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Braganรงa Paulista

Sexta

03 Fevereiro 2012

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jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 625 Sexta 03 • Fevereiro • 2012

Expediente

VADA A BORDO, C....!

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

Mons. Giovanni Barrese

A frase acima, imperativa e utilizando uma expressão chula, típica dos italianos do sul e que se espalhou por toda a Itália pelo fenômeno da migração interna (no passado) e dos meios de comunicação (recentemente), entre as muitas ditas por Gregorio De Falco, comandante da Capitania dos Portos de Livorno, foi uma das utilizadas para tentar convencer o capitão do navio de turismo Costa Concordia, Francesco Schettino, a retomar seu lugar na nave adernada e cumprir sua missão de fazer com que todos os passageiros e tripulantes ficassem a salvo. Penso que muitos dos leitores tiveram acesso ao áspero diálogo ocorrido entre os dois. Quem não ouviu poderá ter acesso através dos recursos da internet. A frase curta e grossa despertou enorme admiração para com De Falco. Suscitou, todavia, sensata observação de sua esposa. Disse ela que era estranho transformar em herói quem apenas tinha cumprido seu dever. A observação serve de base para que se tenha um meio de avaliação a quantas

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anda a consciência ética com que direcionamos nossas vidas. Alguém me passou, há algum tempo, uma série de atitudes completamente contrárias ao bem comum que são, todavia, usuais. Com uma observação: reclamamos tanto dos políticos, de que muitos são desonestos, corruptos, etc. Mas, muitas vezes, no nosso comportamento somos iguais. Antes de ir à lista (vou selecionar só alguns itens) lembro-me de dois que fazem parte do cotidiano de muita gente e que presencio não poucas vezes. Acontecem, normalmente, nas agências bancárias. Chegam, a vovó, carregando o bebê, e a mãe toda faceira. Entrando no banco a mamãe toma o nenê no colo e, tranquilamente, vai para lugar privilegiado! Mas se ela nem estava carregando o nenê, por que passar à frente de outros que também tem suas obrigações? De tempos para cá surgiram os “old office boys”. São idosos que prestam serviço a escritórios e assemelhados e entram na fila dos idosos não para resolver assuntos seus, mas utilizando fila especial vão acelerar

pagamentos de gente que os paga para isso. Ora, as filas especiais foram feitas para atender melhor e em menos tempo pessoas que, em razão de idade e saúde, precisam da preferência! Nós nos queixamos quando nos passam a perna, mas quando somos nós que fazemos isso sempre haverá boa desculpa! Aproveito para acrescentar situações de corrupção que não nos são estranhas: Estacionar sobre calçadas ou em locais proibidos; trocar voto por qualquer coisa; falar ao celular enquanto se dirige; beber e dirigir; num congestionamento em rodovia trafegar pelo acostamento; parar em fila dupla diante de escolas; pegar atestados médicos sem estar doente; pagar recibos para abater imposto de renda; não obedecer a limites de velocidade e tentar suborno...! Quantos fatos ainda poderiam ser acrescentados? Como se pode pedir retidão dos outros se cada um de nós não encara a realidade da necessária coerência de comportamento? A temática do comportamento me leva a olhar o viés religioso. O grande risco das pessoas que dizem crer em Deus

e assumem uma determinada caminhada em igreja (comunidade de fé) é separar o que se crê daquilo que se faz. Aliás, esse tipo de cisão, nós podemos tê-lo no conjunto da nossa vida. Sabemos o que devemos fazer, mas não movemos a vontade para que se faça! Não é improvável celebrar ritos religiosos e que estes não influenciem na forma do exercício profissional, no tratamento para com as pessoas, no envolvimento dos setores que formam a convivência social. Faço, sempre que possível, uma observação: no Brasil são mais de 90% de pessoas que se dizem cristãs, católicas e protestantes. Mais um bocado de gente que diz gostar de Jesus Cristo embora não o veja como os cristãos o veem. Se parte significativa da população tem Jesus em alta conta, como é possível conviver com a injustiça social, com bolsões de miséria, com as dificuldades que envolvem emprego, moradia, saúde, etc.? É sinal que a expressão da fé religiosa não está movendo a atuação nos diferentes campos. E, de acordo com as implicações morais, não

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

está levando a corrigir aquilo que se aponta de defeitos nos outros! Caberia aqui uma chamada ao estilo do comandante De Falco: “Vada a bordo, c...”! Para nós seria traduzido como “È hora de acordar, pô”! A forma digna como Deus quer que vivamos e pela qual Jesus Cristo deu a sua vida, depende da nossa necessária conversão. De não nos ajeitarmos à lógica do mundo (mundo entendido como as estruturas que favorecem todo tipo de tramoia para chegar a fins escusos). Somente a clareza dos valores que norteiam o bem comum e fazem ver em todo ser humano um irmão, será capaz de modificar a tentação do vale tudo!


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colaboração SHEL ALMEIDA

É só começar o ano para começar a época de chuvas e com ela, as enchentes. Bragança, pelo segundo ano consecutivo, sofre com isso. No ano passado a situação foi mais grave. E este ano? Não houve tempo hábil suficiente para encontrar uma solução eficaz? Porque os lugares de inundações são os mesmos, as pessoas que sofrem com isso também são as mesmas. Até quando terão de passar por isso? De acordo com o médico infectologista Dr. José Ribamar Borges Mendes, as enchentes no Brasil, são “tragédias previamente anunciadas”. Todos os anos ocorrem desabamentos e inundações em diversas regiões do país, graças à devastação ambiental, às construções em locais inapropriados e às invasões de áreas de preservação permanente. Junte-se a isso a apatia do poder público, que demora a encontrar uma resolução para o problema, seja pela burocracia, seja pela falta de fiscalização. É só comparar a Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi devastada pelas águas no começo de 2011 com o Japão, que passou por um terremoto no mesmo ano. É fácil perceber que o que falta no Brasil é empenho.

Prevenção

Foto: Fabiano Costa/bjd

A enchente traz com ela o risco de transmissão de doença infecto-contagiosas. “Um dos grandes problemas em casos assim é a falta de água potável, que leva a pessoa a usar água não tratada”, explica Dr. Mendes. Quem teve contato com a água ou a lama das enchentes precisa estar atento a sintomas como febre, dor muscular, náuseas e, principalmente, diarréia. “Não adianta querer se tratar em casa. É preciso procurar o posto de saúde. Diarréia pode indicar muita coisa”. Entre as doenças causadas pelas enchentes estão a Leptospirose, Hepatites A e E, Cólera, Febre Tifoide e Dengue. A porta de entrada para essas doenças pode ser a pele, no caso da Leptospirose, água e alimentos contaminados, no casa de Hepatite A ou E, Cólera e Febre Tifoide e a picada do mosquito transmissor, no caso da Dengue. No caso de Hepatite há ainda risco de contágio de uma pessoa para outra. “O contato com a água contaminada pode causar, ainda, micoses e dermatoses”, avisa. “Se a água não for filtrada, ferver antes de beber”, recomenda. Quem, inevitavelmente, acabar tendo contato com a água das enchentes, pode seguir algumas dicas da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, como: - não deixar que as crianças brinquem na água de enchentes ou enxurradas; evitar manusear objetos atingidos pela água contaminada; - proteger pés e mãos com botas e luvas de borrachas ou sacos plásticos duplos; - jogar fora medicamentos e alimentos

que tenham tido contato com a água da enchente, mesmo que embalados; - se a casa for atingida pela enchente, após o recuo da água, providenciar a limpeza e desinfecção dos ambientes, utensílios, móveis e demais objetos, primeiramente com água limpa e sabão, posteriormente, com uma solução desinfetante. Diluir 200 ml de água sanitária em 800 ml de água, mergulhar os objetos lavados na solução, deixando-os ali por pelo menos uma hora. No caso de pisos, paredes e móveis, diluir 200 ml de água sanitária para cada 20 litros de água, umedecer um pano nessa solução e passar nas superfícies, deixando-as secar naturalmente. Vale lembrar que essas dicas não servem apenas para casos de enchentes, mas também para casos mais simples, como o entupimento de um ralo ou qualquer situação em que houver contato com água suja. Para mais dicas de como se prevenir no caso de enchente, acesse: www.saude.sp.gov.br/ ses/noticias/2012/janeiro/epoca-de-enchentes-aumenta-risco-de-doencas-infecto-contagiosas

Solução

O Jornal do Meio conversou com o vereador Marcus Valle a fim de entender porque é tão difícil acabar com os problemas de enchente em Bragança. Segundo ele, são vários os motivos. É o lixo jogado pela população em ribeirões, são os novos loteamentos que não possuem um sistema de captação de água ou que extrapolem as autorizações recebidas, é a falta de limpeza periódica de bueiros e, principalmente, a falta de fiscalização. Tudo isso agravado pela visão imediatista de quem deveria cobrar melhorias. “A Câmara realizou cobranças pontuais. A legislação já existe, mas o que falta mesmo é a fiscalização efetiva”, analisa. “Tornou-se um problema crônico, ninguém imaginava que chegaria a esse ponto”, fala. “Seria preciso obrigar a realizar estudo de impacto ambiental em loteamentos, por exemplo, mas a cidade não possui nenhum geólogo”. Mas porque não se programar melhor, vereador? “A Câmara cobra, mas acaba se tornando cansativa. O que acontece é um conformismo geral”, analisa. O que se percebe é que além da falta de planejamento, há também a falta de continuidade. Passou a época das chuvas, todo mundo esquece o assunto, até que ele surge novamente, não solucionado. “A enchente tira voto, mas a falta de enchente não dá voto”, fala. “A fiscalização não depende só do prefeito. Depende do Departamento de Obras e também da Secretaria do Meio Ambiente, mas a legislação é tão rigorosa que não é aplicável”, fala. “A população não tem técnica para encontrar soluções, mas tem força para cobrar resultado. O problema é que essa cobrança é sempre momentânea”.

