Braganรงa Paulista
Sexta
1 Fevereiro 2013
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saúde
Jornal do Meio 677 Sexta 1 • Fevereiro • 2013
Expediente
Vítimas da talidomida Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar não será veiculada esta semana por CLÁUDIA COLLUCCI /folhapress
Vítimas brasileiras de um dos maiores erros da história da medicina, a síndrome da talidomida fetal, lançam amanhã o primeiro documentário contando toda a trajetória da luta em busca do seus direitos no país. A talidomida chegou ao mercado há 55 anos e, além de ser usada como sedativo, também era receitada contra o enjoo das grávidas. No anos 1960, foi responsável pelo nascimento de ao menos 12 mil crianças com deficiência, principalmente pelo encurtamento de braços e pernas. Em 1961, vários países retiraram a droga de circulação, o que só ocorreu após quatro anos no Brasil. No entanto, o país voltou a utilizá-la no tratamento da hanseníase. Desde 1997, a substância passou a ser restringida no caso das mulheres em idade fértil e só pode ser usada em determinados casos de hanseníase e outros males, como a doença de Crohn. O país teve a segunda e, agora, a terceira geração de vítimas da talidomida --fato inédito no mundo, segundo a Organi-
zação Mundial da Saúde. Ao todo, são 800 pessoas ainda vivas, a última diagnosticada há dois anos. “É uma vergonha. O mundo tem de saber disso”, diz o agente de viagens Luiz Otávio Falcão, 51, que nasceu com deficiência nos braços. Além de depoimentos das vítimas, o documentário “Tá Faltando Alguma Coisa” (1h15 de duração) traz relatos de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e do INSS, de advogados e promotores, por exemplo. “O documentário mostra essa visão crítica do sistema, a luta diária em busca dos nossos direitos”, afirma Claudia Marques Maximino, presidente da ABPST (Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida) e diretora do filme. Cláudia nasceu em 1962 sem as duas pernas e um braço--o outro braço é defeituoso. Formada em administração de empresas e pós-graduada em recursos humanos, dirige a associação, criada com a ajuda do então governador Mario Covas (1930-2001), desde 1991.
“Naquela época, não tínhamos direito a quase nada. Conseguimos mudar a lei [em 1993], estabelecendo uma pensão de um a oito salários [dependendo do grau da deficiência] e incluindo o direito a próteses. Ainda hoje, às vezes, só se ganha no grito.”
Pressão
Em 1993, na Câmara dos Deputados, Cláudia chegou a ameaçar tirar as pernas mecânicas e pular de mesa em mesa para caso os parlamentares não aprovassem o projeto-- que acabou sendo aprovado por unanimidade. A carioca Wanda Soares Santos, 48, outra vítima que aparece no documentário, lembra-se bem das dificuldades que enfrentou até conseguir o direito à pensão. Nascida com defeitos nos dois braços, conseguiu terminar o ensino fundamental com a ajuda das professoras. “Não tinha coordenação porque nunca fiz fisioterapia. Minha família era muito pobre.” Em 2010, as vítimas da talidomida ganharam direito a indenização por danos morais.
O valor varia de R$ 50 mil a R$ 400 mil. Das 650 pessoas com direito ao benefício, 150 ainda não o receberam. A ideia de Cláudia é distribuir o documentário em escolas médicas e de direito. “Precisávamos desse registro histórico para que uma tragédia não aconteça mais.” Mais informações no site: www.talidomida.org.br
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A Cláudia Maximino é uma das vítimas brasileira da talidomida, nasceu sem a pernas e um braço (o outro é defeituoso). Ela dirigiu o primeiro documentario brasileiro sobre a doença no Brasil
comportamento
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Da depressão à mania Transtorno mental que mais provoca suicídios, a bipolaridade é uma doença progressiva que acaba comprometendo as conexões entre neurônios, mostram as últimas pesquisas
Por JULIANA CUNHA/folhapress
O transtorno bipolar é progressivo e leva à perda da função de neurônios, segundo novos estudos, liderados por pesquisadores brasileiros. A doença, caracterizada pela alternância entre depressão e euforia (mania, como os médicos dizem), atinge 2,2% da população: são 4,2 milhões de brasileiros. Crises bipolares não têm nada a ver com as mudanças de humor da pessoa “de lua”, que passa uma manhã agitada ou se irrita facilmente. Um episódio de mania pode durar dias ou semanas e levar a alteração do sono, perda do senso crítico e comportamentos compulsivos como comprar demais ou consumir álcool e drogas. Como tantos outros nomes de patologias, a expressão “bipolar” é usada fora do contexto médico. “Há um entendimento errado da bipolaridade. É uma doença muito grave, com uma série de sintomas. Mudar de humor rapidamente não faz o diagnóstico”, diz o psiquiatra Beny Lafer, coordenador do Programa de Transtorno Bipolar do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Banalização
A bipolaridade é a doença mental que mais mata por suicídio: cerca de 15% dos doentes se matam. Os pacientes têm um risco 28 vezes maior de apresentar comportamento suicida do que o resto da população e até metade dos doentes tenta se matar, mostram levantamentos. “A expectativa de vida de homens bipolares é 13 anos menor e de mulheres bipolares é 12 anos menor do que a da população em geral, segundo um estudo dinamarquês. A expectativa de vida do bipolar é comparável à do esquizofrênico”, diz o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza, professor e também pesquisador da Universidade Federal do Ceará. Considerando a gravidade, os médicos todos criticam a popularização do termo. “É banalizar a doença. Estar triste é uma coisa, estar deprimido e não conseguir sair de casa é outra”, diz a psiquiatra Ângela Scippa, presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. De acordo com as últimas descobertas científicas, as crises de euforia e depressão são tóxicas ao cérebro.
