Bragança Paulista
Sexta 11 Março 2011
Nº 578 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para Pensar
EXPEDIENTE
A igreja do Rosário e sua manutenção
E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
MONS. GIOVANNI BARRESE
Interrompo meu relato sobre a viagem a Israel para fazer algumas observações sobre a Igreja do Rosário, em Bragança Paulista. Fui pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, à qual pertence a igreja Nossa Senhora do Rosário, de dez de janeiro de 1982 a oito de dezembro de 2008, quando fui nomeado para assumir a Paróquia de São João Batista em Atibaia. Faço observações sobre a situação da Igreja do Rosário porque tomei conhecimento de dois pronunciamentos sobre ela. O primeiro num folhetim corrosivo de responsabilidade de “joaninhas do toro”. Seu autor é meu amigo de infância. Fomos coroinhas juntos na paróquia de Santa Terezinha. O meu amigo optou, há alguns anos, por interferir na vida da cidade utilizando linguagem muitas vezes ofensiva e chula. Em conversas com ele tentei convencê-lo que poderia fazer crítica muito mais pertinente se usasse outro tipo de abordagem. Ele preferiu ir do jeito que está. Eu já lhe disse – pretensiosamente - que o único jeito de Deus ter misericórdia dele é que eu morra um dia antes para
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fazer a sua apresentação se é que no céu exista QI. Vamos, porém, ao que interessa. Afirmava o “Tita” que poderia haver uma segunda intenção na questão do fechamento da igreja para reforma. Penso que a entrevista do Bispo Diocesano, nestes dias, deve ter esclarecido a questão. O artigo faz referência à antiga catedral. Por questão de gratidão a todos os que trabalharam pela construção da nova catedral devo dizer que, à época da derrubada (1962), não havia tecnologia para o problema que surgiu. Os laudos técnicos, que estão conservados no arquivo da catedral, provam isso. A não ser que se duvide da honestidade dos profissionais contratados e da comissão que coordenava os trabalhos! Outro pronunciamento foi também de um amigo que muito colaborou com a diocese e com a paróquia da catedral. Falo de Zezinho Leme. Ele afirma que “fica claro que houve uma lamentável falta de manutenção ao longo de muitos anos. Com os devidos cuidados os problemas atuais não existiriam”. Além disso, manifesta preocupação sobre quando acontecerá a reaber-
tura do templo (esta questão está respondida na entrevista de D. Sérgio). A afirmação sobre a falta de manutenção não corresponde aos fatos. Logo que chegou à diocese, D. Misiara, bispo diocesano, se viu às voltas com um enorme buraco que se criara por debaixo da torre (ao lado do bar Rosário). Isso a fez pender e abriu rachaduras no teto da igreja. Foram feitos os trabalhos para refazer os alicerces. Foi chamado um pintor italiano, residente em Sorocaba – Bruno de Giusti – para o restauro. Trabalho feito com perfeição e acrescido de pinturas na capela do Santíssimo. Além disso, o barrado em granito conseguido com a ajuda de familiares e amigos. Quando assumi a paróquia tive a sorte de encontrar dois competentes profissionais, já falecidos. Os senhores Toninho Pimentel e Chiquito Leme. Coube ao primeiro trabalhar na substituição do estuque das naves laterais por laje de concreto sem ferir em nada a pintura. Fez, igualmente, as lajes que dão apoio para a subida nas duas torres. E revisava constantemente o telhado e toda a estrutura (em tijolo) que forma
o teto da igreja. Juntou-se a ele, mais tarde o Chiquito. Em 1985 foi feita a reforma total dos vitrais. Há alguns anos se substituiu a massa que prendia os vidros. Já se pensava na possibilidade de trocar os caixilhos para que, mais largos, permitissem a prensagem dos vitrais evitando a deformidade natural que o estanho sofre pela ação do sol. Nos últimos anos assumiu o trabalho de manutenção o Sr. Dirceu de Lima. Seguindo a mesma orientação: revisão constante do telhado, com troca de telhas, verificação do teto, ripas, limpeza de calhas. Acrescente-se a isso a total recuperação do reboco externo. Para reparos na pintura em duas ocasiões os irmãos Prata estiveram executando trabalhos. Não posso esquecer que em muitas ocasiões prestou ajuda o engenheiro Natanael Bádue. Toda a instalação elétrica foi refeita e preparada para a utilização dos nossos dias. O mesmo se diga da hidráulica. Posso afirmar que tudo o que foi possível fazer foi feito. Quando de minha saída da paróquia deixei um relatório, para o pároco que assumiria, apontando sugestões
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
e necessidades que deveriam ter a atenção dali para frente (inclusive a necessidade de trocar a manta de cobertura da catedral) - pela quarta vez - porque o material aguenta dez anos). Isso pode ser também comprovado. Tenho muita gratidão por todos os que ajudaram mais de perto a cuidar do patrimônio construído ao longo da história. Todo mundo sabe, também, que a economia paroquial é sustentada por aqueles que se sentem Igreja. Não há subsídios de outra ordem. Os recursos vêm da própria comunidade. Tomara que os artigos sirvam para comprometer mais gente. Mesmo os que não se sentem igreja, como o meu amigo “Tita”, mas querendo bem a Bragança, todos se unam para que a memória histórica não se perca.
