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Braganรงa Paulista

Sexta

31 Agosto 2012

Nยบ 655 - ano XI jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 655 Sexta 31 • Agosto • 2012

Expediente

Mons. Giovanni Barrese

Hora de cair fora?

Fala-se que estamos vivendo uma mudança de época. Não deixamos de nos surpreender diante dos questionamentos que relativizam todos os valores nos quais fomos educados. O que nos parecia seguro parece, agora, balançar. Parece que duvidar de tudo e de todos deve ser a forma comportamental do nosso tempo. Entra em jogo, também, a vivência religiosa. Pergunta-se se a fé tem sentido nestes tempos de pós-modernidade. Afinal os avanços da ciência, da tecnologia estão abrindo horizontes cada vez mais largos. Parece que os limites para a ação humana estão sendo superados cada vez mais velozmente. Parece mesmo que o que ainda não é considerado possível, factível, logo o será. É só uma questão de tempo. E, nesta situação, cresce a pergunta se há lugar para Deus, para a transcendência. Se ainda cabe crer num Deus. Há grupos organizados que professam ateísmo militante. Não só negam a existência do divino, mas querem que símbolos religiosos não façam parte dos organismos do

Estado. Não importa que nações, cidades tenham nascido sob a égide de santos protetores. Isso é parte de um passado que hoje não tem mais sentido. Ao lado deste sentir que nega e não deseja o manifestar religioso está a grande variedade de propostas religiosas. Limito-me aqui ao multiplicar-se de igrejas cristãs. O elenco de denominações, certamente, passa de várias centenas. Todas propõem Jesus Cristo como Senhor. Vale analisar o que significa isso. Faço-o como cristão de fé católica. E tomo o capítulo seis do evangelho de São João. Chamado discurso do “Pão da Vida” seu início lembra a multiplicação dos pães. Para afirmar que podendo tudo, porque é Deus entre nós, Jesus Cristo partiu da doação de cinco pães e dois peixes para saciar a enorme multidão. Sua intenção e ensino eram mostrar que a solidariedade e a partilha nascidas por colocar em comum o pouco que se tem são capazes de saciar todas as necessidades. As pessoas não entenderam assim. Queriam fazer de Jesus o novo rei, o salvador da pátria.

Ele se esconde. No reencontro com o povo critica o não entendimento do seu gesto e começa um ensinamento que cada vez mais vai se tornando questionador. Afirma-se como o “pão que veio do céu”. Diz que sua carne é verdadeira comida e seu sangue verdadeira bebida. Quem comer desse pão terá a vida eterna. A partir desse momento o povo começa a afastar-se dele. São palavras descritas como “duras”. Começam a perceber que andar com Jesus significa fazê-lo alimento. Sua pessoa, sua palavra e suas atitudes devem ser aquelas de quem o segue. E seu caminho se coloca no embate com autoridades do poder e da religião. Que se aproveitavam do povo e o mantinham cativo. O horizonte começa a escurecer. Não está mais no brilho do Messias-Rei que resolveria todos os problemas. E que teria seu poder partilhado com os amigos. Delineava-se um caminho de perseguição, sofrimento e morte. No afastamento de muitos, Jesus coloca a pergunta aos Doze: “Vocês não querem ir embora também?”

Para os escolhidos colocava-se a possibilidade de “cair fora”. Jesus de Nazaré não se enquadrava no messianismo esperado. Não seria um herói nacional. Não restabeleceria o esplendor do reino de Davi. Seu caminho era outro. Pedro reponde dizendo que ficariam com ele porque só ele tinha palavras de vida eterna. “A quem iremos, Senhor?” A pergunta se não queremos cair fora é feita para nós também. Diante da implicação de um testemunho numa sociedade que vai deixando a Deus de lado, nós queremos continuar seguindo-o? Fazer com que Jesus Cristo seja por nós comungado na totalidade do seu ser e agir implica colocar-se na luta contra a maldade, a injustiça, a violência, a corrupção. Frutos de uma estrutura social que é marcada pela ganância, pela esperteza. Por não se preocupar com os valores que dignificam a vida humana. Vale lembrar aquilo que ouvimos a todo instante: as pessoas são medidas por aquilo que conseguem comprar e ter. O que elas são não tem muita importância. Vemos que muitas

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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

soluções que tem, pretensamente, a afirmação da promoção humana a patamares de vida melhor, realizam isso com a possibilidade de que mais dinheiro chegue até as pessoas. Sem dúvida, hoje, as pessoas podem gastar mais, ter mais coisas. Mas e as bases para uma verdadeira promoção humana não estão alicerçadas no comprar. Estão no ser. Educação, saúde, moradia, conscientização dos direitos e deveres, etc., são campos ainda muito pouco promovidos. A sociedade de consumo não quer Deus. Ele fala em partilha. Ela fala em gastos. A sociedade do dinheiro só separa as pessoas. É bom pensar nisso!


informática & tecnologia

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Hábitos de leitores Registro de dados como tempo de leitura e frequência já é feito pela Saraiva e está nos planos da Livraria Cultura

por LEONARDO LUÍS /FOLHAPRESS

Livrarias digitais estão definindo estratégias de mercado com base nos dados fornecidos pelos aplicativos que os leitores de e-books usam. Para aprimorar seus serviços, as americanas Barnes & Noble e Amazon -que têm seus próprios equipamentos e aplicativos para e-books- aproveitam dados como a frequência de leitura e as marcações que os leitores fazem de páginas e trechos, segundo uma reportagem do “Wall Street Journal”. A Barnes & Noble compartilha algumas informações com editoras. Com a coleta de dados sobre os leitores -que está prevista nos termos de uso das livrarias- é possível estabelecer novos rumos. A Barnes & Noble, por exemplo, decidiu lançar uma seção de livros curtos depois de ver que seus leitores costumavam abandonar obras longas de não ficção pelo meio. No Brasil, grandes livrarias nacionais já acompanham a tendência de analisar hábitos dos leitores. O Saraiva Digital Reader, aplicativo da livraria Saraiva para várias plataformas, coleta dados como o tempo de leitura e os dias da semana em que o usuário mais lê. “As informações nos ajudam a entender o comportamento dos clientes em cada tipo de aparelho”, afirma Marcílio Pousada, diretor-presidente da Saraiva. Segundo ele, a livraria pode, por exemplo, dar ênfase a livros digitais nas recomendações do site se o cliente for um leitor assíduo de e-books. Joaquim Garcia, diretor de tecnologia

da informação da Livraria Cultura, fala que a empresa já trabalha para ter um sistema parecido. Hoje, a plataforma deles registra as aquisições que o cliente faz e dá recomendações baseadas nisso, mas não recolhe dados sobre os hábitos de leitura. Nos EUA, a Electronic Frontier Foundation, que defende o direito à privacidade na rede, luta para evitar que lojas de livros possam entregar dados de clientes a autoridades sem que uma corte aprove. “Há um ideal de sociedade em que o que você lê não é da conta de ninguém”, disse Cindy Cohn, diretora jurídica da EFF, ao “WSJ”.

