Braganรงa Paulista
Sexta
21 Setembro 2012
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para pensar
Jornal do Meio 658 Sexta 21 • Setembro • 2012
Expediente
Candidatos “católicos” e “evangélicos” Mons. Giovanni Barrese
Estamos há alguns dias das eleições municipais. Com a proximidade ânimos se acirram. Surgem panfletos que procuram a mútua desqualificação. Alguma produção anônima procura atingir as pessoas em sua honra. O corpo a corpo se vê mais acentuado. Reuniões que vão analisando as pesquisas. Sempre a do adversário não é fiel. Este quadro não é desconhecido por ninguém. De certa forma faz parte de uma herança cultural que ainda tem muito a caminhar para que se fixe nos parâmetros da Política e da Democracia (com P e D maiúsculos). Desejo refletir, neste universo, sobre a utilização dos adjetivos “católico” e evangélico”. O primeiro qualifica os membros da Igreja Católica. O segundo engloba os que, historicamente, é mais correto chamar de “protestantes”. O protestantismo, em razão de seus fundamentos, permite a subdivisão das suas comunidades. Cada pessoa, ao receber a inspiração do Espírito Santo, tem o direito de descobrir na Sagrada Escritura e somente nela, seu
caminho sem estar sob a autoridade de nenhum magistério. A Tradição não tem poder de balizamento na teologia protestante. O catolicismo vê na unidade da interpretação bíblica, sob o Magistério da Igreja (Papa e Bispos) a segurança da unidade. E na Tradição (entendida como vida vivida ao longo do tempo) também uma regra da compreensão da fé e de sua vivência. Faço mais uma observação. O termo “católico” significa “Universal”. Para lembrar que o Evangelho não era limitado a um só povo (como pensaram os primeiros cristãos). Era e é uma proposta de vida aberta a quem quisesse e quiser aceita-lo. “Evangélico” tem sido adotado pelos cristãos não católicos. Mas fica a lembrança que todo cristão deve ser evangélico. Não há cristão que não tenha os Evangelhos como norma de vida. Seria uma contradição! Daqui parto para a razão destas linhas. No debate político, na campanha eleitoral o que significa usar os adjetivos católico e protestante? Podem ser usados, em minha opinião,
de duas formas: uma como meio de desqualificar quem não faz parte da mesma igreja. Outra como meio de gerar confiança: é da “minha igreja” é gente boa! Será que católico e protestante são adjetivos qualificantes em campo político? Deveriam ser. O que se depreenderia? Que ambos, vivendo na diversidade da fé cristã, tivessem por base, apesar das diferenças, os ensinamentos de Jesus Cristo. Que se resumiriam, como o próprio Jesus o fez em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Com essa marca, católicos e evangélicos seriam os melhores candidatos porque estariam expondo ao eleitorado seus princípios e a sua ética. Sendo gente que caminharia sob o olhar de Deus, não haveria dúvida que suas candidaturas e seu desempenho pós- eleição seriam sempre em favor do próximo, do bem comum. Penso que quando alguém se apresenta como cristão, católico ou evangélico, só isso já bastaria para qualificar e dar confiança. Porque o cristão é chamado em primeiro lugar
a “renunciar a si mesmo”, isto é, a não se colocar em primeiro lugar e a não pensar nos seus interesses. Mas colocar a sua vida a serviço como o fez Jesus. Até a doação da própria vida se necessário fosse. O cristão é chamado a “tomar a sua cruz”. Isto significa não fugir das responsabilidades diante da realidade que se opõe aos valores evangélicos. Não ter medo de enfrentar a estrutura do “mundo” - como diz João Evangelista - que não aceitou a Jesus Cristo e o levou à morte. Finalmente o cristão é aquele que “segue” Jesus. O que adere à sua pessoa e à sua palavra. Engaja-se no seu projeto e caminha com ele sem se desviar apesar das cusparadas, do desprezo (como o Servo de Javé nas profecias de Isaías). Não seria uma beleza? Longe de qualquer adjetivação de separação os termos “cristão”, “católico” e “evangélico” definiriam pessoas honradas porque cristãs (sem que se diga que não existam não-cristãos honrados. Eles existem sim e sabemos disso. Mas aqui fala-
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mos dos cristãos). Sendo honrados teriam consciência daquilo que se exige para os encargos para os quais se apresentam. De modo que se a pessoa não tivesse competência, por ser cristão, não se apresentaria. Finalmente, por ser cristão se teria certeza que o eleito trabalharia para a implantação de todos os projetos legislativos e executivos feitos com lisura e aderência às necessidades da cidade. Porque apresentados e encaminhados por cristãos. Nosso drama é que muitos que se declaram cristãos católicos ou evangélicos só o são de IBGE. Sua declaração de fé religiosa é só fachada!
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As conquistas de Daniel Dias são também as de Marcos colaboração SHEL ALMEIDA Fotos: arquivo pessoal
Daniel Dias é o nome do momento no es- da equipe técnica que acompanha Marcos. Em 2006 porte brasileiro. Foi a grande sensação das Marcos encerrou a associação, quase na mesma época Paraolimpíadas em Londres, conquistando em que Daniel começou a treinar com ele na piscina do seis medalhas de ouro e batendo seis recor- Ginásio Municipal de Esportes Dr. Lourenço Quilici. “O des mundiais. Em uma curta carreira de sete anos na Jourdan e a Jacqueline já não estavam mais na equipe. natação, Daniel conquistou 15 medalhas em apenas O Daniel treinava entre os atletas convencionais e se duas edições de jogos paraolímpicos. Além dos ouros destacava entre eles”. Foi quando Marcos decidiu que este ano em Londres, ele voltou de Pequim, em 2008, não enviaria mais atletas prontos para grandes clubes, com quatro ouros, quatro pratas e um bronze. Daniel ele mesmo os treinaria. A decisão foi a grande virada é, indiscutivelmente, o maior medalhista brasileiro, na carreira de Marcos e o início da ascensão de Daniel. nenhum outro atleta tem tantas medalhas quanto ele. Mesmo depois de sete anos de grandes conquistas de Graças à brilhante carreira, recebeu, em 2009, o Prêmio uma parceria de sucesso, o nome de Marcos pouco Laureus do Esporte Mundial. A premiação, que acontece aparece. “Eu sempre dou entrevistas também, mas o desde 2000, escolhe os esportistas que se destacaram foco é sempre o atleta” fala. “O Brasil tem isso, de coao longo da carreira ou do ano em questão. A votação locar o atleta em evidência e explorar pouco o técnico”, é feita por ex-atletas, jornalistas e especialistas da área reflete. É verdade. O próprio Daniel enfatiza em entredo esporte. O Brasil recebeu o vistas e importância da parceria prêmio em seis ocasiões: em 2000, O rigor do treinamento de um com Marcos em suas conquistas com Pelé, em 2001 com o skatista como atleta. Mas poucas pessoas atleta de alto rendimento é o Bob Burnquist, em 2003 com a sabem, de fato, quem é o técnico mesmo, seja ele olímpico ou Seleção Brasileira de Futebol e do atleta Daniel Dias. “Quando o paraolímpico Daniel começou a treinar comigo, com o jogador Ronaldo Nazário, Marcos Rojo Prado em 2009 com Daniel Dias e em foi uma descoberta para ambos”, 2011 com o jogador Raí. Daniel conta. “A primeira coisa que eu está entre os melhores. Além do talento nato, todas as perguntei pro Daniel era qual dificuldade ele tinha”, fala. conquistas de Daniel vieram através de muito esforço “Ele me respondeu: não tenho nenhuma não”, lembra. e treino. E quem descobriu o potencial do atleta e o Experiências preparou para cada prova, cada competição, cada nova etapa foi o técnico Marcos Rojo Prado. Cada conquista Marcos conta que só em 2009, depois que Daniel passou que Daniel alcançou no esporte foi também um con- a receber apoio do Ministério do Esporte. “Até então quista de Marcos. Conversamos com Marcos para saber o apoio