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Como se tornar um líder Curso de Gestão em Pessoas ensina as técnicas
colaboração SHEL ALMEIDA
Gerir pessoas não é uma tarefa fará isso em termos comportamentais. simples. No entanto é preciso O líder, que é o requisitante, fará a estar atento à importância dessa avaliação do candidato tecnicamente.” E função dentro de uma empresa. Ter a ca- completa: “A área de RH vai dar subsídio pacidade de perceber e entender sutilezas ao líder, fornecendo a ele capacitação, da equipe que comanda é função de um além de políticas e processos de RH”. líder, assim como saber qual estratégia Porém, segundo Ingo, o RH ainda exerce melhor funciona dentro de determinada um papel passivo dentro das empresas, situação. São coisas que não se aprendem porque “não é vista como uma área que rapidamente, é preciso maturidade e for- gere lucro”, visão que carece de mudança. mação para conquistar tal capacidade. No “Um gestor também precisa de alguém entanto, Ingo Degenhardt, MBA em Gestão que o oriente, e é aí que entra a necessidade de qualificação”, Estratégica de Pessoas pela FGV e pós-graduado em É perceber o outro, analisa. “Quem entende Desenvolvimento Gerenter a visão do outro, isso está investindo em passar por cima do formação.” A primeira cial pela USF, afirma que ego e da vaidade turma do curso MBA “qualquer pessoa pode aprender a ser líder”. Ingo Consultoria e Gestão Ingo Degenhardt atua há mais de 12 anos de Recursos Humanos, em Recursos Humanos realizado pela Metra e, para ele, os pré-requisitos para se tor- Deorg e pela IDEGERH, conta com 14 nar um bom líder são 80% de técnica e pessoas das mais diversas formações: de 20% de percepção. Entende-se aqui médico, gerente de banco, empresário, como líder, pessoas que exerçam cargos administrador de empresas e até mesde comando, como gerentes ou chefes de mo uma freira. Entretanto todos têm a setor, os quais têm a necessidade de fazer mesma visão de que o curso os deixou com que a equipe que coordena utilize mais maduros em relação ao nível de todo o potencial para se chegar aos bons segurança profissional. “A sala de aula resultados. Desse modo, o curso de Pós- serve para provocar, estimular, e não Graduação MBA Consultoria e Gestão de ensinar. É preciso dinâmica, simulação”, Recursos Humanos, realizado pela Metra afirma Ingo. Deorg e pela IDEGERH, oferece maneiras Flexibilidade para se alcançar tais objetivos. O curso é voltado para profissionais de nível su- Pela experiência, Ingo percebe que o perior que exerçam cargos de liderança curso ajuda a tornar as pessoas mais e coordenação de pessoas, atuem ou flexíveis. “Ter flexibilidade não é perder possam vir a atuar na área de Recursos a personalidade”, afirma. “É perceber o Humanos e/ou Gestão de Pessoas. O outro, ter a visão do outro, passar por objetivo é “desenvolver nos alunos com- cima do ego e da vaidade”, ensina. “O que petências para atuar como Consultor e fazemos é provocar a reflexão, desenvolGestor de Recursos Humanos, com uma ver a capacidade pessoal e gerencial dos visão crítica para analisar e discutir temas alunos”. Ingo também tem formação contemporâneos de RH, alinhando as em psicologia – é graduado e licenciado funções da área às orientações estraté- pela USF com especialização em Recurgicas das organizações”. A coordenação é sos Humanos – e utiliza muito dessa feita pelo próprio Ingo e por Ricardo do vivência no dia a dia. As análises críticas Rego, Mestre em Administração pela e objetivas que faz são fundamentadas Florida Christian University, e MBA em conhecimento e observação. “Quanto executivo da COPPEAD – UFRJ/ George mais rígidos os valores de uma pessoa, maior a dificuldade. Quando esses valores Washington University. se quebram, a pessoa perde o chão”, fala. Qualificação Ele diz que aquele líder que possui um Ingo conta que no decorrer de sua car- comportamento autocrático e impositireira, foi percebendo a necessidade de se vo, que não sabe ouvir os subordinados, formar líderes qualificados, que tenham em geral age assim por não saber como autonomia para escolher as pessoas que fazer, como deve proceder na função de farão parte de sua equipe de trabalho liderança. Para conseguir mudar esse - função, segundo ele, erroneamente modo de agir, ele dá algumas dicas. “O destinada ao RH – e que também seja líder precisa saber ouvir. Para perceber se capacitado para desenvolver essas pessoas. ouviu mesmo o que o outro disse é preciso “Esses são papéis de um líder”, afirma não interromper o discurso e conseguir e explica melhor: “É o líder quem faz a definir o que foi dito, com suas palavras”. gestão. O psicólogo, quem geralmente E completa “Entender o que o subordinado avalia os candidatos a determinada vaga, pensa”. Outra dica importante é buscar
Ingo Degenhardt tem 12 anos de experiência em Recursos Humanos e vê a necessidade de se formar líderes qualificados
Depoimento: “Posso dizer que superei minhas expectativas quanto ao curso, os professores todos muito capacitados, tiveram a preocupação de nos trazer técnicas para serem utilizadas em nosso dia a dia que foram muito importantes. Tivemos um alinhamento entre saber o que é e saber como fazer, o que fez uma grande diferença !!!!” Solange Straci, administradora de empresas informações e aperfeiçoamento. “Ler revistas como Você S/A, Exame, e saber que faculdade não ensina como gerenciar pessoas”. Nesse sentido Ingo explica que uma das tarefas mais importantes do curso é a produção de um relatório. Mesmo sendo algo pouco agradável, faz com que a pessoa faça um autoreflexão. “Os alunos também trabalham em grupo, com práticas de simulação. As análises são quantitativas e qualitativas”, afirma.
De todas as lições dadas por Ingo, a mais importante é a seguinte: “Tratar as pessoas como gostaria de ser tratado”. “Os crachás, por exemplo, são símbolo de que alguém se preocupou com quem você é. Chamar uma pessoa pelo nome faz com que ela se sinta valorizada.” E finaliza: “As pessoas reconhecidamente como sendo do bem são as humildes. Para mim, o indicador de evolução do ser humano é a humildade.”
Para os interessados, os inícios da aula para nova turma serão dia 19 de março. O curso Pós-Graduação MBA Consultoria e Gestão de Recursos Humanos, realizado pela Metra Deorg e pela IDEGERH, dura 15 meses, sendo 12 meses de disciplina e 03 de desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. Acontece em 03 sábados do mês, das 8h às 17h20. As aulas, sempre presenciais, são ministradas no Centro Educacional Porto, na Av. Antonio Pires Pimentel, 2.132, Centro, Bragança Paulista. Para mais informações ligue 11 9415.3035 ou acesse o site: www.metradeorg.com.br/mbarhbraganca
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Seus Direitos e Deveres
Direito de vista dos avós aos netos GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA / GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA
Cada vez mais, a complexidade da sociedade exige esclarecimento de questões polêmicas. Assuntos como: direito do consumidor, comércio via internet, direito de família, nova lei da falência para pequenas empresas, entre outras demandas sociais, são motivo de dúvidas e necessitam de aconselhamento adequado. Em todos estes casos, o profissional capaz de oferecer esses esclarecimentos é o advogado. (“A imprensa é o dever da verdade.” Rui Barbosa). Juristas do passado como Rui Barbosa e Miguel Reale, utilizavam a publicação de artigos em jornais de circulação nacional para defender posições políticas ou teses jurídicas, realizando um memorável trabalho de utilidade pública. A divisão de conhecimento, visando a sua multiplicação, nada mais é do que um grandioso gesto de solidariedade. Essa solidariedade tão desejada e aclamada pelos membros de uma sociedade muitas vezes é asfixiada por uma ambição desmedida. O que se passará a fazer, mais uma vez, nesse “solidário” espaço é exatamente isso, dividir conhecimento e por conseqüência somá-lo, praticar o nobre sentimento de solidariedade que tanto engrandece o homem. Pois bem, tratar-se-á de um tema que, com a evolução e alteração do comportamento da sociedade, passou a exigir a atenção do legislador. Antes de adentrar ao tema, pede-se licença para se esclarecer um ponto importante. O que são as leis? As leis concretizam as medidas exigidas pelos membros de uma sociedade para que possam viver em harmonia. É por esta razão que de tempos em tempos se ele-
