689

Page 1

Braganรงa Paulista

Sexta

26 Abril 2013

Nยบ 689 - ano XI jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


2

para pensar

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

Expediente

Mais um desafio por Mons. Giovanni Baresse

Nestes dias uma pesquisa

a formação do adolescente não é

advogado e ex-prefeito de Atibaia.

da pena uma porta abrir-se para

do Data Folha mostrou

processo delimitado, mas é um

Faz menção ao sistema prisional

mudança de vida, restará continuar

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

que, praticamente, 95%

conjunto de caminhos que vêm

que não consegue dar resposta para

vendo nossas prisões como jaulas.

dos entrevistados são favoráveis

num crescendo. Seria, portanto,

que os presos possam se reeducar.

Das quais os encarcerados sairão

à diminuição de idade para res-

possível responsabilizar um garoto,

E amplia seu horizonte de análise

um dia. E sem perspectiva. Por-

ponsabilizar jovens infratores

uma garota com idades bem me-

pela situação calamitosa da vida

que, pelos erros que cometeram,

criminalmente. Sob o impacto de

nores das que estão previstas na

político-partidária, da questão

foi-lhes dada somente a estrada

jovem universitário morto, sem

Constituição e no ECA (Estatuto

educacional que não consegue

de “pagar a sociedade”. Não foi

nenhum tipo de reação, recru-

da Criança e do Adolescente). O

estruturar-se para oferecer os pa-

aberta a chance da recuperação

desceu o pedido para que menor

governador Geraldo Alckmin está

râmetros necessários no leque da

da dignidade pessoal dilacerada

de 18 anos responda por crimes

trabalhando para que um jovem

formação para a vida. E, finalmente,

pelos erros cometidos. Creio que

hediondos como se fosse adulto.

menor cumpra pena até os 18 anos

lembra a realidade de exclusão

temos uma enorme dificuldade de

Tive ocasião de acompanhar a

na Fundação Casa e o restante da

que marca a vida de grande parte

crer que quem erra pode mudar.

repercussão do fato e de inúmeras

pena em prisão comum. Voltando a

da população. Confesso que, cada

E dentro dos sistema coativo da

manifestações. Não há como deixar

Marcelo Coelho: faz uma afirmação

vez que se fala em diminuição da

sociedade não é fácil aceitar que

de Deus... Sei que se entrarmos

de sentir e compartilhar a dor de

que nos deve inquietar: será que

idade para responder pelos pró-

delinquentes possam se recuperar.

num diálogo haverá muitos lados

quem se vê atingido pela violência.