que tínhamos era pouco. Já contávamos com quem é a pessoa que batalha lado a lado com Daniel. uma equipe de profissionais auxiliando o Daniel, como nutricionista, fisioterapeuta, entre outros, mas todos trabalhavam pela amizade”, fala. “Hoje é possível contratar Treinamento esses profissionais e também fazer o tipo de treinamento Marcos acha desnecessária a comparação que fazem que quisermos, em qualquer lugar que quisermos”, fala. entre Daniel Dias e outros nadadores. “O que posso Foi assim antes da viagem à Londres. Marcos e Daniel dizer é que são todos atletas de alto rendimento. O passaram 21 dias em Serra Nevada, na Espanha, treinível de treinamento do Daniel, do Cielo ou do Phelps é nando em altitude, o que contribui para o desempenho o mesmo”, enfatiza. “Não tem essa de achar que atleta do atleta. Bem diferente de 2008, em Pequim. “O Daniel paraolímpico é coitadinho, porque o treinamento é foi convocado pelo Comitê Paraolímpico, mas eu não”, pesado como o de atleta olímpico”, fala. “A diferença é conta Marcos. “Acabei indo por conta própria, com a que os olímpicos competem em uma categoria absoluta. ajuda de algumas pessoas”, fala. “Mas quando cheguei Os paraolímpicos são divididos em várias categorias lá descobri que o Daniel só tinha comprado as entradas de acordo com a deficiência”, explica. “O rigor do trei- para as eliminatórias, não tinha conseguido as da final”, namento de um atleta de alto rendimento é o mesmo, diz. “Eu tentei de todo jeito entrar, pedi para as emissoras seja ele olímpico ou paraolímpico”, fala. “Cada vez que de TV me arrumaram um crachá, ma não teve jeito, tive vamos para uma competição muito importante eu me que voltar pro hotel,” fala. “Fiquei sabendo que o Daniel surpreendo com o Daniel”, diz. “Ele é muito focado, tinha ganhado o primeiro ouro porque o pai dele me nunca matou um treino”, conta. “Já vi muitos atletas ligou perguntando onde eu estava. Foi uma gritaria no matarem treino, mas ele nunca”, diz. Marcos começou telefone, de alegria,” lembra. Na competição seguinte, a carreira nos anos 80, em São Paulo. Em 1987 veio Marcos improvisou. “Não tinha entrada nem com os cambistas. Eu assisti a eliminatória, que era ao meio dia. para Bragança, época em que, segundo ele, tudo ainda A final só seria as cinco, no mesmo local. Me escondi no era novidade na cidade, no que diz respeito à natação. banheiro e fiquei esperando dar o horário. Quando aparecia No decorrer de 30 anos de profissão, Marcos treinou alguém eu escondia as pernas”, ri. “Mas não deu certo. jovens nas piscinas de praticamente quase todas as Faltava pouco mais de uma hora pra competição quando academias e clubes da cidade: Albatroz, CRB, Clube de apareceram uns guardas pra me tirar de lá,” se diverte. Campo, Literário, entre outros. No começo, ele treinava Marcos conta tudo com nostalgia. “Minha preocupação os atletas em Bragança e assim que chegavam a um é com esses meninos”, fala, se referindo ao jovens que nível de treinamento mais pesado, os enviava para treinam na piscina do Ginásio de Esportes enquanto clubes em São Paulo. “A molecada é feita em clubes de conversamos. Ele e Daniel continuam os treinamentos interior. Os clubes grandes não criam os atletas, eles na mesma piscina onde se conheceram. Marcos treina, apenas lapidam”, explica. “Eu não me importava em junto com os técnicos Miguel Luis Aparecido dos Sanperder atletas. Formava e levava para clubes grandes, tos e Nilma Magna de Lima Oliveira vários atletas com onde teriam mais chances”, conta. Em 2001 Marcos algum tipo de deficiência. “Na primeira competição que chegou a criar uma associação em Bragança, junto eu participei, só com atletas deficiente, fiquei o tempo com pais de alguns atletas. A equipe tinha cerca de todo emocionado. Hoje só trabalho com eles”. 20 pessoas, entre eles, Jourdan Lutkus, e Jacqueline Huber primeiros atletas com deficiência treinados por Marcos. Em 2004 Jourdan teve grandes chances de classificar para as Paraolimpíadas de Atenas, mas a convocação acabou não acontecendo. No final de 2005, Daniel começou a treinar com Igor Russi, que faz parte
Qualquer pessoa com algum tipo de deficiência, independente da idade, pode se informar sobre os treinos no Ginásio Municipal de Esportes Dr. Lourenço Quilici no local, que fica na Av. Dr. Adriano Marrey Jr. | Tel 4033-6384
Jogos Parapan-americanos Rio 2007
Andrey e Jean treinam com Marcos e dizem que ele é um paizão.
Marcos no complexo aquático da paralimpíadas de Londres 2012
comportamento
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Pilates é isso por IARA BIDERMAN/folhapress
Dor nas costas, barriga, sedentarismo? Seus problemas acabaram: faça pilates. A propaganda do método desenvolvido pelo alemão Joseph Pilates (1883-1967) não é tão explícita assim, mas o pacote de benefícios colou no imaginário popular. O sucesso é explicado por uma feliz combinação de fatores, a começar pelas qualidades da técnica. O pilates tem uma gama enorme de exercícios, adaptáveis a diversas condições físicas e objetivos, que organizam a postura e servem tanto para reabilitação quanto para a conquista de boa forma. As qualidades foram incensadas por bonitos e famosos, atraindo investidores do mercado da malhação. “No início da onda [do pilates], os equipamentos eram muito caros, então as empresas entraram com um marketing pesado para reforçar as vendas. Virou moda e se expandiu numa quantidade absurda”, diz o fisioterapeuta carioca Leonardo Machado. A moda não passou: iniciada há mais de dez anos, a curva de crescimento continua. Segundo Léo Yamada, sócio do Grupo Metalife, que oferece aparelhos, consultoria e cursos de pilates, o negócio cresce 20% ao ano. “Nosso grupo, que abastece até 30% do mercado, está vendendo 5.000 estúdios por ano.” Há cinco anos, o número de vendas girava em torno de 1.500, segundo ele. A demanda também cresceu porque ficou fácil montar estúdio de pilates. “Com uma área pequena e investimento a partir de R$ 35 mil, a pessoa consegue começar seu negócio”, afirma Yamada. Com o crescimento rápido, vieram os efeitos colaterais. “Os estabelecimentos precisam de professores para ‘começar ontem’ e os profissionais têm que estar prontos ‘amanhã’ para trabalhar. Aí surge formação por vídeo, curso de final de semana...”, diz Alice Becker, pioneira na formação de instrutores no Brasil e uma das criadoras da Aliança Brasileira de Pilates. No Brasil, a profissão não é regulamentada, mas há padrões internacionais que servem para checar a qualificação do professor: ele deve ter feito um curso de 400 a 450 horas, incluindo aulas práticas com os aparelhos principais: trapézio, “reformer”, cadeira e barril. Para saber, só perguntando ao professor onde ele se formou e se informando sobre a escola.
Público de risco
A formação deficiente é a primeira sombra no cenário maravilhoso atribuído ao método. “Todo mundo quer fazer achando que é indicado para tudo, sem avaliação, sem profissional habilitado. Esse pilates malfeito vai acabar queimando o filme do bom pilates”, teme a fisioterapeuta Janaína Cintas, que tem especialização no método e em outras técnicas. Por enquanto, o potencial do pilates faz o público apostar em suas vantagens. “O método é tão consistente que até quem não tem boa especialização faz algum sucesso, mantém seus alunos. Mas isso pode causar problemas”, diz Alexandre Ohl, coordenador de pós-graduação em pilates na Unip (Universidade Paulista) e professor da Bodytech de São Paulo. O risco aumenta porque justamente a população com problemas (dor na coluna, osteoporose, sedentária) é a mais atraída pelo método, que tem sido usado e indicado para tratar a saúde. A advogada Luciana Serra Azul Guimarães, 38, estava havia cinco anos parada, com dores lombares. “Estava certa de que o pilates era a opção ideal para mim”, conta.