ge pessoas que, representando o povo no Poder Legislativo, são responsáveis por editar leis capazes de regulamentar o que de novo está acontecendo na sociedade. Não se discute que o comportamento humano tem se alterado em uma velocidade inimaginável há tempos atrás. Por esta razão novas leis devem ser editadas e leis ultrapassadas devem ser revistas. É o que, felizmente, se tem verificado na República Federativa do Brasil. Novas relações, novos acontecimentos, fatos atuais, vem sendo regulados pelos legisladores. Fazendo jus a sua finalidade o Congresso Nacional, atualmente, está tratando sobre temas de grande importância social, dentre eles o direito dos avós visitarem os netos. As relações entre casais que se formam sob o manto do casamento ou mesmo da união estável, hoje, pode-se afirmar, são cada vez mais efêmeras. Resultado da “vida moderna” em que o tempo livre é exíguo e deve ser ocupado com muito trabalho, pois, ganhar dinheiro para satisfação das necessidades materiais vem se tornando prioridade. O rompimento dos laços afetivos entre marido e mulher ou ainda seu sequer surgimento, pode acarretar muitos prejuízos aos filhos que nascem desta relação. A falta de afeto e respeito entre o casal pode nutrir um sentimento, muitas vezes não identificado, de egoísmo, retirando dos filhos o direito de conviver com os membros de sua família, compreendendo não apenas o outro genitor, quem não detém a guarda do menor, mas também os avós. Não se discute que muita alegria há em ser avó ou avô, “ser mãe ou pai duas vezes”, como se diz por ai. E, sem
dúvida, delicioso é, ser neto. Guardar na memória todas as ocasiões em que recebeu o carinho dos avós e teve o privilégio de saborear a sua, conquistada ao longo do tempo, sabedoria. Podendo-se afirmar que a manutenção da organização familiar pelos avós, constitui um importante modelo aos filhos desta sociedade atual tão cheia de efemeridades. O direito de visita dos avós, contudo, não está expressamente consignado em nosso ordenamento jurídico. Entretanto, tanto a doutrina como a jurisprudência confirmam que ele se funda na solidariedade familiar e nas obrigações resultantes do parentesco. A Constituição Federal de 1988, no artigo 227, dispõe que constitui dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, dentre outros direitos básicos, o direito à “convivência familiar e comunitária. No mesmo sentido prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 16, inciso V, no capítulo III, sob a rubrica “Do direito à convivência familiar e comunitária”. Visando o reconhecimento deste direito muitos avós ingressam com ações perante o Poder Judiciário. As demandas desta natureza estão crescendo, a cada dia, fato que não poderia passar desapercebido pelo legislador. No dia 02 (dois) de março deste ano a Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei n.o 4486/01, de iniciativa do Senado Federal, que modifica o Código Civil para conceder, expressamente, aos avós o direito de visitar os netos nos casos em que os pais não convivam sob o mesmo teto. O projeto agora precisa receber a sanção da Presidenta da República para que torne lei e ganhe
validade e vigência. Sem dúvida trata-se de um grande passo, apesar de mesmo com a vigência da nova lei continuar sendo necessário o ingresso de ações perante o poder judiciário, quando o direito de visitas dos avós estiver sendo desrespeitado por aquele detém a guarda do menor. Contudo, não será mais preciso digressões doutrinárias para se lograr o seu reconhecimento pelo órgão do Poder Judiciário, sendo que tal concessão não ficará a critério do entendimento do órgão julgador, mas será a concretização de uma determinação legal. Há de se ressaltar, entretanto, que o juiz poderá negar o direito de visita ao avô que não consiga garantir à criança ou adolescente um desenvolvimento adequado. O maior interesse nessa relação será sempre o do neto, criança ou adolescente que pode ser entendidos, sob o enfoque aqui abordado, como pessoas em processo de desenvolvimento. Muitos avanços tem se verificado no campo legislativo, todos voltados para o bem estar das pessoas que vivem em sociedade e por conseqüência para a sua prevalência, como modelo ideal de convivência humana. O trabalho dos representantes do Poder Legislativo está sendo concluído, mais uma vez, resta agora aos destinatários da lei à sua observância. O que sem dúvida tronar-se-á possível a partir do momento em que todos dela tomarem conhecimento e entendimento. Até a próxima!
Gabriela de Moraes Montagnana Gustavo Antônio de Moraes Montagnana
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Casa & Reforma
Crédito aprovado no estande nem sempre é liberado Financiamento avalizado por bancos antes da venda de imóvel na planta pode ser negado no pós-chaves
por PATRÍCIA BASILIO/FOLHAPRESS
Quem compra imóvel na planta geralmente o financia em duas etapas. Na primeira, durante a fase de obras, paga as parcelas diretamente à construtora ou à incorporadora do empreendimento. Na segunda, após a entrega das chaves, é preciso contratar um financiamento bancário. Para minimizar o risco de não conseguir esse crédito com os bancos, eles começam a ser envolvidos na transação desde o início. Nos estandes de venda, além de simular o financiamento do imóvel, construtoras analisam em parceria com os bancos a capacidade financeira do comprador. “Em uma hora o cliente sabe se tem condições de obter um financiamento”, destaca Rodrigo Gordinho, diretor comercial da CrediPronto, parceria do banco Itaú e da imobiliária Lopes. A pré-aprovação, porém, não assegura a liberação do crédito quando o imóvel fica pronto. A renda do cliente, por exemplo, pode mudar. “A construtora deve alertá-lo sobre esse risco”, avisa Renata Reis, supervisora da área de habitação do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). Dados do órgão apontam que o número de contratos rescindidos de imóveis novos subiu 23% de 2007 a 2010 na capital paulista;as vendas caíram 1,6% no período, de acordo com o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário). “As reclamações mais comuns são as de quem não consegue o financiamento ou tem o padrão financeiro reduzido e não pode arcar com as parcelas”, diz Reis.
Taxa ilegal
A parceria de um banco com a construtora pode dificultar a vida do mutuário que quer financiar o bem com outra instituição financeira.
FOTO: ISADORA BRANT/FOLHAPRESS
Nesse caso, é comum a imobiliária cobrar dele a chamada taxa de interveniência. “Ela é ilegal e chega a custar R$ 3.000”, adverte Reis. O engenheiro Fabio Prosdocimi, 54, financiou um imóvel na planta com o banco parceiro da imobiliária, mas antes pesquisou “todas as instituições bancárias”.
Mutuários podem questionar a taxa de interveniência
Advogados, órgãos de proteção ao consumidor e associações de mutuários consideram abusiva a taxa cobrada de compradores que não querem optar pelo financiamento do banco parceiro da empresa vendedora. De acordo com Alexandre Soares, advogado da ABMH-SP (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), o consumidor tem o direito de financiar o imóvel com a instituição financeira que achar mais conveniente. “A cobrança da taxa de interveniência será abusiva mesmo se estiver presente no contrato. O consumidor poderá exigir [na Justiça] o dobro do valor pago se tiver todos os comprovantes”, destaca o especialista. Entidades do setor imobiliário, no entanto, discordam dessa posição. “A taxa pode ser cobrada quando está no contrato. Ela só é ilegal quando não está registrada”, diz João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato de empresas do setor imobiliário). Claudio Borges, diretor da área de crédito imobiliário do banco Bradesco, afirma que a taxa existe devido aos custos da transferência. Ele afirma que a cobrança é feita apenas às incorporadoras. “A gente respeita a decisão do cliente, mas sempre tentamos convencê-lo de que o banco parceiro do empreendimento é melhor”, afirma.
Repasse
Elas, por sua vez, costumam repassar esse
Fabio Prosdocimi, em sua casa nova. Fabio comprou este apartamento na planta, em Santo Amaro, financiado pelo Itau, banco que fez parceria com a construtora Komaco. Apesar de a parceria ja ter sido firmada com a construtora, ele consultou outras tarifas, comparou e analisou antes de tomar a decisão
custo aos clientes. O repasse se dá porque a obtenção de documentos, como certidões negativas de débito, exige taxas altas e é muito burocrática para a empresa, afirma Rodrigo Lona, diretor-geral da construtora Plano e Plano. “Temos de baixar a hipoteca do imóvel e levantar a documentação. Em alguns casos a taxa não é cobrada; em outros, chega a R$ 2.000.” Quando comprou um imóvel novo na Mooca (zona leste) há dois anos, a analista de sistemas Edilene Gazoni, 42, funcionária de um banco, não quis financiar o apartamento pela instituição que era parceira da construtora. “A empresa exigiu uma taxa de R$ 1.800”, conta. “Briguei por seis meses até eles cancelarem a cobrança.”