quem pede leis mais rigorosas não

prios atos, fico entre a cruz dos que

Um juiz amigo, hoje aposentado,

para abordagem. Haverá argumen-

Fica, no entanto, a necessidade

está simplesmente está usando um

sofrem pelos crimes praticados e a

dizia que nós não fazemos ideia

tos de toda ordem. Diante desse

de verificar se a diminuição da

eufemismo: quer, na realidade, que

pena que deve ser dada a quem os

de ex-presidiários que convivem

quadro é preciso começar a formar

chamada idade penal é o melhor

todo criminoso seja fuzilado? Aborda,

comete. Parece que o sofrimento

conosco no dia a dia. Enquanto

consciência que nasça fortalecida

caminho para humanizar nossos

finalmente, que o estado atual das

causado tem que ser pago com a

ignoramos a sua condição eles

no conjunto da sociedade para

relacionamentos. Marcelo Coelho,

prisões brasileiras é tão desumano

intensidade que foi efetivado. Pare-

não incomodam. Quando a co-

que políticas públicas apliquem

que escreve na Folha de São Paulo,

que prender alguém com 16 anos

ce que o coração exige isso diante

nhecemos, mesmo que eles nunca

decididamente recursos a fim de

lançou algumas perguntas sobre

é tão bárbaro como prender quem

do choro dos atingidos. Diante da

tenham tornado a errar, nosso jeito

que soluções possam criar um ho-

a situação. Entre outras coisas

tem 18 anos ou mais! Afirma que

vida que foi ceifada. Mas a razão diz

de relacionamento muda. Sei que

rizonte que conduza à ressurreição

ele apontava para uma pergunta

“o país não tem moral para exigir

que não será o “olho por olho” que

são muitas as causas que levam a

da Esperança! Nossas crianças e

perturbadora: como reagiríamos

respeito à lei quando não tem moral

apaziguará a dor e fará o infrator

delinquir: a falta de acompanhamen-

nossos jovens dependem daquilo

se aparecesse um assassino de

para dizer: isto é uma prisão, você

mudar! Nosso modo de exercer a

to dos pais, a falta de perspectivas

que os adultos vivam como valores.

15 anos e meio. Diminuiríamos

perderá a liberdade e aprenderá um

justiça tem que superar a aplica-

para o futuro, a falta concreta de

Se estão enveredando por picadas

para 14 anos? Para 13, Para 12?

ofício; trate- de se recuperar”. Na

ção da pena (por mais severa que

oportunidades, a desigualdade

de morte, não será porque falta

Nesta mesma linha um renomado

mesma linha de reflexão caminha

esta possa ser). Se não houver a

social gritante, a sedução do con-

coerência de quem deveria

psiquiatra de São Paulo dizia que

um artigo de Gilberto Sant’Anna,

possibilidade de, no cumprimento

sumismo e do ganho fácil, a falta

dar o exemplo?

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


comportamento

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

3

O estilo mulher-rã Alvo de críticas, o look megamusculoso de funkeiras, rainhas de bateria e gostosas da TV caiu na preferência do mulherio, mas é duro de perseguir

Por IARA BIDERMAN/FOLHAPRESS

A rã é um ser de pele lisa e pernas traseiras fortes. Sem gordura, o desenho dos seus músculos salta à vista. Seu formato parece com o das fêmeas humanas. Pelo menos com certo tipo delas, batizado por Luiza Brunet de “mulher-perereca”. Ao criticar o padrão estético das fêmeas em destaque, na coluna de Ancelmo Gois, em “O Globo”, a ex-modelo definiu bem o corpo da moda: ultramusculoso, cinturinha, coxa grossa e (proporcionalmente) canela fina. Como exemplo do estilo anfíbio, Brunet, 50, que é ex-rainha de bateria, apontou a atual rainha da Mangueira, Gracyanne Barbosa, 29. Do alto de seus 60 centímetros de diâmetro de coxa, a rainha da vez disse à Folha que achou o comentário “desnecessário”, mas não ficou machucada. “Não me considero mulher-perereca. Minha coxa não é tão grossa, é definida. Sou mais atlética, não faço estilo boazuda.”

“Pesos surreais”

Bastante criticada publicamente, essa estética meio funk, meio panicat (dançarina do programa “Pânico”) e meio perereca mesmo tem muitos admiradores anônimos. Ou admiradoras, melhor dizer. “Elas querem saber o que faço para ficar assim”, diz Gracyanne, que no pós-Carnaval vem dando palestras motivacionais para mulheres em busca de boa forma. A modelo diz fazer refeições a cada três horas, com muita proteína magra e zero açúcar e sal. E pegar pesado. “Os pesos que Gracyanne usa são surreais, consegue colocar 200 quilos

