Braganรงa Paulista
Sexta 20 Julho 2012
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para pensar
Jornal do Meio 649 Sexta 20 • Julho • 2012
Expediente
Quando o normal é raridade! Mons. Giovanni Barrese
Nos dias passados os jornais e TV anunciaram um fato que deveria ser corriqueiro. Um casal sem teto achou uma sacola com pouco mais de vinte mil reais, fruto de um roubo, e a entregou à polícia que a devolveu a seus donos. Uma ação que, em tempos normais, não deveria ter destaque maior. Pensamento este que veio na declaração do homem: “Minha mãe me ensinou que não se deve ficar com o que é dos outros!” Também chamou a atenção a atitude dos donos do restaurante de quem o dinheiro foi roubado: ofereceram capacitação e trabalho para o casal. Reta atitude. Rara, porém. Os parágrafos acima refletem o que sempre deveria acontecer se valores como honestidade, retidão, gratidão não ficassem ofuscados pela maldita mentalidade do “levar vantagem em tudo!” Embora, muitas vezes, sejamos levados a achar que tudo está perdido, é um balsamo o que acabo de descrever. Vale como entrada para
uma breve análise sobre o uso do dinheiro e do poder. Valho-me do livro do profeta Amós. Após a morte do rei Salomão o povo judeu se dividiu em dois reinos (a norte o reino de Israel, capital Siquém e ao sul o reino de Judá, capital Jerusalém). Os livros dos Reis falam com largueza sobre o assunto. No reino do norte assume Jeroboão I. Para evitar que seus súditos fossem ao sul, porque lá estava o Templo e nele a Arca da Aliança, que era o sinal sensível da presença de Javé, faz construir dois templos e neles coloca a imagem de bezerros de ouro. Baseando-se em antiga tradição (livro do Êxodo, capitulo 32) faz com que aquelas imagens sejam vistas como pedestal do Deus invisível. A escolha do bezerro estava radicada na imagem de um deus cultuado pelos povos da região (o boi Apis). Esse culto se baseava no fato de que do boi e da vaca se aproveitava tudo: carne e leite como alimento, couro para tendas, roupas e calçados, ossos e chifres
para fabricação de utensílios. Até mesmo o esterco para a cobertura das cabanas. Como se vê um sinal muito forte de serventia à vida. Jeroboao I não queria substituir a Javé por um ídolo. Seu intento é que seu povo não fosse cooptado pelo reino do sul e nem levasse lá suas ofertas (poder, dinheiro). Cria um grupo de sacerdotes e profetas. Pagos pelo governo. Estes, por sua vez, dão sustentação ideológica ao rei. Com Jeroboão II acontece um forte crescimento de riquezas. Crescimento que fortalece os mais ricos e empobrece, sempre mais, os pobres. Neste contexto Amós vê-se arrancado (este é o verbo hebraico) de sua rotina para denunciar o desvio religioso e politico. Faço parênteses para convidar os leitores a lerem o livro de Amós. Ele não é extenso. Tenho certeza que abstraindo que se está por volta do oitavo século antes de Cristo, poderíamos aplica-lo aos nossos dias! Quando começa sua missão Amós é instado por Amasias, chefe dos sacerdotes do rei, para
que volte para sua terra. Ele iria criar problemas e seria perseguido. Amós não se deixa amedrontar. A página bíblica nos leva a olhar com muito cuidado a utilização que se faz do dinheiro, do poder e com o risco de manipular a fé religiosa. Sabemos que o dinheiro é necessário para as relações de tráfego de produtos e serviços. Quem planta deve receber o fruto do investimento e do trabalho. Quem serve deve receber adequadamente pelo serviço prestado e assim por diante. O poder é a forma que se encontrou de regular a convivência entre as pessoas para que direitos e deveres sejam respeitados. A expressão da fé religiosa é um dado a que o ser humano adere ou não e deve ser vivida sem qualquer tipo de manipulação. Quando as três realidades são absolutizadas caímos na exploração de quem é mais forte ou mais esperto. E isso se traduzirá na existência de massa manipulada, servidora das mais sórdidas manobras por parte daqueles que engendram a maquinação
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de dominação. Os nossos tempos são tristemente ricos de exemplos dessa absolutização: o fanatismo religioso, a corrupção para galgar o poder com manobras e dinheiro sujo. A missão de Amós aponta para a missão de toda pessoa que afirma a fé religiosa em Jesus Cristo. Certamente apela, também, para toda pessoa que tendo ou não crença religiosa, sonhe com os mesmos valores que podem fundamentar a esperança de um mundo diferente. Mundo onde poder e dinheiro sirvam as pessoas e não se sirvam delas. Mundo onde a fé religiosa sirva, além do culto a Deus, para irmanar a humanidade.