Rescisão
Outra taxa bastante contestada pelos mutuários é a de rescisão do contrato de compra e venda do imóvel. Em imóveis na planta, ela é cobrada geralmente quando o consumidor não consegue o financiamento pós-chaves e desiste do negócio. Para Soares, da ABMH-SP, se o financiamento for recusado por culpa da construtora -se a incorporação não for regularizada, por exemplo-, o mutuário terá direito a receber toda a entrada de volta. “Caso contrário, o consumidor deve arcar com uma multa que vai de 10% a 20% do valor pago. Uma cobrança superior a essa é considerada abusiva”, analisa.
Construtoras renegociam crédito negado
Se o financiamento for negado pelo banco, uma alternativa é negociar uma solução diretamente com a construtora, frisa Eliana Florindo, gerente financeira da Living, braço da construtora Cyrela. “Como, em geral, o mutuário paga até 30% do imóvel no pré-chaves, ele tem a opção de devolver a unidade, revender ou fazer um contrato diretamente conosco”, diz. Cristiano Machado, diretor-executivo da Brookfield, afirma que, em caso de uma perda brusca de renda, tenta-se “sempre chegar a um acordo”. No caso de um consumidor com bom histórico de pagamento, por exemplo, o valor devido e as condições de pagamento podem ser redefinidos. Nem todas as empresas, porém, aceitam a negociação direta -caso da Plano e Plano. Nessas condições, o mutuário precisa se desfazer da unidade.
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Teen
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Jovens peregrinos
Artistas promissores viajam para angoulême, uma espécie de meca dos quadrinistas que querem desenhar para a frança por ENVIADO ESPECIAL A ANGOULÊME (FRANÇA)/FOLHAPRESS
A italiana Marina Castelvetro, 22, corre até as amigas com lágrimasnosolhos,segurandoum cartãozinho nas mãos. E fica quieta. “Fala logo!”, elas imploram. Então, ela solta: “Consegui um contrato com a Soleil!”. Começam os gritinhos. Marina é um dos jovens sortudos que, ao peregrinar para a feira de Angoulême, consegue voltar para a casa com seu próprio Santo Graal: um trabalho para o concorrido mercado franco-belga. No caso da garota, o contrato é para desenhar para a editora Soleil, importante por ali. Ela ainda não sabe quanto vai receber, mas não parece preocupada com isso. “Nunca imaginei que isso aconteceria comigo!”, grita. Marina seguiu o procedimento padrão dos jovens que querem desenhar para editoras do mercado francês. Ela levou seu portifólio até o evento e encarou filas de até uma hora para falar por dez minutos com um editor. Arranjar trabalho é a esperança de muitos, mas é também um acontecimento raro. “O editor disse que desenho bem”, conta a italiana Carlotta Bruschi, 22. A conversa ficou só no elogio e tchau. Já Eleonora Tofani, 22, veio com as amigas conhecer a feira e preparar-se para o ano que vem. A aventura envolveu 20 horas de ônibus de Florença (Itália) até o oeste francês. “Você precisa vir para Angoulême se realmente quiser desenhar para a França”, afirma. “O mercado na Itália é muito, muito ruim.” Xiao Tchang, 23, diz o mesmo da Suíça, onde vive. “Nunca ouvi falar de HQs suíças! Para trabalhar, precisamos ir para outros países. E a indústria está na França.” Foram dez horas de trem para Tchang, e ele voltou apenas com o conselho de prestar mais atenção ao tamanho dos quadrinhos. “Mostrar desenhos durante o evento é um caminho”, palpita o veterano Yoann, 39, que desenha a revista “Spirou”, um clássico francês. “Mas é sempre uma luta!” Para Olivier Perrard, diretor da Dupuis (uma das maiores editoras europeias), não existe preferência por nenhuma nacionalidade na hora de escolher os artistas. “Optamos pela qualidade. Brasileiros têm
FOTO: DIOGO BERCITO/FOLHAPRESS
Marina Castelvetro, 22, comemora contrato com editora europeia na feira de Angoulême
tanta chance quanto franceses.”
“O mercado era mais selvagem, havia mais chances para jovens”
Se você quiser decorar apenas um nome de artista de quadrinhos franceses, memorize o de Moebius. Esse é o apelido de Jean Giraud, 72, autor de clássicos como “Blueberry” e “Incal”. Sentado pacientemente diante da fila que não deu trégua nos quatro dias de festival, à espera de autógrafos dele, Moebius falou à Folha sobre o início de sua carreira. “Eu tinha 15 anos quando publiquei minha primeira tirinha”, diz. “O mercado era mais selvagem, mais aberto, havia mais possibilidades para jovens desenharem.” Com a profissionalização do setor, afirma, as
portas se fecharam a talentos precoces como o dele próprio. “Hoje o nível de exigência é maior. É quase impossível um adolescente ser um profissional no mercado de HQs.” Passados os desincentivos, Moebius dá dicas aos aspirantes a quadrinista. “Desenho para mim mesmo. Tenho cadernos só para rascunhos”, diz. Outra sugestão é prezar a variedade. “É interessante mudar o estilo do traço, explorar possibilidades.”
pela Companhia das Letras “JAM” INDICADO AO PRÊMIO DE MELHOR REVISTA INDEPENDENTE Vários (org. Edu Mendes) Revista brasileira lançada neste ano por Edu Mendes, que havia sido indicado em 2010 na mesma categoria
“TOUTE LA POUSSIÈRE DU CHEMIN” VITRINE DE GIBIS INDICADO AO MELHOR ÁLBUM “ASTERIOS POLYP” Wander Antunes e Jaime Martin PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Editora Dupuis David Mazzucchelli O gibi, com roteiro do brasileiro Wander Editora Panteon Antunes, conta as viagens de Tom pelos História de um professor e arquiteto grego EUA durante os anos 30. Os desenhos ficam que larga sua vida e passa a trabalhar como por conta do espanhol Jaime Martin. mecânico. Deve chegar ao Brasil neste ano, Inédito no Brasil
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Comportamento
Limites têm limite?
Livro defende método “mãe tigre” para transformar crianças em “gênios” e encontra público entre pais que não sabem o que fazer para impor disciplina e cobrar resultados dos filhos por IARA BIDERMAN/FOLHAPRESS
Chame seu filho de lixo quando ele fizer algo que você desaprova. Exija que nunca tire menos do que nota dez no boletim. Proíba que participe de atividades recreativas, a não ser que ganhe uma medalha por isso. E que seja a de ouro, claro. É uma lista desse tipo (mais itens daqui a pouco) que explica por que os chineses conseguem criar filhos excepcionalmente bem-sucedidos na escola e na carreira, segundo Amy Chua, norte-americana descendente de chineses e professora de direito na Universidade Yale. A autoridade para falar da educação de crianças vem da experiência própria. “Eu posso dizer [o que fazem esses pais para produzir tais talentos] porque eu fiz com minhas filhas”, afirma Chua na introdução de seu livro “Battle Hymn of the Tiger Mother” (“Grito de Guerra da Mãe Tigre”, Penguin Press). No decorrer do livro, ela não poupa exemplos dos triunfos das meninas, Sophia, 18, e Louisa, 15, o que justificaria suas teses. Se a eficácia do método de educar filhos gera muita controvérsia, a estratégia de marketing foi definitivamente bem-sucedida. A editora do livro negociou com o “Wall Street Journal” a publicação de um extrato do livro, devidamente bombástico, três dias antes do lançamento, no início deste mês. Quando o livro foi posto à venda, já havia mais de 5.000 comentários sobre a matéria na internet. Ninguém precisa ser gênio para saber que se tornou um best-seller instantâneo -apesar das fragilidades do livro ao tratar uma questão crucial. A dificuldade de disciplinar, impor limites e cobrar os filhos é uma das grandes preocupações atuais, e as declarações de Chua tocam em um nervo sensível dos pais. Afinal, se a abordagem flexível e mais complacente não está dando certo, será que a rigidez extrema é a solução?
