Bragança Paulista
Quinta 21 Abril 2011
Nº 584 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para Pensar EXPEDIENTE
Páscoa! MONS. GIOVANNI BARRESE
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
Vocês devem estar sempre
esperança e nenhum sentido em
Há Verônicas em nossos tempos.
ela é tipo da nova Páscoa: a liber-
prontos para dar as razões
viver (1 Coríntios 15, 12ss.). Por
Capazes de enfrentar a sanha dos
tação do pecado, de seus frutos.
de sua esperança! (1 Pedro
isso é que faz parte da Tradição da
torturadores. Cruz, cravos, coroa
Sabendo que a última palavra sobre
3,15). Esta afirmação de São Pedro é
Igreja, de sua vida vivida ao longo
de espinhos, nudez. Marcas do Seu
a nossa vida é sempre a palavra
uma das provocações mais instigantes
dos séculos, celebrar a Quaresma e,
sofrimento. Marcas que se repetem
da Vida que Deus nos dá, vamos
ao testemunho de vida que a Sagra-
nela, a Semana Santa. O recordar, o
em nossos dias. Uma sepultura.
encontrando forças no Cristo e na
da Escritura nos apresenta. Pedro
fazer memória dos passos sofridos
De outros. Apressada. Igual a de
sua Igreja para viver com fidelidade
chama ao testemunho competente,
do Cristo (os Dele inocentes) nos
tanta gente sem nome. Tudo isto
a escolha de sermos cristãos. De
continuado, entusiasta e cheio de
leva a perceber os passos sofridos de
seria somente uma grande tragédia.
termos assumido o compromisso
esperança. Podemos imaginar isso no
todos os seres humanos (os nossos
Revivida a cada ano. Se não houves-
de continuar a missão do Senhor:
para restituir a todas as pessoas o
ambiente de perseguição do império
ocasionados por nossos erros ou
se a certeza da Ressurreição. Nós
o anúncio da Boa Nova. A verdade
rosto brilhante de Deus que é Amor.
romano no qual as comunidades
erros dos outros). As quedas sob a
recordamos o caminhar sofrido do
da paternidade divina sobre todos.
Um rosto que está desfigurado
cristãs viviam. Como viver a fé com
cruz (as Dele por nossa causa) nos
Cristo à luz de sua Vitória. Porque o
A afirmação da vontade de Deus
por tanta maldade e injustiça. Um
o olhar mergulhado na esperança
recordam nossas quedas (as nossas
seu caminho é o nosso caminho. E,
para que sejamos filhos e filhas.
rosto que devemos limpar. Para
se a realidade era de tortura, sofri-
por nossas fraquezas e limitações).
se temos certeza que a luz da Vida
Um dado da fé que nos empurra a
essa missão o Senhor nos convoca.
mento, dor, perseguição e morte?
As cusparadas recebidas por Ele re-
brilha sobre o aparente absurdo
nunca desanimar. A ser capazes de
E seu apóstolo Pedro nos diz que
Sem dúvida a razão estava alicerçada
cordam as cusparadas que damos ou
de tantas dores, Nele ressuscitado
enfrentar as estruturas de destruição
devemos ser competentes e estar
Naquele que vencera a tortura da
tomamos (porque Ele só as sofreu).
encontramos a força para não desa-
da dignidade humana. E a proclamar
alerta! Ecoando tema e lema da
cruz e ressuscitara. Estava vivo. Era
Os xingamentos recebidos por Ele são
nimar e caminhar na Missão até as
com toda a força a realeza-serviço
Campanha da Fraternidade deste
Senhor e Vencedor. Essa é a fé que
frutos da ignorância e da ingratidão.
últimas consequências. Páscoa, nós
do Senhor do Universo. Para que a
ano vamos assumir, com maior
a Igreja sempre proclamou. E que
Os sofridos por nós (ou dados por
todos sabemos, recorda o caminho
sua glória seja vista na realização do
empenho, a luta pela preservação
proclama. Fé pela qual a Igreja viveu
nós) acumulam as mesmas causas
de libertação que Deus traça para
projeto de Amor de Deus sonhado
da vida. Do planeta e de todos nós.
e vive! Sem a ressurreição, sem a
recheadas dos desejos de vingança,
seu povo escravizado. Porque Deus
quando da criação do ser humano à
Jesus Cristo venceu a morte! Com
vitória sobre a maldade e todas as
ganância, egoísmo, violência... Houve
nos criou livres. Se recordamos a
sua imagem e semelhança. A obra
Ele nós a venceremos também!
suas faces não haveria nenhuma
uma Verônica para aliviar sua dor.
Páscoa histórica de Israel, é porque
da criação continua hoje na luta
Feliz Páscoa a todos!
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
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Dedicação às crianças
Célia realiza festa de Páscoa para trazer alegria à garotada colaboração SHEL ALMEIDA
Em tempos em que muitas vezes chegamos a perder a fé no ser humano, uma iniciativa singela e honesta que pretende apenas trazer alegria às crianças carentes chama a atenção. Célia de Lima, moradora do bairro do Toró, em Bragança Paulista, dedica seu tempo a elas, com oficinas, teatro, brincadeiras, doces e muito carinho. Há seis anos se transforma na Coelha Pascoalina para adoçar a vida dos pequenos. Começou com a personagem na escola em que trabalhava como servente no sítio, no bairro do Morro Grande. Continuou na Ong onde está hoje, perto de casa. Este ano será a primeira vez que fará a tradicional festa de Páscoa na rua, na casa de uma vizinha que cedeu o espaço para que apresente a peça “A Coelha Encantada” no dia 23 de abril, Sábado de Aleluia. “Se meu tempo fosse disponível, fazia em outros bairros” diz Célia. Semanas antes da Páscoa ela chamou a criançada para fazerem “arte na rua”, com a ajuda dos irmãos Diego e Ivan, que a conhecem desde o primeiro trabalho voluntário que fez. Ela e os meninos saíram pelas ruas do bairro e foram convidando, de casa em casa, às crianças a participar da oficina de máscara. Na oficina Célia deixou todo mundo livre para pintar com guaxe, as máscaras de coelhinho que ela preparou anteriormente. Mais de 40 crianças se reuniram em frente à casa dela. Feliz, ela conta que este ano participaram crianças de 1 a 15 anos. Uma mesa com suco, pirulitos e bexigas as esperava depois que terminassem a pintura, tudo preparado por ela. O trabalho voluntário de Célia não resume apenas à páscoa. Ela sempre realiza algo especial para o dia das crianças, quando vira a Recicléia, e no Natal, quando se transforma no Papai Noel Pobre. Realista, Célia prepara as crianças antes: “Peço que escrevam cartinhas para um Papai Noel pobre, com pedidos simples. Eles pedem meia, lápis”, conta.
