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Braganรงa Paulista

Sexta 29 Junho 2012

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jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 646 Sexta 29 • Junho • 2012

Expediente

Não é lícito! Mons. Giovanni Barrese

No dia 24 de junho celebra-se o nascimento de São João Batista. No Brasil essa festa vem somada em multifacetadas formas expressivas: mastros, fogueiras, quadrilhas, quentão, fogos, etc. Data bem característica de nossa realidade. Chega até a esvaziar as salas e salões da Câmara dos Deputados e do Senado em Brasília. Festa tão grande exige a presença dos eleitos junto às suas bases. Em nossa região, nas cidades de Atibaia e Joanópolis, é o santo padroeiro. Feriado local. João Batista é uma figura singular. A tradição bíblica fala de seu parentesco com Jesus Cristo. O texto sagrado o coloca na mesma linha de diversos personagens que são concebidos por intervenção maravilhosa de Deus: pais idosos, mães estéreis: Ana, mãe de Samuel; Sara, mãe de Isaac; Isabel, mãe de João, etc. Um jeito que os autores sagrados acharam de firmar a presença desses homens para realçar o tamanho da missão que viveram. Diz-se que

João viveu no deserto, se vestia de forma estranha e se alimentava também de forma estranha. Para recordar que o deserto representava duas coisas: o lugar onde estavam os demônios e lugar onde se fazia a experiência da intimidade com Deus. Percebe-se aqui o cerne da missa de João Batista: a luta contra a presença do mal no meio do povo. O seu chamado ao batismo de conversão. A intimidade com Deus que o faz levar sua palavra até o confronto intimorato com o rei. A causa final de sua morte foi o “Não é lícito” dito a Herodes diante do seu concubinato com Herodíades. O evangelista fala que o rei temia João e, mesmo assim, gostava de ouvi-lo. Certamente porque as pessoas que falam a verdade são sempre admiradas. Mesmo quando gostaríamos de não ouvir a verdade! A morte de João acontece pela covardia de Herodes. Serve de contraluz à entrega da vida do último profeta do Primeiro Testamento. O maior

homem nascido de mulher. Porque anuncia a presença de Deus no meio do povo. O Cordeiro que tira o pecado do mundo. Sempre me impressionou em João Batista a frase “Não é lícito!” E é uma frase que deveria estar em nossa boca como expressão de tudo aquilo que fere a dignidade humana e se coloca contra o projeto de Deus. Todos os dias nos defrontamos com situações legais marcadas pela imoralidade. Todos sabemos que determinadas leis, determinados princípios, podem ser legais (correspondem a leis feitas), mas são imorais porque ferem a justiça. Por exemplo: as leis que defendem o aborto, a pena de morte, a guerra, a diferença de tratamento entre ricos e pobres naqueles que são direitos e deveres, o mau uso do direito de votar, etc. Quem acompanha os meios de comunicação percebe os difíceis caminhos da justiça em conseguir punir os que se aproveitam dos recursos que deveriam servir ao conjunto da

sociedade. Os desvios e sumiços de verbas públicas que não chegam ao seu destino. As propinas que facilitam a execução de obras. A compra das consciências. Nestes dias acompanhamos o parto “elefantinho” para que se consiga chegar ao final do famigerado “mensalão”. Por que adiar? Não é melhor julgar e ver se há ou não culpados? Por que postergar? A mesma coisa o caminhar de lesma da CPMI do caso Cachoeira. Buscam-se todos os meios para esfriar a situação. O modo correto, sem dúvida, é buscar a verdade, julgar com justiça, absolver ou punir. Toda a ação envolvida pelo cuidado de não prejulgar. Mas, também, não prolongar até o ponto de que os crimes, se comprovados, caiam na prescrição. À moda de João Batista é preciso gritar que não é lícito fugir das responsabilidades e dificultar, o mais possível, a vitória da verdade. Parece que somos uma sociedade sonolenta. Preferimos o torpor à ação comprometedora.

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

Não queremos perceber o quanto de maldade se instalará em nossas vidas diante da omissão que nos parece confortável. Não estamos percebendo que a acomodação diante dos delitos faz alicerce para que as gerações futuras descreiam que é possível a honestidade. Que João Batista não seja lembrado só pelo folguedo de nosso folclore. Que sua presença marque nossa vida com a justa indignação diante do sofrimento e da falta de oportunidade de tanta gente. E que nos juntemos a ele para gritar (até perder a cabeça, se preciso for): “Não é lícito!”.


saúde

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Pesquisas questionam o papel

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colesterol ‘bom’ por SABINE RIGHETTI/folhapress

Dois novos estudos podem complicar a maneira como são vistos os exames rotineiros para detectar o colesterol “bom” e o “ruim” e o que deve ser feito para evitar o entupimento das artérias. Uma pesquisa publicada na revista médica “Lancet” mostra que, em pessoas com tendência genética a ter altos níveis de HDL, o colesterol “bom”, não houve menor risco de infarto. Foram analisadas 116 mil pessoas. Os pesquisadores verificaram se elas tinham um gene conhecido por aumentar os níveis de HDL presente em 2,6% da população. Quem tinha a variação supostamente protetora, no entanto, não teve menos risco de sofrer um infarto. O mesmo resultado foi encontrado quando foram pesquisadas outras 14 variações genéticas também associadas a um nível maior de HDL. Para efeito de comparação, os pesquisadores também verificaram o risco cardíaco de pessoas com genes que aumentam o colesterol “ruim”, o LDL. Quem tinha essa variação sofria mais infartos do que a população em geral, o que confirma que o colesterol ruim é ruim mesmo. Mas os achados da pesquisa põem em xeque a busca de tratamentos para elevar o HDL, lipoproteína responsável por “limpar” as artérias e que tem ação anti-inflamatória e antioxidante. Um segundo estudo, publicado na revista da American Heart Association, mostra que o HDL, na verdade, não é só bom,

mas tem uma parte boa e outra ruim, dependendo da presença de uma proteína inflamatória ligada a ele, a apoC-III. O estudo, feito por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, analisou as lipoproteínas do sangue de mais 52 mil mulheres e 18 mil homens. Os resultados foram comparados com os eventos cardiovasculares sofridos pelos grupos. A presença da proteína inflamatória apoC-III no HDL foi associada com maior risco para o coração. De acordo com o cardiologista Raul Dias Santos, diretor da unidade clínica de lipídes do Incor (Instituto do Coração), os trabalhos põem em evidência o fato de que o HDL não é uma coisa só. “Dependendo da mutação que a pessoa tenha ou do remédio que tome, o HDL pode subir, mas o aumento pode não ser no tipo protetor.” Por enquanto, afirma o médico, é difícil separar os diferentes tipos de HDL nos exames de rotina, mas isso pode ser possível no futuro. Segundo Santos, no entanto, os resultados dos estudos não devem mudar a forma como os médicos usam os números do colesterol para determinar o risco cardíaco. “O LDL alto continua sendo ruim e o HDL baixo ainda é um indicador de risco cardíaco. Fumo e obesidade estão associados a HDL baixo. O que se questiona agora são os tratamentos para elevar o HDL.”


