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Bragança Paulista

Sexta 4 Março 2011

Nº 577 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Para Pensar

EXPEDIENTE

Israel 2

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continuação

Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (mtb: 61.321/SP)

MONS. GIOVANNI BARRESE

O domingo amanhece claro e frio. Muçulmanos e judeus vão abrindo suas lojas. É um dia comum para eles que já tiveram seu dia sagrado na sexta e no sábado. Lá vamos nós para Ain-Karen (Em Kerem). Nessa pequena cidade teria nascido João Batista, o precursor do Messias. Não fica muito longe de Jerusalém (uns oito quilômetros). Chegamos cedo ao lugar, antes das nove horas. O ônibus fica numa praça de estacionamento. Descemos a pé para onde está a Fonte da Virgem. Nesse lugar Maria e Isabel teriam se encontrado para, depois, irem para casa (hoje a igreja da Visitação. Não a visitamos porque estava em reforma). Após breve parada nos encaminhamos para a igreja de São João Batista, lugar do seu nascimento. Uma série de lojinhas. Tentação constante! Paramos no pátio da igreja. Nos muros que a cercam, em azulejos, painéis formam o canto de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel que a seu povo libertou...”. O hino está escrito em diversas línguas. Recordamos o texto que fala da visita de Maria

a Isabel. Recordamos a descrença de Zacarias em ser pai uma vez que sua mulher era estéril (Lucas 1, 5-24. 39-45. 57-79). Lembramos ali muita coisa desde o nascimento até a missão vivida por João. Entrando na igreja, numa gruta, está o lugar presumido do nascimento. Ali paramos para oração e fotos. Agora que estou numa paróquia dedicada a ele fiquei um pouco mais de tempo para saborear o que sua figura inspira à comunidade onde vivo. Era hora de ir a Belém (a Casa do Pão). Também não longe de Jerusalém (mais ou menos nove quilômetros). Hoje a cidade do nascimento de Jesus está sob a autoridade palestina. Os judeus não passam para ela. Chegamos ao muro que divide os dois povos. Somos alertados a não fotografar. Pequeno momento de tensão para nós que não estamos acostumados a muros, soldados com metralhadoras, etc. Sobe em nosso ônibus o guia palestino. Simpático, atencioso. Logo nos encaminhamos para a basílica da Natividade. A primeira igreja foi construída sob Constantino, no

ano 326. Muitas reconstruções aconteceram ao longo dos séculos. Entramos por uma porta estreita e baixa. Assim foi feita para que ninguém mais entrasse na igreja a cavalo. Ao mesmo tempo o abaixar-se seria gesto de veneração pelo que a igreja representa. No pavimento da basílica, em nível mais baixo, vimos mosaicos, em desenhos geométricos, da igreja constantiniana. Somos chamados, num momento de calma, a fazer fila para visitar a gruta onde Jesus nasceu e a gruta da manjedoura. Ambas no subsolo da igreja. Debaixo do altar principal. Entramos e sob um altar está a estrela de prata que marca o local do nascimento. Dois a dois vamos ajoelhando, tocando e beijando esse lugar sagrado. Emocionados. Alguns choram. Dalí vamos para a gruta de São Jerônimo, que chegou a Belém no ano 386. Na gruta onde viveu muitos anos, traduziu a Bíblia para o latim. Nesse lugar está uma capelinha rústica onde celebramos a missa. O canto “Noite Feliz” fez muita gente chorar. Dalí fomos para a igreja de Santa Catarina,

Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli

ligada à basílica. Os franciscanos a construíram em 1881 quando se viram privados da administração da basílica. Igreja bonita, moderna. Aí a surpresa e o presente. Era quase meio dia. Estava para acontecer uma pequena procissão e a reza do “Angelus” nas grutas da basílica. O guia árabe conseguiu que participássemos disso. Todos os franciscanos que trabalham ali vieram. Éramos umas cinquenta pessoas. Por caminhos que eu não conhecia (era a quarta vez que estava lá) fomos processionalmente acompanhando os frades. De novo estávamos na gruta da Natividade, da manjedoura, de São Jerônimo. Os frades entoando cantos em gregoriano. Pude cantar com eles alguns cantos que faziam parte das orações nos velhos tempos de seminário menor. Acompanhamos as orações, agradecidos por aquela rara oportunidade. Fomos almoçar. Após o almoço fomos conduzidos a uma loja em busca das lembranças. Triste surpresa: tudo muito caro! Tentei mudar o lugar. Havia uma loja bem sortida e com bons preços. O guia se disse pressionado a levar

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.

os grupos uma vez em cada lugar. Decidimos voltar a Jerusalém. Lá chegando, nos dirigimos à igreja do Pai Nosso (lugar onde Jesus teria ensinado essa oração). Numa gruta rezamos juntos. No pátio e no alpendre que circunda a igreja vimos painéis de azulejo com a oração do Pai nosso em diversas línguas. O nosso painel mostra linguagem arcaica. Sinal que faz tempo que foi colocado ali. Da igreja fomos a uma loja que fica do outro lado da rua. O dono, simpático, veio convidar. Preços acessíveis. Muita lembrancinha para escolher e trazer. O pessoal se esbaldou. Fim de tarde. Alguns desejaram parar para outras compras no labirinto das lojinhas da Porta de Jaffa. E dá-lhe compras!


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Irreverência e Nostalgia Blocos Guaraná e Skandalo marcaram época

