Bragança Paulista
Sexta 24 Junho 2011
Nº 593 - ano IX jornal@jornaldomeio.com.br
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Para Pensar Expediente
A marcha da maconha Mons. Giovanni Barrese
Na Folha de São Paulo da última sexta feira, no caderno “Ilustrada”, na página dos quadrinhos, há uma tira do cartunista Allan Sieber. No primeiro quadrinho, na parte superior, escreve: “Incrível como a legalização da maconha mobiliza as pessoas”. Na parte de baixo complementa: “Elas até saem de casa por isso”. No centro há grupo de pessoas com faixa reivindicativa. No quadrinho dois escreve: “Impostos escorchantes, hospitais públicos em escombros, nada disso parece ser digno de protesto”. Na parte inferior: “Importante mesmo é poder acender um baseado na frente da casa”. No centro o diálogo de um rapaz e um policial: “Empresta o fogo, seu guarda! Lógico”! (responde o policial). No terceiro quadrinho: “É, tá tudo lindo e maravilhoso”! Embaixo: “Ainda bem que vivemos na Suécia”! No centro dois personagens: um - “Mais mortos por conta da chuva”!; outro - “Que papo baixo astral, bróder”! Claro está que o Supremo Tribunal Federal não liberou o uso da “cannabis sativa”.
A decisão foi na direção de que as pessoas tem liberdade de se reunir e discutir sobre qualquer assunto. A população pode falar sobre a legalização ou não da droga. Outra coisa é fazer a apologia do uso, que continua sendo proibido. O tema, mesmo da liberdade de reunião para discutir, não deixa de ser delicado. A reação sempre dependerá do ângulo em que a questão é olhada. Tenho certeza de que famílias que tem alguém dependente da maconha ou outra droga veem a questão com olhar muito diferente de quem não vive essa situação. O mesmo se diga dos que trabalham na recuperação dos drogadictos. Não se pode excluir, todavia, a garantia constitucional de liberdade de expressão. A meu ver foi isto que o STF quis salientar e garantir. Cabe ao cidadão formar sua opinião e buscar os meios legais para defendê-la. Aqui se insere um possível passo futuro: a legalização do uso de drogas (entendidas aqui as que estão proibidas pela Lei). Os favoráveis dizem que a legalização permitiria acompanhar de perto os usuários e diminuiria, em muito,
o tráfico. Tenho fortes dúvidas sobre isso. O que é claro para mim é que quem usa a droga não pode ser visto como criminoso. Sou partidário de que a temática está mais ligada à educação e a saúde do que a repressão policial. Não sou ingênuo, porém, de ignorar que no estado atual das coisas se exige a presença policial para tentar conter a rede de cooptação que o tráfico tece. No fundo a grande pergunta, para mim, é: “Por que drogar-se?” Como se sabe – e eu mesmo já abordei o assunto – se a droga desse dor de barriga ninguém usaria! Ela deve produzir algo de tão especial que seduz e escraviza. E aqui está o ponto crucial. Deixar o uso, depois que se começa, é muito difícil. Ninguém ignora isso. No meu trabalho de padre vejo isso todos os dias. Vejo lágrima e desesperança. Vejo miséria de todo tipo. Também vejo violência. Também sei de gente morta por não poder pagar. Penso que a droga só deixará de ter seu atrativo se as pessoas tiverem algo de melhor para experimentar e para dar sentido à vida. Aqui está
o horizonte que se deve apontar. Nossas crianças e nossos jovens (e os adultos também) devem ter a certeza de que há algo muito melhor do que o prazer imediatista e que escraviza levando a degradação e a morte. Como isso pode ser construído nos nossos dias? A solução passaria pela conscientização dos valores que constroem a realização de cada pessoa e da sociedade em seu conjunto. Falo do direito a uma vida digna, à realização da pessoa em suas potencialidades, à possibilidade do desenvolvimento das capacidades e dons que cada um carrega, à descoberta que todos precisamos de todos, que é possível conviver em paz. Como alguém que crê no Deus revelado por Jesus Cristo lembro a necessidade de uma visão que transcenda o humano. Para mim só a presença de Deus consegue eliminar as tentações do individualismo, da ganância, da esperteza, etc. Se afirma aqui a necessidade de todos os que creem em Deus de terem posicionamento claro, positivo e ativo na afirmação dos princípios que devem nortear a vida. Não
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.
para impô-los. Mas para apresentá-los como alternativa confiável e possível à realização dos sonhos que, se não forem buscados em Deus e na fraternidade humana, serão buscados na ilusão que as drogas oferecem. Não há mais tempo para ficar na lamentação. É urgente agir em todas as direções: no exigir uma política de educação e saúde que se faça e não fique nos discursos; num enfrentamento sério e sem hipocrisias da praga que as drogas são; na ajuda concreta às instituições que realmente se empenham pela recuperação das vítimas, etc. Há esperança. Não a deixemos morrer!
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Exames do coração Dr. Leonardo explica como funcionam novos exames de Ecocardiografia
colaboração SHEL ALMEIDA
O Ecocardiograma é um exa- do átrio esquerdo é possível, assim, me relativamente conhecido. receber melhores imagens de certas Compreende os métodos de estruturas cardíacas. “Não tem ossos, diagnóstico da estrutura e funciona- não tem ar do pulmão e nem gordura mento do coração, através do uso de do tecido adiposo que atrapalham a ultra-som. Em geral é indicado para imagem do ultra-som,” explica Dr. Leavaliar pacientes com sopro cardíaco, onardo. “Além disso, é um exame bem sintomas de palpitação, síncope, falta preciso. É possível definir estrutura de ar, dor torácica ou portadores de de 3mm, contra as de 5mm a 8mm do doenças cardíacas. O exame apresenta Eco Torácico,” fala. Em alguns casos, imagens estáticas e em movimento do como a investigação de endocardite músculo e das válvulas do coração. Por infecciosa a precisão é fundamental. meio do mapeamento de fluxo em cores Com o exame é possível encontrar pela técnica de efeito Doppler (caracte- bactérias nas válvulas do coração rística observada nas ondas emitidas já no início da manifestação. O Eco ou refletidas por um objeto que está Trasesofágico completa o ecocardioem movimento) é possível identificar grama comum por poder investigar a direção da velocidade do fluxo san- locais inacessíveis anteriormente guíneo no interior com imagens de das cavidades alta qualidade. O cardíacas. O EcoO coração pode ser divido exame é indicado cardiograma de também para pesem três partes funcionais: Estresse pode ser quisar coágulos a mecânica, a hidráulica e dentro do corarealizado através a elétrica. É o sincronismo ção, no caso de do estresse farmacológico ou perfeito dessas funções que certas arritmias induzido pelo se busca por toda a vida. cardíacas, como esforço físico. fibrilação atrial, e No primeiro são no diagnóstico de administradas dissecação aguda drogas venosas que aumentam a da aorta. “Esse procedimento pode demanda do oxigênio do coração. No ser realizado até dentro de uma UTI, segundo o paciente pedala em bicicleta por ser uma exame capaz de ser feito ergométrica ou caminha em esteira por à beira do leito,” fala Dr. Leonardo. determinado período. Posteriormente, Diferente da tomografia ou da rescom o coração ainda acelerado deita sonância magnética, a facilidade e a em uma maca para fazer as imagens possibilidade de diagnóstico rápido do exame. Dr. Leonardo explica que do Eco Transesofágico pode ajudar a o Ecocardiograma de Estresse é mi- avaliar a necessidade de uma cirurgia. nimamente invasivo e que o paciente Complexidade permanece consciente durante todo o procedimento. “Através da punção Desde que os novos exames chegavenosa é possível avaliar a condição do ram à Santa Casa de Bragança há um coração sem causar danos ao pacien- ano e quatro meses. Dr. Leonardo te.” O exame compara o movimento realizou cerca de 150 procedimendas paredes do coração em repouso e tos do Eco de Estresse e 80 do Eco durante o estresse, permitindo, desse Transesofágico. Filho dos também modo, uma estimativa da presença de cardiologistas Dr. Gentil Gomes de isquemia do miocárdio, observada pela Oliveira e Dra. Maria Amália G. C. de diminuição da movimentação dessas Oliveira Dr. Leonardo se diz apaixoparedes. Com o Ecocardiograma de nado pela profissão. “O coração pode Estresse é possível descobrir se há ser divido em três partes funcionais: entupimento da coronária, sem que o a mecânica, a hidráulica e a elétrica. paciente seja submetido ao cateterismo, É o sincronismo perfeito dessas funexame mais invasivo. O Eco de Estresse ções que se busca por toda a vida.” também é indicado para a avaliação de Sua idéia e trazer os procedimentos pacientes com múltiplos fatores de risco de Ecocardiograma de Estresse e que serão submetidos à cirurgia, como Ecocardiograma Transesofágico para diabéticos ou obesos de graus 2 a 3. dentro do consultório, para conforto “O exame é uma opção ao cateter, mas do paciente. “Meu pai sempre realizou não há como submeter todo mundo, é exames dentro do próprio consultópreciso uma seleção. Precisa ser muito rio,” fala. Mesmo com todo o avanço bem indicado. Cada caso é um caso, tudo precisa ser individualizado pelo tecnológico ele entende que depende muito do profissional a avaliação médico”, avalia Dr. Leonardo. clínica. “O eletrocardiograma existe há cem anos e nunca vai perder seu Ecocardiograma valor. O médico tem que procurar Trasesofágico Realizado em procedimento seme- usar todas as modalidades de exames lhante ao da endoscopia digestiva, que têm à disposição e se aperfeiçoar no Ecocardiograma Transesofágico o para isso. O aparelho pode ter várias transdutor é posicionado no esôfago modalidades, mas nem todo médico do paciente. Como o esôfago fica atrás consegue usá-las”.