Mercado pequeno Uma pesquisa do Instituto Pró-Livro feita em mais de 5.000 domicílios em todos os estados do Brasil, publicada em março, apontou que 70% dos brasileiros nunca tinham ouvido falar de e-books. A Livraria Cultura diz que menos de 1% dos livros que vende são digitais. A americana Amazon -que planeja chegar ao Brasil ainda em 2012, segundo a Reuters- viu seus e-books superarem a venda de livros físicos em 2011, segundo a IHS iSuppli. Ivan Pinheiro Machado, editor da L&PM, diz que registrar o comportamento dos leitores de e-books num mercado incipiente como o brasileiro ainda é irrelevante. A escritora Martha Medeiros, cujo e-book “Noite em Claro” é sucesso na Cultura, diz que jamais levaria em conta dados sobre leitores. “Não estamos trabalhando com uma margarina”, afirma.


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Com um salário apertado, saber poupar é investir em qualidade de vida colaboração SHEL ALMEIDA

Saber lidar com finanças é algo muito mais -se cidadãos que vivem entre oscilações econômicas abrangente do que as pessoas dão conta. Não que irão repercutir tanto no âmbito pessoal quanto é apenas economizar, poupar ou guardar di- social. “Ainda somos carentes de informações sobre nheiro. É pensar no presente e no futuro como um economia básica. Tudo o que se fala tem um sentido investimento. Entender como aplicar os conceitos mais complexo e as pessoas ficam com a sensação de educação financeira é entender que a economia, de que isso não faz parte da vida delas”, avalia. Uma quando bem empregada, ajuda a proporcionar me- situação comum e que exemplifica bem a dificuldade lhor qualidade de vida. Ter segurança material é um que o brasileiro tem para entender a necessidade de benefício tanto para os prazeres do dia-a-dia quanto planejamento financeiro é quando o salário acaba antes do final do mês. Isso normalmente para casualidades não programadas. Para isso, é preciso estabelecer objeÉ preciso ter controle, acontece porque a pessoa sabe quanto tivos e manter um planejamento com saber quanto se tem e ganha, mas não sabe quanto gasta e disciplina. A jornalista de economia quanto pode gastar nem aonde gasta. “As pessoas gastam antes mesmo de receberem o salário”, e autora do livro “Comunicação no Jennifer Almeida fala Jennifer. A única maneira de mudar Mercado Financeiro - Um Guia para esse comportamento é controlar as Relações com Investidores”, Jennifer Almeida, explica que uma boa maneira de criar um despesas sistematicamente, ou seja, anotar tudo. planejamento financeiro é colocar tudo no papel. “São coisas simples que se colocadas no papel “Visualmente fica mais claro para entender,” fala. fazem muita diferença”, explica. “Muitas pessoas não “É bem simples fazer uma tabela com os seguintes investem em casa própria porque não poupam e, por itens: quanto de dinheiro entrou, quanto saiu, quanto isso, não têm o valor suficiente para dar a entrada em sobra, quanto será investido,” fala. “A partir disso um financiamento”, aponta. “Um dos grandes erros é possível estabelecer um planejamento mensal e é agir por impulso. Por isso é recomendável focar avaliar se o dinheiro está sendo bem empregado,” nos objetivos, seja o de comprar um carro, uma casa, analisa. “É preciso ter controle, saber quanto se tem fazer uma viagem, um curso”, analisa. Quando se tem um objetivo fica mais fácil cortar gastos, já que e quanto pode gastar”, fala. o sacrifício será recompensado posteriormente. Não só o planejamento pessoal, mas o familiar também é Planejamento “A educação financeira tem que ser ensinada às imprescindível. Cada pessoa sabe sobre as próprias crianças desde pequenas, para que saibam o valor finanças, mas não sabe sobre as finanças do restandas coisas.”, reflete Jennifer. No Brasil, ensinar a te da família. Se manter as despesas da casa é um lidar com finanças não é prática comum do universo objetivo comum, deve-se, portanto, ser planejado familiar nem do escolar. Como consequência, criam- em conjunto. Cada membro da família precisa estabelecer um limite para os próprios gastos para que isso não prejudique o bom andamento dos gastos familiares. “É preciso também muita atenção com as ofertas que começam a surgir”, fala Jennifer. Agora, no segundo semestre, muitas lojas já começam a criar promoções do tipo “pague com o 13º”. Muita atenção! “O 13º salário deveria ser visto como uma reserva para os gastos do começo do ano, como IPVA, matrícula escolar dos filhos, etc. Mas muitas pessoas já gastam antes mesmo de receber e começam o ano endividadas”, fala. “O ideal mesmo é guardar, todo mês, 10% do que se recebe para usar nos gastos de final de ano, assim não é preciso mexer no 13º e ele pode ser usado para as despesas de janeiro”, ensina. “Também é preciso tomar cuidado com os atrativos do cheque especial e do cartão de crédito”, fala. “O banco cobra o valor do cheque especial, mas também cobra uma taxa para isso. Melhor nem usar o cheque especial”, diz. “Já com o cartão de crédito é preciso ainda mais atenção, pois a taxa de juros é uma das mais altas. O cartão é bom porque você tem como analisar onde e quanto gastou, mas se você não conJennifer Almeida é jornalista da área de economia. seguir se controlar, o melhor é nem ter”, analisa. “O “O perfil de investimento está mudando no Brasil. grande perigo do cartão de crédito é quando a pessoa As pessoas estão arriscando mais”. só paga o mínimo. É preciso parar com isso, tem que

pagar a fatura toda”, enfatiza. “Ficar pagando só o mínimo acaba formando uma bola de neve sem fim, porque serão juros sobre juros”, explica.

Investimentos Jennifer conta que, segundo as análises que tem ouvido de economistas, o perfil de investimento no Brasil está mudando. “Os juros da poupança estão caindo, então não vão render como de costume”, explica “Algumas pessoas continuam preferindo a poupança porque ela tem menos riscos, mas o retorno também é menor”, fala. “O número de pessoas físicas que investem na bolsa aumentou. Os brasileiros estão arriscando mais”, conta. “O grande receio na hora de escolher um investimento é o de perder dinheiro”. “Mas, antes de qualquer coisa, cada investidor precisa entender o próprio perfil para descobrir qual é o perfil de investimento ideal para si”, explica. “Os bancos oferecem essa análise de perfil”, conta. “Outra coisa importante é saber o quanto se quer arriscar. Quanto maior o risco, maior o retorno”, fala. “Investir em ações é mais complicado, mas o retorno é maior. O mercado de ações precisa ser desmitificado. As pessoas não investem porque não têm conhecimento sobre o assunto”, diz. “Quem quer se arriscar no mercado de ações tem que dedicar um tempo para ler e entender sobre o assunto ou então procurar a assessoria de um especialista”, diz. “Uma dica básica é sempre comprar na baixa e vender na alta”, fala. “E nunca concentrar todos os investimentos em um único tipo de aplicação”, completa. Outra dica de Jennifer é sobre a Expo Money, feira sobre educação financeira e investimentos que acontece anualmente em São Paulo. Gratuito, o evento reúne exposição e palestras e é direcionado a qualquer pessoa que deseja aprender a planejar as finanças. “A feira é voltada só para pessoas físicas. Ajuda as pessoas a se conscientizarem sobre a importância de entender sobre economia”, conta. Para saber mais, acesse:www.expomoney.com.br