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colaboração SHEL ALMEIDA

Usar de maneira qualificada e planejada os eventos culturais que acontecem em Bragança anualmente é uma forma de fazer com que a cidade se transforme em um polo turístico da região. O Festival de Inverno do município já tem mais de uma década, está em seu 11º ano consecutivo, mas compete diretamente com outros, realizados em cidades próximas, como Atibaia e Amparo. Sendo assim, é preciso levar em consideração que a concorrência existe e que leva vantagem a cidade que traz as melhores atrações e está em sintonia com aquilo que o público quer ver. Atibaia tem ainda o Festival de Curtas Metragens, mas Bragança tem a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que lá não tem. Mesmo assim, a cidade vizinha consegue ter uma programação cultural mais abrangente e ações que vão de encontro com o desejo do público, as quais Bragança não consegue superar. Para que isso viesse a acontecer seria preciso que os eventos produzidos pela Secretaria Municipal de Cultura acontecessem durante o decorrer do ano, e não apenas em ocasiões específicas e pontuais, como o Festival de Inverno ou o Maio Cultural, fazendo com que a população criasse o hábito de prestigiá-los o ano todo. Para isso, uma opção seria a de firmar mais parcerias com produtores culturais independentes, que já desenvolvem alguns projetos por iniciativa própria. Isso poderia suprir, de alguma forma, a carência da população na área cultural, além de funcionar como um incentivo para quem produz cultura na cidade. Para que ações culturais diversificadas e frequentes cheguem até o público é necessário maior empenho do poder público com um todo (não apenas o municipal), mas também da iniciativa privada. O Programa “Conexões Culturais”, desenvolvido por uma empresa, vem apresentando uma programação cultural da cidade, mas ainda não é o suficiente. Outras empresas poderiam fazer o mesmo, por meio de patrocínio e apoio. As empresas precisam se propor a conhecer o funcionamento da Lei Municipal de Cultura, do ProAc e da Lei Rouanet, a fim de entender como financiar projetos por meio de isenção fiscal. A arte e a cultura são importantes não apenas no aspecto social, mas também no econômico. Gera empregos, gera renda, movimenta a economia do município e divulga o nome da cidade, que se torna referência regional. Se bem trabalhado, o marketing cultural pode ser tornar uma ferramenta de comunicação eficiente que agrega valor à empresa patrocinadora, aos artistas, aos produtores e ao público. Faz com que a compreensão sobre cultura seja o agente de difusão de conhecimento, de informação e do próprio nome da empresa. O Carnaval bragantino, por exemplo, é uma ação que funciona e por isso se tornou conhecido como o melhor

da região, atraindo visitantes para a cidade. Mas de Educação. De acordo com Fábio Delduque, curador e produtor executivo, a parceria vai dura menos do que uma semana. Se a verba destinada à cultura do município fosse permitir que a Fazenda Serrinha, local onde o melhor administrada, a cidade seria capaz de atrair festival é realizado, se transforme em um centro visitantes o ano todo. Outro ponto que poderia - e de formação de arte-educadores. “O Festival é um deveria - ser melhor desenvolvido diz respeito à momento de concentração e confraternização, divulgação. Não é de hoje que a população bra- mas queremos que as ações se estendam durante gantina reclama que fica sabendo de atividades o ano todo” fala. “A ideia é que haja a ampliação depois que já aconteceram. Se a informação não de um projeto educativo para além do festival, chega a todos é preciso fazer com que os meios com início no segundo semestre”, completa. “Os professores da rede dedifusãofuncionem. pública são os que Trabalhar melhor os materiaisgráficoséum O Festival de Arte Serrinha funciona mais necessitam de começo.EmBragança como um momento de atualização atualização na forexistemváriosartistas e de diálogo entre estudantes e mação profissional”, avalia.Comoformade gráficos talentosos artistas, é uma experiência única, dar início ao projeto, e reconhecidos, que poderiamdesenvolver imersiva, onde se respira arte o festival oferecerá bolsas aos educadores materiais de melhor Fábio Delduque da rede municipal e qualidade do que os estadual, por meio de que são apresentados à população pelo poder público. Além de criar inscrição gratuita. As vagas para as oficinas são laços com o espectador, que se sente atraído nas áreas de artes plásticas e visuais, cinema e por um cartaz bonito e apresentável, ainda cria fotografia e música. Além disso, haverá também vínculo com o artista que se sente valorizado programa de estágio para estudantes em áreas por poder difundir seu trabalho em meios que como assistência de produção, monitoria de oficina levam o nome da cidade. Bragança é uma cidade e jornalismo, entre outras. “O Festival sempre que projeto artistas das mais diversas áreas. É realizou programas de estágio, mas, desta vez, preciso valorizar esses artistas para que possam estamos conseguindo ampliar”, explica Fábio. efetivamente ser reconhecidos como braganti- Outra ação realizada anualmente pelo Festival nos e, com isso, difundam o nome da cidade de Arte Serrinha e que também será ampliada e façam com Bragança se torne referência em nesta 11º edição é a do Projeto Social de Arte criatividade artística e produção cultural. Se o e Educação que acontece nos bairros ao redor município tem o sonho de se tornar referência da Fazenda, Água Comprida e Morro Grande. turística, a cultura é um dos caminhos para se “Quisemos ampliar o projeto para os jovens de alcançar esse objetivo. Para isso é necessário um 13 a 20 anos por entender que essa faixa etária planejamento anual que leve em consideração está mais suscetível a ações externas, tem poua experiência e também os anseios de todos os cas referências, além da falta de perspectiva,” envolvidos na área cultural local: artistas das mais fala. Em anos anteriores o projeto contemplava diversas áreas, produtores, incentivadores e, em apenas crianças de 06 a 12 anos, agora atenderá especial, o público. É preciso que haja o diálogo ambas as turmas. “As oficinas gratuitas trarão entre todas essas partes para que os eventos elementos de arte urbana e que fazem parte do não sejam prestigiados apenas por serem a universo desses jovens, como grafite, reciclagem única opção da população. É preciso oferecer e hip hop”, explica. qualidade, diversidade e atrativos que façam Parque de instalações com que a cidade possa competir diretamente com a vizinhança, sem que para isso seja preciso Em 2001 a Fazenda Serrinha foi reconhecida perder público para os festivais de outras cidades. pelo IBAMA (atual ICMBio) como Reserva ParÉ preciso encontrar uma forma de aproximar o ticular de Patrimônio Natural – RPPN – o que público bragantino do artista local, mas também lhe assegura o caráter perpétuo a preservação oferecer a ambos opções que os prendam aqui. É das áreas tombadas. “Depois que o reflorestapreciso aprender a usar as atrações de fora como mento, até os macaquinhos voltaram”, conta. “Dentro da Fazenda existem oito esculturas/ uma ponte entre os dois. instalações que dialogam com o lugar onde Arte e Educação estão, se relacionam com a natureza”, fala. “O O Festival de Arte Serrinha é outro exemplo de que promovemos é uma junção entre a arte iniciativa que deu certo. Também em sua 11º e o meio ambiente, preservando a cultura edição, este ano o Festival conseguiu uma apro- local, respeitando e entendendo a história do ximação com as Secretarias Municipal e Estadual lugar e introduzindo a arte como elemento