Para Dr. Leonardo G. Gomes de Oliveira os exames precisam ser muito bem indicados. “Cada caso é um caso, tudo precisa ser individualizado pelo médico.”
Aparelho utilizado para realizar o exame de Ecocardiograma
Diferença entre ecocardiagrama torácio e o transesofágico. O segundo completa o primeiro por investigar locais inacessíveis anteriormente com imagens de alta qualidade
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Casa & Reforma
Aumento de preços Três-dormitórios passa de 68 m para 88 m e metro quadrado salta de R$ 2.800 para R$ 3.600 em Guarulhos
por RENATA CATTARUZZI/Folhapress
Ao procurar um imóvel, compradores da classe média encontram nas regiões vizinhas a São Paulo preços menores que os da capital. Nesse cenário, Guarulhos (16 km ao norte) está em alta. Mas, com o crescimento da demanda imobiliária, o preço e o padrão dos novos apartamentos atingem patamares mais elevados. O metro quadrado médio de uma unidade de três dormitórios, que custava R$ 2.800 em 2010, saltou para R$ 3.600 nos primeiros meses deste ano, revela pesquisa da empresa Geoimovel feita exclusivamente para a Folha. O tamanho médio desse tipo de imóvel também subiu “”de 68 m para 88 m . “Quanto maior a procura, maior o preço, e as incorporadoras estão percebendo essa demanda”, analisa Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
9º Pib Do País
As mudanças no setor imobiliário também estão ligadas ao crescimento econômico do município. Guarulhos hoje responde pela segunda maior economia do Estado e ocupa o nono lugar do ranking dos maiores PIBs do país, de acordo com o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da carência de transporte público na região, há acesso direto à avenida Jacu-Pêssego e às vias Presidente Dutra e Ayrton Senna. Neste mês, a prefeitura entregou à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) parecer favorável à construção do trecho norte do Rodoanel, que trará benefícios a quem mora ou trabalha na cidade. Guarulhos tem despontado como opção aos lançamentos imobiliários das zona norte e leste da capital, em geral mais caros que os do município vizinho. Um apartamento de 54 m e dois quartos em Guarulhos, por exemplo, custa R$ 180 mil. Um imóvel similar na Vila Maria (zona norte de São Paulo) chega a valer R$ 240 mil, 33% mais, segundo dados da imobiliária Habitcasa, do grupo Lopes. Ainda de acordo com a Habitcasa, 50% dos compradores dos novos imóveis são oriundos da cidade de São Paulo “”a maioria ocupa imóveis de dois e três quartos. “Ainda que os lança-
Foto: Isadora Brant/Folhapress
Patricia, 25, em seu apartamento em Guarulhos. Ela comprou o imovel com o marido em 2006, na planta, para ficar mais perto do trabalho dele, no aeroporto de Cumbica. A epoca, achou o imovel barato, mas verificou que hoje ele custa bem mais
mentos estejam com preços inflacionados, são de 25% a 30% mais baratos que os empreendimentos em São Paulo”, revela Maurilio Scachetti, diretor da empresa.
Expectativas
A assistente financeira Patricia Francelino de Sousa, 25, que trabalha em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), diz ter encontrado no bairro Picanço, em 2006, uma oferta que superou suas expectativas e as do marido. O apartamento de 81,85 m e três dormitórios, comprado na planta, custou R$ 1.160 o m . “Compramos em Guarulhos porque meu marido trabalhava perto do aeroporto.” “Fiquei fascinada pela cidade, onde encontrei segurança, diversão e rápido acesso às zonas leste e norte de São Paulo”, comenta. Guarulhos concentra empresas do ramo metalúrgico, farmacêutico e químico. Em 2009, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram geradas 299.929 vagas, o que tem levado trabalhadores a adquirir imóveis na região.
perto do trabalho”, avalia Wilson Lourenço, conselheiro da ACE (Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos). Alguns lançamentos recentes são voltados para a classe média alta. Os bairros mais procurados por esse perfil de comprador são Jardim Zaira, Vila Rosália, Vila Augusta e Ponte Grande. O empreendimento Alegria, da incorporadora Gafisa, lançado em março, é voltado para esse público. Cerca de 60% de suas 139 unidades já foram vendidas; são apartamentos de 86 m e 114 m a partir de R$ 250 mil. O preço do metro quadrado do lançamento é de R$ 3.420. Outro exemplo da procura por imóveis do tipo é o Wi Vila Augusta, da construtora Tecnisa, com áreas úteis de 70 m a 96 m e preços que partem de R$ 222 mil. O metro quadrado do empreendimento vale R$ 3.790. (RC)
Saneamento
Atualmente, cidade trata 15% do esgoto Quem pretende morar em Guarulhos deve se lembrar de que, atualmente, a cidade trata apenas 15% dos esgotos coletados. A primeira estação de tratamento do município entrou em operação em setembro Perto do trabalho “Noto que, agora, aquele industrial que de 2010. Até o final de 2011, a previsão tem um negócio aqui e antes só vinha em é que essa porcentagem chegue a 35%, horário comercial hoje prefere morar mais de acordo com a prefeitura. Foto: Isadora Brant/Folhapress
Foto: aaa/Folhapress
A partamento em Guarulhos comprado na planta em 2006
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Comportamento
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Economista faz sucesso ao adaptar ferramentas do mundo dos negócios, como incentivos e negociações, à tarefa de educar crianças
por IARA BIDERMAN/Folhapress
Sevocêdisserqueaplicateoriaseconômicas na criação de seus filhos, vão pensar que: a) você só pensa em dinheiro; b) você só está preocupado com o futuro financeiro de seus herdeiros; c) você é um visionário; d) você é um monstro. O economista australiano Joshua Gans pode não se encaixar em nenhuma das alternativas acima, mas ele afirma que usar o pensamento econômico para criar os filhos é uma forma inteligente de resolver conflitos, além de gerar benefícios aos pais e às crianças. Não se trata de grana. Deixando de lado questões claramente econômicas, como calcular preços de fraldas ou mensalidades escolares, ele aplicou, com seus três filhos, estratégias originalmente usadas em negociações político-financeiras para resolver desde questões prosaicas (ensinar a usar o penico) até altruístas (o que fazer para que os filhos se tornem pessoas independentes).