saúde

Jornal do Meio 655 Sexta 31 • Agosto • 2012

Vacina contra

tumores Combinado com químico, remédio para arritmia cardíaca eleva sobrevida

por IARA BIDERMAN/folhapress

Uma classe barata de drogas, usada há décadas para arritmia cardíaca, pode ter uma nova aplicação: potencializar o efeito da quimioterapia e aumentar a sobrevida de pacientes com câncer. Segundo pesquisadores de diversas instituições da França, entre eles Laurie Menger, do Inserm, os chamados glicosídeos cardíacos, quando combinados com a químio, agem de modo similar a uma vacina e estimulam o sistema imunológico a matar as células do tumor. Ou seja, a droga para o coração transforma os restos das células cancerosas já mortas pela químio em sinais para que o sistema imune seja ativado contra o câncer. O efeito foi descrito em estudo publicado na revista “Science Translational Medicine”. “É uma boa avenida que pode ter grande implicação, já que a droga é de uso amplo e barata”, afirma Victor Piana de Andrade, patologista e pesquisador do Hospital A.C. Camargo. Esse não é o primeiro trabalho a relacionar essas drogas a efeitos antitumorais, mas, desta vez, os pesquisadores foram além e demonstraram os efeitos dos glicosídeos cardíacos in vitro, em camundongos e observaram o efeito dessa combinação de drogas em pacientes tratados para o câncer. Na etapa in vitro, os autores quantificaram, por meio de um tipo de microscopia que deixa as moléculas fluorescentes, três alterações das células tumorais quando são usados certos quimioterápicos que estimulam uma resposta imunológica capaz de causar a morte do tumor. Os pesquisadores então usaram uma biblioteca com medicamentos aprovados pela FDA (agência reguladora de medicamentos nos EUA) e encontraram quatro drogas da classe dos glicosídeos cardíacos, entre elas a digoxina, de uso mais amplo, com esse efeito imunogênico. E testaram essa ação em linhagens celulares de diferentes tumores, com sucesso. O segundo passo foi validar esses achados em camundongos. Em um dos experimentos, o câncer dos bichos foi tratado com quimioterapia e digoxina, e não foi observado

crescimento do tumor posteriormente. Por último, os pesquisadores usaram dados obtidos com pacientes que receberam tratamento para diferentes tumores e observaram que aqueles que usaram quimioterapia e a droga para o coração ao mesmo tempo tiveram uma sobrevida 13% maior em cinco anos do que aqueles que não usaram o remédio para arritmia. O benefício, porém, foi observado apenas nos tumores de mama, cólon, fígado e cabeça e pescoço e nos pacientes que usaram quimioterápicos diferentes dos que já têm como efeito estimular o sistema imunológico. dúvidas Segundo Andrade, ainda é necessário saber qual é a dose necessária de digoxina para que ela tenha esse benefício extra --algo importante, já que em excesso a droga pode causar a arritmia, em vez de tratá-la-- e seus efeitos em pacientes que não têm problemas cardíacos. Mas, segundo o patologista, há boas chances de o remédio ser implantado mais rapidamente para esse fim porque a substância é antiga e seus efeitos, conhecidos. “É um conhecimento novo com algum nível de evidência, mas, para isso atingir a população, falta um estudo randomizado e desenhado para essa finalidade”, afirma. É comum droga mudar de função em laboratório Atirar no que se vê e acertar no que não se vê é algo relativamente comum durante o desenvolvimento de novas drogas. Um dos exemplos mais famosos é o Viagra, inicialmente desenvolvido para hipertensão e angina, cujos efeitos eréteis foram verificados durante os primeiros testes clínicos. É algo que acontece, em parte, porque nenhum “caminho” metabólico é exatamente exclusivo. Como o organismo evoluiu aos trancos e barrancos, com improvisações ao longo do tempo, o corpo é livre para “reaproveitar” uma substância importante para a química do cérebro e dar a ela um papel no sistema imune, digamos.

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delícias 1001

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Diga ‘sim’ ao iogurte por deborah martin salaroli

O que é gostoso, fácil e tem muitos benefícios para a saúde? Iogurte! Seus probióticos (bactérias benéficas) equilibram a microflora do intestino, o que pode ajudar na digestão, bem como mantê-lo regular. O iogurte é uma rica fonte de cálcio, excelente fonte de proteína, ajuda a diminuir o colesterol, pode fortalecer o sistema imunológico... Tudo de bom!

Iogurte natural caseiro Eu fervo 1 litro de leite integral, de preferência de saquinho ou até mesmo o natural. Desligo o fogo e deixo amornar até conseguir colocar o dedinho dentro e a temperatura for suportável. Misturo numa tigela de vidro com 1 copo de iogurte natural comprado no supermercado, que já estava fora da geladeira, em temperatura ambiente. Cubro com um prato ou com plástico filme e deixo de um lugar fechado, um armário ou dentro do forno desligado por 8 horas. Dica: Para que não se forme soro, eu adiciono ao leite junto com o iogurte, 2 colheres de leite em pó. Esse iogurte é bem menos ácido do que os comprados; fica divino!

Bolo de iogurte com chocolate A foto já diz tudo: irresistível. Este bolo, com receita antiquíssima (adaptada, é claro) me causou surpresa pela maciez e sabor singular. Estava escrita no início do meu caderninho de receitas, desses que a gente começava a escrever na adolescência. Bom, depois disso já se passaram alguns anos (ou seriam ‘muitos’). Quantos? Nem sei! Que tal mudar de assunto? Mexi tudo na mão mesmo, usando um misturador ou um garfo. Coloquei numa tigela 1 xícara de margarina, 2 xícaras de açúcar. Depois adicionei 1 copo (170ml) de iogurte, 4 ovos, 2 xícaras de farinha de trigo, 10 colheres de achocolatado. Tudo muito bem homogeneizado, acrescentei 1 colher (sopa) de fermento em pó. Assei numa forma untada e enfarinhada, em forno médio (200C). Como cobertura, levei ferver numa panelinha 2 colheres de margarina, 6 colheres de

açúcar, 2 colheres de creme de leite (ou leite) e 2 colheres de achocolatado. Joguei sobre o bolo assim que estava assado e deixei dentro do forno (desligado) apenas para secar.

