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Braganรงa Paulista

Sexta 11 Janeiro 2013

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jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

Expediente

Revisito um tema.

Reapresento uma provocação Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr.

dESEMBARGADOR mIGUEL ÂNGELO bRANDI JR

Assisti, ontem, uma parte do programa da TV Cultura, Provocações, comandado por Antonio Abujamra, tendo como entrevistado João Pedro Stedile. Num certo momento a afirmação do entrevistado foi esta: desde a década de 90 está havendo uma desarticulação dos movimentos sociais. Disse ele que o protagonismo de entidades e movimentos sociais se desintegra. Já tive oportunidade de escrever sobre esse tema, não faz muito tempo. Referi-me, certa vez, ao descompromisso das pessoas com entidades assistenciais ou filantrópicas. Noto, há anos, a dificuldade que se tem para montar uma chapa de diretoria e de conselhos em ONGs (organizações não governamentais). Não importa o objeto social da entidade. A dificuldade do compromisso de pessoas é grande. Não se tem dificuldade com contribuidores mensais. Mas as entidades não vivem apenas disso. É preciso tocar seu dia a dia, cumprir seus objetivos, programas e projetos. É preciso construir, na prática, o objeto da entidade, a razão dela ter sido fundada e existir. Para estas tarefas, se tem uma dificuldade imensa de encontrar pessoas disponíveis.

Uns alegam não terem tempo. Outros alegam “não ter muito jeito para a coisa”. Outros não querem se comprometer, afinal tem que cuidar de filhos, netos, pai ou mãe idosos etc. Todos tem compromissos pessoais e familiares, em maior ou menor complexidade e extensão. Mas a vida não pode se resumir a isso. E ela não se resume a isso, com raras exceções. Lembremos, sempre, de Carlito Maia (Carlos Maia de Souza, * Lavras (MG), 19 de fevereiro de 1924, + São Paulo, 22 de junho de 2002, publicitário): “tem gente que veio ao mundo a passeio; tem gente que veio a serviço”. Felizes os que se classificam neste último grupo. Amplio um pouco a análise da desarticulação e do descompromisso, visitando os movimentos sociais. Quanto tempo faz que não ouvimos dizer que uma manifestação, uma reunião aberta, uma movimentação de um grupo em defesa de determinado tema ? Deve fazer bastante tempo. Quando ouvimos dizer, é a respeito de uma categoria profissional debatendo ou reivindicando benefícios. Nada muito além disso. Retorno à uma miúda dimensão da questão. Não é raro ouvirmos que

numa assembléia de condomínio, geralmente convocada para cuidar de assuntos de interesses comum dos condôminos, são poucos os que comparecem. Inúmeras vezes não se completa o quórum para deliberação. É uma pequena amostra do desinteresse das pessoas. Podemos encontrar várias razões para esse “desmovimento”. Para essa desarticulação, ou desmobilização. Há quem diga que o próprio Governo Federal, de alguns mandatos para cá, teria propiciado essa desarticulação, objetivando menos pressão social. Há quem opine que essa desmobilização é fruto da democratização do País, tida como iniciada na metade da década de 80, do século que se foi. Outros arriscam dizer que esse comportamento é fruto do individualismo que marca nossos tempos. E assim as opiniões se somam. Não posso me esquecer daqueles que afirmam que a falta de valor republicano, de interesse e compromisso pelas coisas públicas, faz com que se privatize tudo, inclusive o que é público; daí decorre um comportamento descomprometido com as causas (ou coisas) públicas. Fato é que, numa menor (entidades sociais) ou maior (movimentos sociais) escalas, a desmobilização

é um fato. E um fato grave. São muito tímidas as iniciativas e com poucos agentes (protagonistas). Não desconsidero a ponderação de muitos estudiosos: em todos os tempos, aqueles e aquelas que se comprometeram com entidades ou causas públicas sempre foram poucos. É verdade também isso. Mas me parece, então, que esses poucos estão se tornando pouquíssimos e estão quase em extinção. Diversifico um pouco o olhar sobre o tema, e, de novo, passeio sobre a realidade dos agentes públicos, eletivos especialmente. São poucos os afiliados aos partidos políticos, agremiações necessárias na vida pública. Entre os afiliados são poucos os que se atrevem a candidatar-se a um cargo eletivo. O número de candidatos é grande isoladamente visto. Mas em relação ao eleitorado todo, ou ao números de habitantes, é um número reduzido. E quanta gente de bem, com experiências fantásticas na lida das coisas públicas, negam-se a ocupar cargos públicos. Também pelas mais variadas razões. E se esvazia o leque de opções. E muitas vezes a justificativa é conhecida: não quero me envolver. Seja lá qual forem as razões e justificativas para o descompromisso; seja ou não uma realidade que o número dos comprometidos sem-

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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

pre foi reduzido, tenho a sensação que o número dos republicanos e verdadeiramente protagonistas é e está se reduzindo a patamar absurdamente pequeno. Começar pela família? Começar pelas escolas? Começar por algumas instituições corajosas? Começar por campanhas de massa? Contar com grandes provocações e convocações, ou confiar nas pequenas experiências concretizadas em pequenas comunidades? Fazer grande barulho sobre o problemas, ou contentar-se com miúdas iniciativas? Mais uma vez deixo a provocação, lembrando Abujamra. A não ser que as avaliações estejam absolutamente equivocadas, precisamos encontrar alternativas para romper, no macro e no micro cenários, o descompromisso e o imobilismo.


comportamento

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Separação de corpos Por JULIANA CUNHA/folhapress

