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Braganรงa Paulista

Sexta

15 Fevereiro 2013

Nยบ 679 - ano XI jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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para pensar

Jornal do Meio 679 Sexta 15 • Fevereiro • 2013

Expediente

Onde estava Deus quando aconteciam as mortes em Santa Maria? MONS Giovanni Baresse

Esta pergunta deve ter sido feita por muita gente. Também por muitos que creem num Deus que nos ama e sempre quer o nosso bem. Ela não nos é estranha, uma vez que é muito difícil lidar com situações que nos fazem sofrer. Aproveito aqui de uma mensagem que recebi onde um sacerdote teve a pergunta feita por uma sobrinha. Passo às suas palavras: “Minha sobrinha de 18 anos, a mesma idade daqueles que foram mortos nesta tragédia, me perguntou à queima roupa: Tio, onde estava Deus na hora do incêndio? Percebi um misto de revolta e respeito ao me questionar daquela forma. Na verdade ela não entendia porque Deus não havia feito nada. Afinal ela tinha aprendido, na catequese, que Deus estava... ao nosso lado o tempo todo. A dúvida dela é a mesma de milhões de pessoas que ficaram perplexas diante das cenas que se repetiam na televisão. Corpos sem vida sendo retirados daquele lugar. Jovens com seus futuros interrompidos por uma tragédia. Mas por que? Em nossa visão achamos que Deus deveria ter feito algo e apagado o fogo ou, quem sabe, agido de maneira milagrosa para

que as paredes da boate caíssem como caíram as muralhas de Jericó. Não, as coisas não acontecem dessa forma. Ter Deus ao nosso lado não significa que não passaremos pelas dores ou momentos difíceis. A presença de Deus em nossa vida não nos isenta do sofrimento. Viver em Deus não é caminho largo sem dor. A dor e o sofrimento fazem parte da nossa vida por causa da nossa limitação. Seremos livres deles totalmente quando, um dia, vivermos em Deus. Mas enquanto caminhamos nesta terra imperfeita e limitada estaremos à mercê do sofrimento e da dor. A diferença está em que aquele que vive uma vida na fé e em Deus encara e supera o sofrimento de forma diferente. O que vive pela fé não é vencido pela dor e pelas tribulações mas supera tudo isso porque Deus está ao seu lado. Aquele apóstolo também sentiu isso, ele não foi poupado do sofrimento, mas tinha certeza da sua vitória: “Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos”. (2Cor 4,8-9). Ter Deus ao nosso lado

não nos livra da dor, mas nos dá condições de superá-la. Disse tudo isso à minha sobrinha que ainda permanecia em dúvida e retrucou: “Entendi, mas por que Deus não fez alguma coisa para evitar aquilo tudo?” Sei que esta é a pergunta que todos estão fazendo porque fomos criados pensando que Deus deve fazer tudo por nós. Felizmente não é assim. Digo felizmente porque Deus nos criou para que tivéssemos um relacionamento de amor com ele. Ele nos ama e nós o amamos. Ora, para que isso aconteça deve haver liberdade. Caso contrário não seria amor e sim pura obediência. Amamos a Deus com tanta liberdade que podemos até rejeitá-lo, caso seja essa nossa escolha. Por causa disso Deus não intervém na nossa história a todo o momento. Fazemos o nosso caminho a partir daquilo que apreendemos do seu amor, temos a sua força que nos impele a superar os momentos difíceis, mas não somos parte de um brinquedo de Deus, onde Ele controla tudo com um joystick como se fosse um daqueles joguinhos de computador. Se acontecem tragédias, acidentes e ataques terroristas Deus não é o culpado. Até entendo que diante

de uma falta de explicação para os fatos tentemos buscar um culpado e não achando ninguém culpamos a Deus. Mas as tragédias acontecem por negligência, por falta de responsabilidade ou porque não se observaram regras básicas de segurança. No caso, acenderam um artefato de fogo de artifício num ambiente fechado. Os acidentes são frutos do desgaste de peças e de falhas humanas e os ataques terroristas, frutos da maldade do coração dos homens. Deus não participa disso. Mas onde estava Deus? É melhor que mudemos a pergunta pra “Onde está Deus neste momento?” Deus está nas milhares de pessoas que são solidárias e rezam por essas famílias. Ele está nas centenas de voluntários que se uniram para ajudar. Deus se encontra naqueles que entraram na boate, em chamas, para resgatar os que estavam ali. Deus permanece no coração daqueles que choram e ao mesmo tempo enxuga as lágrimas de um pai ou mãe inconsoláveis. Deus estará no coração de cada parente ou amigo daqueles jovens, fazendo com que eles possam retomar as suas vidas. Deus estará na voz daqueles que irão denunciar as péssimas condições de

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

segurança de locais semelhantes à esta boate para que outras tragédias não venham acontecer mais. Deus deve estar em seu coração neste momento, para que você se una à essas famílias e reze por elas. Deus deve estar em seu coração, neste momento para que você procure alguém que esteja sofrendo para consolar e ajudar. Deus pode fazer tudo, mas prefere fazer tudo através de você”. É bom a gente sempre lembrar disso: Deus pode tudo, mas resolveu agir em nossa vida e na história através de nós que somos seus filhos e filhas. Nossa tentação é sempre acusar a Deus pelo mal que acontece. E negar a sua presença no bem que se realiza (aí é sempre mérito nosso!).


comportamento

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Retrato do pós-familismo Relatório global prevê o fim da família e a escalada do individualismo; brasileiros discordam

Por JULIANA VINES /folhapress

O “Admirável Mundo Novo” imaginado por Aldous Huxley está perto de virar realidade para o demógrafo americano Joel Kotkin, autor do relatório internacional “A Ascenção do Pós-Familismo”. Publicado em 1932, o livro de Huxley pintava uma era na qual laços de parentesco eram desencorajados e as palavras “pai” e “mãe”, ditas com constrangimento. Para Kotkin, as mudanças demográficas das últimas décadas não deixam dúvidas: “Já vejo semelhanças com a ficção: a paternidade está desaparecendo e as pessoas se identificam mais com a classe a que pertencem do que com a família”, disse o demógrafo à Folha. Ele define pós-familismo como uma sociedade centrada no indivíduo. Países ricos estão na dianteira desse fenômeno mundial de múltiplas causas: econômicas (o custo de ter filhos subiu), culturais (a mulher quer ter uma carreira antes de ser mãe) e políticas (falta de incentivos à maternidade). “O pós-familismo é crítico por resultar de muitas tendências. No Japão, o custo de vida é alto. No Irã, os filhos são um luxo”, ilustra Kotkin. A maior parte do levantamento, que envolveu cinco pesquisadores, três centros de estudo e dados de todos os continentes, foi feita no leste asiático, região de culturas centradas na família. É bem lá que o pós-familismo cresce rápido. Segundo o relatório, um quarto das mulheres do leste asiático ficarão solteiras até os 50 anos e um terço delas não terão filhos. A queda na fecundidade é uma tendência sem volta inclusive no Brasil. Hoje, as brasileiras têm, em média, 1,9 filho; em 1980, a média era 4,4. Mas, para especialistas brasileiros, o termo “pós-familismo” é apocalíptico demais. Se a família margarina (aquela com apenas pai, mãe e filhos) já não é mais dominante, novos arranjos proliferam. “Aumentaram as famílias monoparentais, com apenas pai ou mãe, e os casais sem filhos”, diz José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. A demógrafa Simone Wajnman, da UFMG, analisoudadosdoCenso2010recém-publicados e descobriu que a família estendida, a que inclui parentes além do núcleo principal, já corresponde a 26% dos domicílios. A família está longe de morrer, diz a socióloga Maria Coleta de Oliveira, da Unicamp. O que há é mais chance de escolha. “Não há um nome para esse momento. A diversidade será cada vez maior.” Vínculo de sangue A futuróloga Rosa Alegria, pesquisadora de tendências da PUC-SP, acredita que se está no meio do caminho. “Ainda não há retrato revelado. Mas é certo que a família tradicional é passado”, diz, arriscando sua definição: “Família foi vínculo sanguíneo; hoje é um grupo com interesses comuns. No futuro, pode ser um grupo de amigos”. Para o IBGE, família ainda designa pessoas sob o mesmo teto. A classificação não contabiliza casos de guarda compartilhada ou de casais que moram separados. “Já há uma recomendação da ONU para que os critérios de contagem mudem. Pensamos nisso, mas talvez para os próximos cinco anos”, diz Gilson Matos, estatístico do IBGE. Se o pós-familismo não é consenso, o crescimento do individualismo é. “As pessoas preenchem suas vidas com bens de luxo e alta escolarização. Há uma pressão social pelo investimento pessoal”, diz Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Ipea. Esse individualismo é resultado do próprio modelo de família tradicional, segundo o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte. “A família moderna tem a função de criar ‘indivíduos’ autônomos”, diz. “Todos esses fenômenos atestam não a superação da família, mas a individualização. A família, no sentido amplo de rede de parentesco, está forte e ativa como sempre.” Segundo a psicóloga Belinda Mandelbaum, professora da USP, as novas famílias são pressionadas a reproduzir práticas individualistas e ainda sofrem por não se encaixarem no modelo tradicional. “Há no imaginário social a ideia de que a família tradicional seria melhor. Não há melhor ou pior, o que importa é a qualidade dos laços.” Para ela, muitas das novas famílias não têm nada de novo. “Diferem na composição, mas repetem o funcionamento tradicional. Em casais homossexuais pode haver violência como nos héteros. Nas famílias sem pai,

