, o do resultado. Mesmo todo mundo PoemaemBranco sabe exatamen- depois de tanto tempo as e Preto. “Eles gospessoas ainda lembram te como lidar taram da matéria, com a situação, acharam bem mas muitas se bacana, foi bom esforçam! É o caso de Gabriela pra banda também, ajuda a divulgar Dias, a Gabi, Juliana Pinhal e o nome”, fala. “Algumas pessoas Vera Cobrêro Loredo que, em reconhecem a gente nos shows. junho, mês dos namorados, nos Até hoje ainda ouço comentários”, contaram como é a essa relação conta. Segunda ela, até o dentista na vida real. Cada uma delas tem do namorado veio comentar que sua maneira de lidar. viu o casal no jornal. Vera também continua sendo abordada por causa do assunto. Ela, que faz o tipo mais Aluguel Gabi é do tipo grude, está sempre desencanada, gosta de sair com o com o namorado, Marlon Wolff. namorado, Fabiano Câmara, do Com o tempo curto para se verem Baque Lua Cris, mas não entra em por conta dos trabalhos, estudos e neurose se não pode estar com ele. ensaios, na época da matéria, ela Apesar de ele ser mais conhecido dizia que aproveitava qualquer por causa do grupo, é ela quem é oportunidade para ficar com ele. reconhecida, pela matéria, estando Hoje a banda não existe mais e os com ele ou não. Mesmo quando dois estão trabalhando no mesmo está só com as amigas, alguém local. Agora podem se ver quase a reconhece e puxa assunto. “As 31 dezembro 2010
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pessoas me perguntam se sou eu a moça do jornal e também quem escreveu a matéria e elogiam. Todo mundo fala sobre isso porque gostou muito do
resultado. Mesmo depois de tanto tempo as ainda lembram”. E os namorados, o que acharam? Gostaram, mas estão ficando preocupados...
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Retrospectiva 2010 Judô
e cidadania
Projeto socioeducativo realizado na Vila Aparecida cria campeões na vida
No dia 25 de junho, o Jornal do Meio foi chamada à escola pela diretora publicou uma matéria sobre um dos para ser elogiada pelo desempenho vários projetos sociais existentes em do filho, que só vinha aumentando, Bragança. Este, no entanto, se destaca graças as aulas de judô. O medo de por proporcioperder a vaga no nar à crianças projeto fez com Mostramos que e adolescentes que ele se dediaqui um precisa do desenvolvimento casse mais aos outro para treinar, psíquico, físico estudos.Segundo e social através Filipe, o grande incentivamos o do judô. Esporobjetivo do procompanheirismo, a te conhecido jeto é ensinar ajuda, sem rivalidade, no Brasil, mas cidadania aos e vemos que isso tem pouco difundido, jovens: “Mostrase estendido para o principalmente mos que aqui um entre a população precisa do outro cotidiano deles carente, o judô para treinar, inFilipe Vergara ajuda a melhorar centivamos o a concentração, companheirismo, a auto estima e a disciplina. O ide- a ajuda, sem rivalidade, e vemos alizador do “Criando Campeões” é que isso tem se estendido para o Filipe Lucas Vergara, jovem professor cotidiano deles,” afirma. de Educação Física e faixa preta em Judô. Ele, que sempre viveu no bairro Bebedouro da Vila Aparecida, resolveu fazer O esforço da criançada tem feito sua parte na tentativa de evitar que com que alguns já participem de crianças e adolescentes se envolvam competições, e vislumbrem um com drogas e com a criminalidade, futuro no esporte. Depois da matécomo viu acontecer com diversos amigos. As aulas são ministradas por ria, a procura por vagas aumentou. ele próprio e por Tiago Reis, ambos Filipe, que já era conhecido pelos os voluntários. São cerca de 70 crianças, moradores da Vila Aparecida, ouviu entre 05 e 17 anos que, para poderem comentários positivos à respeito, pois fazer parte do projeto, precisam todos gostaram de ver o projeto, que também se dedicar aos estudos. Há faz tão bem às crianças do bairro, um monitoramente do rendimento ser reconhecido. Mesmo com toda de cada um, tanto na freqüência a atenção dado ao “Criando Camquanto nas notas, feito juntamente peões”, Filipe afirma que o projeto com as escolas onde estudam. E tem continua precisando de incentivo. dado tão certo que, segundo Filipe, Não só para os uniformes, que são a mãe de um dos meninos, com doados por pais dos alunos de escohistórico de desestrutura familiar, las particulares onde leciona, mas, 31 dezembro 2010
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principalmente, para um bebedouro para as crianças, que ainda não puderam adquirir. As aulas acontecem na quadra da escola de Samba Acadêmicos da Vila, cedida para o projeto, nos seguintes horários: segundas das 9h às 10h, quartas das 18h às 17h30, quintas das 15h às 16h e aos sábados das 17h30 às 19h30. Para se informar e contribuir para o projeto, o número de Filipe é 11 7426 .4118
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Retrospectiva 2010 As meninas
da banda Elas se dedicam ao rock