A bancária Maria Ângela Azevedo, 42, tem um segredo: ela e o marido dormem em quartos diferentes. O hábito começou há cinco anos, quando ele interrompeu um tratamento de apneia (suspensão da respiração durante o sono) pela quarta vez. “O apartamento tem dois quartos. Dizemos que um deles é de visita, mas a verdade é que funciona como quarto do meu marido.” Nem a faxineira que limpa a casa sabe do arranjo. “Contamos para alguns amigos e todos acharam esquisito, então preferimos nos resguardar”, diz Maria. A decisão do casal não é incomum, nem seu constrangimento. “Cerca de 40% dos meus pacientes dormem em camas ou quartos separados. Quase nenhum admite isso para a família”, diz a otorrinolaringologista e médica do sono Ângela Beatriz Lana. Um adulto médio tem entre 20 e 30 microdespertares por noite, momentos em que o sono REM, mais profundo e restaurador, é interrompido e a pessoa volta a uma etapa superficial. Ao trocar de posição na cama ou ranger os dentes a pessoa chega a um estado de semiconsciência. Quase acorda, mas não percebe. Quanto mais microdespertares tiver, mais cansada vai levantar no dia seguinte. “Dividir a cama chega a dobrar a quantidade de microdespertares. É muito romântico, mas um fracasso do ponto de vista da saúde”, diz Maurício Bagnato, médico do laboratório do sono do Hospital Sírio-Libanês. Insônia, ronco, apneia, discordâncias sobre a temperatura do ar-condicionado, horários diferentes para dormir e acordar, presença de TV e aparelhos eletrônicos no quarto são os problemas mais citados pelos casais que resolveram dormir separados. A secretária Lia da Costa e o eletricista João Carlos da Costa dormem em quartos diferentes desde o primeiro mês de casados, há 28 anos. “Pensam que é falta de amor, mas não é. A gente faz tudo que um casal normal faz”, afirma Lia. João, 53 não ronca, mas gosta de fumar e assistir à TV durante a noite. Já Lia, 50, acorda assim que ouve o barulho. “Nas primeiras noites eu ficava esperando ele dormir para desligar a TV. Quando desligava, ele acordava. Agora, até na casinha de praia, que só tem um quarto, ele prefere ficar na sala”, diz. Os filhos do casal acham o hábito estranho. “Eles sempre tiveram um pouco de vergonha disso, de pensarem que os pais não se gostavam.”

Hábito recente Cultivar o próprio espaço também é razão frequente para a separação de corpos. Juntos há 32 anos, os empresários Aurea Teodoro, 47, e Edmur Bastoni, 49, só não dividem a cama. “A decisão foi tão natural que nem lembro

de quem partiu. Somos pessoas independentes. Além disso, trabalhamos juntos. Ficar no mesmo quarto seria uma overdose”, afirma Aurea. Dormir junto é um hábito recente motivado antes por necessidade do que por romantismo, explica Neil Stanley, médico do sono e ex-presidente da Sociedade Britânica do Sono. “Quando a Revolução Industrial apinhou as pessoas em pequenos espaços foi inevitável que os casais passassem a dividir o quarto. Antes, os pobres dormiam todos no mesmo cômodo e os ricos tinham um quarto para cada um”, disse ele à reportagem. “Hoje as pessoas dormem com cachorro, filho, parceiro. Pode anotar: a qualidade do seu sono cai 20% para cada ser vivo que você inclui debaixo do lençol”, diz Stanley. Segundo o pesquisador, se você divide uma cama de casal padrão, dorme com nove centímetros a menos de espaço do que uma criança sozinha num colchão infantil. Luciana Palombini, do Instituto do Sono da Unifesp, acha exagerado incentivar casais a dormirem separados. “A companhia traz prejuízos ao sono, mas pode trazer benefícios emocionais. Dormir junto passa segurança e aconchego, o que é bom para tudo, inclusive para o sono.” “O casal perde momentos preciosos ao dormir separado”, opina Cristiana Pereira, presidente do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “A rotina é tão perversa, cada um tem seu horário. Aquela conversinha gostosa antes de dormir é o contato mais significativo para muitos.” Segundo a terapeuta, compartilhar a cama também aumenta a frequência do sexo.

Pior transa Já a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins discorda: “Relação íntima não depende de dormir junto. Por que o sexo funciona entre os amantes? Porque é agendado. Espontaneidade não funciona nesse assunto. Aquela transa que acontece quando um pé esbarra no outro é a pior de todas”, diz. Uma pesquisa da Universidade de Surrey, na Inglaterra, feita com 40 casais, chegou a resultados interessantes. No estudo, os casais dormiram juntos por dez dias e separados por outros dez. O sono era monitorado por aparelhos e a cada manhã os voluntários eram convidados a classificar sua noite entre “boa”, “razoável” ou “ruim”. No fim da pesquisa, os aparelhos mostraram que as noites solitárias eram 50% melhores, em termos de qualidade de sono, mas os entrevistados diziam exatamente o contrário. “Tudo que envolve o sono é muito individual”, comenta Bagnato. “Do ponto de vista médico nós deveríamos dormir sozinhos. Mas quem são os médicos para escolher como uma pessoa dorme ou deixa de dormir?”, conclui.

Foto: Avener Prado/Folhapress, EQUILIBRIO

João Carlos da Costa, 53 anos e Lia Freire Chefaly, 50 anos, O casal Lia e João Carlos é casado há quase 30 anos e sempre dormiu em quartos separados.


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colaboração SHEL ALMEIDA

Para uma criança nascida no interior do Brasil, buscar os próprios sonhos na agitada São Paulo não é algo incomum e nem fácil. Alguns desistem logo. Outros persistem por certo tempo, mas a vida toma rumo diferente do almejado e o sonho muda ou é adaptado. Poucos conseguem alcançar a meta inicial. Os que conseguem o fazem graças a muita insistência. Muitos artistas hoje celebrados começaram assim e seguiram ouvindo “nãos” sem se abater. Outros ainda não alcançaram o ápice, mas estão a caminho. Para o público que os vê no palco, é difícil imaginar tudo o que um artista passa até alcançar o sucesso, até conseguir viver plenamente da sua arte, do seu talento, do seu dom. Há muita história por trás de todo trabalho, nenhum artista surge da noite para o dia. Assim como muitos amigos que hoje podem colher os frutos do esforço e da persistência, o cantor Naldo Barrettos se aproxima da sua meta. Em conversa com o Jornal do Meio, ele conta sobre o começo da carreira, sobre os anos de anonimato e fala como é para ele hoje se ver bem próximo de tudo o que sempre buscou: viver de música.