No primeiro estúdio em que foi, fez uma aula experimental e só não começou a prática por falta de horários. Sorte dela: uma avaliação com fisioterapeuta identificou que o seu problema seria agravado pelos exercícios de pilates. “O método é utilizado para tratamentos de coluna, mas há casos em que pode aumentar a dor e agravar a lesão”, diz o ortopedista Bruno de Biase, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Só depois de tratar seu problema com outras técnicas, Luciana foi liberada para fazer pilates. “A proposta do pilates é interessante, mas começaram a oferecer mais do que podem dar: faça pilates e você não vai ter mais dor nas costas, vai ganhar a flexibilidade de um bailarino e o corpo da Madonna. As coisas não funcionam desse jeito”, diz o fisioterapeuta Leonardo Machado. Foco exagerado no abdome pode ser problema Uma das razões do crescimento do pilates foi atender um público interessado na atividade física, mas pouco afeito ao padrão saradão associado à musculação. Mas a procura também cresceu em outra ponta: pessoas preocupadas em ter um corpo bonito, músculos alongados e barriga chapada. O método tem o que oferecer nessa área. Diferentemente da musculação, que faz o praticante treinar com a coluna fixa e exercitar músculos isolados, o pilates trabalha vários grupos musculares e diferentes formas de articulação da coluna. Um dos conceitos básicos da técnica é fortalecer o centro do corpo e a musculatura abdominal profunda. A ênfase no abdome é considerada um trunfo do pilates, mas também é alvo de questionamentos. “Na cavidade abdominal estão todos os órgãos. Se há um reforço muscular muito intenso nessa região, aumenta a pressão sobre os tecidos que envolvem os órgãos, diminuindo a irrigação sanguínea e a transmissão de estímulos neurais”, diz o fisioterapeuta Leonardo Machado. Com o passar do tempo, essa pressão intra-abdominal excessiva pode causar disfunções endócrinas, gastroenterológicas e cardiovasculares, afirma o fisioterapeuta.
Graça dos médicos
Para quem não tem desequilíbrios ortopédicos ou orgânicos e quer resultados estéticos, o pilates é uma ferramenta com vantagens e desvantagens em relação às demais opções. Pode ser boa conforme os objetivos, mas não dá tudo e o céu também. “Não há técnica soberana. Mas como o pilates caiu nas graças de médicos e é associado a bailarinos, com seus corpos incríveis, muitos acham que faz milagre”, diz a fisioterapeuta Janaína Cintas. Quem precisa ou quer hipertrofiar os músculos, por exemplo, vai se beneficiar menos do pilates do que da musculação, diz o educador físico Alexandre Ohl. Em casos de osteoporose, também há limitações na prática. “Quase 80% dos exercícios tradicionais envolvem curvar a coluna para frente. O movimento pode causar fraturas nos ossos mais porosos”, diz a professora de pilates Alice Becker. A publicitária Débora Bacaltchuk, 33, que pratica há dois anos, é entusiasta do método. Mas ela se diz consciente de que não pode esperar tudo de uma só atividade. Débora treina duas horas todos os dias da semana: dois dedicados ao pilates e três, à musculação e à corrida. “Para ficar com o corpo bonito sem ser bombada, só investindo alto em tempo e dinheiro. Para mim, vale a pena.”
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Tão bom quanto outros, o método dominou o mercado, caiu nas graças dos médicos e ganhou legiões de devotos apesar de suas limitações e da proliferação de instrutores malformados
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Delícias 1001
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Lanches para a tarde Por deborah martin salaroli
Pensando até mesmo para substituir o jantar, essas sugestões para o lanche da tarde vão te ajudar a preparar uma deliciosa reunião rapidinho! Ainda mais com esse calor que anda fazendo...
Empadão de palmito
Queria muito me aventurar numa massa bem podre... daquelas que derretem na boca, sabores por todo lado, forno ligado, perfume pela casa... Mas este empadão surpreende, o recheio escorre quando é cortado, um creme só! Duvida? Faça aí você também! Comece pela massa, misturando 3 ½ xícaras de farinha de trigo, 1 ovo inteiro, 1 clara, 3 colheres (sopa) de manteiga, 4 colheres de banha ou de gordura vegetal e sal a gosto até obter uma massa homogênea. Com as mãos, espalhe um pouco da massa numa forma com fundo removível, cobrindo todo o fundo e as laterais. Reserve o restante de massa para o topo do empadão. Coloque uma porção de massa entre 2 plásticos e abra escorregando as mãos, até alcançar o tamanho da forma. Para o recheio, leve ao fogo, numa panela média, um pouco de óleo, frite 1 cebola ralada e 3 dentes de alho bem picadinhos. Jogue para dentro 3 tomates picados e 1 vidro (500g) de palmito em rodelas grossas. Despreze os pedaços duros. Misture, então, 3 colheres de requeijão cremoso, 2 colheres de farinha de trigo dissolvidos em ½ copo de leite, sal, noz moscada ralada na hora e salsinha picada. Retire do fogo, espere esfriar para rechear o empadão. Distribua todo o recheio dentro da forma forrada com a massa. Cubra a forma com o disco reservado, retirando o plástico somente ao depositar no local correto. Aperte bem os cantos, apertando com um garfo. Pincele 1 gema batida por cima e leve ao forno 180C por 30 minutos ou até dourar. Desenforme e sirva ainda quente.
Lanche com tomete seco e rúcula
Hum, um lanche desses na hora da gula fome. Adoro! Nem dá peso na consciência. Afinal tem tudo que uma nutricionista pede numa refeição rápida.
Fotos: delícias 1001
E nada melhor que começar o ano com algo light... Corte ao meio uma baguete com ou sem gergelim. Passe uma boa camada de ricota temperada com ervas, acomode folhas da rúcula, muçarela de búfala picadas grosseiramente, fatias de mortadela e tomate seco. Só isso e bom demais.
Pãezinhos para o lanche
Essa receita é para os momentos de pressa (ou seria desespero). Numa tigela funda, coloque 40 g fermento biológico (tipo fleishmann) e 4 colheres de açúcar. Misture bem. Adicione ½ copo de água (em temperatura ambiente) e ½ copo de leite morno. Coloque numa tigela e cubra com um plástico filme. Eu costumo colocar dentro do armário ou no micro-ondas, desligado, é claro! Deixe crescer (uns 30 min, ou até estar bem fofinho!)
empadão de palmito
Acrescente depois: 4 ovos ligeiramente batidos 1 xícara de óleo 900g de trigo (aproximado) sal a gosto (opcional) Misture tudo, amasse e deixe crescer de novo até dobrar de volume. (Siga a orientação acima - armário, micro-ondas...). Amasse novamente, faça as bolas e deixa crescer já no formato certo e numa assadeira untada e polvilhada com trigo. Pincele com gema de ovo e leve ao forno quente por 15 min. ou até dourar. Sugestões: *Pode polvilhar com gergelim, orégano, açúcar cristal, semente de papoula ou queijo parmesão. Tudo depende do recheio escolhido. *Se desejar, recheie com goiabada, queijo, catupiry, frango, salsicha, presunto, azeitonas, enfim, o que quiser (e tiver na geladeira). Deborah Deborah martin salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www. Delicias1001.Com.Br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para Delicias1001@uol.com.br
lanche com tomate seco
pão para lanche
Teen
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Último a saber Robert Pattinson, o galã de “Crepúsculo”, não está só: adolescentes enfrentam traição e sofrem com ela
por BRUNO ROMANI /FOLHAPRESS
O namorado de Paula Brazão, 22, contou a ela que sairia com o pessoal do trabalho. Horas depois, o telefone só caía caixa postal. Ela resolveu esperá-lo em sua casa e, às 7h, ele chegou. Pouco depois, Paula achou na carteira do namorado o recibo de um bar emitido naquela madrugada. O resto da história veio à tona quando ela checou o celular. “Mamis, estou com o Ricardo.” A menina com quem ele tinha passado a noite usou o aparelho para dar notícias à mãe. Ricardo e a “outra” começaram a namorar em seguida. Paula, enquanto isso, está em seu quarto namoro. Em todos os anteriores, foi traída. “É difícil se envolver com alguém depois de tudo isso. Meu namorado atual sofre com a minha desconfiança.” Robert Pattinson, o vampiro-ídolo da saga “Crepúsculo”, provavelmente assinaria embaixo do que diz a jovem. No final de julho, o ator -e o mundo- descobriu que seu par no filme e na vida real, Kristen Stewart, pulou a cerca com Rupert Sanders, diretor de “Branca de Neve e o Caçador”, do qual ela é protagonista. O caso dominou as páginas de fofoca lá fora e aqui, onde ele ganhou o apelido de “chifrúsculo”. Na internet, fãs postaram vídeos maldizendo Stewart -um deles, que mostra a britânica Emma Clark aos prantos, foi visto por mais de 2 milhões de pessoas e acabou virando meme. Pattinson não perdoou a traição e saiu da mansão que dividia com a namorada. Liberty Ross, esposa de Sanders e mãe de seus dois filhos, parece estar tocando sua vida independente do casamento. A diferença entre as duas reações pode ter uma explicação. “O maior medo do homem é ser humilhado publicamente. Por outro lado, a mulher, infelizmente, está acostumada a ser traída. Não receia ser humilhada, mas, sim, não ser a única”, acredita a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de “Infiel - Notas de uma Antropóloga”. “Amor líquido” Camila Celestrino, 19, estava namorando havia um ano, com direito a aliança de compromisso e tudo. Quando sua avó morreu e ela teve de viajar para comparecer ao enterro. O namorado aproveitou a deixa e “ficou” com uma amiga.