fotos: delícias 1001

Frango cremoso Olha só que receitinha tranquila. Um fraguinho bem temperado que só precisa de um arroz branco e uma salada verde para acompanhar. 700g de peito de frango temperado com sal, alho e limão 1 cebola ralada ou batidinha 1 lata de milho verde com seu líquido 1 tablete de caldo de galinha 1 colher (sopa) de amido de milho ½ vidro de palmito 1 pote de iogurte requeijão cremoso 2 colheres de sopa de margarina ou manteiga queijo parmesão ralado Refoguei o frango em um pouco de óleo. Coloquei um pouco de cheiro verde e reservei. Depois, numa outra panela, juntei a margarina com a cebola e deixei dourar um pouco. Enquanto isso, bati no liquidificador o milho, o amido de milho e o caldo de galinha. Depois, levei ao fogo para formar um creme. Após o creme pronto, desliguei o fogo e misturei bem o iogurte. Agora, a montagem... Pode ser arrumado numa travessa única ou em ramequins (tigelinhas) individuais, refratárias, que possam ir ao forno. Coloquei um pouco do creme e, depois, o frango, o palmito picado em rodelas juntamente e o requeijão. Por último, o restante do creme e o queijo ralado por cima. Levei ao forno para gratinar. Servi com arroz branco. Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br

bolo de chocolate com iogurte

Iogurte


antenado

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“O Prisioneiro do Céu” Barcelona encantada revive em 3ª parte de best-seller

por SYLVIA COLOMBO /FOLHAPRESS

O catalão Carlos Ruiz Zafón, 47, é um habilidoso criador de universos. Inspirado em Charles Dickens (1812-1870), molda a Barcelona da primeira metade do século 20, transformando-a numa cidade encantada, ao mesmo tempo em que convive com as transformações e os dramas pulsantes de uma cidade grande da época. Nesse cenário, Zafón ambienta um dos mais exitosos empreendimentos literários contemporâneos, a trilogia “Cemitério dos Livros Esquecidos”, que já vendeu 20 milhões de cópias em mais de 40 países. A terceira parte, “O Prisioneiro do Céu” (Suma de Letras, 248 págs., R$ 39,90), acaba de sair no Brasil e já integra as listas de mais vendidos. Aqui, Daniel Sempere, filho de um livreiro, se depara com os segredos de Fermín, o misterioso e pícaro mendigo do bairro de Montjuic. Folha - Por que você escolheu a Barcelona dessa época para construir a trilogia? Carlos Ruiz Zafón - Barcelona é minha cidade, onde estão meu berço e minhas raízes, o lugar de onde venho e a que, cedo ou tarde, sempre acabo voltando. Sempre me pareceu, desde pequeno, que a alma da cidade, a essência que percebo dela, é a da cidade que se desenvolve desde a Revolução Industrial até o final da Segunda Guerra. É um período extraordinariamente rico em todos os âmbitos, com grandes

esperanças, tragédias e uma evolução tremenda da sociedade. A Barcelona mais verdadeira é a desses anos, por isso gosto de revisitá-la. A trama se passa numa livraria, e o protagonista trabalha com livros. Suas ações são resultado de uma reflexão sua sobre a literatura? Sim. Os romances desse ciclo são livros sobre a literatura, a escritura, a linguagem, a narrativa, os leitores. É um mundo de livros dentro dos livros, uma série de novelas que refletem sobre o que significa a criação literária. São romances que aspiram combinar todos os gêneros e mecanismos da literatura e, ao mesmo tempo, tratar de assuntos clássicos, que integram o grande livro da vida. Eles estão interconectados, mas cada um tem uma lógica própria e pode ser lido separadamente. Quais são as dificuldades de armar esse jogo? É complexo, mas aí está o desafio, poder criar um labirinto de histórias dividido em vários romances que se reestruturam à medida que o leitor explora cada livro, em qualquer ordem. Os dois primeiros têm tom mais sombrio, este terceiro conta com personagens cômicos e linguagem mais irônica. Por que esse giro? Este volume é sobretudo o relato do personagem Fermin Romero de Torres, sua vida, seus segredos, quem é e como chegou até aí. Como voz do relato, o texto tem a sua personalidade, que sempre foi mais ligeira e luminosa e humorística. Trata-se de um

tomo que tem mais chispa. A Espanha está passando por um momento econômico difícil. Como vê a situação? Vivo metade do ano em Barcelona e metade em Los Angeles. Por isso posso acompanhar de perto a gravíssima situação que vive meu país e seu entorno na Europa.

São dias muito difíceis e a sensação que tenho é de que se aproximam outros piores. A situação me produz uma grande preocupação e uma grande tristeza, porque o resultado é que muitos erros estão sendo pagos por pessoas que não os cometeram. foto: folhapress

Carlos Ruiz Zafon, o escritor espanhol que vende mais livros no mundo, durante uma entrevista à Efe, coincidindo com sua visita à Feira do Livro, na qual ele falou sobre o fim de sua série sobre “O Cemitério dos Livros Esquecidos”


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comportamento

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Cobaias de

cosméticos

‘Necessários’, ‘cruéis’ ou as duas coisas, os testes em animais ainda soam como um tabu na área da beleza; e o público interessado fica sem informação

por ANDREA VIALLI /FOLHAPRESS

A pressão de consumidores pelo fim dos testes em animais na indústria de cosméticos tem levado alguns países a reformularem a legislação do tema. Na União Europeia, a meta é acabar com esses testes até 2013. No Brasil, já se começa a estudar as alternativas às cobaias, mas discutir o tema parece tabu. Embora muitas empresas respondam que não usam bichos em estudos de novos produtos, falta transparência. São raras as embalagens que trazem a informação. No mundo, os testes estão na berlinda por serem considerados cruéis. Todos os anos, cerca de 100 milhões de bichos são empregados em pesquisas científicas só nos EUA, segundo estimativa da Peta, ONG de proteção animal famosa pelas suas campanhas com celebridades. Coelhos, hamsters e camundongos são usados em laboratórios para verificar se componentes de cosméticos podem causar irritação ou alergia em humanos. Em geral, essas avaliações são feitas com novos ingredientes. Para testar se um novo xampu pode irritar os olhos, por exemplo, substâncias são pingadas diretamente, por dias, em córneas de coelhos.

Na vitrine

Para chamar a atenção sobre o tema, uma ativista britânica se submeteu a um protesto que chocou Londres, em abril. Jacqueline Traide, 24, passou dez horas exposta na vitrine de uma loja de cosméticos sendo submetida a todo tipo de “tortura”: imobilizada, teve o cabelo raspado, recebeu injeções, foi forçada a engolir substâncias e produtos foram aplicados em seus olhos como se ela fosse uma cobaia. O objetivo do ato foi simular alguns dos procedimentos mais comuns que acontecem na indústria da beleza. Mas já há alternativas para a maior parte dos testes feitos hoje em seres vivos. Algumas dessas tecnologias in vitro ainda precisam ser validadas (ter eficácia científica comprovada) no Brasil. Os métodos alternativos também são mais caros, o que demanda maior investimento das empresas. Fora do Brasil, o caminho do consumidor interessado em escolher marcas de cosméticos que não usam cobaias é mais rápido. Muitos fabricantes informam sobre isso nos rótulos. Há selos de certificação, como o “Cruelty Free”, concedido pela Peta após pesquisas. Além disso, a ONG também divulga listas, atualizadas semana a semana, com os nomes das empresas que testam e das que não testam em animais. A relação está disponível em www.peta.org. Por aqui, a veterinária Gabriela Toledo criou o Pea (Projeto Esperança Animal). A ONG também apresenta uma lista em seu site (www.pea.org.br) das empresas que não realizam testes em animais no Brasil. Para constar na lista, basta o fabricante fazer uma declaração atestando que não realiza o procedimento. “No começo, íamos atrás das empresas questionando sua política de testes. Muitas nos ignoravam ou enviavam respostas evasivas. Hoje, são elas que nos procuram”, diz Toledo. A lista brasileira tem 97 empresas. A saída é a rotulagem obrigatória, na opinião da veterinária. “Saber se determinado produto foi testado ou não em animais é direito do consumidor, mas é negligenciado.” Até marcas que afirmam ter banido esses testes, como Unilever, P&G e Natura, não colocam essa informação nas embalagens. “Faz parte da conduta da empresa não fazer propaganda sobre esses benefícios nos rótulos”, afirma Elisabete Vicentini, gerente de segurança do consumidor da Natura.