Locução

Naldo Barrettos foi criado no campo, no interior Mato Grosso do Sul. Desde muito pequeno se sentia atraído pela música. “Minha mãe conta que com dois anos eu já vivia cantarolando uns sons”. Com 15 anos mudou-se com a família para a cidade de Cajobi, no interior de São Paulo. Acostumado a trabalhar desde menino, tornou-se bóia fria, único trabalho disponível para os rapazes da região. “Era a única alternativa na cidade, naquele tempo. Foi uma época feliz. Quando voltávamos do trabalho vínhamos cantando no caminhão. Cantar era o que nos ajudava a passar o tempo”, lembra. Os amigos de colheita foram os primeiros incentivadores de Naldo fora a família. “Eles achavam que eu cantava bem, que tinha boa voz, que levava jeito pra coisa”. Ficar perto dele durante o trabalho era um privilégio entre os colegas. “Cada um era responsável por colher as laranjas de determinadas fileiras. Todo mundo queria ficar perto das minhas porque queriam me ouvir cantar”, recorda. Certo dia o amigo China veio contar que a banda Zero Hora procurava um novo cantor. No mesmo dia Naldo marcou um ensaio teste. Deu tão certo que do ensaio já saiu com uma agenda de shows. Nessa mesma época Naldo havia começado a carreira paralela de locutor, em uma rádio na cidade. Aos 19 anos resolveu trilhar o próprio caminho e se mudou para Campinas, depois Jundiaí, até chegar em São Paulo. “Fui com a cara, a coragem e um violãozinho”, brinca. Durante esse período Naldo firmou-se como locutor, sendo sempre requisitado para novos trabalhos. Buscando novos desafios, ele propôs ao dono da empresa de locução comercial na qual trabalhava, Di Santana, que também pudesse cantar durante o trabalho, a fim de entreter mais os clientes das lojas enquanto narrava ofertas. “Ele topou e foi um sucesso. As lojas começaram a solicitar ao Di os meus serviços e com isso comecei a fazer o meu diferencial”. Até o dia em que Naldo veio a passeio para Bragança a convite do amigo Junior. E foi aí que a história começou a tomar novo rumo.

Rodeio

Naldo gostou da cidade logo de cara e decidiu que seria aqui que se firmaria. A determinação – e a insistência - fez com que conseguisse um espaço como locutor na Festa do Peão. “Fiquei quatro dias atrás do presidente da Festa pedindo uma chance, até que o venci pelo cansaço”, ri. Até conseguir a oportunidade que esperava, Naldo passou por humilhação e descaso. “Muitas pessoas não dão chance, te

enrolam, é desgastante, mas nunca desisti”. Naldo foi tão bem na primeira apresentação como locutor de rodeio na Festa do Peão de Bragança Paulista, que foi chamado para dar seqüência ao trabalhos nas noites seguintes e, consequentemente, nas festas posteriores. Isso foi em 2004 e hoje ele é o locutor oficial da festa. “Fazer locução para rodeio é uma vitrine enorme. Você fica conhecido do público e dos artistas”, analisa. Mesmo com o trabalho de locutor em alta, Naldo nunca deixou de cantar. “Eu fazia Bailão com o Fernando e Sorocaba, com Victor e Léo, com Edson e Hudson”, lembra. “Voltei para Cajobi para cantar no aniversário de 101 anos da cidade. Foi muito emocionante, foi ali que comecei. Todos os meus amigos da época de bóia fria foram ao show e pudemos nos reencontrar. Eles ficaram muito felizes em ver que eu estava alcançando meu objetivo”, recorda. Paralelo às locuções e aos shows, Naldo começou a apresentar o programa Circuito Country, o qual se tornou sua marca. Durante uma entrevista com Victor e Léo para o programa ficou sabendo que procuravam alguém para cantar o Hino Nacional na Festa de Peão de Jaguariúna. Naldo prontamente se ofereceu. Com a indicação do amigo Léo e um teste via telefone, ele foi contratado. “Fiz a abertura oficial da Festa de Jaguariúna em 2011 cantando o Hino Nacional. No dia seguinte fui chamado para cantar Romaria e acabei sendo convidado para a semana seguinte da festa também. Fui tido como a revelação da festa naquele ano”, conta, orgulhoso. “Eu fui me apresentar com medo, mas com segurança e responsabilidade. Era a chance que sempre esperei, não poderia desperdiçar. Quem acredita é porque sabe que é capaz, é só dar o tempo certo para as coisas aconteceram”, avalia. “Eu sempre acreditei. Essa foi minha determinação”. Em 2012 Naldo lançou o primeiro CD. Algumas músicas já tocam na rádio e Naldo começa a despontar para o grande público. “A primeira vez que ouvi uma música minha na rádio não acreditei”, emociona-se. “Encontrei pessoas certas no meu caminho, que me ajudaram muito, que foram me dando oportunidades. Nunca vi barreiras. As dificuldades acontecem pra mostrar se é isso que você quer mesmo, se realmente acredita”, reflete. Para Naldo o grande momento de sua carreia até agora foi chamado para cantar com Fernando e Sorocaba no encerramento da última Festa do Peão em Bragança Paulista. “Eles são os meus padrinhos no meio, sempre me incentivando, falando de mim, citando meu CD”, conta. “Nos conhecemos antes deles estourarem. O Sorocaba estava montando o palco e eu fui ajudá-lo a mover algumas caixas”, recorda. Apesar de todo o envolvimento com os rodeios, Naldo não se prende apenas ao estilo sertanejo. Seu disco e seus shows têm influência de alguns artistas da MPB, como Zé Ramalho, Renato Teixeira, Almir Sater e Fagner. “Gosto de ter esse diferencial, sempre cantei de tudo”, diz. “O que conquistei foi de forma honesta. Hoje estou maduro para saber desfrutar o momento”, conclui.

Para conhecer o trabalho de Naldo Barrettos acesse www.naldobarrettos.com.br Todas as música do CD estão disponíveis para download. O cantor apresenta hoje sexta-feira, 11/01, o show “ Naldo Barretttos In Concert”, no Restaurante Pappagallo, em Atibaia. O show acontece a partir das 22h30 e tem como convidado especial o músico Rafael Schimidt. Contatos para shows no email naldobarrettos@ yahoo.com.br ou no número Nextel 122*89231

Vim pra São Paulo com a cara, a coragem e um violãozinho

Naldo já cantou em Bailão ao lado de duplas, como Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson e Victor e Léo, ainda desconhecidos. A amizade permanece até hoje

Naldo começou a ficar conhecido pela locução em rodeios e pelo programa Circuito Country


Delícias 1001

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Delícias refrescantes Por deborah martin salaroli

O calor chegou com tudo e as temperaturas mais altas nos forçam consumir alimentos refrescantes que, além de nos sustentar, colaboram na hidratação de nosso corpo e no equilíbrio de nutrientes que necessitamos nesses dias mais quentes. Para isso, o ideal é comer alimentos leves como frutas, verduras e legumes frescos que nos ajudam a amenizar a sensação de forte calor. E não podemos nos esquecer também da água, a maior fonte de hidratação para o corpo humano. Descubra hoje receitas que ajudarão você a hidratar o corpo no verão.