“Depois de brigarmos muito, acabei perdoando. Ficamos enrolados mais um ano e descobri que ele começou a namorar outra menina enquanto estava comigo. O sacana tinha aliança com as duas!”, lembra. Adultério, óbvio, não é exclusividade do mundo adolescente. Mas, segundo o sexólogo Jairo Bouer, “quanto menor a idade, mais
as relações são fluidas”. “Com a internet, os vínculos ficaram ainda mais frágeis. É fácil encontrar pessoas que nos interessam e começar uma relação. Ao mesmo tempo, a vigilância dos celulares e dos paparazzi ajudam a terminá-las”, diz. Quem acabou de viver uma situação como a de Paula, Pattinson e Camila deve, antes
de tudo, respirar fundo. “Deixe passar um tempo para esfriar a cabeça. Quando estiver pronto, converse com o parceiro em algum lugar público para evitar qualquer tragédia. Se nada adiantar, esqueça o (a) companheiro (a)” aconselha o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, da PUC-SP.
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Seus direitos e dever
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Consciência: que o voto não seja terceirizado. Por gustavo antônio de moraes montagnana/gabriela de moraes montagnana
Pois bem, é chegada a “reta final” da disputa eleitoral. Candidatos correm contra a tempo com o fim de conquistar o maior número possível de eleitores. Afinal, como todo “bom brasileiro”, o eleitor deixa para decider em quem votar na última hora. Este é o momento de maior aflição aos condidatos. As “famosas” pesquisas eleitorais foram feitas aos montes, para desestabilizar aqueles que são mal classificados. Os eleitores “de última hora” são os seus principais destinatários, já que pode convecê-los a votar naquele que a maioria demonstrou o interesse em eleger. Este quadro não é novo, não disperta espanto ou inconformismo. Isso porque o brasileiro é mesmo um povo conformado e que por muito tempo não pode manisfestar a sua vontade, acomodou-se, portanto. Hoje, mesmo em pleno vigor o regime democrático acredita ser mais cômodo tomar a decisão que alguém em quem confie, sendo certo que a mídia para a mioria é consideradao um oráculo, apontam como a melhor. “O cidadão está com baixa autoestima. Mas parece que tudo conspira contra ele. Porque, de certo modo,
terceirizamos nossos direitos e nossa cidadania. Ao invés de reivindicar, ou deixamos como está ou corremos ao Judiciário. Aliás, o Judiciário resolve tudo... até nos livra dos candidatos “fichas sujas” (como somos idiotas, não sabemos escolher). Sua vida está facilitada. Você não corre o risco de votar em um ladrão! Ufa!”, como alerta Lenio Luiz Streck. Apesar de ser possível facilitá-la ainda mais, caso a Justica Eleitoral se valesse de uma advertência de “propaganda engonosa”, cada vez que um candidato prometesse algo que não pudesse cumprir, por exemplo. Ora, encontramos mensagens como esta nos maços de cigarro, que como todos sabem, faz mal à saúde, por que não nas propagandas políticas, não é mesmo? Interessante notar que eleitores agem como se não tivesses qualquer responsabilidade pela escolha que irão fazer, em breve. Agem como se coisa pública, que sera gerida pelo candidato eleito, não lhe pertencesse. Conduta que reflete a corrupção arraigada em nossa cultura pós-colnial até os dias de hoje, caraterizada pela “patromonialismo”, aquele, que enxerga o dinheiro public como propriedade de quem está no “poder”.
Políticos corruptos um dia foram eleitores desisteressados, sem dúvida, Com a proximidade das eleições, as condutas levadas à efeito pelos candidatos devem ser observadas com maior atenção. Muitos se valem de qualquer estratégia, nesse período, para conquistar um voto, fazendo o jogo “do tudo ou nada”. Certamente, este é o candidato que não merece voto, haja vista que não é possível ser cidadão sem pensar nas consequências futuras dos atos praticados. Se ainda não possível refletir e sopesar sobre qual é o melhor candidato para governar a cidade e respretar o povo nos poderes executivo e legislativo, ainda há tempo. Fazer a escolha de forma consciente, afastada do clientelismo, significa respeitar o regime democrático e todas a lutas travadas para que ele fosse conquistador. Ultrapassada a transição da ditadura para a democracia, já é tempo de a borboleta libertar-se do casulo! Até a próxima! Gabriela de moraes montagnana Gustavo antonio de moraes montagnana Advogados
saúde
O homem de 70 vidas Eletricista sobrevive a 70 paradas cardíacas em 12 horas após infarto; caso singular será publicado em revista científica internacional
por ANA TEREZA CLEMENTE /FOLHAPRESS
Por 70 vezes, o coração parou. Por 70 vezes, ele foi reanimado e voltou à vida. Tudo isso num período de 12 horas. Inédito na cardiologia brasileira, o caso do eletricista mineiro Francisco Xagas Silva, 66, intriga médicos e deve ser publicado em breve no periódico “Ressuscitation”, referência mundial na área. Tudo começou com um infarto, no dia 31 de dezembro de 2008. À época, ele fumava dois maços de cigarro por dia. Ao ver o marido com dor no peito, pálido e com diarreia, a mulher, Fidélia, 55, chamou o Samu. Foi a sorte. Na ambulância, ele desmaiou. No pronto-socorro, teve a primeira parada cardíaca. “Eu não me lembro de nada. Apaguei”, conta Silva. Já Fidélia se lembra de tudo. “O médico dizia: ‘Ele tá muito mal, sofreu parada cardíaca. Prepare-se para o pior. Eu ajoelhei no chão e pedi: ‘Doutor, salve meu marido. Não desiste dele, não’.” E o médico, do SUS, não desistiu. A cada parada cardíaca, o reanimava com massagens, choque no peito e altas doses de antiarrítmicos. Foi assim por quase 12 horas. Com o coração estabilizado, ele foi transferido para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, onde recebeu uma ponte de safena e três stents (“mola” para abrir artérias). Na UTI, sofreu embolia pulmonar, insuficiência respiratória e infecção generalizada. Ficou 15 dias em coma. “Os médicos diziam: ‘Ele tá bem ruim. Se sobreviver, deve ficar com sequelas’. Eu só rezava”, lembra Fidélia.