Todo mundo sabe que as mulheres Fama vêm conquistando lugares da Andressa, que ficou conhecida na sociedade antes exclusivamente região bragantina por cantar na masculinos, em todos os setores, banda Remorse, conta que depois seja na família, no mercado de da matéria muita gente entrou trabalho ou na em contato com hora de lazer. ela por email. Nos shows de Foi meu momento “O my space rock eram visfama e um marco na da The Casting tas apenas na minha carreira teve bem mais platéia. Mesmo acesso depois Luciana Paes assim eram raras, disso também.” Hoje a banda e as poucas que ali estavam, tinham sempre a está parada, mas Andressa já está companhia de algum homem, preparando o retorno: um projeto namorado, irmão ou amigo. acústico com alguns amigos. Ela, Hoje elas não só vão sozinhas que não consegue ficar longe dos às apresentações como sobem palcos não vê a hora. Enquanto ao palco e são destaque, pelo isso vai ensaiando. Chegou a ser talento e empenho das bandas convidada por outra banda, que em que tocam e cantam. Para conheceu seu trabalho através do saber mais como é ser mulher Jornal do Meio, mas acabou não numa banda de rock, no mês de aceitando por não conhecer bem julho o Jornal do Meio conversou o repertório proposto. Andressa com Andressa Alves Aparecido, é conhecida por seu estilo “love vocalista, e Luciana Paes, bate- metal” e para não fazer feio, se rista. Elas, claro, encontraram dedica a estudar inglês, idioma algumas barreiras quando co- da maioria das músicas. Ela chemeçaram, mas hoje se firmaram gou também a ser reconhecida e são respeitadas e admiradas nas ruas porque, segundo ela, a onde quer que se apresentem. foto da capa, em que aparece de Do início, influenciadas pela cartola, teve bastante impacto. família, ao reconhecimento de “Todo mundo veio elogiar a foto, público e músicos, muita coisa disseram que era muito bonita e que representava bem o que aconteceu. 31 dezembro 2010
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faço que é cantar rock”. Para Luciana, ter sua história como baterista contata no jornal foi muito significativo: “Foi meu momento fama e um marco na minha carreira”, afirma. E não repercutiu apenas para ela: a namorada Max, que dá total apoio e até monta a bateria para as apresentações também recebeu muitos comentários e elogios. “Nossa história foi tratada com muito carinho, de um jeito suave. Saiu muito bom, graças à interpretação feita pela matéria.”
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Sonho
de consumo Dedicação e confiança permite que trabalhem com objetos de desejo
Camaro, Porsche, Range Rover, perto ou registrar alguma imagem. BMW, Mercedes, Volvo, Audi. Os Quando vai buscar ou devolver um objetos de desejo dos amantes de dos carros Zé vai atrás, em uma automóveis é o instrumento de moto, para evitar a aproximação trabalho de Pedro Luis Martins de algum curioso mais afoito. de Oliveira e José Aparecido Luis Destro, o Zé, no Posto Taboão. Batalhador Todos os dias os dois lavadores De acordo com Pedro desde que têm o oportunidade de dirigir matéria saiu, em julho, a procura uma dessas máquinas, coisa que pelo serviço aumentou muito. a maioria dos mortais só faz em Todo mundo quer ter seus carsonho. É pela dedicação que ros lavados por eles! Pedro e Zé executam o trabalho há 25 anos, não lavam apenas os modelos que os donos dos automóveis mais cobiçados, obviamente. O confiam neles. Da indicação dos trabalho deles, minucioso e bem próprios clientes executado, aliado foram surgindo Gostaram de me ver à confiança que vários outros. nas fotos do jeito que transmitem é Hoje eles têm sou e trabalho, e não que faz com que clientela fixa e de terno e gravata clientes de maior exigente. Pedro poder aquisitivo Pedro conta que há os procurem. quem não perQuase todos, por mita que nem a própria mulher sinal, elogiaram a matéria, que entre no carro, mas ele sim. Pedro deu ênfase a um trabalho feito vai pessoalmente até a casa dos com carinho e desprendimento. clientes buscar os carros para “Onde eu passava as pessoas as limpezas e depois volta para comentavam e elogiavam”, conta, devolvê-los. Os veículos só ficam feliz. No dia em que a matéria foi no posto o tempo suficiente para publicada, um de seus clientes concluir a lavagem. Eles evitam mais importantes lhe mandou a permanência dos carros por o seguinte recado: “Continue causa dos curiosos que surgem sempre com seu trabalho limpo querendo ver as máquinas de e honesto.” Outra senhora achou 31 dezembro 2010
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ótima a atenção dada pelo Jornal do Meio ao trabalho de Pedro. “Você merece porque é um batalhador”, repete ele. “Também gostaram de me ver nas fotos do
jeito que sou e trabalho, e não de terno e gravata.” Para Pedro esse é o melhor dos reconhecimentos: ser respeitado por seu trabalho e por ser quem é.