Salada de folhas e frutas

Neste verão, nada melhor que uma salada refrescante... Esta aqui é especial, pois mistura o adocicado das frutas com a acidez das verduras. O molho arremata tudo, dando um equilíbrio ao prato. Arrume numa travessa grande, em camadas: folhas de agrião e de rúcula 1 pêra verde (fatiar sem o caroço e colocar de molho em água e 1 colher de vinagre branco) 1 maçã verde (fatiar sem o caroço e colocar de molho em água e 1 colher de vinagre branco) 2 kiwis em rodelas 10 unidades de uva itália verde sem o caroço ½ manga em fatias Por cima de tudo, esfarele 1 chancliche com zaatar (verde) O molho que acompanha esta salada é preparado com 250g de maionese, 6 colheres de leite, 3 colheres de vinagre branco e 1 dente de alho. Bata tudo no liquidificador. Só isso! Devo explicar: o que é “chancliche”? É um tipo de queijo árabe, feito com leite de vaca ou ovelha, original da Síria e do Líbano. É vendido normalmente em formato de bola, encoberto por seu sabor, neste caso, com “zaatar” (tempero árabe preparado com tomilho e outras ervas).

Salada bifum

Esta salada é super leve, refrescante, livre de glúten: ‘tudibão’! Aqui em casa adoramos cozinha oriental, então essa ‘salada de bifum’ é sempre um sucesso...

Simples demais. Parece difícil, mas é só seguir as etapas. Mas, você não conhece o macarrão ‘bifum’? O BIFUM é um macarrão de origem chinesa e muito utilizado na culinária oriental. É um alimento natural, produzido com arroz. Não contém glúten, seu processo de produção é artesanal e não utiliza nenhum tipo de produto químico ou conservantes. Rico em vitamina E e B, é leve saudável e muito saboroso. Para a receita, faço assim: Lavo e fatio fininho em tirinhas 1 pepino japonês e polvilho com uma pitada de sal para extrair sua água. Numa tigela, misturo (tudo cortadinho em tiras): 1 cenoura pré cozida 2 fatias de queijo prato 2 fatias de presunto cozido sem gordura 2 ovos (fazer omelete bem fino, enrolar e cortar) 1 talo de salsão (opcional) kanikama (opcional) Tempero tudo com ½ colher de gengibre ralado, 5 colheres de óleo de milho, sal, salsinha, pimenta do reino e 1 colher de vinagre branco. Pego 200g de macarrão bifum, hidrato em água fervente por 1 minuto (fogo desligado) e escorro para esfriar. Misturo tudo na tigela dos ingredientes temperados. Polvilho gergelim torrado e conservo na geladeira até a hora de servir. A.do.ro!!!

Torta de limão rápida

Quando quero saborear um doce, mesmo que fora de hora ou em momento em que não deveria, corro para uma receita rápida e deliciosa como esta. Neste caso, nem fruta serve para me salvar. Então, capricho na sobremesa. Esta torta é refrescante e cai super bem com esse calor. Aproveitei que eu já tinha todos os ingredientes e fui com minhas mãos à obra! Para a massa, misturei até desgrudar das mãos: *2 colheres de açúcar

*2 colheres de água *2 colheres de amido de milho *2 colheres de margarina *2 gemas *1 colher (sobremesa) de fermento químico (tipo Royal) *1 ½ xícaras de farinha de trigo Forrei uma forma com fundo removível, abrindo a massa com as pontas dos dedos. Levei ao forno pra pré-assar por 10 minutos (180ºC) Enquanto isso, misturei numa tigela 1 lata de leite condensado e o suco de 2 limões e 1 laranja coados. Separei. Bati as 2 claras em neve com 6 colheres de açúcar. Para montar, coloquei o recheio sobre a massa pré-assada e o suspiro por cima. Retornei tudo ao forno até ficar bem douradinho. Retirei do forno, esperei esfriar e guardei na geladeira, esperando ansiosamente pelo momento derradeiro! Hummmmm! Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001. com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br Queridos amigos Tenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia criativa, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável. Para organizar um evento com comidinhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003). Fotos: Delícias 1001

bifum

salada de rúcula e pera

torta de limão


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teen

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Deu branco

Cabelos platinados viram modinha entre adolescentes, mas o custo de tanta química é alto para os fios por CHICO FELITTI/folhapress

A estudante catarinense Andressa Damiani tem 20 anos e já exibe uma cabeleira completamente branca. Mas não é de preocupação. “Fui eu que escolhi a cor”, diz. “E deu muito trabalho para ficar assim.” A Andressa se junta um time de celebridades que anteciparam a velhice capilar neste ano: as cantoras Lady Gaga, Pink, Kelly Osbourne, a modelo Kate Moss, o cantor Adam Lambert e Tom Felton, o Draco Malfoy da franquia “Harry Potter” no cinema. Em 2012, a procura pelo tom disparou, disseram dez cabeleireiros e coloristas à reportagem. Salões como o Retrô, na rua Augusta, têm profissionais especializados em loiro-platinado, outro nome para branco. A alvejada de Andressa, que era ruiva, durou um ano. E foi tom por tom. Primeiro, ela descoloriu os cabelos para um tom alaranjado. Passou, então, para o amarelo-ovo e ficou loira, numa cor “parecida com a do Supla”. Quatro ardidas descolorações depois, os fios da moça

estavam brancos como a neve. É que o processo, na realidade, é de despintar o cabelo por completo, explica o colorista Michael Anderson. “É forçar tudo o que tem dentro do seu cabelo para fora, sugar tudo de pigmento e deixar ele bonito, mas sem vida”. Que o diga o paulistano Rodolfo Ducris, 17. Ele tentou ficar platinado em casa, por conta própria. “Passei ‘blondor’ [descolorante a base de água oxigenada] no meu cabelo, que estava com uns quatro dedos de comprimento e desfiado, deixei por 40 minutos e lavei no chuveiro.” Mechas foram pelo ralo junto com o produto. “Raspei e disse para todo mundo que era para adiantar o resultado do vestibular.” Cabelo ou cachorro? A DJ paulistana Rafaela Casa Grande, 26, aderiu à moda contra a vontade do seu cabeleireiro. “Como é um tratamento agressivo, ele nem queria fazer. Mas eu o convenci”. Quatro meses depois, não tem um fio de