“Quando o telefone de casa tocava, dava um frio na espinha, a gente travava diante do aparelho. Não conseguia atender”, conta a filha Ninótica, 32, enfermeira. Mais uma vez, Silva surpreendeu. Voltou do coma intacto. “Sabia até as senhas do banco”, diz a mulher. Do período em que ficou entre a vida e a morte, ele se lembra apenas da sensação de estar em um navio afundando. “Eu pelejava para sair e não conseguia.” A história das “70 vidas” de Francisco Silva só foi resgatada recentemente, quando a enfermeira Daniela Morais pesquisava casos de paradas cardiorrespiratórias atendidos pelo Samu-BH entre 2008 e 2010 para a sua tese de doutorado na UFMG. Foram 1.165 pacientes --239 encaminhados a hospitais. “A maioria faleceu nas primeiras 24 horas. A história do Francisco é a mais incrível.” O cardiologista Sergio Timerman, médico do Incor (Instituto do Coração) e um dos examinadores da banca de doutorado de Daniela, endossa: “Nunca vi nada igual.” Segundo ele, é comum o paciente sofrer, no máximo, quatro paradas cardíacas após um infarto. “Setenta é, sem dúvida, um caso único.” Sorte Para a família Silva, a explicação para o fato tem uma só palavra: milagre. Já Timerman levanta três hipóteses. A primeira é a boa condição clínica (apesar da diabetes e do tabagismo) do paciente. A segunda é ele ter recebido uma ressuscitação de alta qualidade. “A terceira é a sorte. Sem dúvida, esse é um homem de
sorte”, diz o médico. Silva segue desafiando a sorte. Após o infarto, ele parou com os cigarros, começou a praticar exercícios, mas abusa dos doces, mesmo com a diabetes descompensada. “Ele come doces escondido. Dá um trabalhão”, entrega a mulher. “São só umas balinhas”, desconversa ele. O histórico de sobrevivência desse “highlander” (guerreiro imortal escocês do século 16 do filme de 1986) mineiro é antigo. Aos 17 anos, ele teve uma úlcera supurada. Aos 26, contraiu tuberculose. Em 1999, sofreu uma trombose na perna. Fez uma cirurgia para revascularizar a área, mas teve que amputar o dedão do pé. No local da amputação, surgiu uma ferida que não cicatrizava. Os médicos, de novo, recomendaram a amputação. Silva disse não. “Nasci com a minha perna e vou morrer com ela.” A mulher e a filha assumiram o risco e o levaram para casa. “Ficamos sete meses fazendo curativo, até cicatrizar a ferida”, lembra Ninótica. Em 2004, Silva fez uma cirurgia para retirar três tumores (benignos) na próstata e contraiu uma infecção generalizada. Também se safou. “Rezo muito pouco, mas sou devoto de Nossa Senhora de Fátima. Acho que tem um dedinho dela nisso tudo.” “O médico dizia: ‘Ele tá muito mal, sofreu parada cardíaca. Prepare-se para o pior’. Eu ajoelhei no chão e pedi: ‘Doutor, salve meu marido. Não desiste dele, não’ Fidélia Silva, 55
olho vivo - dicas de segurança
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Cuidados básicos na volta do passeio ! por VALMIR ARISTIDES
A Situação está cada vez mais perigosa para quem retorna de viagem ‘a noite, nos finais de semana, principalmente para quem vem do Litoral e precisa atravessar a Capital Paulista. Já é o terceiro final-de-semana consecutivo que presencio assalto em semáforo. O fato é que adolescentes se unem em bandos e eles escolhem locais estratégicos, como semáforos das ruas e avenidas de maior fluxo de retorno da Baixada Santista, onde é baixa a iluminação pública e os carros são obrigados a parar. OS PONTOS CRITICOS SÃO: AV. JUNTAS PROVISÓRIAS (No semáforo de acesso ‘a favela do Heliópolis); AV.DO ESTADO (No semáforo próximo ‘a Indústria Lorenzetti); FINAL DA AV. SALIM FARAH MALUF (Já no acesso da Ponte para a Marginal Dutra). A audácia destes grupos é tamanha, que eles chegam ao ponto de render o motorista e o obriga a encostar o veículo fora do fluxo do trânsito e passam a depenar absolutamente tudo o que encontram no veículo e pertences dos seus ocupantes. Mediante tal situação, eu e minha família passamos a tomar algumas providências que compartilho com os meus leitores: - Criamos várias bolsas falsas (01 bolsa para cada ocupante do carro), cujo conteúdo é: carteira velha, celular quebrado, relógio quebrado, bijouterias, alguns trocados e todo tipo de bugiganga que a imaginação permitir. Note bem, que é muito importante que o meliante não perceba que se trata de bolsa falsa. Deve-se dar a impressão de que realmente ele levou vantagem. - No caso dos homens, sugiro manter uma carteira de bolso falsa e um celular quebrado na cintura. - Coloque no porta-malas do veículo as bolsas, carteiras, relógios, GPS, DVD, painel frontal do som e tudo aquilo que poderá
chamar a atenção visual dos ladrões. - Quando se aproximar do semáforo, feche totalmente os vidros e trave as portas. Chegue lentamente atrás dos veículos que já estão parados no semáforo e, se possível, guarde uma boa distância para possibilitar uma fuga. - Procure parar o carro o mais próximo lateralmente do outro veículo, a fim de dificultar a aproximação dos ladrões entre veículos. -O uso de insulfilm nos vidros ajuda bastante no sentido de dificultar a visão dos ladrões, em relação ao que tem dentro do carro e quantidade de pessoas. - Percebi também que o ataque se dá com mais facilidade em motoristas que estão distraídos e batendo papo com os ocupantes, enquanto parado no semáforo. - Se com todas estas precauções você for abordado, simplesmente não ofereça resistência, não olhe diretamente para o ladrão e entregue todos os seus pertences, com movimentos lentos e, se possível, avise o ladrão do que você está fazendo (Normalmente eles estão sempre muito nervosos, nem sempre portam armas de fogo, mas podem estar munidos de facas ou canivetes). Além disso, os adolescentes do grupo de ataque nunca estão sozinhos, pois adultos infratores sempre estarão ‘a pequena distância e bem armados. - Sempre que possível, procure retornar do passeio antes do anoitecer. -Nunca deixe aqueles garotos que limpam os vidros nos semáforos, limpar o seu parabrisa, pois aquele líquido pode ser ácido e não água. E quando você ligar o limpador, que é de borracha, o ácido derreterá a borracha e sujará todo o vidro. É nesse momento que você vai parar o carro e ser assaltado. Sai mais barato dar uma gorjeta e não permitir que eles limpem seu párabrisas. Ao trafegar na Rodovia Fernão Dias, principalmente no trecho da V.Galvão, fique atento a qualquer veículo que esteja muito
tempo na traseira do seu veículo, pois tem se tornado comum você levar uma leve batida e a primeira reação é encostar o veículo para discutir os prejuízos. Nesta hora, o caso normalmente não é só de assalto, mas sim de sequestro-relâmpago, onde vão levar o seu carro, além de passear com você em vários caixas automáticos. Ao passar por debaixo de passarelas, observe se existem pessoas paradas no beiral, pois existem vários relatos de pessoas que foram atingidas por pedradas no parabrisa e após parar o veículo alguns metros adiante, foram assaltadas. Procure não trafegar atrás de caminhões, vans ou peruas, os quais você possa perceber que se trata de carga valiosa (eletrônicos, carnes, cigarros e similares), pois estes veículos são alvos de ataque armado nas estradas. É muito difícil falar de passeio e ao mesmo tempo ter que pensar em tantos riscos eminentes que estamos expostos, mas o meu objetivo é levar o máximo de informação de segurança, para que as pessoas não se tornem presas fáceis na mão de pessoas mau-intencionadas. Até a próxima. Valmir Aristides, Consultor de Segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em eletrônica sendo que sempre atuou na área técnica nas empresas IBM – International Business Machines e ITT- International Telegraphs & Telecomunications. Fundador / Presidente da REB -PM Rede de Emergência Bragantina na Policia Militar. Atuou por 2 anos como Diretor do SPC- Serviço de Proteção ao Credito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL)
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Foi com muita alegria que fotografei o casamento desse lindo casal: Sheila e Glauco. Duas pessoas sensacionais e muito divertidas. Sheila é um amor de pessoa e Glauco uma pessoa de amizade fácil. Os dois realizaram um sonho num clima muito romântico rodeados pelos amigos e familiares. A cerimônia religiosa e a recepção aconteceram no Buffet da Casa Buona onde o pessoal não mediram esforços para fazer bonito no Grande Dia da Sheila. A cerimônia foi muito descontraída e todos se emocionaram com a alegria do casal. As alianças foram conduzidas pelas mães num lindo botão de rosas. Um lindo gesto de carinho. Depois da cerimônia
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religiosa demos uma “fugidinha” para tirar algumas fotos pela cidade. Claro que renderam muitas risadas e belíssimas imagens. Depois, de volta à Casa Buona, o casal foi recebido com muitos votos de felicidade para toda a vida. A festa entrou madrugada à dentro com muita música e alegria, tudo com requinte e bom gosto. Mais um dia muito bacana que guardo comigo com muito carinho.