um avô ou tio assume a função paterna.” Não sem consequências, analisa Nilde Parada Franch, presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise-SP. “O pai ausente pode deixar o registro de uma falta importante.” Ela diz que o desafio, nesse quadro de diferentes agrupamentos, é tolerar as novidades, mas sem banalizá-las e sem ignorar traumas e perdas resultantes da revolução. Análise Da família do futuro ao futuro da família Novos estudos colocam uma interrogação sobre o futuro da família. As tendências demográficas são inegáveis. Não é a primeira vez que ocorre nem será a última. No cerne das mudanças está a mulher e a evolução de seus papeis. Ficou difícil equilibrar tantos pratos, ainda mais diante das dificuldades econômicas. Do lado masculino, o discurso nos últimos anos foi o de que ser homem não é mais prover e procriar. Ao homem moderno cabem os cuidados de si, as experiências na urbe sensorial etc. Some-se o individualismo galopante de vertente hedonista-narcisista e o juvenismo, que nos vendeu a ideia de que é possível e desejável viver em sempiterna adolescência. Embora o retrato atual seja esse, há um excesso de pessimismo nas previsões sobre o fim da família. Multiplicam-se sinais de sua renovação. Os jovens seguem expressando o desejo de união (não necessariamente de casamento, mas que importa?) e a maioria das mulheres, se a condição permite, quer filhos. O anseio por família e casamento dos casais homoafetivos é especialmente relevante, já que essa é uma fatia da população cujo comportamento é tido como precursor. E se a preservação da espécie continua sendo a pedra de toque do comportamento evolutivo, resta-nos perguntar: o futuro será pós-familiar, como pretendem alguns, ou moderno mesmo será conjugar a família em novos tempos e modos? Dario caldas é sociólogo e dirige o Observatório de Sinais Divórcio perfeito A publicitária Paula Araújo, 45, e o empresário Luis Antônio Speda, 50, estão separados há cinco anos e têm os trigêmeos Maria Eduarda, Ana Luiza e João Pedro, de dez anos. São um caso raro de ex-casal que passa o Natal unido. “Temos guarda compartilhada e somos melhores amigos. Não deu para ter o casamento perfeito, mas temos o divórcio ideal”, diz ela. Divorciados que optam pela guarda compartilhada são minoria: foram 5,4% em 2011. Mas o percentual dobrou na última década. “Acho o ideal para quem é mais maduro”, diz a publicitária. Eles se definem como uma família unida, só que de pais separados. O bancário Fernando Soares, 37, mora sozinho com o filho Marcelo, 6. O arranjo conhecido como família monoparental é quando o pai ou a mãe vive só com os filhos. Mulheres sozinhas com crianças representam 15,3% dos lares brasileiros. E pais sozinhos com filhos são apenas 2,2%, segundo o IBGE. “A vinda do Marcelo não foi planejada. Nunca fui casado com a mãe dele. Há dois anos, propus que ele ficasse comigo e ela viesse visitar.”. No Natal, Fernando leva Marcelo para a casa dos avós, onde moram ainda sua irmã e o sobrinho de 12 anos. “Ninguém sonha em ter uma família como a minha, mas a vida caminhou desse jeito e não lamento. Meu filho e eu somos uma família pequena e perfeita ao seu modo”, diz Fernando.