vez, no Natal, foi ler as cartinhas que as crianças haviam escrito. Numa delas, uma menina pedia duas barras de chocolate, uma pra ela e outra para a amiga “Celinha”. A amiga acabou ganhando duas caixas de bombons do Papai Noel – a própria Célia - e as crianças acharam estranho. Quando Célia voltou para a festa sem a fantasia, a menina veio logo em sua direção Chocolates A primeira vez que Célia resolveu pre- com uma das caixas e lhe disse: parar uma festa de páscoa, usou ovos de “Papai Noel mandou pra você”, galinha pintados pelas crianças. Depois sem saber que se tratava da próos levou para casa e recheou com os oito pria Célia. Célia então pediu que quilos de chocolate que havia recebido de a menina dividisse os bombons entre os seus seis doação de uma muirmãos. “As crianlher. Os pequenos As crianças esquecem que ças esquecem que adoraram. Todos sou eu. Quando os anos ela própria sou eu. Quando chego chego fantasiada prepara os ovos em fantasiada elas entram num elas entram num casa. Para que não mundo de imaginação mundo de imahaja distinção entre ginação”, conta. as crianças, ela pede Célia de Lima Ela ri e lembra aos colaboradores, que um menino que doem barras de de três anos sempre lhe chocolate. Assim ela produzirá todos os pergunta: “Cadê a coelhinha que levou ovos do mesmo tamanho e não privilegiará minha máscara?”. Ela explica que antes da ninguém involuntariamente. As doações Páscoa a coelhinha vai lhe trazer não só a não precisam, necessariamente, vir em máscara, mas vários docinhos. A peça que forma de chocolate, pode ser qualquer Célia apresentará no Sábado de Aleluia, tipo de doce. “Dá uma pipoquinha pra “A Coelha Encantada”, tem cerca de 40 uma criança e vê se ela não vai gostar”, minutos e foi tirado de um disquinho de fala Célia. Ela lembra que em um ano vinil com histórias infantis e adaptada recebeu poucas doações e ficou preocu- por ela. Além da Coelha Pascoalina, mais pada, mas a fé não a deixou se abater. cinco crianças encenarão a história, que “Eu pensava: vai vir.” Quando menos fala de ajuda ao próximo. “A peça ensina esperava apareceu alguém em um táxi e que não precisa esperar recompensa para lhe entregou mais de 200 reais em doces se fazer o bem”, explica. que havia comprado. “Era um homem especial, não sei de onde veio”, lembra. Dia especial Célia também é uma pessoal especial e as Infelizmente nem todo mundo vê o trabalho crianças sabem disso. Ela conta que certa se Célia com bom grado. Por duas vezes teve
Célia e a máscara da Coelha Pascoalina. As crianças esquecem que a personagem é criação dela
A própria Célia produz a fantasia da coelha. Os doces são doações
que mudar os planos das festas que realiza “por não ter certificado, não ser qualificada”. As crianças discordam e a motivaram a continuar. Cheia de iniciativa Célia sempre inventa algo novo. Pretende fazer do Dia das Mães um Dia Especial, pois sabe que nem todas as crianças têm o convívio materno. Por isso ela deixará para cada um decidir quem será essa pessoa especial nesse dia. Todas as fantasias e cenários são confeccionadas por ela mesma com papelão. A máscara da coelha foi feita
com a ajuda de uma bexiga como molde. Para os pés da personagem usou um pedaço de colchão velho. O próximo desejo é criar um jardim no terreno baldio em frente ao bairro. “Quero trazer as crianças para plantar no terreno, árvores, flores, deixar bem bonito. Os vizinhos gostaram da idéia e sugeriram uma horta comunitária também.” Para isso Célia só precisa esperar pela limpeza do terreno, feita pelos funcionários da prefeitura. Alguém duvida que ela vai conseguir?
Quer contribuir com Célia para a festa de Páscoa das crianças do Toró? Entre em contato com ela no telefones: 11 4035.6540.
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Casa & Reforma
Casa encravada entre prédios perde valor no mercado Para o dono do imóvel, em geral é vantajoso negociar com a construtora; permuta por apartamento é comum
por CAROLINE PELLEGRINO/FOLHAPRESS
Na animação “Up - Altas Aventuras”, da Disney/Pixar (2009), Carl Fredricksen, um senhor de 78 anos, recusa-se a vender sua casa à empresa que planeja construir um empreendimento no terreno. Esse imbróglio está longe de ser roteiro de cinema. Na vida real, diante da inviabilidade de amarrar balões ao imóvel e sair voando, como fez Fredricksen, a opção é resistir ou negociar com a construtora. A resistência à venda se deve, em geral, a razões sentimentais, à falta de documentação da casa, que pode ter pendências jurídicas, ou à especulação-o morador pede um valor muito superior ao oferecido e não há acordo. Para facilitar a negociação, “a construtora auxilia o proprietário com orientação jurídica e construção de inventário”, frisa o sócio da Exto Engenharia Jorge Ayoub. Se não há acerto nas situações mencionadas, o novo empreendimento é erguido ao redor do imóvel, que fica então “preso” no terreno.
Segurança
“O imóvel encravado, pela lei brasileira, é o que não possui saída para a via pública”, cita Luciano de Souza Godoy, professor de direito civil da Direito GV (Getulio Vargas). “Mas há os que ficam no terreno do condomínio e têm alguma saída para a rua.” Ao resistir à oferta da construtora, o proprietário deve medir as consequências. “Há os riscos de ser vizinho de uma obra, o desconforto e a desvalorização do imóvel [sua área construída não pode ser ampliada]”, lembra o vice-presidente imobiliário do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Odair Senra.