antenado
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Edição é fiel a por folhapress
vanguardismo
Neto de italianos, o jornalista João Valentino Alfredo, 45, conta que ao ler “Brás, Bexiga e Barra Funda” no fim da adolescência não entendeu direito seu vocabulário. Passou a pesquisar autor e obra primeiro num mestrado na USP e, nos últimos seis anos, num doutorado na Universidade do Texas (EUA). Ao fim do primeiro curso, garimpou um exemplar original do “BBBF”, de 1927, e o cotejou com outras edições, percebendo então as mudanças sofridas no texto. São alterações de palavras (leia exemplos ao lado) e na pontuação, como o acréscimo de vírgulas inexistentes. Pode parecer detalhe, mas Alfredo sustenta que, no caso de Alcântara Machado, não é. “Ele usava a receita de pontuação do futurismo, na qual só se usa vírgula quando é estritamente necessário”, conta ele, que teve acesso aos manuscritos da obra. Ilustrada por Elifas Andreato, a nova edição está coalhada de notas de rodapé. Elas são o céu e o inferno do volume. Muitas servem para elucidar (como saberíamos que Si-Si foi um refrigerante dos anos 1920?), outras são de um didatismo irritante (explicam o que é “pequena” e “almofadinha”, entre outras). Valentino admite o exagero, justificado pela preocupação em tornar o livro acessível a um público mais jovem. Retratos Com texto panorâmico do jornalista Angelo Iacocca, “Retratos da Imigração Italiana no Brasil” traz documentos como o relatório do governo paulista sobre a entrada de imigrantes no Estado em 1894 (foram 84,7 mil italianos entre 114,7 mil estrangeiros). Nascido em San Marco dei Cavoti, aldeia medieval no sul da Itália, Iacocca, 64, chegou rapaz a São Paulo, em 1963. Leitor de “BBBF” e conhecedor do tema, opina que talvez tenha faltado incluir o Bom Retiro entre os bairros do título. “É lá que fica a rua dos Italianos. Conheci muito judeu que falava com sotaque italiano pela convivência.” Sua mulher, Valkiria Iacocca, é colaboradora do Museu Memória
do Bexiga, no bairro homônimo, com acervo sobre a imigração italiana. Numa casa aos pedaços, o museu está fechado, segundo ela “por questões de documentação e segurança”, sem previsão de reabrir. (FABIO VICTOR) Trechos “BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA como membro da livre imprensa que é tenta fixar tão somente alguns aspectos da vida trabalhadeira, íntima e cotidiana desses novos mestiços nacionais e nacionalistas. É um jornal. Mais nada. Noticia. Só. Não tem partido nem ideal. Não comenta. Não discute. Não aprofunda.” Do prefácio “Artigo de Fundo”. Em edições anteriores, o verbo “noticia”, do original, foi substituído pelo substantivo “notícia”, e vírgulas inexistentes foram acrescentadas. “Biagio alcançou a bola. Aí, Biagio! Foi levando, foi levando. Assim, Biagio! Driblou um. Isso! Fugiu de outro. Isso! Avançava para a vitória. Salame nele, Biagio! Arremeteu. Chute agora! Parou. Disparou. Parou. Aí. Reparou. Exitou. Biagio! Biagio! Calculou. Agora! Preparou-se. Olha o Rocco! É agora. Aí! Olha o Rocco! Caiu.” Do conto “Corinthians (2) Vs. Palestra (1)”. Em edições anteriores, o verbo do original, “exitou”, foi trocado por “hesitou”. “Per Bacco, doutor! Mas io tenho o capital. O capital sono io. O doutor entra com o terreno mais nada. E o lucro se divide no meio.” Do conto “A Sociedade” Brás, bexiga e barra funda Autor A. de Alcântara Machado Org. João Valentino Alfredo Editora Papagaio Quanto R$ 30 (168 págs.) Retratos da imigração italiana no brasil Autor Angelo Iacocca Editora Editora Brasileira Quanto R$ 80 (180 págs.)
foto:Divulgação
o escritor paulistano António Alcântara Machado, em 1930
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Pouca opção de entretenimento nas férias escolares deixam crianças e adolescentes ociosos dentro de casa
colaboração SHEL ALMEIDA
crianças, Giovanna Depentor Apezzato, de 7 anos, disse estar muito feliz porque tinha perdido o medo da tirolesa. “Todo mundo já tinha ido ontem e eu não, aí eu fiquei com vontade. Todo mundo me incentivou”, disse. “Ela vai voltar diferente pra casa. É a primeira vez que dorme fora, ontem disse que estava pensando em ir embora. Hoje descobriu o que é autoconfiança”, fala Izilda. “No primeiro dia eles chegam aqui tímidos, formam grupinhos. Depois todo mundo conhece todo mundo, é amigo de todo mundo”, conta. “Algumas crianças vêm sozinhas, outras vêm com irmãos, outras encontram os amigos que conheceram no acampamento anterior”, diz. “Eles chegam pra mim é dizem: nossa, estou cansado de tanto brincar”, ri. “Aqui elas estão sendo crianças de verdade”, analisa. Esse tipo de atividade se torna inesquecível na vida de uma criança por proporcionar a troca de experiência com aquelas que não fazem parte do seu convívio social e por fazer com que cada uma delas se sinta dona de si mesmo, sem pais e professores por perto e sem precisar se preocupar com obrigações. Mas é preciso pensar em opções mais acessíveis para todas as crianças, já que nem todas tem condições financeiras para viajar ou participar de encontros como acampamentos. As pracinhas e Ciles da cidade também poderiam ser uma opção, se fossem ocupadas com atividades recreativas, esportivas e culturais programadas pela Prefeitura Municipal, durante toda a semana, no período das férias, enquanto os pais trabalham. Há Opções Acampamentos de férias, como o da espaço para isso em todos os bairros. “Tia Izilda”, que aconteceu na Fazenda Seria uma opção capaz de atingir todos Ipê, são opções para algumas crianças. os públicos, em especial o de baixa renda, “A única preocupação deles é brincar”, que depende de creches diariamente. É fala a organizadora Maria Izilda Acedo ótimo que todas as crianças possam ter Nicolatti. Em cada acampamento Izilda acesso às escolas da rede municipal. Mas recebe até 30 crianças, de 6 a 10 anos. também seria ótimo se essas mesmas Muitos estão ali pela primeira vez, outros crianças pudessem ser beneficiadas já são frequentadores. Nos três dias de também nas férias. programação fazem novas amizades, têm contato com animais que não veem Oportunidade normalmente, como vacas e cavalos, Para os pais que precisam continuar participam de atividades como pescaria, trabalhando, enquanto os filhos estão aprendem a conviver em grupo e, prin- em férias escolares, atividades extras cipalmente, a ter autonomia. Umas das são sempre bem vindas. Há alguns anos
Chegada a época de férias escolares, começa a preocupação dos pais: com quem deixar os filhos? Para as crianças e adolescentes, a preocupação é outra: o que fazer nas férias escolares? Existem algumas opções, como acampamentos, oficinas ou atividades recreativas. Mas mesmo assim, não atingem todos os públicos ou duram apenas por um curto período de tempo, no máximo um fim de semana. No Festival de Arte Serrinha há o Projeto Social de Arte e Educação, para os bairros Água Comprida e Morro Grande. No Festival de Inverno da cidade, existem algumas oficinas destinadas ao público infantil e adolescente, além de cinema e apresentações de teatro. Algumas Igrejas também se programam para as férias, oferecendo atividades recreativas às crianças e adolescente durante a semana, além de retiros aos finais de semana. No entanto, essa parcela do público ainda não é levada tão a sério quanto se deveria. As programações culturais atingem, em maior parte, o público jovem e adulto. Mesmo que existam atividades destinadas a crianças e adolescentes é preciso levar em consideração que é esse o público ocioso nas férias escolares, portanto, a lógica deveria ser a inversa. Mesmo os festivais de inverno tendo mais opções a cada ano, ainda há uma escassez de atividades que sejam pensadas e produzidas única e exclusivamente para eles. O que se esquece, nesse caso, é que atingir essa parcela da população é formar público.