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por Eduardo Rocha/Auto Press
A Kawasaki nunca buscou popularidade, mas sempre quis notoriedade. E a admiração pela marca japonesa começa na fama, muito justificada, de ter produtos com tecnologia e acabamento esmerados. O próprio line-up oferecido no Brasil mostra que as intenções são bem diversas das conterrâneas/rivais Suzuki, Honda e Yamaha. Na linha não há modelos 125 ou 150 cc, que em relação a volume de vendas funcionam como os 1.0 “pelados” para os automóveis. A menor motocicleta comercializada no Brasil é a Ninja 250, com dois cilindros e cheia de tecnologia. O interesse da Kawasaki só fica desperto mesmo a partir das motos médias. E mesmo ali, a marca aposta sempre na distinção de seus produtos pelo grau de sofisticação. Isso ficou bem evidente na nova Ninja 650. A média da Kawasaki recebeu mudanças importantes para a linha 2013. A começar pelo visual, bem mais agressivo e esportivo. Os faróis duplos mantiveram o formato triangular, mas agora têm as bordas entalhadas, como se fossem cravejados na carenagem frontal. Ela cobre praticamente todo o motor e ganhou novos recortes e aberturas laterais – recurso que, segundo a marca, ajuda a retirar o ar quente do entorno do motor. A bolha ganhou a possibilidade de ajuste de altura em três níveis e tem bordas com cortes retos. Os espelhos também seguem este estilo entalhado. De perfil, a nova Ninja também apresenta as linhas mais duras e recortadas. Tanto no tanque, que tem uma parte recoberta em plástico, quanto pelo assento, repartido entre piloto e carona, com duas alturas. Sob o tanque, ficam expostos os tubos duplos que compõem o novo chassi da Ninja. Os engenheiros aproveitaram-se do pequeno tamanho do motor de 72,1 cv, com dois cilindros paralelos, para estreitar o desenho do quadro em cerca de 5 cm. Além de ampliar a centralização de massas, a ideia foi tornar a Ninja mais amigável com quem pilota. Os tubos duplos aparecem novamente na balança traseira – a suspensão traseira manteve o amortecedor único visível na lateral direita. Com o novo chassi, a traseira foi encurtada e acaba rente ao assento do carona, onde está instalada a lanterna traseira com 12 leds. Novamente aí, a preocupação foi com a centralização de massas – o que também justifica a manutenção da descarga bem curta. A placa e o refletor traseiro ficam penduradas em uma pequena extensão instalada sob o assento e que faz as vezes de para-lama traseiro. O painel
de instrumentos é outra novidade. Sai o display único em LCD e entra um conjunto com a parte inferior em LCD, onde está o velocímetro, hodômetro, etc. Na parte superior, um grande e clássico conta-giros domina o visual. Em duas abas laterais aparecem as luzes-espia. A nova Ninja 650 chegou ao mercado com preço bem semelhante aos das rivais japonesas diretas – R$ 27.990 ou R$ 29.990 com ABS – e tem sido bem recebida no mercado. Em agosto, a moto teve o melhor desempenho desde que chegou ao mercado brasileiro. Emplacou 77 unidades contra uma média de 50 unidades mensais. É um número respeitável. Fica um pouco abaixo da média de 100 exemplares por mês obtida pela versão naked ER-6n, que é R$ 2 mil mais barata na versão normal e R$ 1.110 na versão com ABS. Mas supera as também carenadas Suzuki GSX 650 e a Kasisnki Comet GT 650R, que emplacaram 60 e 45 unidades, respectivamente. Honda a Yamaha, com CBR 600F e XJ6-F, apesar de um pouco mais caras, ficam bem fora desta curva. Têm médias de venda em torno de 200 unidades mensais.
Impressões ao pilotar
Antes até de ser montada, a nova Ninja 650 agrada. Mesmo com linhas entalhadas e excesso de detalhes e recortes, que reforçam o aspecto esportivo do modelo, há uma boa distribuição dos “volumes”, com muitas áreas em preto, para não contrariar a tradicional elegância da marca. E apesar de não ser uma esportiva “puro-sangue” – esta função é da linha ZX –, o conjunto vende bem esta ideia. Inclusive pela posição de pilotar, que é levemente forçada. Só que o desenho do tanque dá um bom apoio aos joelhos, que praticamente de encaixam na moto, o que promove uma distribuição do peso do piloto entre antebraços e pernas quase natural. Ou seja: o cansaço demora um pouco mais a chegar. O motor não recebeu maiores atenções da engenharia da Kawasaki nessa segunda geração da Ninja 650. Inclusive porque o propulsor é relativamente novo: foi desenvolvido para a Ninja 650R lançada em 2006. Ele rende razoáveis 72,1 cv de potência a 8 mil giros e 6,5 kgfm de torque a 7 mil rpm. Fica abaixo de todos os rivais diretos: Honda CBR tem 102, Kasisnki GT tem 90, Suzuki GSX tem 85 e Yamaha XJ6 tem 77,5. A contrapartida da Ninja é a dirigibilidade. Ela é muito dócil aos comandos e agradável de pilotar. A entrega de potência quando se torce o punho é feita de forma
homogênea e linear. Nas chamadas mais fundas, o motor responde prontamente e com um certo vigor, mas nada que faça a adrenalina ser despejada no sangue. No ambiente rodoviário, a Ninja induz a uma tocada rápida, mas sem afoitezas nem tentativas de raspar o joelho nas curvas. A carenagem protege bem o piloto, que pode até anestesiar a noção de velocidade. Na cidade, ela se mostra muito fácil de manejar. Tem agilidade para se embrenhar no meio do tráfego pesado e tem uma altura que ajuda a evitar o confronto com os retrovisores da maior parte dos carros. Por outro lado, os espelhos são vítimas do design. Por causa do estiloso desenho, eles se tornam pouco eficientes para monitorar o trânsito. Este detalhe é um fiel retrato da Ninja 650: uma motocicleta com visual de esportiva e alma de street. E que traz algumas das contradições que esta conjunção pode gerar.
Ficha técnica
Motor: A gasolina, quatro tempos, 649 cm³, bicilíndrico, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto. Câmbio: Manual de seis marchas à frente com transmissão por corrente. Potência máxima: 72,1 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 6,5 kgfm a 7 mil rpm. Diâmetro e curso: 83,0 mm X 60,0 mm. Taxa de compressão: 11,3:1. Suspensão: Garfo telescópico com 120 mm de curso. Traseira com monoamortecedor com pré-carga de mola ajustável e curso de 125 mm. Pneus: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás. Freios: Disco duplo de 300 mm com pinça com pistão duplo na frente e disco simples de 220 mm com pinça com pistão simples na traseira. Dimensões: 2,10 metros de comprimento total, 0,76 m de largura, 1,20 m de altura, 1,41 m de distância entre-eixos e 0,79 m de altura do assento. Peso: 204 kg em ordem de marcha. Tanque do combustível: 15,5 litros. Produção: Manaus, Brasil Lançamento mundial: 2012. Preço: R$ 27.990 (R$ 29.990 com ABS). Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias
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veículos
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Nocivo – A Chery será obrigada a convocar um recall por um motivo no mínimo pouco usual. Alguns componentes no motor do utilitário Tiggo e dos Cielo hatch e sedã contém amianto, substância comprovadamente cancerígena. O material foi encontrado nas juntas dos coletores de admissão e escape do utilitário e apenas na de admissão do modelo médio. A marca terá que substituir os itens por outros sem amianto. Apesar da Chery garantir que o uso do material não coloca a saúde dos ocupantes em risco, todas as 12.462 unidades vendidas dos dois carros serão revisadas – além deles, os carros em estoque também terão o componente substituído. Gigante renovado – A Mercedes-Benz irá trazer a nova geração do GL ao Brasil. O maior utilitário da marca alemã ganhou novos motores e visual levemente repaginado, além de muita tecnologia – itens como suspensão a ar e câmaras ao redor do carro para ajudar a estacionar são de série. Por aqui, deverá chegar apenas a versão topo GL 500, com um V8 de 4.7 litros biturbo, 441 cv e “parrudos” 71,4 kgfm. O conjunto é capaz de levar o enorme SUV de zero a 100 km/h em apenas 5,4 segundos e à velocidade máxima de 250 km/h. O câmbio é automático de sete marchas. Antenado – Para fazer sucesso no mercado europeu de automóveis atualmente, uma marca não precisa apenas de bons produtos. Necessita também ter modelos “verdes”. Com isso em mente, a Land Rover anunciou que a nova geração do jipão Range Rover, recém apresentada, vai ter uma configuração híbrida a partir de 2013. A tendência é que o utilitário use o propulsor 3.0 TDV6 que, aliado a um motor elétrico, consiga potência na ordem dos 340 cv. Além do topo de linha, a Land também declarou que tem planos para criar versões
híbridas em toda sua linha. Parto difícil – A Chrysler deu mais um passo no lento processo de lançamento do novo Viper. Agora, o preço do esportivo foi revelado. Ele custará US$ 99.390, cerca de R$ 200 mil. São cifras elevadas, mas não tanto quanto se esperava. Para efeito de comparação, um Camaro ZL1 custa cerca de US$ 15 mil a mais e oferece desempenho significativamente inferior que o oferecido pelo V10 de 8.4 litros e 640 cv. Já o top o Viper GTS – que se diferencia por mais equipamentos de segurança e conveniência – custará US$ 122.390, cerca de R$ 240 mil. Cavalo bravo – A Ferrari estuda lançar uma versão ainda mais forte da 458 Italia. O superesportivo ganhará 50 cv de potência, passando dos 570 cv para 620 cv – mesmo patamar do maior rival, o McLaren MP4-12C, que tem 626 cv. Ainda se sabe pouco sobre o novo carro, apenas que deverá se chamar 458 Monte Carlo e que possivelmente seja apresentado pela primeira vez no próximo GP de Mônaco de Fórmula 1, origem do nome do novo bólido. A estreia oficial deve ficar para o Salão de Genebra, em março de 2013. Correção de rota – Nem mesmo a maior picape à venda no Brasil passa incólume aos recalls. A Chrysler está chamando 2.285 unidades da Ram 2500, fabricadas entre 2005 e 2009, para a inspeção de diversos componentes do sistema de direção. A marca norte-americana detectou que o terminal de direção da roda dianteira esquerda pode se quebrar em certas condições de rodagem, causando perda de controle da picape. Além disso, a marca terá que verificar o torque dos parafusos de fixação da barra estabilizadora dianteira. Quando fora das especificações, pode surgir ruído no conjunto.