A companhia aboliu os estudos em cobaias em 2006. A Abiphec, entidade que reúne fabricantes de cosméticos e produtos de uso pessoal, ressalta que “a informação não é obrigatória e vai da decisão da empresa”. Um projeto de lei sobre bem-estar animal que prevê, entre outros pontos, a obrigatoriedade de informar sobre testes em bichos nas embalagens dos cosméticos, está parado na Câmara há cinco anos. “As coisas mudaram, há mais consciência sobre essa questão. Não dá mais para ficarmos sem legislação sobre o assunto”, acredita o deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), autor da proposta. ‘Uso de animais na área de cosméticos ainda é preciso’ Mas o Brasil já começa a desenvolver métodos alternativos, diz pesquisadora Mesmo com o aumento da pressão de consumidores e de entidades contra os testes de animais, é difícil mudar essa realidade na indústria da beleza. Mas é possível reduzir o uso das cobaias -e o Brasil já deu o primeiro passo nessa direção. Um acordo entre a Anvisa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), firmado no ano passado, criou o primeiro centro de estudos na América do Sul destinado a desenvolver métodos alternativos para validação de pesquisas que não usam animais. O Bracvam (Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos) foi inspirado em um órgão similar que existe na Europa. Está na fase de credenciar laboratórios no Brasil aptos a realizar esses outros métodos.

Córnea de galinha Já existe tecnologia para substituir vários testes feitos em animais. No teste de irritação dérmica, é possível usar modelos de pele humana reconstituída, em vez de cobaia viva. No lugar dos testes de irritação ocular em

coelhos e ratos vivos já estão sendo usadas córneas de galinha ou de boi, retiradas após o abate. Ensaios in vitro também são opção para substituir testes de toxicidade feitos na pele ou nas mucosas de animais. Algumas empresas de cosméticos utilizam esses modelos em laboratórios da Europa e dos EUA. “Há uma grande possibilidade de desenvolvermos, a médio prazo, um bom leque de métodos alternativos aos testes em animais”, diz Isabella Delgado, vice-diretora de pesquisa e ensino do INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), da Fiocruz. A pesquisadora ressalta, porém, que há casos em que os testes em animais não têm alternativa eficaz à altura. “O uso de animais na área de cosméticos, para se testar moléculas desconhecidas, ainda é necessário.” Ela explica as circunstâncias em que as novas metodologias não substituem o experimento em cobaias: é o caso dos testes feitos para avaliar se determinada molécula tem potencial cancerígeno ou se pode afetar a fertilidade de quem usa o cosmético. “Nesses casos, não dá para prescindir dos testes em camundongos antes do uso em humanos. A saída é reduzir o número de cobaias utilizadas e será uma das frentes de atuação do Bracvam”, conclui. Outra pesquisa que ainda precisa de animais é a da mutagenicidade, feita para avaliar se um componente usado na fórmula do produto pode induzir mutações genéticas. “Não há alternativa validada para esse teste”, diz Marcelo Sidi Garcia, gerente da divisão de cosméticos da Anvisa. “Não é possível banir totalmente os testes em animais, nem a Europa conseguiu. Mas é possível fazer os estudos de forma ética.” foto: Divulgação

O artista Oliver Cronk faz as vezes de cientista forçando a abertura da boca da moça, durante a performance que aconteceu em abril e durou dez horas


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seus direitos e dever

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“Barba de Tiradentes” por gustavo antônio de moraes montagnana/gabriela de moraes montagnana

É de Montesquieu a concepção da célebre tripartição de funções do Estado: Executivo, Legislativo e Judiciário. Ela foi gestada para retirar das mãos dos soberanos o poder autocrático de que estavam investidos. O vereador é o representante do povo no Poder Legislativo em âmbito municipal, a este cabe a função legislativa. As funções do vereador são fiscalizar a administração municipal e fazer as leis do município. Portanto, o vereador não tem poder de realizar obras ou interferir no serviço municipal. Muitas são as formas de exercer a tarefa fiscalizadora, tais como aprovar o orçamento do município - que conforme prevê a Constituição Federal deve ser participativo - acompanhar sua execução e verificar a prestação dos serviços levada à efeito pelo Poder Executivo Municipal, e as contratações realizadas por meio de licitações. Os vereadores podem colaborar com a Administração fazendo indicações (conselhos) de melhorias, mas não poderão executá-las. Os assuntos que os vereadores podem disciplinar em leis são muito restritos. A Constituição Federal define a competência legislativa de cada ente político, conferindo aos municípios, em seu art. 30, competência para: I – legislar sobre assuntos de interesse local; II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

Basicamente, ao município compete a regulamentação sobre uso e ocupação do solo, transporte público e impostos municipais. É possível aprovar leis sobre o comércio e vigilância sanitária, entre outros assuntos de intersses locais, entretanto. Levando-se em consideração que a atuação dos vereadores é restrita, mister se faz que, com cuidado, sejam analisadas as propostas dos candidatos durante a propaganda eleitoral. Muitas vezes as promessas não poderão ser cumpridas por não estarem inseridas na função legislativa que lhes caberá desempenhar. O vereador deve ser um fiscal, um auditor do trabalho do Prefeito. Essa é sua principal atividade, razão pela qual deve ser analisada a capacidade do candidato para o exercício desta tarefa. Importante, nesse ponto, que existam vereadores vinculados a diferentes partidos politicos, o que possibilita a existência de oposição e confronto. Afinal, nas palavras de Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”. “Na disputa presidencial de 1989, o senador Mário Covas prometeu que, se eleito, acabaria ainda em seu mandato com o analfabetismo no país. Leonel Brizola garantiu que, caso vencesse, os salarios aumentariam rapidamente. Promessas que obviamente ficaram só no papel.” (In “Como Não Ser Enganado Nas Eleições – Gilberto Dimenstein). Não há que se negar, contudo, que informações ditorcidas da realidade são capazes de convencer. Ora, até mesmo a imagem de Tiradentes foi passada nos bancos escolares aos alunos, com a intenção de dar-lhe aspecto de Cristo, com cabelos e

barbas longas, quando em verdade à época, os presos eram proibidos de usa-los, sem se falar que Tiradentes era soldado da Polícia Militar, que, em seu regimento, exigia cabelo curto e rosto escanhoado. A explicação: os artistas ávidos por esculpir um mártir capaz de facilitar a mobilização política, deram-lhe o aspecto de Cristo, sacrificado pelos romanos. “A verdade é que também fomos feitos de bobos no banco escolar. Também é verdade que todos os dias continuamos a encenar esse incômodo papel, enganados por outras personagens e idéias com “barba de Tiradentes”” (Gilberto Dimenstein). A questão mais importante para não ser enganado é saber se o que o candidato esta prometendo poderá ser cumprido por ele. No processo eleitoral não há lugar para os ingênuos, sejam candidatos, sejam eleitores. “Os candidatos, hoje, são produtos. Pensem neles como em marca de sabão em pó, traduza seus comerciais e o que aparece nos telejornais, porque também eles respondem às estretégias de imagem. Você estará próximo, afinal, de alguma verdade: a sua” (Nelson de Sá). É preciso superar a cultura política nacional em que o eleitor espera obras e clientelismo, em lugar do exercício legislativo propriamente dito. Até a próxima! Gabriela de Moraes Montagnana Gustavo Antonio de Moraes Montagnana Advogados