Enxurrada no cérebro
O grupo do psiquiatra Flávio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é referência na área e publicou artigos em novembro e dezembro nas revistas “Translational Psychiatry” e “Current Psychiatry Reports”. “Assim como o organismo do diabético sofre com os picos de glicemia, o cérebro de quem tem transtorno bipolar não controlado sofre com o excesso de neurotransmissores”, diz Kapczinski. As crises são acompanhadas da descarga de substâncias como dopamina e glutamato. Na tentativa de controlar o incêndio, o organismo manda para a região células protetoras. “Essas células produzem inflamação, causando a perda de conexões entre neurônios. São os achados mais recentes, nem estão publicados ainda”, adianta. Após cinco episódios do transtorno perde-se 10% do hipocampo, área responsável pela memória, estima o psiquiatra Matos e Souza. A médio prazo, a doença fica mais grave e as crises, frequentes e fortes. O doente responde cada vez menos à medicação. “Ele passa a ter problemas de memória, planejamento e concentração, funções ligadas à parte frontal do cérebro”, diz Kapczinski. Diagnóstico pode demorar dez anos Os primeiros surtos de transtorno bipolar surgem como crises de depressão em 60% dos casos, daí a dificuldade no diagnóstico. O transtorno aparece, em geral, até os 25 anos. Quando a doença se manifesta como mania, os sintomas são confundidos com os de esquizofrenia (megalomania, alucinações). “O diagnóstico leva até dez anos”, afirma Helena Calil, psiquiatra e professora da Unifesp. A dificuldade de determinar a doença é comum entre os transtornos mentais, lembra Jair Soares, psiquiatra brasileiro e pesquisador na Universidade do Texas em Houston (EUA). Não há um marcador biológico que possa
FOTO: Avener Prado/Folhapress
ser medido em um teste. “Dependemos do diagnóstico clínico, da descrição dos sintomas pelo paciente”, completa Soares. A avaliação clínica não consegue diferenciar uma depressão bipolar de outras. “O tratamento com antidepressivo puro pode agravar a doença. É um risco. Às vezes, só assim para descobrir”, diz a psiquiatra Ângela Scippa. Os casos mais complexos envolvem crises de hipomania, uma mania leve que pode aparecer como ciúme ou irritabilidade. Sentimentos normais que, no bipolar, são exagerados e causam prejuízos à vida --essa é a fronteira entre normal e patológico. O alerta deve vir quando a família se queixa de instabilidade: a pessoa mostra alterações visíveis e fases de normalidade. Outros sinais são: histórico familiar (80% dos casos são hereditários), alterações no sono e uso de álcool e drogas (metade dos bipolares é dependente).
Hipomania leve
Antes, o transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva e incluía casos mais graves. Agora, se discute se pessoas com depressão e hipomania leve (irritadas, ciumentas demais) devem ser tratadas como bipolares --metade dos que sofrem de depressão se enquadra no perfil. Ou seja, 10% da população. “Já há evidências científicas para isso”, defende o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas da USP. Para Soares, se a caracterização for expandida demais, corre o risco de abarcar gente que não se beneficiará com o tratamento. “Será que vamos tratar pacientes que, em vez de melhorar, vão piorar?”, diz. A psicoterapia aumenta a adesão ao tratamento com remédios e ajuda a pessoa a conhecer os gatilhos das crises. “É importante, mas complementar”, diz Leandro Malloy-Diniz, da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Retrato bipolar realista é atração em série de TV Carrie Mathison, agente da CIA, é bipolar, mas não quer que ninguém saiba. Toma remédios escondido, fica sem dormir e se expõe a situações de risco, comportamentos típicos de quem sofre desse transtorno. Interpretada pela atriz Claire Danes, Carrie é personagem da série americana “Homeland”, que passa no canal FX (domingo às 23h) e ganhou o prêmio Emmy de melhor série dramática. A doença de Carrie não está controlada. Ela se esquece de tomar remédios e entra em crises de mania ou depressão. Após um surto, faz terapia de eletrochoque. A forma como o transtorno é mostrado está sendo elogiada pela mídia americana. O “New York Times” publicou o relato de uma bipolar dizendo que “é raro ver uma representação brilhante de como é a vida de alguém com o transtorno”. “Pesquisei muito para não retratar Carrie como louca. Isso não é ser bipolar. Ela é cheia de contradições”, disse Danes ao jornal “Sunday Telegraph”. “Em crise de euforia, me achava a Mulher Maravilha’ “Sempre fui diferente. Na escola fazia coisas demais, era brilhante demais e, de repente, ficava triste. Passei parte da vida tentando entender por que tinha os sentimentos tão violentos. Perto dos 40 anos, procurei uma psicóloga. Achava que era alcoólatra. Sempre bebi bastante. A bebida tinha se tornado indispensável para mim, a agonia era tanta que só bebendo melhorava. A psicóloga foi clara: ‘Você de alcoólatra não tem nada’. Pediu que eu fosse a um psiquiatra. Depois de relutar, fui e veio o diagnóstico de transtorno bipolar, aos 44. Ainda me achava ‘Mulher Maravilha’. Hoje sei que tinha crises de euforia. É convidativo ser bipolar na euforia. Mas é uma agitação falsa, você logo se dispersa ou se cansa. Achava que ninguém era mais competente do que eu. Meu pensamento era em alta voltagem. Se uma pessoa falasse devagar, já me irritava. Enquanto eu conversava, fazia na cabeça a agenda do dia. O médico me passava remédios, mas eu não tomava. Pensava: ‘Por que vou me
Maria Cristina Pereira de Oliveira, 63 anos, empresária. Ela tem o transtorno desde criança, mas so teve o diagnostico aos 44 anos. Hoje esta bem controlado.
tratar se sou o máximo?’. Foi um desastre, porque aí tive uma crise de depressão grave. Era empresária. Um dia, travei dentro do carro. Tiveram que me tirar de lá, me levaram para casa e eu levei dois anos para sair de novo. Só então aceitei o tratamento. Demorou até acertar a medicação. Não cheguei a ser internada, mas não podia ficar sozinha. Meu pensamento recorrente era melhorar para poder me matar. Depois de dois anos, me estabilizei e voltei a trabalhar. No final, não consegui. Tive de fechar a agência de eventos. Minha autoestima ficou no pé, mas eu não segurava a tensão de ser empresária. Foi quando conheci a Abrata [associação de apoio a bipolares]. Fui forçada a ir pela médica e quando cheguei me senti em casa. Ali tinha gente como eu. A gente