arrependimento. “Estou a-do-ran-do, por mais que seja tipo cuidar de um filho”, diz ela. Entre os novos cuidados, ela passou a usar dois xampus, um para tirar o amarelado e puxar para o platinado, e o outro para tratamento extremo. Mais uma proteína que aplica direto no cabelo diariamente. E mais uma máscara que deixa agir por dez minutos a cada lavagem, dia sim, dia não. “Não pode lavar todo dia porque fica bem seco.” O custo, calcula Júnior Alves, cabeleireiro do Studio Lorena, em SP, “chega perto ao de criar um cachorro”. “Na real, você vai gastar uns R$ 500 por mês com a manutenção. Mais descolorir e hidratar no salão, que deve custar uns R$ 1.000”, ele alerta. Além de caro, o processo não é para todos os escalpos. “É preciso testar em uma mecha antes de fazer a cabeça toda”, ensina o colorista Michael Anderson. Se os fios não sobreviverem ao teste, desista. “Se a cliente disser que fez chapinha

definitiva, mesmo há seis anos, eu não pinto de branco”, diz Alves. Davi Sabbag, vocalista da Banda Uó, acabou de pedir bandeira branca para a cor. “Estou dando um descanso para os meus cabelos”, diz ele, 23 anos de idade e 11 de tintura. “Via muita gente igual à minha volta”, diz ele, que se sentiu carne de vaca. “É chato quando todo o mundo faz. Talvez eu volte quando não for mais moda.” Respeite os seus cabelos brancos Dicas para alcançar o prateado perfeito 1 Teste a descoloração em uma mecha antes de fazer na cabeça toda para prever se seu cabelo cai ou suporta a química 2 Lave dia sim, dia não e use máscara capilar em vez de condicionador 3 Use um xampu especial para cabelos brancos, que retira o chumbo responsável pela cor amarelada, ou seu cabelo corre o risco de ficar igual ao do Supla 4 Nunca, mas nunca, alise o cabelo descolorido: isso pode danificá-lo profundamente


informática & tecnologia

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Amor socializado App para Facebook lê mapa astral e dá dicas amorosas

Por YURI GONZAGA/folhapress

Usuários do Facebook devem ter acesso, a uma ferramenta que poderá ajudá-los a encontrar sua cara-metade -pelo menos segundo os astros. O aplicativo AstroAfim, que está em fase de testes e roda dentro da rede social, compara o mapa astral (definido pelo local e pelo momento de nascimento) de seus usuários para decidir se são compatíveis entre si para amizade, amor, negócios ou sexo. “Misturamos Facebook com um método de escolha de parceiros que vem sendo testado há mais de 3.000 anos”, brinca o idealizador do serviço, Gustavo Steinberg. O AstroAfim exibe uma lista de pessoas

conhecidas e desconhecidas, em ordem decrescente de compatibilidade astrológica com o usuário e apresentada em taxas percentuais para cada tipo de relacionamento. Dos desconhecidos, são visíveis apenas uma pequena foto, a idade e a compatibilidade. Para revelar o nome e os dados de contato inseridos no Facebook de um deles, deve-se pagar R$ 1. Também há planos de assinatura trimestral e semestral, que custam R$ 29 e R$ 49, respectivamente, e permitem ver, de forma ilimitada, os dados disponíveis de desconhecidos. Não é preciso pagar para verificar a compatibilidade astrológica com quem já é amigo no Facebook.

Sinastria digital Steinberg diz que, apesar de sempre ter tido curiosidade pelo assunto, nunca estudou astrologia. Ele diz ter levado dois anos para desenvolver o aplicativo, que teve consultoria da horoscopista da Folha, Barbara Abramo. “O conceito da sinastria [compatibilidade segundo a posição dos astros], usado no app, não é impositivo, que dê uma resposta única. Ele dá uma visão geral sobre quais dificuldades ou facilidades que um eventual relacionamento deve ter”, diz Abramo. Em um rápido teste, é possível encontrar pessoas com compatibilidade que varia de 5% a 100%. O app oferece também a opção

de visualizar seu mapa sem compará-lo ao de outro usuário e permite que você selecione quais tipos de relacionamento terão a compatibilidade calculada. Poucas perguntas Para Steinberg, o Astro-Afim difere de serviços de relacionamento tradicionais pela simplicidade. “Outros sites chegam a fazer 200 perguntas sobre sua personalidade. Nós perguntamos quando e onde você nasceu.” O aplicativo começará a ser divulgado e será aberto ao público, “no máximo”, até o dia 5 de janeiro (por enquanto é preciso ser convidado por um dos 250 usuários atuais).


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Caderno

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Foi com muita alegria que fotografei o casamento desse lindo casal:

e emocionante oratória que encantou todos os convidados.O cantor Davi

Daniel e Raquel.

Passamani também marcou presença cantando e encantando todos os

Daniel é o nosso querido campeão das piscinas do mundo inteiro e quem

presentes. E por falar em cantar, Raquel fez uma surpresa para Daniel:

conquistou o pódio do coração dele foi Raquel, aliás, um doce de pessoa.

ela cantou uma linda canção para Daniel de forma impecável. Todos fi-

Quando os conheci tive a imediata impressão que realmente um foi feito

caram paralisados com tamanha emoção. No final da cerimônia o casal

para o outro. Outra coisa que me marcou profundamente foi a dedicação

entrou numa linda e enorme limusine branca e fomos dar uma volta pela

das famílias para a realização deste Grande Dia. Lindo de ver!

cidade para fazer algumas fotos. Na sequencia fomos até o salão de festas

O making of da Raquel aconteceu no salão da Cleusa Cabelo e Arte onde

da Fazenda Bela Manhã onde o casal ofereceu uma linda recepção para

estava acompanhada por toda família. Sr. Levi, pai da Raquel , estava

os convidados. Foram ovacionados quando entraram na festa. Foi uma

radiante. Conversamos muito e fiquei impressionado com a admiração

linda festa com muita alegria e descontração. Os dois aproveitaram até

que ele tem pelo Daniel e sua família. E, diga se de passagem, Raquel

o último momento. Mais um dia muito especial que guardo com muito

ficou linda de noiva. Enquanto isso Daniel também se preparava para o

carinho no meu coração.