Mas existem também vantagens, diz a dona de casa Sônia de Almeida Barroso, 43, moradora de um imóvel encravado na Vila Maria (zona norte). “Temos segurança, os vigias e porteiros olham a rua toda. Moro há dois anos aqui e nunca presenciei assalto. Por outro lado, escuto barulho do prédio e a lixeira fica muito perto do meu portão.”
Empresas pagam mais que preço real da casa
Forma de pagamento e prazo para desocupação devem ser negociados. Antes de estipular um valor para a venda da casa, é recomendado consultar um perito em avaliações imobiliárias. Em geral, vale deixar de lado o valor sentimental de uma casa pela compensação financeira de uma construtora interessada em comprá-la. “Se o imóvel ficar incrustado, o dono poderá nunca mais conseguir por ele a quantia oferecida pela empresa”, avalia Marcelo Molari, sócio da Geoimovel, organização especializada em pesquisas imobiliárias. “É vantagem negociar. Há casos em que a incorporadora paga mais do que o imóvel vale.” Mas o proprietário deve estar atento às condições da negociação. “O dono tem de estabelecer preço, forma de pagamento, analisar a idoneidade da empresa compradora e fixar prazo para a desocupação”, diz o especialista em direito imobiliário Marcelo Manhães de Almeida. Para determinar o preço,o ideal, recomenda Molari,é pedir a ajuda de um engenheiro avaliador. As orientações se estendem também para a formade pagamento. “Se for em parcelas, será preciso prever garantias no contrato. É muito comum o pagamento ser mediante permuta de imóvel”, acrescenta Manhães.
“Um imóvel pode ser oferecido pela incorporadora ao proprietário da área onde será realizado o empreendimento como garantia da obrigação de entregar as unidades permutadas”, explica. A aposentada KaterinaPapalardo, 75, trocou a casa em que morou com a família por 47 anos na Vila Olímpia (zona oeste) por quatro apartamentos na Vila Andrade (zona sul). “Para a família foi uma vantagem, os apartamentos ficaram para os meus quatro filhos”, afirma. No caso de permuta, o morador deve atentar para o valor do condomínio que terá de pagar. “A única desvantagem que encontrei na troca da casa pelos apartamentos foi o condomínio; no início eu fiquei muito apertada”, conta Papalardo. “Agora, o pagamento está na responsabilidade dos meus filhos.” Regiões da cidade de São Paulo com grande adensamento de casas são as que têm maior potencial de verticalização, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Regiões visadas
Assim, atraem incorporadores interessados em comprar essas propriedades para compor terrenos onde lançarão os empreendimentos. “Ipiranga, Jabaquara, Vila Mariana, Interlagos [zona sul], Morumbi, Butantã, Perdizes [zona oeste], Penha, Vila Prudente [zona leste] e Santana [zona norte] são bairros com capacidade para futuras construções”, especifica Luiz Paulo Pompéia,diretor da Embraesp. Alguns moradores desses locais se dizem contra a verticalização. “Traz problemas hidráulicos, falta de luz, calor e perda da qualidade de vida”, diz o presidente da Amavm (Associação de Moradores e Amigos da Vila Mariana), Oswaldo Luiz Baccan.
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Antenado
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Talese fascina com brilhante relato sobre a máf ia ‘Honra Teu Pai’ é tão impactante quanto o filme ‘O Poderoso Chefão’
por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA/FOLHAPRESS
A narrativa não fictícia é um gênero literário que pode ser classificado como a principal contribuição original dos EUA para a literatura. Mais ou menos como a telenovela está para o Brasil nas artes em geral. Foi nos EUA que o jornalismo literário nasceu e se estabeleceu com força a partir dos anos 1950, mas especialmente na década de 1960. Muita teoria foi escrita a respeito, mas basicamente trata-se de escrever histórias com fidelidade aos fatos reais, mas com a licença estilística da ficção. Para entender do que se trata, nada melhor do que ler as obras essenciais do gênero, o que o público brasileiro tem podido fazer há alguns anos, desde que a editora Companhia das Letras iniciou a coleção Jornalismo Literário, que chega ao seu 27º título com ‘Honra Teu Pai’, de Gay Talese. É o quarto livro de Talese, um dos expoentes do novo jornalismo, na série da editora brasileira. Foi originalmente publicado em 1971, pouco depois do enorme sucesso de ‘O Reino e o Poder’, em que dissecava o ‘New York Times’, jornal onde trabalhara e que era o principal veículo de comunicação do país à época. Desta vez, o objeto da pesquisa, detalhada e precisa, do autor é uma das poderosas famílias da máfia italiana estabelecidas em Nova York, a dos Bonanno, da qual Gay Talese se aproximou ao cobrir pelo ‘Times’ a prisão de um de seus herdeiros, Bill Bonanno. Como se deve tentar fazer no bom jornalismo, Talese não escreve nem como promotor nem como advogado de defesa de seu personagem principal.