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AGOSTO
Prontos a
ajudar
ADMC recebe reconhecimento depois de matéria veiculada em agosto
Em agosto, o Jornal do Meio fez prontamente e encaminhados uma importante matéria sobre o para a Delegacia da Mulher ou ao trabalho da ADMC - Associação pronto socorro. São todos tratados da Defesa da Mulher e Cidadania. sem burocracia. Nos dez anos de Em meio há tantas notícias de existência a ADMC já cuidou de casos de pedocrimes contra a filia, seqüestro, mulher, até mesmoemBragança, Um dos vereadores incesto e assédio o que fazem é elogiou muito nosso moral, entre “Quanfundamental trabalho e disse que outros. do começamos para ajudar a cumprimos um serviço não existia a conter a violênde utilidade pública. Lei Maria da cia doméstica, Apareceram outras Penha”, lembrou que afeta inclusive as crianças, pessoas querendo a advogada da frutos de relatrabalhar com a gente, ONG Mie Kicionamentos advogados, psicólogos. mura Barão. O presidente desequilibrados. Toda essa repercussão da ADMC é A ONG foca foi graças à reportagem Douglas José o trabalho em Ferreira. Ele vítimas e não Mie Kimura Barão, também foi vítiem agressores. advogada da ADMC ma de violência “O papel do conao perder a filha. sultor da ADMC Hoje trabalha é contribuir, sem criar dependência, através de um motivado a ajudar outras muprocesso de implementação de lheres, para que não aconteça algo que cause mudança na vida com elas o que aconteceu com da pessoa”, contou a psicóloga sua menina. Ana Maria dos Santos Romão. “Quando se tenta a reconciliaUtilidade Pública ção é um desastre”, afirmou. Mie, em nova conversa com Todos os casos que chegam até o Jornal do Meio contou que a ONG são avaliados por ela, a matéria repercutiu muito que os classifica em urgentes positivamente. “Recebi muitas e urgentíssimos. Os urgentes abordagens. No Fórum, de veresão tratados no prazo de uma adores, dos escoteiros”. “Um dos semana, com encaminhamento vereadores elogiou muito nosso para assistentes sociais. Os de trabalho e disse que cumprimos extrema urgência são atendidos um serviço de utilidade pública”, 31 dezembro 2010
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fala, contente com o que a matéria proporcionou. “Apareceram outras pessoas querendo trabalhar com a gente, advogados, psicólogos”.
“Toda essa repercussão foi graças à reportagem”, afirma. Trabalhos como o da ADMC merecem ser reconhecidos!