atrás era comum que nas férias as crianças passassem os dias brincando na rua, jogando bola, queimada, andando de bicicleta, ou praticando qualquer atividade que ajudasse a gastar energia. Hoje em dia, esse costume não existe mais. Seja pelo videogame e a internet, seja pela urbanização dos bairros ou pelo aumento dos índices de violência, o fato é que, nos dias de hoje, é difícil ver crianças se divertindo na rua como as de gerações anteriores faziam. Por isso, a necessidade de se buscar alternativas. Os clubes, por exemplo, poderiam aproveitar melhor o período de férias da criançada e preparar uma programação recreativa que fosse pensada especialmente para essa época do ano e que abrangesse todas as idades. Izilda, que trabalha com uma faixa etária definida, percebe a necessidade de oferecer atividades para os demais públicos. “As crianças pequenas que têm irmãos que vêm para o acampamento, não veem a hora de completar seis anos pra poderem vir também”, fala. Já os estão perto de completar 10 anos, começam a ficar chateados porque não poderão mais participar. Mesmo assim, Izilda não pensa em organizar acampamentos para adolescentes. “Com a adolescente a preocupação é outra, as atividades precisam ser pensadas de maneira diferente”, fala. “Com os menores há o problema da dependência dos pais, principalmente na hora de dormir. Durante o dia eles ficam bem, mas à noite querem voltar pra casa”, explica. Os pais com melhores condições financeiras podem proporcionar aos filhos opções de lazer como o acampamento de férias ou viagens. Já os com menor poder aquisitivo dependem da ajuda de amigos e parentes para cuidar dos filhos nas férias, enquanto trabalham, ou então do que é oferecido pelo poder público, mas que não atinge toda essa parcela da população. É preciso repensar essa posição de forma que crianças e adolescentes tenham acesso pleno a tudo o que lhe é de direito, em relação à arte, cultura e educação. Para se informar sobre o Acampamento de Férias da “Tia Izilda” ligue 4033- 2420 ou 9850 – 3927.
O Festival de Inverno oferece duas oficinas ao público infantil neste final de semana: Oficina de “Contação de História” (História do Baú Encantado) Público alvo: crianças acima de 04 anos Professores: Lilian e Paulo Dia 21 de julho, sábado, às 14h. Local: Jardim Publico Rua Abilio Dantas, s/n – Centro Inscrições no próprio local no dia da oficina Dia 22 de julho, domingo, às 14h Local: Polo Cultura Zona Norte Av. Dep. Virgílio de Carvalho Pinto, 400 Planejada I Inscrições no próprio local no dia da oficina Oficina de Circo – Brincando de Malabares Público alvo: crianças acima de 05 anos Professores: Marcelo e Paulo Dia 21 de julho, sábado, às 15h30 Local: Jardim Publico Rua Abilio Dantas, s/n – Centro Inscrições no próprio local no dia da oficina Dia 22 de julho, domingo, às 15h30 Local: Polo Cultura Zona Norte Av. Dep. Virgílio de Carvalho Pinto, 400 Planejada I Inscrições no próprio local no dia da oficina
Fotos: arquivo pessoal
Longe dos pais, crianças aprendem a ter autoconfiança e autonomia.
Acampamentos são boas opções para recreação, mas é preciso oferecer oportunidades para todos os públicos.
saúde
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Novas regras no Brasil para
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protetores solares Fator mínimo de proteção contra raios UVB aumenta de dois para seis; filtro contra UVA seguirá nova exigência
por JOHANNA NUBLAT /folhapress
O governo definiu novas regras para os protetores solares, que passam a seguir os padrões do Mercosul. Em até dois anos, esses produtos terão de subir o FPS (fator de proteção solar) mínimo de dois para seis. Também foi definida uma metodologia para medir a proteção contra os raios UVA, o que não estava estabelecido em 2002, ano da última norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre protetores. Enquanto os raios UVB provocam queimaduras e se intensificam no verão, os raios UVA causam envelhecimento e bronzeamento e são constantes ao longo do ano. Agora, filtros solares deverão comprovar uma proteção UVA de um terço do FPS. Ou seja, se o FPS for de 30, a proteção UVA deverá ser de dez. “A norma anterior, de 2002, dizia que a empresa tinha de comprovar a proteção UVA, mas não entrava na quantificação”, explica Marcelo Sidi Garcia, gerente-geral de cosméticos substituto da Vigilância Sanitária. Essas são algumas das mudanças divulgadas ontem pela Anvisa. O teor da resolução, publicada no “Diário Oficial”, foi antecipado pela coluna Mônica Bergamo.
Rótulo A embalagem dos produtos também seguirá novas regras. Para evitar a ideia de que o filtro protege totalmente contra a luz solar, expressões como “100% de proteção contra a radiação UV” ou que sugiram efeito bloqueador foram banidas. Por outro lado, novas frases que orientem para a reaplicação do produto de tempos
em tempos deverão ser impressas nas embalagens. “Reaplicar sempre, após sudorese intensa, nadar ou se banhar e se secar com a toalha”, diz uma das frases. Segundo Garcia, a norma traz novas metodologias para comprovar a resistência do filtro à água. Se houver um período de tempo determinado pelo fabricante para a reaplicação do protetor ou um tempo de espera antes da exposição ao sol, essas informações deverão constar da embalagem. “Não basta ter bons produtos, a pessoa deve ser orientada sobre como usá-los”, diz Sérgio Schalka, especialista em fotoproteção pela Sociedade Brasileira de Dermatologia que acompanhou a discussão sobre a nova regra. Schalka afirma que o FPS mínimo de seis é baixo, mas é preciso considerar a gama de produtos para o sol, que incluem os bronzeadores. “Tínhamos uma norma de 2002, mudou muita coisa. Agora temos uma legislação que está na vanguarda”, diz.
Outros cosméticos Produtos usados na pele ou nos lábios e que vendam a proteção contra a radiação solar como um benefício --os chamados “multifuncionais”-- têm parâmetros um pouco diferentes. O FPS mínimo deverá ser dois, mesmo valor da proteção mínima contra raios UVA. Segundo a norma, esse tipo de produto deve advertir os consumidores de que não se trata de um protetor solar. A Anvisa estabeleceu um prazo de dois anos para que os fabricantes dos protetores se adaptem às mudanças.
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delícias 1001
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Feijoada Uma refeição saborosa e completa
por deborah martin salaroli fotos: delícias 1001
Hoje apresento um prato típico da culinária brasileira, a internacionalmente conhecida e apreciada ‘feijoada’, uma delícia que surgiu nas senzalas das grandes fazendas na época da escravidão no Brasil. (Embora alguns estudiosos digam que ela tem inspiração nos pratos europeus como o cassoulet, o cozido madrileno e a caldeirada portuguesa.) Atualmente, é tida como a receita mais representativa de nossa cozinha. Revista, ampliada e enriquecida, a feijoada deixou de ser apenas um prato. Mais que isso é uma refeição completa. E a receita abaixo é da feijoada que preparo em casa, uma feijoada light! Muita gente acha que é difícil preparar uma. Na verdade, é necessário organizar bem os acompanhamentos. A feijoada em si é muito tranquila de se fazer...