colaboração SHEL ALMEIDA

De um tempo em que pairava no ar do Guaraná. “A gente não tinha idéia da procerta inocência juvenil, como se via porção que ia tomar quando começou. Não em meados dos anos 80, os Blocos de tinha como limitar o número de participantes Carnaval deixam saudades. Naquela época, e nem como controlar 10 mil pessoas”, fala. em Bragança, os desfiles ainda aconteciam na “Vamos ficar uns anos sem sair pra dar uma Praça Central. Famílias inteiras iam assistir baixada na poeira”, explica. Mesmo com as a festa e levavam consigo atividades carnavalescas cadeiras, banquinhos, alinterrompidas por período Naquela época o indeterminado, o Bloco do mofadas, qualquer coisa carnaval era realmente Guaraná continua com as que ajudasse a suportar as um acontecimento atividades beneficentes. horas de espera. Tradicionalmente os blocos abriam “Durante o ano alugamos Toleba a festa uma semana antes. o caminhão e com o diCom o passar dos anos e nheiro fazemos a festa de com o apelo da população, passaram também Natal, com almoço, shows e distribuição de a acompanhar a Corte do Carnaval. Muitos brinquedos.” Além disso, o Bloco também foram os motivos que levaram os blocos a realiza atividades em prol do Asilo e da acabar, levando com eles a espontaneidade do paróquia Santa Terezinha. “Ainda hoje, em carnaval bragantino. Há alguns anos, existe todo lugar que eu vou, o pessoal mais velho o Carnapraça, certa tentativa de resgate de me cobra a volta do Guaraná. Lembro das uma época em que famílias lotavam a região pessoas na janela, esperando o bloco passar”, central da cidade cantando marchinhas e fala com saudade. brincando com confetes e serpentinas, sem se Entre os amigos do Bloco do Guaraná que preocupar com brigas e outros excessos. Este participavam do bloco estavam: Pingo, Xandico, ano houve uma nova tentativa de resgatar Iéié Prandini, Paulo Gel, Zelão, Marcato, Tó, o espírito de outrora. Como antigamente, Aluísio, João Queixada, Dinho Giane os blocos de carnaval abriram a festa uma Skandalo semana antes da data oficial. Ainda é cedo para saber se será possível retomar o encan- Por volta de 1981, um grupo de adolescentes tamento daquele tempo, só com o passar dos que gostava de brincar o carnaval nos clubes anos para se ter idéia. Por enquanto, ficam resolveu personalizar a trupe confeccionando as lembranças de dois dos mais importantes camisetas que eles mesmos pintavam. Nascia blocos de carnaval de Bragança, o Guaraná assim a “Snoopy Gang”, em referência ao famoso cãozinho do Charlie Brown. “Éramos e o Skandalo. todos amigos de escola. Gostávamos da ideologia das historinhas, ali não aparecia Guaraná “O pessoal se encontrava no bar do Pitoco. adulto”, lembra Toleba, um dos idealizadores Tivemos a idéia de vestir de mulher e subir do grupo. “A gente acabava indo pro carnaval pra praça”, conta Eduardo Mazzola, o Dadão, de rua uniformizados”, fala. Anos mais tarde, um dos fundadores do Bloco do Guaraná. Toleba conta que ele e outro grupo de amigos “Todo mundo tomava muita cerveja, mas a participaram de uma gincana da primavera, gente ficou com vergonha de chamar bloco criando assim a equipe Skandalo, quase que da cerveja, então ficou Bloco do Guaraná”, com as mesmas ideologias da Snoopy Gang. explica. No início, cerca de 20 pessoas faziam No carnaval seguinte, já como bloco, conparte do bloco, que tinha a irreverência como seguiram montar um trio elétrico e desfilar marca. “Sempre fazíamos sátiras. Já saímos na avenida. “a gente fazia um volume maior de Bem Amado e até de Cometa Haley”, de camisetas e as pessoas compravam.” A lembra Dadão. “O Carlito sempre surpre- camiseta era como uma porta de entrada no endia com as fantasias. Todo mundo ficava grupo. “Às vezes a gente não conhecia uma esperando pra ver o que ele ia apresentar. pessoa, mas via que ela estava com a camiNem eu sabia.”, fala, lembrando o amigo seta do bloco, já começávamos a conversar. integrante do bloco. Das 20 pessoas iniciais, Tinha gente que comprava a camiseta só para no ano seguinte o bloco passou a ter 50, e poder se enturmar”, explica. “Naquela época continuou a crescer. “Enquanto os outros o carnaval era realmente um acontecimento.” blocos tinham 200 pessoas, o nosso tinha Uma das lembranças mais bonitas de Toleba 800”, conta. “As pessoas punham a cadeira também envolve as famosas camisetas. “A na praça e enquanto o bloco não passava não gente saiu com o caminhão pela cidade para iam embora. A prefeitura exigia que a gente vender as camisetas. Passamos em frente ao fechasse o carnaval, porque senão as pessoas Preventório, que ficava na Pires Pimentel, e iam embora antes”, lembra. “Depois é que vimos as crianças agitadas. Resolvemos parar veio a idéia de abrir na semana anterior”, e brincar com elas. Acabamos doando todas completa. “Foi idéia nossa também o banho as camisetas e tivemos um prejuízo enorme. da ressaca. Minha irmã tinha ido pra Bahia, Quando fomos participar da gincana da priviu e contou pra gente.” Com o passar dos mavera de novo, estavam todas crianças lá, anos o Guaraná, que é o bloco mais antigo vestindo as camisetas, torcendo pela gente”, e mais longínquo da cidade – começou em emociona-se. Lembranças de uma época em 1974 e fez o último desfile em 2004 – tomou que prevalecia a inocência. proporções inimagináveis. “Cresceu demais Os desfiles de carnaval aconteceram na Praça e muito rápido”, fala Dadão. “Vinha gente Central até 1987. Nos anos de 1988 a 1990 de todo lugar. O pessoal começou a abusar.” foram realizados na Avenida José Gomes da Nas concentrações marcadas para horários Rocha Leal. A partir de 1991 passaram a ser bem mais cedo do que o desfile, os foliões se na Passarela Chico Zamper. reuniam para beber, fazendo com que muitos Entre os amigos do Skandalo que partideles estivessem completamente embriagados cipavam do bloco estavam: Alessandro quando o desfile de fato começava. Resultado: Sabella, Altair Carlos Barbosa, Edilson brigas, menores ingerindo bebidas alcoólicas Biaseto, Márcio Faria, Eriberto Cursi, e a promotoria querendo satisfações do Bloco Jarbas Marzagão e Miranda

A irreverência era marca registrada o Bloco do Guaraná já desfilou de Bem Amado, Cometa Haley entre outras

As pessoas colocavam cadeiras na rua para ver o Guaraná passar e não iam embora enquanto o bloco não passava

Skandolo surgiu do bloco de salão Snoopy Gang que era formado por adolescente

As camisetas eram a identidade do Skandalo, todos queriam usar


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Blocos do Rubão e do Lobão marcaram o carnaval de Bragança O que importava, naquela época, era a diversão