no agachamento”, diz o personal dela, Xande Negão, que se apresenta como “body designer”. Nas academias, o público feminino corre atrás desse estilo de treino e de corpo. “Todas as mulheres que vejo estão agachando, agachando, agachando. Quem está preparada para agachar tanto e ter essa perna tão grande?”, pergunta Mauro Guiselini, professor de educação física da FMU e consultor de academias de São Paulo. Com ou sem preparo, a demanda por pernões vem aumentando, segundo Guilherme Lacerda, professor de musculação e treinador das academias Runner Brasil. É o que ele chama de estilo panicat. “As alunas querem esse corpo”, diz. Para atingir seu objetivo, elas treinam mais do que os homens. “Muitas usam tudo o que houver de lícito e ilícito para isso”, diz Lacerda. Entenda-se por tudo de suplementos de proteína a hormônios. “A mulherada está deitando e rolando nos anabolizantes, tomando ou injetando hormônio sem dó”, acredita o fisioterapeuta Rafael Guiselini. Gracyanne nunca fez uso dessas substâncias. O corpão, diz ela, é uma combinação de genética e estilo de vida esforçado. “É como ser atleta; me adaptei bem aos treinos, nunca saio da dieta. Mas sei que é difícil, 99,9% das mulheres não conseguem.” Por mais que se esforcem, há limitações físicas. “Corpo de mulher não foi feito para ter menos que 15% de gordura”, opina a preparadora física Fernanda Borges, da Competition, de São Paulo. Gracyanne está com 6% de gordura corporal. “É percentual de atleta

homem”, diz Xande, seu “body designer”. Além da proporção de gordura, há um número máximo de fibras musculares que uma mulher pode ter. “Mesmo que a quantidade de fibras das pernudas seja acima da média, elas chegam a um patamar com treino e dieta e de lá não passam. Dentro dos limites fisiológicos do corpo feminino não dá para ser tudo isso que se vê por aí “, diz Mauro Guiselini. Pernas respondem muito bem à musculação, segundo Eduardo Netto, diretor das academias Bodytech. Mas para dar o salto da perereca é preciso muita dedicação. “O treino é feito de séries muito parecidas com as de um fisiculturista: pouca repetição, muita carga, muitas horas malhando. Mas, mesmo com a maior disciplina do mundo, elas não conseguem ficar com as pernas tão grandes. Para isso, é preciso testosterona”, diz Netto. Mesmo sem aditivos, o tipo de treino da “mulher-perereca” é arriscado. Os movimentos e as cargas pesadas podem comprimir as vértebras lombares, lesionar articulações e encurtar a musculatura posterior das pernas. “No futuro próximo, teremos muitas mulheres-pererecas lesionadas”, diz o educador físico Mauro Guiselini.

Culto e preconceito

Mais preocupadas com o agora, as alunas apostam nos benefícios, não nos riscos. “É sabido no mercado de fitness que essas mulheres não percebem quando passam dos limites”, diz Saturno de Souza, diretor da Bio Ritmo.

Para a modelo Juju Salimeni, 26, o limite é individual. “Cada uma decide o seu. Existe grande preconceito contra o culto ao corpo. São ignorantes que não sabem respeitar o estilo de vida de cada um.” A percepção dos profissionais das academias é diferente. “Hoje, a onda é hipertrofia”, diz Netto, da Bodytech. Saturno de Souza, da Bio Ritmo, concorda: “O preconceito contra a mulher com músculos definidos já passou e o público feminino busca cada vez mais esse visual”. E os homens, o que acham? “Acham esse tipo de corpo atraente.

Só consideram masculinizadas aquelas que ficam com ombros e costas largos”, diz Souza. As magras, segundo ele, só conseguem impressionar as outras mulheres, não os homens. Isso pode valer também para as saradas. Em sua pesquisa de doutorado sobre imagem corporal de frequentadores de academia, o professor de educação física Vinícius Damasceno, da Universidade Salgado de Oliveira (Juiz de Fora, MG), observou que em 55% dos casos, o tipo de corpo feminino que a mulher considera mais sedutor não é o que o homem deseja.

Custo de um capacete novo: 200 reais.

Custo para sua vida: incalculável. A imprudência cobra um preço alto. Dê valor à vida. Moto. É preciso saber usar. É preciso respeitar.