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Sucesso garantido por Augusto Paladino/autopress
A Opel não tem do que reclamar com o novo Mokka. O carro ainda nem foi lançado oficialmente e as primeiras 25 mil unidades já foram vendidas. O jipinho teve as encomendas iniciadas em julho e as primeiras unidades serão entregues a partir de setembro, após a apresentação oficial no Salão de Paris. A maior parte dos pedidos veio da Alemanha, Inglaterra e Itália. A lista de motores previstos compreende um 1.6 e um 1.4 turbo a gasolina com 116 cv e 142 cv respectivamente. Há ainda um 1.7 diesel com 130 cv. O Mokka é a versão Opel do utilitário feito sobre a base do Corsa europeu, que também deu origem aos Buick Encore e Chevrolet Traxx – este deverá chegar ao Brasil com cidadania mexicana a partir de 2013.
Foto: Divulgação
Opel Mokka
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por Eduardo Rocha/Auto Press
A Fiat precisava se mexer. O lançamento – e relativo sucesso – de Chevrolet Cobalt e Nissan Versa abriu espaço para o segmento dos chamados sedãs compactos superiores. Com isso, a marca mineira esticou a plataforma da segunda geração do Palio e criou o Grand Siena para se inserir entre os novos sedãs “crescidinhos”. A aposta parece ter dado certo e o modelo já vende cerca de 3.400 unidades mensais. Fica atrás apenas do Cobalt, que emplaca 4.100 carros por mês. O Versa vem mais abaixo, com uma média de 1.800 carros. A estratégia da Fiat é ambiciosa, tanto que o Grand Siena representa 45% da produção da linha – o Siena antigo se manteve em produção na versão EL. A versão mais cara, a Essence com motor 1.6, é responsável por 30% dos emplacamentos. O Grand Siena Essence Dualogic – que corresponde por 15% das vendas da versão topo – é sempre equipado com o motor E.Torq de 1.6 litro e 117 cv a 5.500 rpm com etanol já conhecido do Palio. O torque chega a 16,8 kgfm a altas 4.500 rotações. Apesar dos 4,29 m de comprimento, o sedã é relativamente leve – a versão com câmbio robotizado pesa 1.148 kg. Assim, o conjunto é suficiente para levar o modelo de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e à velocidade máxima de 194 km/h – acima da média do segmento. O câmbio é o automatizado de embreagem simples Dualogic, que ainda não recebeu as atualizações já vistas no Bravo e no Punto. Ao Siena ainda faltam as funções de creeping – que move o carro lentamente ao se soltar o pedal do freio – e Auto-up shift abort, responsável por inibir uma troca de marcha ascendente quando o sistema detecta que o carro precisa de mais força para uma ultrapassagem, por exemplo. O visual, no entanto, é um dos trunfos do sedã da Fiat. As linhas são harmônicas e, ainda que não disfarcem o parentesco, conseguem razoável distinção em relação ao Palio. A frente é diferente, com faróis maiores e repuxados para as laterais, tem um aspecto mais “másculo” que o hatch. Além disso, acentua a impressão verdadeira de que se trata de um carro maior. O Grand Siena tem 9 cm a mais no entre-eixos e 3 cm na largura em relação ao Palio. O perfil é elegante, com uma linha de cintura ascendente, que termina nas linhas altas do porta-malas. Atrás, as lanternas horizontais com luzes de led para os freios formam um arranjo simpático e bem finalizado. Por dentro, ele lembra mais o modelo de origem. O painel é praticamente idêntico – mudam apenas as saídas de ar centrais e laterais. A versão Essence Dualogic é equipada com itens importantes, como ar-condicionado, direção hidráulica e vidros e travas elétricas de série. O câmbio automatizado ainda agrega o controlador de velocidade de cruzeiro à cesta básica. Além disso, rodas de liga-leve de 16 polegadas, airbags frontais e freios ABS completam o conjunto. Entre os opcionais, o Grand Siena é o único a Fotos: Luiza Dantas/Carta Z Notícias
oferecer airbags laterais e teto solar elétrico – este recém incorporado ao catálogo do modelo. Os 2,5 metros de entre-eixos, por sua vez, prometem mais espaço interno, principalmente no banco traseiro – mandatório na categoria. Ele, no entanto, ainda é consideravelmente menor que seus principais concorrentes. Num Chevrolet Cobalt, a medida chega a 2,62 metros. A contrapartida do Fiat é a boa relação custo/ benefício. A versão Essence com câmbio automatizado Dualogic começa em R$ 42.770 – R$ 2.350 a mais que o Essence manual. Ele é mais barato que um Chevrolet Cobalt em configuração semelhante – recentemente, o sedã da marca da gravata ganhou opção de motor 1.8 e câmbio automático convencional de seis marchas por R$ 46.690. Um Nissan Versa SL, com motor 1.6 16V de 111 cv e lista de equipamentos compatível, até é mais barato – sai por R$ 41.290, mas é oferecido apenas com câmbio manual. O preço ajustado acaba compensando a única real deficiência do modelo – não ser tão grande como o nome sugere.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.6 E.Torq de 117 cv com etanol não tem grandes problemas para empurrar o Grand Siena. O sedã pesa relativamente baixos 1.148 kg, o que faz dele um carro até esperto. O ponto fraco, no entanto, é que os 16,8 kgfm de torque só aparecem a 4.500 rpm. Abaixo de 2 mil rotações, não há tanta força disponível, o que torna o modelo um tanto “tímido” em uso urbano. É necessário manter sempre o giro mais alto para que o carro tenha respostas satisfatórias. O câmbio automatizado funciona bem, mas ainda carece de maior rapidez de processamento. O sistema demora a se adaptar ao estilo de condução e nem sempre o modo automático troca as marchas na hora mais adequada. Nota 7. Estabilidade – O Grand Siena se mostrou um carro bem estável. O acerto da suspensão ainda é voltado para o conforto, mas ele já aceita uma condução mais firme sem balançar tanto. A direção tem peso correto em velocidades mais altas e não são necessárias correções na trajetória. Próximo do limite, a frente tende a desgarrar, mas nada que assuste o motorista. O rodar é sólido e o carro não sofre com ventos laterais. Nota 7. Interatividade – Nenhum mistério na utilização diária do modelo. Os principais comandos são bem localizados e de fácil assimilação, como o funcionamento do computador de bordo, operado por um botão na ponta da alavanca do limpador de para-brisa. O aparelho de som tem botões grandes e é de operação simples, facilitada ainda mais pelos comandos no volante. O painel de instrumentos tem iluminação alaranjada, que não cansa à noite. As espátulas de acionamento do câmbio automatizado melhoram a interação do motorista com o sistema, mas o volante merecia ajuste de profundidade e maior amplitude na regulação da altura. Nota 7.