casamento na casa dele acompanhado pelos pais. O que não faltou foi paparicos para o noivo. A cerimônia religiosa foi presidida pelo Pastor Hernandes, o mesmo Pastor que fez o casamento dos pais de Raquel. O Pastor fez uma linda


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veículos

Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

por Rodrigo Machado/Auto Press

O apelo da versão Tetrafuel do Fiat Siena sempre foi de possibilitar mais economia para o motorista. A introdução do kit GNV proporciona não apenas menos dinheiro gasto na hora de abastecer, mas também a confiabilidade de ter a instalação do equipamento feita na própria fábrica. Foi com essas premissas que a configuração foi bem-sucedida desde o seu lançamento, em 2006. Quando a nova geração do sedã chegou, em março deste ano, a proposta mudou ligeiramente. O sistema multicombustível abandonou a carroceria antiga do compacto e foi incorporado ao Grand Siena. A versão Tetrafuel oferece uma versatilidade única para o Grand Siena, mas a proposta mais econômica do modelo entra em choque com o novo sedã, que é maior, melhor acabado, mais refinado e, consequentemente, mais caro. Tanto que, com a mudança de geração, a versão Tetrafuel perdeu muito em participação. Quando equipava o Siena mais simples, o share dentro da linha era por volta de 30%. Hoje, representa menos de 5% da soma das vendas de Siena EL, de arquitetura antiga, e Grand Siena – ou 10% de todos os Grand Siena comercializados. Apesar da pequena ajuda, até novembro, o sedã da Fiat acumulou mais de 91 mil unidades comercializadas, com uma média de 8.300 carros mensais. Logo atrás aparece o Chevrolet Classic, vendido apenas em configurações de entrada, e o Volkswagen Voyage. Como o próprio nome denuncia, o diferencial do Tetrafuel está na versatilidade de combustíveis que o motor 1.4 Fire Evo aceita. Além dos tradicionais etanol e gasolina brasileira, ele pode ser abastecido com gasolina pura – sem adição de etanol, vendida na Argentina, por exemplo – e o GNV. Para este último foram feitas algumas adaptações importantes. Além da introdução dos cilindros de 6,5 m³ cada, o sedã ganhou uma suspensão traseira com molas mais rígidas e barra estabilizadora. O funcionamento do sistema GNV da Fiat é diferente do de veículos adaptados a rodar com gás natural. O motorista pode escolher usar apenas GNV, apenas combustível líquido ou então deixar a escolha a cargo da central eletrônica. Ela é capaz de variar a alimentação de combustível de acordo com a necessidade,

independentemente da ação do motorista. Em velocidades baixas ou acelerações suaves, situações de baixa necessidade de potência, o gás é usado. No caso de se exigir mais força do motor, a gasolina ou o etanol são utilizados. No geral, o motor 1.4 Fire Evo desenvolve 85 cv com gasolina, 88 cv com etanol e 75 cv com GNV, todos no regime de 5.750 rpm. O torque é de 12,4, 12,5 e 10,7 kgfm, respectivamente. De série, o Tetrafuel é o Grand Siena mais caro à venda. Com preço de R$ 44.830, ele fica acima até do Essence Dualogic. Ao menos, traz lista de equipamentos completa. Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricas, airbag duplo e ABS são itens de fábrica. Entre os opcionais mais importantes estão o rádio/CD/MP3/ USB/Bluetooth, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento a até um vistoso teto solar. Com eles, a conta sobe para mais de R$ 50 mil. Valor salgado para um tipo de consumidor que abre mão de potência e torque para economizar no combustível.

Ponto a ponto

Desempenho – Se o motor 1.4 já sofre um pouco para mover um Grand Siena “tradicional”, com o peso extra do cilindro de GNV, então, o desempenho fica ainda mais tímido. Com gasolina ou etanol, é preciso alguma paciência nas ultrapassagens. Mas nada fora do comum. O zero a 100 km/h é feito em 13 segundos. Com GNV, a marca sobe para mais de 15 segundos e o comportamento se assemelha ao de um hatch 1.0. Ao menos, o motor 1.4 8V “não reclama” ao rodar em altos giros, onde oferece um desempenho um pouco mais aceitável. Nota 5. Estabilidade – É uma das boas evoluções do Grand Siena em relação à geração anterior. O carro é notavelmente mais estável e responde melhor à mudanças de direção. Mesmo com um acerto de suspensão voltado ao conforto, não há rolagem lateral excessiva nas curvas. O peso extra do cilindro faz pouca diferença em termos dinâmicos. Nota 7. Interatividade – O Grand Siena é um carro simples de usar. Os comandos estão todos à mão e são intuitivos. O câmbio continua com engates pouco precisos. O funcionamento do sistema Tetrafuel também é simples e pode independer da ação do motorista, o

que é muito vantajoso. Nota 7. Consumo – O InMetro ainda não testou o Grand Siena Tetrafuel. O resultado do computador de bordo, no entanto, foi animador. Com gasolina no tanque, o sedã fez média de 10,6 km/l em um trajeto misto. O sistema não mede o consumo do GNV, mas o seu uso aumenta a autonomia em cerca de 120 km, dependendo da utilização. Nota 9. Conforto – Espaço não falta no interior do sedã da Fiat. Dá para levar cinco ocupantes sem grandes sacrifícios. Os bancos apoiam bem o corpo e há uma sensação geral de conforto. A suspensão mais macia contribui para isso ao absorver com competência a buraqueira. Nota 8. Tecnologia – O Grand Siena é um carro recente, que recebe uma plataforma moderna, que tem elementos da usada no Uno e no novo Palio. O motor é antigo, ainda da família Fire. Ele não trabalha com folga para puxar os 1.207 kg do sedã, mas, pelo menos, fornece ótimo consumo. A lista de equipamentos de série é boa, com recursos desejáveis como airbag, ABS, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas. Nota 8. Habitalidade – Porta-objetos não existem em abundância no interior do Grand Siena. Mas isso não chega a incomodar. Basta procurar para guardar itens de uso rápido. É no porta-malas que as perdas são mais acentuadas. No modelo “tradicional” ele é de bom tamanho, com 520 litros, mas 130 litros deles são “roubados” pelo tanque de GNV. Isso prejudica ligeiramente a proposta familiar do carro. Nota 7. Acabamento – Há boas sacadas como o aplique transversal na parte central do painel que melhora a sensação geral. Mas o cenário é dominado pela simplicidade. O Grand Siena é recheado de plásticos rígidos, como seus rivais, e mostra encaixes imprecisos. Nota 7. Design – O Grand Siena se tornou um carro mais imponente na troca de geração. O sedã ganhou porte e visual próprio, distante do Palio. A frente é o destaque, bem harmoniosa. A traseira é menos criativa, com lanternas com filetes de luz que imitam leds – numa referência às dos sedã da BMW. Nota 7. Custo/benefício – O Grand Siena vem de fábrica já adaptado ao uso de GNV – recurso