colaboração SHEL ALMEIDA

Foi no Rio de Janeiro, nas primeiras desfilaram vestidos de garçonetes, com direito décadas do século passado, que as a saia curta e cinta liga, coelhinhas da playboy manifestações carnavalescas come- e odalisca. “Em um dos anos, meu pai saiu çaram a tomar forma. No começo não havia vestido de Viúva Porcina”, lembra Ricardo, distinções entre as agremiações, o importante se referindo à famosa personagem da novela era a reunião de pessoas dispostas a se divertir. Roque Santeiro. O bom humor da trupe lideAs brincadeiras eram chamadas de cordões, rada informalmente por Rubão ajudou com blocos ou ranchos, o nome pouco importava. que ficassem conhecidos como “Rubão e suas Rubetes”. Os integrantes Com o passar do tempo, se organizavam para escoforam surgindo classificações: os ranchos seriam Compramos um carro no lher o tema dos desfiles, ferro velho, colocamos criar o samba enredo, considerados os grupos uma plataforma em cima desenhar as fantasias e mais sociáveis, os cordões dele com uma armação confeccioná-las. Tudo os mais descontrolados. de madeira e prendemos em nome da diversão e Os blocos, portanto, a caixa de som ali do bom humor. “Todo ficariam entre os dois. Mas o que ficou mesmo mundo participava, tios, Sidnei Nascimento no imaginário popular a primos. As mulheres asrespeito dos blocos foi o sistiam e ficavam bravas fato de várias pessoas se unirem para brin- se alguém se excedia”, lembra Ricardo, rindo. car o carnaval de forma semi-organizada. A “Alguns exageram e não terminavam o percurúnica obrigação dentro de um bloco seria a so, o que não era interessante para o bloco”, de se divertir. Mesmo assim, ainda surgiram afirma. Segundo ele, o pai não gostava muito novas classificações, fato que não mudou de competições entre os blocos. “Teve um muita coisa, pois quem se organizava para ano em que ganhamos medalha. Mas meu pular o carnaval, não se importava muito pai achava que com a competição acabava com isso. Entre os tipos mais conhecidos virando compromisso e não era essa a idéia.” havia o “Bloco de Sujo”, onde os foliões O Bloco do Rubão durou até 1988 e nos improvisavam desde instrumentos até as dez anos de existência fez história, fato vestimentas ou usavam roupas comuns, como que alegra Ricardo. “Meu pai iria gostar de camiseta e bermuda, sem pensar em fanta- saber”, fala. Entre os amigos do Rubão que sias. Alguns desses blocos usavam a sátira, participavam do bloco estavam Carlinhos em geral focada na política, como marca de Arrebola, Celso Silva, Reinaldo Bonini, ironia e deboche. Outra manifestação bem Toninho Cursi, Vico da Farmácia, Picarelli, popular no Brasil era o chamado “Bloco das José Carlos e Bernardo Marcassa, Yves, e Piranhas”, formado apenas por homens Ernani Magrini, entre outros. vestidos de mulher, que aproveitavam o carnaval para extravasar. Mesmo sem saber Lobão dessas classificações, ou não se importando De acordo com Sidnei Nascimento, o Sidão, com elas, muitos foliões pulavam o carnaval em 1978, ele e Ulisses Lo Sardo fizeram uma “à caráter”, seja com vestido e peruca, seja viagem à Bahia, onde conheceram o trio imitando alguma figura importante brasileira. elétrico. Dali surgiu a idéia de juntar um No Brasil, os blocos mais famosos são: Banda grupo de amigos, todos na faixa dos 18 anos, de Ipanema, Cordão do Bola Preta, Suvaco e criar algo similar em Bragança. Foi assim de Cristo e Monobloco, no Rio de Janeiro e que, no carnaval de 1979, surgiu o Bloco do Bacalhau do Batata e Galo da Madrugada em Lobão. “Alguém sugeriu o nome e a gente Olinda e Recife. Em Bragança alguns blocos gostou”, conta, sem saber ao certo o porquê fizeram história. Dois dos mais importantes da escolha. “Compramos um carro no ferro e dos mais tradicionais, que mantiveram o velho, colocamos uma plataforma em cima ar de descontração durante todo o tempo dele com uma armação de madeira e prende existência foram o “Bloco do Rubão” e o demos a caixa de som ali”, conta. De acordo “Bloco do Lobão”. Para relembrar uma época com Sidão, o Bloco do Lobão foi o primeiro tão boa, o Jornal do Meio conversou com com som. “Compramos umas fitas na Bahia, ex-integrantes desses blocos que falaram um do Dodô e Osmar, Moraes Moreira”, lembra. pouco sobre a magia daquele tempo. “Parávamos na praça e sempre juntavam pessoas em volta.” Quando perceberam que conseguiam “arrastar gente” com eles, como Rubão De acordo com Ricardo Gesuatto, o pai, Rubens, fala Sidão, resolveram ampliar as atividades sempre reunia os amigos no rancho da família do bloco para além do carnaval “Fazíamos para jantares. Dos encontros surgiu a idéia de festas beneficentes o ano todo”, lembra. “A se criar um bloco para brincar o Carnaval. Em gente tinha que limitar os convites, por que homenagem ao lugar de reuniões, o Rancho todo mundo queria ir. Quando anunciávamos do Rubão, foi escolhido o nome do bloco. Isso as vendas, logo já acabavam”, conta. Com o foi em 1978, época em que Ricardo tinha ape- passar dos anos, os rapazes foram casando, nas 14 anos. “Participei de todos os desfiles. saíndo de Bragança para estudar, o que acabou No primeiro tive que conseguir autorização por desfazer o Bloco do Lobão. “Durou até do Juizado de Menores por causa da minha 86, 87”, fala Sidão. “Era uma época muito idade”, conta. Diferente dos outros blocos boa. Uma delícia, a coisa mais gostosa do surgidos na cidade posteriormente, o Bloco mundo”, lembra, cheio de saudosismo. do Rubão tinha em seus idealizadores homens Entre os amigos do Bloco do Lobão que parcom idade entre 30 e 40 anos, de acordo com ticipavam do bloco estavam: Rogério Menin Ricardo. A sátira prevalecia no bloco em que (Tatá), Tuca Salarori, Lube Baratella, Carlão “mulher não entrava”. Os componentes já Busca Vida e Flávio Judar

Bloco do Rubão formado só por homens tinham como tema as sátiras do cotidiano

Os integrantes do bloco do Rubão eram conhecidos como Rubetes entre as fantasias usados destaque para as Coelhinhas da Playboy e as Garçonetes

Depois de uma viagem a Bahia surgiu a idéia de montar o Bloco do Lobão

Formado por amigos o Bloco do Lobão arrastava multidão pela cidade de Bragança


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O Carnaval GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA/ GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA

O Carnaval do Brasil é a maior festa popular do país. O carnaval de Salvador está no Guinness Book como a maior festa de rua do mundo. As comemorações ocorrem por toda parte, sendo certo que em cada região se encontra um estilo diferente de festejar. No Rio de Janeiro e São Paulo o carnaval acontece, essencialmente, com os desfiles das escolas de samba, na Bahia o carnaval de rua com os seus trios elétricos é que identificam a festa, em Pernambuco o carnaval é regado a muito frevo, mas o que não se discute é que é facil de encontrar diversão e folia em qualquer parte deste imenso território nesta época do ano. A festa acontece durante quatro dias, que precedem a quarta–feira de cinzas. A quarta de cinzas tem este nome devido à queima dos ramos no Domingo de Ramos do ano anterior, cujas cinzas são usadas para benzer os fiéis no início da quaresma. O Carnaval prepara o início da quaresma, isto é, seu último dia precede a quarta-feira de cinzas (início da Quaresma). A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejume da oração. Trta-se, em princípio de uma festa cristã. Na Idade Média, o período do carnaval era marcado pelo “adeus à carne” ou “carne vale”, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne, dando origem ao termo “carnaval”. Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes, como ocorre até hoje.