externo”, fala. “A ideia é criar de programa de visitação ao Parque de Instalações que funcionaria como um museu a céu aberto”, fala. “Cada uma das obras pode ser desdobrada em muitos conteúdos diversificados. A mesma obra pode ter vários focos, abrir espaço para discussões”, fala. “Na ausência de museus e centros culturais, os estudantes viriam visitar a fazenda e passariam a ter contato com a arte contemporânea, a vivenciar as obras”, explica. “O Festival de Arte Serrinha funciona como um momento de atualização e de diálogo entre estudantes e artistas, é uma experiência única, imersiva, onde se respira arte”, enfatiza. “Este ano demoramos um pouco para lançar a programação do festival por conta da dificuldade de se encontrar patrocínio e parcerias, mesmo com abatimento de 100% do valor incentivado, pelo ProAc e pela Lei Roaunet”, fala. “Apoiamos o Festival de Inverno da Cidade, já fizemos ações em parceria, mas este ano cada um está com a própria programação”, explica. “Os dois festivais nasceram juntos, inclusive o da Serrinha foi precursor do Festival de Inverno”, comenta. “Temos vontade de, a partir do próximo ano, regionalizar um pouco mais, criar mais ações que estabeleçam diálogo com os municípios da região”, conclui.

Professores e estudantes Os professores da rede pública que desejam se inscrever para concorrer a uma bolsa para as oficinas do 11º festival de arte serrinha devem enviar currículo e carta de intenção para o email contato@ festivaldearteserrinha.com.br até amanhã, 30 de junho. O resultado será divulgado na segunda, dia 02 de julho. Os estudantes que desejam e os estudantes se candidatar a uma vaga de estágio devem enviar currículo e carta de intenção especificando a área de interesse (no caso da monitoria de oficina, indicar aquela pretendida) para o email contato@ festivaldearteserrinha.Com.Br até o dia 30 de junho. Os pré-selecionados serão convocados para uma reunião presencial em são paulo. Para aqueles residentes em bragança paulista, haverá uma reunião na cidade. O resultado será divulgado a partir do dia 2 de julho. O estágio não é remunerado. Para saber quais as opções de oficinas e áreas de estágio, acesse: www.festivaldearteserrinha.com.br

divulgação: festival da serrinha

Fábio Delduque é curador e produtor executivo do Festival de Arte Serrinha. “A ideia é que haja a ampliação de um projeto educativo para além do festival, com início no segundo semestre”.

“Muitos Irmãos”, tema do 11º Festival de Arte Serrinha “evoca a comunhão em torno de um desejo de transformações positivas pela arte e pelo sonho.”


comportamento

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15 Perguntas e respostas sobre

reprodução assistida por JULIANA CUNHA/FOLHAPRESS

Quando um casal é considerado infértil e deve procurar ajuda? Por mês, um casal fértil tem 20% de chance de engravidar, afirma o ginecologista Eduardo Schor, professor da Unifesp. Em um ano, mantendo relações sexuais regulares --duas vezes por semana em dias alternados-- e sem contraceptivos, a maioria dos casais férteis de até 35 anos engravida. Se isso não acontecer, é preciso ir ao médico. Com mais de 35 anos, o prazo para engravidar naturalmente é reduzido para seis meses. Cerca de 15% dos casais são inférteis, de acordo com Edward Carrilho, ginecologista da Clínica Engravida. As causas são 40% femininas, 30% masculinas e 30% do casal. Para as mulheres, alterações de ovulação, como ovário policístico e endometriose, são as principais causas. Para os homens, varicocele (varizes nos testículos) e deficiências na produção ou na qualidade do espermatozoide. A maioria dessas causas não tem sintomas. Para descobrir, só com exames: ultrassonografia, dosagem hormonal e espermograma.

era feito com embriões de três dias. “Era menos confiável quanto ao resultado e menos seguro. Nessa fase, você só consegue retirar uma célula, não dá para saber se representa a totalidade do embrião”, diz o médico.

Segundo o ginecologista Emerson Cordts, da Faculdade de Medicina do ABC e do Hospital São Luís, embora o risco não seja contraindicação à técnica, é dever do médico informar os pacientes sobre ele.

O que acontece com os embriões que não são usados? No Brasil, os embriões produzidos em laboratórios e não usados não podem ser descartados. Devem ser congelados e preservados na clínica por tempo indeterminado ou doados para pesquisa. Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina, os “pais” do embrião devem deixar por escrito o destino que será dado ao material congelado em caso de separação do casal, doenças graves ou morte. “O princípio é que você pode escolher não usar um embrião porque não quer ter um filho com uma doença, mas você não pode descartar algo que é compatível com a vida. O embrião pode ser descongelado anos depois e ser implantado com sucesso”, diz Arnaldo Cambiaghi, do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia.

Há uma idade limite para fazer um tratamento de fertilidade? Se a mulher quer engravidar usando os próprios óvulos, sim. “Não faço fertilização in vitro com óvulo próprio em mulheres com mais de 43 anos”, diz Adelino Amaral Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. “A chance de sucesso é muito baixa.” Até os 35, a fertilidade da mulher fica mais ou menos estável. “Aos 40, ela já perdeu 80% da fertilidade”, diz o ginecologista Paulo Bianchi, da clínica Huntington. Quer dizer que, naturalmente, a chance de ela engravidar é de 5% por mês. Com fertilização in vitro, o número sobe para 15% se a mulher tem 40 e cai a menos de 5% se tem mais de 43. Se ela aceitar usar óvulos doados, a chance aumenta muito: depende da idade da doadora, que geralmente tem até 35 anos. Ainda não existe limite de idade para a mulher receber óvulos doados. “Existe a ideia de fixar o limite em 55 anos. Por enquanto, isso depende da opinião do médico e da saúde da mulher”, diz Silva.

Como é feito o congelamento de óvulos? A principal indicação é para preservar a fertilidade de pacientes com câncer. “Quase 50% ficam estéreis após o tratamento”, diz Emerson Cordts, coordenador do Centro de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina do ABC. A técnica também é procurada por quem deseja adiar a maternidade e garantir a qualidade dos óvulos. A mulher precisa tomar hormônios que induzem a ovulação; os óvulos são “aspirados” da vagina e congelados a -196º C em segundos. O processo é chamado de vitrificação. Em mulheres com câncer, são usadas drogas específicas na hora de estimular o ovário, para evitar que os hormônios aumentem a progressão da doença, diz Solange Sanches, oncologista do hospital A.C. Camargo.

Quais são os efeitos colaterais da inseminação? Em quase todos os tratamentos a mulher toma hormônios para estimular a ovulação. Varia a dose: na inseminação artificial ela é até um terço menor do que na fertilização in vitro clássica. Esses hormônios agem no ovário e podem provocar uma ‘super TPM’: “O inchaço e a sensação de desconforto pré-menstrual são intensificados”, diz o ginecologista Edward Carrilho. As altas doses de medicação também podem causar hiperestímulo ovariano em cerca de 2% das mulheres. “Além de inchaço, o tratamento pode causar formação de cistos e levar a derrames no abdome e no pulmão e à coagulação de sangue nas artérias. É uma situação grave”, diz o especialista em reprodução humana Karam Abou Saab. As mulheres mais propensas a ter hiperestímulo são as que têm ovários policísticos.