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AGOSTO
Recorde
batido
Com técnica Gilson conquista título de memória mais rápida
Guardar o número do próprio Conquistas CPF, para algumas pessoas é algo Depois da matéria do Jornal do de extrema dificuldade. Por mais Meio, veiculada em agosto, Gilson que tentem, na hora em que é preciso, não conseguem lembrar. diz que o seu estabelecimento de Para Gilson Souza da Silva, isso recorde, obteve enorme repercussão. Como o jornal é facílimo. Ele foi classificado circula em toda pelo Ranking O estudo e prática da a região, a popuBrasil – Livro dos memorização melhora lação de PinhalRecordes, como consideravelmente zinho, terra de o brasileiro de memória mais a auto estima, Gilson, também pode ver. Além rápida, baseaa paciência, a disso, depois da do nas regras concentração, e a matéria, seu reinternacionais percepção. Somos corde foi muito e Speed – Memory. Gilson capazes de memorizar mais acessado atingiu os setudo aquilo que dentro do site guintes recordes quisermos, basta força do Rank Brasil, de sequência: de vontade responsável pela 0,5 segundos: 12 homologação dos dígitos; 01 segunrecordes brasileiGilson do: 14 dígitos e 04 segundos: 18 ros. “Teve mais dígitos. Desde os de 5.400 acessos seis anos já memorizava mapas e em quatro meses. É um dos mais capitais. Aos 14 anos começou a acessados”, diz, orgulhoso. “Para se aprender xadrez. A partir de então passou a impor novos desafios ter uma idéia, no site tem recordes ao cérebro. Há dois anos Gilson, que foram homologados há mais autodidata, treina memória. Ele de um ano e meio e não chegou afirma que existem técnicas de a 1.500 acessos”, completa. De lá memorização, mas que só funcio- pra cá, Gilson já fez novas connam se a pessoa tiver um objetivo quistas. Alcançou o 10° lugar no maior por trás disso. Outra coisa Concurso Permanente de Solução importante, de acordo com ele, é diferenciar bem o que é decorar de Problemas de Xadrez e fez e o que é memorizar. Para ele, uma demonstração de montagem quando se decora se esquece. Já a de cubo mágico, veicula no you memorização exige envolvimento tube. E também está escrevendo com o tema, o cérebro é treinado um livro sobre memorização. Ele para fazer associações. dá a dica: “O estudo e prática da 31 dezembro 2010
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memorização melhora consideravelmente a auto estima, a paciência, a concentração, e a percepção. Somos capazes de memorizar tudo aquilo que quisermos, basta força de vontade”. Para conferir o desempenho de
Gilson, acesse os seguintes links: www.rankbrasil.com.br www.oproblemista.com.br www.youtube.com/ watch?v=wCVTRHLI0sE
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SETEMBRO
Tradicional
e inusitado Com ensaio ao estilo “trash the dress” Toleba realiza sonho de fotografar na praia
Ano passado Toleba participou da mas não ligamos. Estávamos retrospectiva do Jornal do Meio todos tão envolvidos que nada falando de seu trabalho como fo- incomodava”, contou. O desafio tógrafo de casamentos. Segundo “pé na areia”, de fotografar em ele, mesmo com mais de vinte ambiente externo num final de anos de carreira, ainda tinha um tarde, exige muita técnica. Mas, sonho a realizar: fotografar um segundo Toleba, é de extrema casamento na praia. Em 2010, satisfação para o profissional. mesmo que inusitadamente, ele Descontrução conseguiu. Ele foi o primeiro em Bragança a fazer um ensaio de O “trash the dress” nada mais é noiva à maneira “trash the dress”. do que a desconstrução da áurea O estilo, que traduzindo significa de imaculado vinculada ao vestido de noiva. “jogue o vestido Democrático, no lixo”, permite A gente parou no de acordo com delírios por parte acostamento. As Toleba, pode ser dos noivos e pessoas passavam realizado tanto do fotógrafo. O gritando, mas não ensaio realizado ligamos. Estávamos por mulheres já por Toleba foi todos tão envolvidos casadas quanto capa da edição que nada incomodava por quem não se adapta a formalide 03 de setemToleba dade exigida por bro, e contou um casamento com a colaboração de um casal de amigos que na igreja. Inusitado é a palavra entrou na brincadeira e aceitou de ordem. Campo, praia, shows, o desafio. Digno de um editorial estádios, tudo é permitido, basta de moda, o trabalho foi realizado criatividade e audácia. A idéia é numa praia de Ubatuba. Antes que não haja preocupação quanto mesmo de chegar ao destino Toleba a sujar o vestido, e sim ousar e e o casal se permitiram “pirar” e colocá-lo em risco. “A matéria resolveram fotografar num túnel. foi comentário geral. Acabei “A gente parou no acostamento. até indo fazer um programa de As pessoas passavam gritando, TV em São Paulo, graças a uma 31 dezembro 2010
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leitora do jornal”, conta Toleba. O casal fotografado também recebeu muitos comentários: fotos postadas em site de relacio-
namento = grande visibilidade = repercussão. “Eles adoraram, os amigos deles adoraram. Todo mundo adorou”.