4

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

colaboração SHEL ALMEIDA

Por volta de 3.000 a. C., foi desen- eu prefiro prezar pela qualidade. E fazer volvida e praticada pelos egípcios por encomenda também é melhor porque antigos e aprimorada na Europa na é mais legal quando dá pra desenvolver o metade do século XVI, a marcheta- projeto junto com a pessoa. Geralmente eu ria mantém-se atual e ativa em Bragança faço alguns esboços e o cliente vai dizendo Paulista graças ao artista Marcelo Ribeiro. o que mudar”, diz. Hoje, no Brasil, são poucos os artesões que dominam a arte de ornamentar superfícies planas, trabalho que tem como principal Além do trabalho em marchetaria, Marcelo suporte a madeira. A marchetaria consiste também trabalha com cutelaria. Ele aprenem incrustar, embutir ou aplicar peças deu a arte de fabricar facas com o Mestre recortadas, formando desenhos variados Cuteleiro Henrique Martins Carvalho, que e pode ser utilizada na construção de ob- também tem oficina em Bragança. “Eu já jetos, reciclagem de móveis, painéis para gostava de faca também, tenho como relídecoração, quadros, esculturas, restauração quia um martelo que foi forjado pelo meu e até mesmo em joias e bijuterias. Para bisavô. Acabei conhecendo o Seu Henrique Marcelo, por ser uma arte muito detalhista por acaso. Ele procurava alguém pra quem e com custo elevado por conta do material pudesse passar conhecimento. Um dia eu utilizado - apenas madeira nobre - muitos falei pra ele que queria uma faquinha simaprendem o básico do ofício, mas acabam ples e ele me mandou fazer, pra ver se era optando por outros trabalhos artesanais. mesmo simples. O que eu aprendi com ele Marcelo faz trabalhos em é um conhecimento que marchetaria há 10 anos mas, não tem como comprar. Pouca gente conhece O verdadeiro segredo da segundo ele, gosta de arte desde a infância. “Minha mãe em Bragança, não forja você só aprende se sempre incentivou. Antes um mestre que te entendem a marchetaria tiver eu dava aulas de mosaico ensine. Nós temos uma em azulejos. Hoje quem como arte. Em São Paulo amizade muito forte, ele faz esse tipo de trabalho é mais fácil encontrar é como um segundo pai é minha irmã, Carolina. mim. Uma vez alguém pessoas que sabem o pra Conheci a marchetaria comentou que ele não me que é marchetaria deu nenhuma espada. Ele quando vi alguns móveis em miniatura em uma loja, não me deu uma, ele me todos decorados, quando deu todas, porque hoje eu Marcelo Ribeiro morei em Pato de Minas. posso fazer a que eu quiser. Eu e minha mãe começamos Espero um dia poder passar a procurar por cursos em São Paulo, mas o meu conhecimento pra alguém também. eram todos muito caros. Minha mãe fez o Todas as facas que eu faço, mostro pro Seu curso básico e começamos a desenvolver Henrique. É ele quem atesta a qualidade” o trabalho sozinhos”, explica. Depois disso afirma. Com a dificuldade de encontrar Marcelo continuou com a marchetaria, ferramentas para os trabalhos que demas a mãe, Neuci Ribeiro, não. “Minha senvolve, e com o aprendizado, Marcelo mãe parou, mas, juntos, desenvolvemos resolveu fabricar as próprias. Hoje fornece um estilo próprio. Até o professor dela peças para outros profissionais como ele. começou a copiar alguns tipos de desenhos “Muitas vezes eu quis criar uma peça nova que criamos. Em marchetaria se usa mui- e não tinha a ferramenta necessária, pois to as formas geométricas. Conseguimos era difícil de achar e as que existiam eram criar peças com desenhos em curvas, por importadas e caras. Então resolvi criar as exemplo, que é algo novo e mais difícil de minhas. Muitas eu mesmo inventei”, conta. fazer”, conta. “Eu faço facas todos os dias, pois são mais fácies de vender do que a marchetaria. Elas são úteis para uso na cozinha, como Quando decidiu que se dedicaria à mar- item de sobrevivência para quem acampa chetaria profissionalmente, Marcelo fez um e como ferramenta também, para cortar estoque de material, pela dificuldade de madeira, por exemplo”, fala. Além disso, o encontrar os rolos de lâminas de madeira trabalho de Marcelo tem ainda mais uma necessários e também como investimento. curiosidade: “a maioria dos materiais que “Para o trabalho geralmente é usado ma- uso são reciclados. A matéria prima para deiras como ébano, pau-brasil, jacarandá, as facas é mola de caminhão. Também todas difíceis de achar hoje em dia. Algumas uso os móveis velhos para fazer os cabos. só são achadas em móveis velhos ou no Uso também materiais como osso, chirodapé de casas antigas. Uma pessoa me fre, latão, prata e bronze nos detalhes. deu um jogo de jantar antigo, em imbuia, Em geral o cliente traz alguma peça que pra usar a madeira”, conta. Atualmente tinha em casa. Muita gente compra a faca Marcelo só faz trabalhos em marcheta- mas não tem coragem de usar com medo ria sob encomenda. Em junho pretende de estragar. Os que usam normalmente começar a vender algumas peças que já voltam pra buscar outra”, fala. “Tanto a têm produzidas em São Paulo, na Praça marchetaria quando a cutelaria são traBenedito Calixto. Em Bragança é possível balhos que precisam de muita atenção. comprar e encomendar em sua oficina. É pra quem gosta mesmo, pois tem que “Pouca gente conhece em Bragança, não se dedicar em tempo integral e fazer um entendem a marchetaria como arte. Em grande esforço para que dê certo. Eu não São Paulo é mais fácil encontrar pessoas penso em outra coisa. Quando não estou trabalhando estou imaginando a nova que sabem o que é marchetaria”. Talvez até exista alguém que saiu de peça que irei fazer”, conclui. Bragança para um passeio na Benedito Calixto, encontrou as peças produzidas Para conhecer o trabalho de Marcelo Ribeiro, por Marcelo (ou até mesmo comprou) sem entre em contato pelo cel 11 9 9981 – 8039 fazer ideia de que tinha sido feitas aqui. “Eu ou pelo email cutelariaribeiro@gmail.com. gosto de fazer da maneira antiga, procuro Ele produz peças em marchetaria, facas saber como se fazia na maneira tradicio- e ainda ferramentas para entalhe e nal. Dá pra fazer produção em série, mas marchetaria