que adiciona R$ 5 mil ao modelo. A vantagem é que a instalação do equipamento pela própria montadora dá mais confiabilidade ao conjunto e ameniza as perdas de potência comuns à conversão. A lista de equipamentos é completinha, com direito a ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo e ABS de série. Só que o preço do modelo completo beira os R$ 50 mil. Não é exatamente um carro muito em conta. Nota 6. Total – O Fiat Grand Siena Tetrafuel somou 71 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigir

Não há como fugir. O grande diferencial do Grand Siena Tetrafuel é a versatilidade de aceitar três combustíveis diferentes – o quarto, gasolina pura, é também marketing puro. Claro que o desempenho do carro varia com eles. Com gasolina brasileira e etanol a diferença é quase nula. O Grand Siena precisa de tempo para acelerar e é preciso cálculo prévio para fazer algumas ultrapassagens. O carro até se dá bem na cidade, onde não se exige um comportamento extremo, mas falta motor para rodovias e auto-estradas. Com o GNV, a situação piora. O sedã fica ainda mais “murcho”. Nesse caso, o comportamento se assemelha ao de um modelo 1.0. A Fiat tenta amenizar a diferença com uma inteligente central eletrônica que injeta cada combustível dependendo da aplicação. Em situações tranquilas, o gás é usado. Quando é preciso mais força, a escolha é pelo combustível líquido. O funcionamento do conjunto é muito suave e quase não dá para perceber quando o sistema troca entre GNV e gasolina, por exemplo. É uma boa maneira de amenizar a invariável perda de desempenho de um carro com kit GNV. No resto, o Tetrafuel se assemelha a qualquer outro Grand Siena. Isso significa que ele é um carro espaçoso, com área para levar até cinco adultos sem grandes problemas. O acabamento é bom para o segmento, com um bonito aplique na parte central do painel. Nas extremidades existem algumas rebarbas. O comportamento dinâmico é bom, sem diferenças acentuadas entre o Tetrafuel e os “normais”. O peso extra não muda as respostas do carro em situações urbanas, quando se mantém na mão. O acerto que se volta para o conforto só prejudica em condições extremas. Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias


veículos

por Augusto Paladino/autopress

Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

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Fim da linha Foto: Divulgação

A Lexus produziu semana passada a última das 500 unidades planejadas do superesportivo LFA. O modelo foi responsável por quebrar paradigmas na marca, ao levar cerca de dez anos para ser desenvolvido e usa materiais de alta tecnologia, como fibra de carbono em toda a carroceria e um motor desenvolvido especialmente para ele. O V10 de 4.8 litros produz 556 cv e é acoplado a uma transmissão automatizada de seis marchas. A escolha por um sistema de embreagem simples foi para manter as trocas semelhantes às de um carro manual, segundo a marca.

Lexus LFA

Caçula da família

por Augusto Paladino/autopress

Foto: Divulgação

Depois de muita especulação e flagras nas estradas europeias, a Mercedes-Benz divulgou as primeiras imagens oficiais do novo CLA. O sedã de linhas esportivas e porte médio apareceu ainda sob camuflagem, mas os traços definitivos já estavam mais explícitos. O perfil é parecido com o do conhecido CLS, com proporções reduzidas. A versão AMG também teve algumas informações apresentadas. Ele vai usar um motor 2.0 litros a gasolina acertado para 335 cv, suficientes para levar o modelo de zero a 100 km/h em cerca de 5 segundos. Além disso, o CLA terá versões com a tração integral 4Matic, reprojetada para ser instalada em conjunto com o motor transversal e para priorizar a tração dianteira, em vez da traseira do restante da gama.

Mercedes Benz CLA


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Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

por Michael Figueredo/Auto Press

O crescimento que o mercado de

é a principal aposta. A big trail chega para

motocicletas viu em 2011 fez com

brigar justamente contra um modelo da

que as projeções para este ano fossem

BMW, a F800 GS, que ocupa o posto de mais

bem otimistas. Os resultados em 2012, po-

vendida do segmento. A moto da Triumph

rém, não chegaram nem perto do esperado.

é dotada de um motor de três cilindros em

O setor de duas rodas, que apontava para o

linha, com duplo comando no cabeçote e

alto, entrou na descendente e seguiu ladeira

quatro válvulas por cilindro. O resultado

abaixo. Parte da retração se explica pelo

produzido é de 95 cv a 9.600 rotações, com

cenário de crise na Europa, que se alastra

torque cifrado em 8 kgfm, a 7.850 rpm. A

por todo o mundo e reflete no Brasil. Mas

briga das aventureiras ainda tem a Kawasaki

a maior responsabilidade está na postura

Versys 1000, também lançada neste ano, mas

mais seletiva das instituições financeiras.

posicionada em outro patamar de cilindrada.

Em outras palavras, na restrição ao crédito

O diferencial da moto japonesa foi o fato

para consumidores de menor renda. Tanto

de ser a primeira no segmento com motor

que o setor que mais perdeu foi o de baixa

de quatro cilindros e 16 válvulas.

cilindrada.