Benefícios
As tentativas de ser um bom economista e um bom pai (alguns sucessos, muitos fracassos) já renderam a Gans benefícios de curto e médio prazo. Ele começou imediatamente a usar os exemplos domésticos para ilustrar suas lições de teoria econômica a alunos de MBA. Fez sucesso. As histórias da vida real deixaram as aulas mais animadas, os alunos mais interessados e os conceitos mais claros. Gans então criou uma “marca” para essa sua proposta educativa. “Parentonomics”, que junta pais (“parents”) com economia (“economics”) e remete ao modelo dos “Freakonomics” “outro termo de sucesso e nome de um livro que já vendeu mais de 4 milhões de exemplares.
Em“Freakonomics”,oeconomistanorte-americano Steven Levitt mostra como aplicar princípios econômicos a situações da vida cotidiana, além de colocar em dúvida verdades preestabelecidas sobre temas tão variados e polêmicos quanto corrupção e aborto. Não é preciso ser um especialista em mercado de futuros para descobrir que, no médio prazo, as aplicações de Gans também renderam um livro. Hoje, os filhos do economista estão com 12, dez e seis anos. Resta saber se os benefícios de longo prazo, que são os que realmente importam, virão. Ou se faz sentido pensar em “educação de resultados” ou nos “lucros embutidos” das atitudes que tomamos em relação às crianças. O economista Bernardo Guimarães, autor de “Economia Sem Truques” (ed. Campus-Elsevier), diz que para educar filhos é preciso duas coisas: definir objetivos e o que é preciso fazer para alcançá-los. “A economia ajuda muito pouco no primeiro quesito, mas pode ser um excelente instrumento na segunda parte da questão.” As grandes ferramentas oferecidas por Gans são os incentivos e as negociações. Mas a maioria dos pais e das mães já vive fazendo isso, mesmo que eles não entendam nada de economia. “Muitas das coisas que educadores falam podem ser traduzidas por termos usados na economia. O que a teoria econômica te dá é um arcabouço para pensar nessas coisas, tentar entender por que algumas escolhas são feitas e as reações que provocam”, diz Guimarães. MarcosFernandes,professordaEscoladeEconomia da FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo, afirma que é possível tirar lições das estratégias usadas em empresas ou relações internacionais Foto: Adriano Vizoni/Folhapress
Foto: Adriano Vizoni/Folhapress
para usar na educação.
Foto: Adriano Vizoni/Folhapress
Menor custo
“É politicamente incorreto dizer isso, mas você pode usar modelos [econômicos] para criar os seus filhos com o menor custo para ambas as partes”, diz Fernandes O modelo proposto por Gans é a teoria dos jogos, estudo das interações estratégicas para a tomada de decisões que tragam menos custos e mais benefícios aos envolvidos. Segundo Fernandes, essa teoria funciona com os filhos e pode ajudar os pais a encontrar um caminho entre as duas estratégias educacionais debatidas hoje: a autoritária e a igualitária. O professor da FGV é pai de um garoto de 16 e de uma menina de 11 anos. “Aprendi a não deixar meu lado emocional me dominar na hora de educá-los, para pode aplicar a teoria dos jogos nas negociações que faço com eles.” Para o autor de “Parentonomics”, é o fator emocional que atrapalha a tomada de decisões eficientes na educação dos filhos. Ele tenta convencer os pais sobre a sua teoria mostrando as recompensas colhidas a partir dessa maneira de agir (os tais dos incentivos). Por exemplo: o custo emocional de deixar um bebê chorar por algum tempo no berço, porque ele não quer dormir, pode ser eliminado se você o pegar imediatamente no colo.
O custo futuro dessa atitude é que será cada vez mais difícil acostumá-lo a dormir sozinho. Nada que “Super Nanny” e qualquer mãe de bom-senso não endossariam. “Pensar nos benefícios a longo prazo ajuda a separar a parte emocional e recuperar o bom-senso. E o sono perdido”, diz Gans. Da manga do economistatambémsaemestratégiasparaconseguirque os filhos adotem hábitos desejados (por exemplo, comer verduras) em troca de incentivos bem dosados (comer doces), sem inflacionar a oferta de guloseimas. A importância dos incentivos não é novidade para educadores, mas, ao contrário do que acontece nas negociações econômicas, não é a base do negócio. “Na criação dos filhos, a base é o afeto, o reconhecimento da criança, o acolhimento. As recompensas e punições vêm a partir e por causa disso”, diz a psicóloga e terapeuta de família Marina Vasconcellos, da Unifesp.
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Antenado
Memórias da Revolução Sergio Ramírez reconhece erros no poder, mas defende validade de ideais
por CLAUDIA ANTUNES/Folhapres
A Revolução Sandinista na Nicarágua, em 1979, foi a última de inspiração socialista antes da queda do Muro de Berlim, dez anos depois. Terminou de forma pouco gloriosa, sob a pressão dos grupos contrarrevolucionários financiados pelos EUA. O escritor nicaraguense Sergio Ramírez, 70, reconhece os erros, mas reafirma a validade dos seus ideais em ‘Adiós Muchachos - A História da Revolução Sandinista e seus Protagonistas’. Lançado em 1999, o livro entremeia o relato da luta guerrilheira que derrubou o ditador Anastasio Somoza com episódios da década em que os revolucionários exerceram o poder no país. Daniel Ortega, outro líder do movimento, foi presidente do país entre 1985 e 1990. Teve Ramírez como seu vice. Em 2006, voltou à Presidência por meio de uma mudança constitucional acordada com partidos da direita. Ramírez, autor de mais de 30 livros, falou com a Folha, de Manágua, por telefone. REPORTAGEM - O senhor é um revolucionário dos anos 1960 e 1970 que não lamenta o que fez. Por quê? SERGIO RAMÍREZ - Posso me definir como um idealista antiquado. Tenho raízes na década de 1960, que considero a melhor do século 20. O fato de a revolução que
mudou minha vida ter fracassado e resultado no governo Ortega não me tira os ideais. Como é a relação dos jovens com a política na Nicarágua? Eles parecem imersos em desencanto e apatia. O que se antevê nas pesquisas às eleições deste ano é uma grande abstenção em novembro. Numa pesquisa recente, só metade das pessoas aceitaria receber a cédula; dessas, 25% a depositaram em branco. Levando em conta que 70% da população da Nicarágua tem menos de 30 anos... Para o senhor, a literatura é uma continuação da política? Vivemos em um continente cheio de anormalidades e de anacronismos. Por isso é um terreno fértil para a literatura, que depende muito do assombro. O romancista não pode escapar dessas percepções, mesmo que só queira contar uma história de amor. Há escritores na América Latina e na Central em particular que merecem maior atenção? Há novos novos escritores notáveis, como Juan Gabriel Vásquez, da Colômbia, Alberto Fuguet, do Chile, Jorge Volpi, do México, e Santiago Roncagliolo, do Peru. Na América Central, há Carlos Cortés, da Costa Rica, Erick Aguirre, da Nicarágua, ou Claudia Hernández, de El Salvador. É a experimentação da linguagem que cria a nova literatura.