Para Dr. Mendes, as enchentes são tragédias previamente anunciadas

“A Câmara realizou cobranças pontuais. A legislação já existe, mas o que falta mesmo é a fiscalização efetiva”, Vereador Marcus Valle

Rede Social

Quem teve contato com a água ou a lama das enchentes precisa estar atento a sintomas como febre, dor muscular, náuseas e, principalmente, diarréia

As mesmas pessoas que compartilham mensagens e fotos engraçadas sobre os fatos acontecidos na cidade deveriam ser também as que cobram soluções do poder público, O brasileiro tem por característica “rir da própria desgraça”, fazendo piada de quase tudo. O humor como protesto é peça fundamental para enfrentar os problemas dão dia-a-dia, principalmente quando não se vê uma solução rápida. Mas é preciso sair da zona de conforto, é preciso falar sério de vez em quando. Enquanto todos apenas riem, tem-se a falsa impressão de que está tudo bem, mas não está. É preciso usar a velocidade das redes sociais para cobrar, indignar-se, manifestar-se, exigir soluções. Esse mecanismo de contato direto com prefeitos, vereadores, deputados, senadores, presidente é novo e precisa ser moldado para o bem comum. Não adianta acreditar que a internet o protege e que lhe dá o direito de ser individualista, porque não dá. A internet é apenas mais uma maneira de se socializar, de unir forças para melhorar o mundo. Foram os jovens que saíram às ruas exigindo a saída de Fernando Collor da presidência do país. São os jovens que tem hoje o poder de, com apenas um click, exigir providências para aquilo que afeta a todos. Chegamos a uma época em que dependemos do cidadão que por vezes, acaba desempenhando papéis que não é o dele. Desempenhe o seu papel: Cobre!


comportamento

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Fiscais da natureza

Crianças levam a sério a tarefa que vem sendo empurrada para elas na escola, na TV, em todo lugar: salvar o mundo da destruição

por Irene Ruberti/Folhapress

Onde quer que estejam, crianças são bombardeadas por mensagens de preservação ambiental. Elas decoram a cartilha verde e lideram a adoção de novos hábitos. É um exército mirim em formação. A patrulhinha economiza água, separa o lixo e chama a atenção de quem não segue regras ecologicamente corretas. Uma graça. O problema é que a missão “salvar o planeta” é pesada demais para a pouca idade. “Algumas informações estão muito distantes da capacidade cognitiva de crianças”, diz Adriana Braga, bióloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de São Paulo. “Escolas já me procuraram porque os alunos estavam em pânico, sem dormir, diziam que ia pegar fogo na Terra e a água ia invadir a casa deles”, afirma Braga, que integra grupo de pesquisa em educação ambiental. “Se para adultos enfrentar desafios ambientais já dá sensação de impotência, imagine para a criança.” Menores de sete anos não têm total noção de tempo e espaço. Não entendem onde ficam as áreas litorâneas que poderiam ser alagadas, por exemplo. “Absorvem alguns conceitos, mas não tudo”, afirma a professora. Mas as crianças levam a sério seu papel de guardiões do planeta e convocam pais e irmãos para a luta. Mariana Petrosink da Costa, 5, cobra responsabilidade verde do irmão mais velho e controla até o tempo que ele fica no banho. “Ela chama a atenção do irmão de 16 anos”, diz a mãe, a autônoma Kátia Petrosink da Costa, 44. Depois que Mariana começou a frequentar a escola, há dois anos, a família mudou seus hábitos. Antes, só reciclavam óleo. Agora separam também garrafas e plásticos. A menina pede que escovem os dentes com a torneira fechada ela mesma usa uma caneca para fazer bochechos. Mariana também recolhe cartões telefônicos jogados na rua. Inventou uma brincadeira: repete “olhou para o chão, achou um cartão” sempre que pega mais um. “Vivo com a bolsa cheia de papéis de bala, ela não joga nada fora e pede para eu guardar”, conta a mãe. Mariana estuda na zona leste, numa chamada “escola verde” da rede municipal paulistana, com projetos de conscientização ambiental. A menina chega em casa contando tudo o que ouviu lá. “A criança reproduz na família o que incorporou na escola; ela tem força em casa, tem ascendência sobre a família, funciona como um fiscalzinho”, diz a professora da UFRJ e mestre em educação Tania Zagury.

Medos e pesadelos

Maria Eduarda Arb Comparato, 6, faz sua própria seleção de recicláveis. Tem uma “caixa de criatividade”, onde guarda embalagens vazias. Usa o material para inventar brinquefoto: Image Source/Nick White/folhapress

dos. “Com um pote de glitter vazio fiz um chocalho sozinha”, afirma. A menina já levou 22 tubos do interior do rolo de papel higiênico à escola, para que cada colega fizesse um bonequinho com aquilo, conta a mãe, a psicóloga Luciana Arb Comparato, 36. Em casa, Maria Eduarda chama a atenção do culpado, se nota desperdício de água. “Precisa economizar, senão as árvores morrem e a gente fica sem ar e morre também.” Depois de visitar com a escola uma exposição sobre água, fez questão de que os pais e o irmão menor fossem também, para aprender sobre a importância dos mananciais. “Ela é muito antenada com isso, mas acho que lida de forma saudável”, diz a mãe. A educadora Tania Zagury afirma que é essencial mostrar aos pequenos que há saídas. “Se a criança se mostrar muito preocupada, cabe aos pais passar tranquilidade, conversar e tirar todas as dúvidas do filho.” Em duas faixas de idade as crianças se mostram mais suscetíveis a medos e pesadelos. Primeiro, aos dois anos, quando ainda têm uma visão fantasiosa do mundo. Depois, aos sete, quando começam a compreender a realidade e ficam preocupadas com situações concretas.

Passando conceito

Para a professora Adriana Braga, uma forma de despertar a consciência ambiental dos pequenos é trabalhar valores como o respeito à vida e o cuidado com os outros. “Ensinar que o brinquedo da escola é de todo mundo, por isso deve ser bem cuidado, que a sala de aula deve ficar limpa, porque será usada por outra turma, são maneiras de passar conceitos sobre a responsabilidade com o espaço coletivo, a essência da questão ambiental”, diz. Segundo ela, as crianças recebem excesso de informações e às vezes só repetem o que ouvem, sem consciência. A professora conta que, conversando com um grupo de alunos, todos disseram que não se devia jogar lixo pela janela do carro. Ao questionar o porquê, ouviu: “Porque a natureza fica brava”, “Deus fica triste” e até “Se ninguém estiver olhando, não tem problema”. As mensagens ecológicas estão por toda a parte, mas é na escola que as principais noções de consciência ambiental são passadas. O tema é encaixado em projetos de todas as disciplinas e séries. “Às vezes os professores não têm consciência, só reproduzem o conteúdo porque há a pressão para trabalhá-lo”, diz Braga. As irmãs Carolina, 5, e Amanda, 9, ajudam a separar o lixo em casa. Elas lavam os potes vazios e jogam na lixeira com separador de recicláveis. “Quando a professora perguntou o

foto: Image Source/Bjarte Rettedal/folhapress

que faziam pelo ambiente, a mais nova disse que ia à escola de carona porque polui menos”, conta a odontopediatra Adriana Ziemer Moreira, 40, a mãe, que se reveza com outras para levar as meninas. As irmãs também dizem não brincar no banho, para não gastar água. “Elas não têm paranoia, mas é bom pensar no futuro”, diz a mãe. Um estudo na Inglaterra mostrou que 82% das crianças de 7 a 14 anos acham mais importante aprender sobre questões ambientais do que ter aulas de ciência, história e tecnologia da informação. Das entrevistadas, 64% afirmaram ter influência sobre os pais com relação ao meio ambiente. Em outra etapa, feita com pais de crianças na mesma faixa etária, a pesquisa confirmou que elas mudam os hábitos familiares: seis em cada dez pais afirmaram que seus filhos os influenciam a ser mais “ecológicos”. A pesquisa foi feita pelo grupo inglês Co-Operative, que tem um programa educacional de escolas verdes. Ouviu 1.027 crianças e 1.002 adultos. O interesse dos mais novos pelo tema revela que a geração anterior é mais mal informada: metade dos pais admitiu dificuldades para responder às perguntas dos filhos sobre o tema.