O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX, período do reinado da Rainha Vitória no Reino Unido. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. A partir deste relato, é facil perceber que a festa do carnaval hoje em dia não contém mais o sentido que existia quando do seu surgimento. Isso porque até mesmo entre os católicos e cristãos, de uma forma geral, o período da quaresma não é uma prática verificável. O que se tem hoje, pode-se afirmar, é uma festa pagã que se disseminou pelo mundo e no Brasil caiu no agrado da poppulação, população essa formada por raças vindas de todos os continentes, micigenada que carrega todos ritimos, desde o afircano, com os seus batuques, até o Europeu, embalados pelo cravo, instrumento musical de tecla. O carnaval, festa musical e dançante não poderia deixar de ser uma paixão nacional. Fato incontroverso, sem dúvida. Na “Terra de samba e pandeiro”, de Ary Barroso, como diria Doryval Caymmi: “quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”. Ocorre que a análise sobre as razões da permanência desta comemoração até os dias de hoje é merecedora de uma maior atenção. Ora, trata-se de uma festa que faz parte do calendário nacional e mais, é incentivada pelo Governo à ponto de ser por ele financiada. O Governo assume tal postura, esclarecendo que se trata de incentivo à cultura nacional. Pois bem, quantas manifestações culturais merecem a mesma ou maior atenção estão deixadas de lado? O que se dirá do futuro da Congada, do Bunba meu Boi, do Teatro brasileiro, dos patriminios histórcos culturais, sem o incentivo estatal? Porque a escolha do carnaval como a manifestção cultural que deve ser fomentada e incentivada sem

qualquer ressalva, incondicionalmente? Existe uma explicação e ele se funda na velha e eficiente, aos olhos dos governantes, política do pão e circo. Referida política surgiu na Roma antiga, quando a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”, a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano. Por essa política, o Estado buscava promover os espetáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais. Esta situação ocorrida na Roma antiga é muito parecida com o Brasil atual. Aqui o crescimento urbano gerou, gera e continuará gerando problemas sociais. A quantidade de favelas cresce desenfreadamente e a condiçãodevidadamaioriadapopulaçãoédifícil.Onosso governo, tentando manter a população calma e evitar que as massas se rebelem acha a solução ideal: fomenta o carnaval, a festa mais democrática do país. Acontece que os problemas das cidades não param para curtir o Carnaval, ao contrário, aumentam, mas a população satisfeita com o divertimento os

esquecem, ficam como o Rei, enfeitiçado pelas histórias de Sherazad, em Mil e Uma Noites, e acabada a festa, felizes e satisfeitos, enxergam os “velhos” problemas , como triviais, com os quais todos já se acostumaram e não se importando se serão ou não resolvidos, desde que logo haja outra oportunidade para o divertimento. E, “inacreditavelmente” ela lhes é proporcionada. Passado o carnaval, logo chega a festa da páscoa, hoje completamente ausente de seu significado cristão, em seguida, a festa junina, os capitalistas Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, e novamente final de ano, natal e ano novo. No próximo ano, tudo de novo.... Enquanto se garante pão e circo, ninguém se preocupará em preparar uma revolução para contestar os mandos e desmandos da política. E isso corresponde ao sucesso dos carnavais, ano após ano. O tempo livre é ocupado com discussões a respeito da melhor fantasia, do melhor samba-enredo, do bloco mais animado. Com o carnaval tudo se esquece, são realamente “milagrosos” os seus efeitos, como diz Gilberto Gil em sua canção Amor de Carnaval, até a dor por um amor ele pode fazer acabar: “ (...)Eu não quero mais chorar Por causa de um amor qualquer Minha dor tem que acabar No carnaval, se Deus quiser (...)”.

Advogados Gabriela de Moraes Montagnana OAB/ SP 240.034 Gustavo Antônio de Moraes Montagnana OAB/ SP 214.810 Tel.: 11 4034.0606


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Casa & Reforma

Projeto quer extinguir tributo

sobre valorização por melhorias Kassab apresenta medida para suspender cobrança em imóvel beneficiado por obra pública

por LUCIANO BOTTINI FILHO/FOLHAPRESS

AContribuiçãodeMelhoria,tributocobrado de donos de imóveis que são valorizados por obras públicas no entorno -como o asfaltamento de ruas e a reforma de calçadas-, pode deixar de existir na cidade de São Paulo. No ano passado, o prefeito Gilberto Kassab apresentou projeto de lei que prevê sua extinção, com a anistia de todos os que deixaram de pagá-lo. A proposta está em votação na Câmara Municipal, sem data para ser aprovada. A prefeitura, que desde 2009 não emite novas cobranças da contribuição, diz não poder informar o número de obras que ela financiou. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Finanças, a arrecadação do tributo tem sido irrisória -R$ 5.000 em 2009; R$ 1.000 em 2010. Do lado de quem o paga, a percepção é diferente. Há reclamações sobre seu valor, que não deveria ultrapassar o da valorização do imóvel após as obras. A dificuldade ao cobrá-lo, dizem especialistas consultados pela reportagem, é justamente comprovar essa valorização. Em Guarulhos (Grande SP), moradores se queixam das diferenças nos valores cobrados pela pavimentação de vias -de R$ 3.000 a R$ 24 mil, segundo o tamanho da frente de cada imóvel. “Na minha rua eles cobraram pela galeria e pela sarjeta, que já existem há 20 anos. Em outras ruas, o valor foi mais baixo”, diz a dona de casa Josete da Silva, 27.

Para reclamar em São Paulo

Prazo O contribuinte tem 90 dias para reclamar da Contribuição de Melhoria, contados a partir da data de vencimento normal da primeira parcela anual Documentos Cópia simples, acompanhada do original, da notificação-recibo da Contribuição de Melhoria, documento de propriedade do imóvel, carteira de identidade e CPF Onde Praça de Atendimento da Secretaria de Finanças; vale do Anhangabaú, 206, de segunda a sexta, das 8h às 18h FOTO: DIVULGAÇÃO

A Prefeitura de Bauru se valeu de um plano de contribuição voluntária dos moradores para fazer obras de pavimentação

Contribuição é informada por edital

Prefeitura tem de anunciar condições de pagamento do tributo, como valor, prazo e se haverá parcelamento. Para viabilizar obras públicas, há cidades que optam por planos de contribuição voluntária dos moradores da região. Para uma Contribuição de Melhoria ser considerada legal, existem alguns requisitos a serem cumpridos. Os moradores, por exemplo, devem ser informados sobre o custo da obra e a forma de rateio entre os beneficiados. O problema é que essa notificação inicialmente só é feita por edital publicado no “Diário Oficial” e em jornal de circulação local. A notificação pessoal já chega com o carnê para pagamento. No bairro Jardim Álamo, em Guarulhos (Grande SP), os habitantes da rua José de Souza Abrantes contam que só descobriram o que essa contribuição significava depois que chegou a conta. A obra foi feita em 2007. Só em 2009 começaram a chegar os boletos. “Nós não vimos nem sequer uma placa com o valor do asfaltamento”, reclama a servente Irani Vieira Cruz, 51. Os moradores pretendem mover uma ação para rever os valores. Eles se queixam de que foram cobradas obras de galerias e sarjetas que já existiam. O município já havia revogado a lei que institui a Contribuição de Melhoria, mas uma liminar da Justiça autorizou a sua aplicação. Segundo Paulo Henrique Batista, assessor da Câmara Municipal de Guarulhos, há um projeto de lei para novamente oficializar o tributo. Se aprovado, permitirá esse tipo de cobrança até nos casos de uma poda de árvore e da colocação de um poste de luz. Em razão das dificuldades técnicas de usar a Contribuição de Melhoria, algumas cidades têm lançado mão de outro expediente para viabilizar melhorias públicas. Trata-se do PCM (Plano Comunitário de Melhoria), adotado pela Prefeitura de Bauru (329 km a noroeste de São Paulo) para pavimentar ruas. Diferentemente de um tributo imposto pelo governo, o PCM é um contrato de adesão

voluntária intermediada pela prefeitura, que escolhe uma empresa por licitação para executar obras rateadas entre beneficiados e município. Em Bauru, 75% do plano são pagos pelos moradores, e 25%, pela prefeitura. “Nas empresas, entendeu-se que o empresário podia ter esse ônus, valorizando seu imóvel. Houve casos em que a valorização foi de 30%”, explica o secretário de Obras de Bauru, Eliseu Areco Neto.