Qual a chance de ter gêmeos ou trigêmeos? Na inseminação artificial, quando a ovulação é estimulada, a chance de gravidez múltipla é de 10%, segundo Edson Borges, especialista em reprodução humana da clínica Fertility. Na fertilização in vitro clássica ou com injeção de espermatozoide, a chance de ter gêmeos é de 20% a 25%, e de ter trigêmeos é de 5%, diz Paulo Bianchi, ginecologista da Huntington Medicina Reprodutiva. Para se ter uma ideia, naturalmente, uma em 80 gestações resulta em gêmeos (1,25% de chance). O que faz a probabilidade ser muito maior na fertilização é o uso de dois ou mais embriões por tentativa. “Queremos aumentar as chances de gravidez, mas hoje vemos a gestação múltipla como um problema. O sucesso é ter um bebê sadio”, diz Borges. Para minimizar as chances de múltiplos, o Conselho Federal de Medicina recomenda introduzir no máximo dois embriões em mulheres com até 35 anos. De 35 a 40, pode-se introduzir três e acima de 40, quatro. É possível saber o sexo do bebê ou se ele tem alguma doença? O diagnóstico pré-implantacional é um teste nos cromossomos do embrião para identificar anomalias e doenças genéticas. “Um subproduto do teste é saber o sexo, mas não pode ser a finalidade. O teste serve para ajudar pacientes que têm abortos repetidos, idade avançada ou doença genética familiar conhecida”, diz Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. O exame mais moderno, chamado CGH, é feito quando o embrião chega ao quinto dia. “Nessa fase, podem ser retiradas cinco ou seis células, o que permite a análise de todos os pares de cromossomos”, explica Arnaldo Cambiaghi, do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia. Segundo Cambiaghi, antes do CGH o diagnóstico genético

Como é que funciona um banco de sêmen? O banco coleta, congela e mantém amostras de sêmen para uso próprio (homens que podem ficar inférteis por tratamentos médicos etc.) e de doadores anônimos (para fertilização in vitro de terceiros). No primeiro caso, paga-se uma taxa de congelamento e tarifas semestrais de manutenção. O sêmen pode ficar congelado por tempo indefinido, diz a médica Vera Beatriz Feher Brand, diretora do Pro-Seed, primeiro banco de sêmen do Brasil. A doação deve ser anônima e gratuita. Quem doa recebe apenas os resultados dos exames prévios (espermograma e testes para DST). Quem compra as amostras recebe informações básicas do doador, como cor de pele, cabelos e olhos, tipo sanguíneo, altura, peso, profissão e hobby. Quantas vezes posso tentar a fertilização? Nada impede que a mulher faça o procedimento várias vezes, pulando um mês se houver alterações no organismo, diz o ginecologista Edward Carrilho. Mas cada tentativa de fertilização exige o uso de hormônios injetáveis aplicados pela própria paciente. “O tratamento causa um desgaste emocional e físico”, diz o ginecologista Paulo Bianchi. O ginecologista Newton Busso diz que é normal tentar de seis a nove vezes. Em alguns casos, os médicos percebem que não vai dar certo (principalmente se a mulher tiver mais de 40) e indicam a doação de óvulos. Não há indícios de que o tratamento traga risco para a mulher. “Foram feitos trabalhos exaustivos e nenhum comprovou um risco maior”, diz Karam Aboou Saab, ginecologista e professor da Universidade Federal do Paraná. Bebê de proveta tem mais risco de ter doenças? Bebês nascidos por técnicas de reprodução assistida têm até quatro vezes mais riscos de malformações congênitas, afirma o urologista Jorge Hallak, coordenador da Unidade de Toxicologia Reprodutiva e Andrologia do HC de São Paulo. A taxa aparece na maior pesquisa da área, feita na França com mais de 15 mil crianças geradas por fertilização in vitro e inseminação artificial. Parte dos especialistas diz que o risco está associado ao maior número de gestações duplas ou tríplices .

Toda mulher pode fazer um tratamento para engravidar? Os procedimentos são contraindicados para quem não pode tomar hormônio, como pessoas com doenças do fígado ou que já tiveram algum tipo de câncer hormonodependente (tumor na mama, por exemplo). Além disso, o tratamento não deve ser feito, é óbvio, em casos nos quais a gestação é contraindicada: portadoras de doença cardíaca grave, hipertensão grave, tromboses recorrentes ou diabetes, segundo o ginecologista Newton Busso, diretor do Projeto ALFA (Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida). Sus ou plano de saúde cobrem esses procedimentos? A fertilização in vitro não faz parte da tabela do SUS. Há um pequeno número de hospitais estaduais que oferecem o tratamento gratuitamente, diz o urologista Rodrigo Pagani, do Centro de Reprodução Humana do HC de São Paulo, que tem atendimento gratuito. No Estado, além do HC, a fertilização in vitro grátis é oferecida no Hospital Pérola Byington. Nos dois locais, a fila de espera é grande. Planos de saúde não cobrem o tratamento, mas já há pelo menos um caso de paciente que conseguiu ser pago pelo convênio médico por meio de decisão judicial. “Há uma lei sobre o direito ao planejamento familiar que inclui só vasectomia e laqueadura. Pacientes entram na Justiça com o argumento de que poder ter filho também faz parte desse direito”, diz Pagani. O médico pode doar seus sêmen para a fertilização? Nas normas éticas sobre reprodução assistida, o Conselho Federal de Medicina proíbe que médicos ou membros das equipes das clínicas doem material biológico para a fertilização in vitro. “Fazer isso é falta gravíssima”, diz José Hiran Gallo, coordenador da Comissão Nacional de Reprodução Assistida. Os envolvidos são processados e podem ser impedidos de exercer a profissão. Infelizmente, não há nenhum teste que possa ser feito antes da fertilização que garanta a origem do material. “Para comprovar que foi usado sêmen de outro doador que não o escolhido, só fazendo um teste de DNA depois que o bebê nascer”, diz Rodrigo Pagani, do Centro de Reprodução Humana do HC de São Paulo. Qual a herança deixada por abdelmassih? Roger Abdelmassih, que foi o mais famoso especialista em fertilização do país, está foragido desde janeiro de 2011, após ser condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 39 pacientes em sua clínica, em São Paulo. Há suspeitas de que ele usava sêmen ou embriões de outros que não os pais biológicos. O escândalo “maculou a imagem da especialidade”, disse José Hiran Gallo, coordenador da Comissão Nacional de Reprodução Assistida. Mas não diminuiu a procura por tratamentos: há mais de 200 serviços de reprodução assistida no país, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.