Exemplos vazios
O problema é que nem os exemplos servem para algo -a não ser que ameaçar queimar bichos de pelúcia se a filha não praticar seis horas de violino ou ter dinheiro para contratar os melhores violinistas do mundo para aulas particulares sejam “métodos” reproduzíveis. “Do ponto de vista científico, ninguém pode estabelecer opiniões utilizando os próprios filhos como exemplo. É um princípio básico”, diz o psiquiatra e psicanalista Wagner Ranña, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, Ranña afirma que a educação é focada no sujeito, não em um parâmetro massificado (e provavelmente estereotipado) como o modelo chinês. Que por seu lado, também pode se tornar um pesadelo para os pais. Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA mostrou que o risco de suicídio entre universitários é duas a três maior nos descendentes de asiáticos. Estudiosos do fenômeno apontam a pressão por desempenho como uma das maiores causas. Para a educadora Gisela Wajskop, presidente do Instituto Superior de Educação Singularidades, o modelo até pode dar certo, dependendo de quem você quer formar. “Essa discussão casa muito bem com uma geração de pais que quer saber como cuidar dos filhos sem ter tempo e como fazer com que o filho tenha tanto sucesso quanto eles, ou mais.” A psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão lembra que escolhas como só estudar ou treinar um instrumento e tirar o tempo de brincar ignoram a criança no presente e jogam todas as fichas em um futuro que ninguém garante que vai acontecer. “Qualquer tipo de educação tem limites, que podem ser mais estreitos ou alargados. Mas educar significa colocar na vida, investir pesadamente em valores, socialização, virtudes e aprender a sobreviver ao fracasso.” Wajskop, que se considera meio “linha-dura”, diz que dá mesmo muito trabalho. “Sou a favor
da disciplina, mas não dá para seguiressediscursosempensar. Criança não é cachorro, nem sempre dá certo.”
Sem chão
Contenção, responsabilidade, organização e treino são pontos essenciais na educação, diz Wajskop. “A sociedade e as escolas estão experimentando formas de lidar com isso, mas ainda estão sem chão.” Não há receita pronta. “As pessoas querem acreditar que alguns livros vão dar isso, mas eles só criam fumaça”, diz a psiquiatra Maria Conceição do Rosário,professoraassociadado Centro de Estudos da Criança da Universidade Yale. Em sua defesa, Amy Chua diz que não se propôs a escrever um manual de como educar as crianças. Esqueceu-se de combinar isso com a editora, que imprimiu em cores marcantes na contracapa da edição norteamericana “Como ser uma mãe tigre”. A autora afirma que sua intenção foi escrever um livro de memórias. Para quem gosta do gênero, um aviso: Chua não tem “mão pesada” só na educação das filhas, mas também no estilo. O resultado é equivalente a passar duas horas ouvindo uma amiga falar sem parar de todos os prodígios dos filhos sensacionais (dela). Tudo isso torna mais digna de nota a estratégia de marketing, milimetricamente controlada. Por exemplo, a autora não concedeu entrevista à Folha porque, como escreveu sua agente literária, só falará com os jornalistas quando o livro for lançado no Brasil, no segundo semestre. Será que todo o barulho em torno da “mãe tigre” continua até lá?
Mães chinesas sonham com filhos em Harvard por FABIANO MAISONNAVE DE PEQUIM
Assistidas por dois monitores, crianças a partir de dois anos se divertem com telas interativas onde pululam Branca de Neve, Mickey, sereias e outros personagens da Disney. Mas não se trata de um parque temático, e sim da sala de aula de uma das escolas de inglês montadas pelo grupo americano na China. É difícil imaginar as filhas da Amy “mãe tigre” Chua numa aula assim, mas o programa educativo Disney já convenceu milhares de pais chineses, cada vez mais interessados nos métodos pedagógicos americanos. Depois de começar com apenas uma unidade em 2008, as escolas da Disney já têm 19 filiais, onde são comuns listas de espera. A rede só não é maior por falta de mão de obra. A Disney é popular principalmente em Xangai, onde tem 11 unidades. A cidade mais rica da China apareceu em primeiro lugar no Pisa, o exame que avaliou alunos de 15 anos de 65 países em matemática, leitura e ciências. Os EUA ficaram em 15º, e o Brasil, em 53º. O ensino superior dos EUA também atrai a China: é o país que mais manda alunos para as universidades americanas. No ano letivo de 2009-2010, havia 128 mil universitários chineses por lá, aumento de 30% em relação ao ano anterior. Esse contingente inclui a filha de Xi Jinping, o mais provável sucessor de Hu Jintao como dirigente máximo do país. Hoje, ela estuda na Universidade Harvard.
Pressão por sucesso
Mas a atração pela educação americana, fruto da abertura econômica e do maior acesso à informação, não significa que os pais chineses deixaram de pressionar os filhos como Chua. Ao contrário, a expectativa de sucesso é ainda
maior na atual geração, em que predominam os filhos únicos, os “pequenos imperadores”. Um estudo do Centro de Comunicação da População da China mostra que 84% dos estudantes de ensino médio estão deprimidos e estressados. E quase metade dos alunos do ensino fundamental sente vergonha após ouvir críticas de pais e professores. Para Melinda Liu, correspondente em Pequim da revista “Newsweek”, os pais chineses querem
conciliar o desejo de sucesso de sua prole com formas de aumentar as oportunidades para a criatividade e a individualidade. “Muitos jovens chineses lamentam que não haja um Bill Gates da China. (...) As mães chinesas gostariam de enviar seus filhos para Harvard. Em outras palavras, a chave para o sucesso é vista como um híbrido de Oriente e Ocidente -pelo menos quando vista do lar das “mães tigres’”, escreveu Liu.