Feijoada light
Para 8 a 10 pessoas (que comem bem), você vai precisar de: 500g de feijão preto 150g de carne seca em cubos 100g de pernil salgado em cubos 100g de costela salgada em pedaços 100g de costela defumada em pedaços 100g de linguiça portuguesa 1 paio 50g de bacon picado 1 cebola picadinha 2 dentes de alho amassados cheiro-verde picadinho 100ml de cachaça sal a gosto pimenta-do-reino 1 folha de louro Na véspera, deixo de molho em água abundante a carne seca, o pernil e a costela salgados. Troco de água de 2 em 2 horas, para que o sal saia quase que completamente. No dia seguinte... Depois de escolhido o feijão preto, deixo de molho em bastante água fria por 1 hora. Depois, escorro essa água do molho, levo à panela de pressão com 1 litro de água limpa para cozinhar até amolecer. Marco 15 minutos depois que começa a apitar, abro e vejo se já está bom. Os grãos devem estar resistentes ao morder, mas macios por dentro. Não deixo muito mole não, senão vira uma sopa! Enquanto isso, eu retiro a pele do paio e da linguiça, fatio em rodelas, fervo separadamente e escorro. Reservo. Numa outra panela de pressão, cozinho em bastante água limpa a costela suína, a carne seca e o pernil dessalgados por 30 minutos. Não costumo colocar nem orelha ou rabo de porco, o pessoal de casa não curte, mas
se você quiser incluir, o sistema é o mesmo. Depois de todas as carnes bem cozidas e macias, jogo fora toda a água. Isso deixa a feijoada bem light. Numa panela bem grande (tipo caldeirão), coloco 2 colheres de óleo e frito o bacon picadinho. Adiciono a cebola, o alho, a folha de louro. Refogo o feijão cozido com sua água e também todas as carnes. Acerto os temperos. Coloco também a cachaça. Isso confere à feijoada um sabor diferenciado. Se preferir, a cachaça pode ser substituída pelo suco de 1 laranja. Fervo muito até engrossar. Caso haja necessidade, acrescento mais água. Para servir, acompanha muito bem: - arroz branco - farofa de mandioca - couve refogada com bacon - vinagrete - laranja picada
Vinagrete
Este vinagrete é especial para acompanhamento de feijoada. É só picar em cubinhos miudinhos 2 tomates com semente e tudo, ½ cebola picadinha, misturo com salsinha, sal, molho de pimenta a gosto, suco de 1 laranja e ½ concha do caldo da feijoada. Caso haja necessidade, aumente na quantidade de suco de laranja.
Couve com bacon
couve refogada
Sempre que faço couve refogada, o pessoal elogia. Fica crocante e muito saborosa. Mas é tão fácil... não tem segredo! Assim, ó: Levo ao fogo, numa panela bem grande e larga, fatias de bacon picadinho. Depois de douradas, retiro da panela e reservo. Ali mesmo, jogo alho picadinho a gosto, refogo e acrescento a couve picada bem fininha. Adiciono sal, se gostar pode colocar pimenta do reino também. Tudo rapidamente em fogo bem alto, para a couve não cozinhar e conservar sua cor, sabor e crocância. Volto à panela o bacon. Desligo o fogo e sirvo imediatamente. Até a próxima! Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www. delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br
feijoada
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seus direitos e dever
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Ação de impugnação de
Registro de candidatura por gustavo antônio de moraes montagnana/gabriela de moraes montagnana
O registro dos candidatos de cada partido político e coligação efetuado até o dia 05 de julho, pode não subsistir na hipótese de não serem atendidos algum dos requisitos legais ou constitucionais para a sua efetivação, a exemplo da ausência de uma causa de inelegibilidade. A ausência de uma ou mais condições de elegibilidade: nacionalidade brasileira, exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral (ser eleitor), domicílio eleitoral na circunscrição, filiação partidária e idade (art. 14, § 3º, da CF), também enseja o ajuizamento da impugnação contra o candidato. A Lei Complementar nº 64/90 enumera formas diretas e indiretas, através das quais geram a inelegibilidade do candidato, quer pela influência do poder econômico, quer pelo abuso do exercício da função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta, que pela falta de desincompatibilização em tempo oportuno. O instrumento hábil para impugnar o registro do candidato, escolhido em convenção partidária, é a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura, a qual deverá ser proposta no prazo de 05 dias, contados
da publicação do registro do candidato. A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura pode ser proposta por qualquer candidato, partido político, coligação ou pelo Ministério Público Eleitoral. O candidato legitimado à propositura da aludida ação é aquele que requereu o registro de candidatura para concorrer a eleição na mesma circunscrição da candidato impugnado. A matéria legal não impugnada em tempo hábil, preclui, porém a matéria constitucional pode ser alegada à qualquer tempo, ainda que após o prazo de 05 dias contados da publicação do registro da candidatura. A competência para o processamento da impugnação de pedido de registro de candidatura aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador é dos juízes eleitorais. Os legitimados ativos para a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura deverão especificar já na petição inicial os meios de prova com que pretendem demonstrar a veracidade do que alegarem. Da decisão do juiz caberá recurso, no prazo de 03 dias. Transitada em julgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado
o registro, ou cancelado se já tiver sido efetuado. O candidato que tiver o registro impugnado, enquanto não transitada em julgado a decisão que declarar a sua inelegibilidade, poderá disputar as eleições, podendo, inclusive fazer propaganda eleitoral, participando do processo eleitoral por sua conta e risco. No entanto, até 45 dias antes da eleições todos os pedidos de registro de candidatura, inclusive os impugnados e seus recursos, deverão estar julgados, com o fim de que o eleitor vote em candidatos aptos a ocupar o cargo disputado. O Eleitor, apesar de não ser legitimado ativo à propositura da aludida ação, pode levar ao conhecimento do Ministério Público a informação relacionada a inelegibilidade do candidato. O Promotor de Justiça, após análise da veracidade e aptidão da informção para ensejar a impugnação, poderá propô-la, representando toda a sociedade. Até a próxima! Gabriela de Moraes Montagnana Gustavo Antonio de Moraes Montagnana Advogado
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comportamento
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Qual é a graça? Piada politicamente incorreta em cena do filme ‘Os Vingadores’, da Marvel, traz à tona conflitos e dificuldades de pais e filhos adotivos por IARA BIDERMAN /FOLHAPRESS
