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Bragança Paulista

Sexta

2 Setembro 2011

Nº 603 - ano X jornal@jornaldomeio.com.br

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Para Pensar Expediente

Como um padre “vira” bispo? Mons. Giovanni Barrese

Es crevo na véspera do sepultamento de Dom Bruno Gamberini. Bispo Diocesano de Bragança Paulista de meados de 1995 a junho de 2004. Nesse mês foi transferido para a Arquidiocese de Campinas, tornando-se o quarto arcebispo. Conheci Dom Bruno em 1978 quando fui chamado para organizar, em Campinas, o seminário maior e o curso de Teologia que reuniria as cinco dioceses que formavam a Província Eclesiástica de Campinas. Dom Bruno, então padre, estava envolvido na formação dos estudantes de filosofia da diocese de São Carlos. Por conta desse trabalho tivemos diversos contatos. Ao voltar a Bragança fui colocado no serviço da coordenação da Pastoral. Com esse encargo os encontros com o padre Bruno aumentaram, pois ele desempenhava função semelhante. Tornamo-nos amigos. E assim nos relacionamos ao longo

destes anos. Quando se tornou bispo nomeou-me Procurador Geral da Mitra Diocesana (para representá-lo legalmente nas diferentes instâncias civis e eclesiásticas) e Ecônomo da Diocese (para auxiliar na administração das finanças e bens). Sempre me impressionou sua forma simples de lidar com todas as pessoas. Não fazia distinção entre quem era mais ou menos importante. Sempre me honrou com sua confiança e apoio nas minhas atividades. Também como pároco da Catedral. Lamento (humanamente falando) a perda desse amigo. Na certeza da fé sei que recebe de Deus a recompensa de tudo o que procurou fazer para o bem das Igrejas onde serviu. Pensei em escrever mais longamente sobre D. Bruno. Outros o farão com maior propriedade e maior justiça. Tomo a sua lembrança para discorrer sobre a pergunta que abre estas linhas e que, surpreendentemente, me foi

feita quando dava uma entrevista sobre ele. A pergunta emendava a possibilidade de já haver alguém nomeado para substituí-lo. Pensei: “Meu Deus, nem bem foi sepultado e já se pensa no substituto!” Digamos que a correria do nosso tempo lida assim mesmo com a gente: “a vida continua!” As normas da Igreja preveem que para ser bispo o padre tenha pelo menos trinta e cinco anos de idade e cinco de ordenação sacerdotal. O processo de escolha é bastante acurado. A Nunciatura Apostólica (espécie de embaixada da Igreja junto ao Governo- pois o Papa é chefe do Estado do Vaticano- e junto à Igreja do país) envia cartas de consulta pedindo apresentação de nomes. Essas cartas podem chegar a qualquer pessoa com participação nas comunidades de fé. Normalmente a maior parte dos que são consultados são padres, bispos e membros de congregações religiosas.

Tendo recebido os nomes são elaborados “dossiê” a partir de uma séria de perguntas que, desdobradas, são mais ou menos umas cinquenta. Questiona-se desde a saúde física e mental do apresentado até a opinião das pessoas sobre ele. No questionário pede-se que se aponte se o padre tem perfil para diocese grande, pequena. Urbana ou rural. Qual sua formação intelectual, suas habilidades, etc. Posso dizer que é um questionário que toma tempo. Isso volta para a Nunciatura que forma uma lista tríplice. A lista e o “dossiê” são enviados para a Congregação dos Bispos em Roma (espécie de ministério de governo do Papa). A congregação ultima os estudos e apresenta os nomes ao Papa que nomeia livremente. Vale lembrar que os ministérios na Igreja não são frutos de carreira. São chamados para servir. Um padre até pode querer ser bispo, mas se

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Jornal do Meio Ltda.

ele não for chamado jamais o será! A missão do Bispo é ser pastor e mestre. Ser aquele que confirma os irmãos na fé. É uma bela, sublime e espinhosa missão. Porque, não tenham dúvidas, o tal dito popular “Vá reclamar ao bispo” é verdade. E muito frequente. Termino retornando a figura de Dom Bruno. Foi um bom Pastor. Guardarei sempre no coração a generosidade com que se dedicava às pessoas. Fruto de seu amor a Jesus Cristo e à Imaculada. Padroeira de Bragança e de Campinas!


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Aumento

expressivo Somos 37.836 habitantes a mais, desde o censo de 1991

colaboração SHEL ALMEIDA

O XII Censo Demográfico realizado em todo o país pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – teve início em agosto de 2010 e os resultados finais começaram a ser apresentados em dezembro. No site do instituto (www.ibge.gov.br) é possível ter acesso a esses dados e descobrir características da população do país como um todo, de cada estado e também das cidades especificamente. Foram 5.565 municípios recenseados em todo o território nacional e aproximadamente 58 milhões de domicílios. Um dos avanços desse censo em relação aos anteriores foi a utilização dos computadores de mão, recurso que permitiu, entre outras coisas, estender o questionário para populações específicas, como a indígena, por exemplo. De acordo com o site, os primeiros resultados definitivos, divulgados em novembro, mostram no Brasil uma população formada por 190.732.69 pessoas. Em julho foram divulgados os mapas municipais estatístico. Em outubro serão divulgados os indicadores sociais municipais básicos. O Jornal do Meio faz uma prévia e apresenta alguns índices descobertos sobre Bragança Paulista pelo censo do IBGE.

População

Bragança Paulista tem 512,622 km² de área territorial e população de 146.744 habitantes, o que indica uma densidade demográfica de 286, 26 habitantes por km². Na área urbana vivem 142.255 pessoas, 96,9% do total de habitantes do município, contra 4.489 pessoas residentes na zona rural, 3,1% dos habitantes. A população masculina é de 72.081 homens, sendo que 69.700 vivem na área urbana e 2.381 na área rural. Já a população feminina é de 74.633 mulheres, num total de 72.555 vivendo na área urbana e 2.108 na área rural. São 2.552 mulheres a mais, em relação ao número de homens. Em relação à cor ou raça, 114.915 dos habitantes de Bragança se declararam brancos, 4.881 pretos, 25.137 pardos, 1.703 amarelos, 107 indígenas e 1 pessoa não declarou nenhuma das opções citadas. O XII censo do IBGE mostra também como foi significativo o crescimento da população bragantina, em especial nos últimos 15 anos. Em 1991 éramos 108.980 habitantes e em 1996 chegamos a 109.327 pessoas, um aumento bem pequeno. Já em 2000 esse número aumentou consideravelmente, chegando a 125.031 habitantes. Em 2007 passamos a ser 136.286 pessoas, já em 2010 crescemos 10.458 totalizando 146.744 habitantes. Comparando os resultados dos censos de 1991 e 2010, o crescimento populacional foi de 34% em 19 anos, num total de 37.836 pessoas. Num ranking, feito pelo próprio IBGE de municípios com mais de 50.000 habitantes de todo o país, Bragança Paulista ocupa a colocação número 180, pouco atrás de São Caetano do Sul, cidade da região metropolitana de São Paulo, com 149.263 habitantes, na posição número 178 e bem à frente da vizinha Atibaia, na posição número 206, com 126.603 habitantes. Por outro lado, mesmo com 20.141 habitantes a menos que Bragança, o PIB - Produto Interno Bruto – do município de Atibaia é superior ao nosso. São R$ 17.528,46 deles contra R$ 15.176,41 nossos. Extrema, próxima 35 km de Bragança, também tem PIB superior. Mesmo com apenas 28.599 habitantes, o produto interno bruto da cidade mineira, chega a R$ 47. 366, 93. Aliás, esse número

é bem maior do que os PIBs de Bragança e Atibaia somados, o que daria R$ 32.704, 87. Pode-se imaginar que esse resultado tenha a ver com as indústrias situadas em Extrema, que atraem tantos trabalhadores da região. Todos esses resultados tiveram como base a renda per capita a preços correntes de 2008, conforme indica o site do IBGE.

Curiosidades

Em relação à residência, foram 52.904 domicílios recenseados, com media de 3,26 moradores por domicílio particular ocupado. Das 145.920 pessoas que vivem em domicilio particular o que, segundo o IBGE, é a “moradia onde o relacionamento entre seus ocupantes é ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência”, 29.637 delas declaram viver com cônjuge de sexo diferente e 48 declaram viver com cônjuge do mesmo sexo. Dos entrevistados, 44.765 se declaram serem a pessoa responsável pelo domicílio, 52.325 vivem com filho ou enteado, 6.200 vivem com netos ou bisnetos, 11.400 com outros parentes, que não os citados na pesquisa e 1.545 vivem com pessoas com a qual não possuam parentesco. Um dado bem singular indica que residam na cidade 62 pessoas com idade entre 95 e 99 anos, 13 deles homens e 49 mulheres, e 14 com idade acima de 100 anos, sendo 03 homens e 11 mulheres. O censo 2010 do IBGE levantou também algumas curiosidades a respeito dos municípios. Em relação às escolas, por exemplo, Bragança possui 84 de ensino fundamental, 24 de ensino médio e 58 de pré-escola, 166 no total. No ensino fundamental temos 1.052 professores, 431 no ensino médio e 220 na pré-escola, totalizando 1.703 docentes. Em 2009, ano base desta pesquisa específica, foram feitas 22.131 matrículas no ensino fundamental, 5.921 no ensino médio e 3.567 na pré-escola, o que dá um total de 31.619 alunos matriculados. Já as estatísticas do registro civil de 2009 indicam que ocorreram 2.258 registros de pessoas nascidas vivas, e 2.290 registros de óbitos. Foram também registrados 820 casamentos, 129 separações judiciais e 56 divórcios. Dados de 2009 do IBGE mostram, ainda, que o número de pessoas com algum tipo de ocupação em Bragança é de 42.366, sendo 34.821 assalariados, com média de salário mensal de 2,8 salários mínimos. A incidência de pobreza na cidade é de 14,60%, de acordo com o mapa de pobreza e desigualdade social, inferior a de Atibaia, que é de 16,82%, mas superior a de Extrema, que é de 10,85%. Um fator social capaz de indicar o nível de crescimento econômico de um município e mais fácil de perceber no dia-a-dia refere-se à frota. Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior o número de veículos. Não é preciso dizer que hoje eles são muitos em Bragança, mas quantos exatamente? Segundo o IBGE são 84.492 no total, o que representa 1,73 habitantes por veículo. Dados e 2010 indicam os seguintes números: 48.306 automóveis, 2.356 caminhões, 166 caminhões tratores, 5.612 caminhonetes, 2.273 camionetas, 266 micro-ônibus, 20.387 motocicletas, 3.386 motonetas, 300 ônibus e 09 tratores de roda, 309 utilitários e 1.124 outros tipos de veículos. Ainda segunda o IBGE, em 2009 a frota era de 73.891, ou seja, são 10.603 veículos a mais em um ano. Em 2007 eram 61.876 veículos, 22.616 a menos que em 2010.

Vista aérea da cidade de Bragança Paulista - SP hoje com146.744 habitantes Foto: REPRODUÇÃO INTERNET SITE IBGE

Foto: REPRODUÇÃO INTERNET SITE IBGE

Para conhecer mais dados sobre Bragança os seguintes links: www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350760# ou www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. No segundo, será preciso selecionar o estado e a cidade.


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Teen

Chorei, chorei,

agora não choro mais Ex-emos curtem de cássia eller a funk; visual pegaria mal na faculdade de contabilidade, diz um dos jovens

por ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER/FOLHA PRESS Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

Quando Rodrigo Alves, 18, apareceu de chapinha em casa pela primeira vez, “todo mundo olhou estranho”. Desde aquele Natal de 2007, o radar antiemo do seu velho apita assim que ele cruza a porta. “Se meu pai quer me zoar, me chama de emo.” E quer saber? “Eu era mesmo! O que tem demais? Poxa, é só ouvir uma música melancólica...” Hoje, o chororô secou. Rodrigo trocou a tribo conhecida por arroubos emotivos (daí o “emo”) por gostos mais diversos, como funk proibidão. “Dos meus amigos que eram emos, a maioria agora ouve funk, eletrônico. Na rua, se passa um carro com proibidão, a gente tá dançando!” Uma mudança e tanto para quem passou boa parte da adolescência trancado no quarto, com fones de ouvido ricocheteando o pancadão deprê de My Chemical Romance e Panic! at the Disco. Como ele, muitos seguidores do movimento debandaram -uma tribo em extinção. Se lágrimas pareciam incapazes de borrar a maquiagem dramática nos olhos, a imagem dessa galera saiu bem mais manchada. Após estourar, na virada do século, o emotivo virou motivo de chacota. Foi tanto bullying que até bandas associadas ao emocore (hardcore emotivo), como Fresno e NX Zero, quiseram distância. Emo, eu? Imagina... “O Brasil é um país machista”, avalia Rodrigo. “Vieram aquelas bandas americanas passando maquiagem... Emo, aqui, ganhou fama de viado.”