se identifica com os detalhes. Quando a dosagem de medicação está alta, a gente treme e derruba o café. Lá não sentia vergonha de derrubar café. Fui voluntária por dez anos lá. Hoje trabalho em um projeto meu, para crianças com transtornos de humor. Ser produtiva de novo é ótimo. Tive várias crises nos últimos 20 anos. Às vezes acordo triste e depois fico irritada. Sempre me controlo. Tenho faróis internos. Quando está no amarelo já fico atenta. Sei o que me faz mal. Evito multidões, não saio à noite, não dirijo. Eu engano bem. Isso tem um custo, não é fácil, mas com toda doença é assim, tem que aprender a lidar.” - CRISTINA OLIVEIRA, 63, do projeto “Estórias Diferentes” (estoriasdiferentes.com.br), é casada e tem três filhos
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colaboração SHEL ALMEIDA
O resgate e a valorização do passado “Memórias Bragantinas” estão disponíveis mostram uma mudança de com- no canal do projeto no You Tube, como portamento em relação aos valores forma de facilitar o acesso. culturais e históricos no Brasil. No país, a tendência é recente e inédita e tem como justificativa mais comum a necessida- O projeto foi realizado em 1 ano e oito meses, de da preservação da memória urbana. São por meio da Lei Municipal de Incentivo à poucas as cidades que conseguem manter a Cultura. Cada filme tem, em média, 3 mihistória intacta por décadas. Mesmo as que nutos. Juntos, somam cerca de 1 hora e 20 conquistaram o título de Patrimônio Cultural minutos de imagens. Foram produzidos com da Humanidade, como Olinda, tiveram parte a utilização de imagens públicas e filmagens de sua memória danificada. recentes. “Encontramos um A cidade pernambucana espaço interessante que foi fundada em 1537, mas A idéia não era dar nos permitiu fazer esses o que é preservado hoje opinião sobre os prédios, filmes. As imagens são de em seu parque arquitetôdomínio público, a trilha é mas sim permitir o todo do Hermeto Pascoal, nico é do início do século passado, representado acesso às imagens que que disponibilizou todo por edificações em estilo acervo na internet e encontramos e também seu art-decó. Isso demonstra liberou direitos autorais. fazer um convite ao olhar E as filmagens são feitas como as cidades brasileiras guardam pouco de seus da rua, só filmamos a parte André La Salvia vestígios materiais. Os externa dos prédios, sem registros de outras épocas necessidade de autorisão encontrados, em sua maioria, apenas em zação”, explica. “A intenção é continuar o fotografias. Seguindo esse movimento de projeto, com patrocínio. Queremos fazer resgatar o passado histórico dos municípios, vídeos de mais 10 pontos, da área periférica, surgiu o projeto “Memórias Bragantinas”. em especial. Mas como muitos dos bairros Idealizado e produzido pelos responsáveis são novos, com cerca de 30 anos ou menos, pelo curta-metragem “O Belo Parado”, não encontramos imagens nos arquivos André La Salvia e Juca La Salvia, o projeto públicos, são imagens que só existem em é composto por 16 curtas que misturam acervos pessoais”. imagens antigas com filmagens atuais, André conta que ele próprio descobriu anticriando uma “justaposição de semelhanças gos aspectos da cidade durante a produção e contraposição de diferenças”. A intenção do projeto. “A Catedral atual é a 4º igreja do projeto é “preencher um vazio histórico da Praça. Primeiro era uma capela, depois e arquitetônico de Bragança com imagens foi construída uma igreja com torre, depois antigas e atuais de determinados pontos construíram uma maior e por último essa considerados importantes e referenciais”. que está até hoje”. “É parte da história de Bragança que só se descobre acompanhando as imagens. A própria Praça Central tem dois “A ideia surgiu enquanto procurávamos nomes porque já foi duas praças. Esse local já imagens para o ‘Belo Parado’. A pesquisa teve diversas configurações. Já teve coreto e nos levou a encontrar imagens de outros também já teve uma rua trás da igreja”, conta. locais da cidade, assim decidimos produzir Para alguns pontos, a seleção de imagens material sobre eles”, conta André. “Nesse foi mais simples. “A do Posto de Monta é a projeto quisemos criar uma experiência seleção mais diversa. Conseguimos imagens audiovisual, apenas com recursos técnicos que mostram que o local já foi usado para como tratamento de imagens e edição, sem jogos de beisebol, outras imagens mostram direcionamento ou julgamento”, explica. “A a visita do Jânio à cidade. Já para o vídeo da idéia não era dar opinião sobre os prédios, Santa Casa tivemos apenas duas imagens mas sim permitir o acesso às imagens que antigas. O prédio continua o mesmo, não encontramos e também fazer um convite recebeu modificações”, diz. “Ali descobri ao olhar”, fala. “São filmes neutros que não detalhes da arquitetura enquanto filmava, emitem opinião. Não são memorialistas, não como uma cabeça de criança no parapeito. partem de memórias pessoais”, fala. “O que Mesmo passando por ali há anos, nunca interessa nesses vídeos é a memória-cidade. havia reparado”, fala. “É essa a intenção do É como se a própria cidade de Bragança projeto, fazer com que as pessoas prestem tivesse sua memória. Vai além da memória atenção na cidade, que descubram a cidade pessoal, mas a estimula. Cada pessoa que em que vivem. Muita gente fica surpresa ao assiste faz sua própria viagem, constrói sua ver os vídeos porque temos o costume de não própria memória”, analisa. A definição de olhar, de não reparar nos detalhes enquanto quais os pontos que seriam mostrados foi passamos pelos locais”, analisa. “Esse é um aleatória. “Definimos os locais a partir do dos privilégios de caminhar a pé, você pode material que já tínhamos. Na maior parte prestar atenção na cidade”, reflete. Os vídeos são pontos que fazem parte do circuito do projeto conseguem ativar as lembranças central”. Os locais mostrados são: Santa de quem assiste. Lembranças que somem Casa, Posto de Monta, Igreja do Rosário, da mente com o tempo e que reaparecem Lago do Taboão, Fábrica Santa Basilissa, assim que uma fotografia antiga é exibida. Capela Santa Cruz dos Enforcados, Clube Ruas que antes eram de paralelepípedo, Literário, Colégio Tibiriça, Largo das Pe- rotatórias que antes eram praças arborizadras, Catedral, Mercado Municipal, Cine das. Memórias esquecidas que nos levam a Bragança, Cine Central, Rua do Mercado e uma cidade diferente, a uma Bragança que Jardim Público. O único vídeo que foge desse existe apenas em registros históricos. “Eu contexto chama-se “Pipetta Restaurado”, acredito que a imagem guarda a alma do que deu início ao projeto. Uma filmagem momento, ela não é estática”. em 16mm feita por Pipetta e que mostra Para assistir aos vídeos do projeto “Memórias o cotidiano da escola Ladislau Leme foi Bragantinas”, acesse: encontrada por André no EEMABA. Para www.youtube.com/MemoriasBragantinas fazer com que a população tivesse acesso Quem quiser contribuir para o projeto com às imagens, o filme foi projetado no Museu imagens ou patrocínio pode entrar em Oswaldo Russomano e filmado em vídeo. É contato com André La Salvia pelo o único com narração. Todos os vídeos do número 11 9 6498 – 3275.