A cena: Thor, o herói loirão, tenta defender o vilão Loki, dizendo que ele é seu irmão. Viúva Negra, ex-vilã, informa-o que Loki matou 80 pessoas em dois dias. “Ele é adotado”, responde Thor. A passagem acima, do filme “Os Vingadores” (maior bilheteria da história no Brasil), já foi vista por mais de 8 milhões de pessoas desde sua estreia aqui, em 27/4. É menos de um minuto nas duas horas e meia em que os heróis vindos dos quadrinhos da Marvel exibem seus superpoderes. Poderia passar despercebido no meio das explosões intergalácticas e das roupas colantes de Scarlett Johansson (a Viúva Negra). Mas o comentário de Thor ganhou destaque quando a americana Jamie Berke lançou uma petição on-line para que a Marvel (empresa do grupo Disney, produtor do filme) apresente desculpas formais por ter insultado os filhos adotivos e seus pais. O argumento, ecoado por ONGs pró-adoção, é que a cena dissemina preconceito, fazendo uma associação imediata entre ter sido adotado e ser “do mal”. E num filme para crianças e adolescentes. Para piorar, a plateia ri na cena. Quem tem uma história pessoal com adoção, é claro, não acha graça. “Todo mundo riu, mas para mim o filme acabou ali”, diz Maria Bárbara Toledo, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção. Ela foi assistir ao filme com quatro de seus cinco filhos (dois adotados). Toledo soube da petição nos EUA depois de ter ido ao cinema. “Pedimos para nossa diretoria jurídica fazer uma carta, só falta saber a quem encaminhar.” A associação presidida por Toledo já fez uma representação contra a TV Globo no Ministério Público por causa da personagem Tereza Cristina, vivida por Christiane Torloni na novela “Fina Estampa”, que terminou em março. “Na novela, a vilã matava para não descobrirem que ela tinha sido adotada. Ter sido adotada e filha [biológica] de uma mulher que foi louca justificavam sua maldade. É o preconceito atrelado à ideia de descendência genética.” O resultado da ação foi uma campanha pró-adoção veiculada pela Globo e estrelada por Torloni.
Sem boicote
No caso de “Os Vingadores”, alguns relativizam a importância do comentário de Thor. “Vamos boicotar o filme? Não, vamos assistir e preparar a criança”, diz Mônica Natale, 46, gerente-executiva do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo. Ela levou seu filho Alberto, 7, para ver o filme. “Ele não riu, nem percebeu que era piada. Era desnecessária e retrata, sim, um preconceito. Mas ele gostou do filme, não ficou chateado por o vilão ser filho adotivo.” O advogado Leonardo Pereira, 34, adotado quando tinha cinco dias, não fecha com o movimento contra “Os Vingadores”. “Não quero ser do contra, mas a polêmica não pode ser maior do que a realidade. Acredito que a maioria dos filhos adotivos não sofre preconceito. As ONGs deveriam investir em campanhas de adoção, não em um trechinho de um filme”, diz Pereira.
Genética
O medo de que uma criança gerada por pais desconhecidos possa herdar genes que levem a distúrbios de comportamento é um dos fantasmas que rondam a adoção. Sim, há genes que aumentam a predisposição a alcoolismo, depressões, comportamentos violentos etc. “Mesmo que essas situações tenham um componente genético, o ambiente onde a criança se desenvolve tem muito mais relevância na organização do cérebro”, afirma Renato Flores, professor de genética e coordenador do Ambulatório de Neurociência do Comportamento Violento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Além disso, a ideia de que é possível controlar a herança genética é duvidosa. “Veja, eu sou inteligente
e a Gisele Bündchen é lindíssima. Mas o que garante que misturar o meu sangue com o dela vai dar alguma coisa que preste?”, pergunta Flores. A brincadeira fica séria quando esbarra em outras noções sobre hereditariedade. Em uma pesquisa sobre o que a população pensava da adoção, feita pela psicóloga Lídia Weber, da Universidade Federal do Paraná, boa parte dos entrevistados disse acreditar que marginalidade passa pelo sangue. Há também o temor de que a mãe biológica tenha abusado de álcool e drogas durante a gestação. “O risco de essas substâncias estragarem o cérebro da criança é bem grande, mas, se o dano for identificado precocemente, podem ser feitos os tratamentos adequados”, diz Flores. Para ele, a resposta aos medos de quem vai adotar não está na genética: “A pessoa tem que pensar: quero um filho para eu gostar, se ele tiver alguma limitação, vou gostar dele do mesmo jeito”. Quando a apresentadora Astrid Fontenelle, 51, adotou seu filho Gabriel, em 2008, preencheu uma ficha em que respondia, entre outras coisas, se aceitaria crianças com distúrbios mentais leves. “Marquei não. Depois, o juiz me disse: ‘Você acredita que exista alguém que não tenha nenhum problema mental?’. Aí caiu a ficha.” Para Astrid, há crianças que lidam muito bem com o fato de terem sido adotadas e outras que têm problemas. Por isso, ela não desculpa a piadinha de “Os Vingadores”. “Meu medo é isso reverberar em um menino de 6, 7 anos. No filme, pode parecer uma piada boba, mas o reflexo pode ser bem ruim.” Censura não é bom antídoto contra preconceito O ser humano dá preconceito como a bananeira dá bananas. As atitudes discriminatórias incondicionadas só desaparecerão por completo no dia em que o último homem deixar a Terra, tendo o cuidado de puxar pela mão a última mulher. Até lá, não cabe senão lidar com o veneno. No filme “Os Vingadores”, o preconceito foi borrifado numa frase de pretensões cômicas: “Ele é adotado”. Quando se manifesta numa obra artística ou pseudoartística o preconceito pede informação, não censura. Pai de uma linda adolescente de 15 anos, adotada aos dois meses, comentei com ela a polêmica. O que acha?, indaguei. “Nossa, que bobagem!”, ela respondeu. Nenhum outro vocábulo resumiria melhor a cena. Bobagem. No caso específico, os defensores da tesoura apenas potencializam a asneira. Fora das telas, no terreno escorregadio da vida real, o que conta é a verdade. Menciono, por oportuno, um episódio da infância de minha filha. Ela tinha sete anos. Aproximava-se o Dia das Mães. A professora pediu às crianças que levassem fotografias das genitoras grávidas. As imagens comporiam um mural comemorativo. Corremos, eu e minha mulher, à escola. A azáfama se revelaria desnecessária. Nossa filha já havia informado à professora sobre a natureza dos laços que unem nossa família. Providenciara uma bela foto. Bebê, aparecia não na barriga, mas no colo da mãe. Desde então, percebi o valor da verdade no processo que leva ao entrelaçamento das almas. Minha filha não é biológica nem adotiva. Informada desde sempre sobre os detalhes de sua história, tornou-se uma filha natural. Quando submetida ao preconceito, reage com naturalidade. “Nossa, que bobagem!” O humor, como se sabe, compreende também o mau humor. O mau humor é que não compreende coisa nenhuma. Qualquer adolescente de 15 anos percebe que o disparate no enredo de “Os Vingadores” é filho da ignorância. Nesse caso, um filho biológico. Ele não foi adotado. Josias de souza é jornalista e titular do Blog do Josias, do portal UOL
fotos: divulgação
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Foi com muita alegria eu fotografei o ensaio pré-casamento deste lindo
todo amor e carinho que um tem pelo outro. O clipe deste ensaio fi-
casal: Débora e Diego. Foi um dia muito gostoso e divertido. Demos
cou lindo e teve a trilha sonora da Paula Fernandes o que tornou mais
muitas risadas. Nós fizemos o ensaio no sítio da família do Diego e
especial ainda. Faço um convite para que os leitores assistam ao vídeo
aproveitamos cada cenário que a linda propriedade nos proporcionava.