Força da realidade
No posfácio, Pete Hamill mostra como essa atitude beneficia o leitor e, em última instância, a sociedade: ‘... ao rejeitar a certeza moral, [Talese]
diz mais coisas sobre aquele mundo [da máfia] do que sabíamos antes que ele publicasse este livro e mais do que descobrimos desde então’. É muito frequente que a ficção proporcione conhecimento mais profundo de fenômenos e processos complexos (especialmente quando perigosos e sensíveis, como este) do que as ciências sociais ou mesmo o jornalismo comum. Cineastas como Francis Ford Coppola e Martin Scorsese jogaram muita luz sobre esse universo com seus filmes a respeito. Mas para compreender de fato as coisas, quase nada se compara à força dramática da realidade, reconstruída com brilhantismo estilístico. É isso que Gay Talese oferece em ‘Honra Teu Pai’, um ‘romance verdadeiro’, que provoca impacto comparável ao do filme ‘O Poderoso Chefão’ (1972), com a diferença de que as pessoas nele retratadas existiram de fato, do jeito mesmo em que são descritas no livro. O cuidado extremado com que o autor checou suas informações transparece no texto, apesar de sua forma assemelhada à do romance. Ainda nas palavras de Pete Hamill: ‘... [Talese] trata seus personagens como sujeitos, e não como objetos. Em suas páginas eles existem como seres humanos, um de cada vez, e não como caricaturas. Como todos os bons repórteres, Talese compreende que nunca se pode ter certeza sobre a verdade’. Esta é uma das chaves do fascínio que esse livro ainda exerce sobre o leitor, quatro décadas depois de ter sido publicado pela primeira vez. HONRA TEU PAI AUTOR Gay Talese EDITORA Companhia das Letras TRADUÇÃO Donaldson M. Garschagen QUANTO R$ 55 (512 págs.) AVALIAÇÃO bom
FOTO: EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS
O jornalista norte-americano Gay Talese
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Comportamento
Paleodieta
Baseados em argumentos evolucionistas, trogloditas modernos pregam cardápio de Fred Flintstone e atividade física de caçador para emagrecer e evitar doenças por JULIANA VINES/FOLHAPRESS
Coma apenas o que você poderia caçar, matar, colher ou tirar da terra, como um homem das cavernas. Esse é o primeiro mandamento do regime proposto pelo economista americano Arthur De Vany no livro “The New Evolution Diet”, lançado nos EUA. A obra chega ao Brasil em maio, editada pela Larousse, ainda sem título. Há pelo menos duas décadas, De Vany, que leciona na Universidade da Califórnia, segue cardápio semelhante ao de 40 mil anos atrás: muita carne, frutas e vegetais. Não é o único. A dieta paleolítica -uma referência ao período pré-histórico- é pouco conhecida no Brasil, mas não é novidade na Europa e nos EUA. O argumento principal dos seus defensores é que o DNA humano não está adaptado para comer alimentos industrializados e cereais. “Vivemos mais tempo que no Paleolítico, mas passamos a maior parte da vida doentes. Doenças crônicas, como diabetes e obesidade, podem ser evitadas com a dieta correta”, disse De Vany à reportagem. O cardápio ideal, na visão dele, é aquele praticado 500 gerações atrás. Faz coro com ele o pesquisador português Pedro Carrera Bastos, da Universidade de Lund, Suécia. “As necessidades dietéticas são determinadas geneticamente. As alterações ambientais, sociais e culturais dos últimos 10.000 anos são recentes numa escala evolucionista.” Segundo Lund, 70% das calorias ingeridas hoje pelos norte-americanos são de alimentos que não existiam em sociedades tradicionais. Loren Cordain, pesquisador em ciências da saúde da Universidade do Colorado (EUA), é um dos maiores defensores da dieta. Em 2002, lançou o livro “The Paleo Diet”, com receitas para “perder peso e ganhar saúde”. “Não inventei essa dieta, ela está inscrita nos seus genes”, diz, no começo do livro. Quer argumento melhor? A paleodieta tem preceitos polêmicos. Além de desconstruir a pirâmide alimentar tradicional, os seguidores recomendam alternar períodos de jejum com refeições fartas (sem contar calorias). Carboidratos? Só de frutas. Cereais são totalmente proibidos, mesmo os integrais, principalmente soja e trigo. “Todos os cereais têm antinutrientes (como lectinas), que podem ter efeitos adversos, em especial quando a ingestão é elevada”, diz Bastos. Nutricionistas e nutrólogos discordam, assim como as organizações internacionais de saúde. Para os defensores da paleodieta, os padrões de nutrição é que estão errados. “É algo a se considerar. Talvez sigamos um modelo errado. Temos recomendações internacionais do que seria uma dieta saudável e, mesmo assim, não revertemos a obesidade e as doenças crônicas”, pondera a nutricionista Helena Alves Sampaio, professora da Universidade Federal do Ceará. Ela coordenou uma revisão de estudos sobre paleodieta e prevenção de doenças cardiovasculares. “Ainda faltam pesquisas comparativas. Alguns trabalhos mostram que diminuir carboidratos e laticínios é benéfico contra aterosclerose.” Diminuir pode até ser, mas cortar açúcares e cereais faz muito mal, segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, da Abeso (associação para estudo da obesidade).
Cérebro afetado
“A deficiência de carboidrato pode alterar o funcionamento cerebral. O cérebro se alimenta primeiramente de carboidratos. Duvido de qualquer dieta que deixe de fora algum grupo alimentar.” Para o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Abran (associação de nutrologia), o maior problema é pular refeições com a justificativa de que isso estimula o gasto energético. “Nenhum trabalho científico comprovou que ficar sem comer faz bem, pelo contrário.” Segundo Halpern, aconteceram, sim adaptações genéticas, explicadas por mudanças na forma como os genes se manifestam, mas que não envolvem alteração no DNA. “Não há dúvida de que os genes eram muito parecidos, mas quando o homem passou a tomar leite, nosso organismo começou a produzir a lactase, enzima para digerir. Um exemplo de adaptação.”
Acertos de contas
Não há só erros na dieta paleolítica. “Sempre falamos que comer alimentos naturais faz bem e que é preciso evitar industrializados”, diz a nutricionista Camila Torreglosa, do HCor. Para o nutrólogo Ribas Filho, só o fato de a pessoa se preocupar com o que come já faz com que sua dieta melhore. “Não é só a dieta, é preciso ter um estilo de vida compatível, com atividade física.” A paleodieta recomenda atividades físicas intensas alternadas com fases de ócio. De Vany critica movimentos repetitivos das academias. O fato é que comendo pouco e se exercitando bastante é difícil não ter resultados. “Qualquer dieta de restrição calórica com exercícios físicos faz perder peso. E qualquer perda de peso já diminui o risco de doenças crônicas”, acrescenta Halpern.