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casa & reforma

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Lavanderia enxuta Espaço pequeno requer planejamento para alojar máquinas, tanque, armários e varais por Mariana Desimone/Folhapress

Poucos espaços mudaram tanto de 20 anos para cá quanto a lavanderia. Mais enxuta com o passar dos anos, ela hoje é planejada para ser usada principalmente pelos donos da casa e não exclusivamente por seus empregados. Mas, como sua área diminuiu muito, sobretudo em apartamentos novos, fica mais difícil deixar o cômodo bem equipado e funcional, levando-se em conta a quantidade de itens a serem alojados ali. Para a arquiteta Fernanda Bortoluzzo, a metragem mínima do local deve ser de 1,5 m x 1,5 m. ‘Assim dá para colocar uma máquina de lavar e outra de secar, uma em cima da outra, um tanquinho e armários.’ Existe ainda a alternativa de uma única máquina que reúna as funções de lavar e secar. Ao escolher o tanque, os tradicionais, de 50 cm de largura, podem ser substituídos por menores, de 40 cm. ‘Qualquer espacinho ganho já vale’, pontua Bortoluzzo. A arquiteta sugere a instalação de um armário vertical, para acomodar vassouras e rodos, e outro, com prateleiras, para panos e produtos de limpeza. ‘O ideal é que dê para guardar também aspirador de pó e tábua de passar roupa’, diz. Ainda pode ser necessário colocar varais, que requerem ventilação e iluminação adequadas (leia mais ao lado). Às vezes a falta de espaço leva à integração de áreas. A empresária Therezinha Lima Peres, 52, usou o quarto dos fundos do seu apartamento para aumentar a lavanderia. ‘Há a parte de lavar, com um tanque, a máquina de lavar, dois cestos de roupa e a tábua de passar. No quarto estão os armários e as prateleiras. Não fica nada exposto’, descreve.

Aparências

Responsável pelo projeto, o arquiteto Rômulo Russi lembra que o uso de revestimentos maiores em vez de pastilhas, por exemplo ajuda a ‘ampliar’ o cômodo: ‘Se o local é pequeno, vale usar peças maiores para disfarçar o tamanho’. Revestimentos cerâmicos de cores claras são uma boa pedida, segundo Russi. ‘Branco, bege e gelo continuam sendo ótimas opções e ajudam na sensação de limpeza’, avalia. Para manter o ‘padrão de beleza’ da cozinha, uma possibilidade é manter o mesmo tipo de revestimento aplicado nela. ‘A lavanderia é vista como um prolongamento da cozinha, que é bem valorizada pelas famílias atualmente. Portanto deve ser igualmente bonita’, aponta Antonio Cláudio Fonseca, professor do curso de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Arquitetos mostram como melhorar luz e ventilação Apesar de sua importância ao abrigar as funções de lavar, secar e passar roupas, a lavanderia sofre de um mal comum a ambientes apertados: a falta de iluminação e de ventilação. O arquiteto Donni Fernandes sugere a colocação de pontos extras de luz no cômodo. ‘Em geral é um local com pouca iluminação natural. Se as pessoas vão passar roupa

ali, é importante que enxerguem bem’, analisa. Ele sugere dois ou três pontos diferentes, de preferência de luz fria, para não queimar as roupas no varal. Outra preocupação é facilitar a circulação de ar. A arquiteta Maria Luiza Urban recomenda não deixar o varal de roupas bloqueando totalmente a janela. ‘Pode-se optar por um modelo que seja fixado ao teto, mas que deixe um espaço entre as roupas e a janela.’ Uma alternativa são os varais de piso. ‘Dá para mudá-los de local de acordo com o sol’, sugere a arquiteta.

Foto: Adriano Vizoni/folhapress

Dois em um

Para acabar com o problema da falta de sol na hora de secar as roupas, uma solução cada vez mais presente nas pequenas lavanderias dos grandes centros urbanos é a lavadora e secadora, a chamada dois em um. Fred Seixas, gerente de produto de linha branca da LG, diz que o produto foi pensado para as regiões Sul e Sudeste, onde ‘há mais dificuldade de secar a roupa, principalmente no inverno’. Ele frisa a funcionalidade do produto dois em um: ‘Como as lavanderias estão menores, qualquer espaço ganho é bem-vindo’, argumenta. A designer Érica Artuso, 32, resolveu o problema da falta de espaço, mas, ao comprar uma dois em um, ganhou outra dor de cabeça, já que seu aparelho estava com defeito de fábrica. ‘Troquei por outra da mesma marca duas vezes, mas todas tinham o mesmo problema na centrifugação. Depois, troquei por uma dois em um de outra marca, que está trabalhando muito bem’, relata. A gerente de produto da Electrolux, Joana Dias, diz que, mesmo que a pessoa opte pelos dois aparelhos separados _uma lavadora e uma secadora de roupas_, eles podem ser empilhados para ganhar espaço, como sugeriram os profissionais ouvidos pela Reportagem. ‘Não é a alternativa mais ergonômica, mas é possível colocar os dois equipamentos sobre um gaveteiro, elevando a altura do conjunto todo. Assim, não é preciso se curvar tanto para operar o aparelho de baixo.’

Divisão Mesmo contando com cuidados como a ajuda de profissionais para deixar a lavanderia mais organizada e bonita, muita gente prefere separar o cômodo da cozinha. A advogada Juliana Assis, 35, por exemplo, não gostava da vista para o varal que tinha da mesa da cozinha. ‘Eu não queria ficar olhando a roupa secar durante as refeições’, relata. Para barrar a vista indesejada, Assis adotou uma porta de correr de vidro jateado. ‘A luminosidade continua entrando, e eu resolvi o problema.’ Rômulo Russi sugere uma meia parede de tijolos de vidro ou uma porta camarão de vidro jateado ou leitoso. ‘Quebra o visual, que fica mais agradável. As portas também evitam a passagem de cheiros da cozinha para a lavanderia.’ (MD)

Retrato de Therezinha, que conta com dois comodos de seu apartamento para utilizar como lavanderia


antenado

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E foram todos para paris

Sérgio Augusto guia leitor pela Paris da ‘geração perdida’

por Alcino Leite Neto/Folhapress

Os EUA sempre flertaram com Paris, e viceversa, desde os tempos da Revolução de 1776, quando os franceses ajudaram os americanos a se livrarem do jugo britânico. No século 20, a expansão econômica dos EUA tirou da França o poder que ela mantinha há séculos de orientar a história moderna do Ocidente. Pouco a pouco, todos se americanizaram, inclusive os franceses. Foi justamente no início do declínio da França e da Europa, após a devastadora Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que se acelerou o desembarque em Paris de inúmeros artistas e intelectuais que fariam a glória da cultura americana futura: de Ernest Hemingway (1899-1961) a Man Ray (1890-1976), de Ezra Pound (1885-1972) a Alexander Calder (1898-1976). Essa “geração perdida”, como cunhou a escritora Gertrude Stein (1874-1946), e seu exílio francês são o tema do novo livro do jornalista Sérgio Augusto, “E Foram Todos para Paris”, misto de ensaio histórico e guia dos locais habitados e frequentados pela turma de “Hemingway, Fitzgerald & Cia.”, como diz o subtítulo. Para o livro, o jornalista reviu e atualizou uma longa reportagem de 16 páginas publicada em 1990, no caderno “Turismo”, da Folha. Acrescentou uma deliciosa introdução, mapas, fotos e bibliografia, o que deixou o volume com 126 páginas.