Entre as superesportivas, o mercado ficou

Na previsão da Abraciclo, associação que

dividido entre dois importantes lançamentos.

reúne os fabricantes de motocicletas, o

A BMW apresentou a S 1000RR e a Yamaha

fechamento de 2012 apresenta retração de

renovou a YZF R1. A primeira a chegar ao

20% em relação ao ano passado. Tanto na

país foi a alemã, depois de um facelift na

produção quanto nas vendas. A previsão, feita

Europa. A moto impressiona com potentes

no final do ano passado, era de crescimento

193 cv a 13 mil rpm e 11,4 kgfm de torque

de 5%. Os números equiparam-se aos de

a 9.750 giros. Porém, a marca nipônica não

2009, auge da crise econômica mundial. O

ficou apenas olhando e colocou na briga a

ano de 2012 também atravessou uma crise

versão 2013 da supermoto. É verdade que a

de confiança. Mesmo entre motos de média

potência ficou 11 cv abaixo da concorrente

e alta cilindrada, destinados a quem tem

– 182 cv – mas os japoneses oferecem maior

maior poder aquisitivo. “Este consumidor

torque, de 11.8 kgfm a 10 mil rpm, e inje-

normalmente é mais antenado, tem cadastro

taram tecnologia para dar competitividade

bom e linha de crédito alta, mas vê a crise

à motocicleta.

lá fora e não sabe quando isso vai refletir

A Ducati, que neste ano confirmou que ini-

no Brasil. Como a moto seria mero lazer,

ciará as operações no Brasil em 2013, já deu

ele acaba deixando para comprar depois”,

uma prévia do que irá apresentar. A marca

analisa o gerente de planejamento da Ka-

italiana, recentemente adquirida pela Audi,

wasaki do Brasil, Ricardo Suzuki. Mas o

lançou a Streetfighter 848. Antes, ainda em

comportamento do mercado foi desigual

2011, o país havia sido palco para a estreia

para as marcas. Caso da BMW Motorrad do

mundial do modelo, no Salão Duas Rodas

Brasil. “O crescimento de 10% nas vendas

daquele ano. A naked, com motor de 848

do segmento de motocicletas de acima de

cc, entrega 132 cv de potência a 10 mil rpm

500 cc foi o melhor registro já atingido

e torque de 9,4 kgfm a 9.500 rpm.

historicamente no país”, afirma Rolf Epp,

A Honda também não se intimidou com o

diretor da marca.

ano ruim e apresentou a NC 700X. A pro-

Rolf Epp fala com base em dados da Abraciclo.

posta da fabricante é oferecer uma solução

Segundo a entidade, além da BMW, apenas a

para a acelerada rotina das grandes cidade,

Haley-Davidson, também considerada uma

mesclando características de scooters com as

marca premium, apresentaram desempenho

de motos de maior cilindrada. Na mediana

positivo. De olho no potencial do segmento

faixa das 669 cc, a NC 700X entrega 52,5

de luxo, a Triumph iniciou oficialmente as

cv de potência a 6.250 rpm e 6,4 kgfm de

operações no Brasil em 2012. “Em três anos

torque a 4.750 giros. Enquanto isso a Dafra,

é possível posicionar o Brasil entre os nossos

querendo subir, lançou a Next 250 com a clara

cinco maiores mercados e, a médio prazo,

intenção de brigar com as japonesas CB 300 R,

vender cerca de 4 mil motos anualmente”,

da Honda, e a Yamaha Fazer YS 250, a Next

projeta o gerente geral da subsidiária bra-

chegou dotada de alguns recursos exclusivos,

sileira da Triumph, Marcelo Silva.

como o câmbio de seis marchas. A motocicleta

A marca britânica chegou com seis modelos

entrega 25 cv a 7.500 rpm e torque

no mercado nacional, mas a Tiger 800 XC

de 2,75 kgfm a 6.500 giros.

Fotos: Divulgação

Yamaha YZF R1

BMW S1000RR

HONDA NC 700X

Triumph Tiger 800xc


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Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

Notícias

Automotivas por Augusto Paladino/autopress

Pratas da casa – A revista alemã “Auto Motor und Sport” fez uma pesquisa curiosa entre seus leitores. Com a opinião dos consumidores locais, a publicação fez um gráfico que aponta as percepções de qualidade e emoção das principais marcas vendidas na Europa. As que tiveram melhores resultados, é claro, foram as alemães. A BMW foi a que teve mais alto nível de emoção e só teve a qualidade superada pela Mercedes-Benz. Audi e Porsche completaram a lista das melhores marcas. A pior fabricante apontada pelos leitores foi a italiana Lancia, seguida pela compatriota Fiat, ambas com baixas medições de emoção e qualidade. Banho de loja – A Chevrolet mostrou nos Estados Unidos a nova geração da Silverado. A picape grande ganhou linhas novas e muita tecnologia. Segundo a marca, todas as versões estão mais eficientes, com novos motores V6 de 4.3 litros e V8 com 5.3 ou 6.2 litros – de potências ainda não divulgadas. O visual é “parrudo”, com uma enorme grade cromada e quatro faróis. A linha Silverado é a mais lucrativa da GM e se mantém sempre na lista de prioridades da marca. Além dela, a “gêmea” GMC Sierra – mais luxuosa – também foi apresentada. O maior motor V8 é o mesmo utilizado no novo Corvette, mas com afinação própria para a picape. Ficou para ano que vem – A Audi confirmou que quer

voltar a produzir carros no Brasil. A decisão sobre como será esse processo, no entanto, vai ficar apenas para o ano que vem. Além da óbvia possibilidade de erguer uma fábrica nova, a Audi estuda a hipótese de adaptar uma unidade da Volkswagen – sua controladora – para fazer seus veículos. Dessa forma, a empresa alemã ficaria livre da cota de 4.800 carros que o novo regime automotivo permite importar sem a adição de 30% extras do IPI. Touro sem luz – Nem as marcas mais exclusivas do mundo estão livres de recalls. A Lamborghini iniciou uma chamada nos Estados Unidos para consertar os faróis dianteiros de 144 unidades do Aventador. O problema é que, no lote em questão, não há ajuste vertical do feixe de luz, item obrigatório pelos órgãos de segurança norte-americanos. Assim, o raio de luz poderia ir diretamente no olho de um condutor vindo na direção contrária. Diminuição no clássico – O downsizing chega até nos clássicos muscle cars norte-americanos. A próxima geração do Chevrolet Camaro deve receber opções de motores turbinados de quatro cilindros para melhorar o seu consumo de combustível. Para não quebrar a tradição, propulsores V6 e V8 também serão oferecidos no topo da gama. A tração vai continuar sendo na traseira, mas o sistema todo vai ficar mais leve, também para melhorar a eficiência energética do esportivo.

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Jornal do Meio 674 Sexta 11 • Janeiro • 2013

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