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Informática
&
Tecnologia
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Falta mulher
Diferenças de oportunidades entre os gêneros ainda são grandes no setor de tecnologia , em que os homens ocupam a maioria das posições de liderança por AMANDA DEMETRIO/FOLHAPRESS FOTO: DIVULGAÇÃO/CASA BRANCA
1. Eric Smith (Google); 2. Art Levinson (Genentech); 3. John Chambers (Cisco); 4. John Doerr (investidor); 5. Larry Ellison (Oracle); 6. Reed Hastings (Netflix); 7. John Hennessy (Stanford); 8. Carol Bartz (Yahoo!); 9. Dick Costolo (Twitter); 10. Valerie Jarrett (conselheira da Casa Branca); 11. Mark Zuckerberg (Facebook); 12. Barack Obama; 13. Steve Jobs (Apple); 14. SteveWestly (investidor); 15. Ann Doerr (esposa de John Doerr)
Barack Obama decidiu reunir os líderes do mundo da tecnologia para um jantar. Sentaram-se à mesa, levantaram seus copos para um brinde, tirou-se a foto oficial. O que ninguém percebeu foi que a imagem escancarou um problema do setor da tecnologia: a falta de mulheres. Na mesa, Carol Bartz, executiva-chefe do Yahoo!, era a única líder do sexo feminino. As outras duas mulheres presentes na foto de divulgação eram Ann Doerr, acompanhando seu marido John Doerr (importante investidor do Vale do Silício)
no jantar, e Valerie Jarrett, representante da Casa Branca. Carol está entre poucas. Na lista da revista ‘Fortune’ que elege as 500 maiores empresas dos Estados Unidos são apenas 15 mulheres no cargo de executivas-chefes de suas companhias. Das 15, apenas duas estão ligadas ao mercado da tecnologia (o próprio Yahoo! e a Xerox). A situação também se apresenta na formação do conselho administrativo de cinco empresas em grande ascensão no Vale do Silício. Twitter, Facebook, Zynga, Grupon e Foursquare não têm mulheres em seu
quadro de diretores, que dá orientações sobre as atividades das empresas. No Brasil, o cenário se repete. Dados da Catho Online (catho.com.br) mostram que a área de tecnologia ainda tem um baixo índice de atuação de mulheres apenas 12,56%. A falta de mulheres no topo é reflexo da ausência delas na base da pirâmide. Dados do Centro Nacional para Mulheres e Tecnologia da Informação dos Estados Unidos mostram que, logo no ensino médio, elas têm menos familiaridade com os computadores e com o conhecimento de
programação do que os meninos. Na universidade, o efeito cascata continua: elas obtêm menor porcentagem de diplomas na área de ciências da computação, quando comparadas a eles. Os dados são preocupantes, mas a maior contradição está no fato de as mulheres serem, algumas vezes, maioria entre os consumidores dos serviços prestados por empresas com poucas em seu time de líderes. No Brasil, por exemplo, elas lideram o acesso a redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut, segundo estudos recentes da consultoria TNS Global Research.
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Teen
De peito aberto
Mamas em garotos causam vergonha, mas peitinhos diminuem sozinhos em 75% dos casos por DIOGO BERCITO/FOLHAPRESS
Há cinco anos, o mineiro Henrique Ribeiro, 21, não jogava futebol no time dos sem camisa. Natação, para o rapaz, só em casa. Assim, ele tentava evitar o apelido que ganhou na escola: Tetas. A piada era por conta do volume a mais que exibia no tórax. Henrique tinha ginecomastia, aumento da glândula mamária em garotos. Ele deu fim ao despeito em fevereiro com uma medida radical: retirou as mamas. Assim, contribuiu para o aumento na procura pela operação. Consultórios procurados pela reportagem estimam crescimento de até 50% durante os dois últimos anos. “Eu evitava tirar a camiseta em público. Depois de fazer a cirurgia, tenho uma vida sem receios ou vergonhas”, conta Max Duarte, 21. A ginecomastia em jovens é causada por desequilíbrio hormonal na puberdade. Pesquisas projetam que 65% dos jovens apresentam algum grau de crescimento da mama entre 14 e 15 anos. A indicação da cirurgia para adolescentes, porém, é controversa entre médicos. “Não há por que deixar os garotos sofrendo”, aponta o cirurgião André Colaneri. Como 75% dos casos de ginecomastia regridem sem intervenção nos anos seguintes, há quem recomende apenas paciência. “Se você explicar isso para o garoto, ele aguardará”, afirma José Roberto Filassi, chefe da mastologia (que estuda as glândulas mamárias) do Hospital das Clínicas. Tiago Gutierrez, 17, esperou. Antes de descobrir o que era ginecomastia, ele achava que o “peitinho” tivesse origem no sobrepeso. Fez regime, mas não resolveu. Ele operou no mês passado. “Eu era diferente dos meus amigos, tinha vergonha até de ir à praia.” Também envergonhado diante das mamas crescidas, Lucas Nunes, 19, procurou explicações na internet. “Eu achava que era uma coisa rara, que só eu tinha”, diz. Ele foi ao médico há oito meses. Operou em fevereiro.
Como há pesquisas que sugerem relação entre ginecomastia e câncer de mama, a cirurgia pode ser sugerida como medida de prevenção. “Mas essa opção tem de ser ponderada”, diz o cirurgião Walter Zamarian Júnior. Afinal, a cirurgia, que envolve corte na pele e retirada da glândula, não é necessária para todos os casos. Além do desequilíbrio hormonal, a ginecomastia pode ser causada pelo uso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. Entre os vilões estão os anabolizantes e a maconha, apontados como responsáveis parciais pelo aumento no número de cirurgias. Há também os casos de ginecomastia motivados pela obesidade. José (nome fictício), 21, está dez quilos acima do peso e, há um ano, percebeu que o peito esquerdo está crescendo e dói. “Se eu apertar, sai um líquido branco”, diz o rapaz, preocupado. Ele recebeu o diagnóstico de ginecomastia recentemente, em hospital público, e quer passar pela cirurgia. Consultar um especialista é, no entanto, essencial. FOTO: CLAUDIO VITOR VAZ/FOLHAPRESS
O Henrique operou recentemente, depois de 6 anos evitando tirar a camiseta em público. Ele conta que a diferença foi grande
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Seus Direitos e Deveres
GUSTAVO ANTÔNIO DE MORAES MONTAGNANA / GABRIELA DE MORAES MONTAGNANA
Não é de hoje, que se divulga a possibilidade de realização de um “contrato de namoro”. Referido contrato teria o condão de afastar obrigações de ordem patrimonial, buscando assegurar a ausência de comprometimento recíproco e a incomunicabilidade do patrimônio presente e futuro, decorrentes de um namoro. O tema surgiu assim que a lei e a própria Constituição Federal passaram a prever a união estável como uma forma de entidade familiar que se equipara ao casamento, especialmente para fins patrimoniais. O contrato de namoro surge, então, para afastar os efeitos da união estável, ou seja, pretende deixar claro que a relação entre o casal não passa de namoro, sem qualquer comprometimento patrimonial. A confusão surge em razão de ser a união estável uma situação de fato, que não necessita de nenhuma formalidade para existir, ao contrário do que ocorre com o casamento, ato envolto por inúmeras solenidades, marcado por cerimônias cíveis e ainda religiosas, em regra. Ocorre, que muito embora a união estável seja livre, marcada pela informalidade, o legislador estabelece o conteúdo mínimo da relação entre os companheiros, à semelhança do que ocorre com o casamento. Desta forma, para que a união estável reste caracterizada e para que sejam gerados os efeitos dela decorrentes, há necessidade de que sejam preenchidos
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Amor ou negócio?