Negociação direta

Uma das vantagens do PCM frente à Contribuição de Melhoria é a negociação dos proprietários diretamente com a prestadora de serviço. “Há casos de parcelamento em 12 vezes no cartão”, cita. Para as prefeituras, ele apresenta desvantagens: não permite uma execução fiscal como a contribuição -nela, se o morador não concorda com o valor, é obrigado a depositá-lo para só depois discuti-lo na Justiça. E, por o PCM ser optativo, pode fazer com que a prefeitura arque com os não pagantes, o que, para o professor da USP (Universidade de São Paulo) Eduardo de Lima Caldas, tem um motivo. “Quando o morador não assina, a prefeitura precisa gastar a diferença. Como as áreas centrais em geral são pavimentadas com o imposto de todo mundo, por que a periferia tem de pagar [um tributo extra]?”, diz.

Guarujá asfalta ruas com uso de contribuição

No município do Guarujá (86 km a sudeste de São Paulo), a Contribuição de Melhoria tem sido utilizada para financiar a pavimentação de ruas. A instituição do tributo na cidade dependeu de reuniões e consultas à população, de acordo com o secretário de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano municipal, Duino Verri Fernandes. Por uma solicitação dos moradores, foi aprovada a pavimentação de 59 ruas na praia de Pernambuco. O orçamento dessas obras é de R$ 52 milhões.


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Teen

Questão espinhosa por VITOR SION/FOLHAPRESS

Adolescência e espinhas são quase sinônimos. Na tentativa de esconder esse problema, vale tudo: cabelo na cara, maquiagem para meninos ou, para os mais radicais, se trancar em casa. Isso mesmo! Tem gente que deixa de fazer programas com os amigos e até pede aos pais para não ir à escola por causa da proliferação de pontinhos no rosto. Pamela de Almeida, 19, comemora que a pior fase de sua pele já passou. Ela admite que evitava até encontros familiares para não expor a acne. “Escondia meu rosto com o cabelo”, lembra. Já Felipe Garcia, 18, experimentou cremes, limpeza de pele e até “lifting” facial. “Nada deu certo”, lamenta. Agora, ele faz dieta para tomar o medicamento Roacutan. “A pele de amigos que usaram o remédio melhorou.” Felipe conta que leva uma vida normal, mas que “meninas ficam de frescura na balada” por causa de suas espinhas. Para a psicóloga Miriam Blanco Muniz, o impacto das espinhas na vida dos adolescentes varia, mas meninas costumam ser mais afetadas. “Para elas, a questão da imagem pesa bastante. Há jovens que se sentem destruídos pela espinha. Para eles, isso interfere no pertencimento a um grupo”, diz. A própria Pamela conta histórias que contrariam a lógica da psicóloga. Ela afirma que meninos do seu colégio também usavam maquiagem para esconder as espinhas. Felipe Trevisan, 25, assume que já usou corretivo para esconder as espinhas. “Foi para ir a uma formatura”, diz. Pamela diz que, com o tempo, aprendeu a lidar com o problema. “Lógico que não é legal ter espinhas, mas elas são uma manifestação do corpo. O importante é não se importar com o que os outros falam sobre isso.” FOTO: SILVIA ZAMBONI\FOLHAPRESS

Nem todos os jovens conseguem fazer como ela. A dermatologista Ana Cristina Alves conta que parte dos pacientes entra de cabeça baixa para ser atendido. “A acne é uma doença estigmatizante para os adolescentes, que passam a ter comportamento antissocial.” Em alguns casos, jovens se recusam a estudar por tanto tempo que repetem de ano. Um estudo da Universidade de Oslo, na Noruega, apontou que adolescentes com espinhas tendem a ir mal na escola e têm mais ideias suicidas. Mas não é para tanto, né? Com paciência e tratamento médico adequado você consegue se livrar das espinhas!

Maus hábitos

Cutucar ou espremer cravos e espinhas piora tudo. As mãos podem estar sujas e contaminar as lesões, deixando cicatrizes. Tomar sol por tempo prolongado e quando os raios solares estão mais fortes, entre as 11h e as 16h.

Como se prevenir

Manter uma alimentação saudável, o que é sempre bom. Lavar o rosto com sabonete neutro ajuda a diminuir a formação de gordura na pele.

“Milagroso”, remédio traz riscos a pacientes

A dermatologista Ana Cristina Alves recebe diariamente jovens que chegam ao consultório com a receita na cabeça: tomar Roacutan. O remédio, visto como solução milagrosa para a acne, só é indicado em casos graves, pois pode interromper o crescimento ósseo. “O Roacutan é muito ofensivo ao corpo e só deveria ser usado em casos extremos.” Segundo a dermatologista, esse remédio “não é a melhor saída” e só pode ser receitado depois do paciente realizar vários exames. Acompanhamento médico é obrigatório durante todo o tratamento, em especial em casos com histórico de depressão, afirma ela. Só um dermatologista pode indicar o melhor tratamento para o seu caso.

O que é acne?

Doença dermatológica que acomete principalmente os adolescentes e ocorre nos folículos sebáceos (estruturas da pele formadas por um pêlo e uma glândula sebácea)

Felipe Garcia, 18, mostra suas espinhas no rosto

Como as espinhas se formam? 1 As glândulas sebáceas produzem gordura, que é, em geral, eliminada pelos poros 2 Se os poros ficam obstruídos, a gordura se acumula 3 Bactérias que vivem na pele se proliferam no poro fechado e geram a inflamação conhecida como acne

Tipos de lesão

Cravos: Pontinhos brancos ou escuros, eles são, em geral, lesões iniciais. Espinhas: Elevações na pele, em geral avermelhadas Pústulas: Lesões com acumulação de pus

Mitos

Comida:Estudosrelacionamespinhasàmáalimentaçãodos

jovens. Não há, porém, consenso entre os especialistas Tomar sol: Médicos costumam pedir que seus pacientes com espinhas evitem tomar sol. Em pouca quantidade, no entanto, o sol pode até ajudar a sanar o processo inflamatório Limpeza de pele: O adolescente pode até se sentir melhor, mas, semanas depois, cravos e espinhas estão de volta.