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Antenado
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Vargas Llosa escreve bom livro, mas se repete e perde viço Em ‘O Sonho do Celta’, peruano vencedor do Nobel ficcionaliza vida do aventureiro irlandês Roger Casement
por DANIEL BENEVIDES/FOLHAPRESS
Mario Vargas Llosa poderia ter ganho o Nobel há décadas, quando lançou ‘Tia Julia e o Escrevinhador’ (1977), ‘Conversa na Catedral’ (1969) e ‘Pantaleão e as Visitadoras’ (1973). Teria sido justo. De lá para cá, os livros continuam ótimos, mas parecem ter perdido parte da graça _ou do viço. Talvez por ele continuar um escritor extemporâneo permanentemente preso aos códigos do realismo no século 19. Flaubert é seu norte e nada lhe faltará. O que é uma qualidade e um problema. Poucos hoje contam melhor uma história _com começo, meio e fim_ do que o peruano. E, no entanto, ao terminar a leitura de ‘O Sonho do Celta’, seu novo romance, previsto para ser lançado no Brasil em maio, a sensação é de que algo se perdeu no caminho. Há momentos empolgantes, e o personagem central não poderia ser melhor. Mas tudo parece um tanto pedestre, sem epifanias ou lances de imaginação, por mais que o entusiasmo de Llosa seja evidente em cada linha. Basicamente, o livro conta a história de Roger Casement (1864-1916), personagem real e romanesco por excelência, herói nacional da Irlanda e grande defensor dos direitos humanos. Suas denúncias no Congo belga e em Putumayo, no Peru, foram essenciais para o desbaratamento do cruel sistema colonial, pelo qual negros e índios eram escravizados, mutilados e mortos para melhor servir à exploração da borracha. Llosa foi a cada lugar por onde Casement passou, pesquisou documentos e conversou com parentes e especialistas. O resultado de tanta aplicação dá o tom do livro, jovial, mas eminentemente biográfico, com poucos rasgos ficcionais. Fascinado por Casement, Llosa parece não querer trair sua memória em troca de liberdade criativa. Em alguns trechos, sente-se o peso da fidelidade aos fatos, como se tudo devesse ser dito, detalhe
a detalhe, em sequência por vezes previsível. Não é o caso do encontro de Casement e Joseph Con- rad (1857-1924), quando este era capitão de navio e explorava os rios no Congo. Ambos veem a África como um lugar desumanizador, mas de formas distintas. O foco de Casement, a princípio devoto da missão civilizadora da colonização, estava nos nativos. Sua descrição dos castigos e assassinatos cometidos em nome do lucro e de Leopoldo 2º, rei da Bélgica, é de deixar o estômago embrulhado. O mesmo se dá em Putumayo, em que os capangas da Peruvian Amazon Company torturavam e matavam índios por tédio. Casement encara os malfeitores armado apenas com a consciência. Mas sua vida se complica quando volta à Irlanda e tenta um acordo com os alemães, em plena Primeira Guerra, como forma de enfraquecer o poderio inglês durante o Levante separatista de Páscoa de 1916. O desastroso plano para tirar a Irlanda do domínio inglês é incompreendido por boa parte dos próprios irlandeses, cujos filhos lutavam no exército britânico. Condenado à forca, Casement ainda teve de lidar com a reação furiosa à descoberta de seus diários, nos quais supostamente admite atos de ‘perversão’ sexual. Habilidosamente, Llosa não corrobora a calúnia, mas não se desfaz da ambiguidade do personagem. E trata os escritos íntimos de seu herói como fantasias de um desejo febril. É quando o livro, bom, envolvente, mas pouco ousado, sai um pouco do chão. O SONHO DO CELTA AUTOR Mario Vargas Llosa EDITORA Alfaguara (importado) QUANTO a definir (454 págs.); lançamento previsto para maio AVALIAÇÃO bom
FOTO: DANIEL MARENCO/FOLHAPRESS
O escritor peruano, Mario Vargas Llosa
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Informática
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&
Tecnologia
Guerra de preços da banda larga Em promoções, operadoras oferecem mais velocidade por valores menores
por RAFAEL CAPANEMA/FOLHAPRESS
Está cada vez mais barato navegar em alta velocidade. Em São Paulo, por cerca de R$ 100 mensais, é possível assinar planos de banda larga fixa na faixa de 10 Mbps _com essa velocidade, em condições ideais, baixa-se uma música de 5 Mbytes em cerca de quatro segundos e um filme de 1 Gbyte em pouco mais de 13 minutos. Em 1999, um plano de 512 Kbps, em que baixar aquele filme levaria cerca de quatro horas, custava cerca de R$ 4.000 mensais. Hoje, essa velocidade é considerada ‘popular’ e comercializada a menos de R$ 30 por mês. Em promoções, as operadoras parecem buscar constantemente superar umas às outras em velocidade. Em junho de 2010, o Virtua anunciou o plano de 10 Mbps por R$ 119,90, valor semelhante ao cobrado à época por 8 Mbps no Ajato, que pouco depois lançou 16 Mbps na mesma faixa de preço durante uma promoção. ‘A banda larga no Brasil é um serviço com uma demanda altíssima e que está cada vez maior’, afirma Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, responsável pelo Virtua. ‘Essa escala faz com que os preços da tecnologia dos equipamentos necessários para oferecer o serviço caiam’, diz Carvalho. O aumento contínuo de velocidade é relacionado ao ritmo do desenvolvimento dos aplicativos e dos conteúdos de internet que demandam cada vez mais banda, segundo Fabio Bruggioni, diretor-executivo residencial da Telefônica, responsável pelo Speedy e pelo Ajato. Para evitar que usuários mais famintos sobrecarreguem sua rede, o Virtua tem franquias de consumo _em um plano de 5 Mbps, por exemplo, pode-se trafegar até 50 Gbytes por mês (cerca de 10 mil músicas). Se superar esse valor, o usuário tem a velocidade reduzida até o final do mês corrente. Carvalho afirma, porém, que a quantidade de clientes que extrapolam esse limite é ‘quase desprezível’ e que essa política é um dos fatores que fazem com que, segundo ele, ‘haja a percepção de que a Net oferece o melhor serviço’. Já o Speedy e o Ajato não têm franquia de consumo _um ‘diferencial competitivo’, de acordo com Bruggioni, que diz não haver planos de adotar a prática. Embora geralmente ofereça velocidades maiores, mais estabilidade e menor preço por Mbps, em 2010 a banda larga fixa foi superada em 51,5% pelo serviço móvel _em muitas regiões não atendidas pela banda larga fixa, o 3G é a única opção.
Dentro de pacote, preço de plano é menor
Em pacotes que incluem TV por assinatura e telefonia, o valor mensal dos planos de banda larga fixa é ainda menor. No Virtua, por exemplo, o plano de 10 Mbps sai por R$ 69,90 mensais dentro de um combo com TV em alta definição (fora do pacote, a banda larga custa R$ 129,90 mensais). ‘Quando o cliente contrata mais produtos na cesta, temos ganhos porque o técnico que vai instalar é o mesmo, o operador que vai fazer o atendimento é o mesmo e a rede fica mais bem utilizada’, afirma Márcio Carvalho, da Net. ‘Buscamos fazer com que esses benefícios que a Net têm se transfiram ao consumidor, para que ele também tenha vantagem ao contratar tudo junto.’ As operadoras, porém, são proibidas de condicionar a assinatura dos planos de banda larga fixa à contratação de outros serviços, em prática conhecida como venda casada. Também são comuns as promoções em que as primeiras mensalidades são mais baratas. O Ajato, por exemplo, chega a oferecer a velocidade de 30 Mbps por R$ 99,90 mensais nos seis primeiros meses. Depois disso, o valor quase dobra, indo para R$ 189,90.