pelo meu canal no “vimeo.com” através do endereço
Aproveitamos o gosto do casal pelo campo e incluímos essa preferência nas imagens. Claro que não podia faltar o cavalo e o laço, outra paixão do
www.vimeo.com/44871311.
Diego. Subimos um grande morro onde fica a pista de treino do Diego
Espero que gostem!
e fizemos belíssimas fotos. Débora e Diego mostraram o quanto estão apaixonados e, logicamente, aproveitei cada momento para registrar
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Caderno
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por Valente do InfoMotori.com/Itália exclusivo para Auto Press
As fabricantes de motocicletas têm trabalhado para reduzir cada vez mais a distância entre scooters e motocicletas. Além das chamadas “crossovers”, que combinam características dos dois mundos, há as maxi-scooters, como a nova Aprilia SRV 850. Ela pretende ter o ar urbano da categoria, assim como os predicados de conforto e capacidade de carga, mas com desempenho digno de uma motocicleta. A SRV usa um motor bicilíndrico de 839 cm³ rende bons 76 cv e 7,8 kgfm de torque, que a distingue de praticamente todas as concorrentes. Além do motor mais forte, a Aprilia aposta na tecnologia para agregar valor à sua maior scooter. A marca se tornou referência no emprego de sistemas eletrônicos para auxiliar a condução de suas motos e a SRV não é diferente. Estão lá o ABS com dois canais com distribuição eletrônica da força de frenagem, o EBD e o controle de tração, que pela primeira vez equipa uma scooter com pretensões esportivas. O câmbio, no entanto, é um comportado automático CVT de múltiplas relações. O desempenho é digno de nota, com a aceleração de zero a 100 km/h em cerca de 6 segundos e a velocidade máxima na casa dos 200 km/h. A Aprilia deixa clara a veia “nervosa” da SRV 850 com a opção de mudar o comportamento dos sistemas eletrônicos. É possível escolher entre um modo padrão e outro esportivo, que permite explorar ao máximo a força do motor bicilíndrico. No entanto, não se deve achar que ela é feita para entregar grandes emoções a quem pilota. A SRV não esconde a vocação urbana e apenas adiciona um pouco mais de versatilidade ao universo das scooters. Para construir a SRV, a marca utilizou o chassi da Gilera GP 800, lançada em 2006. Isso deu à nova maxi-scooter características dignas de uma motocicleta. Estão lá as suspensões com garfo telescópico de 122 mm de curso na frente e os freios com pinças de pistão duplo e discos de 300 mm na dianteira e 280 mm na traseira. Os pneus são esportivos, de medidas 120/70 em rodas de 16 polegadas na frente e 160/60 com roda de 15 polegadas atrás, tal qual a conterrânea que lhe cedeu a base. Ela não é uma moto barata. Pelo modelo com ABS e ATC, a Aprilia cobra 10.290 euros – cerca de R$ 26 mil. No entanto ela acaba sendo relativamente acessível quando comparada a uma motocicleta de predicados semelhantes. Além disso, oferece um desempenho bem mais consistente do que as scooters tradicionais. E o bom nível tecnológico e a ciclística avançada da Aprilia ainda contam pontos a favor.
Impressões ao pilotar Esporte na cidade Valdobbiadene/Itália – A primeira coisa que chama atenção quando se monta na Aprilia SRV é o espaço para as pernas. Ele permite que os pés fiquem confortavelmente na hori-
zontal. A posição é um meio termo entre uma scooter tradicional e uma motocicleta, onde se abraça a moto com as pernas, mas o tronco se mantém ereto. O conforto, aliás, é um dos atrativos da SVR, que tem funcionamento muito suave, quase isento de vibrações. E se mostra muito à vontade no trânsito urbano, com reações previsíveis e boa dirigibilidade. Mesmo sendo uma scooter, o motor de 850 cilindradas a deixa em pé de igualdade com muitas motocicletas com capacidade semelhante. O desempenho é mais do que satisfatório para uma moto que raramente será usada fora da cidade. Com dois ocupantes, ela responde bem aos comandos do acelerador e mostra boa desenvoltura. Em estradas sinuosas, o comportamento é exemplar e ao ser provocada, mantém a trajetória sem qualquer desvio. A eletrônica embarcada é de primeira linha. O ABS funciona muito bem e livra a SRV de apuros em frenagens de emergência. Ainda que se aplique o freio em apenas uma das rodas, a distância de parada aumenta mas a segurança ainda é total. Além do sistema anti-travamento, o controle de estabilidade ATC trabalha de forma pouco invasiva, mas eficiente, para segurar a scooter caso o piloto exagere no acelerador ou surja alguma situação de baixa aderência no caminho. Ele, no entanto, não interfere no estilo de condução adotado, e até permite uma certa agressividade no manejo da SRV.