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delícias 1001

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Delícias juninas mais receitas para você arrasar no arraial

por deborah martin salaroli

Bolo de fubá expresso

Adoro seu sabor e a praticidade desta receita. Bater tudo no liquidificador é um ‘must’ pra mim. Mais fácil que isso só 2 disso! A receita moleza, que qualquer criança é capaz de executar, é assim: Coloco tudo no liquidificador 3 ovos, ½ xícara de óleo, 1 ½ xícara de leite, 2 xícaras de açúcar, 1 ½ xícara de fubá, 2 xícaras de trigo e 1 colher (sopa) de fermento em pó. Jogo a massa batida numa forma com buraco untada com margarina e polvilhada com açúcar. Levo ao forno 180C por 30 minutos, ou até que se doure.

Pizza de caçarola

Mais do que uma receita de família, essa pizza corre de geração para geração. Tradicional das festas juninas e quermesses da cidade, tem ingredientes muito baratos e rende muito. Toda a família aprova e ninguém consegue ficar no primeiro pedaço. Repetir é mais que uma obrigação, é um prazer... 3 copos de trigo 1 copo de leite 1 ovo 1 colher de banha ou margarina 1 colher de fermento em pó químico sal Amasso tudo muito bem e faço bolinhas (de 8 a 12). Deixo descansar por 30 minutos antes de abrir a massa. Coloco um fio de óleo na panela de fundo grosso (ou uma frigideira, ou uma panela de pressão, ou uma chapa) e um disco de massa aberto para assar. Depois de dourado um lado, viro a massa e coloco molho de tomate, queijo muçarela e orégano. Se quiser, pode mudar o recheio com ovos picados, presunto, atum, sardinha, verdura...é só variar! Uso a tampa para derreter os queijos. Dica: Para essa receita, uso 500g de muçarela. (para pizzas bem recheadas)

Arroz doce

O arroz doce, tradicional de Portugal, é uma sobremesa preparada com arroz, leite e açúcar, perfumada com casca de limão e canela. Entre as famílias ricas de Portugal, ele era presença obrigatória em dias de festa. Daí a expressão “arroz-de-festa” para aquela pessoa que não falta em nenhum evento. 1 e ½ xícara de arroz lavado e escorrido 5 a 6 xícaras de água (depende se o arroz é do tipo mais durinho ou não) 1 litro de leite frio 1 colher (sopa) de margarina 1 xícara de açúcar 1 lata de leite condensado 1 pitada de sal

fotos: delícias 1001

1 gema de ovo peneirada canela em pau canela em pó para polvilhar Em uma panela grande, cozinhe o arroz com a água e a pitada de sal até ficar com consistência de canja, cuidando para não secar completamente. Junte o leite frio (separe ½ xícara) e a margarina. Mantenha em fogo baixo, mexendo com uma colher de pau até engrossar um pouco. Acrescente o açúcar, o leite condensado e a canela em pau (que pode ser substituída por calca de limão ou laranja). Cozinhe em fogo bem baixo, mexendo com frequência, até ficar bem cremoso. Num pirex pequeno, misture a gema com o leite separado e jogue na panela mexendo sem parar para cozinhar bem a gema. Transfira para uma compoteira grande ou em tigelas individuais. Sirva polvilhado com canela em pau.

Pé de moça

Devo confessar uma coisa: ao preparar essa receita pensei em se tratar de pé-de-moleque, doce típico das festas juninas, bem duro ao morder e com perigo de quebrar os dentes (rsrsrs). Mas o resultado deste foi um surpreendente pé-de-moça, digno de se comer ajoelhado. Super macio, bem suave e com a crocância que só o amendoim pode proporcionar. Fiz assim: Coloquei numa panela 2 xícaras de açúcar, ½ kg de amendoim cru com casca e 2 colheres de água. Levei ao fogo mexendo de vez em quando para que não queimasse o açúcar. Forma um caramelo clarinho, que fica grudado ao amendoim. Então, ainda no fogo, acrescentei 1 lata de leite condensado e 1 colher (café) de bicarbonato de sódio, mexendo sempre por 5 minutos. Retirei do fogo e continuei mexendo por mais 4 minutos, tudo marcadinho no relógio. Ou até que perdesse o brilho. Joguei numa assadeira untada, espalhei bem. Esperei esfriar um pouco e cortei em quadrados. Até a próxima Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www. delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br

pé de moça

bolo de fubá


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informática & tecnologia

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Intimidade na rede Estudo mostra que fotos de Carolina Dieckmann nua foram acessadas 8 milhões de vezes; saiba como proteger seus dados

por BRUNO ROMANI/FOLHAPRESS

Em cinco dias, as fotos vazadas na internet em que a atriz Carolina Dieckmann aparece nua tiveram pelo menos 8 milhões de acessos únicos. A estimativa, um alerta sobre como é preciso saber proteger os arquivos mais íntimos, foi feita pela ONG Safernet, em uma pesquisa divulgada. O estudo foi realizado para dimensionar a capacidade de propagação de imagens na rede e fez medições entre a noite do último dia 4 (data em que as imagens vazaram) e a tarde do dia 8. O número é 35 vezes a tiragem da revista “Playboy” no Brasil,

que publica 228 mil exemplares por mês. O estudo da Safernet constatou ainda que o pacote inicial de 36 fotos virou um conjunto de pelo menos 50 mil imagens, que, ao longo do período de monitoramento, se espalharam na rede por 211 domínios em 113 provedores de internet, localizados em 23 países. “Os dados são desanimadores. Essas fotos vão se eternizar na rede. Não tem como tirá-las de lá”, diz Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da ONG Safernet, que monitora casos de crimes cibernéticos no Brasil. Os números podem ser maiores. A pesquisa foi feita só na web,

sem contar fotos compartilhadas por e-mail e serviços P2P, como o BitTorrent. Também ficaram de fora mídias físicas, como CDs e DVDs, pen drives e HDs externos para os quais as imagens podem ter sido copiadas. Para chegar aos dados, a Safernet procurou pelo nome original dos arquivos em buscadores como o Google e em mecanismos de pesquisa dentro de sites. Além disso, usou programas que varrem a internet à procura de imagens digitalmente similares. “Casos assim são emblemáticos e têm um caráter pedagógico. Eles servem para alertar sobre os cuidados que temos que ter com informações privadas”, diz Oliveira.