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colaboração SHEL ALMEIDA

Futebol não é mais esporte só para Lídia Rodrigues, trabalham no clube. Desde homem. Um exemplo disso é que o 2004 é ela quem recepciona os árbitros antes futebol feminino tem crescido, com dos jogos e, atualmente, ambas fazem parte mais times disputando os campeo- da diretoria. “No começo os árbitros ficavam natos amadores e cada vez mais meninas assustados quando eu chegava, hoje sentem praticando o esporte desde cedo. Elas ainda falta quando é outra pessoa que aparece”, diz. continuam em menor número, mas, de duas Fabiana e Lídia também acompanham o décadas para cá, o número de torcedoras que time quando o jogo é fora de Bragança. “As acompanham os times em campo também pessoas ainda ficam curiosas, querem saber o que uma mulher está fazendo tem aumentado significativaali no meio. Os repórteres asmente em Bragança. Se antes elas só assistiam aos jogos Agora não são só os sustam quando a gente desce do ônibus. Estão esperando na companhia do pai, irmão pais que trazem os os jogadores e descem duas ou namorado, hoje elas vão sozinhas aos estádios. Nas filhos. As mães também mulheres”, ri. “Ainda são poucapitais, a realidade ainda é trazem as filhas cos os clubes com mulheres trabalhando na equipe, acho outra. Uma pesquisa divulgada que, além do Bragantino, só em setembro de 2012 mostra Doroteia Picarelli a Ponte Preta e o São Paulo. que apenas 6% das mulheres assistiram a um jogo de futebol no estádio As bandeirinhas gostam quando o jogo é em 24 meses. Ao todo foram 1.140 mulheres aqui porque tem mulher no clube, se sentem entrevistadas em Curitiba, São Paulo, Rio mais à vontade. Inclusive um dos banheiros de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e da arbitragem é feminino por causa delas”, Salvador. Os principais fatores indicados conta. foram as condições dos banheiros, a falta de Rosana também já se acostumou a ser a cobertura nos estádios, e o medo da violência. presença feminina. “Meu filho joga desde Para saber mais sobre o assunto, conversa- criança e eu sempre o levei aos treinos. Eu mos com quatro mulheres que começaram era a única mãe ali. Quando fomos junto como torcedoras e hoje estão diretamente com outros torcedores assistir um jogo do ligadas ao Bragantino, vivenciando o amor Bragantino fora da cidade, eu era a única pelo esporte – e pelo time – diariamente. mulher, em três ônibus”, conta. Doroteia Picarelli, Rosana Carobrez, Fabiana Ela começou a acompanhar os jogos no estádio Uzita e Tatiana Rodrigues contam, a seguir, quando o filho tinha 10 anos. “Fomos para como o futebol envolveu cada uma delas e ver um jogo entre Bragantino e Corinthians. como as mulheres, aos poucos, conquistam Ele queria de todo jeito assistir o jogo com a Gaviões eu fui levá-lo”, lembra. “O difícil espaço nos estádios. era querer comemorar os gols do Braga e não poder”, brinca. Doroteia começou a assistir aos jogos do Assim como Doroteia, Rosana também foi Bragantino no início da década de 1990. Em convidada a trabalhar na bilheteria do clu1995 foi convidada pela diretoria do clube a ser be e hoje frequenta mais o estádio do que o prestadora de serviço e, até hoje, trabalha na filho. Agora cada um tem a própria turma pra bilheteria do estádio. “Como eu ainda estou vir assistir os jogos, mas sempre discutem na bilheteria durante o primeiro tempo, só sobre o assunto em casa. “Ele joga society acompanho o segundo. Mas quando chego e quando chega vem me contar como foi o em casa procuro algum canal que esteja jogo, vem pedir conselho”, fala. exibindo o replay para poder assistir o jogo todo”, conta. “Meu marido detesta futebol, então sempre assisto sozinha”, fala. Há 18 Tatiana Rodrigues freqüenta o estádio do anos acompanhando os jogos, ela conhece Bragantino deste os sete anos, junto com o bem o perfil de quem freqüenta o estádio. pai, Celso, que já foi presidente da torcida “Hoje vem bastante mulher. Quando comecei organizada do Massa Bruta. “Eu sempre eram apenas 5%, hoje são 40% dos torcedores. gostei, meu irmão não. Ele nunca pisou Até senhoras idosas vêm pra assistir. Mulher no estádio”, brinca. Em 2005 começou ser também vem porque gosta e entende. Torce, colaboradora do clube, recepcionando a grita e xinga igual aos homens. Agora não imprensa. Em julho de 2012, com a ausência são só os pais que trazem os filhos. As mães de um comentarista, o locutor de uma rátambém trazem as filhas”, diz. “Quando dio local a convidou a falar sobre o jogo, ao fizemos a promoção do ‘chute a gol’, duas vivo. “Eu assustei na hora, foi de surpresa. participaram e uma conseguiu ganhar a Ele me disse ‘você entende. É só falar o que camiseta oficial”, conta. “Em duas ocasiões sabe”, conta. Hoje ela comenta os jogos no as mulheres enchem o estádio: quanto tem programa esportivo da rádio, de segunda promoção ‘mulher não paga’ ou quando vem à sábado, das 11h às 12h, além de ser a um time grande de fora. Algumas ainda não comentarista nos jogos do Bragantino. “A por vêm por medo”. primeira vez foi no jogo entre Bragantino Mesmo sendo normal a presença de mulheres e Goiás. Fui a primeira mulher a falar sobre no estádio em Bragança, em algumas cidades futebol em uma emissora da cidade. Quebrei ainda é incomum. Fabiana lembra quando foi um tabu. O pessoal do mundo esportivo ainda com outras nove torcedoras assistir um jogo não entende. Muita gente chegou a me dizer: do Braga em Marília. “Assim que descemos ‘para com isso, porque você tá fazendo isso, do ônibus o policial perguntar se a gente não é pra você. Outras pessoas dizem que também ia entrar no estádio”, diz. “Éramos fui corajosa, mas não é coragem, é fazer o 10 mulheres, estávamos com outros torcedo- que gosta. No interior ainda são poucas as res. Por que iríamos até lá se não fossemos mulheres comentaristas. Aqui foi um choque. entrar no estádio?. Só depois disso é que as O comentário mais comum é de que não é mulheres da cidade começaram a ir também, qualquer um que pode pegar o microfone. Mas antes ninguém ia, fomos as primeiras”, conta. o problema é que os homens não aceitam que Fabiana começou a ir aos jogos com o tio e uma mulher possa saber mais de futebol do o avô. Quando eles não podiam trazer, ela que eles”, comenta. “Meu pai ficou maraviia com a avó. “Meu pai não podia levar por lhado. Uma amiga está fazendo faculdade e causa do trabalho e não deixava eu ir sozi- me diz que tem vontade de entrar na área. nha. Então eu fazia minha avó me trazer”, É bom saber que posso ser exemplo conta. Hoje tanto Fabiana quanto a mãe, para outras mulheres”, conclui.

Presença feminina

foto: Bruno Zecchin

Rosana e Doroteia no estádio, durante jogo do Braga. “Mulher também vem porque gosta e entende. Torce, grita e xinga igual aos homens”

Doroteia, Tatiana, Fabiana e Rosana. Número de mulheres nos estádios passou de 5% para 40% em duas décadas. foto: Fábio Moraes

Tabu

Fabiana e o jogador Léo Jaime no Estádio do Morumbi. “As pessoas ainda ficam curiosas, querem saber o que uma mulher está fazendo ali no meio” FOTO:Bruno Zecchin

Tatiana na cabine da imprensa. “Quebrei um tabu em Bragança. Fui a primeira mulher a falar sobre futebol em uma emissora da cidade”.


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Reflexão e Práxis

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Porteiro e vigilante indenização e acúmulo de função Por valmir aristides

Veja o que diz a convenção do Sindicato dos empregados de edifícios comerciais e residenciais de São Paulo sobre o trabalho do porteiro: Parágrafo Segundo - Porteiro ou Vigia (diurno e noturno) é o empregado que executa os serviços de portaria, tais como: a) Receber e distribuir a correspondência destinada aos condôminos ou inquilinos; (sem sair da portaria); b) Transmitir e cumprir as ordens do zelador; c) Fiscalizar a entrada e saída de pessoas; d) Zelar pela ordem e respeito entre os usuários e ocupantes de unidades autônomas; e) Dar conhecimento ao zelador de todas as reclamações que ocorrerem durante a sua jornada. São muitos os condomínios e indústrias que se utilizam dos porteiros (ou vigias), para que durante à noite façam vigilância a pé ou motorizado em todo o perímetro do patrimônio. Todos sabem que a função de VIGILANTE só é autorizada pela POLÍCIA FEDERAL e se for oferecida por empresa terceirizada, a mesma tem que ser autorizada e registrada pela POLÍCIA FEDERAL. Mas o fato é que as pessoas que contratam fazem vista grossa para a exigência da lei e acabam por pagar caro por isso, visto que sujeitam todos os moradores do condomínio a arcar com multas altíssimas, além de indenizações estratosféricas para os porteiros, pois para estes, que tem o salário na categoria de porteiro e executam rondas no condomínio, significa dinheiro em caixa quando quiserem processar o condomínio por acúmulo de função e equiparação salarial para a função de vigilante. Não obstante disso estão as empresas de

administração de portaria que oferecem funcionários registrados como porteiros e os colocam para atuar também como vigilantes. É fatal que na hora de um processo trabalhista, o condomínio acaba como co-responsável pela quebra da lei e poderá ter que arcar com indenizações. Até porque não são raros os casos de funcionários que processam a empresa que o contratou, concomitante ao condomínio ou indústria onde exercia o trabalho. O fato é que todo mundo quer economizar e isto acaba sendo um prato cheio para algumas empresas de administração de condomínio, que para não perder negócios, não informam o contratante sobre estas peculiaridades da lei e atuam contando com a sorte da falta de fiscalização e com o receio dos funcionários em denunciar ou abrir processos trabalhistas. Não se pode deixar de fora incidentes, tragédias ou crimes que possam ocorrer no local. É onde tudo vem à tona e todos poderão pagar pelos danos . Também não são raros os casos onde o condomínio fica amarrado com os profissionais de portaria, pois se tiver que dispensar alguém, a indenização poderá inviabilizar a dispensa. Estou acostumado a ver condomínios que utilizam os porteiros como vigilantes, ou como jardineiros ou como caseiros, e tudo vai bem até haver algum descontentamento de qualquer das partes. Numa entrevista a um candidato soube que no curso de porteiro e de vigilante que ele havia feito, os professores falavam sobre as funções de cada cargo e sobre os acúmulos de função. E concomitante a isso, os professores orientavam para que