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Outros livros seus serão publicados no Brasil? Não por ora, mas espero que meus livros continuem sendo publicados pela Record. Sobretudo meus romances, começando por ‘Margarita Está Linda la Mar’ (Margarita, está lindo o mar), que ganhou o Prêmio Internacional Alfaguara
e tem uma edição em Portugal. ADIÓS, MUCHACHOS AUTOR Sergio Ramírez EDITORA Record TRADUÇÃO Eric Nepumoceno QUANTO R$ 49,90 (350 págs.)
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informe publicitário/sessão bragança decor idealizado por giuliano leite
Deixe o inverno entrar na sua sala Dar à casa uma atmosfera acolhedora no inverno é mais simples do que se imagina. Com a ajuda de alguns acessórios estratégicos, ambientes ganham visual renovado e em sintonia com o clima intimista da estação. Os elementos básicos neste caso são mantas e almofadas em tons quentes, além de um novo tapete, mesmo que pequeno. Sobre uma base neutra - paredes e piso de madeira ou cerâmica clara. A sala pode receber acessórios que exploram a textura dos materiais, como a manta de lã feita à mão em trança alta, que pode vestir poltronas e sofás. As almofadas em tons chocolate de seda ou não completa o look do móvel. O sofá pode ser bege ou de tons derivados e você pode “brincar” com outras almofadas de cores mais quentes como o vermelho. As flores também adquirem papel de destaque na hora de aquecer um ambiente. Basta aplicar o mesmo princípio dos tons quentes e que contrastam com objetos em volta. Bom exemplo da comprovada tese são as alstromérias e minialstromérias laranjas e vermelhas, assim como as orquídeas alaranjadas em vasos na mesa de centro. Abajures adicionam clima de aconchego com luz indireta. O toque final nesse ambiente cabe tapete Em salas de TV, os mesmos recursos podem ser aplicados, e se for o caso, o sofá e a chaise longue podem ser o principal alvo do aconchego. Almofadas com arabescos sobre cobertor xadrez e almofada de lã em trança alta. Nas mesas laterais, velas e vaso com copos-de-leite
alaranjados iluminam o espaço.
Cores quentes
Para esquentar o lar, doce lar, sugiro o uso do vermelho, do coral, do azul royal, do verde acqua e também do roxo combinados ao cinza. E os tons fendi, off-white e nude, que se destacaram nas últimas estações, continuam em alta. Além disso, volta o brilho na pintura das superfícies dos móveis. Detalhes em ouro, chumbo e prata trazem glamour quando usados sem exagero, podendo aparecer em mesas, luminárias, acessórios e objetos. As linhas retas prevalecem em mobiliários e marcenarias sem perder em conforto e praticidade, mas o aconchego das fibras naturais, das madeiras, tapetes e tecidos macios são indispensáveis. Os papéis de parede podem reproduzir texturas que combinam bem com os dias frios do inverno. Há opções em linho, couro, treliçado, com aspecto metalizado e com efeitos retrô, que estão em alta. O animal print chega com força total em almofadas, tapetes e em detalhes que fazem a diferença. São as estampas de peles de onças, tigres e zebras, que invadiram o guardaroupa e a casa acompanhou a tendência. Mas lembre-se: essa combinação se torna “pesada” e cansativa com o passar do tempoComo na moda, surgem também os acabamentos em matelassê, rendas e os plissados. O mix de elementos e móveis clássicos e contemporâneos estão com tudo, trazendo mais personalidade à casa. Revestimentos, tecidos e materiais ecologicamente corretos sempre estarão na moda.
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Receber com perfeição
Receber é uma arte e, muitas vezes, os anfitriões têm dúvidas de como agir em determinadas ocasiões. O quê e como servir? Como elaborar o convite para uma recepção? Para facilitar um pouco este “trabalho”, e retirar dúvidas, seguem algumas regras básicas:
Como elaborar o convite? Em ocasiões informais, o convite pode ser feito pessoalmente, por telefone, ou mesmo, por e-mail, com no mínimo, seis dias de antecedência. No caso de uma recepção mais formal, deve ser impresso. Nestas circunstâncias, o que vale é a originalidade, indo do mais simples ao mais sofisticado, devendo ser enviado com antecedência, prazo este que pode variar de vinte a trinta dias. Cabe ao anfitrião informar, no convite, o traje a ser usado. Como receber os convidados? O anfitrião deve ser pontual. Caso ocorra algum imprevisto que o impeça de receber os primeiros convidados, deve ser representado por um membro da família. Um dos requisitos para se receber com sucesso é agir com naturalidade, segurança e desenvoltura, proporcionando aos convidados um clima de descontração e demonstrando, especialmente, a presença de todos indistintamente. Não se deve aguardar a chegada do último convidado para começar a servir os aperitivos. O que servir antes da refeição principal? Devem ser servidos salgadinhos, canapés, além de coquetéis e aperitivos. Como arrumar a mesa? Para uma reunião formal, a mesa poderá ser ornamentada com uma bela toalha e um arranjo de flores, sendo composta por sousplat, pratos, talheres, guardanapos combinando com a toalha e copos para água, vinho tinto e branco. Para a organização dos pratos, temos primeiro o sousplat e, logo acima, o prato, com o guardanapo a sua esquerda. Do lado direito ficarão a colher, em caso de haver consumê, ou a faca para a entrada, a faca para peixe ou a faca para carne ou ave. Do lado esquerdo, deverá estar o garfo para a entrada, outro para peixe ou para carne. Acima dos garfos ficará um pequeno prato para pão e sobre ele uma faca para manteiga. Acima dos pratos ficará a faca, o garfo e a colher para sobremesa. Do lado direito, acima das facas, ficará um copo para água, um para vinho tinto e outro para vinho branco.
Opinião
Bragança Decor Pessoal, pelo jeito o inverno veio pra ficar e para isso preparamos uma matéria especial com algumas boas sugestõesparacompor o visual de sua sala. São medidas rápidas e baratas e que irão aquecer o ambiente. Essa semana estréia a coluna etiqueta, onde trazemos uma breve “receita” de como receber com perfeição em sua casa. Trazemos ainda uma matéria sobre cobertores na terceira página e pra fechar, Vanessa Nogueira do Espaço Cultura e Turismo nos traz ótimas dicas de viajens. Caso seja servido champanha, sua taça poderá ocupar duas posições, dependendo da freqüência em que a bebida será consumida. Se este for servido somente uma vez ao longo do jantar, a taça deverá ficar à esquerda do copo para água, isto é, no lado oposto ao dos vinhos. Porém, se resolver servi-lo por todo o jantar, a taça deverá ficar à direita do copo para água. O fim de ano se aproxima e com ele as recepções serão freqüentes e uma boa recepção começa com o prazer de viver bem. Tudo de bom!