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Foi com muita alegria que fotografei o aniversário de um ano do Henrique. O

Na hora dos parabéns uma fila formando um trenzinho puxado pelo Henrique

lindo garotinho é filho do Sr. Everton e Elaine que tive o prazer de fotografar

foi ganhando tamanho conforme ia passando pelos convidados. Depois foram

o casamento deles também.

até a mesa do bolo e todos cantaram com alegria o tradicional “parabéns a

Henrique é um menino de sorriso fácil e se dá com todo mundo. Vai no colo

você”. Foi lindo ver toda a emoção e alegria dos pais e familiares. Enfim, mais

de todo mundo, mas o que ele gosta mesmo é de ficar no chão aprontando a

uma família que vi começar e fico feliz e vê-la crescendo com tanto amor.

“banguncinha” dele. A festa do Henrique aconteceu no Buffet Festivall onde estiveram presentes os avós, tios, parentes e amigos da família. Uma riqueza de cores e detalhes na mesa com vários docinhos personalizados com o rostinho do Henrique. Sem contar que Henrique estava com a roupa igual a do papai. Até os sapatos eram iguais. Um capricho dos pais...


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por por Luiz Humberto Monteiro Pereira/Auto Press

Teoricamente, a hora dos elétricos parece estar chegando ao Brasil. Pelo menos é esta a expectativa de quase todos os estudiosos sobre a situação deste tipo de veículo no Brasil. Durante o 8º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos e Componentes – realizada em São Paulo entre os dias 14 e 16 de agosto, em conjunto com a EcoBusiness, outra feira dedicada à sustentabilidade –, executivos de entidades não governamentais e de fabricantes de veículos discutem o futuro desse mercado. No caso das marcas de automóveis e motocicletas, além de fazer um lobby junto ao Governo Federal para criar legislações e benesses específicas para o segmento, o evento serve para mostrar ao público alguns dos modelos de série que já estão em uso nos mercados centrais, além de outras soluções interessantes para a mobilidade urbana. Foi o caso da joint-venture Renault Nissan, por exemplo. As duas empresas aproveitaram a frota elétrica à venda em grande parte do mundo para trazer ao Brasil carros prontos, sem aquele ar de conceito. Entre eles estão o Nissan Leaf, o primeiro totalmente elétrico a entrar em produção em série no mundo, em 2010, o Fluence Z.E., versão elétrica do sedã médio vendido por aqui, além do curioso Twizy, com suas portas vazadas e um certo “quê” de protótipo. A história é igual com a Mitsubishi, que exibiu o i-MiEV, feito em parceria com a PSA Peugeot Citroën, já à venda na Europa, Japão e América do Norte. Outro destaque foi o Toyota Prius, o híbrido mais vendido do mundo. A marca japonesa já começa divulgar o veículo no Brasil, antecipando a anunciada comercialização do carro por aqui, prevista para o fim do ano. Mas, apesar de estarem reunidos em São Paulo, todos esses veículos ainda estão um tanto distantes do mercado nacional. A ideia por trás do evento paulistano é simplesmente deixá-los mais conhecidos para o público em geral. “O mercado ainda é muito incipiente, mas o futuro é promissor. Atualmente, temos uma situação artificial, por causa dos impostos cobrados sobre esse tipo de veículo. Isso acaba

sendo um desestímulo”, conta Pietro Erber, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos. Até o momento, de acordo com a legislação brasileira, os veículos elétricos caem na classificação “outros”. Não são a gasolina, etanol, flex ou diesel. Isso significa que eles pagam 55% de IPI mais os 35% de imposto de importação, além de taxas estaduais, como ICMS. Não há qualquer incentivo. Nos Estados Unidos, um i-MiEV custa US$ 29.975, mas o governo banca US$ 8.350. Assim, o carro custa US$ 21.625, algo em torno de R$ 44 mil. No Brasil, estima-se que, com as atuais condições, o mesmo modelo seja vendido por cerca de R$ 200 mil. “O carro já é caro lá fora, mas aqui seria proibitivo”, avalia Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da Mitsubishi do Brasil. O cenário ainda é desfavorável, mas a expectativa é que já no próximo ano surjam as primeiras legislações incentivando os elétricos. O projeto dos fabricantes de veículos e outras empresas envolvidas prevê que ocorram três etapas na implantação dos modelos movidos a eletricidade. A primeira é ter um incentivo para trazer os carros de fora. Depois, a importação de peças. E, por último, criar fábricas no Brasil, quando o mercado já estiver desenvolvido. “Uma das ideias é botar uma cota anual de veículos elétricos de 0,05% do total e com imposto zerado nos primeiros três anos de venda. Acho que isso tem chance de acontecer”, revela Antonio Calcagnotto, diretor de relações institucionais da Renault Nissan. No caso das motos e scooters, a situação já parece estar num estágio mais adiantado. A Kasinski, por exemplo, tem até fábrica em Sapucaia, no Rio de Janeiro, feita exclusivamente para a produção de modelos elétricos. A unidade industrial recebeu investimentos de R$ 20 milhões. Atualmente, ela comercializa três modelos – uma scooter, uma cub e uma híbrida. Modelos exibidos no Salão de Veículos Elétricos Fiat Palio Weekend Elétrico – É um projeto antigo da Fiat, feito em parceria com a usina

hidrelétrica de Itaipu. Foi fabricado em 2009 e mostra a evolução dos propulsores elétricos desde então. A perua compacta tem um motor que rende apenas 20 cv e 5,1 kgfm de torque. Com isso, é capaz de atingir os 100 km/h, mas demora 28 segundos. Hoje é usado como um carro de imagem da marca, para mostrar sua capacidade tecnológica. Mitsubishi i-MiEV – O projeto do i-MiEV foi feito em parceria com a PSA Peugeot Citroën e gerou também o Peugeot iOn e o Citroën C-Zero. Ele tem medidas de 3,40 m de comprimento e 2,55 m de distância entre-eixos. O motor de 63 cv e 18,3 kgfm de torque consegue levar o modelo a 130 km/h de velocidade máxima. A autonomia declarada é de 160 km. Atualmente ele é vendido na Ásia, Europa e América do Norte. Nissan Leaf – Talvez seja o elétrico mais famoso de todos. Foi o primeiro a entrar em linha de produção, em 2010, e já atingiu números de vendas que superam as 32 mil unidades em todo o mundo. É movido por um motor que desenvolve 110 cv e 28,5 kgfm de torque e abastecido por um conjunto de 48 módulos de baterias posicionado abaixo dos bancos traseiros. Ele é feito em fábricas do Japão, Estados Unidos e Inglaterra. Renault Fluence Z.E. – É a versão elétrica do sedã médio vendido no Brasil desde 2010. Ele quase não tem alterações visuais em relação ao modelo com motor a combustão. A principal delas é um acréscimo de 13 cm no comprimento para o alojamento das baterias. Elas ficam entre o banco traseiro e o porta-malas. O motor elétrico tem 95 cv e 28,5 kgfm. A lista de itens de conforto é semelhante ao Fluence comum, com direito a ar-condicionado digital e GPS, por exemplo. Renault Twizy – O Twizy é mais uma proposta de mobilidade urbana do que um carro em si. Com jeitão de conceito, ele leva duas pessoas em linha e tem design bem diferente. O teto é de policarbonato transparente, por exemplo. Na Europa existem duas versões. Uma com 5 cv de potência e 45 km/h de velocidade máxima e outra mais forte, com 17 cv, que