Foto:folhapress

Escrita cativante Sérgio Augusto segue os passos da “geração perdida” em cinco regiões da Rive Gauche (a margem esquerda do Sena) -habitat preferencial dos artistas à época-, na Rive Droite (margem direita), na Riviera francesa e até nos famosos cemitérios de Paris, onde muitos americanos encontraram o exílio eterno. Dono de uma escrita cativante, charmosa e erudita, Sérgio Augusto produziu um pequeno guia turístico útil e curioso para os que amam a cultura americana e os mistérios de Paris. O leitor fascinado pelo tema e pela pena do jornalista lamentará apenas que, para a edição em livro, Sérgio Augusto não tenha encompridado um pouco a reportagem original e tenha preferido mantê-la tal como publicada na imprensa -tão sintética e telegráfica. E foram todos para paris Autor: Sérgio augusto Editora: Casa da palavra Quanto: R$ 39,90 (126 págs.) Avaliação:Bom

PARIS, FRANÇA, 1990: Brasserie Lipp, onde Ernest Hemingway almoçava cachorro quente com maionese


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teen

Meu smartphone, minha vida Celulares com internet viram símbolo de liberdade entre os jovens; psicólogos alertam para o risco de dependência

por Ricardo Mioto/folha Press

Escolha rápido: ganhar um carro ou um smartphone? A resposta pode revelar a sua idade. Uma nova pesquisa mostra que metade dos adolescentes dos EUA preferem o smartphone, contra 15% dos seus pais. Entre os teens que já têm um aparelho, quatro em cada cinco acham que o pior castigo é ficar longe dele. A preocupação chegou à indústria automotiva. Em entrevista ao “The New York Times”, uma executiva da Ford reclamou que “o carro costumava ser um símbolo de liberdade, de chegada à idade adulta. Isso é representado agora pelos smartphones”. Essa smartphonemania está chegando ao Brasil. Quase 30% dos internautas adolescentes do país já acessam a internet em um deles. Uma pesquisa recente do Instituto Ipsos Mediact mostrou que o Brasil tem 20 milhões de smart-phones e que metade desses aparelhos foram comprados há menos de seis meses. Andar em um shopping de um bairro nobre de São Paulo é estar cercado de adolescentes acessando o Facebook e trocando mensagens via celular. Os namorados Gabriel Pardon e Alessandra Werneck, de 16 anos, são um exemplo. Ao sentar para um lanche, deixam seus smartphones idênticos romanticamente lado a lado sobre a mesa. “Sem ele, dá um desespero de não conseguir falar com ninguém”, diz Gabriel. “Minha mãe odeia. Na hora do almoço, ela fica dizendo ‘larga isso, pelo amor de Deus!’.” “A gente troca mensagens o dia inteiro”, diz Alessandra. Gabriel completa: “Imagina se fosse como na época dos nossos pais e eu tivesse de ir até a casa dela toda vez que quisesse falar algo?” Psicólogos alertam, porém: smartphones podem levar à dependência. “Acontece quando a pessoa deixa de sair com os amigos, de estudar, de conversar, para ficar mais tempo conectada”, diz Dora Sampaio Góes, psicóloga do programa de dependência de internet do HC (Hospital das Clínicas), que já atendeu 200 pacientes ao longo de quatro anos. “Tenho pacientes que checam o celular até no meio da consulta.” Especialmente em risco estão pessoas com dificuldades sociais na vida real, que encontram na internet um refúgio. Cristiano Nabuco de Abreu, também psicólogo do HC, está pessimista. “A ficha ainda não caiu sobre dependência de smartphones. E adolescentes são mais vulneráveis, pois ainda não amadureceram bem o controle sobre os impulsos.” Livro narra jornada de seis meses sem internet A americana radicada na Austrália Susan Maushart, uma solitária mãe solteira na menopausa, achou uma boa maneira de ser odiada pelos seus três filhos: proibiu o acesso da família a computadores e celulares por seis meses. Seu livro sobre a jornada foi publicado recentemente no Brasil. Entediados, os adolescentes começaram a conversar mais com ela. A conta de telefone disparou. Sem seus iPods, o trio começou a brigar feio pelo controle do aparelho de rádio. O desempenho escolar dos três melhorou. Acostumada a ficar sozinha lendo no sofá, Susan se surpreendeu quando Anni, 18, se uniu a ela. Susan lia “A Menina que Roubava Livros” (no Brasil, pela ed. Intrínseca), a filha preferiu “Por Que os Homens Amam as Mulheres Poderosas” (ed. Sextante). Bill, 15, trocou o Facebook pelo saxofone. Pensar em “como ele seria um músico incrível” se tivesse utilizado as horas na internet para treinar “foi um dos testes mais difíceis que já tive como mãe”, diz Susan. Rodrigo Souza, 18, fez algo parecido ao tentar se desligar das redes sociais, particularmente do Facebook, conforme o vestibular deste ano se aproximava. Conseguiu ficar duas semanas longe do site. “Entrar no Facebook era automático, eu abria o navegador e começava a digitar o endereço... Aí me tocava e ia para o Guia do Estudante”, diz, rindo. “Às vezes ficava angustiado, querendo compartilhar algum link. Até usei o e-mail para isso uma vez. E-mail é tão retrô, né?” O inverno da nossa desconexão Autora: Susan maushart Editora: Paz e terra Quanto: R$ 40

Foto: Folhapress


informática & tecnologia

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Test drive Galaxy Note, da Samsung, é smartphone para gigantes

por Bruno Romani/Folhapress Foto: Folhapress

Entrei num mercado do centro de São Paulo com o Galaxy Note no bolso de trás da calça jeans, no qual o aparelho mal cabia. Quando ele começou a tocar, saquei o telefone, coloquei-o junto da orelha e atendi a ligação. É claro que todos na fila olharam com um ponto de interrogação no rosto. O mesmo que tive ao testar essa caderneta de anotações virtual, com caneta stylus e tudo. No meio do caminho entre smartphone e tablet, ela tem 5,3 polegadas. É gigante. Roda Android na versão 2.3, mas faria todo o sentido com o novo Ice Cream Sandwich -sistema com visual idêntico para todos os equipamentos portáteis, não importando o tamanho da tela. A atualização, prometida pela Samsung, deve amenizar a sensação de que ícones e widgets ficam espalhados num grande espaço vazio. Motivo de piada nos últimos celulares touchscreen que vieram com ela, a caneta é realmente útil. Isso porque o aplicativo para rabiscos virtuais (chamado S Note) funciona bem e pode ser aberto simultaneamente por cima de outro programa. Sua precisão, no entanto, está longe da ideal, assim como o tempo de resposta ao toque na tela com o objeto. Uma série de aplicativos especiais para trabalhar com a caneta vem na Choice S, uma loja exclusiva para o produto na Samsung Apps. Há, por exemplo, um software colaborativo, como o Google Docs, e outro que permite escrever notas num PDF. Pelas medidas impressionantes de 8,5 por 14,5 centímetros, a espessura de 9,5 milímetros e o peso de 180 gramas agradam. A câmera, de 8 Mpixels, também é boa. A interface personalizada pela Samsung apresenta lentidão incompatível com essa lista de especificações. Mas não chega a irritar. Ruim mesmo é a duração da bateria. A tela Super AMOLED, ultra brilhante e com resolução de 1.280x800 pixels, não poderia mesmo deixar o aparelho, lançado por R$ 1.999, acordado por mais de 6 horas, com Wi-Fi e GPS ligados. Casamento entre iOS e aparelhos é o trunfo da Apple Empresa de Steve Jobs obtém resultado coeso por fabricar tanto o sistema operacional quanto o hardware Apesar da importância cada vez maior do software, o bom casamento entre o sistema operacional e o aparelho é fundamental para a estabilidade da plataforma. Desde que entrou no mercado de smartphones, em 2007, esse é o trunfo da Apple perante a concorrência. Por ter o poder de desenhar o iOS baseado no hardware feito em suas próprias instalações, a empresa fundada por Steve Jobs criou um software coeso.

Assim, o iOS oferece uma das experiências mais completas quando o assunto é smartphone. Sua interface intuitiva é um chamariz para usuários leigos. A disposição de ícones, presente desde sua primeira versão, continua. Só que, se em 2007 Steve Jobs apresentou o primeiro iPhone sem uma loja de aplicativos, hoje ela é um dos maiores destaques da plataforma. Ao usar a base de clientes já estabelecida pela iTunes Store e oferecer bons preços aos desenvolvedores -a empresa fica com 30% do valor de um app vendido-, a Apple criou a maior loja de aplicativos para smartphones. Hoje são mais de 500 mil aplicativos. Porém nem todos estão disponíveis no Brasil, principalmente na área de jogos. Por ter uma enorme gama de opções, o iOS é a plataforma com mais opções específicas de aplicativos. Há opções para médicos, engenheiros, músicos etc. Na última semana, a Apple anunciou a chegada oficial da iTunes Store ao país. Isso significa que além dos apps, usuários do iOS agora podem comprar músicas e assistir a filmes em seus aparelhos. A última atualização do sistema, o iOS 5, adicionou uma série de recursos cobrados por antigos usuários. Um sistema de notificação completo foi adicionado, além de melhorias na câmera e no navegador Safari.