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O aconchego do edredom
O inverno nos bateu à porta neste ano em 21 de junho de às 14h16. Nesta estação, que compreende os meses de junho, julho e agosto, as temperaturas são baixas e normalmente mais secas. Especialmente em nossa região serrana a umidade é maior o que aumenta sensação térmica dando ao inverno uma característica diferenciada. É no aconchego do lar que encontramos o melhor refúgio que podemos ter. O Bragança Decor desta semana vai dar as suas dicas: vamos citar pontos importantes na decoração de locais de muita intimidade na casa: no caso dos quartos, seja infantil, solteiro ou casal é nele que passamos uma boa parcela de nossas vidas e para tanto, devemos dar a ele uma atenção muito especial. Os principais fabricantes e importadores vêm nos beneficiando com excelentes edredons, tudo para aquecer e decorar muito bem. Vale sempre lembrar os diferentes tamanhos de camas que encontramos no mercado, são elas: berço, solteiro, casal, queen e king. Essas denominações vão diferenciar o tamanho de, por exemplo, os edredons: o de um berço, em média mede 1,00 x 1,40m, o infantil, 1,50 x 2,10m, o de solteiro, 1,60 x 2,40, de casal 2,40 x 2,30, queen 2,70 x 2,40m e por último o king 2,90 x 2,60m. Essas medidas poderão variar de um fabricante para o outro. Os tipos de materias: tecido, bordados, lãs, entre outros, somados ao tamanho deles vão influenciar totalmente na qualidade do produto final e como conseqüência no nível de aquecimento que irá proporcionar aos “sortudos” e é claro nos seus preços. Gosto sempre de dizer também que são disponibilizados no mercado edredons, cobreleitos e mantas com os mais diversos motivos para personalizar nossos quartos. Para aqueles mais conservadores os que possuem bordado inglês e flores, que são muito charmosos e não saem de moda nunca. Já para os mais modernos, existem os que têm linhas e cores mais fortes o que irá dar um ar mais jovem ao quarto. Os que gostam do xadrez, nem se fala, o inverno combina perfeitamente com o xadrez. Também para os mais sóbrios, encontramos os
lisos, sem nenhuma estampa e com pequenos detalhes que irá fazer do quarto um refúgio para o conforto. Para os bebês e crianças, encontramos uma infinita variedade de personagens e temas para decorar esses pequenos quartos. A Sinhá Moça tem uma completa linha de edredons que irão satisfazer sua necessidade. As melhores marcas dos principais fabricantes em um só endereço. Quero deixar também algumas outras dicas que não precisamos gastar absolutamente nada: Para você se inspirar e, em vez de reclamar do frio, curtir o que ele tem de melhor, principalmente nos seus próprios domínios, tome um chá ou um café bem quente, coma pipoca sentada num sofá gostoso coberto por uma mantinha e curta a preguiça das manhãs de domingo. A nossa casa nos envolve e também se prepara para viver o inverno com 6 super dicas: Lareira: A gás, a lenha ou elétrica, todo e qualquer fonte de calor a mais é muito bem-vinda. Iluminação:Instale dimers de fácil alcance no home theater para comodidade na regulagem da intensidade de luz do ambiente. Mantas e cobertores: Escolha uma manta super especial para seu sofá da TV ou da lareira e a coloque num cesto próximo ou mesmo no braço do sofá. Alem de deliciosa, ela auxilia na produção do ambiente. Móveis para dois: Na hora de escolher seus móveis, dê uma olhada nas namoradeiras. São sofás, chaises, cadeiras, todas dimensionadas para duas pessoas. No friozinho, pode ser uma boa pedida para esquentar um pouquinho... Tapetes: Nos ambientes de piso frio, cubra com tapetes felpudos. Há opções com fios bem longos de polipropileno que são facilmente laváveis. Café junto ao estar: Nesta época do ano, o café pode ficar bem mais pertinho da área de estar. Nada mais agradável que uma sessão de “café e bolo” no final da tarde. Agora, para curtir um bom inverno mesmo, nada melhor mesmo que um belo “cobertor de orelha”.
Mais design para a classe C
Especialistas apontam para a necessidade de criação de móveis específicos para a nova classe média brasileira A indústria moveleira no Brasil, até pouco tempo marcada pela disparidade entre os móveis populares e os de luxo, vê surgir um novo nicho de mercado, a classe C. Disposta a adquirir produtos de maior qualidade e muitas vezes contaminada por referências das classes mais abastadas, ela, entretanto, não tem condições de pagar os mesmos valores, ainda que o tíquete médio de compra tenha aumentado. Mas conquistar esse público é um desafio relativamente novo para designers, fabricantes e lojas. “É preciso pensar nessa classe emergente com respeito e sensibilidade”, afirma a antropóloga Luciana Aguiar, sócia da empresa de consultoria e pesquisa Plano CDE. Ela explica que, além de os espaços disponíveis serem diferentes, as referências estéticas das classes mais baixas são outras. “Elas vêm da cultura popular, enquanto a elite está muito mais ligada a tendências”, diz O designer Marcelo Rosenbaum, que já criou linhas de produtos focadas em classes populares, concorda e acrescenta: “Existe um gosto que não tem nada a ver com o minimalismo que impera nas casas de luxo, e isso deve ser levado em conta. Como já disse Joãozinho Trinta, quem gosta de simplicidade é intelectual.”
Um novo móvel para a classe C Nos últimos 50 anos, a grande massa
populacional que compunha a base da pirâmide social brasileira tinha acesso à móveis cuja produção priorizava a quantidade em detrimento da qualidade. Mas a classe C está mais exigente. Na opinião de Jonas Victor, o acesso à informação transformou este consumidor em um cliente exigente e antenado com as novidades, que busca um produto com conforto, beleza e durabilidade. “Ele é mais criterioso e valoriza seu dinheiro. Quer qualidade, sem perder de vista, claro, preços e condições de pagamentos atrativos.” Para Edson Busin, gerente de marketing do Grupo Unicasa, uma das maiores fábricas do polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS), detentora das marcas New, Favorita e Dell’Anno, a classe C entendeu que ter um móvel planejado, que seja funcional, “tenha uma estética bacana e caiba no seu bolso” é a melhor opção. Ademir Bueno, gerente de design e tendências da Tok&Stok – tradicionalmente visitada pelo público AB – observa que nos últimos anos a classe C passou a frequentar mais as lojas da rede. “Em geral, eles buscam móveis com dimensões pequenas, como sofás retráteis e pufes”, diz o executivo. “Os consumidores estão fugindo dos móveis tradicionais e optando por aqueles com design arrojado, mas com tamanhos reduzidos”, afirma o diretor comercial do Magazine Luiza, Ricardo Saluti. Reflexo direto do novo perfil de moradia, que conta com ambientes compactos. Fonte: IG - SP
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Consultoria Turística
Olá a todos, estamos de cara nova não somente no jornal como também no atendimento ao nossos clientes e nesta edição falarei um pouco da importância de um consultor de viagens. Nos últimos dias tivemos no Chile a erupção do vulcão Puyehue, que deixou muita gente apreensiva com sua viagem. Viajar ou não viajar? Cancelo minha viagem, mudo a data, solicito reembolso? Estas foram algumas das centenas de perguntas feitas por quem já estava com a viagem marcada ainda mais pela proximidade da alta estação de inverno. Pois bem, deixarei aqui algumas dicas para quem se encontra nesta situação e um alerta para as pessoas que forem comprar suas próximas viagens. Sempre procure orientação de um profissional, quando problemas inesperados como nesse caso acontecem, serão os profissionais que lhe darão o suporte e a segurança necessária para uma viagem tranquila e com menos problemas possíveis. Tomar decisões no calor do momento é mesmo muito complicado; e quando se trata de natureza temos mesmo que esperar um tempinho pra ver como o cenário geral se configura. Passados alguns dias com os aeroportos fechados no cone sul, muita névoa e cancelamentos de vôos, um monte de gente já postergou suas viagens (e alguns até amargaram horas de atraso entre a hora do vôo e a hora da decolagem de fato). Agora que, ao que parece as coisas estão começando a se normalizar, com boa parte das partidas retomada, podemos
pensar num cenário um pouquinho mais definido. Nesse momento, é possível manter os planos da viagem para o Chile, que foi o país menos afetado em termos aéreos. Principalmente se o seu destino for Santiago ou estações de ski como Portillo, Valle Nevado, Farellones e até Chillán, que logo irão começar a temporada de inverno. Também é possível manter as viagens para Montevidéu, Buenos Aires e Mendoza. Já as viagens para Bariloche e região... bem, essas a melhor indicação é substituir por outro destino ou, pelo menos, adiar. Afinal, mesmo o aeroporto reabrindo a cidade ainda tá sofrendo muito. Montes de cinza cobrindo as ruas, carência de água e luz em alguns pontos. Mas, se você faz questão de aproveitar as férias escolares para viajar com as crianças ou já pediu férias no trabalho e não pode voltar atrás, considerar um outro destino para esse inverno é interessante (trocar Santiago ou o trecho Buenos AiresBariloche por um Buenos Aires-Mendoza são opções interessantes com neve – nas estações de ski e nos picos nevados - e bom entretenimento do mesmo jeito). Não custa pensar direitinho, não é mesmo? Pois bem, vale então ligar para o seu consultor de viagens e discutir as alternativas. Que as férias sejam lindas e divertidas para todos, seja qual for o seu destino. Até a próxima e um grande abraço a todos. Vanessa Nogueira
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por BRUNO MOLINERO/Folhapress
Teen
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Aconteceu em
Iacanga
Vários veteranos do ‘woodstock brasileiro’ viraram cinquentões caretas.