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Comportamento

Os novos ramos

Meio-irmãos, ex-tios, pais juntos em casas separadas; a superação da família nuclear continua a criar novos modelos de relacionamento por JULIANA VINES/FOLHAPRESS

Não há árvore genealógica que dê conta de explicar famílias com vários divórcios, novos casamentos, meioirmãos e agregados. Essas famílias, cada vez mais comuns nas estatísticas, não são nada parecidas com aquelas do comercial de margarina. “O conceito de família nuclear (com pais e filhos na mesma casa) não é mais suficiente. Há arranjos domésticos sem nenhum padrão”, diz a socióloga Elisabete Bilac, do Núcleo de Estudos Populacionais da Unicamp. As mudanças aconteceram nas últimas três décadas. Nos anos 1980, 70% das famílias eram nucleares. Hoje, menos da metade é assim. Se a “família margarina” está cada vez mais rara, as monoparentais (com apenas pai ou mãe) são as que mais crescem. Efeito prolongado da popularização do divórcio, dizem especialistas. Também são mais comuns os casais que decidem não ter filhos. Em inglês, são chamados de casal Dink, sigla para dupla renda sem filhos (“double income no kids”). No Brasil, já são 17% do total, segundo o IBGE. “É uma grande mudança em pouco tempo”, diz José Eustáquio Alves, demógrafo da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. “Houve uma inversão demográfica. Temos menos filhos, demoramos mais para tê-los e vivemos mais.” Isso somado às novas formas de relacionamentos deu origem a famílias diferentes do padrão tradicional. Mônica Fontes, professora, 33, e Thiago Fernandes, publicitário, 34, são um casal LAT (“living apart together”, ou vivendo juntos separados). São casados, não no papel, têm um filho de 5 anos e vivem em casas separadas. “Meu filho pergunta por que estamos separados e nos beijamos, e os pais dos amigos dele estão separados e não se beijam”, conta a mãe. Não é uma escolha do casal. Com tantas mudanças de emprego e de cidade, nunca conseguiram morar juntos. Neste ano, enfim, pretendem dividir a mesma casa. “Vai ser uma mudança radical”, diz o pai.

Não identificado

De acordo com a terapeuta Cristiana Gonçalves Pereira, do Instituto de Terapia Familiar de SP, não existe uma definição para o termo família. “Cada um diz quem é a sua família. A definição está no discurso. É isso que vale.” O problema da indefinição está também nas novas formas de relacionamentos afetivos. Isso porque entre o namoro, o noivado e o casamento, há inúmeras possibilidades de relacionamento que não estão no dicionário. O Facebook já tem nove opções de estado civil, entre elas, amizade-colorida e relacionamento enrolado. Segundo a antropóloga e colunista da Folha Mirian Goldenberg, a sociedade não consegue acompanhar o ritmo dos relacionamentos.

“Essas relações não são consideradas legítimas. Isso gera um incômodo.” O problema continua em famílias com vários divórcios e “meio-parentes”, como ex-tios ou novas avós. A filósofa Fernanda Carlos Borges, autora de “A Mulher do Pai” (Summus Editorial, 136 págs., R$ 31) está no segundo casamento. “Sou a mulher do pai. A mãe dos filhos do meu marido é viva e mora com eles. Não sou madrasta e não sou parente das crianças, que direitos e deveres eu tenho?” Para ela, a falta de nome para esse papel é um sinal de que a relação é mal resolvida. “Assumimos responsabilidades sem muitas garantias. É fácil surgirem conflitos.” Famílias como a de Fernanda Borges são chamadas de mosaico -quando pais separados se casam novamente e seus filhos convivem mesmo sem ser parentes. O menino Daniel Mantelatto Gallo, 10, é um dos vértices de um mosaico que, para entender, só desenhando. Ele é filho único e tem cinco meio-irmãos. Sua mãe, a escritora Fernanda do Valle, 32, é casada há três anos. Seu marido já tinha duas filhas de outro casamento. O pai de Daniel também já tinha um filho quando ele nasceu e acabou de ter outro. O avô dele se casou de novo, e sua mulher está grávida. Quando questionado sobre como ele chama as ex-mulheres do seu pai ou então sua nova avó, ele diz: “Pelo nome, ué”. Há quem fale no declínio da instituição familiar. Para a antropóloga Lia Zanotta Machado, da Universidade de Brasília, acontece justamente o contrário. “Fala-se em declínio porque o principal modelo de vida não é mais o único. Mas a família está mais forte com os diferentes arranjos.” Mesmo comuns, esses novos arranjos ainda causam estranhamento. “Há um preconceito e um moralismo. A família nuclear ainda é considerada a ideal”, afirma Maria Coleta de Oliveira, socióloga da Unicamp. Quando a locutora Joana Ceccato, 40, solteira, conta que está grávida de gêmeas graças a uma fertilização in vitro, sempre escuta: “Como assim?” “Todo mundo já ouviu falar, mas nunca viu de perto.” O pai das gêmeas é um ex-namorado de dez anos atrás, que hoje é apenas amigo. “Ele é meu vizinho e nos damos bem”, afirma. Segundo a terapeuta familiar Flávia Stockler, não importa como os filhos são gerados nem qual o grau de parentesco entre eles, mas como a família lida com isso. “Qualquer opção pode funcionar ou não. Uma família tradicional pode criar monstrinhos e um casal no segundo casamento pode se sair muito bem”, afirma. Para ela, o que importa é a qualidade do vínculo. “É preciso manter as relações de respeito e o

FOTO: GIOLITO/FOLHAPRESS

Daniel Mantelatto, 10, e sua avo Cristina Vasconcellos, 58. Daniel tem uma familia mosaico: seus pais se separaram e casaram com pessoas tambem separadas

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Antenado

Tramas de Marcos Rey têm a qualidade da pura sedução Reedição de dois livros comprova o talento narrativo cômico do escritor

por NELSON DE OLIVEIRA/FOLHAPRESS

A Global Editora está relançando dois romances de Marcos Rey (1925-1999): ‘Entre Sem Bater’, publicado primeiramente na forma de folhetim em 1960, e ‘A Sensação de Setembro’, de 1989. Definir de maneira objetiva a obra desse escritor não é um trabalho fácil. Em torno dela há ainda muito afeto conflituoso. O grande público adora seus contos e romances, mas estes sempre andaram na contramão do gosto especializado. Marcos Rey, admirado principalmente por ‘O Enterro da Cafetina’ (contos, 1967) e ‘Memórias de um Gigolô’ (romance 1968), não é um escritor da linguagem transgressora, como Clarice Lispector (1920 - 1977) e Guimarães Rosa (1908-1967). Ele é um ficcionista do enredo bem urdido, como Erico Verissimo (1905-1975) e Jorge Amado (1912-2001), menos amados pela crítica especializada. Há ainda um detalhe apimentando o debate. Sua obra tem uma característica difícil de ser enquadrada estruturalmente: a pura sedução. ‘Entre Sem Bater’ é um romance sobre a ganância e a cobiça erótica. O cinquentão Ângelo, patrão de Ricardo, deseja Irene, jovem mulher do funcionário. Irene e Ricardo, por sua vez, ambicionam uma promoção e um salário maior para ele. Está armado o explosivo triângulo de interesses, como na história bíblica do rei Davi, do soldado Urias e de sua mulher, Betsabá. Mais do que o triângulo vicioso, são os milhares de detalhes jocosos que tornam o romance tão sedutor. Nisso o autor é mestre: ele sabe, como poucos, acomodar anedotas da boemia dentro de crônicas urbanas.