os alunos ficassem tranquilos quando ocorresse esta situação e prolongassem o maior tempo possível amealhando comprovações, pois, num processo trabalhista isto era dinheiro garantido. Talvez seja esse o motivo para tanta procura para cursos de porteiro e vigilante. Costumo aconselhar síndicos/empresários para que façam contratação direta de porteiros e contratem à parte uma consultoria e assessoria para treinamento e acompanhamento dos assuntos e problemas de segurança do condomínio ou indústria. Garante-se com isso uma grande economia, com uma enorme segurança, pois a consultoria e assessoria acompanhada de apoio jurídico fazem com que o síndico/ industrial não tenha que se descabelar para resolver os problemas dia e noite. Se o objetivo do condomínio é ter vigilantes para rondas, é melhor contratar profissionais com curso de vigilante e registrar o condomínio e o profissional na POLÍCIA FEDERAL, e novamente uma assessoria poderá ajudar. O que se vê é que os condomínios acabam por deixar nas costas do síndico toda a carga de trabalho e solução de problemas e nem sempre o sindico tem a disponibilidade de tempo e conhecimento legal das exigências que regem este segmento. Se o sindico faz algo errado e acaba em prejuízo, todos acabam pagando, pois é mais difícil pedir ressarcimento ao síndico, que fatalmente é um amigo/vizinho que está dispondo do seu tempo para ajudar a todos do condomínio . O síndico teria que exercer o papel de interlocutor, fiscal e cobrador da assessoria, que de forma especializada e responsável,

deverá prestar contas às solicitações que o sindico apontar. Seria até interessante montar uma empresa específica para assessoria administrativa, operacional, jurídica e trabalhista, dedicada aos condomínios e empresas, pois o Cidade está carente. Fica aí uma bela dica para profissionais de segurança com formação e estrutura administrativa e jurídica que queiram fortalecer nossa cidade e região com tamanho porte de solução. Normalmente os condomínios terceirizam por receio de que algum funcionário venha a faltar e deixar a portaria na mão. Atualmente é muito fácil resolver com um simples planejamento estratégico de suporte avulso. É incrível o número de candidatos à procura do emprego de segurança, portaria, vigia e vigilante. Basta colocar um anúncio no jornal e esteja preparado para uma fila enorme à sua porta. Até a próxima! Valmir Aristides, consultor de segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico LtdaEmpresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em Eletrônica, tendo atuado na área técnica nas Empresas IBM-International Business Machines e ITT-International Telegraphs & Telecomunications, foi o Fundador-Presidente da REB-PM - Rede de Emergência Bragantina na Polícia Militar e atuou por 2 anos como Diretor do SPC – Serviço de Proteção ao Crédito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL).


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A folia no Senado Por pedro marcelo galasso

A escolha de Calheiros para a

presidente do Senado, também teve

Entretanto, a escolha de Calheiros no

de coincidência existe aqui?

presidência do Senado, no bi-

sua escolha para o cargo questionada,

período carnavalesco explicita uma

É importante perceber que todas as

ênio 2013-2014, teve um sabor

além do governo desastroso como pre-

prática política bastante comum no

decisões que afrontam a opinião pú-

amargo para muitos, mas é um sinal

sidente do Brasil marcado por ondas

Brasil, mas que sempre fica em segundo

blica são votadas próximas a datas que

claro da distância entre os desejos e

maciças de inflação e planos econômicos

plano – as grandes decisões políticas que

preenchem o cotidiano brasileiro, como

interesses políticos que envolvem a

frustrados. Ele presidia um Senado que

podem causar um mal estar frente a

o Carnaval. Nada melhor que a maior

escolha daqueles que ocupam cargos

recebia o também ex-presidente Collor

opinião pública sempre são tomadas ou

festa popular brasileira para que nos

importantes em nosso país frente as

que, por sua vez, foi caçado após um

definidas próximas aos grandes eventos

esqueçamos dos desmandos políticos

aspirações populares, sem que seja

processo de impeachment, resultado de

que ocorrem no Brasil. É como se estes

que são discutidos e votados próxi-

considerado o constrangimento pela

uma campanha intensa de uma grande

eventos tivessem uma capacidade de

mos a momentos nos quais a Política

escolha de uma figura que se tornou

emissora de TV brasileira, fama por suas

nos fazer esquecer dos prejuízos destas

é relegada e em momentos marcados

notória por escândalos como peculato,

novelas e “alto padrão de qualidade”, que

ações e de nos consolar mesmo após

pelos excessos, tais como aqueles que

adultério e falsificação de documentos.

levou milhares de jovens às ruas em um

o fim dos eventos, causando um certo

ocorrem na esfera pública brasileira,

A renúncia de Calheiros a cinco anos

movimento chamado “Caras Pintadas”

torpor que vem acompanhado de um

mas que são compensados por toda a

atrás, para garantir a manutenção de

que, me parece, é bem apropriado ao

sentimento de conformismo com relação

liberalidade que a sociedade viveu ao

seus direitos políticos, e a sua saída da

período carnavalesco. Mas o que há em

ao que já foi decidido.

longo dos dias de Carnaval. É ainda um

cena pública, expediente utilizado por

comum entre as figuras de Calheiros,

E, não nos enganemos, a notícia sobre a

período de exceção ou alguém acredita

inúmeras figuras públicas sob acusação,

Sarney e Collor? Todos eles tiveram seus

redução da tarifa sobre a energia elétrica

que as determinações sobre as restri-

nos mostra que a cartilha do “compor-

mandatos marcados por escândalos

foi apresentada com antecedência e nos

ções do consumo de bebidas alcoólicas

tamento político” é seguida a risca.

que envolviam o mau uso do dinheiro

trouxe um ar de otimismo, mas não é

e direção serão respeitadas?

A transmissão da presidência do Senado

público e as ações para favorecimento

estranho que o aumento do preço da

Pedro Marcelo Galasso – cientista polí-

produz uma sensação de incredulidade

pessoal e, ainda assim, ocupam cargos

gasolina tenha sido divulgado somente

tico, professor e escritor. E-mail:

e impotência, já que Sarney, o antigo

importantes na República Brasilis.

agora, próximo ao Carnaval? O quanto

p.m.galasso@gmail.com


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Cachaça radioativa Por GIULIANA MIRANDA /folhapress

Pesquisadores brasileiros

sencadeia as reações químicas, que

do Cena (Centro de Energia Nuclear

alto. Um irradiador custa em média

deram um jeito de “turbinar”

aconteceriam de maneira bem mais

na Agricultura) da USP.

US$ 3,5 milhões. Por isso, segundo

a fabricação da cachaça ao

lenta pelo método tradicional com

Um inconveniente do método é que,

Arthur, o mais provável seria a criação

eliminar sua etapa mais demora-

a madeira.

ao contrário dos barris, a irradiação

de centros que poderiam irradiar

da: o envelhecimento em barris de

Nesse ponto, há mudanças na acidez,

não altera as cores do líquido, que

a cachaça para vários fabricantes.

madeira, que pode levar mais de

no teor alcoólico e em vários outros

permanece transparente.

A equipe do projeto também diz

três anos. Usando radiação gama,

aspectos da aguardente.

“E tem muita gente que faz questão

que praticamente não há diferença

da a coloração amarelada”,

no gosto da bebida. Em um teste

relata Arthur.

com 40 estudantes da USP, eles não

cientistas da USP criaram um “envelhecimento” similar e que só leva

segurança

poucos minutos.