Foto: Reprodução
te abrigam e você come a esposa do cara?’”
Para sempre Iacanga
Nem todos deixaram de ser bichos-grilos, porém. Há exceções, como Maria Abdala, 56, e Rosa Cheixas, 49, as “hippies de Iacanga”, que foram ao festival e ficaram até hoje na cidade. Mesmo Herd (da nave espacial) acabou largando a engenharia. Chá de cogumelo pode gerar psicose, alerta Ana Luiza Simões, médica do Hospital Albert Einstein. “O chá causa alucinações e tem efeitos colaterais.”
Hoje, hippie só entra na fazenda após banho de água sanitária
Jovens no lago de Iacanga (SP) Foto: Reprodução
Jovens em direção a Iacanga Foto: Aaa
Jovens desnuda em Iacanga Foto: Felix Lima/Folhapress
Jovens em direção a Iacanga
A maioria encaretou. Os jovens que andavam nus ao som de Raul Seixas, Gilberto Gil e Mutantes, no festival conhecido como Woodstock tupiniquim, viraram médicos, economistas e engenheiros. O teen procurou gente que foi aos festivais de Águas Claras. Eles reuniam por três ou quatro dias, nos anos 1970 e 1980, vários bichos-grilos sob a filosofia do amor livre. Difícil foi achar veteranos de Iacanga que... bom, que lembrassem do que aconteceu. “Só tinha maluco. A gente usava muita maconha e chá de cogumelo, dormianabarracadedesconhecidos, ninguém era dono de ninguém”, diz Marcelo Alvarenga, 48, que hoje é médico em Taubaté, não usa drogas e é pai de dois meninos, de 5 e 9 anos. Marcos Oliveira, 45, também tomou juízo. Pai de um menino de 13, hoje é economista e professor universitário em Montes Claros (MG). Não foi só ele que mudou: “Fui com um amigo que só caçava cogumelos. Quando voltou para São Paulo, virou evangélico. Deve ter encontrado Jesus no meio do chá.” Milton Herd, 49, não virou evangélico, mas engenheiro. Sua história ilustra bem o que foi Águas Claras. “Quando cheguei, roubaram minha barraca e minhas coisas. Fiquei só com a roupa do corpo.” Primeiro Herd dormiu na barraca de uma estranha, depois sob um caminhão atolado. A lama não foi nada, porém, perto da “nave espacial” de uma garota chamada Estrelita, onde dormiu na terceira noite. “Ela era doida. Falava que tinha vindo da constelação de Orion”, diz. Quando Herd chegou na barraca de Estrelita, descobriu que ela já estava cheia de gente de Órion. Sem espaço, dormiu com os pés para fora da barraca. “Aí levaram meu All Star...” No último dia, foi salvo por um casal de canadenses. Ganhou comida, abrigo e alguma substância estranha. “Não lembro o que houve, mas, quando acordei, no dia seguinte, eu estava pelado, do lado da mulher! Pensei: “canalha,
Hoje, entrar na fazenda onde aconteceram os festivais parece ficção científica. O carro passa por um banho químico e nem as pessoas saem ilesas: são obrigadas a lavar as mãos e a sola do sapato com água sanitária. Tudo para evitar que alguma praga devaste as 160 mil laranjeiras da fazenda. “Se fosse no meu tempo, a gente pularia a cerca e encheria tudo de bactéria”, diz Rosa Cheixas, mais conhecida como “Sétima Lua”, uma das hippies que acabaram ficando em Iacanga. Quem visita a fazenda atualmente só tem direito a um suquinho de laranja. Chá de cogumelo nunca mais. “Quem diria...antes era uma plantação gigante de cogumelos!”, diz Sétima. Para resgatar a memória desses tempos, dois documentários estão sendo produzidos. Um deles é o de Thiago Mattar, de apenas 23 anos. Com o intuitivo título de “Festival de Águas Claras”, deve estrear em 2013. Já o outro é o do cineasta Adauto Nascimento, feito com imagens captadas por ele no festival de 81, que também deve sair em breve. Depois de 30 anos, a maioria das pessoas muda, têm filhos e joga o espírito hippie no armário. Mas uns poucos fogem à regra. Como Rosa Cheixas, a “Sétima Lua”, que mora numa casinha colorida de Iacanga. “Vim de São Paulo ao festival com um dos meus três namorados da época. Aí viajei um pouco, mas voltei. Moro aqui até hoje.” Boa hippie, ela não sabe ao certo quantos anos tem e não liga para o dinheiro. “Acho que estou com 49 e, desde que cheguei, sou voluntária. Dou palestra sobre drogas para os jovens. O sustento mesmo vem da aposentadoria”. Ela não sabe explicar como se aposentou. Celso, 55, e Cátia Villagrand, 50, até hoje cruzam o Brasil vendendo artesanato. Ele, que é conhecido como Celsão de La Mancha, foi aos Festivais de 1975 e de 1981. Celsão, que é cara do Papai Noel, lamenta pelos que mudaram. “O jovem de ontem, que lutou tanto por mudanças, atualmente é um adulto que só liga pra grana.” Mesmo Milton Herd, aquele que dormiu com o pessoal de Órion, largou a carreira de
Foto: Daniel Marenco/Folhapress
O engenheiro Eduardo Barbosa, no saguão do edifício onde moram. Eduardo participou do Festival de Águas Claras, o chamado Woodstock brasileiro
Jovens em festival em Iacanga (SP), no começo dos anos 80
engenheiro em 2003, quando a ex-mulher passou num concurso da Receita Federal. “Ela já estava ganhando muito dinheiro, aí mandei tudo à merda e comecei a vender brinquedos antigos na praça Benedito Calixto. Claro que nos separamos logo após eu resolver fazer isso”, ri.
Os malucos de iacanga cresceram, e agora têm responsabilidades
“Depois que casei, dei uma encaretada, hoje nem bebo mais”, diz o ortopedista Marcelo Alvarenga, 48. Assim como Alvarenga, Eduardo Barbosa, 45, foi a Iacanga. Hoje ele é este homem bem vestido da foto, um engenheiro químico com cargo de gerência em uma empresa do ramo. “Não sei se deixaria meu filhos irem. Hoje tem mais violência, mais droga pesada. Acabou o maluco de verdade, que só quer curtir.” “Eu tinha só 15 anos, foi um choque ver tanto maluco junto”, conta. “Todo mundo tomava banho pelado em um riacho. Quando eu estava só de cueca, uma menina maravilhosa tirou a roupa e olhou para mim. Fiquei excitado, não deu pra descer a cueca. Eu tinha 15 anos, pô.” Mesmo com toda a atmosfera hippie, diz que só um amigo provou maconha - ou quase. “Um cara vendia maconha super barato, mas aí descobrimos que era bosta de vaca. E a burguesiazinha ficava louca com aquilo!” José Cássio, 50, também estava lá. Fez graduação em física e mestrado na USP. “Mas, para falar a verdade, nunca gostei de acampar”. Hoje, dá aula de informática em universidades particulares e tem uma empresa de consultoria com o amigo que o acompanhou a Iacanga. “Sabe, hoje não deixaria minha filha ir a um festival desses, são outros tempos.”