Bufonaria

FOTO: DIVULGAÇÃO

Marcos Rey escreveu muito para o rádio e a televisão. O romance ‘A Sensação de Setembro’ tem a picardia de uma telenovela. A rica família Kremmelbein é a protagonista dessa espirituosa opereta-bufa. Ferd, o patriarca, morre logo no começo da história, atingido por um vaso despencado de um edifício. Duducha, a viúva, passa então a ser o centro de gravidade das figuras mais excêntricas. Entre elas, o filho que projeta artefatos militares, o terapeuta do rapaz, o mordomo pau-paratoda-obra, a faxineira curvilínea, uma modelo de revista masculina e um violinista, dono do vaso que atingiu Ferd. Doze anos após a morte de Marcos Rey, sua obra enfrenta hoje o teste de sobrevivência que já derrotou muito escritor consagrado. É bom lembrar que os esquecidos Coelho Neto (1864-1934) e Stefan Zweig (1881-1942) já foram badaladíssimos em seu tempo. Maspassarnessetestenãodependeapenasdavontade do grande público ou da crítica especializada. Depende principalmente do acaso, essa força que move o mundo em uma direção ou outra. NELSON DE OLIVEIRA é autor de ‘Poeira: Demônios e Maldições’ (Língua Geral) ENTRE SEM BATER AUTOR Marcos Rey EDITORA Global QUANTO R$ 32 (216 págs.) AVALIAÇÃO bom A SENSAÇÃO DE SETEMBRO QUANTO R$ 29 (166 págs.) AVALIAÇÃO bom

O escritor Marcos Rey


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Cristina Granato lança coletânea com imagens íntimas de cantores

Fotógrafa carioca flagrou Chico Buarque sem camisa e Caetano Veloso trocando de roupa no camarim por MARCELO BORTOLOTI/FOLHAPRESS

Velha conhecida no meio musical, a fotógrafa carioca Cristina Granato, 48, se define como ‘figurinha fácil’ na noite do Rio de Janeiro. Há 30 anos, ela registra bastidores de shows e lançamentos de discos da MPB. Seu trabalho não é exatamente jornalístico. Granato ganha a vida como free-lancer, contratada pelos próprios músicos ou gravadoras para cobrir eventos. A natureza dessa profissão se reflete em duas características fundamentais de suas fotos, reunidas no livro ‘Cristina Granato - Um Olhar na Música Popular Brasileira’, lançado esta semana. A primeira delas é que seus flagrantes nunca são embaraçosos para os artistas: eles transitam numa vertente oposta à dos paparazzi. Os personagens fotografados geralmente aparecem sorrindo e abraçados. A segunda característica advém dessa postura ‘de confiança’ para com as celebridades, aliada a um talento social muito particular. Como quase nenhum outro fotógrafo, ela tem acesso aos camarins e é amiga de muita gente da área. E teve o mérito de estabelecer uma ligação tão direta com seu objeto que consegue arrancar dos artistas uma intimidade e naturalidade acessíveis apenas aos amigos

próximos. Este é o lado mais valioso das fotos que produz. Assim desnudados aparecem Chico Buarque sem camisa e suado após uma partida de futebol, Caetano Veloso trocando de roupa no camarim e Cássia Eller sentada num vaso sanitário. Há três décadas fazendo isso, seus registros ganharam também um verniz histórico. Muitos dos fotografados já se foram, como Cazuza, Renato Russo, Tom Jobim e Dorival Caymmi. O resultado final é uma espécie de celebração dos bons momentos da música brasileira e sobretudo da carreira de Granato. O lançamento do livro, neste mês, no Rio, não deixou dúvidas sobre o entrosamento da fotógrafa com eles. Houve shows de João Donato, Erasmo Carlos, Roberto Menescal, Arlindo Cruz, Fernanda Abreu, Frejat e Jards Macalé. Todos tocando sem cobrar cachê. Difícil imaginar outro fotógrafo com estofo para reunir um time assim. CRISTINA GRANATO - UM OLHAR NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA AUTORA Cristina Granato EDITORA Aeroplano QUANTO R$ 85 (292 págs.)

FOTO: CRISTINA GRANATO/DIVULGAÇÃO

A cantora Simone (e) e a atriz Marília Pêra (d) em foto de julho de 1986. A imagem faz parte do livro “Cristina Granato - Um Olhar na Música Popular Brasileira” FOTO: CRISTINA GRANATO/DIVULGAÇÃO

Fábio Jr. e Chacrinha em foto que integra o livro “Cristina Granato - Um Olhar na Música Popular Brasileira”


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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista

Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 16 a 22 de fevereiro de 2011 foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:

Protocolo: 243/2011 - DIOGO BALDIM DA SILVA e BETÂNIA SOUZA PRADO. Ele químico, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 28/05/1984, res. e dom. à Rua José Leitão Xavier, 70, Condomínio Aquarela, Uberaba - Bragança Paulista, filho de ANTONIO RODRIGUES DA SILVA e de AMALIA MARIA BALDIM DA SILVA. Ela administradora de empresas, solteira, natural de Guarulhos-SP, nascida no dia 13/10/1975, res. e dom. à Rua José Leitão Xavier, 70, Condomínio Aquarela, Uberaba - Bragança Paulista, filha de DAMIÃO SILVA PRADO e de VITORIA DE SOUZA PRADO Protocolo: 244/2011 - PAULO ROBERTO RODRIGUES DE FREITAS e STELA MARIS MARSOLA. Ele motorista, divorciado, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 07/07/1966, res. e dom. à Rua Santa Amélia, 94, Santa Libânia - Bragança Paulista, filho de DANIEL ALVES DE FREITAS e de ORDÁLIA RODRIGUES. Ela escriturária, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 23/03/1971, res. e dom. à Rua Santa Amélia, 94, Santa Libânia - Bragança Paulista, filha de JOSÉ MARSOLA e de ALAIDE BARBOSA MARSOLA Protocolo: 245/2011 - OTÁVIO DONIZETE PEREIRA DE MORAES e RAFAELA MATHILDE DA CUNHA. Ele operador de máquinas, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 11/08/1981, res. e dom. no Sítio São Sebastião, Bairro Araras dos Pereira - Bragança Paulista, filho de JOSÉ APARECIDO PEREIRA DE MORAES e de MARIA CLEUSA BUENO DE MORAES. Ela técnica em enfermagem, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 08/07/1988, res. e dom. à Rua João Franco, 1233, Parque Brasil - Bragança Paulista, filha de JOSÉ ATAÍDE DA CUNHA e de TEREZINHA MOREIRA Protocolo: 246/2011 - MARCIO DOMINGUES DE SOUZA e RAQUEL FERREIRA DA SILVA. Ele ferramenteiro, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 23/10/1976, res. e dom. à Rua Capitão Basílio Vieira da Silva, 128, Padre Aldo Bolini - Bragança Paulista, filho de AILTON DOMIGUES DE SOUZA e de HELENA ARROYO DE SOUZA. Ela operadora de caixa, divorciada, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 26/03/1983, res. e dom. à Rua Otávio Gerbin, 30, Hípica Jaguari - Bragança Paulista, filha de FRANCISCO FERREIRA DA SILVA e de APARECIDA DA CONCEIÇÃO DE GODOI SILVA Protocolo: 249/2011 - MASAKI NISHIZAKI NAKAMITSU e PATRICIA FERNANDES ZANOTTI. Ele comerciante, solteiro, natural de Atibaia-SP, nascido no dia 04/06/1981, res. e dom. à Rua Lion, 74, Residence Euroville - Bragança Paulista, filho de HAKUO NAKAMITSU e de KAZUKO NISHIZAKI NAKAMITSU. Ela farmacêutica, solteira, natural de Piracaia-SP, nascida no dia 16/05/1989, res. e dom. à Rua Trindade Acedo Paranhos, 481, Jardim Primavera - Bragança Paulista, filha de DIJALMA ZANOTTI e de CENIRA FERNANDES ZANOTTI Protocolo: 250/2011 - EVISSON DOS SANTOS DE JESUS e CRISTINA PEREIRA DE SOUZA. Ele conferente, solteiro, natural de Ilhéus-BA, nascido no dia 20/12/1989, res. e dom. à Rua Adele Pagetti, 148, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filho de JOSÉ NILDO ARAUJO DE JESUS e de MARIA CREUZA DOS SANTOS DE JESUS. Ela ajudante de produção, solteira, natural de Pedra AzulMG, nascida no dia 02/06/1988, res. e dom. à Rua Adele Pagetti, 148, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filha de MANOEL MESSIAS PEREIRA DE SOUZA e de ZILMAR BISPO DE SOUZA Protocolo: 253/2011 - JOSÉ CÍCERO DOS SANTOS e LIDIANE SANTOS DE SOUZA. Ele ajudante geral, solteiro, natural de Junqueiro-AL, nascido no dia 11/07/1983, res. e dom. à Rua Josefina Lossaso Pereira Silva, 64, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filho de JOSÉ CIRILO DOS SANTOS e de BENEDITA BARBOSA DOS SANTOS. Ela auxiliar de logística, solteira, natural de Aurelino Leal-BA, nascida no dia 08/04/1984, res. e dom. à Rua Josefina Lossaso Pereira Silva, 64, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de IVAN SICILIO DE SOUZA e de LINDAURA DOS SANTOS (*) Protocolo: 254/2011 - MARCELO CARRIERI DE ABREU FARIA e DEBORAH NASCIMENTO GIANOTTI. Ele empresário, solteiro, natural de Taubaté-SP, nascido no dia 03/02/1983, res. e dom. à Rua Correia Dias, 476, Apartamento 145-B, Bairro Paraíso - São Paulo, filho de MARCO ANTONIO DE ABREU FARIA e de ELIANA OLIVEIRA CARRIERI DE ABREU FARIA. Ela advogada, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 13/06/1984, res. e dom. à Rua Rogério Bertoline, 47, Jardim Califórnia - Bragança Paulista, filha de CLÁUDIO GIANOTTI e de MARIA ELIANA NASCIMENTO GIANOTTI Protocolo: 255/2011 - RAFAEL HENRIQUE RIBEIRO CARDOSO e CARINE APARECIDA DE CAMARGO. Ele motorista, divorciado, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 24/04/1986, res. e dom. à Rua Antonio Carlos Oliveira, 87, Cruzeiro – Bragança Paulista, filho de VALDEMAR APARECIDO CARDOSO e de MARIA INÊS RIBEIRO CARDOSO. Ela vendedora, solteira, natural de Bragança

Paulista-SP, nascida no dia 11/04/1988, res. e dom. à Rua José dos Santos, 100, Jardim Iguatemi – Bragança Paulista, filha de SEBASTIÃO EUZEBIO DE CAMARGO e de MARIA DE FATIMA FERNANDEZ DE CAMARGO Protocolo: 229/2011 - ALAN HENRIQUE DE MORAIS e ALINI MONTINERI VESCO. Ele gestor de logística, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 05/03/1981, res. e dom. à Rua Vereador Vicente de Vita, 26, apartamento 13-B - Jardim São Lourenço, Bragança Paulista, filho de APARECIDO IERVOLINO DE MORAIS e de CLAUDIA LOURDES DE MORAIS. Ela auxiliar administrativo, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 30/08/1983, res. e dom. à Rua Vasco Antonio Ferreira, 80, Jardim Iguatemi - Bragança Paulista, filha de CLAUDINEI DUTRA VESCO e de LEILA HELENA VESCO Protocolo: 260/2011 - FAGNER JEFERSON FREITAS DA SILVA e ELAINE CRISTINA DE AGUILAR. Ele operador de máquina, solteiro, natural de CaieirasSP, nascido no dia 11/04/1985, res. e dom. à Rua José Botinha Maciel, 698, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filho de GERALDO EXPEDITO DA SILVA e de MARIA ELIZABETE FREITAS DA SILVA. Ela operadora de caixa, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 23/12/1985, res. e dom. à Rua José Botinha Maciel, 698, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filha de JOSÉ BATISTA DE AGUILAR e de NAIR DE OLIVEIRA RIBEIRO AGUILAR Protocolo: 266/2011 - DANILO CARDOSO DA SILVA e PAULA CRISTINA PINHEIRO DA SILVA. Ele químico, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 18/11/1980, res. e dom. à Rua Vicente Sabella, 1043, Jardim das Laranjeiras - Bragança Paulista, filho de AVELINO WAGNER DA SILVA e de IRENE APARECIDA CARDOSO DA SILVA. Ela farmacêutica bioquímica, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 01/01/1982, res. e dom. à Rua Cássio Pereira de Andrade, 33, Jardim Parati - Bragança Paulista, filha de ÉDISON APARECIDO PINHEIRO DA SILVA e de SÍLVIA REGINA DE SOUZA SILVA Protocolo: 276/2011 - ALEX DE SOUZA CARDOSO e DHIÉSK MASSURÉGA MACHADO. Ele lavrador, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 14/03/1991, res. e dom. na Chácara Cardoso, Bairro do Couto - Bragança Paulista, filho de CRISTOVÃO CARDOSO e de CLAUDIA DE SOUZA CARDOSO. Ela lavradora, solteira, natural de Nova Tebas-PR, nascida no dia 26/09/1991, res. e dom. no Sítio São Vicente, Bairro do Biriçá do Valado - Bragança Paulista, filha de JULINHO DAVI MACHADO e de APARECIDA DA SILVA MACHADO

Bragança Paulista, 22 de fevereiro de 2011 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br


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