Se chorei ou se sorri

Melissa Guebara, 18, culpa “aquela depressãozinha que dá na adolescência” por sua fase melancólica. Mas já saiu dessa. “Sei lá, comecei a achar que era atitude de criança.” E se desfazer do visual emo, com referências que vão de caveiras a lágrimas desenhadas no rosto, faz parte desse ritual. “Na faculdade de ciências contábeis, vou ser olhado de lado”, argumenta Rodrigo. “Chega uma hora em que você amadurece.” Dos tempos de lamúria, ficaram as madeixas. “Não tem como sair totalmente das coisas em que a gente entra de cabeça. Minha franja sobrou”, diz Melissa, hoje fã da MPB de Ana Carolina e Cássia Eller. Um dia, o pai de Rodrigo propôs cortar o “mal” pela raiz. “Ele pega no pé por causa do cabelo. Diz: ‘O que você quer para cortar? Quer um notebook? Vamos negociar!’” O filho não fechou negócio. Com ajuda de escova progressiva, o franjão continua.

Para o antropólogo da USP José Guilherme Magnani, mais fácil é cortar fora os ideais da juventude. É normal, diz ele, que emos cresçam e se deparem com “opções [de vida] mais duradouras, com perspectiva profissional”. “Não tem drama algum nisso.” É Roberto Carlos quem canta o ponto final: “O importante é que emoções eu vivi...”.

Cléber machado, 49 anos, locutor e jornalista

por MARIANA BOMFIM Eu tinha nove anos quando ouvi, por acaso, o anúncio da morte do meu pai na rádio Bandeirantes, onde ele trabalhava. Ele estava doente, no hospital, e percebi aquele movimento estranho em casa, de gente indo e voltando do hospital. Acho que era um sábado, umas dez pras oito da manhã, e tinha esse programete de esporte que a gente gostava de ouvir. Naquele dia, o cara deu a nota de falecimento. “A Bandeirantes acaba de perder...” Todo mundo em casa já sabia, menos eu e meu irmão. Minha mãe, então, começou a fazer bicos de manicure em casa para reforçar o que recebemos do seguro de vida. Nunca passamos dificuldade, mas não dava para pagar curso de judô, natação ou inglês. Até por isso, eu e meu irmão Cleiton, dois anos mais novo, passamos a adolescência jogando bola na rua. Em Pinheiros ou na Vila Madalena, os bairros onde morei por mais tempo, era a rua daqui contra a rua de lá. Quando não era futebol, era futebol de botão. Tinha campeonatos enormes com tabela, placar, narração e tudo. Na escola, eu sentava no fundo, era falador e bagunceiro, mas nunca tomei pau. Eu costumava pular o muro do colégio Max [Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira dos Santos] para chegar mais tarde ou sair mais cedo. Apesar de nunca ter sido muito baladeiro, saía à noite, ia ao cinema e aos bailinhos. Teve uma época que eu gostava de brincar de novela. A galera se reunia e formava cada dia um par romântico diferente. Lembro de ser o personagem que o Marcos Paulo fazia na novela “O Primeiro Amor” [de 1972]. Rolava beijo, igual na televisão. Nunca fui de ir à zona, esses lugares. Às vezes, quando eu já trabalhava, os caras iam fazer jogo no interior e... Às vezes não, sempre que os caras iam fazer jogo no interior eles iam a esses lugares. Mas eu não me lembro de ter ido.

Ensaio com emos: se o mundo fosse dominado por emos. da esq p dir:Rodrigo Alves Rodrigues,18, Julia Cristina Oliveira Silva,18 (ao fundo) e Melissa martinez Guebara,18, posam de executivos Foto: Eduardo Knapp/folhapress

Garoto Rodrigo Alves Rodrigues,18, posa de Presidente

Nunca fui mesmo. A minha primeira vez foi com uns 18 anos, com minha segunda namorada, que se tornou minha primeira mulher. Não fui precoce em nada, talvez só na carreira. Como meu pai trabalhava em rádio, passei a infância lá. Quando tinha 16 anos, o Luiz Aguiar, da rádio Tupi, que havia trabalhado com meu pai,

me disse para frequentar o plantão esportivo. No ano seguinte me contrataram -eu fazia o terceiro colegial de manhã e trabalhava à tarde. Aí eu já sabia que era isso mesmo que eu queria e, aos 20, comecei a fazer jornalismo na Fiam [Faculdades Integradas Alcântara Machado]. Quando me formei, em 1985, já era jornalista há um tempo.


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Casa & Reforma

Síndicos barateiam

condomínio

Diálogo e terceirização de serviços são algumas das medidas adotadas por Folhapress

O valor da taxa condominial muitas vezes incomoda quem mora em prédio. O custo mensal médio na capital é de R$ 642, segundo dados da administradora Lello. Na soma de fatores, despesas com pessoal, água e energia são responsáveis, em média, por 74% da conta, de acordo com a empresa. Soma-se a isso a inadimplência, que em alguns casos ultrapassa 30% do orçamento mensal. Com estratégias que vão desde o diálogo até a contratação de serviços terceirizados, há síndicos que chegam a reduzir em até 50% o valor da taxa do condomínio.

Inadimplência zero

A síndica Vera Carvalho, 60, só resolveu o problema da inadimplência com a contratação de uma empresa de cobrança. Após tentativas feitas apenas com conversas, a taxa de 10% de não pagadores chegou a zero neste ano (confira dicas no quadro ao lado). “Mas de nada adianta a empresa se não há acompanhamento [do síndico]”, diz. (maria aparecida silva)

Ordenar quadro de empregados reduz despesas

Controle das horas extras e do número de funcionários e terceirização de serviços são algumas alternativas para reduzir a folha salarial, que representa 54% dos gastos do condomínio, segundo a administradora Lello. Com um quadro de funcionários organizado, Nilton Savieto, 52, conseguiu pôr em ordem o caixa do residencial em que é síndico e reduzir em 50% o valor da taxa. “Os funcionários faziam até quatro horas diárias a mais, isso estava tornando a conta mais cara do que o condomínio podia pagar”, afirma. Além de onerar o condomínio, manter empregados que trabalhem 12 horas diárias fora do regime 12 por 36 --um dia trabalhado seguido de uma folga-- pode originar futuras ações trabalhistas.

Terceirização

Os condomínios que preferem manter funcionários contratados enfrentam, além de possíveis ações na Justiça, o desafio da rotatividade e o pagamento de custos de Foto: Isadora Brant/Folhapress

Marcelo Spinoza, gerente operacional faz vistoria em veiculo na estrada do predio. Ele e funcionario da empresa Hagana que presta servico a condominios de predios residenciais. Tercerizacao de mao de obra em condominios ajudam na economia do predio

admissão e de demissão. Para fugir desses problemas e da responsabilidade pelo treinamento dos empregados, alguns prédios terceirizam a mão de obra. A decisão é polêmica, pois reduz a identificação entre moradores e funcionários. Contudo, é uma alternativa para evitar dores de cabeça. Foi a solução encontrada pela síndica Vera Carvalho após problemas com seu pessoal. A contratação de uma empresa terceirizada tirou de suas atribuições a preocupação com uniformes de funcionários, faltas e pagamento.

Consumo de água cai com investimento

Reduzir o gasto de água do condomínio depende de investimento e de trabalho de conscientização. Em condomínios em que o hidrômetro é coletivo, o primeiro passo pode ser a individualização da água. O custo de instalação é de cerca de R$ 450 por unidade, mas reduz problemas com o desperdício do insumo dentro dos apartamentos, que passam a pagar por consumo. Quando essa solução não é possível, a saída é realizar campanha de conscientização para diminuir a conta. Alguns síndicos chegam a fazer o acompanhamento diário do relógio de água para percebewr uma eventual alteração brusca --seja por vazamento, seja por mau uso. Outra alternativa pode ser a construção de um poço artesiano. Foi o que fez o síndico Edson Guedes, 36, em seu condomínio na Vila Mariana (zona sul). A medida reduz à metade o gasto com o insumo, já que paga-se apenas a conta de esgoto do edifício. Em condomínios que possuem vasta área de lazer, é recomendável instalar equipamentos econômicos nesses espaços comuns. Torneiras automáticas, vasos sanitários com caixa acoplada e válvulas de duplo fluxo reduzem o gasto em até 50%. Nas torneiras, arejadores são responsáveis por economia de até 35%. Foto: Isadora Brant/Folhapress

Vera Lucia Costa Carvalho é síndica do prédio em que mora. Ela contratou a empresa Hagana para prestação de serviços como porteiro, seguranca e limpeza. A tercerização de mão de obra colaborou para a economia do condomínio


7 Comportamento

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Trate sua

casa

É terapia pura: um bom rearranjo vai deixar o espaço mais relaxante, saudável e convidativo por JULIANA VINES/Folhapress Foto: Paula Giolito/Folhapress

Casa-vitrine, cheia de objetos bonitos, não é sinônimo de “casa saudável”. A expressão é empregada na geobiologia, que estuda o impacto dos ambientes no homem. “Estudos comprovam que as cores das paredes, a altura do teto, a iluminação e os produtos químicos usados na limpeza são determinantes para a saúde”, diz Allan Lopes, fundador do Instituto Brasileiro de Geobiologia. “Mas nunca pensamos que estamos cansados porque o teto do escritório é baixo e a luz é clara.” Para a arquitetura, imóvel vivo começa na boa estrutura e inclui espaços integrados, de forma que todos os ambientes sejam aproveitados. Cômodo vazio, além de desperdício, é sinal de que o lugar não atrai. Usar todos os espaços também é uma das 12 regras em “A Casa Terapêutica” (Ground, 272 págs., R$ 49), livro que ensina a aumentar a saúde do lar. Outra regra é não abusar da monotonia branca nas paredes -com a qual concordam os especialistas ouvidos aqui (eles dão, a seguir, seus truques para deixar a casa “sarada”). Para a escritora Letícia Braga, autora de “O Prazer de Ficar em Casa” (Casa da Palavra, 80 págs.,R$ 16), deixar o ambiente mais convidativo requer mais esforço do que dinheiro. “Muita gente escolhe materiais sintéticos e sem graça para ter menos trabalho. Mas devemos ter trabalho, não? Devemos querer cuidar da nossa casa, passamos boa parte do tempo lá.” SINCRONIZE LUZ E RITMO BIOLÓGICO Casa bem iluminada não é só uma questão de decoração. Luz e sombra têm relação direta com ritmo biológico. “Associamos tons amarelados e alaranjados do entardecer com o repouso e branco e azul com um estado maior de atividade. Essa é uma pista para determinar o que é aconchegante”, diz Gilberto Franco, arquiteto especialista em iluminação. Pensando nisso, aproveite a iluminação natural e prefira lâmpadas de cores quentes para salas e quartos (há lâmpadas fluorescentes amarelas). Em lavanderias e cozinhas, as brancas vão bem. Permitir a variação de luminosidade também é bom. Coloque mais de um ponto de luz em cada cômodo. Não economize em luminárias, que suavizam e mudam o tom da luz. Instale interruptores (dimmers) que dosam a luminosidade ou, em um mesmo ambiente, coloque várias luzes independentes. ESQUEÇA A DECORAÇÃO DE REVISTA Não é difícil (nem caro) decorar seu espaço. “Uma casa saudável tem a cara de quem mora ali, reflete a personalidade, não é padronizada”, diz o arquiteto Guto Requena. Escolha objetos que significam algo para você, reforme móveis antigos, deixe à mostra objetos queridos ou de família. É fundamental não se prender a modas, diz o o arquiteto Marco Donini. “Decoração em exagero,

principalmente quando segue cartilhas e modismos, é uma armadilha.” Nada proíbe você de ter uma casa cheia de coisas, mas é bom deixar espaços vazios. Ambientes mais limpos visualmente acalmam os sentidos, relaxam a mente. EVITE PERSIANAS TIPO ‘CONSULTÓRIO’ Persianas de metal e estofados de tecidos sintéticos são funcionais, mas deixam a casa com cara de consultório médico. Nem sempre o que é mais fácil de limpar é confortável. Procure almofadas, cortinas e sofás com apelo tátil, gostosos de pegar. “Fibras naturais são mais convidativas”, diz o arquiteto Maurício Arruda. Lençóis de algodão são mais fofos do que os de microfibra, assim como os sofás de tecido ou couro. Quem tem algum tipo de alergia respiratória e quiser fugir do poliéster antialérgico pode investir em tapetes feitos com fibras de garrafa pet, fofos e fáceis de lavar. Para aumentar a sensação de bem-estar, a decoradora Neza Cesar dá a ideia de usar água de passar roupa com essência de lavanda nos lençóis. Em banheiros e lavabos, experimente borrifar as essências de capim-santo ou flor de laranjeira, bem mais agradáveis do que o cheiro de desinfetantes pesados. DEIXE O AR ENTRAR E ROLAR Garantir a circulação de ar é uma das primeiras regras para uma casa “terapêutica”. O ideal é que os ambientes tenham grandes entradas de ar em lados alternados, para que haja circulação, explica o arquiteto Rodrigo Marcondes Ferraz, do escritório FGMF. Quando possível, deixe portas e janelas abertas. A falta de ventilação ajuda a juntar umidade e facilita a proliferação de fungos e ácaros. Ar fresco ajuda até a prevenir gripes e resfriados, de acordo com o infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Quem usa ar-condicionado deve ficar de olho se a manutenção está em dia. Mesmo se estiver em dia, prefira a ventilação natural. Armários e closets devem ter vãos livres para que o ar circule. Se ainda assim a umidade for insistente, uma boa ideia é colocar no armário e nas gavetas bolinhas de cedro ou pedaços de giz de lousa. DEVAGAR COM O PISO FRIO Piso frio não tem esse nome por acaso. E colocá-lo em todo lugar é um dos erros mais comuns. Um dos exemplos é o abuso do porcelanato, aquele piso brilhante. “As pessoas optam pelo porcelanato por ser fácil de limpar, mas aí usam em todos os cômodos e a casa fica fria e monótona” , diz o arquiteto Maurício Arruda. Aí não há tapete que resolva. Nos quartos e sala, prefira pisos de madeira, que deixam o ambiente mais convidativo, principalmente no inverno. MUITA TINTA, MAS POUCA QUÍMICA Casa toda branca (ou bege) é um tédio. “Fica sem