Detalhes
Praça Raul Leme
Praça Raul Leme
Memória-cidade
Colégio Carrozo
A intenção do projeto é fazer com que as pessoas prestem atenção na cidade, que descubram a cidade em que vivem
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Reflexão e Práxis
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Legalidade e Legitimidade Por pedro marcelo galasso
O momento político de Bragança Paulista é curioso por mostrar que a apatia e o desinteresse político podem ser substituídos por discussões calorosas sobre duas ideias que fazem parte do cenário político, a legalidade e a legitimidade. A ideia da legalidade política defende que as instituições que compõem o poder público atuam segundo um quadro de leis mesmo em casos excepcionais, pois estes também devem ser considerados quando da elaboração das leis. Além disso, ela é a responsável pelo fim do poder arbitrário no poder público, o que significa que o poder público tem a liberdade legal para agir de forma discricionária, ou seja, ele é livre para escolher quais são as ações que ele julga as mais importantes no âmbito administrativo. É justo dizer que quando bem aplicada a ideia da legalidade tem por função básica racionalizar a administração pública e retirar dos que ocupam os cargos públicos o poder de decidir somente para atender interesses
pessoais ou de determinados grupos políticos, ou seja, é peça fundamental para a realização do que chamamos de boa Política garantindo a realização de dois princípios legais – o valor da certeza e o valor da igualdade nas ações do poder público. Aqui, o bom governo é aquele que acata as determinações das leis, mas que abre o precedente para as mudanças quantas estas são necessárias, sem os prejuízos causados por decisões casuísticas ou mesmo oportunistas. Por outro lado, temos a presença da ideia de legitimidade que, de forma geral, é utilizada como um sinônimo de racionalidade, mas que na Ciência Política ganha um significado mais preciso – ela é um atributo do próprio Estado e responsável pela construção do consenso que permite que a sociedade seja governada de forma justa, sem a presença constante e opressora da violência do Estado. Para a construção da legitimidade, tarefa árdua e complexa, o poder público deve
ser visto como um todo não homogêneo no qual várias instituições cumprem papeis específicos como, por exemplo, a criação de uma ideia de pertencimento a uma comunidade política que tem, na maioria das vezes, uma base territorial, seja ela uma cidade ou um país. A crença na legalidade do regime político também é fundamental, ou seja, devemos crer nas relações entre as instituições, o exercício e a disputa pelo poder político. Para nós, a questão da legitimidade na transição e da transferência do poder é que são relevantes já que, em curto período de tempo, observamos que esta questão é confusa e imprecisa, pois novamente temos um momento de descrédito frente ao resultado das eleições municipais. É frequente a pergunta sobre qual dos dois governos é o legítimo. Argumentos para a defesa de pontos de vista são inúmeros, mas para a Ciência Política o governo que respeite as crenças, as vontades e as leis que regulam
o poder público é legítimo, pois os embates eleitorais e jurídicos fazem parte do processo político. Mas a reflexão importante parece ser a seguinte – é comum em um prazo curto de tempo uma cidade experimentar outra situação confusa envolvendo os candidatos a prefeitos? O que se observa é que o debate sobre a disputa eleitoral entre a situação e a oposição, bem como a aceitação das regras eleitorais, e o envolvimento popular deve ser alimentado para que o poder público possa exercer suas funções de forma clara e serena, algo distante do momento político bragantino. Pedro Marcelo Galasso – Cientista Político formado pela Unesp – Araraquara. Trabalha como professor no Colégio Integral, em Bragança Paulista, e no Instituto Educacional Humânitas, em Piracaia. Coautor do livro Aprendendo e Escrevendo, com Thomas Polla, e escritor de material didático. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
antenado
“Vida de Artista”
Livro reúne quatro histórias do autor sobre o mundo da pintura. Boa ideia, coletânea de James peca por lapsos de tradução
por MARCELO PEN/folhapress
Uma nova tradução do escritor Henry James (1843-1916) é sempre um motivo de júbilo. Embora importante no contexto das literaturas de língua inglesa, tanto como prosador quanto como crítico, James é relativamente pouco traduzido e, assim, pouco lido no Brasil. Há obras essenciais, como o romance “a princesa casamassima”, o conto “a humilhação dos Northmore” (considerado por Jorge Luis Borges a “obra-prima de Henry James” no gênero) ou a maioria de seus artigos sobre escritores franceses, que nunca ganharam uma versão por aqui. A coletânea “Vida de Artista” parte, ademais, de uma boa ideia: a reunião de quatro histórias que têm em comum o tema da arte, ou, mais propriamente, da pintura. “A História de uma Obra-Prima” traz um rico viúvo que passa a desconfiar da noiva quando a vê retratada num
quadro, pintado pelo antigo amante da dama. “A Madona do Futuro” mostra um artista que desperdiça a vida no sonho de produzir a obra perfeita. Estudada por críticos como Wayne Booth, “O Mentiroso” fala de um mentiroso visto pela perspectiva de outro: um pintor manipulador. Enfim, a divertida “O Holbein de Beldonald” apresenta uma rica beldade que se vê em apuros quando sua nova acompanhante não é recebida pela sociedade como modelo de feiura (conforme ela pretendia), mas como uma figura saída de uma tela do pintor alemão Hans Holbein. Produzidos em diferentes períodos da carreira do escritor, os contos revelam sua preocupação com tópicos caros à contemporaneidade, como a crise da representação na sociedade moderna e a mercantilização da arte. A edição apresenta problemas, desde
lapsos variados de tradução (traduzir “host”, anfitrião, como “hóspede”, por exemplo) até a discutível decisão, em face da quantidade de textos inéditos em português, de incluir uma nova versão de “A Madona do Futuro”, anteriormente traduzida por Arthur Nestrovski. O mais sério, porém, foi retalhar os parágrafos originais em casos de discurso direto ou diálogo. Resulta em diversos trechos onde o leitor encontra dificuldade para entender quem diz o quê. James talvez seja difícil. Mas não por essa razão. MARCELO PEN é professor de teoria literária da USP. Vida de artista Autor Henry James Editora José Olympio Tradução Cláudio Figueiredo Quanto R$ 29 (208 págs.) Avaliação bom
O escritor norte-americano Henry James
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Delícias 1001
Jornal do Meio 677 Sexta 1 • Fevereiro • 2013
Por deborah martin salaroli
Escondindinho de carne seca
Atendendo a pedidos, tenho recebido vários emails para que eu repetisse essa receita de escondidinho. Mas agora venho com uma novidade, ensinando os segredos da dessalga da carne seca rápida. Afinal, quem nunca acordou com vontade de comer escondidinho e não tinha se preparado na véspera? Agora, com essas dicas, o desejo se torna em realidade!
Dessalgando a carne seca rapidamente
S.O.S. -> Como tirar o sal de carne seca (ou salgada) quando estamos com pressa? Queria preparar escondidinho de carne seca, mas não tinha deixado a carne de molho de véspera, como é de costume. O que fazer, então? Como? Tem solução? Pesquisa vem, pesquisa vem, e voilá... A chave do segredo está aqui. Este processo pode ser feito com qualquer carne seca ou salgada. Acompanhe também pelas imagens. Lavei 1 kg de carne seca em água corrente, retirando o excesso de sal. Numa panela bem grande e funda, coloquei a carne seca em cubos e a cobri com água limpa. Junto, antes de ligar o fogo, coloquei 3 colheres (sopa) de sal. São, portanto, 3 colheres de sal por quilo de carne, menos sal não funciona. Acredite, dá certo... Já testei em casa! Quando estava quase fervendo (formando bolhinhas) começou a surgir uma espuma branca. Agitei a panela, desliguei o fogo e marquei 1 minuto no relógio. Somente esse tempo, nem um minuto a mais. Escorri a água e passei a carne sob água corrente. Já está resolvido o caso... Provei um pedacinho para verificar o sal. Se você achar que ainda está salgada, repita o processo. Dica: Cuidado com o sal da receita em que vai utilizar a tal carne, pois esse pro-
cedimento não retira todo o sal; o que fica é suficiente para salgar o prato pronto. Explicação química: O que ocorre é um processo denominado “osmose”. O sal da carne se encontra em uma solução mais diluída que a da panela. A passagem do meio diluído para o mais concentrado acontece. A carne funciona como uma membrana semipermeável. Por isso é importante que se tenha mais sal na panela (garantindo assim um meio mais concentrado) que na carne.