A quantidade de radiação, de 0,3

Para contornar o problema, os pes-

detectaram diferenças aparentes

O método ainda é restrito aos labo-

quilogray por dose, é considerada

quisadores criaram uma espécie de

entre a cachaça tradicional e a

ratórios, mas os cientistas acreditam

baixa pelos físicos, mas equivale à

repouso “estético”. Eles deixaram

“radioativa”.

que ele possa ser usado para acelerar

exposição de um indivíduo a apro-

a bebida cerca de seis meses em

O sommelier de cachaça Jairo Mar-

a produção de aguardente e talvez

ximadamente 10 mil tomografias

barris de amendoim apenas para

tins, no entanto, discorda. “Essa

até diminuir seu custo.

computadorizadas.

“pegar a cor” desejada.

cachaça ainda tem de melhorar. A

A fabricação é a mesma. A diferença

Ainda assim, o coordenador do

Os pesquisadores estão traba-

acidez ainda está muito forte.”

é que, depois de destilada, em vez

projeto diz que não há risco de

lhando também com a adição de

Especialista no assunto e criador

de ir para os barris envelhecer, a

contaminação da cachaça irradiada.

essências e outros elementos para

do site “O Cachacista”, Martins

cachaça já é engarrafada.

“Isso não acontece. A bebida pode

incrementar ainda mais a bebida e

provou uma amostra da aguardente

Os recipientes com a pinga passam

ser consumida logo depois. O pro-

suas possibilidades de coloração.

irradiada a convite da reportagem.

então por um aparelho chamado

blema é que muita gente confunde

Já foram testados, entre outros,

“Não substitui o envelhecimento em

irradiador. Lá, as garrafas são atin-

irradiação com contaminação”, ex-

urucum e ipê.

barril. Pode acelerar o processo, mas

gidas por raios gama. Essa radiação

plica Valter Arthur, do Laboratório

Para a técnica chegar à indústria,

somem todas as peculiaridades

ioniza os átomos da cachaça e de-

de Radiobiologia e Meio Ambiente

no entanto, é preciso investimento

que a madeira proporciona”, diz.


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Delícias 1001

Jornal do Meio 679 Sexta 15 • Fevereiro • 2013

lanches rápidos Por deborah martin salaroli

Rocambole com salaminho Adoro esse rocambole. Com poucos ingredientes, nem ovo vai na receita. Ajuda a cozinheira desprevenida! Desta vez foi recheado com salaminho, mas você pode usar o que tiver na sua geladeira. Faço sempre em casa, salva qualquer pressa. Para a massa: 30g de fermento biológico fresco ou 1 saquinho do fermento em pó 250ml de água morna ½ kg trigo 1 xícara de óleo Desmanche o fermento na água morna. Adicione o trigo e o óleo e amasse muito bem, até que a massa fique bem macia. Divida a massa em 3 partes e deixe descansar coberta com plástico. Enquanto isso, faça o recheio: *2 tomates grandes picados finamente *1 cebola bem picada *sal *orégano *pimenta *1 colher de óleo Misture tudo como uma salada. Abra a massa como se fosse uma pizza e espalhe uma parte (1/3) do vinagrete, desprezando o caldo que formou. Por cima, coloque fatias de muçarela e o salaminho e enrole como um rocambole. Repita o mesmo com as outras porções de massa.

Numa assadeira bem grande cabem os três rolos, lado a lado. Espere crescer antes de assar. Pincele por cima com 1 gema batida misturada com 1 colher (rasa) de manteiga derretida. Leve ao forno (180C) até dourar. O salaminho pode ser substituído por atum, sardinha, presunto, verduras, frango...a Torta de alface e frios Nunca tinha ouvido falar em ‘torta de alface’. Mas quando ganhei essa receita de uma amiga querida, tive que confirmar a ideia como uma saborosa sugestão. Além de ser de preparo simples demais, o sabor surpreende. Ela me ensinou assim: Coloque numa tigela... 1 pé de alface americana 150g de peito de peru (ou copa, presunto, lascas de bacalhau...) 150g de mussarela 150g de queijo prato 1 pão de forma inteiro sem casca 4 tomates sem pele 5 colheres de maionese 1 lata de creme de leite sem soro azeitonas sem caroço orégano sal (só para acertar o sabor) Tudo deve ser bem picado e misturado. Acomode num refratário grande untado e polvilhe farinha de rosca por cima.

Fotos: Delícias 1001

Rocambole com salaminho Leve ao forno para dourar, apenas. Pode ser servido quente ou frio. Receita mais que aprovada! Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br Queridos amigos

torta de alface Tenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia criativa, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável. Para organizar um evento com comidinhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003)

teen

Ironia dá o tom

Ícone da música country norte-americana apresenta comentários despretensiosos sobre vida, carreira e política por RODOLFO LUCENA/folhapress

Na estante das superdocumentadas e ultradetalhadas biografias de figurões do mundo musical, o livro de memórias de Willie Nelson chega desafinando o coro dos contentes, como dizia o poeta. Não respeita ordem cronológica nem trata exaustivamente da trajetória do ícone da música country norte-americana. Em lugar disso, traz um punhado de comentários de Nelson, 79, sobre sua arte, seus caminhos, a política e a vida. De certa forma, é o que promete o título: “Roll Me Up and Smoke Me When I Die: Musings from the Road” (me enrole e me fume quando eu morrer: reflexões da estrada, em tradução livre), lançado recentemente nos EUA. É uma verdadeira colcha de retalhos, com preciosidades sobre a vida e a carreira de Nelson, que escreve com bom humor. Inclui também textos menores, a maioria de parceiros, colaboradores ou parentes do cantor, que estariam mais apropriadamente colocados em algum caderno de recortes familiar. Em “Roll Me Up...” há minicapítulos em que parceiros relembram como conheceram o ídolo -em alguns casos, chefe ou patrão-; filhos e netos dão testemunho de como Willie Nelson é legal, bom pai, cidadão da melhor qualidade e assim por diante. Mesmo nas arengas familiares, há o que se salve. Annie, a quarta e atual mulher do artista, conta como os dois se conheceram -foi no set de filmagens da versão televisiva de “No Tempo das Diligências”, o grande faroeste de John Ford- e comenta bastidores de shows e temporadas. Mas o que alinhava tudo, dando forma e consistência ao volume, são os textos de Willie Nelson, escritos em estilo simples, sem pretensões literárias. Quer apenas

compartilhar lembranças, momentos da vida e opiniões -muitas opiniões. Ele se apresenta como rebelde desde garotinho. “Uma vizinha afirmava que quem consumia álcool ou tabaco ia para o inferno. Como eu fumava e bebia desde os seis anos, posso dizer que a minha rota para o inferno estava traçada desde meus tempos de jardim de infância.” Ao longo da vida, porém, foi abandonando alguns dos vícios. “O cigarro matou meu pai, matou minha mãe, meu padrasto e minha madrasta”, diz, ao revelar o que fez quando decidiu parar de fumar. “Joguei fora todos os cigarros do maço, enrolei 20 baseados e os coloquei no lugar. Ia fumando um por dia...” Compor é um parto Hoje é um feroz militante antitabagista e, ao mesmo tempo, ativo defensor da liberação da maconha. Em resposta ao grupo conservador Tea Party, lançou o movimento TeaPot (chá de maconha, em tradução livre) depois de uma de suas prisões por posse da chamada erva maldita. Também fala sobre sua participação em movimentos mais amplos, como o Farm Aid, de apoio a pequenos produtores rurais, e não deixa de dar seus pitacos na vida política -apoia e elogia o presidente Obama. Conta ainda, sem pena de rir de si mesmo, algumas de suas aventuras empresariais, como uma fracassada criação de porcos que terminou em grande prejuízo. Pontua o texto com letras de músicas, piadas, pensamentos. Faz confidências -”Annie e eu fazemos sexo oral o tempo todo”- e observações sobre si mesmo: “Para mim, compor músicas não é uma escolha. É como o trabalho de parto, elas precisam sair”.