Casa da designer Raquel Mendes personalidade”, diz o arquiteto Guto Requena. Para ele, não há cor que não possa ir à parede. “Azul, preto, rosa”, enumera. “O maior erro é o medo.” Cores frias (azul e verde, por exemplo) dão a impressão de que o ambiente é maior e ajudam a relaxar. Cores quentes dão mais energia, mas podem não ser uma boa ideia em locais com temperaturas mais altas. E não precisa fazer uma revolução: pintar uma parede já muda completamente o ambiente. “Quem

não quer pintar a casa, pode usar móveis e objetos coloridos”, sugere a decoradora Neza Cesar. É importante escolher uma tinta pouco tóxica e com menos cheiro, o que ajuda a evitar alergias respiratórias. Prefira as que usam solventes à base de água. Solventes químicos, como o tíner, evaporam e pioram a qualidade do ar mesmo depois que a tinta já está seca. As tintas acrílicas são menos tóxicas do que as tintas tipo esmalte e látex.


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Antenado

O Navio Negreiro O historiador Marcus Rediker dedicou quatro anos de trabalho ao livro; “convivi com o terror”, afirma ele

por RICARDO BONALUME NETO/Folhapres

De longe, ele é uma aparição bonita, elegante. Três mastros, gurupés, velas redondas e velas latinas. Mas, à medida que o observador se aproxima, vai encontrando um local de puro terror. “Câmaras de horror”, é como o historiador americano Marcus Rediker define os navios negreiros que transportaram milhões de escravos da África para as Américas. Rediker realizou um feito raro com o livro “O Navio Negreiro - Uma História Humana”: conseguiu tratar de um tema ainda pouquíssimo explorado, o da escravidão africana moderna. Ninguém antes havia exposto com tanta riqueza a sordidez do transporte de escravos para plantações e minas das Américas e do Caribe. Leia abaixo trechos da entrevista com o historiador. Reportagem - Por que decidiu escrever um livro sobre a experiência deste tipo de navio?

Marcus Rediker - A ideia de escrever “O Navio Negreiro” surgiu alguns anos atrás, quando me encontrei com o ex-Pantera Negra, agora prisioneiro político, Mumia Abu-Jamal, no corredor da morte da Pensilvânia. Era parte de uma campanha para abolir a pena de morte. Afro-americanos constituem uma parte desproporcionalmente grande do corredor da morte nos EUA, então eu comecei a pensar sobre o relacionamento histórico entre raça e terror. O livro começou na militância política. Quão difícil foi realizar as pesquisas para o livro? Eu tinha a vantagem da experiência de 25 anos de trabalho nos arquivos marítimos. Passei quatro anos de trabalho em tempo integral dedicado ao livro -convivendo com o terror, pode-se dizer. Por que você se concentrou sobre a experiência britânica e americana?

Em parte, isso era uma questão de formação acadêmica, pois eu havia estudado por muito tempo a história antiga britânica e americana. Por outro lado, isso era uma questão de importância histórica: os navios britânicos carregaram mais pessoas para a escravidão do que qualquer outro país durante o século 18, o período de pico do comércio de escravos. Meu desafio era transformar as estatísticas de negócios em histórias humanas. Havia diferença significativa entre os navios negreiros anglo-saxões e os de outras nações, por exemplo, os usados no tráfico para o Brasil? A maioria dos navios de escravos operava da mesma forma, mas havia algumas diferenças. Negreiros portugueses e brasileiros tendiam a ser maiores do que a maioria, mas, porque a distância a ser navegada era menor no Atlântico Sul

(45 dias, comparados a 68 dias para os navios britânicos), as taxas de mortalidade foram menores. Você diz que nenhum país jamais lidou integralmente com o legado da escravidão e que reparações são ainda devidas. Que tipo de forma poderiam ter essas reparações? Sociedades e governos podem, por exemplo, despender maiores recursos educacionais para áreas urbanas mais pobres, beneficiando os descendentes dos escravos e a sociedade como um todo. Mas, obviamente, nada significativo vai acontecer até que um movimento social exija uma responsabilização por esse passado terrível. O NAVIO NEGREIRO AUTOR Marcus Rediker EDITORA Companhia das Letras TRADUÇÃO Luciano V. Machado QUANTO R$ 64 (464 págs.)


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Informática

&

Tecnologia

Território marcado Rede social de geolocalização Foursquare aposta que o Brasil será um dos seus principais mercados em futuro próximo

por AMANDA DEMETRIO/Folhapress

O rosto de um gordinho com cara de nerd está estampado ao lado de imagens de beldades na página inicial do Make Me the Next Model 2011 (bit.ly/mmnm2011), concurso que elege modelos para a loja de roupas britânica Next. Uma campanha iniciada no Facebook levou Roland Bunce, irlandês de 24 anos formado em ciência da computação, à liderança da primeira fase do concurso. Bunce ganhou a chance de desfilar sua corpulência para jurados especializados em moda na segunda etapa do concurso, no dia 30 de julho, mas já disse pelo Facebook que não vai ao evento. Mobilizações em massa para pregar peças e perturbar o fluxo convencional das coisas são uma tendência em redes sociais e fóruns. No Brasil, um caso parecido com o de Bunce aconteceu em 2010. O alvo foi o ranking do site Colírios Capricho. O modelador 3D Paulo de Campos, 31 anos, não tem os atributos físicos comuns dos rapazes que costumam aparecer na lista. Uma mobilização que começou no fórum do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha) e invadiu o Twitter pôs Campos na liderança. As regras do Colírios Capricho determinaram a exclusão do perfil dele. Ele tinha idade maior do que a permitida e não fez a própria inscrição. Também em 2010, usuários do site 4chan.org se organizaram para deturpar uma enquete --sem valor oficial-- que perguntava a que país Justin Bieber devia levar a turnê “My World”. O objetivo era colocar a Coreia do Norte, país sob regime ditatorial, em primeiro lugar. A zoeira venceu.

Pegadinha Em maio deste ano, também no 4chan, usuários se mobilizaram para criar perfis falsos em sites de relacionamento e combinar encontros com solteiros no mesmo ponto da Times Square, em Nova York, no mesmo horário. Os solteiros se amontoaram à espera de pretendentes. Como o local é filmado o tempo todo e exibido pela rede (em bit.ly/camerany), os autores da pegadinha puderam ver tudo ao vivo.

“Falavam como se eu fosse o Michael Jackson’ Em 2009, Paulo de Campos --que na rede usa o nickname Lord Eternal-- virou um fenômeno na web ao contar um sonho que teve com o Entei, personagem de “Pokémon”. Em 2010, um usuário da seção Vale Tudo do fórum do UOL o inscreveu no Colírios Capricho. Campos, que liderou o concurso, falou à reportagem sobre o episódio. Reportagem - Como você soube que estava no Colírios Capricho? Paulo de Campos - Estava trabalhando, alguém apareceu no MSN e me disse: “Lord, você está em terceiro no Colírios Capricho”. Na hora, nem dei bola. Depois, começou a encher de janelas no meu MSN. Entrei no site e vi que tinham colocado lá “Paulo Pokémon”. Pensei: “Deixa para lá, isto aqui é ‘piração’ do pessoal do fórum do UOL. Daqui a pouco desencanam”. Quem inscreveu você? Foi um usuário do fórum do UOL, o Joãozinho. Só fui conhecê-lo depois. Ele apareceu no MSN e falou que me inscreveu. Achei graça com ele. Não foi perversidade. Chegou a votar em si mesmo? Não, graças a Deus. Ia ser muito engraçado. Imagina um cara pensar: “Ah, vou votar em mim mesmo, ‘yes’!”. Na sua opinião, o que levou as pessoas a votarem em massa para que você fosse líder? Acho que o pessoal achou divertida a brincadeira. Eu lia no Twitter mensagens como “o cara é gente fina, vota nele”. Teve até um cara que escreveu assim: “Meu dedo cai, mas o Lord ganha”. Acho que fiz uns 200 amigos depois

daquilo. As pessoas me adicionavam no MSN e no Skype e diziam: “Cara, você é uma lenda!”. Falavam como se eu fosse o Michael Jackson. Como foi a repercussão com as pessoas mais próximas? O pessoal do meu serviço falava comigo: “E aí, colírio, dá para largar os holofotes e dar uma ajuda no trabalho?”. Sua vitória era merecida? Pelo menos aqueles que estavam balançando a bandeira dos nerds achavam merecida. Foram mais de 45 milhões de votos [ele não citou fontes]. Mais até que a final do Big Brother deste ano, que deu 42 milhões. [Na verdade, foram 52 milhões.]

Foursquare cresce em solo infértil no Brasil O Foursquare cresce no Brasil mesmo estando em solo infértil. “Nós não entendemos exatamente por que o Brasil está crescendo tão rápido, mas vamos continuar a dar suporte a esse mercado em um futuro próximo”, disse Holger Luedorf, vice-presidente de dispositivos móveis e parcerias do Foursquare. No país, o crescimento do acesso à rede social ainda esbarra em barreiras como o idioma local. “O produto ainda não foi localizado [traduzido para o português] no Brasil, o que é uma desvantagem normalmente, mas temos muitos usuários entusiasmados nesse mercado”, diz Luedorf. Também freia o acesso a necessidade de ter um smartphone com acesso rápido à internet para poder aproveitar da melhor maneira todas as funções do serviço. Apesar disso, o executivo destaca que o Brasil é bastante experiente e interessado em questões relacionadas a internet, além de ser um país muito “social”. “São dois aspectos que continuamente ajudam o nosso crescimento no Brasil”, completa o executivo do Foursquare.

Superusuários O Foursquare tem uma comunidade de superusuários, que agem por trás das cortinas para que o serviço continue funcionando em ordem. São eles que resolvem problemas como a duplicidade de venues (nome dado aos lugares cadastrados no site) e o ajuste das categorias de cada estabelecimento. Eles também são responsáveis por fazer edições que os usuários pedem para alguns locais. A comunidade também existe no Brasil. “Lá no final de 2009, os primeiros usuários que começaram a dar muitos check-ins e a contribuir com novos lugares viraram superusuários”, conta o publicitário Luiz Yassuda, um superusuário de nível 2 do Foursquare. “Com o passar do tempo, os que estavam ajudando mais foram elevados para outras categorias”, explica. Segundo Yassuda, as categorias variam de acordo com as permissões de edição que cada superusuário tem. Para fazer parte da comunidade, é preciso ser um usuário ativo e fazer uma espécie de prova. “Fui avisado de que meu perfil e a prova seriam analisados”, diz Yassuda. “Eram perguntas sobre como eu resolveria algumas situações que ocorrem no dia a dia do Foursquare.” No Brasil, a comunidade de superusuários tem suas singularidades. Eles montaram um grupo de discussão para debater as melhores práticas para cuidar do Foursquare no Brasil --uma iniciativa independente da empresa. “Temos muito trabalho limpando algumas coisas que os usuários fazem, e a comunidade ajuda bastante”, conta Yassuda.