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seus direitos e dever

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Condutas vedadas aos

Agentes públicos por gustavo antônio de moraes montagnana/gabriela de moraes montagnana

Não há como se negar que a garantia da normalidade e da legitimidade das eleições e consultas populares possibilita que a vontade do povo seja fielmente reproduzida, garantindo-se, por consequência, a sobrevivência do Estado Democrático de Direito. Da mesma forma, não há como se negar que uma das grandes ameaças à busca desta normalidade se materializa por meio práticas condenáveis de abuso de poder político e econômico, combatidas veementemente pela legislação em vigor, sobretudo pela, denominada, Lei das Eleições e pela Lei Complementar n.o 64/90, conhecida como “Lei da Ficha Limpa”. Abuso de Poder, na definição de Emerson “corresponde ao uso indevido ou exorbitante da aptidão para a prática de um ato, que pode apresentar-se inicialmente em conformidade ou desde a origem destoar do ordenamento jurídico”. Dentre os fatores caracterizadores de abuso de poder nas eleições, destacam-se os abuso do poder político, o abuso do poder econômico e o abuso na utilização de meios de comunicação, sendo que este manifesta-se, sobretudo, antes mesmo do período

destinado à propaganda eleitoral. O abuso do poder político caracteriza-se pela utilização da condição de agente público pelo candidato que pretende se eleger. Valendo de sua condição, age com abuso de autoridade, prejudicando a liberdade de voto. Configura abuso de poder político, por exemplo, a utilização de recursos públicos ou mesmo de bens pertencentes à Administração Pública, com o fim de promover a candidatura, desvirtuando o fim para qual se destinam, qual seja, o atendimento do interesse público. Outro exemplo que pode ser citado é o uso indevido de propaganda institucional durante o período eleitoral. Na órbita do poder executivo é comum, infelizmente, que governantes realizem promoção pessoal com a entrega de obras públicas. O uso do poder econômico, por sua vez, verifica-se quando o candidato utiliza-se de recursos financeiros vedados, ou acima dos limites permitidos pela legislação, provocando desiquilíbrio na disputa eleitoral. O abuso do poder econômico caracteriza-se, exemplificadamente, pela utilização indevida de transportes nas eleições; pelo recebimento ou utilização

de recursos vedados, ou superiores ao permitido por lei; pela realização de gastos eleitorais em montante superior ao declarado, bem como pela utilização de valores e serviços, como serviços gráficos, do próprio candidato, sem incluí-los no montante de gastos eleitorais, sem se falar na captação ilícito de sufrágio. Tais práticas coadunam-se com o Brasil retratado por Raymuldo Faoro em “Os donos do Poder”, um Brasil onde “acima das classes sociais encontra-se o estamento burocrático, que se apropria da coisa pública com o fito de sustentar interesses meramente privados”. Com o fim de que a “doutrina patrimonialista” não tenha assento no atual Estado Democrático de Direito, o legislador passou a prever condutas que considera vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais, desejando garantir a probidade administrativa, a igualdade entre os candidatos e partidos e a legitimidade das eleições. Até a próxima! Gabriela de Moraes Montagnana Gustavo Antonio de Moraes Montagnana Advogado


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Foi com muito carinho que fotografei o batizado desta linda princesinha

casal o Sr Júlio Sérgio, goleiro do Roma da Itália, e sua esposa a Sra.

chamada Helena. A Helena é filha da Renata e Luciano Siqueira que

Kelly que também prestigiaram esse dia tão importante no começo

cercam a pequena de carinho e dedicação. A cerimônia aconteceu numa

da vida da Helena. Depois todos seguiram para um delicioso almoço

deliciosa manhã de domingo na Catedral de Bragança e foi celebrada

na belíssima casa da Família onde todos se divertiram e colocaram a

pelo Monsenhor Corrêa. Os avós, tios e as priminhas da Helena também

conversa em dia. Mais um dia muito especial pra mim.

estavam presentes e “corujaram” a princesinha em todos os momentos. A Helena era a celebridade do dia! Os padrinhos foram os amigos do


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Caderno

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por Eduardo Rocha/Auto Press

O lançamento da versão Sporting é uma prova que a Fiat não está satisfeita com o desempenho do Bravo. O carro da marca italiana ocupa apenas a sexta posição entre os hatches médios, com vendas pouco abaixo das 700 unidades mensais – algo como 8% de um segmento que vende quase 9 mil veículos por mês. Mas a montadora espera mudar isso com a nova configuração através de dois bons argumentos, que costumam funcionar com o consumidor brasileiro: um visual mais agressivo e uma relação custo/ benefício melhor. A versão Sporting chega R$ 58.140 com câmbio manual e R$ 60.600 com a transmissão Dualogic. E vem de série com com teto solar duplo, rodas de liga aro 17, suspensão e bancos esportivos, spoiler e sais laterais, entre outros. O preço é exatos R$ 5 mil maior que o da versão Essence, que recebe como opcional teto solar por R$ 4.500 e rodas por R$ 2 mil. Com isso, a Fiat espera chegar às mil unidades mensais, ou 11% do segmento. O que significaria ampliar em 40% as vendas médias dos cinco primeiros meses deste ano. Parece muito, mas foi exatamente esta média que o Bravo obteve em 2011. Mas, a cada ano, a concorrência se amplia no segmento. Somente em 2012, chegaram ao mercado dois novos rivais diretos: Peugeot 308 e Chevrolet Cruze Sport6. Além dos já estabelecidos Volksvagen Golf, Hyundai i30 e Ford Focus. No caso, a Fiat conta com a personalidade “novidadeira” do consumidor brasileiro e caprichou no Bravo Sporting. Para isso, tratou de ir um pouco além das aparências. Um pouco mais que o friso vermelho em torno da grade “black piano”, os pespontos também vermelhos no volante e as faixas nas portas e na tampa traseira. O Bravo Sporting traz recursos que efetivamente melhoram na condução mais esportiva. Caso dos bancos e da suspensão, importadas da versão mais apimentada T-Jet, e também borboletas para trocas no volante, quando tem o câmbio automatizado. Outro ganho dinâmico, aí extensivo à toda linha Fiat, foi o software desenvolvido pela Magnetti MaFotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

relli para o sistema Dualogic, que lhe valeu o sobrenome de “Plus”. O novo sistema, porém, não ajuda a aumentar a esportividade do modelo. E o propulsor sob o capô, também não. É o mesmo E.torQ 1.8 16V, que rende 130/132 cv de potência a 5.400 giros e 18,4/18,9 kgfm de torque a 4.500 rpm, queimando gasolina e etanol, respectivamente. A Fiat repete aqui a mesma tática adotada em relação à versão Sporting de outros carros de sua linha. Aplica um visual agressivo, tenta adicionar um “felling” mais esportivo, sem investir em mudanças substanciais no trem de força, que tornariam o modelo menos acessível. Além do mais, esta função já pertence à versão verdadeiramente esportiva T-Jet. O principal objetivo da Fiat ao “encomendar” um novo software para seu câmbio automatizado foi melhorar a sensação e o controle de quem dirige. No Dualogic Plus foram atacados precisamente os três pontos que mais incomodavam. O primeiro era falta de controle e as constantes hesitações do conjunto câmbio/embreagem em baixas velocidades, como em manobras de estacionamento, em arrancadas em aclives ou na hora de superar um degrau de meio-fio, por exemplo. Sem a embreagem, o motorista fica sem meios para subir o giro do motor e manter a velocidade baixa ao mesmo tempo. A solução foi adicionar o recurso Creeping – rastejamento, em inglês. Assim que o motorista alivia o pé do freio, o sistema movimenta o carro a até 7,5 km/h ou em rampas de até 8%. Exatamente como ocorre com um câmbio automático tradicional. O segundo foco de reclamação em relação ao Dualogic era em relação à falta de suavidade na passagem de marcha – característica que foi até foco de piada em um comercial da Volkswagen, que comparava os trancos de passagem a alguém com soluço. A solução vem com o Parabolic Gear Shift, ou passagem de marcha parabólica. Todos os algoritmos da central eletrônica que controla a mudança de marchas foram recalculados para gerar um acionamento mais progressiva da embreagem quando