Fatia pequena

Apesar de aclamado pela crítica, os iPhones da Apple têm dificuldade de aumentar sua participação no mercado nacional. Números divulgados pela consultoria Gartner indicam que, no terceiro trimestre de 2011, a empresa teve 11% de participação na venda de smartphones no país. O crescimento em comparação ao mesmo período de 2010 foi de só dois pontos percentuais. A participação se explica em parte pelo baixo número de aparelhos à venda no mercado -com a chegada do iPhone 4S, agora serão três aparelhos (iPhone 4 e iPhone 3GS continuarão nas lojas). Mas o fator mais proibitivo continua sendo o preço dos smartphones. Se sistemas como Android oferecem opções mais simples por menos de R$ 500, o iPhone 4S chega ao país por R$ 2.599 na loja oficial da Apple -nas operadoras, o preço pode cair para R$ 1.249 em planos de voz com valor mensal exorbitante. O preço do aparelho chega a R$ 3.399 em sua versão de 64 Gbytes -R$ 800 a mais do que o tablet mais caro da empresa, o iPad 2 com 64 Gbytes e c onexão 3G. Mesmo as versões mais antigas continuam com valores altos -o iPhone 4 de 8 Gbytes custa R$ 1.799, enquanto o 3GS com o mesmo espaço interno custa R$ 1.199.


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Foi com grande alegria que fotografei o casamento do Fred

para dar uma “voltinha” pelas barraquinhas da quermesse que

e Anita. Duas pessoas apaixonantes que sabe muito bem

acontecia na praça. Foram ovacionados pelos presentes num

como transformar os momentos mais importantes da vida em

clima muito gostoso. Aproveitei pra registrar todo esse momento

acontecimento. Foi um dia muito prazeroso porque esse casal

muito especial. Deram lindas fotos que ninguém imaginaria

tem uma inclinação em fazer tudo de forma bem diferente

num livro de casamento.

e irreverente. No casamento deles não podia ser diferente.

Depois seguimos até o Buffet onde o casal ofereceu uma linda

Imaginem que o Fred logo após o cortejo de entrada, pegou

recepção. Claro que a entrada deles não foi tradicional: entraram

uma guitarra e solou a música “Gonna fly now”, tema da sua

pilotando uma linda motocicleta fazendo os convidados entrarem

entrada, fazendo com que todos percebessem que aquela

num clima mais descontraído ainda. Outro momento muito

noite ia ser diferente.

bacana foi a performance da banda “Os Bagles” a qual o Fred é

A cerimônia aconteceu na Catedral aqui em Bragança numa

um dos membros, deixando a galera enlouquecida. Foi muito

noite muito agradável onde o Pe. Marcelo presidiu uma linda

bacana. Não precisa nem falar que Fred e Anita se divertiram

cerimônia encantando a todos. O casal após jurarem amor

até o final da festa. Realmente uma noite muito especial que

para toda a vida prestigiou a entrada das alianças presas num

guardo com muito carinho.

lindo Santo Antonio feito de pano conduzido pelas avós. Um capricho do casal. Depois dos cumprimentos dos pais e padrinhos o casal saiu pelo corredor num clima super descontraído e aproveitaram


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2º veículos e variedades

Caderno

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27 dicas para combinar cores e estampas

Coordenar diferentes tons e desenhos é essencial para colorir a casa com bom gosto. Aprenda truques dessa arte Apostar em tons vibrantes e em combinações inusitadas pode ser uma ótima alternativa para dar mais vida ao seu lar. Ainda mais em tempos de cores vibrantes e ousadia em alta. “O básico se tornou muito pouco”, afirma a arquiteta Viviane Lima. “É preciso imprimir personalidade ao projeto”, completa a decoradora Marília Caetano. Mas mesmo com tamanha liberdade é preciso tomar cuidado para não exagerar. Para não errar, consultamos alguns especialistas para solucionarem as dúvidas mais comuns nesse quesito. Confira. 1 – É possível misturar, no mesmo ambiente, mais de uma cor vibrante? Sim, essa tendência chama-se color block (bloco de cores) e está em alta. No entanto, é preciso ter cuidado para escolher tons que resultarão em uma composição harmônica. A dica é eleger sempre uma cor de destaque, que deve estar em maioria no ambiente, e preencher o espaço com outros detalhes coloridos. 2 – Roxo combina com amarelo? Sim! O amarelo vai bem com diversas cores, e o roxo é uma delas. Nesse caso, um tom complementa o outro – o amarelo aquece os ambientes, enquanto o roxo é responsável por garantir a harmonia que não pode faltar em um lar. 3 – É uma boa ideia escolher armários coloridos para a cozinha? Claro, esta é uma sugestão bem-vinda sempre. Cores na cozinha ajudam a dar aconchego, estimular o apetite e trazer personalidade. Além disso, o armário colorido nos remete a um estilo retrô, que está em alta nos projetos de decoração. Vale apostar nas combinações de cinza com amarelo, laranja com azul-marinho e até optar por detalhes vermelhos. 4 – Posso colocar almofadas com estampa xadrez em um sofá listrado? O mix de estampas veio para ficar. Na decoração essa história não poderia ser diferente. O sofá da sala ficará lindo com uma composição de desenhos, desde que você faça isso em apenas uma peça (nada de usar a mesma solução em outro sofá ou nas poltronas). Também é preciso saber escolher as estampas para que uma não roube a atenção da outra, o que pode deixar o ambiente pesado. Opte por tons complementares, que fiquem harmônicos, como azul-claro com rosa, cinza com amarelo ou rosa e lilás com branco, entre outros. 5 – Detalhes listrados combinam com estampas florais? Sim, a regra é a mesma que a do xadrez. Mas redobre a atenção no momento de escolher as cores das estampas, elas devem criar uma composição harmônica. 6 – Se a ideia é pintar o teto com uma cor vibrante, também posso usar uma tinta colorida na parede do mesmo ambiente? Pode sim, mas muito cuidado na hora de escolher a cor para não ficar muito pesado. Evite cores escuras no teto, pois elas ajudam a achatar o ambiente. Escolha sempre as mais claras, como amarelo e rosa. Nas paredes há uma liberdade maior para criar, mas as cores escolhidas devem estar em sintonia. Evite: vermelho + preto, verde + vermelho, rosa + roxo e azul escuro + verde, entre outras. 7 – No caso de papel de parede, é possível misturar estampas diferentes no mesmo ambiente da casa? Os mais recomendados são a dupla floral e listrado, xadrez e listrado ou até mesmo poás e listras. Mas não esqueça que o que vale de verdade é a composição de cores. Uma deve sempre complementar

a outra e não roubar a atenção. 8 – Caso as paredes de um ambiente sejam pintadas com cores vibrantes, os estofados devem ter, necessariamente, tons mais neutros? Nada impede que sua parede seja amarela e o sofá azul, por exemplo. Mas o risco de errar é maior. Escolher estofados de tons neutros é uma boa saída para quem deseja complementar o espaço com objetos de decoração e detalhes mais alegres. Se a ideia é não colocar muitos “cacarecos”, fique à vontade para escolher um sofá bem vivo. Tudo depende da proposta inicial do projeto – se é ousar ou ter uma decoração mais clássica. 9 – Qual é a melhor maneira de inserir estampas geométricas sem deixar o ambiente pesado? Estas são as estampas mais democráticas na hora de criar uma composição. Seus desenhos se complementam naturalmente e convivem em sintonia. Não tenha medo. 10 – Se o objetivo é ter uma cortina estampada, qual é o desenho mais indicado? As listras são as melhores opções, pois alongam. Não tenha medo de escolher um sofá xadrez, por exemplo, para colocar no mesmo ambiente. As estampas se complementam e deixarão o projeto descontraído. 11 – A combinação de amarelo com vermelho é bem-vinda na sala de estar? Muito cuidado nessa hora! Estamos entrando em uma zona de perigo, pois se trata de dois tons quentes, o que pode cansar. A sala é um lugar para receber e ficar um bom tempo conversando com as visitas, então o melhor é escolher apenas um tom vibrante de destaque. 12 – Ter um ambiente monocromático é uma boa pedida? Nem sempre. O ideal é escolher uma cor de destaque e complementar com outras, desde que elas estejam em pequenos detalhes. Essa solução ajuda a quebrar a sobriedade. 13 – Fazer uma composição com diferentes estampas em um sofá ou até mesmo em uma parede de azulejos pode ser uma boa opção? Sim, o patchwork veio para ficar e é uma boa maneira de dar um ar mais jovem e descolado ao ambiente. Procure escolher tons que se harmonizem. 14 – Posso colocar quadros coloridos em um ambiente que já tem tons vibrantes? No caso dos quadros, a melhor opção é comprá-lo antes de começar a decorar e transportar algumas de suas cores ao projeto. O efeito fica incrível. 15 – Papéis de parede ou azulejos com estampas grandes são bem-vindos? Sim, mas é preciso atenção nessa etapa. As estampas maiores ficam bem apenas em ambientes amplos e sem muitos móveis. Caso contrário, podem dar a sensação de que o espaço é menor. Também é importante dosar nas cores ao redor, opte por tons neutros em móveis e complementos de decoração. 16 – De que maneira é possível usar o preto na decoração? Se a ideia é usar a cor em uma parede, escolha áreas menores – ela pode fazer o ambiente parecer menor. O preto deve ser usado com moderação nos projetos, sempre em companhia de tons mais claros. Evite usar cores mais sóbrias junto com a tonalidade, como azul-marinho e cinza.