Escondidinho de carne seca
Escondidinho é um prato bastante popular, feito tradicionalmente com mandioca e carne seca. Mas há hoje em dia diversas variações, com recheios de bacalhau, frango, camarão, queijos, linguiça... e massa de batata, ao invés da de mandioca. Preparar um escondidinho é moleza, todo mundo sabe... Pelo menos, arrisca. Já tinha feito um em casa, mas nem publiquei porque foi um fiasco! A massa de mandioca ficou puxa-puxa, ‘incomível’! Depois de estudar o caso, descobri os truques para que este prato ficasse leve, fofo e saboroso. Repeti a dose, testei de novo e, agora sim, passo para vocês... Recheio: Seguindo as orientações da dessalga rápida, faça assim. Mais abaixo, o modo tradicional, caso não queira ‘arriscar’, mas lembre-se: eu já testei a aprovei! Como tudo já foi bem explicadinho, retirei o sal de 1 kg de carne seca seguindo o processo acima. Depois, coloquei a carne numa panela de pressão, cobri com água limpa e deixei cozinhar por 30 minutos. Abri a panela, escorri a carne e desfiei bem, desprezando todas as nervuras. Em outra panela, coloquei 2 colheres de azeite, 1 colher de margarina, ½ cebola ralada e 2 dentes de alho picadinhos. Refoguei bem, acrescentei 1 tomate sem pele picadinho e toda a carne desfiada. Temperei com pimenta do reino e adicionei bastante cheiro-verde picado. Reservei.
Purê: Enquanto isso, cozinhei 1 kg de mandioca limpa e fresquinha somente em água abundante numa panela funda. Assim que ficou bem macia, retirei os fiapos do meio e espremi a mandioca com um garfo, enquanto quente. Não bata no liquidificador ou processador, senão vira uma gororoba que ninguém merece! Nem use espremedor de batata, ficará difícil devido às fibras. Use um garfo mesmo. Mas não deixe esfriar. Dá certíssimo! Numa panela, levei 2 colheres de margarina, a massa de mandioca, 1 copo de leite e uma pitadinha de sal. Mexi até ficar homogêneo. Se necessário, pode colocar mais ½ copo de leite. Cuidado com o sal! Montagem: Numa travessa refratária, coloquei metade do purê, toda a carne seca, 1 vidro de requeijão cremoso, fatias de queijo coalho e cobri com o restante do purê. Salpiquei queijo parmesão por cima e levei ao forno por 35 minutos, ou até que borbulhasse e dourasse. Sendo um prato único, para acompanhar somente uma salada de folhas e, se gostar, um arroz branco fecha a conta. Costumo preparar tudo no sábado e apenas levar ao forno no domingo, o que facilita a vida da cozinheira! Certo? Dessalga tradicional: Na véspera da preparação, cortei em cubos 1 kg de carne seca de excelente qualidade. Deixei de molho em água limpa, trocando-a de tempos em tempos. Fiz isso por 5 vezes, até que o sal saísse completamente e a água ficasse ‘doce’. Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www. delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida?
Fotos: Delícias 1001
Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br Queridos amigos Tenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia criativa, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável. Para organizar um evento com comidinhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003).
Seu sorriso COM saúde
Jornal do Meio 677 Sexta 1 • Fevereiro • 2013
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Saúde Bucal: Prevenção e Tratamento informe publicitário
Quando olhamos um belo sorriso imaginamos que este indivíduo apresenta uma ótima saúde bucal, se alimenta bem, de forma adequada, não apresenta dores, dentes cariados ou ausentes, mas nem sempre é assim. Ao contrário do que muitos imaginam a odontologia não visa apenas o tratamento estético de seus pacientes, mas sim a melhora na qualidade de vida e bem-estar deste indivíduo, restabelecendo a forma e a função dos elementos dentários e da gengiva. Hoje, a principal incidência de problemas bucais está relacionada à formação da placa bacteriana. Esta placa consiste em uma fina camada transparente que é formada a partir de restos alimentares e que, se não removidos de forma adequada após a ingestão de qualquer alimento, se adere em volta do dente causando diversos problemas, tais como: a cárie, o abscesso dental ou gengival, o cálculo dentário (popularmente conhecido como tártaro), a gengivite (que é a inflamação de gengiva) e a periodontite (que é a destruição do osso de sustentação dos dentes). Assim, o combate a estes problemas bucais se dá pela correta utilização das técnicas de escovação, conseguindo limpar e alcançar todos os dentes principalmente os molares (dentes do fundo) onde o acesso é mais difícil, pela utilização do fio dental, não apenas entre os dentes, mas também ao redor da gengiva, e pelo tratamento odontológico adequado, buscando sempre um dentista especializado. Temos na odontologia diversas especialidades, assim como na medicina, temos profissionais para tratar os mais diferentes tipos de problemas bucais, são eles: Periodontia (doenças gengivais), Dentística (restaurações estéticas, clareamento dental), Endodontia (tratamento de canal), Prótese dental
(próteses fixas, removíveis e sob implantes), Implantodontia (implantes), Odontopediatria (atendimento à ciranças), Estomatologia (tratamento de lesões bucais), Pacientes com Necessidades Especias, Cirurgia Oral Menor (dentes erupcionados e inclusos) Cirurgia Oral Maior (tramas de face) e Ortodontia (correção e alinhamento dos dentes). A Odontologia nos últimos anos vem passando por um grande avanço, tanto nas técnicas de tratamento odontológico, como no desenvolvimento de novos materiais e de novas tecnologias, melhorando assim a qualidade do tratamento, o conforto ao paciente e a rapidez na realização e conclusão do planejamento proposto. O que antes era desenvolvido e fabricado fora do Brasil, com um custo que apenas uma pequena parte da população poderia pagar, hoje várias empresas nacionais concorrem com a mesma tecnologia e pesquisa, gerando uma revolução e democratização na Odontologia. Vimos isso com o aparecimento da sedação com Óxido Nitroso, a utilização de Laserterapia, aparelhos dentais para a correção dos dentes sem utilização de fios e braquets, sendo eles transparentes e praticamente imperceptíveis, Tomografias Computadorizadas (TC) em terceira dimensão beneficiando áreas que até então não usufruíam da TC médica por falta de especificidade, Aparelhos Rotatórios e Microscópio em Endodontia, reduzindo muitas vezes o tratamento a única sessão, alem de Implantes dentais com diversos tamanhos que se adequando a diversas regiões edentadas. Assim hoje a população tem a sua disposição as mais diversas ferramentas para que um sorriso bonito seja sinônimo de um sorriso com saúde. Dra. Mariana Martins Ramos Leme Especialista em Periodontia CRO / SP: 82.984
COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dra. André Henrique Possebom CROSP 94.138
Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984
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Foi com grande alegria que fotografei o casamento
Depois da cerimônia, aproveitando a trégua da
desse lindo casal: Jessica e José Eduardo. Duas
chuva, seguimos com o casal até uma linda ca-
pessoas maravilhosas que tive o prazer de conhecer
choeira onde aproveitamos para fazer lindas fotos.
e testemunhar a realização do Grande Dia deles.