Ficha técnica Motor: A gasolina, quatro tempos, 839 cm³, dois cilindros em V em 90º, quatro válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto sequencial e refrigeração a água. Câmbio: Automático de relação continuamente variável, CVT, e transmissão por corrente e controle eletrônico de tração opcional. Potência máxima: 76 cv a 7.750 rpm. Torque máximo: 7,8 kgfm a 6 mil rpm Diâmetro e curso: 88 mm x 69 mm. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico de alumínio pressurizado e ajustável, com 122 mm de curso. Traseira com braço único de alumínio e amortecedor pressurizado e mola com sete níveis de pré-carga. Pneus: 120/70 R16 na frente e 160/60 R15 atrás. Freios: Dianteiro com discos duplos de 300 mm de diâmetro com pinça de dois pistões. Traseiro simples com 280 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo. Oferece ABS de série com EBD. Dimensões: 2,24 metros de comprimento total, 0,79 m de largura, 1,20 m de altura, 1,59 m de distância entre-eixos e 0,78 m de altura do assento. Peso: 249 kg. Tanque do combustível: 18,5 litros. Produção: Noale, Itália. Preço na Europa: 10.290 euros, o equivalente a R$ 26 mil.
Fotos: Divulgação
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Notícias
automotivas
por Augusto Paladino/autopress
A nova cara do “Tiozão”– Apresentado mundialmente em abril, o novo Nissan Sentra não deve demorar a chegar ao mercado nacional. A marca japonesa confirmou que a próxima geração do sedã médio começa a ser produzida nas suas principais fábricas do mundo ainda este ano. Isso inclui a unidade de Aguascalientes, no México, de onde atualmente vem o modelo vendido no Brasil. Dessa forma, o novo Sentra deve aparecer por aqui já na virada do ano. Saiu da toca – A Renault acabou de vez com o mistério e desvendou a aguardada quarta geração do Clio. O hatch ganhou uma plataforma nova, linhas elegantes e muita tecnologia a bordo. Por enquanto, apenas uma versão de quatro portas está prevista e a apresentação oficial será em setembro no Salão de Paris. Sob o capô, a maior novidade é um pequeno motor de três cilindros, 0.9 litro e turbo com 90 cv e desempenho similar aos 1.4 atuais. Ligada na tomada – A Mercedes-Benz irá recorrer à norte-americana Tesla para desenvolver a tecnologia elétrica para a versão “verde” do Classe B. Inicialmente, apenas a variante híbrida seria criada, mas a minivan totalmente elétrica deverá chegar ao mercado em 2014. A Tesla já foi responsável pelo Smart Fortwo elétrico vendido nos Estados Unidos e tem 4,7 % de suas ações nas mãos do Grupo Daimler. A Mercedes-Benz ainda não divulgou detalhes sobre a tecnologia usada na minivan. Marcha atlética – Em meio a vários lançamentos
de carros inéditos, a Chevrolet vai introduzir uma novidade no Agile. O câmbio automatizado finalmente irá equipar o compacto, mas ao contrário do sistema da Luk, utilizado na finada minivan Meriva, a Chevrolet irá utilizar o sistema da Magnetti Marelli, o mesmo que a Fiat usa nos Dualogic. Além da nova opção de câmbio, o Agile também deve ganhar faróis com máscara negra e lanternas traseiras escurecidas. Adiamentos consecutivos – Depois de anunciar algumas vezes a volta da Alfa Romeo ao mercado dos Estados Unidos, a Fiat resolveu esperar mais um pouco. A marca italiana argumenta que quer fazer o processo todo com perfeição. Por isso, vai esperar até ter um modelo certo para o público norte-americano. Além disso, não quer estragar a boa reputação que tem desde a compra da Chrysler e a renovação da linha da marca. A expectativa inicial era que o sedã médio Giulia relançasse a Alfa nos Estados Unidos, mas os atrasos seguidos do modelo incvalidaram essa projeção. Na gaveta – O protótipo do SLC até foi às ruas e chegou a ser flagrado, mas o novo esportivo da Mercedes-Benz teve produção adiada. O modelo ficaria abaixo do superesportivo SLS AMG, com potência que rondaria os 400 cv. Assim, o principal alvo do futuro Mercedes seria o Porsche 911. Entretanto, o alto custo do projeto fez a marca decidir esperar até a situação econômica da Europa se estabilizar. Antes, a esperança era que o carro chegasse às lojas entre 2014 e 2015.
veículos
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Só para constar por Augusto Paladino/autopress
A C itroën deu um “tapinha” no classudo C5 para incluir as luzes diurnas dianteiras – obrigatórias na Europa. O visual mostrado em 2008 foi mantido, apenas uma fileira de leds passa a figurar nos cantos externos dos faróis. A grade dianteira, que forma o emblema da marca, ganhou contornos mais arredondados para harmonizar com a nova logomarca da empresa. Além disso, alguns pacotes de equipamentos foram atualizados. As versões topo passam a oferecer novos revestimentos em couro e um navegador por GPS renovado. A minivan C8 tamb ém enfrentou pelas mesmas modificações.
Foto: Divulgação
Citroën C5
Atualização automática por Augusto Paladino /autopress
ABMWMotorrad apresentou na Europa as novas F 800 GS e F 700 GS. A maior novidade é a inclusão do controle de tração e ajuste eletrônico das suspensões como opcional nas duas motocicletas. Além disso, foram liberados mais 4 cv no motor da F 700 GS – chegou a 75 cv. A F800 GS, que tem exatamente o mesmo propulsor bicilíndrico de 798 cm³, manteve os 85 cv normais. Ambas também receberam mudanças sutis no visual, com linhas mais arredondadas e um novo painel. A F800 GS é montada em Manaus e vendida no Brasil, enquanto a F700 GS não tem previsão de aparecer por aqui.