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SETEMBRO
Traços
do cotidiano Matéria sobre HQs teve grande repercussão na internet
Publicada em setembro, a matéria “mulheres de revistas” e sempre “Artistas do Cotidiano” foi a mais recebe pedidos dos amigos para acessada no site do Jornal do Meio. retratá-los. “O pessoal do Bar da Charles Oliveira, André Almeida Vera adorou se ver no jornal em e Hilton Mercadante, os artistas forma de caricatura”, fala, a resem questão, são bem conhecidos peito do trabalho publicado junto à matéria. “O no meio cultural jornal ficou no bragantino e, Bragança tem tudo balcão um tempo ao que se nota, mantém os para se tornar pólo pra todo munfãs também no regional de histórias do ver”, conta. mundo virtual. em quadrinhos, mas André Almeise consideSão ilustradocomo em todo o país, da ra quadrinista, res e criadores os produtores de pois é assim que de histórias em quadrinhos locais ainda consegue deixar quadrinhos, pecam no roteiro à vontade sua combinação de veia artística. imagem e narraMerca Com tiras que tiva publicadas falam do comem formato de tiras de jornal, revistas ou livros. portamento humano e usam do Os maiores destaques na área humor inteligente, o trabalho de das HQs no Brasil são Maurício André às vezes não é bem comde Souza, que faz histórias para preendido. “Metade das pessoas crianças, Henfil, famoso por suas que vieram falar comigo sobre a tiras políticas, e a geração de matéria não entendeu o humor da 1980, formada por Glauco, Adão, HQ publicada. A outra metade Angeli, Laerte e Miguel Paiva. adorou”, fala. “Era um humor sutil, No caso dos bragantinos, cada não humor pra rir, só pra apreciar um, devido à trajetória pessoal, por uns quinze segundos”, explica. “Amigos me ligaram e disseram seguiu um caminho. que gostaram da simplicidade do traço e do humor”, conta. E Sutilezas “Charlão”, mesmo depois de pu- completa: “Elogiaram bastante blicar tiras no BJD, receber um a abordagem que foi feita. As processo por causa do personagem matérias sobre HQs em geral são “Bat-Tatu” e criar os fanzines “O erroneamente infantilizadas, o que Mensalinho” e “Lingüiça Bragan- não aconteceu nesse caso”, elogia. tina”, se rendeu às caricaturas. Hilton Mercadante, profissional Pratica a técnica desenhando desde os dezessete anos, é refe31 dezembro 2010
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rência para os artistas bragantinos, entre eles Charlão e André. Já desenhou inúmeras vezes para as revistas da Editora Abril e foi selecionado para a 44° Bienal de Belgrado, na Sérvia. Conhecido pelos personagens folclóricos, seu mais recente trabalho é o livro “Crônicas da Pindahyba”, encontrado em bancas e livrarias da cidade. Professor, já se acostumou a ter o trabalho reconhecido entre os alunos. Para ele, o mais interessante é quando os pequenos vêm fazer comentários. “Um aluno da sexta série veio me contar que o pai tinha me visto no jornal”, ri. Durante o Festival de Inverno deste ano, Merca ensinou à crianças técnicas para criação de HQs. “Bragança tem tudo para se tornar pólo regional de histórias em quadrinhos, mas como em todo o país, os produtores de quadrinhos locais ainda pecam no roteiro”, afirma.
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OUTUBRO
Nadar
é preciso Destaque de outubro, equipe bragantina de natação máster sobe no ranking
Com seis medalhas nos jogos regionais de 2009, oito recordes batidos nas categorias iniciantes – 25m – e dois nos 50m, um atleta classificado nos Jogos Estaduais do Idoso – JEI – em 2009 e dois atletas classificados para o JEI 2010, além do quinto lugar na classificação geral do UNAMI - Circuito Estadual da União de Natação Amadora Master do Interior, os bragantinos da Equipe Zumm de Natação Master são destaque onde quer que nadem. Foram destaque também da edição de 1° de outubro do Jornal do Meio, que contou um pouco da história da equipe. Formada em 2007 pela vontade de Igor Russi, nadador e técnico da Zumm, de continuar competindo e de promover a natação na cidade, a equipe conta com cerca de 40 pessoas, mulheres e homens entre 20 e 70 anos. “A idéia era levar a natação para o público adulto”, explica. Para ele o esporte é eficaz na melhoria da qualidade de vida de quem o pratica. Regina Aguiar, uma das atletas da equipe, que o diga! Ela que, assim como Igor, é profissional de Educação Física, ficou parada durante dez anos depois da aposentadoria. Voltar a nadar, segundo ela, “fez muito bem para a auto estima”. Para fazer parte da equipe, é preciso que a pessoa saiba nadar em no mínimo três modalidades. O marido de Regina, Danilo, foi um dos que se animou a participar, mas que antes 31 dezembro 2010
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precisou aprender a nadar.