Mudanças O Foursquare está anunciando uma série de pequenas mudanças para aprimorar a experiência dos usuários do serviço. Entre as melhorias está a possibilidade de fazer check-in em eventos, e não apenas em lugares. Em vez de fazer um check-in em um cinema, será possível anunciar aos seus amigos qual filme se está vendo.

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Reforme sem estourar o orçamento Descubra como renovar os ambientes com R$ 3 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil

Está na hora de reformar a casa, mas o orçamento está curto? Pois saiba que não é preciso investir muito para renovar os ambientes. Consultamos especialistas para ver o que é possível fazer com três orçamentos diferentes: (Vale lembrar que os gastos dependerão da região que você mora e do tamanho da casa.) O primeiro passo é fazer um planejamento completo antes de começar a obra e estudar a verba disponível para descobrir o que realmente poderá ser feito neste momento. Ter a planta do imóvel em mãos também é fundamental. Dessa forma, o projeto será planejado com maior cuidado, recomendam arquitetos e engenheiros. Sem esse documento, encontrar canos e mapear o ambiente será bem mais demorado. A escolha da mão de obra também é uma etapa importante. Os responsáveis devem ser capacitados para o trabalho. Lembre-se: muitas vezes o barato pode sair caro. Tomados esses cuidados básicos, confira o que pode ser feito com: R$ 3 mil - Renovar a pintura dos ambientes Dê preferência a tintas de linha, pois são mais baratas que as especiais e têm qualidade garantida. Escolha uma parede para ser o destaque da casa. Opte por uma cor diferenciada ou uma textura, isso mudará completamente o astral do seu lar. - Trocar o piso do banheiro Geralmente, o ambiente apresenta dimensões mais enxutas e, por isso, consome menor quantidade de materiais. Usar cerâmica é sempre uma boa pedida, já que é um material mais em conta. - Renovar pequenos detalhes que fazem diferença

Troque capas das almofadas da sala e enfeite os espaços com vasos e flores. R$ 5 mil - Renovar detalhes Você pode começar com a modernização de alguns itens, como interruptores que estavam velhos demais, assentos para os vasos sanitários e outros acessórios para o banheiro (porta-toalhas, portashampoo e porta-papel higiênico, por exemplo). - Integrar a cozinha à sala Com esse orçamento é possível eliminar a parede que separava os dois ambientes e dar vida a uma cozinha americana, que é muito mais prática e ainda ajuda a conferir aquela sensação de amplitude. - Revestir o sofá Invista em uma capa para o sofá. Assim você não precisa gastar comprando um modelo novo e ainda pode liberar verba para outros espaços da morada. - Investir em papel de parede Este é um material que pode renovar os espaços sem quebra-quebra. Escolha uma divisória, do quarto ou da sala, para destacar. Um rolo custa em torno de R$ 600 (10 m x 0,50 m). R$ 10 mil - Aplicar gesso O orçamento possibilita a aplicação de gesso no forro dos ambientes. Você vai aprovar o resultado, pois o material confere sofisticação. - Renovar o piso da sala Esse tipo de reforma é possível dentro desse orçamento desde que você escolha materiais mais acessíveis, como cimento queimado (cerca de R$ 45 o metro quadrado), vinil (R$ 50 o metro quadrado) ou laminado de madeira (R$ 50, em média). - Trocar a bancada da pia da cozinha

Se a bancada estiver velha e sem graça, uma boa opção é apostar em um modelo de cimento queimado, que é fácil de manter e custa apenas R$ 45 o metro quadrado. Um novo gabinete e armários para os utensílios também serão sempre bem-vindos. Dê preferência aos modelos planejados, que se adaptam melhor ao espaço disponível. Um projeto completo para uma cozinha média pode custar em torno de R$ 7 mil. - Mudar os móveis da sala Invista em um novo sofá, poltrona ou mesa de centro. - Criar um closet Se no seu quarto há um pequeno corredor sem uso, uma boa pedida é transformá-lo em closet. Com esse orçamento em mãos é possível fazer a reforma, desde que o planejamento seja realizado da maneira correta. Os materiais, a mão de obra e os armários para um ambiente pequeno (exemplo: 2,5 m x 1,5 m) custarão em torno de R$ 8 mil. Dicas de economia - Pesquise sempre. É importante estar sempre bem informado em relação às lojas de materiais de construção e à mão de obra escolhida. - Comprar todos os itens no mesmo estabelecimento pode ser uma boa saída para quem deseja poupar. Você conseguirá descontos maiores. O pagamento à vista também é o mais recomendado, pois não há juros e a barganha será ainda maior. - Siga o planejamento e adquira os itens no momento certo. “Fique atento! Muitos materiais têm prazo de validade e podem estragar. Armazená-los corretamente é uma maneira de evitar desperdícios”, ressalta Assis. Fonte: IG-SP


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Feiras & Tendências Assim como na moda, o segmento da decoração e utilidades vive grandes feiras que demonstram as tendências. Elas acontecem nos dois semestres do ano. São elas: Abup Show, Gift, Paralela Gift e Kraft Design. O23º Abup Show, organizado pela Associação Brasileira das Empresas de Utilidades e Presentes, de 24 a 27 de agosto, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, parece ter decretado o fim do clean, das peças discretas e dos beges e off whites. Tudo está mais colorido e alegre, desde os potes para a cozinha até as panelas. Mesmo as empresas que trabalham muito com branco e vidro estão apresentando peças em cores mais vibrantes. A 43ª House & Gift Fair acontece em São Paulo no período de 27 a 30 de agosto, no Expo Center Norte. A House & Gift Fair é a maior e mais importante feira profissional de artigos para casa da América Latina, que reúne em apenas quatro dias mais de 1300 fabricantes, distribuidores e importadores nacionais e internacionais, que apresentam seus lançamentos e demais produtos a um público comprador estimado em mais de 50.000 lojistas do Brasil e de mais de 60 países. Dividida em salões especializados, a feira ainda conta com o Espaço Conceito Casa, que apresenta tendências de moda e design no segmento, além da loja vencedora do Global Innovator Award (gia) e ganhadores do XII Prêmio House & Gift de Design. Ciclo de Palestras para reciclagem de conhecimentos

Opinião Bragança Decor Ô de casa?! Está chegando à estação das flores, o friozinho ainda aparece, porém com intervalos mais espaçados. Começamos a nos organizar para o final de ano – é final de ano mesmo! Para isso na matéria de capa, uma ótima dica para que se organize, quando necessário, para uma reforma ou construção. Na sequencia, as novidades do mundo da decoração e design nas maiores feiras do segmento. O bem estar dás dicas de como cuidar da ansiedade, vilã de todos nós nos dias de hoje. O vermelho aparece com tudo e marca com personalidade a decoração e para fechar na matéria dicas úteis para o seu dia-a-dia profissional. Espero que gostem!

complementam as atividades oferecidas pela feira. A Craft Design é, sem dúvida, um espaço fundamental para negócios na área de design e decoração no Brasil. Uma prova é o aumento crescente do número de expositores em relação às últimas feiras. Nesta edição ocupará 2 andares do Terraço Daslu, em São Paulo onde, além de novos talentos, muitos expositores terão espaços maiores para expor seus produtos. Aconteceu de 25 a 28 de agosto de 2011 A Paralela Gift completa dez anos em 2011. Bianual, foram realizadas 20 feiras, muitas revelações de novos talentos, e a presença constante, serena e firme da designer Marisa Ota, criadora e organizadora do evento. “Este ano, senti que as pessoas estão com a necessidade de buscar uma poesia nas coisas, apostam muito nos bordados e nas estamparias”, avalia a designer. De fato, nos estandes dos 48 expositores é possível observar estampas de todo tipo, das geométricas até florezinhas, tudo muito alegre. A mostra terminou neste sábado, 27 e é exclusiva para lojistas e profissionais do setor. Depois de todo o sucesso que as feiras obtiveram, nos resta aguardar, pois as lojas do segmento irão ser abastecidas com o melhor do mundo da decoração e utilidades. Muitas novidades virão por aí. Aguardem!


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Reuniões As reuniões estão no topo da lista de coisas que mais desperdiçam tempo no trabalho, e isso ocorre por serem muitas vezes mal preparadas e conduzidas. Corrigir o sistema de reuniões em uma empresa é compensador, mas não é fácil de ser feito. As reuniões, por sua natureza, envolvem muitas pessoas e mudar o comportamento dos outros é mais difícil do que mudar o seu próprio. Aqui estão dicas vindas da experiência de profissionais, para que você possa tornar as suas reuniões mais produtivas. 1. Identifique o objetivo da reunião reuniões sem um objetivo determinado parecem ser inúteis. Ao estabelecer um objetivo, seus participantes passam a vê-la com mais importância e o comparecimento é maior. 2. Prepare adequadamente - Além de saber o objetivo da reunião, os participantes devem saber exatamente que

informações precisam um do outro. Isto reduz o tempo das reuniões, e mais, os participantes não perdem tempo juntando informações de que ninguém vai precisar. Outra dica: as informações úteis para todos podem ser jogadas na Intranet da empresa para que possam ser lidas antes da reunião. Assim, os participantes já podem chegar com sugestões a serem discutidas. 3. Mantenha a reunião sob controle - O presidente da reunião deve seguir uma agenda. As comunicações devem ser controladas para que o objetivo seja cumprido. 4. Seja decisivo - As reuniões devem resultar em decisões e pontos de ação determinados. Em cada decisão tenha identificados: * O que deve ser feito. * Quem deve fazer. * Quando deve ser feito. 5. Distribua rapidamente a ata da reunião e mantenha as decisões tomadas - As atas costumam demorar de dois a três dias para serem distribuídas depois da reunião, o que pode fazer com que as decisões apresentadas não sejam reconhecidas pelos membros. Designe uma secretária para fazer as anotações em um laptop durante a reunião, desta forma os participantes vão poder ler o que foi anotado, opinar e fazer as correções necessárias na hora.


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Ansiedade: ganhe a briga contra sua inimiga nº1 Por que sofremos de ansiedade? Ansiedade. A palavra vira e mexe aparece na conversa quando você está agitada, tensa, com mil pepinos para resolver e na expectativa de alguma coisa que pode não sair do jeito que quer. Também é comum tratá-la como se fosse o mesmo que stress ou nervosismo. Sentir-se assim de vez em quando é humano e não significa que você está doente. “A ansiedade saudável é uma reação normal do cérebro para ajudar você a reconhecer desafios e resolvê-los”, definem os. Antes de uma entrevista de emprego, de um encontro com um cara interessante ou depois de ter um bebê e se perguntar “e agora?”, sentir aquele frio na barriga é o que ajuda você a fazer o melhor que pode para se adaptar à situação, em vez de fugir dela. O problema é quando a sensação persiste, apresenta sintomas físicos, como palpitações e tensão muscular e passa a prejudicar a rotina, o trabalho e os relacionamentos. Aí, você precisa de ajuda. A ansiedade patológica (também chamada de transtorno de ansiedade generalizada) é um estado de preocupação constante, de medo desproporcional ao desafio que está diante de você. Daí vem a sensação de que você não tem controle da situação e de que vai dar tudo errado. Ela é capaz de fazer você ligar em cima da hora para desmarcar a entrevista ou o encontro com o gato e, se não tratada, pode desencadear depressão e síndrome do pânico, que é a ansiedade em intensidade máxima. Tempos modernos A vida de hoje, lotada de estímulos e cobranças por todos os lados, é um convite à ansiedade. Pelas estimativas da Associação Brasileira de

Psiquiatria, cerca de 20% da população sofre dela em algum grau – e esse número só cresce. A valorização da pressa e do consumo nos faz criar novas necessidades todos os dias. Elas criam uma falsa promessa de bem-estar e de conforto que acaba fazendo você deixar de olhar para suas angústias, os seus desejos verdadeiros e o que realmente faz sentido na vida. Em outras palavras, você se distancia de si mesma e da própria força para enfrentar os desafios que aparecem, fica insegura e abre espaço para o fantasma da ansiedade se aproximar. Ainda tem a febre da tecnologia, que derrubou a barreira entre trabalho e vida privada e instalou na nossa mente a ideia de que podemos – e devemos – estar em vários lugares ao mesmo tempo, ter mais amigos (ainda que virtuais) do que a vizinha, saber primeiro da última novidade hi-tech (e comprar também)... Haja pressão. Presa fácil Quantos homens ansiosos você conhece? As chances de o número ser bem menor do que o de mulheres é grande, pois somos mesmo presas em potencial dessa inimiga. A explicação é cultural: com uma lista de afazeres cada vez mais extensa – trabalhar, cuidar da casa, dos filhos, malhar, ficar bonita, sair com as amigas, dar carinho para o parceiro e, claro, ser excelente em tudo –, a gente precisa se policiar para não ficar à beira de um ataque de nervos nem ser dominada pelo medo de fracassar. Para piorar, somos menos práticas e

Decore com vermelho

Destaque nas passarelas nacionais e internacionais, o vermelho marcou a vibração que nos aguarda no verão 2012. Apostar na cor para decorar os ambientes da casa também é uma ótima pedida. Ele torna os espaços marcantes e alegres, ajuda a aquecer e dá personalidade e sofisticação. O vermelho pode ser usado para dar vida a diferentes itens da casa, como paredes, cristaleiras, cômodas, cadeiras, telas e por aí vai. Isso inclui até mesmo uma portas de entrada, fica muito bom. Mas atenção aos ambientes que irão receber a tonalidade. Evite pintar as paredes do quarto, cômodo que pede cores mais claras, que acalmam. Caso prefira um clima romântico, use tons puxados para o rosa. Outra atitude imprescindível é tomar cuidado para não pecar pelo exagero. Tudo em excesso faz mal. Se for pintar uma parede, por exemplo, não coloque um móvel da mesma cor por perto para não carregar. A dica é eleger apenas um elemento de destaque. Escolha pontos focais – como objetos, móveis ou alvenarias. Mas destaque todos de uma vez. É preciso ter harmonia. A cor é sempre bem-vinda nas paredes. Principalmente em ambientes de convivência, já que somos expansivos e acolhedores. Use e abuse do vermelho em salas de jantar, pois aproxima as pessoas e estimula o apetite. Em cozinhas, segundo ele, traz sofisticação e torna o ambiente um ponto de encontro na casa. Também é legal usar em halls de entrada e em lavabos, já que o tempo de permanência é curto.