Foto: Brendan McDermid/Reuters/Folhapress

A cantora Kesha (e) e Willie Nelson em Nova York No final do volume miúdo -menos de 200 páginas-, a sensação não é a de conhecer mais profundamente Willie Nelson, mas a de que o leitor teve a chance de bisbilhotar por algumas passagens a vida do artista, o que não deixa de ser divertido. Para fazer esta resenha, li “Roll...” no formato eletrônico. Recomendo, porém, que fãs ou apreciadores da arte impressa tratem de comprar o livro propriamente dito, em versão de capa dura.

As letras escolhidas e a diagramação estão muito bacanas, aumentam o prazer da leitura que, no formato e-book, é chapada, página igual após página igual. Roll me up and smoke me when i die Autor Willie Nelson e Kinky Friedman Editora William Morrow Quanto US$ 13, cerca de R$ 27 (192 págs.) Avaliação Bom


Seu sorriso COM saúde

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Estomatologia Doenças de boca

informe publicitário

A maioria da população acredita que a profissão de Cirurgião-Dentista está relacionada apenas com o tratamento de dentes e gengiva, e atualmente devido ao grande destaque na mídia , principalmente os procedimentos que envolvam a estética tem sido o principal motivo da procura nos consultórios odontológicos. Porém há uma especialidade dentro da Odontologia pouco divulgada que está relacionada com outras doenças da boca . Esta especialidade é a ESTOMATOLOGIA ( do grego Stóma, stómatos = boca). A boca pode ser o local de aparecimento das mais variadas doenças, desde aquelas relacionadas com os dentes, traumatismo por próteses , afecções das gengivas , doenças relacionadas com glândulas salivares, ossos maxilares ( maxila e mandíbula) e até como sítio de repercussão de inúmeras doenças sistêmicas das quais podemos citar infecções, alterações hormonais, decorrentes de uso de medicamentos , deficiências nutricionais, tumores, etc...) . Sem dúvida o assunto que preocupa a todos é o Câncer Bucal ( 7º tumor maligno mais comum na população brasileira segundo o Instituto Nacional do Câncer- INCA ), principalmente no grupo de pacientes fumantes. Portanto diante de alguma alteração da normalidade na boca percebida pelo paciente ou profissional de saúde tais como : “ feridas” que não cicatrizam, manchas brancas ,

escuras ou vermelhas, “caroços” ou nódulos na boca ou pescoço , a consulta com Cirurgião-Dentista deve ser prioridade . A cultura de procurar atendimento apenas quando há dor retarda a identificação da doença e consequentemente do tratamento. Devemos destacar ainda a importância do diagnóstico precoce do Câncer Bucal, bem como das chamadas lesões potencialmente malignas , o que permite um prognóstico mais favorável e chance de cura dos pacientes, lembrando que seu tratamento é multidisciplinar , envolvendo entre outras , as áreas da Oncologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Radioterapia, Fisioterapia e o próprio Cirurgião-Dentista O especialista em Estomatologia está apto a diagnosticar e tratar alterações e doenças que apareçam na cavidade bucal bem como realizar e solicitar exames complementares (biópsias, radiografias, tomografias computadorizadas, etc.... Previna-se : realize o auto exame da boca em frente a um espelho e faça periodicamente um exame com seu Dentista. Adquira hábitos saudáveis e deixe os vícios do Tabagismo e abuso de álcool. Mantenha saudável seu dentes e gengivas. Cuide e oriente aqueles que precisam de maiores cuidados : crianças e idosos principalmente. Saúde !! Dra. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP: 42.905 Mestre e Especialista em Estomatologia.

COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dra. André Henrique Possebom CROSP 94.138

Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984


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Foi com muita alegria que fotografei o casamento desse lindo casal: Marcela e Luis Fernando. Um casal apaixonado que fizeram desse dia um dia inesquecível. Na verdade até onde eu sei, o Fernando é quem foi o “arquiteto” desse dia maravilhoso. Fez questão de casar com sua amada no maior estilo romântico possível. Casaram-se numa linda e ensolarada manhã de sábado na Igreja da Vila Maria que estava totalmente ocupada pelos amigos e familiares do casal. Antes disso acompanhei o making of da Marcela no Art’n Noivas onde o estilista Lulu e equipe deixou a Marcela mais bela ainda. Quando cheguei na igreja vi Fernando tranquilo e com um sorriso enorme. Afinal, tratava-se da realização do Grande Dia dos dois. A cerimônia foi linda! Dava pra perceber todo o carinho que um tem pelo outro. Juraram amor e fidelidade pra toda vida e trocaram as alianças sob os olhares emocionados dos pais. Na sequência receberam os cumprimentos dos pais e padrinhos e passaram pela nave da igreja num clima muito descontraído. Aproveitamos para passear pela cidade e fizermos mais algumas fotos no que resultaram essas cenas maravilhosas desse lindo casal. Mais um dia que guardo com muito carinho.


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Caderno

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por Luiz Humberto Monteiro Pereira/Auto Press

Depois do sucesso do HB20 – que três meses após o lançamento já se posicionou como o sétimo veículo mais vendido do Brasil em dezembro –, a Hyundai não quis esperar muito para lançar o segundo produto de sua fábrica em Piracicaba, no interior paulista. É o HB20X, a versão com roupagem lameira do hatch, que começa a ser produzido em série no dia 28 de janeiro. Vai brigar em um nicho de mercado tipicamente brasileiro – o de compactos aventureiros. São veículos pequenos e sem efetiva capacidade off-road, no máximo uma suspensão ligeiramente elevada e pneus maiores, mas adereçados como se fossem verdadeiros jipes. Algo sob medida para atender a demanda aspiracional de consumidores que vivem engarrafados nas grandes cidades, mas que sonham ter mais contato com a natureza. E se imaginam a bordo de um poderoso veículo, capaz de enfrentar qualquer obstáculo. Esse nicho de mercado tão motivado por fatores emocionais foi inaugurado com a perua Fiat Palio Adventure, em 1999, e hoje abriga também monovolumes como o Fiat Idea Adventure, o Citroën C3 Aircross e o recém-lançado Honda Fit Twist, além de hatches como Renault Sandero Stepway e Volkswagen CrossFox. Modelos como o Ford Ecosport e Renault Duster, também derivados de plataformas compactas, são considerados utilitários esportivos leves e, por isso, brigam em outro segmento. O CrossoFox é assumidamente o “alvo preferencial” do HB20X, segundo a própria Hyundai. Por fora, a diferença mais evidente em relação ao HB20 normal são os revestimentos em plástico preto nas bordas dos para-lamas e saias para proteger a carroceria – um indefectível lugar-comum entre aventureiros. Os alongados faróis com máscara negra lembram garras e se integram à grade hexagonal em estilo colmeia, inspirada no utilitário esportivo ix35. No perfil, a linha de cintura, ressaltada por um vinco, é elevada e ascendente. Os espelhos tem luzes de seta integradas. As formas mais bojudas dos parachoques reforçam o aspecto robusto. A suspensão foi elevada em 4 centímetros e os pneus da nova versão são um pouco mais incorpadas – 195/65 R15 contra 185/65 R15 do HB20. E o teto ganhou racks com acabamento em alumínio. Por dentro, o HB20X mantem a estética do modelo de origem, com óbvia inspiração aerodinâmica. O padrão de acabamento e revestimentos é bom e a impressão geral é uma mistura equilibrada de modernidade, esportividade e robustez. São duas versões de acabamento. A Style já traz de série itens como direção hidráulica, ar condicionado, airbag duplo, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, comando interno de abertura da tampa de combustível, vidros elétricos nas quatro portas e onetouch para o motorista, chave estilo canivete, travamento automático das portas aos 15 km/h, alarme periférico, rodas de liga-leve e desembaçador do vidro traseiro. A Premium acrescenta filtro anti-odor no ar-condicionado, porta-óculos, alças de segurança, gancho para paletó, aviso sonoro de abertura de porta, dois tweeters e palhetas do limpador de parabrisas tipo “aeroblade”, volante e manopla revestidos em couro, acendimento eletrônico dos faróis, banco traseiro bipartido 60/40, sensor de estacionamento e outras miudezas. O som de série na versão Premium inclui CD Player mas não conta com Bluetooth, enquanto o que equipa a versão Style não tem CD Player, mas incorpora o Bluetooth. Na versão Premium, esse som com Bluetooth e sem CD Player está disponível como opcional, sem acréscimo no preço. O motor do HB20X é sempre o mesmo 1.6