Procura
Feliz com a repercussão da matéria, Regina diz que foi ótimo poder promover a equipe. “A Zumm passou a ser conhecida. Minhas amigas que também s a í r a m n a fo to re ceb e r a m muitos comentários. Muitas pessoas vieram me dizer que não imaginavam que eu nadava e competia”, conta. E afirma: “O objetivo maior do Máster não é buscar a excelência. É se sentir vivo”. Igor fala que muita gente ficou sabendo da equipe graças à matéria e isso fez com que aumentasse a procura de
interessados em participar. “Tem muito nadador escondido por aí”, diz. Regina aproveita e conta um fato engraçado: “Recebi uma ligação perguntando pela Regina Maria Lenk. Era o meu médico que tinha visto o jornal” ri, contente da comparação feita por ele entre ela e maior nadadora brasileira. De acordo com Igor a Zumm termina 2010 em 9° lugar entre as 47 equipes más-
ter da país. Em 2009 ficaram em 15°. “Tivemos uma grande evolução”, fala, satisfeito. Que venha 2011!
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OUTUBRO
O mestre
em Bragança Violão fabricado na cidade atrai criador da Bossa Nova
“Eu estava procurando vá- que exija qualidade, agrega rias características num valor ao produto. “E eu não instrumento, achei que esse poderia ter esse contato com poderia ser o que eu queria”, o instrumento estrangeiro”, disse Roberto Menescal ao explicou. Além disso, MenesJornal do Meio, na edição cal, que se diz muito apegado 559, do mês de outubro. Ele aos seus instrumentos, aproreferia-se ao 4° va também o Andy Summers veio pouco peso do violão Caimao Brasil gravar com o violão Caimbé, produzido Menescal. Conheceu em Bragança e tocou com os violões bé, que facilita Caimbé e adorou muito na hoPaulista. A fábrica existe Júlio Rodrigues, sobre o ra da viagem. há apenas três guitarrista do The Police “Quando vou anos e, além pro aeroporto de conquistar clientes como e vejo meu violão na esteira Menescal, um dos criadores junto com as malas... ai, fico da Bossa Nova e o clássico pensando: será que vai chegrupo paulistano Demônios gar? Esse aqui dá pra levar da Garoa, já vende para os comigo na cabine.” Estado Unidos e a Itália. A Caimbé produz violões com Internacional padronização export e que Em nova conversa com o trazem diversas vantagens, Jornal do Meio, Menescal segundo destacou Menescal, disse ter ficado com pena numa conversa simpática, de o tempo que ficou em em visita à fábrica, da qual o Bragança ter sido curto. “Não Jornal do Meio foi convidado a pude conhecer a cidade, a participar. Para ele, pagar pelo não ser na passagem até a violão, além de lhe permitir fábrica Caimbé, onde deu pra 31 dezembro 2010
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ver as pessoas passeando, ou correndo em volta do lago, cuidando da saúdes. Fiquei com pena também de não experimentar a culinária da região, que me falaram ser muito boa”. Júlio Rodrigues, dono da Caimbé, e também do bar Trairagem, contou que ele e Menescal se tornaram amigos graças aos violões. “O estúdio dele é fantástico. Em fevereiro ele pretende voltar à Bragança pra ficar mais tempo”. Júlio também contou, com exclusividade
ao Jornal do Meio, que Andy Summers, guitarrista da banda The Police, adorou os violões bragantinos. “Ele veio ao Brasil gravar com o Menescal. Conheceu e tocou com os violões Caimbé e adorou”. Menescal e Summers gravaram juntos, em Londres, o DVD “ The United Kington of Ipanema”. Agora o inglês vem ao Brasil para gravar com Menescal. Quem sabe ele não vem até Bragança para conhecer onde se fabricam os violões Caimbé ?