o acelerador é acionado de forma leve. Quando o pé do motorista é mais pesado, as mudanças são mais marcadas para aumentar a sensação de esportividade. A terceira novidade no câmbio Dualogic é em relação ao comportamento do sistema quando o motorista deseja um ganho de velocidade rápido, como na hora de iniciar um ultrapassagem. A primeira reação do câmbio ao aumento de pressão no acelerador no software antigo era subir uma marcha, o que baixava ainda mais o torque do motor. Levava um tempo para entender que o desejo era de aumento de velocidade para então reduzir duas marchas, uma de cada vez. E só chegar numa rotação com mais torque. Toda esta operação poderia levar até 0,5 s, que se transforma numa eternidade para quem aperta o acelerador. O novo sistema se chama “Auto-up Shift Abort”, algo como cancelamento da subida automática de marcha. Com este programa, a central mede a velocidade com que se altera a pressão sobre o acelerador. Se for alta, ele entente que o desejo é obter maior velocidade e reduz a marcha. Se for baixa, a interpretação é que é um simples ganho de velocidade, sem qualquer urgência. E aí a marcha superior é engatada.

Primeiras impressões

Araxá/MG – A receita das versões Sporting já virou tradição na Fiat: detalhes bem chamativos, alguma alteração mecânica sutil, que não encareça o carro mas que amplie a sensação de esportividade e cores bem festivas. O Bravo Sporting manteve os mesmos ingredientes. Houve, porém, algumas mudanças nas doses. Há detalhes que aterstam a “esportividade” do carro, mas são discretos. Um friso vermelho na grade, pespontos vermelhos nas costuras de bancos e volante e pequenas faixas nas portas e tampa do porta-malas. E, claro, o indefectível kit aerodinâmico, composto de aerofólio e saias laterais. Outros revisão de dose foi no “felling” esportivo. Principalmente pela diferença

foi na suspensão, oriunda da versão T-Jet. Como ela, a versão Sporting é 2 cm mais baixa que as “normais”. Na verdade, é exatamente a mesma suspensão usada no modelo europeu, sem o aumento de altura que serve de salvaguarda para os abusivos buracos das estradas nacionais. Outro detalhe que ajuda nessa sensação é o desenho dos bancos, também compartilhado com a versão mais esportiva. Eles têm abas mais pronunciadas, que ajundam a apoiar melhor o corpo na curvas e são um pouco mais rígidos que os das demais versões. Em relação às cores, a tática das versões Sporting se manteve: apenas cores mais embrutecidas: branca, preta, vermelha e amarela. Em movimento, o Bravo exibe as antigas características. E algumas novas. O motor 1.8 16V, de 132 cv e 18,9 kgfm com etanol, não acorda cedo. Só mostra alguma disposição depois de 2.200, 2.300 giros. A partir daí, o Bravo passa a merecer o nome de batismo e pode mostrar outras qualidades, como a solidez do conjunto – impressão ampliada pelo aumento de rigidez da suspensão. Nas curvas, essa diferença é um pouco mais sentida e reduz o balanço lateral. Por outro lado, a filtragem das irregularidades é menos presente. O grande ganho do Bravo, porém, não está restrito à versão Sporting. O Dualogic Plus entrega, de fato, o que promete. Numa condução mais calma, como em trânsito na cidade, pode-se até esquecer que se trata de um câmbio automatizado, tal a suavidade nas trocas de marcha. Na condução mais esportiva, os ganhos de velocidade são mais decididos, pois o carro parece interpretar melhor o movimento do pé do motorista. E nas manobras, o aumento de eficiência é também sensível, pois os movimentos lentos são dosados apenas pelo freio, sem que seja preciso acelerar. Nenhuma dessas características equalizam perfeitamente o Bravo Sporting com a imagem que os adornos emprestam. Mas certamente tornaram o carro mais prazeroso de dirigir.


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Nova linha Hyundai por Augusto Paladino /autopress Foto: Divulgação

Cerca de um ano após o lançamento da nova geração, toda a linha Hyundai deve enfim ser substituída no Brasil. O novo Santa Fe chega às concessionárias em fevereiro de 2013. Ainda não se sabe qual versão será vendida por aqui – a nova geração se divide em dois modelos, um com sete lugares e outro mais esportivo, com apenas cinco. O motor é sempre um V6 de 3.6 litros e 285 cv, que já equipa o sedã Azera. O estilo foi radicalmente transformado, com linhas mais modernas e de acordo com a diretriz de estilo Escultura Fluida”, agora presente em todos os Hyundai vendidos no mundo. O preço não foi confirmado, mas deve se manter em R$ 120 mil.

Hyundai Santa Fe

Notícias

automotivas por Augusto Paladino/autopress

Menor invocado – Aos poucos o novo cupê médio-grande de quatro portas da Porsche, o Pajun, começa a tomar forma. O modelo, cujo nome-código é uma contração de “Panamera Júnior”, deverá ter uma pegada ainda mais esportiva. A ideia é se inserir no mercado como opção aos Audi A5, Mercedes-Benz Classe E cupê, BMW Série 5 e Jaguar XF. Sob o capô, o V6 de 3.0 litros a gasolina, em versões de 313 cv e 414 cv – com a adição de um e dois turbos respectivamente. Além dele, o também V6 3.0 litros diesel com 310 cv deve equipar o Pajun. No entanto, o modelo vai esperar até 2017 para chegar às ruas. A Porsche dará prioridade ao Macan, o novo utilitário esportivo – previsto para 2013 –, e a um superesportivo criado para rivalizar diretamente com a Ferrari 458 Italia. Estrela polar – A Volvo parece enfim disposta a criar modelos realmente esportivos. Para isso, deve reatar a parceria com a Polestar, preparadora sueca ligada à Volvo, agora responsável por um conceito baseado no sedã S60. Ao contrário do C30 Polestar exibido em 2010 e que nunca foi produzido em série, o novo carro deve chegar às ruas. O S60 Polestar terá mais de 400 cv, mas não se sabe que motor estará sob o capô. O C30 usava um 2.5 litros com cinco cilindros amplamente modificado, enquanto até mesmo o V8 de 4.4 litros fabricado pela Yamaha e usado no XC90 está cotado para equipar o S60 Polestar. De volta ao esporte – Após o fim da produção do antigo Civic Type-R, por não se encaixar nas regulamentações

europeias de emissão de poluentes, a marca japonesa já trabalha no substituto do aclamado esportivo. Uma unidade do carro – identificada através da menor altura de rodagem e anexos aerodinâmicos mais pronunciados – chegou a ser flagrada em testes na Alemanha. O motor deve ser o mesmo 2.0 litros i-VTEC usado antes, mas retrabalhado para consumir e poluir menos. E ainda deve entregar mais potência, estimada em torno de 230 cv. O câmbio permanece o manual de seis marchas. Elétrico em alta – Mesmo com a crise ainda assolando a economia europeia, a Nissan espera triplicar as vendas do elétrico Leaf em 2012. A projeção é de 9 mil carros. Para isso, a marca vai ampliar a fábrica de Sunderland, na Inglaterra – hoje suprida pela matriz japonesa. Com isso, as instalações inglesas passarão a produzir até 60 mil carros por ano, quando a reforma for concluída em 2013. É luxo só – A Audi não tem do que reclamar da China. A marca das quatro argolas é a líder absoluta no mercado de luxo por lá, com mais de 160 mil carros vendidos somente nos cinco primeiros meses de 2012 – expressivos 42% a mais que o mesmo período do ano passado. No mês de maio, houve 44% de crescimento em relação a maio de 2011. A BMW também está em alta no mercado chinês, e teve 125 mil carros vendidos entre janeiro e maio, o que representa 34% a mais que 2011. Apenas a Mercedes teve saltos mais contidos, de 9% no mesmos meses.