Nos divertimos muito! Na sequencia seguimos até
Jessica é um doce de pessoa e cuidou de todos os
o Buffet Fiesta onde o casal realizou a cerimônia
detalhes com muito carinho. O casamento deles
civil com muita descontração. Na chegada o ca-
aconteceu na linda cidade de Socorro na Igreja
sal foi recebido com muitos aplausos e votos de
Matriz da Nossa Sra. do Socorro.
felicidades.
O making of dela foi exclusivamente feito pelo
A festa também foi maravilhosa e, com muita
Lulu do Art’n Noivas no lindo Hotel Grimbergs
alegria, o casal aproveitou ao máximo.
Village num clima muito tranquilo apesar da forte
Mais um dia muito especial que guardo com
chuva que caia. Aliás, Jessica ficou linda de noiva.
muito carinho.
Enquanto isso, José Eduardo chegava na Igreja acompanhado pelos amigos e familiares para o Grande Dia. A cerimônia foi presidida pelo Pe. José Carlos que caprichou na oratória envolvendo todos os presentes.
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por Rodrigo Machado/Auto Press
O Duster apresenta bons resultados de vendas desde quando chegou ao mercado nacional, em outubro de 2011. Nem por isso a Renault se acomoda. Para explorar o lado “novidadeiro” do consumidor brasileiro, a marca apresentou a série especial Tech Road. Além de renovar a oferta do SUV, aproveitou para dar mais fôlego também ao marketing do modelo. Feita com base na Dynamique, até então a variante mais equipada da linha, a nova versão aproveita o apelo da tecnologia para se situar numa espécie de “topo do topo”. A tal “tech” que a fabricante vende com a versão refere-se ao sistema NAV, que apresenta tela sensível ao toque, de sete polegadas, e rádio com conexão USB/iPod, Bluetooth e auxiliar. O equipamento também oferece sistema de navegação com mapas fornecidos pela Navteq. Fora isso, apenas os itens já disponíveis no Duster Dynamique, que vão desde o computador de bordo até o trio elétrico, passando por airbag duplo e ABS. O preço, a partir de R$ 63.130, não é o principal argumento – mas deixa o SUV em posição de igualdade diante dos concorrentes igualmente equipados. A intenção da Renault com o Tech Road é reavivar a atenção para o Duster e também estimular o público mais jovem a conhecer o carro. O Duster Tech Road é oferecido em duas opções de motores, sempre movidos a gasolina e etanol – 1.6 e 2.0. No de maior cilindrada, há a possibilidade do câmbio automático. Com esta configuração, o utilitário entrega 142 cv a 5.500 rpm e torque de 20,9 kgfm de torque aos 3.750 giros, quando abastecido com etanol. Todas as versões estão disponíveis apenas com tração 4X2. O preço da série especial na versão 2.0 automática pode chegar a R$ 65.750, quando dotada ainda dos opcionais bancos de couro e pintura metálica. A série Tech Road foi apresentada um mês após o início das vendas da nova geração do Ford EcoSport. Até agosto, a média de emplacamentos do Duster era de 3.400 unidades mensais contra 2.300 do rival. A partir de setembro, a Ford começou a vender o renovado utilitário e levou mínima vantagem até dezembro – média de 4.900 unidades contra 4.890. No entanto, no acumulado de 2012 o Duster manteve a ponta e fechou o ano com 46.893 licenciamentos contra 38.284 do adversário. E esse ano a briga promete ficar ainda mais interessante. A Chevrolet
vai lançar em 2013 o Tracker e a Peugeot planeja introduzir o utilitário 2008, que deve entrar em produção até dezembro.
Ponto a ponto
Desempenho – Os 142 cv do motor 2.0 são suficientes para mover satisfatoriamente o Duster Tech Road, principalmente nas duas primeiras marchas. As rotações sobem rapidamente e o torque máximo de 20,9 kgfm aos 3.750 giros faz com que o utilitário seja ágil nas arrancadas. Mas o escalonamento das relações do câmbio automático de quatro velocidades não ajuda o comportamento dinâmico. A primeira e a segunda cumprem bem a missão de impulsionar o carro e a quarta mantém o ritmo. O problema é o “buraco” deixado para a terceira marcha, que não consegue cobrir e manter a força do utilitário. As transições, embora não sejam das mais suaves, não chegam a incomodar. Nota 7. Estabilidade – O tamanho e o peso do Duster atrapalham, mas de um modo geral o utilitário é bem equilibrado. É claro que em curvas mais fechadas um veículo alto enfrenta uma dificuldade natural. É preciso corrigir eventualmente a direção. Nas retas, mesmo em alta velocidade, o SUV mantém o comportamento sóbrio e não compromete. Nota 7. Interatividade – Os principais comandos do utilitário estão bem posicionados e a utilização é intuitiva. No entanto, o controle de ajuste dos retrovisores está posicionado entre o câmbio e o freio de mão, local pouco prático. Há ainda um porta-objetos no meio do painel, que, embora bastante espaçoso, perde por não ser muito acessível. O monitor de sete polegadas sensível ao toque do NAV oferece praticidade e boa visibilidade, mas é preciso desviar a cabeça para ver a tela. Ficaria melhor se ocupasse o espaço do porta-objetos do painel, por exemplo. Apesar disso, o sistema funciona bem, com mapas precisos, boa conectividade com smartphones e som de qualidade. Nota 7. Consumo – O computador de bordo do Tech Road marcou uma média de 4,8 km/l em circuito misto. Nota 5. Tecnologia – O nome Tech Road leva a crer que a versão é recheada de tecnologia. No entanto, o principal aparato neste aspecto é o sistema NAV, que oferece boas opções de navegação e entretenimento. A plataforma, embora não comprometa, já existe há seis anos. A antiga transmisão automática de quatro velocidades
atrapalha um pouco o conjunto. Nota 7. Conforto – É uma virtude do Duster Tech Road. Os bancos são confortáveis e os ajustes, tanto de altura do assento quanto do volante, proporcionam facilidade na hora de encontrar uma boa posição para dirigir. Além disso, o jeitão quadrado da carroceria resulta em excelente espaço interno. O banco de trás acomoda tranquilamente três adultos de estatura mediana com espaço suficiente para as cabeças, sem que os joelhos pressionem os bancos dianteiros. A suspensão cumpre bem o papel de absorver as imperfeições das ruas. Nota 8. Habitabilidade – O bom ângulo de abertura das portas facilita a entrada e saída da cabine. O bagageiro também é generoso quanto ao espaço e comporta 475 litros. O Duster só não é bem dotado de porta-objetos. O maior deles encontra-se em local de difícil acesso, na parte de cima do painel, e em qualquer movimento brusco tudo pode se espalhar pelo carro. Também não há muita praticidade no compartimento próximo ao freio de estacionamento. O bom espaço interno compensa e ajuda a melhorar a vida