atinge os 80 km/h. O preço por lá parte de cerca de R$ 18 mil. Renault Kangoo Z.E. – Além de um sedã tradicional e veículo de fácil mobilidade, a Renault tem em sua linha de elétricos o Kangoo Z.E., configuração “verde” de seu comercial. Ele tem as mesmas dimensões internas e externas do correspondente à combustão, mas pesa cerca de 200 kg a mais por causa do sistema de baterias. Elas alimentam o motor elétrico 60 cv e 23,0 kgfm de torque que levam o utilitário a 130 km/h. Kasinski Prima Electra – É a primeira scooter elétrica fabricada no Brasil. Traz algumas vantagens das scooters, como o tamanho compacto e o câmbio automático, mas acaba sofrendo com a pouca potência. Seu motor tem apenas 2,71 cv e 2,54 kgfm de torque. Dessa forma, a velocidade máxima é de apenas 60 km/h. O preço ajuda a compensar. São R$ 4.190. Kasinski Prima Electra 500 – É uma scooter híbrida. Traz um pequeno motor elétrico de 0,67 cv e pedais no estilo de uma bicicleta para auxiliar em momentos em que é necessário ter mais torque. Ela pesa 65 kg e tem autonomia de 30 km no modo totalmente elétrico e pode atingir 35 km/h. Toyota Prius – É o híbrido mais vendido do mundo. Atualmente já está em sua terceira geração e acumulou mais de 1 milhão de unidades vendidas desde o seu lançamento, em 1997. O Prius é um dos modelos que deve chegar brevemente ao Brasil. A Toyota busca incentivos para abaixar o preço do modelo para cerca de R$ 80 mil – atualmente ele ficaria na casa dos R$ 120 mil. O modelo tem um motor 1.8 de 98 cv que é auxiliado por outro elétrico que adiciona mais 40 cv na mistura. No final são 138 cv e capacidade para rodar apenas no modo elétrico até os 50 km/h. Velle 2000 – A Velle faz parte do Grupo Zongshen, dono também da Kasinski, mas com foco apenas nas bicicletas assistidas por um motor elétrico. Ela tem um pequeno motor de 0,33 cv acionado quando os pedais são ativados. A marca garante que, dependendo da maneira com que o ciclista usa, a autonomia do motor pode alcancar os 80 km. Fotos: Divulgação


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Notícias

automotivas por Augusto Paladino/autopress

Primeira pedra – A Audi convocou um recall no

Antes tarde do que nunca – Pode demorar, mas nada

crossover Q5 para consertar um problema, no míni-

impede que marcas façam recalls em carros já antigos, com

mo, curioso. A marca irá substituir o vidro do teto

mais até dez anos de mercado. A Land Rover convocou

solar panorâmico, que pode se quebrar em temperaturas

proprietários de modelos da primeira e segunda geração

inferiores a -20°C. A marca resolveu chamar 220 unidades

do Discovery, produzidos entre 1995 e 2004, e do Range

vendidas no Brasil para a troca do teto, ainda que a menor

Rover Classic, de 1995, para a substituição do acoplamento

temperatura já registrada no país tenha sido de 17,8 graus

flexível do eixo cardã. Segundo a fabricante, pode haver

negativos, em Urubici, Santa Catarina, em junho de 1996.

desgaste prematuro na peça, o que resultaria num excesso

Aqui, apenas os carros com chassi entre 8R 007151 e 8R

de vibrações e ruídos no conjunto. Em casos extremos, o

066088 são afetados. O problema foi descoberto no começo

cardã pode se soltar do diferencial traseiro, ocasionando

de julho pelo NHTSA, principal órgão de segurança viária

a perda de tração e acidentes.

norte-americano, e afeta ao todo 13.172 Q5 no mundo,

Ao ar livre – Não contente com o sucesso do DS3, a Citroën

fabricados entre junho e dezembro de 2011.

quer aproveitar as boas vendas e lançar a primeira variante

Em grande estilo – A Rolls-Royce resolveu aproveitar

do simpático carrinho. O DS3 conversível está programado

o encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres para

para dar as caras no próximo Salão de Paris, que abre as

apresentar uma novidade. A tradicional fabricante inglesa

portas no fim de setembro. A novidade é que o modelo

mudou pela primeira vez nos 108 anos de existência seu

deve usar a mesma configuração do 2CV, com a capota de

logotipo – até então o consagrado duplo R acima da grade

lona se escondendo no porta-malas, sem que os arcos do

do radiador. Os três Phantom Drophead Coupé usados

teto sejam removidos. A versão se chamará Airflow e terá

na cerimônia ostentavam a nova marca, que traz uma

os mesmos motores usados no DS3 fechado. A solução é

imagem estilizada da mítica “Spirit of Ecstasy”, que segue

mais barata e demanda menos alterações na estrutura do

adornando a ponta do capô.

carro do um conversível tradicional.

Cara nova – A Jaguar está pronta para lançar seu novo

Cai o pano – A Mercedes-Benz até tentou, mas não conse-

esportivo. O F-Type foi confirmado para o próximo Salão de

guiu fazer frente ao sucesso da Rolls-Royce. A marca alemã

Paris, que abre as portas no fim de setembro. O conversível

ressuscitou a Maybach em 2002 para produzir versões de

de tração traseira terá duas opções de motor, um V6 de

alto luxo do Classe S, para brigar com a fabricante inglesa

3.0 litros com 340 cv ou 380 cv e o V8 Supercharged de

controlada pela BMW. As vendas pífias dos modelos 57

5.0 litros, que desenvolve até 510 cv em outros carros da

e 62 fizeram a Mercedes “puxar a tomada” e encerrar a

marca. Os propulsores são acoplados sempre a um câmbio

fabricação. Um acordo com a Aston Martin chegou a ser

automático de oito marchas e terão sistema start/stop

cogitado, mas a ideia não avançou por questões de custo.

para reduzir consumo e emissões de poluentes. O modelo

Para limpar os estoques, os sedãs super luxuosos chegaram

deve colocar a Jaguar de volta no disputado mercado dos

a ter descontos de até US$ 100 mil – mais de R$

conversíveis pequenos, como o Porsche Boxster.