E anote a dica: Prefira os vermelhos mais fechados, pois os abertos (vivos demais) pesam o ambiente. Se usar a cor nas paredes, opte por portas e rodapés brancos. Combinações Há tempos, o vermelho deixou de ser visto com preconceito por arquitetos e decoradores. Atualmente, é sempre uma boa escolha, pois pode ser combinado com diferentes tons e materiais. Significado da cor Vera Bassoi, professora de Cromoterapia e responsável pelo Espaço Estelar – Clínica e Escola de Terapia Holística nos diz o significado da cor: “Representa o sangue. Ajuda a dar vitalidade, disposição e é ideal para pessoas que lutam por seus ideais”.

mais vulneráveis a ruminar os problemas e as dúvidas em vez de resolvê-los. Mas também há a armadilha biológica, que contribui para que a doença seja subestimada. Como a gente está acostumada com o rótulo de ansiosa pelo fato de ser mulher (e passar mensalmente pela TPM, que confunde nossa avaliação do que sentimos e de como nos comportamos), muitas vezes acaba adiando a busca por uma solução definitiva. Fonte: www.boaforma.com.br


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Automóveis

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Tabela veículos novos

Chevrolet

Agile LT 1.4 Flexpower

35,758

Citroën

C5 2.0 16V Exclusive automático

103,430

Fiat

500 Lounge 1.4 16V Dualogic

65,540

Chevrolet

Agile LTZ 1.4 Flexpower

42,133

Citroën

C5 2.0 16V Tourer Exclusive automático

113,240

Fiat

Strada Fire 1.4 flex

31,010

Chevrolet

Astra hatch Advantage 2.0 flex 4p

47,547

Citroën

Jumper Furgão 10m³

80,500

Fiat

Strada Fire 1.4 cabine estendida flexfuel

34,120

Chevrolet

Astra sedã Advantage 2.0 flex

50,863

Citroën

Jumper Minibus 2.8 16L

81,820

Fiat

Strada Working 1.4 flex

33,240

Chevrolet

Blazer Advantage 2.4 4X2 Flexpower

66,594

Fiat

Bravo Essence 1.8 16V

55,480

Fiat

Strada Working cabine estendida 1.4 flex

36,040

Chevrolet

Captiva Sport 2.4 16V FWD

87,425

Fiat

Bravo Essence 1.8 16V Dualogic

58,090

Fiat

Strada Working cabine dupla 1.4 flex

39,350

Chevrolet

Captiva Sport 3.6 V6 AWD

95,900

Fiat

Bravo Absolute 1.8 16V

62,560

Fiat

Strada Trekking 1.4 flex

36,890

Chevrolet

Celta Life 1.0 flex 2p

27,006

Fiat

Bravo Absolute 1.8 16V Dualogic

65,530

Fiat

Strada Trekking cabine estendida 1.4 flex

39,700

Chevrolet

Celta Life 1.0 flex 4p

28,662

Fiat

Doblò 1.4

52,500

Fiat

Strada Adventure Locker cabine estendida 1.8

48,140

Chevrolet

Celta Spirit 1.0 flex 2p

28,530

Fiat

Doblò ELX 1.4

56,450

Fiat

Strada Adventure cabine dupla 1.8 Flex

50,360

Chevrolet

Celta Spirit 1.0 flex 4p

30,493

Fiat

Doblò HLX 1.8

58,730

Fiat

Strada Sporting 1.8 16V

46,270

Chevrolet

Classic 1.0 flex

28,294

Fiat

Doblò Adventure 1.8

65,190

Fiat

Uno Furgão 1.3 Fire 8V

25,540

Chevrolet

Corsa Maxx hatch 1.4 flex

32,689

Fiat

Idea Attractive 1.4 Flex

43,590

Fiat

Fiorino Furgão 1.3 Fire

37,430

Chevrolet

Corsa Premium hatch 1.4 flex

37,406

Fiat

Idea Essence 1.6 16V 1.8 Flex

45,610

Fiat

Doblò Cargo 1.4

41,100

Chevrolet

Camaro SS

185,000

Fiat

Idea Essence 1.6 16 V Dualogiv Flex

47,720

Fiat

Doblò Cargo 1.8

46,040

Chevrolet

Meriva Joy 1.4 Econoflex

47,321

Fiat

Idea Sporting 1.8 16V Flex

54,280

Fiat

Ducato Cargo JTD 2.8

72,330

Chevrolet

Meriva Maxx 1.4 Econoflex

49,577

Fiat

Idea Sporting 1.8 16V Dualogic Flex

56,390

Fiat

Ducato Cargo Longo JTD 2.8

75,950

Chevrolet

Meriva Expression Easytronic 1.8 flex

49,853

Fiat

Idea Adventure Locker 1.8 Flex

56,900

Fiat

Ducato Maxi Cargo JTD 2.8 10 m³

79,900

Chevrolet

Meriva Premium Easytronic 1.8 flex

52,888

Fiat

Idea Adventure Locker 1.8 Flex Dualogic

59,010

Fiat

Ducato Maxi Cargo JTD 2.8 12 m³

81,760

Chevrolet

Meriva Super Sport Easytronic 1.8 Flex

54,116

Fiat

Linea LX 1.8 16V Flex

55,450

Fiat

Ducato Multi 2.8 JTD Teto Alto

80,990

Chevrolet

Montana Conquest 1.4 flex

30,013

Fiat

Linea LX 1.8 16V Flex Dualogic

58,430

Fiat

Ducato Combinato JTD 10 lugares

82,790

Chevrolet

Montana Sport 1.4 flex

40,753

Fiat

Linea HLX 1.8 16V Flex

58,180

Fiat

Ducato Minibus JTD 2.8 16 lugares

87,870

Chevrolet

Montana Sport 1.8 flex

48,476

Fiat

Linea HLX 1.8 16V Flex Dualogic

61,140

Fiat

Ducato Minibus JTD 2.8 16 lugares Teto Alto

95,060

Chevrolet

Montana Combo 1.4 flex

33,862

Fiat

Linea Absolute 1.8 16V Flex Dualogic

67,030

Ford

Courier 1.6 L

32,140

Chevrolet

Omega 3.6 V6

122,400

Fiat

Linea 1.4 T-Jet

71,290

Ford

Courier 1.6 XL

42,440

Chevrolet

Malibu LTZ 2.4

89,900

Fiat

Uno Mille Economy Flex 1.0 2p.

23,850

Ford

EcoSport 1.6 XL Flex

53,070

Chevrolet

Prisma Joy 1.0 VHCE

30,775

Fiat

Uno Mille Economy Flex 1.0 4p.

25,670

Ford

EcoSport 1.6 XLS Flex

58,290

Chevrolet

Prisma Maxx 1.4 Econoflex

32,100

Fiat

Uno Mille Way 2p.

24,380

Ford

EcoSport 1.6 XLT Flex

59,840

Chevrolet

S10 Executive 2.4 Flexpower CD 4X2

72,925

Fiat

Uno Mille Way 4p.

26,230

Ford

EcoSport 1.6 XLT Freestyle

58,830

Chevrolet

S10 Advantage 2.4 Flexpower CS 4X2

49,858

Fiat

Novo Uno Vivace 1.0 Evo Flex 4p.

27,860

Ford

EcoSport 2.0 XL Flex

51,910

Chevrolet

S10 Advantage 2.4 Flexpower CD 4X2

60,216

Fiat

Novo Uno Attractive 1.4 Evo Flex 4p.

31,670

Ford

EcoSport 2.0 XLT Flex

63,720

Chevrolet

S10 Colina 2.8 Turbo Diesel CS 4X2

67,004

Fiat

Novo Uno Way 1.4 Evo Flex 4p

32,840

Ford

EcoSport 2.0 XLT Flex Freestyle

62,200

Chevrolet

S10 Colina 2.8 Turbo Diesel CS 4X4

73,250

Fiat

Novo Uno Way 1.0 Evo Flex 4p.

29,030

Ford

EcoSport 2.0 4WD Flex

64,740

Chevrolet

S10 Colina 2.8 Turbo Diesel CD 4X2

79,740

Fiat

Novo Uno Sporting 1.4

33,950

Ford

EcoSport 2.0 XLS Automático

59,850

Chevrolet

S10 Rodeio 2.8 Turbo Diesel CD 4X2

89,699

Fiat

Palio Fire Economy 1.0 flex 2p

27,070

Ford

EcoSport 2.0 XLT Automático

63,720

Chevrolet

S10 Executive 2.8 Turbo Diesel CD 4X2

95,221

Fiat

Palio Fire Economy 1.0 flex 4p

28,870

Ford

Edge 3.5L

130,950

Chevrolet

S10 Colina 2.8 Turbo Diesel CD 4X4

85,915

Fiat

Palio ELX 1.0 flex 2p

29,900

Ford

Edge 3.5L com teto solar panorâmico

139,850

Chevrolet

S10 Rodeio 2.8 Turbo Diesel CD 4X4

95,874

Fiat

Palio ELX 1.0 flex 4p

31,730

Ford

Edge CEL

122,100

Chevrolet

S10 Executive 2.8 Turbo Diesel CD 4X4

101,398

Fiat

Palio Attractive 1.4 flex 4p.

33,950

Ford

Edge Limited

133,910

Chevrolet

Tracker 2.0 16V

58,484

Fiat

Palio Essence 1.6 16V flex 4p.

36,860

Ford

Fiesta 1.0 Flex

29,340

Chevrolet

Vectra GT 2.0 Flexpower

57,291

Fiat

Palio Essence Dualogic 1.6 16V flex 4p.