dentro do Duster Tech Road. Nota 7. Acabamento – Apesar dos bons encaixes, os plásticos usados não transmitem requinte. No entanto, até combinam com o aspecto “bruto” do carro. Alguns detalhes cromados, como o losango da Renault no volante e os contornos de alguns botões, melhoram um pouco o visual do interior. As peças não são das mais bonitas, mas dão uma coerente impressão de robustez também no lado de dentro. Nota 7. Design – As linhas predominantemente retas dão ao Duster um aspecto másculo, interessante para um SUV. Os para-lamas são bastante pronunciados e a elevação da traseira contribui para deixar o utilitário da marca francesa com jeitão mais “bruto”. Os elementos cromados dão certa dose de sofisticação ao modelo, mas não tiram a “cara de mau”. No fim das contas, o Duster combina aspectos de aventureiro e urbano de maneira bastante singular. Nota 8. Custo/benefício – O Duster Tech Road custa a partir de R$ 63.130 e conta com uma vasta lista de equipamentos. O Ford EcoSport, seu principal concorrente, parte de R$ 65.680 na versão intermediária Free Style, equipada com itens semelhantes. Com preço competitivo, o Duster perde apenas pelo alto consumo de combustí-
vel. Nota 7. Total – O Renault Duster Tech Road somou 70 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
O Duster é um carro com personalidade própria, e isso não se pode negar. O estilo quadradão evidencia a proposta da Renault de fazer um SUV com mais ênfase no lado utilitário do que no esportivo. Porém, por dentro, o Tech Road não é tão bruto quanto seu exterior sugere. O carro oferece conforto e praticamente tudo está bem posicionado. Há dificuldade apenas para encontrar um lugar interessante para despejar “trecos” como carteira e celular, já que os porta-objetos não primam pela comodidade em suas localizações. Também incomoda o comando dos retrovisores externos estar perto da alavanca do freio de estacionamento. Porém, passada a “fase de apresentações”, rapidamente encontra-se o melhor ajuste para dar a partida. Sair com o Duster não causa qualquer incômodo. As relações das duas primeiras marchas são curtas e logo atinge-se a faixa de torque suficiente para que o SUV se mova com bastante agilidade. O motor, de 142 cv, é eficiente e demonstra valentia. Porém, na terceira marcha fica um tanto “bobo” por um tempo. Mas nada que comprometa o desempenho do utilitário, que logo acorda e recupera o fôlego. O Duster é grande. Se por um lado, tal atributo proporciona bastante conforto para os ocupantes, a contrapartida vem nas curvas, quando o carro eventualmente balança mais do que seria agradável. Já em vias predominantemente retas, se revela bastante estável e muito bem disposto. A suspensão é um fator importante para a boa vida a bordo do Duster. Ela absorve as constantes imperfeições do caminho e até mesmo em trechos repletos de quebra-molas o jipinho não deixa a desejar. O isolamento acústico também merece nota. Nas faixas mais altas de rotação pouco se ouve do motor. O sistema de entretenimento dá um certo charme à parte central do painel. Porém o local escolhido pela Renault para alocá-lo incomoda. Com o carro em movimento, não dá para manuseá-lo sem perder o foco na direção. No aspecto dinâmico, o SUV se sai bem e nas situações cotidianas deixa claro que, apesar do jeitão “bronco”, fica bem à vontade na “selva urbana”. Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
olho vivo - dicas de segurança
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Quando a tragédia grita por segurança Por valmir aristides
Neste último final de semana fomos surpreendidos pela tragédia que ocorreu em uma discoteca no Sul do Brasil e que nos levou a refletir sobre o quanto temos a obrigação de aumentar nosso grau de exigência no que diz respeito ‘a nossa segurança. Nossos jovens serão as maiores vítimas do descaso de autoridades e da nossa inércia, até porque a grande maioria das pessoas está preocupada em apenas ganhar dinheiro, independente de tê-lo que gastar para garantir bons serviços e cumprir com as normas e leis . Quando assisti ‘a reportagem do incêndio na DISCOTECA KISS, onde foi constatado que seguranças haviam bloqueado a saída das pessoas no momento do incêndio, a título de que deveriam primeiro pagar suas comandas, fiquei perplexo com a falta de treinamento, planejamento e administração destes homens que, por ironia, estavam ali para garantir a segurança das pessoas . Não tenho medo de errar em afirmar que a maioria dos comerciantes colocam como objetivo principal dos seguranças, a ação de controle sobre brigas e desinteligências e esquecem de que é absolutamente necessário que tenham treinamento de combate a incêndios, primeiros socorros e treinamento específico em situações de tumulto e pânico. O proprietário do estabelecimento não pode ignorar o fato de que as atitudes dos seguranças são de responsabilidade dele e sempre será o proprietário que responderá legalmente por isso, e a coisa fica mais complicada ainda quando os seguranças são contratados de maneira extra oficial (bico). A deficiência da fiscalização deste setor é outra fonte de aumento dos casos de
vítimas até fatais ocasionadas por pessoas despreparadas para o exercício da atividade de segurança. Oriente seus filhos para que nunca desafiem ou discutam agressivamente com seguranças de baladas, barzinhos, etc... , pois não sabemos qual o grau de treinamento dos mesmos, frente a situações de pressão ou nervos exacerbados e o risco de prevalecer o testosterona é muito grande . Já tivemos caso de segurança de balada ter matado um jovem e jogado o corpo no lago. Eu sempre digo que depois que inventaram o cérebro, não haveria mais necessidade de armas de fogo, pau e pedra para resolver qualquer tipo de assunto. Enfim, percebemos que, infelizmente, o que sempre acaba prevalecendo é a máxima de que o importante é que seja barato, mesmo que não funcione ou não satisfaça o grau de exigências os quais se necessita . Vamos tentar obter algumas lições que a tragédia de Santa Maria nos oferece e nos precaver : Será que as autoridades e Órgãos Públicos responsáveis pela habilitação, controle e supervisão dos estabelecimentos comerciais estavam ou estão fazendo o seu papel ? Até onde se sabe, o estabelecimento estava com a licença de funcionamento vencida e o mesmo não tinha planos de emergência e muito menos equipamentos de combate a incêndio em condições de uso, tanto que o extintor que foi utilizado não funcionou. Começamos a nos perguntar se havia fiscalização da Prefeitura, CREA- Conselho Regional de Engenharia, Corpo de Bombeiros e até mesmo a Vigilância Sanitária, pois as janelas dos banheiros eram mantidas trancadas. Até quando vamos deixar a população