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Seus Direitos e Deveres
Gustavo Antônio de Moraes Montagnana/ Gabriela de Moraes Montagnana
É certo que, hoje em dia, a antiga prática de guardar dinheiro “em baixo do colchão” foi substituída por entregá-lo a instituições financeiras que cumprem o papel de protegê-los. Por esta razão, abrir uma conta em um banco ou instituição financeira é pratica corriqueira e que não disperta maiores atenções nos usuários deste serviço. Contudo, muitas regras envolvem a prestação dos serviços bancários, devendo, os consumidores, estarem atentos a elas para que o papel do “velho colchão”, aquele de proteger o “suado dinheirinho”, seja, efetivamente, por eles substituído. A intenção deste artigo será a de esclarecer algumas das regras publicadas pelo Conselho Monetário Nacional, aplicáveis às instituições financeiras, de forma geral, com o intuito de regular os seus serviços prestados aos consumidores. Desde o dia 30 de abril de 2008, os bancos não podem mais cobrar uma tarifa conhecida pela sigla TAC, que significa Taxa de Abertura de Crédito. Esta taxa era geralmente embutida nos contratos de financiamento de veículos e também aparecia com freqüência nos empréstimos pessoais, inclusive naqueles cujos pagamentos são feitos por desconto em folha. Desde 30 de abril de 2008, quando entrou em vigor nova regulamentação editada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central (Resolução CMN 3.518, de 2007), houve alteração no disciplinamento das cobranças de tarifas pelas instituições financeiras. A regulamentação atualmente em vigor (Resolução CMN 3.919, de 2010) classifica em quatro modalidades os tipos de serviços prestados às pessoas físicas pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central: a.serviços essenciais: aqueles que não podem ser cobrados; b.serviços prioritários: aqueles relacionados a contas de depósitos, transferências de recursos, operações de crédito e de arrendamento mercantil, cartão de crédito básico e cadastro, somente podendo ser cobrados os serviços constantes da Lista de Serviços da Tabela I anexa à Resolução CMN 3.919, de 2010, devendo ainda ser observados a padronização, as siglas e os fatos geradores da cobrança, também estabelecidos por meio da citada Tabela I; c.serviços especiais: aqueles cuja legislação e regulamentação específicas definem as tarifas e as condições em que aplicáveis, a exemplo dos serviços referentes ao crédito rural, ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao Fundo PIS/PASEP, às chamadas
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Proteja o seu dinheiro
“contas-salário”, bem como às operações de microcrédito de que trata a Resolução CMN 3.422, de 2006; d.serviços diferenciados: aqueles que podem ser cobrados desde que explicitadas ao cliente ou ao usuário as condições de utilização e de pagamento. Não pode haver cobrança sobre os seguintes serviços essenciais prestados a pessoas físicas: Relativamente à conta corrente de depósito à vista: a.fornecimento de cartão com função débito; b.fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto nos casos decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; c.realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de auto-atendimento; d.realização de até duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, por mês, em guichê de caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela internet; e.fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a movimentação dos últimos 30 dias por meio de guichê de caixa e/ou terminal de auto-atendimento; f.realização de consultas mediante utilização da internet; g.fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extrato consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobrados no ano anterior relativos a tarifas; h.compensação de cheques; i.fornecimento de até dez folhas de cheques por mês, desde que o cliente reúna os requisitos necessários à utilização de cheques, conforme a regulamentação em vigor e condições pactuadas; e j.prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos. Relativamente à conta de depósito de poupança: a.fornecimento de cartão com função movimentação; b.fornecimento de segunda via do cartão, exceto nos casos de pedidos de reposição formulados pelo correntista, decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; c.realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ou em terminal de auto-atendimento; d.realização de até duas transferências, por mês, para conta de depósitos de mesma titularidade; e.fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a movimentação dos últimos trinta dias; f.realização de consultas mediante utilização
da internet; g.fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extrato consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobrados no ano anterior relativos a tarifas; e h.prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos. A regulamentação estabelece também que a realização de saques em terminais de auto-atendimento em intervalo de até trinta minutos é considerada como um único evento. O aumento do valor de tarifa existente ou a instituição de nova tarifa aplicável a pessoas físicas deve ser divulgado com, no mínimo, trinta dias de antecedência à cobrança. Os preços dos serviços prioritários e o valor do pacote padronizado obrigatório somente podem ser majorados após 180 dias de sua última alteração, admitindo-se a sua redução a qualquer tempo. Esse prazo aplica-se individualmente a cada tarifa. As novas regras de tarifas de cartões de crédito estão em vigor desde 1º de junho de 2011. Para os contratos formalizados a partir dessa data, os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito (anuidade, emissão de segunda via do cartão, tarifa para uso na função saque, para uso do cartão no pagamento de contas e no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito). Para os contratos formalizados até 31 de maio de 2011, essas regras passam a valer a partir de 1º de junho de 2012. Até essa data, os serviços referentes a esses cartões são considerados “serviços diferenciados” e podem ser cobrados, de acordo com os termos do contrato, desde que devidamente explicitadas, ao cliente ou usuário, as condições de utilização e de pagamento. O valor cobrado mensalmente pelo pacote padronizado de serviços não pode exceder o somatório do valor das tarifas individuais que o compõem. Adicionalmente, as instituições podem oferecer pacotes específicos de serviços contendo serviços prioritários, especiais e/ ou diferenciados, não podendo incluir os serviços cuja cobrança é proibida, bem como serviços vinculados a cartão de crédito. A contratação de pacotes de serviços deve ser realizada mediante contrato específico. O cliente tem, também, o direito de optar pelo pacote padronizado, ou pela utilização e pagamento somente por serviços individualizados. As instituições financeiras são obrigadas a divulgar, em local e formato visível ao público, nas suas dependências e nas respectivas páginas na internet:
a.tabela com os serviços essenciais (os que não podem ser cobrados); b.tabela com os serviços prioritários; c.tabela contendo informações sobre o pacote padronizado; d.tabelas de demais serviços prestados pela instituição, inclusive pacotes de serviços; e.esclarecimento de que os valores das tarifas foram estabelecidos pela própria instituição; f.outras informações estabelecidas pela regulamentação em vigor. É obrigatória a divulgação no recinto dos correspondentes no País, além dessas tabelas, das tarifas relativas aos serviços prestados por meio do correspondente. Na divulgação de pacotes de serviços, devem ser informados, no mínimo: I - o valor individual de cada serviço incluído; II - o total de eventos admitidos por serviço incluído; e III - o preço estabelecido para o pacote. Outra regra muito importante, recentemente editada, apesar de já haver previsão implícita no Código de Defesa do Consumidor, é a que proíbe a cobrança pela emissão de boleto bancário em contratos de financiamento. A cobrança de tarifa pela emissão de boleto bancário ou ficha de compensação é abusiva e constitui vantagem exagerada dos bancos em detrimento dos consumidores. Entendeu o Superior Tribunal de Justiça que a cobrança de tarifa dos consumidores pelo pagamento mediante boleto ou ficha de compensação constitui enriquecimento sem causa por parte das instituições financeira, pois há “dupla remuneração” pelo mesmo serviço, importando em vantagem exagerada dos bancos em detrimento dos consumidores, conforme dispõe os artigos 39, inciso V, e 51, parágrafo 1°, incisos I e III, do Código de Defesa do Consumidor. O Supremo Tribunal Federal ao julgar Ação Direta de Inconstitucionalidade, decidiu que os bancos estão sujeitos ao CDC, devendo assim todas as cláusulas contratuais serem legíveis e claras, sob pena de serem declaradas abusivas, caso esse pedido seja formulado pelo consumidor que se sentir lesado. Por outro lado, andou mal a jurisprudência dos Tribunais Superiores ao entender que não pode o juiz de ofício, ou seja, sem provocação da parte interessada reconhecer ser abusiva uma cláusula inserida em contrato bancário. Por último, importante se ter em mente que apesar de ser autorizado aos bancos a cobrança de taxa de juros superiores a 12% ao ano, sem que tal fato configure anatocismo, devem respeitar a taxa média de mercado para operações de crédito, publicada, mensalmente, pelo Banco Central (http:// www.bcb.gov.br/?txcredmes).