Evite as armadilhas da alta velocidade
Antes de optar por oferta de banda larga fixa, leia atentamente o contrato e rejeite tentativas de venda casada. Caso tenha problemas, cliente deve procurar empresa; se não houver solução, é necessário formalizar reclamação. Velocidade de navegação menor do que a contratada, erros de cobrança, falhas de acesso e tentativas de venda casada estão entre as principais reclamações sobre serviços de banda larga fixa registradas no Procon-SP, de acordo com a assistente de direção da instituição, Valéria Cunha. Se tiver problemas, o consumidor deve procurar a empresa. Caso não consiga uma solução, deve formalizar uma reclamação em um órgão de defesa do consumidor ou na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Má qualidade Mesmo se estiver em período de fidelização, o consumidor pode cancelar um serviço de banda larga fixa sem pagar multa, caso ele apresente má qualidade, de acordo com o Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor). Se o serviço ficar indisponível por alguns dias durante o mês, o valor proporcional ao período sem acesso deve ser abatido da assinatura, segundo o Procon. Se a velocidade da navegação for menor do que a contratada, também deve haver desconto. Venda casada A prática de venda casada é vedada pela lei. ‘Às vezes, a pessoa só quer o serviço de banda larga, mas a operadora tenta empurrar o pacote de telefone, TV por assinatura e acesso à internet’, afirma Cunha. Aluguel de modem Se quiser, o consumidor pode comprar o modem de acesso em vez de alugá-lo. Segundo o Idec, é ‘abusiva e ilegal’ a prática de só oferecer acesso mediante aluguel do aparelho. Provedor de acesso Não é necessária a contratação de provedor para assinar um plano de banda larga, afirma o Idec. Traffic shaping Conhecida como ‘traffic shaping’, a prática de limitar a velocidade de certos serviços, como os de compartilhamento de arquivos por BitTorrent ou eMule, é irregular, segundo Cunha. ‘Quando você adquire o serviço, a operadora deve assegurar a velocidade para qualquer tipo de execução que você faça no sistema’, diz. Plano mais barato Se o consumidor se deparar com uma promoção para novos assinantes com valor mensal menor do que ele paga, pode solicitar o cancelamento e uma nova assinatura, desde que não esteja em um período de fidelização previsto no contrato, de acordo com Cunha. Orientações gerais Cunha recomenda que o consumidor verifique o contrato antes de finalizar a compra, observe eventuais condições de fidelização e guarde anúncios publicitários, já que as empresas são obrigadas a cumprir o que anunciarem.
Direitos do consumidor
Em caso de problema com o serviço de banda larga fixa, procure a empresa Se não obtiver a solução, formalize a reclamação em um órgão de defesa do consumidor ou na Anatel PROCON Telefone: 151 www.procon.sp.gov.br ANATEL Telefone: 133 www.anatel.gov.br
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 23 de fevereiro a 1 de março de 2011 foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 275/2011 - JACINTHO SOARES SOUZA LIMA e CHRISTINY EMMANUELLE GABRIEL BONASSA. Ele médico, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 05/11/1980, res. e dom. à Avenida Dom Pedro I, 140, Apartamento 102, Taboão - Bragança Paulista, filho de JACINTHO SOARES SOUZA LIMA JUNIOR e de VERA RIBEIRO SOUZA LIMA. Ela médica, solteira, natural de Rio das Pedras-SP, nascida no dia 06/03/1979, res. e dom. à Avenida Dom Pedro I, 140, Apartamento 102, Taboão - Bragança Paulista, filha de ANTONIO HENRIQUE BONASSA e de FÁTIMA APARECIDA GABRIEL BONASSA Protocolo: 276/2011 - ANDRE LUIZ TOZETTO e ISABELA BONUCCI PIN. Ele oceanógrafo, solteiro, natural de Ponta Grossa-PR, nascido no dia 01/06/1981, res. e dom. à Alameda Dinamarca, 144, Jardim Europa – Bragança Paulista, filho de LUIZ ALBERTO TOZETTO e de ZULEIKA APARECIDA TOZETTO. Ela psicóloga, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 26/07/1985, res. e dom. à Alameda Dinamarca, 144, Jardim Europa – Bragança Paulista, filha de JOSÉ CÁSSIO FELICI PIN e de ROSANA XIMENES BONUCCI PIN Protocolo: 277/2011 - LEANDRO DA SILVA ANTONIO e VALÉRIA CRISTINA PASSOS. Ele analista de processos, solteiro, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 11/05/1986, res. e dom. à Rua Rondônia, 269, Parque dos Estados – Bragança Paulista, filho de SILVIO ANTONIO e de ZILDA DA SILVA ANTONIO. Ela técnica em radiologia, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 22/04/1990, res. e dom. à Rua Plínio Araujo Braga, 66, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filha de JOSÉ CARLOS PASSOS e de MARTA ELIZIARIO PASSOS Protocolo: 278/2011 - TIAGO MORAES DE OLIVEIRA BERNARDI e JOSIMARA ALMEIDA GOMES. Ele operador de máquinas, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 15/04/1987, res. e dom. à Rua Santa Inês, nº 47, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filho de BENEDITO BERNARDI e de SANDRA MORAES DE OLIVEIRA. Ela cabeleireira, solteira, natural de São Luís-MA, nascida no dia 15/06/1989, res. e dom. à Rua Santa Inês, nº 47, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filha de FRANCISCO COSTA GOMES e de JOSEANA MADEIRA ALMEIDA Protocolo: 290/2011 - IRANY LEME DA SILVA e ELZA AUGUSTO PEREIRA. Ele aposentado, viúvo, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 03/11/1929, res. e dom. à Rua Meri Siqueira, 10, Santa Luzia – Bragança Paulista, filho de THOMÉ LEME DA SILVA e de MARIA BUENO DA SILVA. Ela empregada doméstica, divorciada, natural de Munhoz-MG, nascida no dia 25/09/1957, res. e dom. à Rua Vereador José Leitão Xavier, Bloco I, Apartamento 42B, Uberaba - Bragança Paulista, filha de LUIZ AUGUSTO PEREIRA e de LÁZARA AUGUSTO PEREIRA Protocolo: 291/2011 - ADRIANO FERREIRA e ELISABETE GUTIERRES GONÇALES. Ele empreiteiro de obras, solteiro, natural de Bragança PaulistaSP, nascido no dia 31/10/1969, res. e dom. no Sítio São Felix, Bairro do Couto - Bragança Paulista, filho de NAIR FERREIRA. Ela auxiliar de serviços gerais, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 16/09/1969, res. e dom. no Sítio São Felix, Bairro do Couto - Bragança Paulista, filha de FELIX GUTIERRES GONÇALES e de AMELIA APPARECIDA SOUZA GUTIERRES Protocolo: 292/2011 - LEANDRO DOS REIS SILVA e MARÍLIA DE MELLO CARVALHO. Ele assistente financeiro, solteiro, natural de