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Jovens
atletas Treino de atletismo para crianças acontece no Municipal
Todos os dias, os irmãos Maurício preciso maturação”, fala. Até mais e Márcia Dubard treinam crian- ou menos os 15 anos, a criança ças e jovens, de sete a dezessete passa por todas as modalidades anos no Estádio Cícero de Souza do atletismo, pra ver qual poderá Marques, o “Municipal”. Eles desenvolver melhor. “É um trabalho multilateral”, vêm de todas as diz. “Nessa idade, partes da cidade para aprender e Nessa idade, se treinar se treinar um treinar técnicas um tipo específico tipo específico de atletismo. de exercício pode de exercício pode Quando o Jornal desenvolver uma parte desenvolver uma do Meio visitou do corpo e não outra. parte do corpo e os treinos, em Não é bom não outra. Não é bom”, completa. novembro, alAlgumas vezes gumas dessas Márcia crianças eram acontece de o jovem preferir novas no grupo. Outras, como Laís Serinoli uma modalidade, mas ter desemRodrigues, de 14 anos e Thomas penho melhor em outra. Aí vai do Maia Machado, de 13 anos, já técnico avaliar e saber direcionar estavam em nível de competição. o atleta. “Alguns vem para treinar Segundo Maurício, para fazer por questão de saúde, outros a parte do grupo é só querer treinar gente direciona a performance”, e vir ao Municipal no horário dos fala Maurício. “Até quem acha encontros, de segunda a sexta, que não tem aptidão pode vir”, entre às 18h40 e 21h. . A equipe completa Márcia. Para Maurítem apoio da Prefeitura e da Se- cio, a prática de esporte não só cretaria de Esportes. Para Márcia, mantém a criança saudável como o atletismo é a base de qualquer a distancia das drogas. esporte e favorece tanto aqueles Destaques que querem apenas manter as atividades físicas em dia quanto os Quando o Jornal do Meio volque já treinam outras modalidades tou a falar com Maurício para como, futebol, vôlei ou natação. esta retrospectiva, ele estava em Para ela é possível perceber logo Goiânia, acompanhando alguns se a criança terá aptidão para os jovens numa competição. “Foi a esportes ou não. “Pelo tamanho, melhor reportagem que já fizeram porte, dá pra ter uma idéia, mas é sobre o grupo. Mesmo com pouca 31 dezembro 2010
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conversa foi tudo muito bem explicado na matéria”, elogia. “Todos os pais compraram e adoraram. Mais três crianças vieram procurar os treinos imediatamente depois que saiu o jornal”, afirma. “Pra todo o grupo foi muito emocionante”. Os destaques são encaminhados por ele para a Rede Atletismo, onde também é técnico. Vários já chegaram lá. Outros estão a caminho.
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Alimentar
a alma Para mestre cervejeira, é preciso aguçar novas possibilidades
Quando, em novembro, o Jornal do Meio publicou uma matéria falando sobre cervejas gourmet, com uma mulher especialista no assunto, muita gente se surpreendeu. Cilene Saorin, mestre cervejeira e sommelier de cervejas, já se acostumou com isso. “Quando comecei, na década de 80, o preconceito era maior. Hoje as coisas são mais bem entendidas.” Cilene, entre outras atividades, ajuda a desenvolver cardápios especiais para cervejarias, como foi o caso do bar Hangar 8, em Campinas. A carta de cervejas criada por ela serve como um “passeio guiado” para quem se propõem a experimentar novas propostas de harmonização. “Foi feita de forma elucidativa, com esclarecimentos breves sobre cada estilo. É uma ferramenta de funcionamento auto explicativo”, explicou Cilene à época da entrevista. Para ela, “é preciso aguçar novas possibilidades, permitir outras experiências sensoriais e gastronômicas, sem desrespeitar as preferências pessoais.” “A cerveja gourmet 31 dezembro 2010
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não foi feita para refrescar, mas para degustar. Muitas vezes as pessoas se limitam de forma desnecessária”, afirmou. De acordo com Cilene vários estilos têm potencial para agradar o gosto dos brasileiros, seja na leveza, seja na refrescância, entre os quais estão “internacional pilsen”, “witbier”, “dunkel weizenbier” e “schwarzbier”. Cilene aproveitou para destacar que o consumo de cervejas gourmet vêm crescendo bastante em vista das cervejas comuns: 14% ao ano, contra os 7% de crescimento das mais vendidas. Para ela, isso se deve a um fator em especial: o aumento do poder aquisitivo do brasileiro. “Mais gente hoje extrapolou o primeiro estágio do consumo, que é o da necessidade e está liberado para esse tipo de prazer, que é o de alimentar a alma”.