flex de quatro cilindros do HB20 “top”, com potência de 128 cv e torque de 16,5 kgfm rodando com etanol. A diferença de preço entre as versões é de R$ 2.500 – a Style manual custa R$ 48.755, enquanto a Premium sai por R$ 51.255. A opção pelo câmbio automático de quatro marchas, acompanhado do apoio de braço para o motorista, é disponível para ambas as versões e acrescenta R$ 3.200 ao preço. Cores metálicas custam R$ 1.045 a mais e as perolizadas somam R$ 1.245 ao valor final. A produção da fábrica piracicabana é estimada em 150 mil unidades anuais ou 12.500 unidades mensais. Na época do lançamento do HB20, em setembro do ano passado, a marca imaginava vender 60% disso do hatch – algo como 7.500 unidades mensais. Mas o fato do HB20 – que vendeu 10.664 unidades em dezembro – ter uma fila de espera de três meses em algumas concessionárias não inibiu a marca coreana de diversificar logo a sua linha de produção em Piracicaba. Agora, a Hyundai estima que as vendas do HB20X se situem perto das 850 unidades mensais. Ainda longe dos concorrentes CrossFox e Sandero Stepway, que vendem mais que o dobro disso. Para março, já está agendado o lançamento da versão sedã, que chegará às concessionárias em abril. E vai colocar a Hyundai em uma nova trincheira na batalha pelo mercado brasileiro de automóveis.

Primeiras impressões

Campos do Jordão/SP - A versão escolhida para a avaliação foi a Style automática – oferecida por R$ 51.955. Como o carro testado era na cor perolizada Marron Clay, some-se R$ 1.245 ao preço final – que totaliza R$ 53.200. Ou seja, quase 16% – exatos R$ 7.205 – a mais que o HB20 normal com o idêntico trem de força e na mesma cor e versão. Ou seja, para um hatch compacto, o HB20X está longe de ser barato. Ao girar a chave, todos os mostradores do carro acendem, mesmo com faróis apagados. Em movimento, é fácil perceber que o câmbio automático de quatro velocidades se esforça para cumprir a sua função de tornar a direção confortável e providenciar as necessárias mudanças de marchas sem maiores solavancos. Mas uma oferta maior de marchas no câmbio automático seria bem-vinda e certamente faria o motor gritar menos nas ultrapassagens. Apesar de ruidoso nas exigências mais extremas, o propulsor 1.6 mostra disposição suficiente já a partir dos 2 mil giros e move o hatch com desembaraço. O trajeto era a estrada que liga a capital paulista à cidade serrana de Campos do Jordão, com direito a um pequeno desvio por uma trilhazinha leve. A maior distância para o solo – no HB20X é de 20,5 cm – ajuda a ultrapassar sem estresse os obstáculos moderados. O novo hatch da Hyundai exibiu o mesmo bom desempenho nas acelerações e equilíbrio nas curvas do HB20 convencional. Se a estrada permitir, é possível trafegar em velocidades de cruzeiro de 130 km/h. Daí é possível atingir sem demasiado esforço os 160 km/h, quando o ganho de velocidade se torna bem mais lento. Apesar da suspensão elevada, o carro aderna pouco nas curvas e permite que se dirija de modo bem esportivo. Nas frenagens bruscas, o carro parou sem alterações de rota e bem equilibrado. Em usos cotidianos e civilizados, sem acelerações excessivas, o isolamento acústico se aproxima do oferecido pelos modelos médios. Em termos de consumo, o InMetro colocou o HB20X na categoria B, com 11,3 km/l na estrada e 7,9 km/l na cidade, com etanol. No teste feito durante o lançamento, realizado predominantemente em estradas asfaltadas, a média de consumo obtida foi de 10,9 km/l.

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias


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por Rodrigo Machado/Auto Press

É raro encontrar verdades absolutas

Harley-Davidson do Brasil, aponta outra

em qualquer assunto. Quando as

razão. “Há o fator econômico, mas também

afirmações se referem à indústria

uma demanda reprimida para esse mer-

automotiva, os conceitos são ainda mais

cado que vem sendo suprida pela grande

flexíveis. E o setor de motocicletas é um

quantidade de lançamentos e opções de

bom exemplo. Enquanto, de um modo

produtos, algo que não existia três anos

geral, o segmento registrou acentuada

atrás”, diz Vitti.

queda em 2012, as motos de alta cilindrada

A BMW F800 GS foi o modelo mais vendido

fecharam o ano com vendas aceleradas.

no Brasil entre as motos de alta cilin-

Para se ter uma ideia, BMW Motorrad e

drada, com 2.539 unidades emplacadas.

Harley-Davidson foram as únicas marcas

A bigtrail da marca alemã, renovada na

associadas à Abraciclo, entidade que reúne

metade do ano passado, é equipada com

as principais fabricantes da categoria, com

um propulsor de 798 cc e dois cilindros,

números positivos no fechamento do ano

que entrega 75 cv de potência a 7.300 giros.

passado. É claro que, por serem produtos

A moto, que pode ser usada também em

de menor volume de comercialização, as

percursos off-road, tem torque máximo

boas vendagens das motocicletas caras não

de 7,8 kgfm, alcançado aos 5.500 rpm. O

bastaram para embalar os índices gerais.

freio é a disco duplo e a aventureira conta

Mas demonstra que o mercado brasileiro

ainda com ABS.

evolui e começa a abrir espaço para os

O segundo lugar ficou com a Honda

modelos mais potentes e requintados.

CB1000R. A fabricante, líder geral do

A principal explicação para a consistência

mercado brasileiro de motocicletas, teve

do mercado de motocicletas grandes é a

números negativos, já que também atua nos

menor necessidade de crédito. O grande

segmentos menores. Mas a streetfighter,

índice de inadimplência do consumidor

de R$ 40.050, registrou 2.378 emplacamen-

brasileiro faz com que as instituições

tos. A sua potência é de 125 cv a 10 mil

financeiras adotem uma postura muito

rpm, com peso de 205 kg. O torque é de

mais rigorosa com relação à concessão de

10,1 kgfm aos 7.740 giros. A exemplo da

financiamentos. O resultado é sentido dire-

compatriota, a Yamaha também teve na

tamente pelos compradores de motos mais

categoria um alento para o desempenho

em conta. Como o valor das motocicletas

ruim. A XVS 950 Midnight Star vendeu

grandes é consideravelmente elevado em

1.080 unidades. A custom tem 2,43 m de

relação às de baixa cilindrada, o público-

comprimento, motor de 942 cc, em “V” a

-alvo acaba sendo a parcela mais abastada

60º com dois cilindros e oito válvulas. A

da sociedade – justamente a que raramente

moto entrega potência de 53,6 cv a 6 mil

precisa de crédito. Além disso, o segmento

rpm, 7,8 kgfm de torque e conta com siste-

de alta cilindrada ainda é pouco maduro

ma de alimentação por injeção eletrônica.

no Brasil. Em 2012, foram 48.650 unidades

A Harley-Davidson, assim como a BMW

vendidas, o que representa menos de 3%

Motorrad, só comercializa no Brasil motos

de todo o mercado – 1.625.446 unidades.