Consumo – O Grand Siena Essence 1.6 Dualogic registrou médias de 8,4 km/l com etanol em ciclo urbano segundo o computador de bordo. A Fiat não divulga números oficiais e o InMetro não fez medições para o modelo. Nota 7. Tecnologia – A plataforma mescla elementos do Uno e do Punto e o carro vem relativamente bem equipado de série. Há sistema de som com comandos no volante e entradas USB e Bluetooth e até airbags laterais como opcional. Bolsas frontais e freios ABS fazem parte do pacote básico. O câmbio Dualogic evoluiu desde as primeiras aplicações – mas a versão mais atualizada, que já equipa Bravo e Punto, é bem mais instigante. Nota 6. Conforto – O aumento de tamanho fez bem ao sedã. Agora, os passageiros do banco de trás têm espaço razoável para pernas, cabeças e ombros, antes um tanto apertados principalmente pela largura limitada da carroceria. Na frente, porém, o problema são os bancos. É difícil achar a melhor posição para dirigir, graças ao ajuste pouco preciso da inclinação do encosto. Além disso, a espuma é demasiadamente macia e cansa em trajetos mais longos. Ao menos, o isolamento acústico deixa de fora boa parte dos barulhos de motor e da rua. Nota 7. Habitabilidade – O modelo traz poucos porta-objetos, apenas um porta-trecos à frente da manopla do câmbio. Ao menos, as portas possuem espaços para colocação de garrafas pequenas. O interior do Grand Siena é um ambiente agradável e o entra-e-sai é facilitado pelo bom ângulo de abertura das portas. O porta-malas leva 520 litros e o formato regular facilita a acomodação de bagagens, ainda que as alças da tampa invadam a área interna. Nota 7. Acabamento – A maior parte das peças tem bons encaixes e nada faz barulho. O problema é o material utilizado, com muito plástico rígido no interior. Há partes mais lisas, que passam a impressão de ausência de requinte, como a tampa do pequeno compartimento no alto do painel. A faixa que imita aço escovado – parte de um pacote de opcionais de estilo – até tenta melhorar o aspecto geral, mas a mistura de sensações não faz bem e a impressão que fica não é das melhores. Pelo menos, tudo parece feito para aguentar os maus-tratos do piso ruim das cidades brasileiras. Nota 6. Design – Certamente é um dos destaques do Grand Siena. Os traços conseguem se destinguir dos do Palio, hatch que deu origem ao modelo. A linha de cintura alta dá até um ar de esportividade e o perfil é bastante elegante. Na frente, os faróis têm tamanho proporcional e formam um conjunto que harmoniza com a traseira, com lanternas horizontalizadas. A traseira alta é tipicamente de sedãs com ascendência italiana. Nota 8. Custo/beneficio – O Grand Siena Essence Dualogic custa R$ 42.770 e até vem bem equipado de série. Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, airbags frontais e freios ABS
fazem parte da lista básica. Um Nissan Versa SL é mais barato, custa R$ 41.290, mas não traz opção de câmbio automático ou automatizado. O recém lançado Chevrolet Cobalt 1.8 LT é mais caro – cerca de R$ 47 mil –, mas traz um câmbio automático tradicional de seis marchas. Nota 7. Total – O Fiat Grand Siena Essence 1.6 16V Dualogic somou 69 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Numa primeira olhada, o Grand Siena já agrada pelo visual harmônico e linhas limpas. A versão topo de linha avaliada, a Essence com câmbio automatizado Dualogic, adiciona inserções cromadas nos frisos laterais e para-choques, que o deixam com um ar um pouco mais sofisticado que as variantes mais simples. É um carro bonito, com proporções bem definidas e silhueta elegante. Por dentro, há espaço suficiente para quatro adultos sem aperto, mas o ambiente transmite uma inequívoca sensação de simplicidade excessiva – já que se trata da versão mais cara do sedã. Os revestimentos são um tanto espartanos e o conjunto tem alguma dificuldade de se colocar de fato “um degrau acima” dos sedãs de entrada. Pelo menos, o conjunto mecânico dá conta de empurrar com decisão o Grand Siena e o torna um carro até interessante. O motor 1.6 de 117 cv com etanol é bem suficiente para um desempenho aceitável, mas precisa girar para entregar mais força. Os 16,8 kgfm estão disponíveis apenas a 4.500 rpm e abaixo de 2 mil rotações o carro fica bastante manso, sem vigor. Quando tocado com mais energia, o sedã tem reações prontas e boa vitalidade, com acelerações consistentes. O senão fica nas retomadas, prejudicadas pela distribuição de torque irregular. Ao menos, o consumo foi relativamente comedido, com médias na casa dos 8,4 km/l de etanol. O câmbio automatizado Dualogic, exclusivo da versão topo de linha, surpreendeu pelas boas respostas. O equipamento funciona bem, com tempo reduzido de reação às solicitações. O modo totalmente automático nem sempre troca as marchas no momento que o motorista espera e custa a “entender” os humores do pé direito, mas responde rapidamente a qualquer comando manual. Pelo menos, em movimento, o câmbio instiga o motorista com uma interessante aceleração automática na hora de reduzir as marchas – a fim de eliminar qualquer tranco nas trocas descendentes. Os “paddle-shifts” no volante ajudam muito na utilização. O Grand Siena também mantém a valentia comum à família Palio. O comportamento dinâmico é bom e o carro aderna pouco nas curvas, ainda que a suspensão continue com um acerto voltado para o conforto. As rodas de 16 polegadas pouco prejudicam o rodar, que ficou mais maduro e assentado. Buracos e ondulações no asfalto são bem filtradas e a rigidez da carroceria passa boa sensação de robustez.
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Para puxar briga por Augusto Paladino/autopress
O Volvo XC60 é um dos best-sellers da marca sueca em todo o mundo, inclusive no Brasil. E também em escala global, foi atingido duramente pela chegada do Land Rover Evoque. E foi para aumentar o apelo do SUV, que a Volvo lançou a versão R-Design do XC60, que chega agora ao Brasil. O principal destaque é o visual esportivo, ampliado com rodas de 20 polegadas exclusivas, para-choques maiores, detalhes de metal polido nos retrovisores e na grade dianteira. Por dentro os bancos têm desenho esportivo e alguns detalhes de alumínio escovado são espalhados pelo painel. Além do desenho, a Volvo garante que o comportamento é mais “nervoso” por causa de ajustes mais rígidos nas molas e amortecedores. O XC60 R-Design custa R$ 172.900 e é equipado com um motor 2.0 turbo de 240 cv.
Foto: Divulgação
Volvo XC60 T5 R-Design
Cereja do bolo por Augusto Paladino/autopress
A Peugeot enfim revelou as primeiras imagens oficiais do 208 GTI. O modelo deverá ser lançado no próximo Salão de Paris, que abre as portas no fim de setembro. O carrinho terá uma árdua missão: reviver o sucesso do lendário 205 GTI. Para tanto, o hatch terá o conhecido motor 1.6 litro THP ajustado para 200 cv, como nas versões mais potentes do Citroën DS3. Além do propulsor mais forte, ele terá bitolas mais largas que o 208 comum e suspensão acertada para melhor resposta nas curvas. A Peugeot ainda trabalhou na redução de peso, que será de 1.160 kg, expressivos 165 kg a menos que o antigo 207 GTI.
Foto: Divulgação
Peugeot 208 Gti
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Maquiagem leve por Augusto Paladino/autopress
–A Renault brasileira pode estar perto de fazer a primeira reestilização no Fluence. A dica foi dada pela Samsung – que fabrica o modelo na Coreia do Sul. Ela fez retoques sutis no visual do SM3 – como o sedã é chamado por lá –, que ganhou uma nova frente, com a grade mais pronunciada, além de para-choque, faróis e lanternas redesenhadas. As rodas também são novas. Por dentro, o quadro de instrumentos é novo e incoporou um velocímetro digital no lugar do antigo analógico. De resto, o carro continua igual. No Brasil, o Fluence deverá receber em breve o motor 2.0 turbo de 180 cv para a versão topo de linha, a ser apresentada no fim de outubro, durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Fôlego novo – Depois de estrear o motor 1.0 TEC junto com a reestilização de Gol e Voyage, a Volkswagen passa a oferecer o propulsor na linha Fox. O hatch “altinho” mudou de motor sem alterações no preço, que começa nos R$ 29.490 para a versão mais simples com duas portas. O propulsor rende os mesmos 76 cv a 5.250 rpm com etanol, mas passou por alterações para ficar mais econômico. Válvulas e pistões ganharam materiais mais leves e de menor atrito, assim, o motor gira mais solto e consome menos. Além disso, o torque de 10,6 kgfm chega um pouco mais cedo graças à reprogramação eletrônica. Segundo a Volkswagen, o conjunto é capaz de empurrar o Fox de zero a 100 km/h em 14,1 segundos e levá-lo à velocidade máxima de 160 km/h. Sem “green card” – O retorno da Alfa Romeo ao mercado norte-americano já se tornou uma novela. Ou “soap opera”. Há um ano, o CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne, avisou que a marca voltaria aos Estados Unidos com a versão de produção do esportivo 4C, um crossover que ficaria pronto em 2013 e o sedã médio Giulia, para o mesmo ano. Entretanto, o executivo tratou de mudar mais uma vez os planos. Alegou que esses modelos ainda estão longe de sua real fabricação e preferiu não dar uma data de quando a Alfa volta aos Estados Unidos.
Foto: Divulgação
Samsung SM3
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