Foto: Divulgação
BMW F800 GS
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por Rodrigo Machado/Auto Press
Das marcas alemãs de luxo que se aventuraram no segmento de utilitários esportivos, a única que tem alguma tradição é a Mercedes-Benz. Culpa do jipão Classe G, constantemente usado por forças militares ao redor do mundo. Por isso, quando entrou no setor com a ML, em 1997, tentou fazer jus à sua fama com um carro que tinha tração reduzida e era montado em chassi de longarinas. Mas a cada geração, esta realidade foi se modificando. Começou ganhando chassi em monobloco na segunda geração, mas ainda manteve um certo ar lameiro. Agora, a terceira geração do SUV chega ao Brasil ainda mais distante dessa origem. Com dimensões maiores, menor altura do solo e rodas de perfil esportivo, a nova ML foca definitivamente no conforto ao rodar. Afinal, é esse a principal necessidade do novo habitat natural dos utlitários: a cidade. A própria Mercedes admite que o público que compra a ML não costuma sujar muito o carro de lama. As capacidades off-road são apenas um complemento para um carro primariamente urbano. “Elas servem mais para mostrar o espírito aventureiro do motorista do que qualquer outra coisa”, sintetizaGlauci Tomiato, gerente de marketing do produto da marca no Brasil. Tanto é que, na nova ML, existem apenas dois assistentes para a condução fora-de-estrada. Um que freia o veículo automaticamente nas descidas de barrancos e outro que calibra o controle de estabilidade para situações de menor aderência. Ao menos, a tração integral é permanente e tem divisão 50/50 entre os dois eixos. Visualmente, a terceira geração da ML também ficou mais urbana. As dimensões já explicitam isso. O comprimento e a largura cresceram 2 cm, enquanto a altura caiu os mesmos 2 cm. A distância entre-eixos é a mesma: 2,91 m. O desenho também ajuda a mostrar o maior tamanho do carro. Na frente, a grade está mais larga e os faróis mais horizontais que na geração anterior. O para-choque tem um imenso aplique cromado e as luzes de led são dispostas Fotos: Divulgação
horizontalmente. De perfil, a Mercedes optou por destacar a terceira coluna inclinada, marcante desde a primeira geração e copiada de forma generalizada por outros utilitários. A traseira também recebeu itens que valorizam a largura do carro, tais como as lanternas, que se estendem até a tampa do porta-malas. É no conforto que a ML recebeu o maior capricho. O utilitário vem com controle de cruzeiro, ar-condicionado de três zonas, sistema de entretenimento dianteiro e traseiro, GPS com acesso a internet, bancos com acionamento elétrico, faróis bixênon inteligentes – que desativa o farol alto em caso de carro vindo na outra direção – e sistema de auxílio de estacionamento. Em termos de segurança, a lista inclui sete airbags, ABS, controle de estabilidade e de tração, além da tração nas quatro rodas. Por enquanto, a Mercedes só irá trazer uma versão do utilitário. É a ML350, equipada com um V6 a gasolina de 306 cv e 37,7 kgfm de torque. A importação de uma variante a diesel – a única disponível do antigo modelo por aqui – ainda está em estudo. Os executivos da marca afirmam que preferem esperar a melhor distribuição do diesel S-50 no Brasil antes de assumir esse compromisso com o consumidor. O propulsor a gasolina tem transmissão de sete marchas– já usada em grande parte dos modelos da marca –, mas com um novo conversor de torque que permite trocas mais suaves. A fabricante alemã garante que este conjunto consegue levar os 2.130 kg do SUV a 100 km/h em 7,6 segundos e atingir a velocidade máxima de 235 km/h, limitada eletronicamente. Disponível em pacote único de equipamentos, o preço é de R$ 335 mil e a projeção é vender de 200 a 250 unidades até dezembro, quando chega a ML63 AMG, com um V8 de 557 cv de potência.
Primeiras impressões
Campos do Jordão/São Paulo – De frente, a nova ML pode até gerar confusão de tão pouco que mudou. Mas indo aos detalhes, as linhas
mais horizontais do utilitário se destacam. A ML parece maior do que é. Embora não seja pequena, dá a impressão que cresceu mais do que a fita métrica revela. Isso significa que manteve o excelente espaço interno. Na frente, os bancos têm ajustes elétricos. Atrás, um ótimo vão para as pernas. A área para bagagens se destaca com seus generosos 770 litros. Ao volante também há a impressão de ser carro de grandes proporções e pouco ágil. No trecho urbano, mostrou a frente excessivamente “viva” e rolagens constantes da carroceria. Ao menos, existe uma extrema facilidade de comandar o carro. A direção é extremamente leve e a Mercedes desta vez colocou a haste de controle das setas no lugar próprio. A antiga ficava muito baixa e era fácil acionar a alavanca do controle de cruzeiro, que fica logo acima, na hora de ligar a seta. O conforto é valorizado com o acabamento interno digno de um Mercedes. Caso do alumínio escovado no painel e no couro pespontado no volante, console e bancos. A única versão disponível no Brasil no momento não entusiasma. O motor V6 de 306 cv é competente, mas não faz milagres em relação aos 2.130 kg do carro. Há força, mas não de sobra – como é desejável em um utilitário de luxo. Além disso, o torque só está totalmente disponível aos 3.500 giros. Regime de rotações muito alto para um modelo destas proporções. A transmissão é eficiente e promete o que a Mercedes propõe, com trocas rápidas e quase imperceptíveis. Se for necessário, as borboletas atrás do volante permitem extrair um pouco mais de esportividade do conjunto. Mas, como a própria Mercedes admitiu – e torce –, donos de ML geralmente não têm pressa. Prezam por um rodar suave e tranquilo. E isso, esta terceira geração do utilitário faz com extrema qualidade. A suspensão é macia e mesmo em pisos irregulares, os sacolejos no interior são controlados. A marca até propôs uma pequeno percurso off-road para valorizar algumas das capacidades da ML, com destaque para exibições de inclinações laterais. Mas é apenas um alento para quem paga R$ 335 mil por um utilitário. A ML até se dá bem fora na
terra, mas é no asfalto que se sente em casa.
Ficha técnica
Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.498 cm³, com seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro, com comando duplo no cabeçote variável na admissão e no escape. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio automático de sete marchas à frente, com primeira trator, e uma a ré. Tração integral permanente. Oferece controle de tração. Potência máxima: 306 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 37,7 kgfm com entre 3.500 e 5.250 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 7,6 segundos. Velocidade máxima: 235 km/h. Diâmetro e curso: 92,0 mm X 86,0 mm. Taxa de compressão: 12,0:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone e amortecedores de dupla ação. Traseira independente do tipo multilink com amortecedores de dupla ação. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 265/45 R20. Freios: Discos na frente e atrás. Oferece ABS. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,80 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,79 m de altura e 2,91 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista. Peso: 2.130 kg. Capacidade do porta-malas: 710 litros. Tanque de combustível: 93 litros. Produção: Tuscaloosa, Estados Unidos. Lançamento mundial: 2011. Itens de série: Câmara de ré, sistema de auxílio de estacionamento, bancos dianteiros com ajustes elétricos, retrovisor anti-ofuscante, teto solar elétrico, revestimento interno de couro, rádio/CD/MP3/USB, GPS, ar-condicionado de três zonas, faróis bixênon com sistema inteligente, fechamento eletrônico da tampa do porta-malas e rodas de liga leve de 20 polegadas. Preço: R$ 335 mil.
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