de alta cilindrada. Por isso, não sentiu os

Isso dá às fabricantes uma margem maior

efeitos da retração. E o principal destaque

de crescimento, principalmente quando se

da fabricante norte-americana foi a Fat

compara a países europeus como a Ale-

Boy 1600, que vendeu 788 unidades ao

manha, onde 80% do mercado é de motos

longo de 2012. A mecânica é composta

premium.

pelo motor Twin Cam 96B de 1600 cc,

No entanto, se em termos absolutos o

transmissão de seis marchas, além do

volume é baixo, quando avalia-se o fatura-

escapamento duplo estilo shotgun e freios

mento, a representatividade do segmento

com ABS de série.

sobe para 14% do total. Isso porque o preço

A situação não foi muito favorável para

médio de entrada de um modelo acima de

outras duas marcas japonesas. Suzuki

600 cilindradas, que gira em torno de R$

e Kawasaki, que também atuam nos

40 mil, pode ser até seis vezes maior que o

segmentos de menor cilindrada, foram

de uma moto pequena – geralmente cerca

puxadas para baixo pelos problemas que

de R$ 7 mil. Para 2013, a tendência é que

o mercado atravessou. É claro que as duas

os números continuem subindo. “Neste

marcas venderam mais motos pequenas do

ano o segmento de motocicletas premium

que de alta cilindrada. Mas as esportivas

deverá crescer. Possivelmente menos que

ajudaram expressivamente no faturamento

no ano passado, mas pela primeira vez

das fabricantes. A Suzuki, por exemplo,

ultrapassaremos as 50 mil unidades. E,

emplacou 632 unidades da GSX-R750,

em dez anos, teremos passado das 100 mil

que custa R$ 66.900. O motor, de quatro

anuais”, afirma o diretor da BMW Motorrad

cilindros em linha com comando duplo

do Brasil, Rolf Epp.

no cabeçote, entrega 150 cv a 13.200 rpm,

Para o executivo, uma mudança no com-

com torque de 8,8 kgfm a 11.200 giros. Já

portamento do consumidor brasileiro foi

a Kawasaki, com sua Z750, teve 909 licen-

determinante para aumentar o potencial

ciamentos, mas o modelo vai dar lugar,

de vendas das motos mais caras. “Hoje o

em 2013, à Z800. Com isso, o “posto” de

consumidor sente menos medo de expor o

líder da marca entre as motos grandes foi

que tem. Enquanto anos atrás guardavam

herdado pela Z1000. Também com motor

o luxo para o que tinham em suas casas,

de quatro cilindros em linha, mas com 138

hoje ostentam motos que mostrem que

cv de potência a 9.600 rpm e 11,2 kgfm de

são capazes de comprar”, avalia Rolf.

torque aos 7.800 giros, a super

Já Júlio Vitti, gerente de marketing da

naked parte de R$ 42.990.

Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Honda CB1000R

Harley-Davidson Fat Boy 1600

Kawasaki Z1000

Kawasaki Z1000


veículos

por Augusto Paladino/autopress

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Nas alturas Foto: Divulgação

As comemorações do centenário da Aston Martin não param. No evento mais recente, a marca britânica decidiu colocar o Vanquish nas alturas. Literalmente. Uma unidade do carro foi levada ao topo do luxuoso hotel Burj Al Arab, em Dubai, nos Emirados Árabes. Um helicóptero transportou o Vanquish até o local, que tem 321 metros de altura. O evento aconteceu dias após o lançamento do Vanquish Centenary Edition, versão especial que terá apenas 100 unidades produzidas. Para reforçar ainda mais a exclusividade, o carro terá plaquetas com o número de série do carro – de 1 a 100.

Aston Martin Vanquish em Dubai

Foto: Divulgação

Aston Martin Vanquish em Dubai


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veículos

Jornal do Meio 679 Sexta 15 • Fevereiro • 2013

Notícias

automotivas por Augusto Paladino/autopress

Raridade beneficente – O clássico – e raro – Chevrolet

Bomba incendiária – Um defeito na bomba de gasolina

Corvette 1958, que pertencia ao CEO mundial da

de oito unidades do Jaguar XF no Brasil fez com que a

General Motors, Dan Akerson, foi arrematado por

Jaguar Land Rover convocasse um recall para verificar

US$ 270 mil, o equivalente a quase R$ 552 mil, em um leilão

o problema. Segundo a fabricante, o componente é a

beneficente nos Estados Unidos. O valor arrecadado será

flange de saída do conjunto da bomba, que pode so-

doado integralmente à instituição de caridade Habitat for

frer um desgaste caso seja submetida a alta pressão.

Humanity, da cidade norte-americana de Detroit. Além

O combustível pode vazar e há o risco de incêndio do

dos 55 anos de existência, o cupê faz parte de uma série

carro. De acordo com a empresa, oito unidades no XF

de apenas 510 unidades que foram pintadas na cor Azul

no Brasil deverão procurar as concessionárias para

Regal Turquesa e é equipado com um motor V8 de 245

averiguar a falha. Os carros afetados foram fabricados

cv. A exclusividade do modelo é comprovada pelo preço

de abril de 2009 a janeiro de 2010 com o ano-modelo

pago por seu novo dono. Uma unidade zero quilômetro,

2010/2010. A Jaguar Land Rover informou que a cor-

modelo 2013, é vendida pelo site da fabricante por cerca

reção dura cerca de uma hora.

de US$ 49 mil, algo em torno de R$ 101 mil.

Novo fantasma – A Rolls-Royce confirmou que vai

Cinco décadas – Prestes a completar meio século de exis-

levar para o Salão de Genebra, na Suíça, em março,

tência, a McLaren vai realizar uma série de comemorações

o Wraith Ghost Coupe, que vem sendo testado pela

ao longo de 2013. Fundada em 1963, a fabricante inglesa

marca britânica em Nurburgring há pelo menos um

figura entre as mais importantes no mundo da Fórmula

ano. No ano passado, havia boatos de que o cupê

1. Para dar início ao ano festivo, a fabricante vai estrear

poderia ser batizado com um nome já conhecido da

um logotipo do 50º aniversário em todos os produtos da

marca, Corniche, que teve suas vendas interrompidas

marca, desde camisetas até o novo modelo de corrida, o

em 2002. No entanto, de acordo com a Rollls-Royce,

MP4-28, que será apresentado em 31 de janeiro, no Reino

será mesmo chamado de Wraith, um dialeto escocês

Unido. A marca inglesa também vai começar a vender uma

para o termo “ghost”, ou fantasma, em português. O

edição limitada a 500 unidades do superesportivo P1, o

modelo, de 2,5 toneladas, será movido por um motor 6.6

sucessor do lendário F1. Nas pistas, a McLaren soma 182

V12 twin-turbo, capaz de oferecer 600 cv de potência,

vitórias, 8 títulos de construtores e 12 de pilotos, sendo três

acoplado a uma transmissão automática de

do piloto brasileiro Ayrton Senna – em 1988, 1990 e 1991.

oito velocidades.


veículos

Jornal do Meio 679 Sexta 15 • Fevereiro • 2013

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Estilo alternativo por Augusto Paladino/autopress

Foto: Divulgação

Enquanto as aten-

ções do mundo se voltaram para o Salão de Detroit, nos Estados Unidos, a Honda optou pelo pouco badalado Salão de Montreal para mostrar um conceito inusitado. O Gear é voltado ao público jovem, segundo a fabricante, e apresenta linhas que misturam o retrô e o futurista. O design agrega alguns elementos modernos, como bordas arredondadas e superfícies transparentes. Há ainda um difusor traseiro e um escapamento quádruplo central. A marca japonesa não revelou informações sobre os motores. Executivos da empresa limitaram-se apenas a dizer que o carro será customizável, conectado e acessível.

Honda Gear


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