200 mil, em torno de 20% do valor do carro.


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Bebe de tudo por Augusto Paladino/autopress Foto: Divulgação

Desde o seu lançamento no Brasil, um dos principais trunfos do Ford Fusion era a opção de um motor relativamente pequeno para um médio-grande, o que abaixava o preço final do modelo de entrada. Para a segunda geração do veículo, que será mostrada para o público brasileiro no Salão de São Paulo, a Ford deve trazer outra novidade em relação ao motor. A marca norte-americana vai transformar em bicombustível o motor 2.5 litros, que hoje só roda com gasolina, assim como fez na picape Ranger. Dessa forma, a potência deve se manter na casa dos 170 cv.

Ford Fusion


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por Rodrigo Machado/Auto Press

A Ducati passa por um dos momentos mais importantes em seus 86 anos de vida. A marca italiana foi comprada recentemente pela Audi e agora passa a integrar o Grupo Volkswagen, um dos maiores conglomerados do setor. Além disso, mesmo com a retração de grande parte dos mercados europeus, 2012 tem sido um ano positivo para a fabricante, com direito a recordes de vendas puxados principalmente pelos mercados norte-americano e chinês. No Brasil, onde é representada pelo polêmico Grupo Izzo, a história é diferente. As emblemáticas motocicletas da marca não emplacaram e a sua distribuição ainda é falha – há queixas em relação ao pós-vendas. E, no caso da Multistrada 1200, a culpa também está na forte concorrência. Atualmente, apenas BMW R1200 GS e Yamaha XT 1200Z Super Ténéré atuam entre as maxtrail por aqui. Ambas cheias de qualidades e com mais de 30 anos de tradição no segmento. Atualmente com sete concessionárias no Brasil, a Ducati vendeu apenas 110 motos nos primeiros sete meses do ano. A Multistrada 1200 é a segunda mais vendida, com 36 emplacamentos, uma média de pouco mais de 5 mensais. Para se ter ideia, as concorrentes da BMW e Yamaha têm médias de 79 e 36 unidades por mês. E a briga promete ficar mais acirrada até o final do ano. A Honda vai lançar a VFR 1200X Crossrunner em outubro e a Triumph vai voltar ao mercado nacional exatamente com a Tiger 1200. O desempenho fraco de mercado encontra alguma explicação no preço. A Multistrada parte de R$ 63.900, vai a R$ 69.900 com o ABS e ainda pode atingir R$ 83.900 na versão topo de linha, a 1200 S Touring. É bastante acima do que a Yamaha cobra pela Super Ténéré, vendida a R$ 61 mil já completa. Mas basta olhar para a tabela de preços da BMW para perceber que o preço não conta tanto assim no luxuoso segmento de maxtrails. A alemã tem uma configuração básica de R$ 63.900 e pode atingir R$ 91.200 no topo de linha. Em relação à tecnologia, a Ducati até supera as rivais. Começando pelo propulsor. É o mesmo bicilíndrico que estava na Superbike 1198, superesportiva substituída este ano pela Panigale. Chamado de Testastretta 11º – termo italiano para cabeçote estreito – ele tem o tradicional sistema de acionamento desmodrômico das válvulas, que usa varetas ligadas diretamente a elas, o que evita molas e suas possíveis flutuações. Dessa forma, a potência fica em 150 cv a 9.250 rpm e o torque em 12,1 kgfm a 7.500 rotações. As rivais tem potência na casa dos 110 cv. O quadro em treliça, com partes de alumínio e magnésio, é leve – o peso total a seco é de 189 kg, contra cerca de 200 kg das concorrentes – e dá alta rigidez torcional. O garfo dianteiro é feito pela Marzocchi e o traseiro é de braço simples com amortecedor Sachs ajustável. A eletrônica também está presente na Multistrada. Ela tem um sistema que adapta diversos componentes dependendo da situação em que o piloto se encontra. O modo Urban limita o motor a 100 cv e com uma entrega mais suave. O Enduro também tem 100 cv, mas o controle de tração e o ABS são adaptados para situações de pouca aderência. Os motos Sport e Touring liberam os 150 cv do propulsor, mas, como era de se esperar, a entrega é mais “feroz” no primeiro. Tipo de equipamento que

Fotos:Divulgação

dá uma versatilidade essencial para uma maxtrail. Primeiras impressões Lanzarote/Espanha – A primeira volta na nova Ducati Multistrada 1200 foi no modo Urban, previsto para ser usado a maior parte do tempo. Na cidade, a moto move-se com perfeição. O peso de 189 kg é adequado e os ângulos permitem que o condutor dirija com tranquilidade. A suspensão macia absorve bem as imperfeições no asfalto e o controle de tração fica em seu modo mais alerta. O freio ABS é excelente, nunca muito invasivo. Ela até lembra uma maxiscooter em ambiente urbano. Já no modo Touring, a suspensão endurece e o motor passa a oferecer todos os seus 150 cv. Apesar da potência maior, o piloto não se sente desconfortável e a moto está sempre sob controle. As três primeiras marchas podem ser mudadas seguramente aos 2 mil giros. A suspensão, mesmo mais firme, ainda consegue ser confortável. Mas é no modo Sport, no entanto, que a Multistrada mostra seus melhores predicados. A potência continua nos 150 cv, mas as acelerações são bem mais vigorosas. A roda dianteira ameaça sair do chão quando se age com força no acelerador. A contrapartida é o rodar significativamente mais firme – e menos confortável. Mas que consegue deixar a Multistrada bem mais esportiva. A configuração Enduro é a mais controversa, por conta de seu nome. A palavra “enduro” geralmente lembra trilhas enlameadas, subidas íngrimes, entre outros. Mas certamente a Multistrada não tem características específicas para este segmento, muito por causa do seu peso – ainda alto para se fazer um off-road pesado. Ela pode, sim, superar obstáculos difíceis, que outras motos talvez não encarassem. Os pneus Pirelli Scorpion Trail, de uso misto, são projetados para asfalto e terra. A suspensão, pelo menos, fica mais macia e é capaz de se sair bem em alguns percursos off-road. Mas nada muito “hard core”.

Ficha técnica Ducati Multistrada 1200 S Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.198 cm³, dois cilindros em L, quatro válvulas por cilindro, acionamento desmodrômico de válvulas. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 150 cv a 9.250 rpm. Torque máximo: 12,1 kgfm a 7.500 rpm Diâmetro e curso: 106,0 mm X 67,9 mm. Taxa de compressão: 11,5:1 Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com aamortecedor Marzocchi ajustável e curso de 170 mm. Traseira com link progressivo e amortecedor Sachs ajustável. Pneus: 120/70 R17 na frente e 190/55 R17 atrás. Freios: Disco duplo semi-flutuante de 320 mm na frente e disco simples de 245 mm atrás. Oferece ABS. Dimensões: 2,20 metros de comprimento total, 0,94 m de largura, 1,46 m de altura, 1,53 m de distância entre-eixos e 0,85 m de altura do assento. Peso: 189 kg. Tanque do combustível: 20 litros. Produção: Borgo di Panigale, Itália. Preço: R$ 63.900.


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