17 – As cores quentes são boas opções para ambientes com metragem reduzida? Tons mais vibrantes não são as melhores escolhas para áreas menores. Em alguns casos, achatam o espaço. Dê preferência a tons neutros como base e deixe o colorido apenas em detalhes. 18 – Papéis de parede com estampas listradas caem bem em qualquer ambiente? As listras são ótimas escolhas, pois dão fluidez ao espaço. Coloque em cozinhas estreitas e em corredores. - Leia também: Paredes bem vestidas 19 – Tapetes coloridos podem ser usados em qualquer ambiente? Há alguma restrição? Depende da proposta do projeto. Se a ideia é ter um espaço mais decolado, abuse da cor no tapete. Só não esqueça de dosar com tons mais sóbrios ao redor para não deixar o ambiente carregado. Dê preferência a cores escuras, assim a sujeira não aparece com maior facilidade. 20 – O azul cai bem em todos os ambientes da casa? A cor é sempre boa opção, mas é preciso ter cuidado ao usá-la. Sozinho, o azul pode ficar monótono. Prefira combiná-lo com outros tons vibrantes, como rosa e lilás. 21 – Um ambiente completamente branco também pode cansar? Um espaço totalmente branco pode ficar frio demais. Coloque um pouco de cor para dar aconchego. O lilás é sempre recomendado para quebrar a monotonia. 22 – De que forma é possível usar o cinza em casa? A cor é uma ótima companhia de muitas outras, como o rosa, o turquesa e o vermelho. O tom é fácil de combinar e ainda imprime aconchego. Use e abuse em salas de estar, quartos e até mesmo no ambiente de jantar. 23 –Qual é a combinação de cores impossível de errar, sem ficar no básico? Aposte no turquesa com vermelho. São tons que nasceram um para o outro, se complementam e, juntas, dão vida ao ambiente sem deixá-lo carregado. 24 – O tom da madeira fica bem com qual cor? Uma das mais recomendadas é a laranja. Se você tiver um painel de madeira em casa, por exemplo, uma boa opção é colocar diversas almofadas laranja no sofá. 25 – As cores com acabamento brilhante são bem-vindas? Muito! Prata e dourado estão em alta nos projetos de decoração. Os tons mais vibrantes com acabamento envernizado também são ótimas opções para os móveis. 26 – Como combinar as estampas dos móveis com a cor da parede? A dica é escolher desenhos que tenham detalhes feitos com a cor usada na parede. Exemplo: se a divisória recebeu tinta amarela, as almofadas podem ter detalhes amarelos. É possível também escolher um vaso da mesma cor e por aí vai. 27 – Quais são as principais dicas para não errar a mão na hora de colorir a casa com tons vibrantes e estampas? Não tenha medo de errar! Essa é a principal dica. Pense em cores e combinações que não vão cansar seus olhos com facilidade. O importante é se sentir bem.


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Vacina contra raiva Todo ano é realizada uma campanha para a vacinação de raiva, uma zoonose que está totalmente controlada dentro das CIDADES do estado devido à campanhas anteriores bem sucedidas. Estamos adiantados com esse tema, é verdade, mas é de suma importância que a conscientização se inicie agora. Em minha opinião, a campanha tem seus prós e contras. Eu mesmo já participei de campanhas de vacinação de raiva quando ainda era estudante de medicina veterinária em Marília. Mas o que eu penso é que deve ser melhorada a instrução que se pode passar ao proprietário de cães e gatos. Juntamente com a vacinação que se faz somente contra a raiva, o governo poderia investir em folders, cartazes e até mesmo na conversa junto aos proprietários. Digo isso baseado na experiência que temos aqui na clínica. Uma boa parte de proprietários só vacinam o seu pet anualmente contra RAIVA, o que é um procedimento errado. Todo filhote tem que tomar de três a cinco doses (dependendo da raça) de vacina contra as viroses. Depois, quando adulto, deve-se tomar ANUALMENTE UMA ÚNICA DOSE DE VIROSES e a

vacina de RAIVA. A raiva é uma doença de grande impacto para o animal, assim como as viroses (CINOMOSE, PARVOVÍRUS LEPTOSPIROSE, HEPATITE, PARAINFLUENZA e ADENOVIRUS para cães e CALICIVIROSE, RINOTRAQUEÍTE, PANLEUCOPENIA

e CLAMIDIOSE dos gatos), tanto para FILHOTES como para ADULTOS. Essas doenças acima citadas são, muitas vezes, fatais para animais adultos ou podem deixar sequelas para o resto da vida. Caro leitor, por favor, COMENTE sobre esse assunto com amigos e familiares que possuem animais na residência e

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Rejunte epóxi exige limpeza rápida Acabamento final não pode esperar o término de todo o serviço para não gerar trabalho extra

O rejunte epóxi é uma evolução dos produtos tradicionais usados para rejuntar – preencher os espaços intermediários – peças de cerâmica, porcelanato ou mármores e granitos. Suas características positivas são a impermeabilidade, propriedades antimofo, flexibilidade e acabamento liso. Porém, apesar dos fabricantes afirmarem ser de fácil aplicação, esta requer experiência com o produto e habilidade.No geral, é necessário proceder com a mistura dos componentes do rejunte de acordo com as instruções da embalagem. Vencida essa etapa, se inicia a aplicação de maneira semelhante à de outros tipos de rejunte. O produto, após a mistura, tem um tempo máximo para ser utilizado. Os cuidados extras começam com a limpeza do excesso do rejunte que transpassar as peças do acabamento, seja a cerâmica, o porcelanato etc. Alguns fabricantes informam o período máximo para limpeza dessas sobras, outros não. A limpeza deve ser feita conforme a massa for sendo aplicada. Por exemplo: o aplicador tem 30 minutos para remover o excesso, e 2 horas para a limpeza final. Na maioria dos casos, é inviável rejuntar todo o piso para apenas ao término fazer a limpeza. Essa forma de trabalho geralmente desagrada os aplicadores, mas deve ser respeitada se a opção for pelo rejunte epóxi.

Esses períodos e procedimentos são variáveis dependendo do fabricante e devem ser rigorosamente respeitados de acordo com a orientação dos mesmos.O rejunte epóxi que não foi removido no tempo indicado é difícil de ser eliminado. Para essa remoção, quando a aplicação não foi criteriosamente realizada, antes de utilizar qualquer produto genérico de limpeza pós-obra, consulte também o fabricante do revestimento, cerâmica, porcelanato ou pedra, para utilização do produto correto.

ajudem a divulgar este problemão. Digo “problemão” porque é extremamente preocupante quando surge um caso de animal doente por algum tipo de virose como as citadas acima. Este problema pode ser bem resolvido fazendo-se as vacinas uma vez ao ano em todos os animais, independente da idade. Muitas vezes recebemos animais na clínica desde filhotes ate até dez anos de idade doentes porque tomaram apenas as vacinas de viroses quando filhotes ou não tomaram. Isso acontece mesmo. A imunidade que a vacina passa para os cães e gatos quando vacinados é de apenas um ano. Por isso, sempre que você lembrar que deve vacinar seu animalzinho contra a raiva lembre-se também que ele deve tomar as vacinas de viroses que são tão importantes quanto a de raiva. Muito obrigado, até a próxima. Rodrigo Cesar Barbosa CRMV 23010 – SP Espaço Veterinário Av. José Gomes da Rocha Leal, 238 Tel: 4032-2214

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O que realmente importa? Ao ler o título deste livro, é impossível não fazer uma reflexão sobre a importância de alguns fatores em nossa vida. Analisando de modo mais profundo, refletimos - principalmente - a respeito de nossas escolhas e vontades. Escolhas! Sim! Pois estão totalmente ligadas ao que queremos e refletem de forma direta as nossas vontades. É justamente sobre nossas escolhas que este livro trata. O que temos escolhido para nossa vida? Escolhemos algo para agradar aos outros? Ou porque nos faz bem? Esta pergunta tão comum, mas de tão difícil resposta, pode mudar a história da sua vida se você conseguir respondê-la com a consciência e a alma. Acredite, não estamos aqui por acaso! Todos nós temos uma missão no mundo. E essa missão é o combustível da alma. É dela que nasce a energia para viver em plenitude. Neste livro, o leitor encontrará uma série de reflexões que o ajudarão a descobrir e viver a sua verdade. Levar uma vida sem propósito é viver sem liberdade para crescer. Mais que isso, não é viver, porque, em verdade, nascemos para realizar nossa missão. Esta é nossa natureza, portanto, não

aceite nada menos que isso! Então, pergunte-se de coração: o que realmente importa? Ficha Técnica: Altura: 21 cm. Largura: 14 cm. Acabamento : Brochura Edição : 1ª Ed. / 2009 Idioma : Português País de Origem : Brasil Número de Paginas : 152 Preço sugerido: R$ 19,90 Fonte: saraiva.com.br