exposta única e exclusivamente ‘a vontade de Empresários em cumprir com as Leis espontaneamente, sendo que se percebe que muitos ficam aguardando uma possível e eventual fiscalização, para que, somente depois disso, tomem providências . Já passou da hora de começarmos a observar os locais de grande concentração de pessoas, e principalmente de confinamento, como é a situação das casas noturnas em nossa cidade e exigirmos de forma legal as providências dos responsáveis no que tange ‘a segurança. Em conversa com meus filhos ouvi uma opinião muito interessante onde eles relataram que os ingressos das baladas são feitos para serem entregues na entrada e o cliente não fica com nenhum comprovante. Se o bilhete fosse destacável, daria para colocar no verso uma planta do estabelecimento indicando as saídas, palco, bar e banheiros, o qual ficaria com o cliente. Com certeza isto ajudaria muito em qualquer situação, pois muitas são as pessoas que visitam o estabelecimento pela primeira vez e não fazem ideia de como as instalações estão distribuídas . Além disso, podemos imaginar os jovens entrando numa balada, com som aproximado de 120 decibéis, aglomeração , iluminação baixa e bombardeio de flashs estroboscópicos e para finalizar uma boa dose de álcool.... Parece até um teste de orientação e sobrevivência em estado de guerra. Todavia, o cliente tendo em suas mãos um pequeno mapa do local, poderá se deslocar e agir mais rapidamente e planejar melhor sua saída em caso de pânico . Tenho absoluta certeza de que o nosso Corpo de Bombeiros teria a maior boa vontade em propiciar orientações aos
profissionais de segurança sobre procedimentos em caso de acidentes, bem como a Polícia Militar poderia orientar os seguranças, até onde eles podem agir e de que forma agir. Temos uma Cidade onde existem muitas construções antigas onde o madeiramento do telhado já sofre fadiga e outros cujo assoalho é suspenso e de madeira, ou seja, os riscos são iminentes e cabe a nós e ‘as autoridades não ficarmos esperando uma desgraça para tomarmos atitudes. Portanto, seja exigente e não se sinta mal em denunciar irregularidades que principalmente possam colocar em risco a vida das pessoas. Fico na torcida para que as nossas autoridades se sensibilizem e comecem desde já a elaborar um plano de ação e orientação nos estabelecimentos comerciais que têm a característica de aglomeração de pessoas. Na próxima semana pretendo falar sobre o que pouca gente sabe: Quais as obrigações do Monitoramento para com seus clientes monitorados pelo alarme . Até a próxima! Valmir Aristides, consultor de segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em Eletrônica, tendo atuado na área técnica nas Empresas IBM-International Business Machines e ITT-International Telegraphs & Telecomunications, foi o Fundador-Presidente da REB-PM - Rede de Emergência Bragantina na Polícia Militar e atuou por 2 anos como Diretor do SPC – Serviço de Proteção ao Crédito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL).
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Novas fronteiras – As concessionárias da JAC vão diversificar. A fabricante chinesa começou a comercializar o T140, cavalo mecânico leve, nas mesmas lojas que vendem seus automóveis. O modelo de estreia da marca no segmento de transporte de cargas no mercado nacional custa R$ 69.900 e tem foco no uso urbano. A empresa equipou o T140 com um motor Cummins de 2.8 litros e 140 cv de potência. O torque máximo é de 28,6 kgfm. Novidade anunciada – A Nissan escolheu o Salão de Detroit para revelar o novo Tiida. O modelo será a versão de produção do protótipo Invitation Concept, apresentado em março último no motor show de Genebra. A marca japonesa ainda não revelou detalhes, mas a tendência é que as vendas comecem ainda este ano nos Estados Unidos. O evento norte-americano abre as portas para o público entre os dias 14 e 27 de janeiro. Provocação – A Hyundai mostrou um “teaser” do protótipo que, ao menos por enquanto, é conhecido por HDC14. O modelo será um sedã grande, mas terá linhas de cupê, como é a tendência nos segmentos mais luxuosos. A marca coreana, modestamente, já avisou que o carro será um marco tecnológico na indústria. O três-volumes será equipado com um sistema de comandos em 3D, mas os detalhes da geringonça só serão liberados em uma data próxima ao lançamento. Nas rodas – Mal chegou ao mercado e o Chevrolet Onix já passa pelo seu primeiro recall. A marca norte-americana iniciou uma chamada para o compacto que engloba 7.265 unidades da versão com motor de 1.0 litro e produzidas entre 24 de agosto e 15 de dezembro de 2012. O problema está nas rodas de aço. De acordo com a GM, algumas unidades apresentaram arestas na parte
interior que podem rasgar os pneus, o que levaria ao esvaziamento e ao risco de perda de controle do automóvel. A desmontagem, troca e montagem das quatro rodas demora cerca de 90 minutos nas concessionárias. Viagem com escala – Já há algum tempo a Mazda abandonou o Brasil, mas tem boas chances de voltar. A marca está em processo de construção de uma fábrica no México, na cidade de Salamanca, com previsão de término em 2014 e com capacidade de produzir 140 mil unidades por ano. Apesar de faltar mais de um ano para a inauguração, o presidente da empresa, Takashi Yamanouchi, disse que há planos para aumentar o limite da indústria para 230 mil carros/ano e expandir as operações da para novos mercados – o Brasil estaria incluído aí. Crise de altas cifras – Quando a crise é forte, nem os ricos abrem a carteira. Quem sentiu isso na pele foram os três principais fabricantes de esportivos italianos na Itália. A Maserati foi a que mais sofreu em 2012. Perdeu 72% das vendas em relação ao ano anterior e emplacou 115 carros. A Ferrari registrou 248 vendas e teve queda de 56% quando comparado com 2011. Já a Lamborghini foi a que teve menor retração: 16,6%. Mas também foi a que menos vendeu das três na Itália: teve 60 unidades comercializadas. Sem aumento – O novo IPI já está valendo, mas nem todas as fabricantes repassaram o aumento para o consumidor. A sul-coreana Kia, por exemplo, não vai aumentar o preço dos seus carros até a chegada de um novo lote de importados. A medida faz sentido, já que o IPI só é cobrado na fatura dos carros nos portos e não na hora da venda em si. Os preços da marca coreana só mudam a partir do dia 21 de janeiro, quando chega a nova remessa.
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