39,230

Ford

Fiesta 1.6 Flex

34,090

Chevrolet

Vectra GT-X 2.0 Flexpower

63,219

Fiat

Palio Weekend Attractive 1.4 flex

41,740

Ford

Fiesta sedã 1.0 Flex

32,950

Chevrolet

Vectra Expression 2.0 Flexpower

57,252

Fiat

Palio Weekend Trekking 1.4 flex

43,940

Ford

Fiesta sedã 1.6 Flex

36,970

Chevrolet

Vectra Elegance 2.0 Flexpower

62,574

Fiat

Palio Adventure Locker 1.8 flex

55,890

Ford

Focus Hatch 1.6 16V GL

53,430

Chevrolet

Vectra Elite 2.0 Flexpower

72,157

Fiat

Palio Adventure Locker 1.8 flex Dualogic

57,880

Ford

Focus Hatch 1.6 16V GLX

54,950

Chevrolet

Zafira 2.0 8V Comfort Flexpower

63,299

Fiat

Punto Attractive 1.4 Flex

39,680

Ford

Focus Hatch 2.0 16V GLX

59,620

Chevrolet

Zafira 2.0 8V Expression Flexpower

67,688

Fiat

Punto Essence 1.6 16V flex

44,630

Ford

Focus Hatch 2.0 16V GLX automático

64,380

Chevrolet

Zafira 2.0 8V Elegance Flexpower

72,991

Fiat

Punto Essence 1.8 16V flex

46,710

Ford

Focus sedã 2.0 16V GLX

61,620

Chevrolet

Zafira 2.0 8V Elite Flexpower

78,605

Fiat

Punto Essence 1.8 16V Dualogic flex

49,260

Ford

Focus sedã 2.0 16V GLX automático

66,380

Citroën

Xsara Picasso 1.6i 16V flex GLX

49,900

Fiat

Punto Sporting 1.8 16V flex

51,700

Ford

Focus hatch 2.0 16V Titanium

70,595

Citroën

Xsara Picasso 1.6i 16V flex Exclusive

58,250

Fiat

Punto Sporting 1.8 16V Dualogic flex

54,260

Ford

Focus hatch 2.0 16V Titanium automático

75,275

Citroën

Xsara Picasso 2.0i 16V Exclusive Automatique

66,555

Fiat

Punto T-Jet 1.4 16V Turbo

65,310

Ford

Focus sedã 2.0 16V Titanium automático

77,275

Citroën

AirCross 1.6 GL

54,350

Fiat

Siena Fire 1.0 Flex

30,030

Ford

New Fiesta sedã 1.6 16V Flex

49,900

Citroën

AirCross 1.6 GLX

56,850

Fiat

Siena EL 1.0 Flex

33,120

Ford

Fusion 2.5 SEL

82,160

Citroën

AirCross 1.6 Exclusive

62,350

Fiat

Siena EL 1.4 Flex

35,180

Ford

Fusion V6 3.0 SEL

101,400

Citroën

C3 1.4i 8V GLX Flex

40,320

Fiat

Siena Attractive 1.0 Flex

36,770

Ford

Fusion Hybrid

133,900

Citroën

C3 1.4i 8V Exclusive Flex

42,800

Fiat

Siena Attractive 1.4 Flex

40,020

Ford

F-250 XL 3.9 4X2 diesel

96,300

Citroën

C3 1.4i 8V XTR Flex

44,820

Fiat

Siena Tetrafuel 1.4

46,840

Ford

F-250 XL 3.9 4X4 diesel

107,210

Citroën

C3 1.6i 16V Exclusive Flex

48,310

Fiat

Siena Essence 1.6 16V Flex

40,230

Ford

F-250 XL CD 3.9 4X2 diesel

117,090

Citroën

C3 Picasso 1.6 16V GL

47,990

Fiat

Siena Essence 1.6 16V Dualogic Flex

42,590

Ford

F-250 XLT 3.9 4X2 diesel

107,020

Citroën

C3 Picasso 1.6 16V GLX

50,400

Fiat

Siena Sporting 1.6 16V Flex

46,210

Ford

F-250 XLT 3.9 4X4 diesel

114,280

Citroën

C3 Picasso 1.6 16V Exclusive manual

57,400

Fiat

Siena Sporting 1.6 16V Dualogic Flex

48,980

Ford

F-250 XLT CD 3.9 4X2 diesel

126,690

Citroën

C3 Picasso 1.6 16V Exclusive auto.

60,400

Fiat

Stilo Attractive 1.8

48,490

Ford

F-250 XLT CD 3.9 4X4 diesel

133,190

Citroën

C4 hatch 1.6 16V GLX

54,400

Fiat

Stilo Attractive 1.8 Dualogic

51,090

Ford

Ka 1.0 Flex

25,240

Citroën

C4 hatch 2.0 16V GLX Automatique

62,000

Fiat

Stilo 1.8

52,280

Ford

Ka 1.6 Flex

34,100

Citroën

C4 hatch 2.0 16V Exclusive

60,900

Fiat

Stilo 1.8 Dualogic

54,810

Ford

Ka Tecno 1.0

32,970

Citroën

C4 hatch 2.0 16V Exclusive Automatique

69,990

Fiat

Stilo Sporting 1.8 8V Flex

63,120

Ford

Ka Tecno 1.6

35,480

Citroën

C4 Pallas 2.0 Flex GLX

59,490

Fiat

Stilo Sporting 1.8 Dualogic

65,740

Ford

Ranger CS 2.3 gas. 4X2 XL

45,510

Citroën

C4 Pallas 2.0 Flex GLX Automatique

64,990

Fiat

Stilo Blackmotion 1.8 Dualogic

68,720

Ford

Ranger CS 2.3 gas. 4X2 XLS

50,920

Citroën

C4 Pallas 2.0 Flex Exclusive Automatique

72,400

Fiat

500 Sport 1.4 16V

59,360

Ford

Ranger CS 3.0 diesel 4X2 XL

65,860

Citroën

C4 Picasso

78,490

Fiat

500 Sport 1.4 16V Dualogic

63,480

Ford

Ranger CS 3.0 diesel 4X2 XLS

71,160

Citroën

Grand C4 Picasso

91,990

Fiat

500 Lounge 1.4 16V

61,420

Ford

Ranger CS 3.0 diesel 4X4 XL

71,060


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Sexta 2 • Setembro • 2011 Jornal do Meio 603

15

A pesquisa AutoMercado é realizada semanalmente desde 1992 pela equipe de Auto Press® (www.autopress.com.br) Todos os preços estão em reais, com exceção dos importados cotados em dólar, que aparecem precedidosda sigla US$ Os preços de automóveis nacionais novos são os sugeridos pelas montadoras, sem fretes ou opcionais.

Tabela veículos novos Ford

Ranger CD 2.3 gas. 4X2 XL

57,210

Kia

Cerato EX 1.6 16V mec.

51,500

Renault

Master Furgão L2H2 Dci 10,8m³

91,800

Ford

Ranger CD 2.3 gas. 4X2 XLS

63,330

Kia

Cerato EX 1.6 16V aut.

59,800

Renault

Master Furgão L3H2 Dci 12,6m³

95,900

Ford

Ranger CD 2.3 gas. 4X2 XLT

68,130

Kia

Magentis EX 2.0 16V aut.

69,900

Renault

Master Minibus 16 lugares

104,100

Ford

Ranger CD 2.3 gas. 4X2 Limited

78,910

Kia

Carens EX 2.0

67,700

Volkswagen

Bora 2.0 Totalflex mecânico

55,147

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X2 XL

76,880

Kia

Carnival

77,000

Volkswagen

Bora 2.0 Totalflex Tiptronic

59,230

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X2 XLS

82,830

Kia

Soul 1.6 16V Flex

52,900

Volkswagen

CrossFox 1.6 Total Flex

48,390

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X4 XL

86,850

Kia

Soul 1.6 16V Flex automático

65,900

Volkswagen

Fox 1.0 Total Flex 2p.

32,620

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X4 XLS

92,030

Kia

Sportage LX 2.0 16V 4X2

83,900

Volkswagen

Fox 1.0 Total Flex 4p.

34,210

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X4 XLT

94,870

Kia

Sportage EX 2.0 16V 4X2 automático

87,900

Volkswagen

Fox 1.6 Total Flex 4p.

35,860

Ford

Ranger CD 3.0 diesel 4X4 Limited

102,780

Kia

Sportage LX 2.0 16V 4X4 automático

103,400

Volkswagen

Fox 1.6 Total Flex i-Motion 4p.

38,520

Ford

Courier 1.6 Van - Básica

38,810

Kia

Mohave EX 3.0 V6 diesel automático

169,900

Volkswagen

Fox Trend 1.6 Total Flex i-Motion 4p.

39,250

Ford

Courier 1.6 Van - Direção e Aquecedor

40,970

Kia

Mohave EX 3.8 V6 automático

139,900

Volkswagen

Fox Prime 1.6 Total Flex 4p.

39,640

Ford

Transit 2.4 Diesel Furgão Curto

83,990

Kia

Mohave EX 4.6 V8 automático

149,900

Volkswagen

Fox Prime 1.6 Total Flex i-Motion 4p.

42,300

Ford

Transit 2.4 Diesel Furgão Longo

93,290

Kia

Bongo 2.7 STD 4X4 Cab. Simples RS c/ carroceria

60,400

Volkswagen

Gol G4 1.0 2p. Total Flex

27,530

Ford

Transit 2.4 Diesel Van 13 passageiros

103,990

Kia

Bongo 2.7 STD 4X4 Cab. Dupla RS c/ carroceria

62,700

Volkswagen

Gol G4 Ecomotion 1.0 2p. Total Flex

27,530

Honda

Accord sedã LX 2.0

99,800

Kia

Bongo 2.7 DLX 4X4 Cab. Dupla RS c/ carroceria

66,200

Volkswagen

Gol G4 1.0 4p. Total Flex

29,300

Honda

Accord sedã EX 3.0 V6

144,500

Kia

Bongo 2.5 STD 4X2 Cab. Simples RS s/ carroceria

50,400

Volkswagen

Gol G4 Ecomotion 1.0 4p. Total Flex

29,300

Honda

City LX 1.5

57,420

Kia

Bongo 2.5 STD 4X2 Cab. Simples RS c/ carroceria

52,400

Volkswagen

Gol G4 Titan 1.0 Total Flex 4p

30,130

Honda

City LX 1.5 automático

61,300

Kia

Bongo 2.5 DLX 4X2 Cab. Simples RD s/carroceria

52,400

Volkswagen

Gol 1.0 4p

30,880

Honda

City EX 1.5

62,975

Kia

Bongo 2.5 DLX 4X2 Cab. Simples RD c/carroceria

54,400

Volkswagen

Gol Seleção 1.0 4p.