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Como planejar o espaço do seu bar em casa Os amigos íntimos se reúnem para um bate-papo, as visitas ficam à vontade e, mesmo quando se está só, o drinque preferido fica mais saboroso. Para montar o seu bar, não existe apenas a opção clássica com bancada e banquetas, colocado num espaço reservado só para ele. Móveis como armários, mesas, aparadores, bancos e até mesmo uma parte da sua velha estante podem ser adaptados e utilizados para organizar copos, bebidas e todos os outros acessórios com charme, ganhando inclusive, um novo adereço na casa. Bar adaptado na estante Para aumentar a sensação de espaço, pinte sua estante ou armário de branco e coloque um espelho no fundo. Você pode ainda instalar uma prateleira com casulos para os copos e laquear as gavetas para colocar garrafas deitadas. Bar com porta basculante Para quem quer um bar na sala, mas não quer ter as bebidas expostas ou guardá-las dentro de um armário, uma boa opção é uma estante multiuso. O bar pode ser camuflado por portas de vidro jateado e os outros nichos podem expor objetos decorativos, livros e o que mais combinar. Outra opção é um armário com porta basculante. As bebidas e acessórios ficam escondidos, e quando a porta se abre serve de apoio para a preparação dos drinques. Bar com aparadores Se expor as bebidas não for um problema há várias localizações possíveis para seu bar dentro de casa. Os aparadores, que antes só existiam na sala se jantar, hoje podem ser encontrados em vários outros cômodos. Para transformá-lo num bar, coloque de um lado a bandeja com o balde de gelo e os copos, e do outro lado arrume as garrafas. Lembre-se de colocar os volumes maiores atrás dos menores. Bar de prateleiras de vidro O bar na entrada pode ter prateleiras de vidros para expor as bebidas e espaço para

guardar copos, coqueteleiras, e outros utensílios. Desta forma, os convidados podem acompanhar o preparo dos drinques sentados na sala de estar. Bar atrás do sofá Se quiser que o seu bar fique ainda mais convidativo, você pode levá-lo para o centro da sala, instalando-o atrás do sofá, em um aparador ou mesinha. Bar de canto O canto perto do corredor também é um ótimo local para um bar informal. Guarde as bebidas em um baú de acrílico, onde elas ficam à mostra e deixe a postos um banco para que os convidados fiquem mais à vontade. Outra opção descontraída para quem não dispõe de muito espaço é a utilização de um cesto de palha com uma caixa escondida no fundo. Sobre ela coloque uma bandeja, e dentro dela deixe em exposição as garrafas mais bonitinhas. Bar entre móveis Se você tem um espaço vazio entre seus móveis, esse pode ser o cantinho do seu bar. Instale prateleiras e uma caixa com puxadores para guardar os copos mais delicados. As garrafas podem se alojadas em um mini-adega com rodízios na base. Fonte: IG-SP


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Cuidados ao projetar a casa de praia O planejamento da casa de praia, como todo o projeto, depende da região. Lembrando que o Brasil é um País com dimensões continentais – no sul e sudeste o período de chuvas é consideravelmente maior do que no nordeste – algumas necessidades para o bom funcionamento da casa podem variar. A situação geográfica mais atraente para uma casa no litoral é a chamada “pé na areia”, tendo praia como extensão da propriedade. Realmente um conforto e luxo ímpares. Mas o que muitos não têm noção é da incessante necessidade de manutenção que um imóvel com essas características demanda. Sendo que a escolha dos materiais acentua ou minimiza essa tarefa. A ação da maresia é um dos fatores mais determinantes para escolha de revestimentos. Se algum item tiver de ser metálico, o mais indicado é usar o aço inox, ao invés do ferro e até do alumínio, que também pode ser corroído. Associada a altas temperaturas e umidade, a maresia estraga praticamente qualquer material que não receba cuidados. Limpeza, arejamento e proteção com impermeabilizantes ou resinas no que seja cabível são algumas formas de prolongar a vida útil de revestimentos e mobiliários. O projeto de arquitetura deve contribuir para que a casa seja agradável frente ao calor ou a umidade externa. Pé direito alto

com aberturas que permitam a ventilação cruzada promove a renovação do ar, propiciando frescor. Venezianas, por exemplo, também ajudam a regular a intensidade da entrada de luz e calor. Principalmente no sul e no sudeste, levantar o piso da casa em relação ao solo evita a passagem da umidade excessiva e mantém a área de permeabilidade do terreno. Na região nordeste, o período de chuvas é bem reduzido e a preocupação fica mais focada na ventilação do imóvel. Avalie o movimento do sol e do mar para posicionar e dimensionar as aberturas – janelas e portas-balcão. Lembre que a integração da paisagem é item obrigatório. Então. seja generoso nas dimensões. Outra providência interessante é colocar telas nas janelas e em todas as aberturas existentes para evitar a entrada de insetos e outros bichos. Quanto mais próxima da natureza for a casa, maior será a convivência com seus habitantes. Escolha pisos que sejam fáceis de conviver com a areia e a água. Mantenha a pintura da casa em dia. Verifique periodicamente o madeiramento do telhado, telhas e lajes. Os itens estruturais quando danificados requerem investimento maior para serem substituídos. Fonte: IG-SP

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veículos

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Consciente coletivo Versão GLX do Citroën C3 Picasso aposta no custo/benefício para avançar no segmento familiar

por Rodrigo Machado/AUTO PRESS

A compra de um carro familiar precisa atender a diversos fatores. Como é um veículo que precisa agradar toda a família, leva em consideração as necessidades dos pais, a opinião dos filhos e, às vezes, até o conforto do cachorro. Ou seja, tem muito de racional nesta decisão de muitas cabeças. E, dentro da safra dos atuais veículos que se encaixam nesse perfil, o Citroën C3 Picasso é o que privilegia mais este aspecto de atender a todos. Com um desenho incomum e boa capacidade dinâmica, virou uma opção muito interessante no segmento. E, se a aquisição do automóvel é quase sempre por “aclamação familiar”, nada mais corriqueiro do que procurar a configuração que traz o necessário para cada um. É nesse cenário que aparece a versão intermediária GLX, que responde por 60% das vendas do modelo. Ela deixa de fora alguns “mimos”, como o GPS no painel e o airbag duplo, mas traz o essencial em termos de conforto. E, fundamental, um preço mais competitivo. Portanto, o C3 Picasso tem tudo que não pode faltar em uma viagem de família – crianças enjoadas, excesso de bagagem, muitas paradas e coisas gosmentas sobre os bancos ficam por conta dos passageiros. Estão lá ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico – com os vidros traseiros também acionados por botão –, computador de bordo, banco do motorista com ajuste de altura e rodas de liga leve de 16 polegadas. Sem falar de algumas soluções engenhosas, como o imenso porta-luvas refrigerado e as mesinhas do tipo avião para os bancos traseiros. Ainda há o rádio/ CD/MP3 com entrada auxiliar e comandos satélites na coluna de direção, essencial na hora de distrair a turma nas férias. Com isso, o C3 Picasso GLX custa R$ 51.400. Os únicos opcionais são o airbag duplo, que adiciona mais R$ 1.300 na conta e a pintura metálica, que custa R$ 1.190. Essa decisão de equipar a versão GLX apenas com o que realmente é preciso logo se mostrou uma estratégia acertada. Os 650 veículos emplacados podem não parecer muitos quando comparados ao Fiat Idea e Honda Fit, que ficam na casa dos 2 mil exemplares mensais. Mas vale lembrar que o C3 Picasso sofre a concorrência interna do C3 Aircross, sua variante aventureira, que vende cerca de 1.400 unidades por mês. Frente a grande e diversificada concorrência, um dos grandes destaques do C3 Picasso é o seu design. Com formato quadrado com bordas arredondadas, o modelo conta com desenho bastante original. Destaque para os vistosos faróis e para a grande área envidraçada na frente. Atrás, o conjunto formado pelas lanternas e pelo vidro curvo é inovador. Mecanicamente, não há inovações. Sob o estiloso capô do monovolume está o motor 1.6 16V, que já está difundido na linha da PSA Peugeot Citroën. Com etanol no tanque, ele desenvolve 113 cv a 5.800 rpm e 15,4 kgfm de torque a 4.500 giros. Acoplado a ele, está um tradicional câmbio manual de cinco marchas. O automático vem com um preço de R$ 4 mil a mais e ainda agrega os freios ABS.