alguns requisitos. São requisitos da união estável: diversidade de sexo (muito embora alguns Tribunais brasileiros estarem reconhecendo a união estável entre casais do mesmo sexo, o que ocorre com o Tribunal de Justiça do Paraná); estabilidade ou durabilidade da relação (apesar de não existir a previsão de um prazo mínimo, este requisito pode ser demonstrado por outras circunstâncias como a existência de filhos, a vida em comum sob o mesmo teto, a divisão de despesas, a existência de casamento religioso, de conta bancárias em conjunto, dentre outras); a continuidade (o que caracteriza a estabilidade da relação); publicidade e notoriedade (só pode ser considerada como tal a relação em que o casal se apresente no meio social em que vive, como se fossem marido e mulher); o objetivo de constituir família e a existência de qualquer impedimento para o casamento (são causas que impedem o casamento, por exemplo, ser um dos companheiros casado com outra pessoa, ser os companheiros parentes na linha ascendente ou na colateral até o terceiro grau). Tratam-se, estas características, como se pode observar de elementos fáticos, que se estiverem ausentes não podem ser excluídos por meio de um contrato. O que se admite, tão somente, é que, por meio de contrato, escrito sejam disciplinadas as relações patrimoniais
entre os companheiros. Por esta razão os contratos de namoros são absolutamente ineficazes. Não se pode contratar o afeto. A tentativa de afastar a união estável por vontade própria não pode ser considerada juridicamente válida. Isso porque a incidência das normas que regulamentam a união estável são de ordem pública, em razão da especial proteção do Estado que merecem as entidades familiares e, desta feita, indisponíveis pela simples vontade das partes. Assim sendo, aqueles que vivem em união estável podem e devem celebrar contrato que regule os aspectos patrimoniais da união, assegurando, dessa forma, o direito de ambos os companheiros. Nesse ponto, vale lembrar que na ausência de contrato entre os companheiros incide o regime da comunhão parcial de bens. Por outro lado, aqueles que vivem em união estável, porque presentes as características acima elencadas, ainda que tenham celebrado um “contrato de namoro” com a finalidade de renunciar aos direitos que passariam a ter em decorrência desta união, como o direito aos alimentos e o direito sucessório, poderão buscar o reconhecimento judicial da união estável e a conseqüente aplicação dos seus efeitos, sendo que tal documento só pode ser eficaz quanto ao regime patrimonial. Em havendo a intenção de que o patrimônio dos companheiros não se comunique, é mais eficaz a celebração de um
contrato que estabeleça a vigência do regime de bens da separação absoluta entre o casal. O romantismo está deixando de existir e a preocupação entre os casais com o destino do seu patrimônio após a separação está ganhando o seu lugar. Pode-se dizer que efemeridade das relações é que dá causa a essa nova conjectura. A divisão patrimonial e mesmo o direito aos alimentos não decorrem de um simples namoro. Mas são verdadeiros direitos daqueles que viveram como se casados fossem aos olhos da sociedade, contribuindo, ainda que de forma indireta, para a formação do patrimônio do companheiro. Tendo em vista que a união estável é uma situação fática, desprovida de formalidades, para que projete os seus efeitos após o seu término, quando não houver acordo entre as partes, é necessário que seja reconhecida judicialmente, momento em que as suas características devem ser demonstradas. O amor não se confunde com um negócio, certamente o medo de ter que pagar pensão ao companheiro ou companheira pode demonstrar que a pessoa que tem ao lado não é a pessoa certa para com ela constituir uma família, pois, nenhuma relação pode ser duradoura se iniciada com a expectativa do seu fim. Gabriela de Moraes Montagnana Gustavo Antônio de Moraes Montagnana
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Quinta 21 • Abril • 2011 Jornal do Meio 584
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 6 a 12 de abril de 2011 foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 518/2011 - RONALDO CRISTÓVÃO FERREIRA e LUCIANA APARECIDA DE LIMA. Ele empilhadeirista, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 18/05/1978, residente e domiciliado à Rua Eriberto Curci, 590, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filho de LUIZ ORLANDO FERREIRA e MARIA INEZ DE MORAES FERREIRA. Ela do lar, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 11/04/1977, residente e domiciliada à Rua Eriberto Curci, 630, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filha de GERALDINO VAZ DE LIMA e APPARECIDA RODRIGUES LEME DE LIMA Protocolo: 519/2011 - DIRCEU APARECIDO CARDOSO e MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA BRANCO. Ele ajudante geral, divorciado, natural de Pinhalzinho - SP, nascido em 01/08/1965, residente e domiciliado à Rua Firmino Joaquim de Lima, 75, Jd. Julieta Cristina - Bragança Paulista, filho de JOSÉ ANTONIO CARDOSO e TEREZA DE SOUZA CARDOSO. Ela empregada doméstica, divorciada, natural de Apucarana - PR, nascida em 13/03/1964, residente e domiciliada à Rua Firmino Joaquim de Lima, 75, Jd. Julieta Cristina -Bragança Paulista, filha de ODILON DE OLIVEIRA e HELENA DE OLIVEIRA Protocolo: 526/2011 - CLAUDIO ROBERTO DOS SANTOS e SIMONE APARECIDA OLIVEIRA BAHIANO. Ele ajudante de produção, divorciado, natural de Marília - SP, nascido em 06/09/1974, residente e domiciliado à Rua Projetada Pinheiral Santa Helena, 560, Bairro da Boa Vista - Bragança Paulista, filho de OSMAR DOS SANTOS e ANÉSIA MOURA DOS SANTOS. Ela funcionária pública municipal, divorciada, natural de Marília - SP, nascida em 24/05/1974, residente e domiciliada à Rua Projetada Pinheiral Santa Helena, 560, Bairro da Boa Vista - Bragança Paulista, filha de SEBASTIÃO BAHIANO e NADIR DE FATIMA OLIVEIRA BAHIANO Protocolo: 527/2011 - ÁLVARO AUGUSTO DE LIMA e JAQUELINE OLIVEIRA DE JESUS. Ele motoboy, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 22/09/1982, residente e domiciliado à Rua Maria das Dores Aguiar, 271, Cidade Planejada I - Bragança Paulista, filho de ÁLVARO DE LIMA e MARIA DA CONCEIÇÃO LOPES DE ALMEIDA LIMA. Ela ajudante geral, solteira, natural de Ilhéus - BA, nascida em 16/04/1988, residente e domiciliada à Rua Maria das Dores Aguiar, 271, Cidade Planejada I - Bragança Paulista, filha de JORGE SANTOS DE JESUS e TEREZA SOUZA DE OLIVEIRA Protocolo: 532/2011 - ANTONIO BRUNO GUIDETTI e BRUNA MARIA POSTIGO. Ele líder de trafego, divorciado, natural de Colina - SP, nascido em 02/06/1953, residente e domiciliado à Rua Rosa Sgreva Pignatari, 272, Jardim São Lourenço - Bragança Paulista, filho de JOÃO GUIDETTI e NAIR DA SILVA GUIDETTI. Ela técnica de farmácia, solteira, natural de São Caetano do Sul - SP, nascida em 02/10/1978, residente e domiciliada à Rua Rosa Sgreva Pignatari, 272, Jardim São Lourenço - Bragança Paulista, filha de ERROL POSTIGO e IDELI APARECIDA TONELLO POSTIGO Protocolo: 533/2011 - DAVID DONIZETE GOMES DE OLIVEIRA e GABRIELA ANDRADE ALVES. Ele operador mecânico, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 02/02/1983, residente e domiciliado à Rua Paraíso, 143, Cruzeiro - Bragança Paulista, filho de MÁRIO GOMES DE OLIVEIRA e ISABEL APARECIDA CARMIGNOTTO DE OLIVEIRA. Ela auxiliar administrativo, solteira, natural de Natal - RN, nascida em 23/10/1986, residente e domiciliada à Rua das Papoulas, 46, Jardim Lago do Moinho – Bragança Paulista, filha de NILSON ALVES e ROSÂNIA ANDRADE ALVES Protocolo: 534/2011 - LAERCIO GONÇALVES DE GODOI e SIMONE CHAGAS DA SILVA. Ele mestre de obras, divorciado, natural de Toledo - MG, nascido em 08/01/1961, residente e domiciliado à Rua Antonio da Mata, 225, Hípica Jaguari – Bragança Paulista, filho de JOSÉ GONÇALVES DE GODOI e BENEDITA DOS REIS GODOI. Ela auditora, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 17/07/1979, residente e domiciliada à Rua Sebastião Cícero Franco, 613, Vila Davi – Bragança Paulista, filha de EDSON SENA DA SILVA e MARIA JOSÉ CHAGAS DA SILVA Protocolo: 535/2011 - AIRON VAZ LEITE JÚNIOR e AUDREY AKEMI SUZUKI. Ele analista de sistema, solteiro, natural de Piranhas - GO, nascido em 04/09/1986, residente e domiciliado à Rua Casper Líbero, 177, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filho de AIRON TIODORO LEITE e MARLENE VAZ DOS SANTOS. Ela analista de sistema, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 02/07/1983, residente e domiciliada à Rua Casper Líbero, 177, Vila Aparecida - Bragança Paulista, filha de MAURÍCIO TAKEYOSHI SUZUKI e AMÉLIA TAZUKO TODAKA SUZUKI Protocolo: 536/2011 - MURILO ALBERTO SCAGLIONI NETO e JÉSSICA CAROLINE DOMINGOS ROCHA. Ele soldador, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 19/11/1986, residente e domiciliado à Rua Armando dos Santos, 155, Jardim Iguatemi – Bragança Paulista, filho de MURILO ALBERTO SCAGLIONI JUNIOR e VERA LUCIA SCAGLIONI. Ela auxiliar de produção, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 27/05/1992, residente e domiciliada à Rua São Francisco, 95, Cruzeiro - Bragança Paulista, filha de ANTONIO CARLOS ROCHA e ELISABETE DOMINGOS BROCO ROCHA Protocolo: 544/2011 - ROGÉRIO LEONEL DE OLIVEIRA e TALITA REGINA SILVA PINTO. Ele motorista, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 08/10/1981, residente e domiciliado à Rua Padre João Pastrana, 848, Uberaba - Bragança Paulista, filho de FAUSTINHO DE OLIVEIRA e SHIRLEY PAULAVICIUS SAROKIN DE OLIVEIRA. Ela ajudante de produção, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 05/08/1991, residente e domiciliada à Rua Victorio Panuncio, 80, Jardim Sevilha – Bragança Paulista, filha de LUÍS GONZAGA DA SILVA PINTO e ANA MARIA DE OLIVEIRA Protocolo: 545/2011 - ROBERTO CARLOS DE SOUSA e ELAINE DE ALMEIDA MORALES. Ele pedreiro, solteiro, natural de Veríssimo - MG, nascido em 16/11/1965, residente e domiciliado à Rua Alciro Teodoro da Silva, 245, Jardim Morumbi - Bragança Paulista, filho de OLAVO DE SOUSA e MARIANA APARECIDA SOUSA. Ela costureira, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 10/12/1971, residente e domiciliada à Rua Voluntário Antonio dos Santos, 700, Jardim Recreio -Bragança Paulista, filha de LEVY DE ALMEIDA MORALES e CARMEN LÚCIA DE FREITAS MORALES Protocolo: 546/2011 - ALEXANDRE GONÇALVES DA ROSA e ANDRÉIA DE OLIVEIRA MUNIZ. Ele marceneiro, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 02/10/1973, residente e domiciliado à Rua França, 634, Vila Garcia - Bragança Paulista, filho de ANTONIO APARECIDO ALVES DA ROSA e DARCY GONÇALVES DA ROSA. Ela do lar, divorciada, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 11/07/1980, residente e domiciliada à Rua França, 634, Vila Garcia - Bragança Paulista, filha de PEDRO CIRILO MUNIZ e MARIA DO CARMO OLIVEIRA Protocolo: 547/2011 - DANIEL GONÇALVES e ADRIANA APARECIDA DA SILVA. Ele