Inovador Para André Nunes, um dos sócios do Hangar 8, o cardápio que Cilene criou para o bar, com indicações de qual cerveja combina com qual prato, é algo inovador e teve
ótima aceitação. “O público do bar é bem específico, formado por quem quer conhecer sobre as cervejas gourmet. Mas as pessoas não esperam que seja
uma mulher e ficam admirados quando descobrem”, conta. “Quem é familiarizado com o assunto certamente já conhece o trabalho dela”, afirma.
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Destino
fabuloso Banda formada em Bragança conquista São Paulo
Parece incrível, mas antes da Tatá, o que tem acontecido com matéria do Jornal do Meio, pu- o cenário paulistano é fruto da blicada no começo de dezembro, graça interiorana. “Sempre vi a pouca gente sabia que a banda música como uma coisa agreCérebro Eletrônico havia sido gadora. É gente do interior que formada em Bragança. Mesmo está levando isso pra São Paulo. já com o terceiro disco gravado Poucos paulistanos, nascidos e – Deus e o Diabo no Liquidifi- criados, têm a espontaneidade cador – e com o vocalista Tatá que tem o cara do interior.” Aeroplano sendo um dos nomes Esgotado mais comentados da nova cena paulista, muita gente não fazia Segundo Tatá, ele recebeu muitos idéia de que tudo começou comentários sobre a matéria pelas exatamente aqui. Segundo redes sociais, meio pelo qual Tatá, na época de formação do o Cérebro Eletrônico interage muito bem grupo, a cidacom o púde estava um Depois da matéria, blico. “Meus passo a frentodos os discos que irmãos, que te na questão deixei nas lojas da moram em musical. “Aqui cidade foram vendidos Bragança, me em Bragança disseram que ex i s tia uma vanguarda. As informações tem muita gente por aí comeneram trazidas de São Paulo e tando sobre o novo disco”, conta. a galera antenada absorvia.” Aliás, ele percebeu um dado Hoje, são eles que levam essa interessante; “Depois da matéria, vanguarda à capital. “Tem ro- todos os discos que deixei nas lado em São Paulo o que rolava lojas da cidade foram vendidos”. em Bragança quando a gente Pelo visto, a repercussão foi começou. Moramos próximos ótima. “Quero fazer um show uns do outros, então é fácil ter por aí em janeiro”, avisa. esse contato e interação”. Para Esperaremos ansiosos, Tatá. 31 dezembro 2010
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Por
Santa Rita Construção de igreja está em fase de acabamento
A comunidade dos bairros Hípica Jaguary está empenhada. Tudo por causa de Santa Rita da Cássia. Há três anos em construção, a igreja que leva o nome da santa está em fase de acabamento. Fruto do esforço e dedicação conjuntos, o templo suntuoso é réplica da Basílica de Santa Rita em Cascia, na Itália. Toda a comunidade local e mesmo aqueles que são fiéis mas não moram na região, trabalham voluntariamente em nome do objeto comum: terminar a igreja. No dia em que o Jornal do Meio conheceu a construção, no começo do mês, seu João Saracura fazia o reboco das paredes. “To acostumado a fazer massa. O que quero é trabalhar para Santa Rita”, falou, contente em poder ajudar. “Quem pode fazer e não faz tá pecando”, analisa. Maurício Cestari é um dos devotos da santa que não mora no bairro mais não mede esforços para divulgar a causa e encontrar novos cola31 dezembro 2010
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boradores. “Estamos abertos a qualquer tipo de doação, para o bazar ou de materiais de construção”, explica. Terezinha Bueno de Oliveira, uma das fundadoras da comunidade e hoje no setor administrativo da igreja aproveita: “O que mais precisa agora é fechar”, fala, referindo-se aos espaços onde ainda não existem vidros, apenas aberturas nas paredes. Tanto para Maurício, quanto para Terezinha, foi a própria santa quem escolheu o lugar para a construção da igreja. “Aqui antigamente foi uma fazenda. E o nome da fazenda era Santa Rita! Existia até uma capelinha pra ela”, conta Maurício.
Romeiros Segundo Maurício o pessoal da comunidade recebeu muito bem a matéria e ficou muito contente com a divulgação. “O jornal foi colocado na parede no almoço comunitário pra que todo mundo pudesse ver”,
conta Maurício. E completa: “Aonde eu vou todo mundo comenta que leu e me diz: que coisa bonita o que vocês estão fazendo”. “As colocações
feitas na matéria foram muito felizes”, avalia. “Tem gente de fora e de Bragança mesmo que pega ônibus e vai até lá só pra conhecer a igreja”.
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