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PROCLAMAS DE CASAMENTO - CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE BRAGANÇA PAULISTA - Rua Cel. Leme, 448 - Tel: 11 4033-2119
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DE SÃO PAULO Cidade de Bragança Paulista
Bel. Sidemar Juliano - Oficial do Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta cidade e Comarca de Bragança Paulista, faz saber que do dia 8 a 14 de junho de 2011 foram autuados em cartório os seguintes Proclamas de Casamento:
Protocolo: 879/2011 - JOSÉ RENAN LIMA ANDRADE DE FARIA e VITÓRIA ELENA DE LIMA. Ele consultor de T.I., solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 19/02/1992, res. e dom. à Rua do Rosário, nº 9, Centro - Bragança Paulista, filho de JOSÉ APARECIDO DE FARIA e de CLÁUDIA SUZANA LIMA DE ANDRADE FARIA. Ela assistente bancário, solteira, natural de Amparo-SP, nascida no dia 13/12/1990, res. e dom. à Travessa Lourenço Godoy, nº 26, Centro - Monte Alegre do Sul, SP, filha de GERALDO TADEU DE LIMA e de IVANI APARECIDA LOURENÇON DE LIMA Protocolo: 873/2011 - ERICK ROGER MORANDIN APARECIDO e LAÍS DE OLIVEIRA GOUVEIA. Ele auxiliar de produção, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 11/05/1989, res. e dom. à Alameda Holanda, 89, Jardim Europa - Bragança Paulista, filho de ROBERTO MORANDIN APARECIDO e de SILVIA REGINA SOARES APARECIDO. Ela repositora de estoque, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 09/09/1989, res. e dom. à Rua Capitão Basilio Vieira da Silva, 48, Padre Aldo Bolini - Bragança Paulista, filha de DAVI BARBOSA DE GOUVEIA e de ESTELA DE OLIVEIRA GOUVEIA Protocolo: 883/2011 - CLEORLANDO APARECIDO COIMBRA e ROSANA SEVERINA DA SILVA. Ele técnico de segurança em trabalho, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 01/10/1980, res. e dom. à Avenida Ezeo Dínamo Rossi, 279/1, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filho de JOSÉ CUSTODIO COIMBRA e de LOURDES APARECIDA DE FRANÇA COIMBRA. Ela auxiliar de produção, solteira, natural de São Paulo-SP, nascida no dia 04/12/1979, res. e dom. à Avenida Ezeo Dínamo Rossi, 279/1, Jardim Águas Claras - Bragança Paulista, filha de NIVALDO SEVERINO DA SILVA e de AMARA ZENILDA DA SILVA Protocolo: 884/2011 - EVERTON LUÍS MARTINS e BRUNA FERRAZ DE SOUZA. Ele operador de máquinas, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 18/12/1989, res. e dom. à Rua Epifânio Villaça, 156, Jardim Recreio – Bragança Paulista, filho de JOSÉ ARISTEU MARTINS e de ANGELA MARIA DE OLIVEIRA MARTINS. Ela secretária, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 18/10/1989, res. e dom. à Rua Adele Pagetti, 119, Cidade Planejada I - Bragança Paulista, filha de ISAIAS ALVES DE SOUZA e de SÔNIA LÍGIA LEITE FERRAZ DE SOUZA Protocolo: 885/2011 - JUVENAL DOMINGOS e CELIDALVA LOURENÇO DA CONCEIÇÃO. Ele operador de empilhadeira, divorciado, natural de Ouro Verde-SP, nascido no dia 18/08/1973, res. e dom. à Rua João Ochietti, 162, Cidade Planejada II - Bragança Paulista, filho de JOSÉ ANTONIO DOMINGOS e de LUIZA ODETE DE SOUZA DOMINGOS. Ela auxiliar de limpeza, solteira, natural de Camamu-BA, nascida no dia 13/04/1972, res. e dom. à Rua Espírito Santo, 156, Parque dos Estados - Bragança Paulista, filha de AURELINO LOURENÇO DA CONCEIÇÃO e
de MARIA VITALINA DA CONCEIÇÃO Protocolo: 889/2011 - JÚLIO DE PRÓPRIO e GABRIELA ALVES FERREIRA. Ele eletricista, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 14/07/1986, res. e dom. à Rua Argemiro Egidio Gonçalves, 390, Parque Brasil - Bragança Paulista, filho de BENEDICTO DE PRÓPRIO e de IVONE ANTONIA ALMEIDA DE PRÓPRIO. Ela empregada doméstica, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 13/09/1984, res. e dom. à Rua Argemiro Egidio Gonçalves, 272, Parque Brasil - Bragança Paulista, filha de JAYME ALVES FERREIRA e de EXPEDITA APARECIDA DA SILVA Protocolo: 891/2011 - JOÃO BATISTA MARIANO e ANA MARIA DOS SANTOS. Ele comerciante, divorciado, natural de São José dos Campos-SP, nascido no dia 01/11/1953, res. e dom. na Praça Hermogenes Paiva, 72, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filho de ANTÔNIO MARIANO e de CONCEIÇÃO FERREIRA MARIANO. Ela aposentada, divorciada, natural de Santo André-SP, nascida no dia 29/04/1953, res. e dom. na Praça Hermogenes Paiva, 72, Vila Aparecida – Bragança Paulista, filha de ANGELO ANTONIO DOS SANTOS e de JACIRA APARECIDA DOS SANTOS Protocolo: 892/2011 - ROBSON ANTÔNIO PEREIRA e FERNANDA ERMIDA PEREIRA. Ele mecânico, solteiro, natural de Atibaia-SP, nascido no dia 19/12/1977, res. e dom. à Rua Eduardo Rizk, 732, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filho de ARGEU ANTÔNIO PEREIRA e de BENEDITA PEREIRA. Ela auxiliar de cozinha, solteira, natural de Bragança Paulista-SP, nascida no dia 02/07/1987, res. e dom. à Rua Eduardo Rizk, 732, Cidade Planejada I – Bragança Paulista, filha de ANTONIO IVETE PEREIRA e de BERNADETE APARECIDA ERMIDA PEREIRA Protocolo: 898/2011 - TIAGO DE LIMA e MARIA JOSÉ RODRIGUES DA SILVA. Ele auxiliar de produção, solteiro, natural de Bragança Paulista-SP, nascido no dia 18/05/1987, res. e dom. à Rua Angelina Massani Mucci, 95, Jardim Fraternidade - Bragança Paulista, filho de BENEDITO PEDRO DE LIMA e de MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA. Ela empregada doméstica, solteira, natural de Águas Belas-PE, nascida no dia 05/08/1981, res. e dom. à Rua Angelina Massani Mucci, 95, Jardim Fraternidade - Bragança Paulista, filha de CÍCERO RODRIGUES DA SILVA e de GERCINA UMBELINA DA SILVA Bragança Paulista, 8 de junho de 2011 Sidemar Juliano – Oficial SERVIÇOS, CONSULTAS E INFORMAÇÕES: visite nossa página na Internet: www.cartoriobraganca.com.br
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Sexta 24 • Junho • 2011 Jornal do Meio 593
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