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Agora é que são elas por Augusto Paladino/autopress

A Ford resolveu tentar dar ao Mustang um toque mais feminino para a edição de 2012 do SEMA – Feira de carros personalizados sediada em Las Vegas. O Mustang GT High Gear Concept apresenta um projeto feito pela designer norte-americana Jennifer Seely, para deixar o clássico “pony car” mais atraente para as mulheres. O interior ganhou revestimentos, como ouro rosa no painel, volante e alavanca de câmbio. O couro tradicional foi substituído por veludo. O ouro rosa também substituiu as partes cromadas da carroceria, como emblemas e até a carcaça dos retrovisores externos. O GT High Gear ainda teve motor e câmbio “amansados” para entregar respostas menos brutas às mãos femininas. O SEMA acontece entre 30 de outubro e 2 de novembro desse ano.

Foto: Divulgação

Ford Mustang High Gear Concept


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por Michael Figueredo/Auto Press

O competitivo mercado de motocicletas no Brasil fica ainda mais nervoso em alguns segmentos específicos, como no caso das big trail, com motos grandes e vendas pequenas. Apesar das condições desfavoráveis – houve uma queda geral de 12,7% nas comercializações de maio de 2012, em relação ao ano passado –, a Kawasaki decidiu apostar nesse nicho, com a apresentação da Versys 1000. A concorrência limita-se apenas a BMW R1200, com média mensal de 72 unidades, e a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré, com 31 motos negociadas. A fabricante espera alcançar uma média de vendas de 40 unidades mensais, número que a colocaria na segunda posição do segmento. Entrar em um terreno pouco promissor pode parecer até estranho, mas é parte da estratégia da Kawasaki no Brasil. O objetivo maior da marca japonesa é se fazer presente no mercado nacional. A fábrica da marca, em Manaus, é especializada em uma ampla gama de modelos com baixos volumes de vendas, o que facilita a rápida introdução no país de lançamentos e em diversos segmentos. A principal arma da Versys é o preço. A moto custa R$ 49.990 – valor consideravelmente baixo diante dos R$ 59.900 da Super Ténéré e dos R$ 61.000 da versão “pelada” da concorrente alemã. “O custo mais baixo é consequência de um projeto que compartilha os principais componentes com outros modelos dessa plataforma, como a naked Z1000”, justifica o gerente de planejamento Ricardo Suzuki. Para brigar com os consolidados modelos da Yamaha e a BMW, a Versys 1000 apresenta configuração muito parecida com a das rivais. No entanto, chega com alguns diferenciais. “A estratégia é apresentar um produto com recursos até então inexistentes no país para as motos desta categoria”, explica Suzuki. A big trail da Kawasaki é a primeira no segmento com motor de quatro cilindros e 16 válvulas, além de também trazer controles eletrônicos de tração – o mesmo KTRC da Ninja ZX 14-R - e modos de potência selecionáveis que, no nível mais baixo, limitam a 75% a capacidade do motor. Apesar das inovações, a Versys 1000 fica abaixo das concorrentes em alguns pontos. Em especial, no tamanho do motor, de 1.043 cc, em relação aos 1.199 cc da Yamaha e 1.170 cc da BMW. O torque máximo de 10,4 kgfm, obtido a 7.700 rpm, também é menor e em regime menos favorável que o da Super Ténéré, que oferece 11,6 kgfm a 6 mil giros. Em potência, entrega 118 cv, enquanto as rivais não passam de 110 cv. O freio ABS é item de série, assim como na rival japonesa. Na R1200 está disponível apenas nas versões mais caras. A Versys é movida com transmissão por corrente de seis velocidades. Como a própria fabricante afirma - e as leves rodas esportivas de 17 polegadas confirmam -, a moto não foi projetada para o uso fora

de estrada. Mesmo assim a suspensão com curso longo é suficiente para absorver as irregularidades e desníveis das ruas das grandes cidades. O garfo dianteiro é integralmente ajustável e ficou maior, com diâmetro de 43 mm, proporcionando, de acordo com a marca, um trabalho mais preciso. Na parte de trás, o conjunto apresenta um monoamortecedor, também com a possibilidade de ajustes. O escapamento mais baixo comprova a vocação da moto para o asfalto. Para dar mais conforto ao motociclista, o para-brisa possui uma faixa de ajuste contínua de cerca de 30 mm. A altura pode ser modificada manualmente, sem a necessidade do uso de ferramentas. As linhas da carenagem deram mais robustez à big trail, em comparação ao modelo menor, a Versys 650. Enquanto isso, o quadro de alumínio ficou mais estreito e mais agradável paras as pernas. O posicionamento do chassi em relação ao guidão mais largo e de fixação rígida oferece um posicionamento mais ereto para a pilotagem. A largura total da Versys 1000 é de 0,90 m com 2,23 m de comprimento – sendo 1,52 m de entre-eixos. No painel, além do conta-giros analógico, há um display LCD com um computador de bordo que inclui velocímetro, nível de combustível, odômetro, relógio, consumo médio e instantâneo, entre outras informações. Entretanto nenhum dos “mimos” eletrônicos se compara com o preço competitivo, que pretende ser um golpe de “ninja” na concorrência.

Ficha técnica

Kawazaki Versys 1000 Motor: A gasolina, quatro tempos, refrigeração líquida, 1.043 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica e ignição digital. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente selada. Potência máxima: 118 cv a 9.000 rpm. Torque máximo: 10,4 kgfm a 7.700 rpm Diâmetro e curso: 77 mm X 56 mm. Taxa de compressão: 10,3:1. Suspensão: Garfo telescópico invertido de 43 mm com retorno e pré-carga da mola ajustáveis. Monoamortecedor com retorno e pré-carga da mola ajustáveis. Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás. Freios: Disco duplo de 300 mm em formato margarida, pinça com pistão duplo na frente e Disco simples de 250 mm em formato margarida, pinça com pistão simples Dimensões: 2,23 metros de comprimento total, 0,90 m de largura, 1,40 m de altura, 1,52 m de distância entre-eixos e 0,84 m de altura do assento. Peso em ordem de marcha: 239 kg. Tanque do combustível: 21 litros. Produção: Manaus, Brasil. Lançamento mundial: 2011. Lançamento no Brasil: 2012. Preço: R$ 49.990 mil.

Fotos:divulgação


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