tecelão, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 02/05/1989, residente e domiciliado à Rua Saul Grabler, 303, Jardim Águas Claras – Bragança Paulista, filho de AFONSO GONÇALVES e OFÉLIA DE OLIVEIRA GONÇALVES. Ela balconista, divorciada, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 24/08/1983, residente e domiciliada à Rua Saul Grabler, 303, Jardim Águas Claras – Bragança Paulista, filha de EDUARDO DA SILVA e RAMIRA FRANCISCA DA SILVA Protocolo: 548/2011 - FLÁVIO AUGUSTO DE OLIVEIRA MARSON e LAURA GANDARA MARTINS. Ele empresário esportivo, solteiro, natural de São Paulo - SP, nascido em 17/09/1981, residente e domiciliado à Rua Benjamim Arruda, 126, Apartamento 4, Jardim do Lago - Bragança Paulista, filho de CLAUDIO SIDNEI MARSON e ROSANA DE OLIVEIRA MARSON. Ela hoteleira, solteira, natural de São Paulo - SP, nascida em 11/08/1977, residente e domiciliada à Rua Benjamim Arruda, 126, Apartamento 4, Jardim do Lago - Bragança Paulista, filha de FILADELFO GANDARA MARTINS NETO e MARIA CRISTINA ALGODOAL FERREIRA ALVES GANDARA MARTINS Protocolo: 549/2011 - RONALDO DE FREITAS e VILIAN IZABEL MEIRA FERREIRA. Ele industriário, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 23/07/1985, residente e domiciliado à Rua Pedro Roberto Resende, 123, Vila Garcia – Bragança Paulista, filho de ISAAC DE FREITAS e LOURDES DE OLIVEIRA FREITAS. Ela balconista, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 24/07/1984, residente e domiciliada à Rua Santa Cruz, 1117, Santa Libânia - Bragança Paulista, filha de VALENTIM ALVES FERREIRA e MARIA ALVES MEIRA FERREIRA Protocolo: 550/2011 - TIAGO MARTINS RIBEIRO e JAQUELINE CARBAJO DE MORAES. Ele dentista, solteiro, natural de São Paulo - SP, nascido em 04/02/1981, residente e domiciliado à Rua Carlos Joel de Moraes, 31, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filho de ADOLINDO GARCIA RIBEIRO e IVETE MARTINS RIBEIRO. Ela secretária, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 14/04/1986, residente e domiciliada à Rua Carlos Joel de Moraes, 31, Jardim São Miguel - Bragança Paulista, filha de LUÍS BUENO DE MORAES e RITA DE CÁSSIA CARBAJO MORAES Protocolo: 551/2011 - PAULO ROGÉRIO DE SOUZA LEME e PRISCILA CRISTINA DA SILVA SOUZA. Ele eletricista, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 06/09/1986, residente e domiciliado à Rua Vereador Vicente Talamino, Bloco 9A, Apartamento 43A, Bairro Uberaba - Bragança Paulista, filho de PEDRO LUÍS DA SILVA LEME e MADALENA GONÇALVES DE SOUZA LEME. Ela babá, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 04/02/1992, residente e domiciliada à Travessa Imprensa, 69, Centro - Bragança Paulista, filha de JOSÉ GUIDO DAMAS DE SOUZA e ELAINE CRISTINA DA SILVA Protocolo: 552/2011, JOSÉ CARLOS DE ASSIS e DORALICE ELIAS. Ele encarregado de manutenção, viúvo, natural de São Caetano do Sul - SP, nascido em 01/07/1960, residente e domiciliado à Rua Fausto Pagetti, 322, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filho de MANOEL IVO DE ASSIS e LOURDES DE JESUS ALCANHA ASSIS. Ela manicure, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 01/01/1966, residente e domiciliada à Rua Fausto Pagetti, 322, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filha de ROBERTO ELIAS e THEREZINHA DO PRADO ELIAS Protocolo: 555/2011 - VANDER BACCI KAKEGAWA e RAQUEL CRISTINA DE MORAES. Ele vigilante, solteiro, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 08/05/1979, residente e domiciliado à Rua Major Fernando Valle, 502, Vila Motta – Bragança Paulista, filho de MUNEHIRO KAKEGAWA e SANDRA REGINA BACCI. Ela professora, solteira, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 24/08/1986, residente e domiciliada à Rua Vinte e Quatro de Abril, 31, Júlio Mesquita -Bragança Paulista, filha de JOSÉ CARLOS DE MORAES e JANDIRA ANDRÉ DE MORAES Protocolo: 556/2011 - PEDRO DE OLIVEIRA SANTOS e MARISA APARECIDA CAMPOS CAMARGO. Ele aposentado, viúvo, natural de Bragança Paulista - SP, nascido em 06/07/1944, residente e domiciliado no Sítio São João, Bairro Estiva do Agudo – Bragança Paulista, filho de JOÃO DE OLIVEIRA SANTOS e IGNEZ RUSSI. Ela aposentada, divorciada, natural de Bragança Paulista - SP, nascida em 14/10/1958, residente e domiciliada à Rua Colômbia, 168, Jardim Santa Amélia - Bragança Paulista, filha de JOÃO LINO DE CAMARGO e LÁZARA DE CAMPOS CAMARGO Bragança Paulista, 12 de abril de 2011 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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