33,790

Honda

City EX 1.5 automático

66,855

Mitsubishi

L 200 GL 2.5 4X4 diesel

83,790

Volkswagen

Gol 1.6 4p

34,500

Honda

City EXL 1.5

66,780

Mitsubishi

L200 Savana 2.5 diesel manual

88,890

Volkswagen

Gol Power 1.6 4p

38,960

Honda

City EXL 1.5 automático

72,625

Mitsubishi

L 200 Outdoor mecânica GLS 121 cv

84,890

Volkswagen

Gol 1.6 I-Motion

37,160

Honda

Civic LXS 1.8 flex

68,160

Mitsubishi

L 200 Outdoor mecânica HPE 141 cv

91,890

Volkswagen

Gol Power 1.6 I-Motion

41,620

Honda

Civic LXS 1.8 flex automático

73,430

Mitsubishi

L 200 Triton V6 3.5 flex automática

104,690

Volkswagen

Voyage 1.0

32,740

Honda

Civic LXL 1.8 flex

68,840

Mitsubishi

L 200 Triton 3.2 diesel

117,990

Volkswagen

Voyage 1.6

37,180

Honda

Civic LXL 1.8 flex automático

74,165

Mitsubishi

L 200 Triton 3.2 diesel automática

122,990

Volkswagen

Voyage Trend 1.6

39,890

Honda

Civic LXL 1.8 flex com couro

70,585

Mitsubishi

Pajero TR4 GLS 2.0 manual flex

68,590

Volkswagen

Voyage Comfortline 1.6

41,700

Honda

Civic LXL 1.8 flex automático com couro

75,885

Mitsubishi

Pajero TR4 2.0 flex

71,990

Volkswagen

Voyage 1.6 I-Motion

39,840

Honda

Civic EXS 1.8 flex automático

88,750

Mitsubishi

Pajero TR4 2.0 flex automática

74,990

Volkswagen

Voyage Trend 1.6 I-Motion

42,550

Honda

Civic Si

103,650

Mitsubishi

Pajero Sport HPE 2.5 diesel automática

114,990

Volkswagen

Voyage Comfortline 1.6 I-Motion

44,360

Honda

CR-V LX 2WD

88,410

Mitsubishi

Pajero Sport HPE 2.5 diesel manual

104,990

Volkswagen

Golf 1.6 Total Flex

52,350

Honda

CR-V EXL 4WD

102,910

Mitsubishi

Pajero Sport HPE flex

101,990

Volkswagen

Golf 1.6 Sportline Total Flex

57,290

Honda

Fit LX Flex 1.4 16V

54,905

Mitsubishi

Pajero Dakar 3.2 diesel automática

154,990

Volkswagen

Golf 2.0 automático

59,750

Honda

Fit LX Flex 1.4 16V automático

58,905

Mitsubishi

Pajero Full 3.8 HPE 3.8 2p gasolina automática

149,990

Volkswagen

Golf Sportline 2.0 automático

62,470

Honda

Fit LXL Flex 1.4 16V

57,860

Mitsubishi

Pajero Full 3.2 HPE 2p diesel automática

169,990

Volkswagen

Golf GT 2.0

65,320

Honda

Fit LXL Flex 1.4 16V automático

61,855

Mitsubishi

Pajero Full 3.8 HPE 4p gasolina automática

169,990

Volkswagen

Golf GT 2.0 automático

71,340

Honda

Fit EX 1.5 16V

61,715

Mitsubishi

Pajero Full 3.2 HPE 4p diesel automática

189,990

Volkswagen

Parati 1.6 Plus Total Flex

40,720

Honda

Fit EX 1.5 16V automático

65,720

Mitsubishi

ASX CVT ADW com teto solar

96,990

Volkswagen

Parati 1.6 Titan Total Flex

41,870

Honda

Fit EXL 1.5 16V

65,660

Mitsubishi

ASX CVT ADW

93,990

Volkswagen

Parati 1.6 Surf Total Flex

48,560

Honda

Fit EXL 1.5 16V automático

71,720

Mitsubishi

ASX CVT 4X2

86,990

Volkswagen

Polo 1.6 Total Flex

42,850

Hyundai

i30 GLS 2.0 16V mecânico

58,000

Mitsubishi

ASX 4X2 manual

81,990

Volkswagen

Polo 1.6 I-Motion Total Flex

45,510

Hyundai

i30 GLS 2.0 16V automático

62,000

Mitsubishi

Outlander 2.4

99,990

Volkswagen

Polo 1.6 Bluemotion

48,020

Hyundai

i30 GLS 2.0 16V automático teto-solar

67,900

Mitsubishi

Outlander 3.0 automático

124,990

Volkswagen

Polo 1.6 E-Flex

50,990

Hyundai

i30 GLS 2.0 16V automático com ar-digital, 6 airbags

72,900

Mitsubishi

Lancer Evolution X

199,990

Volkswagen

Polo 1.6 Sportline Total Flex

50,600

Hyundai

i30 GLS 2.0 16V automático Top

78,000

Renault

Clio Campus 1.0 16V Hi-flex 2p

25,890

Volkswagen

Polo 1.6 Sportline I-Motion Total Flex

53,260

Hyundai

i30CW GLS 2.0 automático Top

78,000

Renault

Clio Campus 1.0 16V Hi-flex 4p

27,390

Volkswagen

Polo 2.0 GT

55,440

Hyundai

i30CW GLS 2.0 automático completíssimo

74,000

Renault

Logan Authentique 1.0 16V Hi-Flex

28,690

Volkswagen

Polo sedã 1.6 Total Flex

45,720

Hyundai

i30CW GLS 2.0 automático completo

67,000

Renault

Logan Expression 1.0 16V Hi-Flex

30,190

Volkswagen

Polo sedã 1.6 I-Motion Total Flex

48,380

Hyundai

i30CW GLS 2.0 automático intermediário

64,000

Renault

Logan Expression 1.6 Hi-Torque

32,690

Volkswagen

Polo sedã 1.6 Comfortline Total Flex

52,660

Hyundai

i30CW GLS 2.0 mecânico intermediário

59,000

Renault

Symbol Expression 1.6 8V Hi-Torque

40,140

Volkswagen

Polo sedã 1.6 Comfortline I-Motion Total Flex

55,320

Hyundai

ix35 GLS 2.0 2WD automático completo

115,000

Renault

Symbol Expression 1.6 16V Hi-Flex

41,420

Volkswagen

Polo sedã 2.0 Comfortline

57,490

Hyundai

ix35 GLS 2.0 4WD automático intermediário

108,000

Renault

Symbol Privilège 1.6 16V Hi-Flex

44,910

Volkswagen

Saveiro 1.6 Total Flex

32,450

Hyundai

ix35 GLS 2.0 2WD intermediário

103,000

Renault

Sandero Authentique 1.0 16V Hi-Flex

29,690

Volkswagen

Saveiro Trend 1.6 Total Flex

33,390

Hyundai

ix35 GLS 2.0 2WD automático básico

93,000

Renault

Sandero Expression 1.0 16V Hi-Flex

32,440

Volkswagen

Saveiro 1.6 Total Flex Cabine Estendida

35,280

Hyundai

ix35 GLS 2.0 2WD mecânico básico

88,000

Renault

Sandero Expression 1.6 8V Hi-Torque

34,740

Volkswagen

Saveiro Trend 1.6 Total Flex Cabine Estendida

36,250

Hyundai

Tucson GL 2.0

68,900

Renault

Sandero Privilège 1.6 8V Hi-Torque

41,490

Volkswagen

Saveiro Trooper 1.6 Total Flex

38,160

Hyundai

Tucson GL 2.0 automático

72,000

Renault

Sandero Stepway 1.6 16V Hi-Flex

45,690

Volkswagen

Saveiro Trooper 1.6 Total Flex Cabine Estendida

40,820

Hyundai

Tucson GLS 2.0 automático

75,000

Renault

Fluence 2.0 16V Dynamiq

59,990

Volkswagen

Saveiro Cross 1.6 Total Flex Cabine Estendida

42,380

Hyundai

Tucson GLS 2.7 automático 4X4

80,000

Renault

Fluence 2.0 16V Privilege

75,990

Volkswagen

SpaceFox Plus 1.6 Total Flex

47,616

Hyundai

Tucson GLS 2.7 automático 4X4

85,000

Renault

Kangoo Authentique 1.6 16V 3p

45,750

Volkswagen

SpaceFox 1.6 Route Total Flex

50,540

Hyundai

Azera "completo"

90,000

Renault

Kangoo Authentique 1.6 16V 7 lugares 3p

51,600

Volkswagen

SpaceFox 1.6 Sportline Total Flex

52,070

Hyundai

Azera "completíssimo"

98,000

Renault

Kangoo Sportway 1.6 16V 4p

54,450

Volkswagen

Tiguan 2.0 TSI

124,190

Hyundai

Vera Cruz 3.8 automático

139,900

Renault

Kangoo Sportway 1.6 16V 7 lugares 4p

55,550

Volkswagen

Touareg 3.2 V6

220,900

Hyundai

Santa Fe automático 5 lugares

110,000

Renault

Mégane Grand Tour Expression 1.6 16V Flex

59,150

Volkswagen

Touareg 4.2 V8

267,990

Hyundai

Santa Fe automático 7 lugares

120,000

Renault

Mégane Grand Tour Dynamique 1.6 16V Flex

62,290

Volkswagen

Jetta Comfortline 2.0 Total Flex

69,990

Hyundai

Santa Fe automático 7 lugares com teto-solar

125,000

Renault

Mégane Grand Tour Dynamique 2.0 16V automático

66,830

Volkswagen

Jetta Highline 2.0 TSI gasolina

89,520

Hyundai

Sonata 2.4 16V automático

95,000

Renault

Scénic Authentique 1.6 16V Hi-Flex

51,050

Volkswagen

Jetta Variant 2.5 automático

85,190

Hyundai

HR pick-up HD 2.5 diesel S/C

53,900

Renault

Kangoo Express 1.6 16V

40,900

Volkswagen

New Beetle 2.0 manual

59,109

Hyundai

HR pick-up LD 2.5 diesel S/C

55,000

Renault

Kangoo Express 1.6 16V com porta lat. corrediça

42,800

Volkswagen

New Beetle 2.0 automático

63,030

Kia

Picanto EX 1.1 manual

33,900

Renault

Master Chassi Cabine L2H1

80,500

Volkswagen

Kombi Standard 1.4 Total Flex

47,110

Kia

Picanto EX 1.1 automático

38,900

Renault

Master Furgão L1H1 Dci 8 m³

83,400

Volkswagen

Kombi Lotação 1.4 Total Flex

52,630


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Automóveis

Olho no bolso Nova versão I-Trend do Voyage procura atrair pelo melhor custo/benefício

Texto Rodrigo Machado/Auto Press - FOTOS Jorge Rodrigues

O segmento de sedãs compactos bem equipados ficou mais populoso em 2011. Chegaram o JAC J3 Turin, o Ford Fiesta sedã com novos preços e o Fiat Siena com novo motor. A Chevrolet, que tem o três volumes mais vendido no Brasil, o Classic, deve voltar à briga ainda nesse ano com o Cobalt. Vendo essa disputa se formar, a Volkswagen foi rápida no gatilho. Junto com a chegada do automóvel chinês, em março, a marca alemã introduziu a configuração I-Trend dentro da gama do Voyage. E ela veio com preço estratégico: R$ 39.670 – R$ 230 mais barato que o Turin. E, por isso mesmo, ganhou grande destaque nos anúncios de jornais e outdoors. Uma rápida olhada nos números de carros mais vendidos mostra que o Voyage respondeu bem. Em julho, o automóvel da Volks ficou à frente do Siena na briga dos compactos com 8.547 unidades entregues. A nova versão I-Trend teve pouca participação na ultrapassagem. A média de venda desde março foi de 700 unidades, ou cerca de 9%. Na prática, o lançamento do I-Trend bate de frente com o JAC J3, que mantém média de mil carros vendidos mensalmente. E isso acontece apesar da versão do Voyage não ter um custo/benefício dos melhores quando comparado aos rivais. O I-Trend tem a direção hidráulica, rádio/CD/ MP3/USB/Bluetooth, volante mulifuncional, retrovisor na cor do veículo, rodas de aço de 15 polegadas, conta-giros e frisos de proteção na cor do carro. Para ficar no nível de equipamentos dos rivais, com ar-condicionado, trio elétrico, airbag duplo e ABS, o carro pula para R$ 47.030. Significativos 15% de diferença em relação a média dos R$ 40 mil dos concorrentes. O trunfo da Volks é ter um carro lançado em 2008, com um projeto mais moderno do que todos os seus concorrentes. Pelo menos o jogo vira dentro da própria linha do Voyage. Isso porque o Voyage 1.6 básico sai por R$ 36.630 e perde todos esses equipamentos, enquanto que a topo de linha Comfortline agrega regulagem de altura, faróis de neblina, vidros elétricos, frisos cromados, retrovisores com repetidor de seta por R$ 41.610. Ou seja, nesse caso, vale mais a pena levar um I-Trend. A mecânica é a mesma. Ele é equipado com o motor EA-113 de 1.6 litro e 8V capaz de render 104 cv a 5.250 rpm e 15,6 kgfm de torque a 2.500 giros. A transmissão é manual de cinco marchas, com opcional do automatizado I-Motion. A disputa entre os sedãs compactos “completinhos” deve ficar ainda mais concorrida nos próximos meses. A Chevrolet deve entrar com o Cobalt na faixa dos R$ 40 mil. Enquanto isso, o Fiat Siena vai ganhar nova geração na virada do ano. Já a Volkswagen vai atualizar o Voyage para a atual identidade visual dos sedãs da marca, com faróis com linhas retas e lanternas traseiras horizontais.

Ponto a ponto

Desempenho – A principal virtude do motor EA-113 é o bom torque disponível em baixas rotações. Já aos 2.500 giros o propulsor entrega todos os 15,6 kgfm. Isso faz com que o carro reaja bem aos toques no acelerador. Mesmo com engates menos macios e precisos que no Polo, que usa a mesma transmissão, o câmbio é gostoso e bem entrosado com o Voyage. Nota 8. Estabilidade – Como todo Volkswagen, o Voyage tem suspensão dura. Na hora de enfrentar uma curva mais fechada, o sedã mostra boa aderência. Nas retas, a precisão na direção se mantém, mesmo em velocidades mais elevadas. Nota 8. Interatividade – A versão I-Trend adiciona importantes itens no Voyage. Entre eles, está o rádio, que conta com Bluetooth e entradas auxiliares. O volante multifuncional ajuda a vida a bordo. Os comandos são todos intuitivos e localizados nos lugares lógicos, com exceção dos botões dos vidros elétricos traseiros, posicionados no console central. O câmbio tem bons engates e é bastante suave. Nota 8. Consumo – Na cidade, o Volkswagen Voyage faz média de 7,1 km/l com etanol e 10,4 km/l com gasolina. Já na estrada, o sedã faz 9,4 km/l e 13,7 km/l, respectivamente, de acordo com dados do Inmetro. Nota 7. Conforto – O Voyage é apenas correto neste aspecto. A suspensão mais dura faz com que o rodar não seja tão suave, mas nada que comprometa muito o conforto. Os bancos abraçam bem os ocupantes. Nota 7. Tecnologia–OVoyageusaumaplataformarelativamente moderna, com itens do Fox brasileiro e a suspensão do Polo europeu. Comparado com os seus defasados concorrentes, é um bom argumento de vendas. O lado negativo fica para o já antigo motor EA-113. Nota 8. Habitabilidade – Não há milagres no espaço interno do sedã compacto da Volkswagen. A distância entre-eixos de 2,46 metros garante um habitáculo apenas correto. Quatro adultos viajam sem maiores problemas. A entrada de um quinto passsageiro, no entanto,

pode sacrificar um pouco o conforto. O porta-malas comporta 480 litros, capacidade condizente com o que os concorrentes oferecem. Nota 7. Acabamento – Em relação à quarta geração do Gol, a atual ganhou em acabamento. Mesmo assim, isso não significa muito. Os plásticos são rígidos, como era de se esperar, e os encaixes apresentam rebarbas. Pelo menos a Volks tenta passar alguma dose de requinte com apliques prateados e cromados no interior e o uso de tecido nas portas. Nota 7. Design – A dianteira do Voyage é idêntica à do Gol e agrada. De perfil, o sedã da marca alemã também se mostra um carro bem resolvido, com uma certa harmonia entre os seus elementos. É conservador, mas faz um bom papel, principalmente quando comparado aos seus rivais. Nota 7. Custo/Benefício – Comparado aos seus concorrentes, o Voyage I-Trend não é dos carros com mais predicados e menor preço. Mas conta com um projeto moderno, de 2008, diferentemente da maioria dos seus concorrentes. Dentro da linha do Voyage, é a versão com melhor relação custo/benefício. Em relação ao 1.6 de entrada e o topo de linha, Comfortline, ele é a compra mais razoável, com equipamentos básicos e preço decente. Nota 7. Total – O Volkswagen Voyage I-Trend 1.6 somou 74 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigir

Voyage

Bem à moda alemã, o Voyage é um carro que agrada pelo comportamento dinâmico. O motor não é dos mais modernos – é um 1.6 de apenas 104 cv de potência –, mas devido a alta taxa de compressão, conta com o torque máximo em baixas rotações. Isso deixa o carro alemão bastante esperto no trânsito urbano. As acelerações e retomadas são bem eficientes, com o zero a 100 km/h sendo completado em uma marca ligeiramente superior aos 10 segundos. Joga a favor do Volks o ótimo câmbio manual. Com relações curtas e engates precisos, ele deixa a tarefa de trocar de marcha até divertida. Outro aspecto dinâmico interessante do Voyage é a sua suspensão. Com um acerto duro, é possível entrar em curvas com um ânimo sem tantos problemas. Entretanto, é bom lembrar que não há equipamentos de segurança ativa para ajudar em caso de derrapagem. O lado negativo é que assim, mais solavancos são passados para dentro da cabine. O resto não vai na mesma toada. O design, por exemplo, não é de encher os olhos. Ele é simplesmente conservador, sem nenhuma “filura”. O preço também não é dos mais em conta. A configuração testada I-Trend é um bom exemplo. Ela chegou para fazer frente ao JAC J3 Turin, mas com preço bem mais elevado. Por dentro, o acabamento não é dos melhores. Os materiais são rígidos, como era de se esperar de um sedã compacto, mas os encaixes não são perfeitos. O desenho do painel também é simples. Por dentro, pelo menos o veículo da Volkswagen se defende com um bom espaço interno, suficiente para quatro pessoas viajarem com algum conforto. O porta-malas tem 480 litros, uma boa capacidade de carga, e acesso fácil. Mas é realmente andando que o Voyage mostra como conseguiu alcançar a disputada liderança do segmento.

Ficha técnica

Voyage I-Trend 1.6 Motor: A gasolina e etanol, injeção eletrônica multiponto, 1.598 cm³, dianteira, quatro cilindros em linha,duas válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto seqüencial e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas, tração dianteira, direção hidráulica. Potência máxima: 101 cv com gasolina e 104 cv a etanol, a 5.250 rpm. Aceleração de 0-100 Km/h: 10,1 segundos com gasolina e 9,8 segundos etanol. Velocidade máxima: 191 km/h com gasolina e 193km/h com etanol. Torque máximo: 15,4 kgfm com gasolina e 15,6 kgfm etanol a 2.500 rpm Diâmetro e curso: 76,5 mm X 86,5 mm. Taxa de compressão: 12,1:1 Suspensão: dianteira independente, do tipo McPherson, suporte tubular e braços triangulares transversais. Traseira interdependente, com corpo auto-estabilizante e braços tubulares longitudinais. Pneus: 175/70 R15. Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros a tambor. Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,23 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,46 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos.

Peso: 1.021 kg Capacidade do porta malas: 480 litros. Tanque do combustível: 55 L Produção: Taubaté, Brasil. Lançamento no Brasil: 2008 Itens de série: Banco do motorista com ajuste de altura, antena no teto, retrovisor na cor da carroceria, chave canivete, direção hidráulica, friso de proteção lateral,

conta-giros, rodas de aço de 15 polegadas, rádio/CD/ MP3/USB/Bluetooth e volante multifuncional. Preço inicial: R$ 39.670. Opcionais: Ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, sensor de estacionamento traseiro, vidros e travas elétricas, airbag duplo, ABS, faróis e lanternas de neblina. Preço completo: R$ 47.180.


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Automóveis

Rústico e renovado por AUGUSTO PALADINO/autopress - FOTOS: divulgação

A Land Rover revelou antes do Salão de Frankfurt a linha 2012 do Defender. A principal novidade é que o jipão agora é equipado com um novo propulsor 2.2 turbodiesel quatro cilindros que gera 122 cv e 36,7 kgfm de torque e é capaz de atingir 145 km/h. Mas o principal é que agora ele atende as regras de emissões de poluentes estabelecidos pela Euro5. O novo Defender deve estrear em novembro na Inglaterra.

Land Rover


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Quando os filhos servem de arma de arremesso

As crianças são, por vezes, uma arma de arremesso. Quando já não há mais nada para atirar à cabeça do cônjuge sobram os filhos. As crianças são recrutadas por um dos progenitores como parte do armamento que usam, contra o outro. Assim o constata diariamente no seu consultório o psicólogo clínico e forense José Manuel Aguilar, e assim o descreve no seu livro «SAP - Síndroma de Alienação Parental». Filhos manipulados por um cônjuge para odiar o outro. Os filhos são utilizados em muitas ocasiões, como reféns de um dos progenitores. Assim, com uma estratégia mais ou menos subtil, predispõem-nos e aliciam-nos para odiar o outro progenitor. Assim, explica Aguilar, «alegam falsas acusações de agressão sexual e criam outros obstáculos de modo a dificultarem as visitas. Os filhos convertem-se na infantaria a usar na batalha contra o outro progenitor». Esta situação foi objecto de estudo psiquiátrico. Tecnicamente é designada como Síndroma de Alienação Parental (SAP), o transtorno pelo qual um progenitor transforma a consciência dos seus filhos, mediante várias estratégias, com objectivo de impedir, ocultar e destruir os vínculos existentes com o outro progenitor, como é definido pelo especialista. No Livro de Aguilar atribui-se a Richard Gardner, professor de psiquiatria clínica do departamento de psiquiatria infantil da universidade da Colômbia (EE. UU.), a autoria da primeira definição de SAP, desenvolvida em 1985. Richard Gardner definiu o SAP, «como um transtorno que surge principalmente no contexto da disputa da guarda e custódia das crianças. A primeira manifestação é a campanha de difamação contra um dos pais, por parte do filho, campanha sem justificação. O fenómeno resulta da combinação de um sistemático doutrinamento (lavagem ao cérebro) por parte de um dos progenitores, e das próprias contribuições da criança, destinadas a denegrir o progenitor objecto desta campanha». Estas situações produzem-se geralmente em processos de separação e divórcio muito conflituosos. O seu promotor ou agente, o progenitor alienador, na maior parte dos casos, é o que tem a seu cargo a custodia legal dos filhos. Atitude da Criança com SAP O comportamento e as atitudes destas crianças podem chegar a ser de uma crueldade absoluta face ao progenitor vítima do SAP. Estas crianças assumem as ideias e atitudes do progenitor alienador como se fossem suas. Não se sentem, em momento algum, alienados e manipulados. O sentimento da criança provocado pelo progenitor alienador «é entendido como próprio, o filho vê-se com uma personalidade que pensa ser auto elaborada, de tal forma que fica impermeável as influências dos outros»,

afirma José Maria Aguilar. A realidade psicológica da criança alienada é muito complexa, como de seguida descrevemos, seguindo o trabalho de José Maria Aguilar, em relação a algumas das condutas mais características. A sua atitude não é passiva, é claramente beligerante. Tratam o seu progenitor, já não como um inimigo, mas sim «como um desconhecido odioso cuja proximidade sentem como uma agressão à sua pessoa». Alcançado este nível de alienação o trabalho do progenitor alienador pode passar a ser mínima, já não é necessária uma incitação pontual. Produzida a alienação máxima a criança passa a actuar sozinha. O único sentimento que esta criança sente em relação ao outro progenitor é ódio, nem mais nem menos. «O filho alienado mostra um ódio sem ambivalências, sem quebras nem condescendências. Um ódio que pode ser comparado ao fanatismo terrorista». Este ódio e repulsa projecta-se e alarga-se sem excepção a toda a família do progenitor que passou a odiar, avós, tios, primos, com os quais mantivera uma profunda relação afectiva, como é normal em todas as crianças. Sem dúvida, como consequência desta lógica cruel, o progenitor alienador surge como um ser perfeito, «a sua imagem é pura, completa e indiscutível. Qualquer critica ou afronta que lhe seja feita é assumida, pela criança, como um ataque pessoal e imperdoável». A defesa do progenitor alienador está acima de qualquer pensamento lógico e nada convencerá a criança de que ela não está certa. José Maria Aguilar, relata no seu livro um caso que tratou no seu consultório, e que nos mostra esta total intransigência. «Quando um filho, que continuamente se queixava de que o pai nunca mais tinha tentado contactar com ele, teve que enfrentar, na consulta, cerca de trinta cartas que a mãe havia devolvido durante o tempo em que não tinham mantido contacto, começou a argumentar que o progenitor unicamente o tinha feito para justificar como era um bom pai». Quando o pai lhe leu o conteúdo de algumas das cartas que dirigira à mãe, nas quais lhe pedia permissão para ter uma conversa telefónica com o filho no dia do seu aniversário, o menor respondeu argumentando que «a mãe fazia sempre o que considerava melhor para ele». O filho alienado, assombrosamente, mostra uma total ausência de culpa. O ódio induzido nele que é vitima e

carrasco, não nos esqueçamos de ambos os extremos, é tão poderoso que elimina toda a noção de culpa, «o que permite aos menores alcançar os níveis de difamação mais irracionais». Todos sofrem A exploração económica do progenitor odiado faz parte deste modo de odiar. Todo e qualquer sacrifício económico que este progenitor faça, nunca será valorizado e será apenas considerado como uma crua obrigação. Esta situação produzida pelo SAP é dramática. A realidade é todos sofrem, e todos são vitimas. O progenitor alienador sofre de uma patologia psicológica cuja origem é muito diversa e que o impede de viver uma vida normal. É um inferno. Sofre e faz sofrer. O filho alienado, a criança, porque a grande maioria são menores de idade, vê-se sem o carinho e a atenção que todas as crianças necessitam de ambos os progenitores. Odeia um deles. É uma vítima e, por isso mesmo, é também um doente, sofre o SAP. Por fim, o progenitor odiado, sofre a incompreensão e o ódio de um dos seres mais importantes da sua vida e com quem se relacionava maravilhosamente. As situações existenciais que este síndroma provoca são devastadoras. Todos conhecemos ou ouvimos já falar delas. Avós que morrem sem ver os netos, pais que desconhecem tudo sobre os seus filhos, solidão e muita angústia em todos os envolvidos. Os psicólogos e psiquiatras, assim como os advogados de família, são os profissionais que melhor conhecem estas situações, enfrentam-nas diariamente e não deixam de ser afectados por tanto sofrimento num campo tão íntimo como é a família. A sociedade está a tomar consciência da importância deste devastador síndroma. Por isso se começou a intervir em dois âmbitos, no da psicologia e no da justiça. No primeiro deles vai-se conhecendo cada vez melhor a personalidade patológica do alienador, a sua possível cura e a forma de o tratar. No âmbito jurídico, os tribunais começaram já a valorizar estas situações, tomando medidas jurídicas possíveis no campo do direito. Finalmente, a essa criança alienada e doente, apenas lhe podemos dizer, pelo menos do fundo do coração: ama a tua mãe e ama o teu pai, os dois amam-te, deram-te a vida. Se criança, se feliz. www.apagina.pt/?aba=7&cat=157&doc=11635&mid=2


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LEI Nº 12.318, De 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. Art. 2o Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Art. 3o A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. Art. 4o Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determi-

nará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. Art. 5o Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. § 1o O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. § 2o A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. § 3o O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. Art. 6o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:

I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. Art. 7o A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. Art. 8o A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. Art. 9o (VETADO) Art. 10. (VETADO) Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 26 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o da República. LUIZ INÁCIO LULA DASILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Paulo de Tarso Vannuchi José Gomes Temporão Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.8.2010 e retificado no DOU de 31.8.2010 www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/ Lei/L12318.htm


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