São Caetano do SulSP, nascido no dia 31/05/1984, res. e dom. à Rua Antonio Giordano Buzato, 84, Parque Brasil - Bragança Paulista, filho de JÉSUS AMBRÓSIO DA SILVA e de ALZIRA FRANCISCA DOS REIS SILVA. Ela corretora de imóveis, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 03/12/1986, res. e dom. à Rua Carlos Pallazi, 242, Hípica Jaguari – Bragança Paulista, filha de GILBERTO DE CARVALHO e de MÉRIS DE MELLO CARVALHO Protocolo: 294/2011 - ANTONIO FELISBINO DE SOUZA e MARIA IZABEL LEONARDI. Ele aposentado, viúvo, natural de Pedra Bela-SP, nascido no dia 30/05/1954, res. e dom. à Rua Amélia Marchelli, 57, Santa Libânia – Bragança Paulista, filho de ANTONIO ALVES DE SOUZA e de ALZIRA ALVES DE MIRANDA. Ela aposentada, solteira, natural de Pedra Bela-SP, nascida no dia 25/11/1956, res. e dom. à Travessa Santa Rita, 62, Lavapés - Bragança Paulista, filha de EUCLYDES LEONARDI e de SEBASTIANA DE SOUZA LEONARDI Protocolo: 295/2011 - VAGNER PAZZOTTI RODRIGUES e TAMIRES JANUARIO. Ele auxiliar de montagem, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 02/05/1990, res. e dom. à Rua São Marcos, 183, Cruzeiro – Bragança Paulista, filho de VALTER LOURENÇO RODRIGUES e de MÁRCIA REGINA PAZZOTTI RODRIGUES. Ela operadora de caixa, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 22/05/1991, res. e dom. à Rua do Amor, 172, Vila Batista - Bragança Paulista, filha de MANOEL APPARECIDO JANUARIO e de APARECIDA DIONÉA DE AZEVEDO JANUARIO Protocolo: 296/2011 - FLÁVIO GALVÃO BONNER e PATRÍCIA DE GODOI. Ele empresário, solteiro, natural de Rio Branco-AC, nascido no dia 12/12/1985, res. e dom. à Rua Dezessete de Março, 97, Vila Ivonete - Rio Branco-AC, filho de FRANCISCO CARLOS e de EURACY DE SOUSA BONNER. Ela dentista, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 10/04/1978, res. e dom. à Rua Santa Clara, 525, Centro - Bragança Paulista, filha de ARIMONDI DE GODOI e de LOURDES VILLALOBOS DE GODOI Protocolo: 297/2011 - SIDNEI TETSUO TERADAIRA e DANIELA APARECIDA DE SOUZA. Ele advogado, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 26/07/1983, res. e dom. à Rua Dorival Monteiro de Oliveira, 24, Jardim Anchieta -Bragança Paulista, filho de TETSUO TERADAIRA e de SHIZUKA MIYAMOTO TERADAIRA. Ela técnica de enfermagem do trabalho, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 16/08/1985, res. e dom. à Rua Santo Antonio, 205, Lavapés - Bragança Paulista, filha de OLINDA DE SOUZA
Protocolo: 299/2011 - FERNANDO ISERI e MARIA LETÍCIA ITICAVA. Ele empresário, solteiro, natural de Carapicuiba-SP, nascido no dia 14/02/1982, res. e dom. à Rua Miozotis, 10, Jardim das Flores - Osasco, SP, filho de HALUO ISERI e de BENEDITA ISERI. Ela estudante, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 18/06/1987, res. e dom. à Rua Raul Rodrigues Siqueira, 324, Santa Luzia - Bragança Paulista, filha de WILSON NOBUAKI ITICAVA e de DENIZIA FRANCISCA FERREIRA ITICAVA Protocolo: 300/2011 - CARLOS ALEXANDRE GUEDES e KAREN MIDIÃ LIMA LEITE. Ele vendedor, solteiro, natural de Rolim de Moura-RO, nascido no dia 04/02/1992, res. e dom. à Rua Voluntário Benedito Lourenço Bueno, 587, Vila Bianchi - Bragança Paulista, filho de IVANILDA CONSTANCIA GUEDES. Ela vendedora, solteira, natural de Jundiaí-SP, nascida no dia 19/02/1992, res. e dom. à Rua Professor Júlio Ramos, 789, Jardim Águas Claras -Bragança Paulista, filha de UILIANS BATISTA LEITE e de DIVA APARECIDA LIMA LEITE Protocolo: 301/2011 - SÍLVIO DONIZETE MENDES e VIVIANE MARIA COLOMBO. Ele metalúrgico, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 25/10/1973, res. e dom. à Rua Rodovia Padre Aldo Bolini, Km. 70,5, Água Comprida - Bragança Paulista, filho de ONOFRE MENDES e de NEUZA PUGLIA MENDES. Ela professora, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 24/04/1975, res. e dom. à Rua Itapechinga, 778, Santa Luzia – Bragança Paulista, filha de CELSO COLOMBO e de NEIDE SPINA COLOMBO Protocolo: 302/2011 - MARIO LUIZ SIMONETTO PEREIRA e SILVIA HELENA SOARES FERREIRA. Ele médico, divorciado, natural de São Paulo-SP, nascido no dia 16/10/1949, res. e dom. à Rua Professor José Nantala Bádue, 483, Jardim Santa Helena - Bragança Paulista, filho de MARIO PEREIRA MAURO e de AMELIA SIMONETTO PEREIRA. Ela médica, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 27/02/1964, res. e dom. à Rua Professor José Nantala Bádue, 483, Jardim Santa Helena - Bragança Paulista, filha de ARTUR SOARES FERREIRA e de MARIA ELENA AMALIA FERREIRA. Obs.:- Refere-se a Conversão de União Estável em Casamento. Protocolo: 308/2011 - ADRIANO LEME MARCELO e SILVANA RODRIGUES DE MORAES. Ele auxiliar de serviços gerais, solteiro, natural de Morungaba-SP, nascido no dia 18/08/1989, res. e dom. à Rua Adib Mimessi, nº 124, Conjunto Habitacional Henedina Rodrigues Cortez, Jardim Águas Claras – Bragança Paulista, filho de LUDGERO MARCELO e de MARIA JOSÉ LEME. Ela acompanhante de idosos, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 01/02/1978, res. e dom. à Rua Adib Mimessi, nº 124, Conjunto Habitacional Henedina Rodrigues Cortez, Jardim Águas Claras – Bragança Paulista, filha de SEBASTIÃO RODRIGUES DE MORAES e de RITA BUENO DA SILVA MORAES Protocolo: 309/2011 - DIOGO GEBIN DAS NEVES e MARIANA CAPELLETTI BONUCCI. Ele analista de faturamento, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 07/12/1982, res. e dom. no Largo Santa Luzia, 12, Santa Luzia – Bragança Paulista, filho de HÉLIO DAS NEVES e de SÔNIA APARECIDA GEBIN DAS NEVES. Ela funcionária pública municipal, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 20/06/1982, res. e dom. à Rua Benjamim Arruda, 315, Jardim do Lago – Bragança Paulista, filha de MARCO ANTONIO BONUCCI e de CRISTINA MARIA NEUMANN CAPELLETTI BONUCCI Protocolo: 310/2011 - BRUNO ELIAS DE ALMEIDA e JULIANA GOMES DA ROCHA. Ele operador de máquinas, solteiro, natural de Boa Esperança-MG, nascido no dia 19/02/1986, res. e dom. à Rua Outono, 66, Cruzeiro - Bragança Paulista, filho de ROSANGELA MARIA DE ALMEIDA. Ela comerciante, solteira, natural de Santo André-SP, nascida no dia 05/10/1983, res. e dom. à Rua Santa Cruz, 848, Santa Libânia - Bragança Paulista, filha de HAMILTON GOMES DA ROCHA e de IRENE PEREIRA DA ROCHA
Bragança Paulista, 1 de março de 2011 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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