Ponto a ponto

Desempenho – É até surpreendente a maneira com que o monovolume da Citroën ganha velocidade. O motor 1.6 16V de 113 cv é esperto e dá agilidade ao carro no trânsito urbano. Em rotações baixas, ele se mostra um pouco “preguiçoso”, mas a partir dos 2.500 giros o comportamento melhora muito. A relação curtinha do câmbio ajuda bastante no bom desempenho do modelo. Para se ter noção, o zero a 100 km/h foi feito em 10,5 segundos. Marca que muitos sedãs com motor semelhante não alcançam. Nota 8.

Estabilidade – Há um contraste entre a suspensão mole e a rigidez torcional elogiável no C3 Picasso. Em curvas, é fácil perceber a carroceria adernando, mas a estrutura geral segura o tranco. Na prática, isso dá uma sensação de insegurança ao volante. Não dá para realizar manobras ousadas – embora nem seja essa a proposta do carro. Nota 6. Interatividade – O painel de instrumentos – além de bonito – tem ótima visualização. Os três elementos circulares trazem informações “limpas”, de fácil leitura. O resto dos comandos também são intuitivos e espalhados pela cabine. O rádio conta com comandos na coluna de direção. Do lado negativo, estão as alavancas do freio de mão e de câmbio, posicionadas muito baixas, o que dificultam o seu uso. A visibilidade dianteira é ótima, enquanto a traseira deixa a desejar por causa do vidro diminuto. Nota 7. Consumo – O Citroën C3 Picasso conseguiu a média de 6,0 km/l rodando na cidade com etanol no tanque. Ainda não há medições do InMetro para o carro. Nota 5. Conforto – É um dos destaques do monovolume da Citroën. A arquitetura do carro oferece farto espaço interno. Mesmo as pessoas mais altas não vão bater com a cabeça no teto. E até cinco adultos podem viajar no C3 Picasso sem grandes apertos. A suspensão macia ajuda a aumentar a sensação de conforto. Ela consegue absorver as imperfeições do asfalto com competência e não transmite grandes solavancos para o interior da cabine. Nota 9. Tecnologia – A versão GLX traz apenas os equipamentos essenciais, em uma lista mais enxuta – a topo de linha Exclusive recebe mais mimos, como o GPS no painel. A plataforma do C3 Picasso é a mesma do C3 europeu – que chega ao Brasil em 2012 –, um aperfeiçoamento da que é usada no C3 brasileiro. Mas tanto um quanto outro são modernos. O motor 1.6 16V é o mesmo que já é aproveitado em diversos veículos da PSA Peugeot Citroën no Brasil. Nota 8. Habitalidade – A Citroën conseguiu espalhar uma quantidade decente de porta-objetos no grande interior do C3 Picasso. O porta-luvas, por exemplo, é imenso. Na parte superior do painel, logo abaixo das saídas de ar-condicionado, existe um compartimento de tamanho razoável para guardar objetos de uso imediato. Os acessos ao interior do veículo são muito bons graças às grandes portas com amplos vãos de aberturas. O porta-malas leva 403 litros de bagagem. Nota 8. Acabamento – Não chega a impressionar, mas é correto. Os materiais escolhidos pela fabricante francesa são de boa qualidade e aparentam cuidado na montagem. Os encaixes são precisos e não há rebarbas aparentes. A parte central do painel tem plástico na cor “black piano”, que dá um toque extra de requinte. Nota 7. Design – É original. O formato mais “quadradão” escolhido é amenizado

FotoS: Pedro Paulo FigueiredO/FOLHAPRESS

Citroën C3 Picasso

pelas extremidades arredondadas e a falta dos adereços off-road do AirCross deixa o design mais leve e harmônico. Nota 9. Custo/benefício – A versão intermediária GLX foca mais na relação custo/benefício. Traz equipamentos essenciais como ar-condicionado, direção assistida, sistema de som por R$ 51.400. Faltam, no entanto, equipamentos de segurança como airbag duplo e freios com ABS e EBD. O modelo mira diretamente a Fiat Idea Essence 1.6, que equipada igualmente vai a R$ 51 mil, Nissan Livina S 1.6, por R$ 46.490, e Chevrolet Meriva Premium 1.8, que custa R$ 49.667. Nota 7. Total – O Citroën C3 Picasso somou 74 pontos em 100 possíveis.

Primeiras impressões

Surpreendente equilíbrio O desenho do C3 Picasso é incomum. É aquele tipo de design controverso, que gera bastante discussão. Entretanto, as linhas são harmônicas e o visual é mais condizente com o de um monovolume do que o do AirCross, sua versão aventureira. O conjunto na traseira formado pela vidro curvo e pelas lanternas no estilo “bolha” podem causar estranheza em algum momento. O certo é que, no resto, o familiar é mais “charmoso” e muito original.

Em movimento, por exemplo, o comportamento é até surpreendente. O motor 1.6 16V de 113 cv move com alguma agilidade os mais de 1.300 kg do C3 Picasso. A partir das 2.500 rotações o propulsor entrega boa quantidade de força e o modelo fica mais ágil. Abaixo desta marca, no entanto, o marasmo toma conta. Para conseguir fazer um motor dessa potência dar um desempenho interessante para um carro deste peso, a tática da Citroën passou diretamente pelas reduções nas relações do câmbio. Na prática, isso significa que basta dar uma pequena acelerada para sair da inércia ter de trocar de marcha. Se isso beneficia o desempenho, o consumo é prejudicado. A 100 km/h, por exemplo, o conta-giros já apontava 3 mil rpm. Isso ajudou para abaixar a média de consumo para 6,0 km/l com etanol. Na parte dinâmica, a Citroën também teve de lutar contra a grande massa e a arquitetura do veículo. Com o centro de gravidade alto, o C3 Picasso não é muito bom em curvas. Nem a rigidez torcional do carro garante estabilidade e segurança. Os bancos têm ótimos apoios laterais e ajudam a segurar os corpos nas curvas. Não é que o pai de família dono do C3 Picasso possa pegar uma serra com ferocidade e alta velocidade – longe disso. Mas em uma tocada tranquila, o veículo se comporta de maneira elogiável. O que contrasta é a suspensão, molenga e que deixa o monovolume um tanto “bamba”. Por dentro, o conforto impera. O espaço interno é generoso e cinco ocupantes conseguem viajar sem apertos. Quem fica atrás ainda ganha as mesinhas no estilo avião. Na frente, a ergonomia é acertada para o motorista – exceto pelas alavancas do câmbio e do freio de mão, instaladas em posições muito baixas. Sobra visibilidade na dianteira graças aos vidros auxiliares na coluna. A retrovisão, contudo, é prejudicada pelo vidro traseiro pequeno. O digno acabamento traz materiais de boa qualidade. As peças estão encaixadas corretamente e passam sensação de esmero na montagem. O destaque no interior fica com o volante, com acabamento cromado, base reta e uma ótima pegada. Esse sim, praticamente uma unanimidade em design.


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OS ESPECIALISTAS APROVARAM. AGORA FALTA O ESPECIALISTA DA SUA FAMÍLIA FAZER UM TEST DRIVE.

VENHA CONHECER O C3 PICASSO NA LE MANS. FAÇA UM TEST DRIVE, COMPROVE A MELHOR RELAÇÃO CUSTO/ BENEFÍCIO DO SEGMENTO E APROVEITE CONDIÇÕES IMPERDÍVEIS PARA ESTACIONAR UM NA SUA GARAGEM.

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Longe da recessão por Augusto Paladino/AUTO PRESS

A crise financeira

Foto: Divulgação

na economia europeia parece não assustar as marcas premium. Respaldada pela demanda crescente no mercado chinês, a britânica Rolls-Royce fechou 2011 com novo recorde histórico de vendas. A fabricante, atualmente integrada ao grupo BMW, emplacou 3.538 carros em 2011, com crescimento de 31% na comparação com o ano anterior. É o maior volume da história de 107 anos da tradicional marca de veículos superluxuosos. O recorde anterior datava de 1978, quando a Rolls-Royce comercializou 3.347 unidades. Os maiores mercados são a China e os Estados Unidos.

Rolls Royce Ghost


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Novidade nas pistas por Augusto Paladino/AUTO PRESS

Uma nova cate-

Foto: Divulgação

goria do automobilismo brasileiro será lançada em 2012. A Sprint Race é descrita como intermediária entre os campeonatos de Turismo e a Stock Car. O carro utilizado usa chassis tubular, com o piloto no centro do carro, como na Stock, com motor dianteiro e câmbio sequencial de seis marchas. Serão dez etapas com rodadas duplas, com 15 carros no grid. A estreia será no Autódromo Internacional de Interlagos, em São Paulo, em 4 de março. A última corrida fica para Curitiba, em 2 de dezembro, em um total de 10 corridas.

Sprint Race


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