Facas e ferramentas

Trabalhos de Marcelo feito em marchetaria. Artista desenvolveu estilo próprio de criar desenhos com madeira.

Marcelo também é cuteleiro. Aprendeu a fazer facas com o Mestre Henrique Carvalho. “O que eu aprendi com ele é um conhecimento que não tem como comprar”

Encomendas

Marcelo produz as peças da maneira tradicional. “Dá pra fazer produção em série, mas eu prefiro prezar pela qualidade”.

Desenho em marchetaria antes de ser aplicado na madeira. “Consegui criar desenhos em curvas, que é algo novo e mais difícil de fazer”


Seu sorriso COM saúde

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

5

O primeiro dente

permanente da criança informe publicitário

Quanta emoção, tanto para a criança quanto para os pais, quando cai o primeiro dentinho e isto ocorre por volta dos 6 anos de idade (uns menos outros mais). Este processo é muito visível e fica bastante evidente quando cai o primeiro dente decíduo (de “leite”) e começa a nascer o dente permanente, Incisivo Central Inferior. É uma alegria! O que muitos não sabem é que este não é o primeiro dente permanente a erupcionar na boca dos nossos pequenos. De forma imperceptível e muitas vezes indolor, na parte posterior da boca, inicia-se a erupção do Primeiro Molar Permanente. Isto ocorre um pouco antes ou simultaneamente ao processo de queda do primeiro dente, por volta dos 6 anos de idade. São em número de quatro, um de cada lado da boca, dois inferiores e dois superiores. Este dente irrompe na cavidade bucal sem que ocorra a perda de um dente decíduo (de “leite”) e com isto este processo passa despercebido ou quando informado pelo dentista ocorre o seguinte questionamento: - “Como pode ser um dente permanente se não caiu nenhum dente aí atrás?” Ele nasce atrás do último dente decíduo e são muito semelhantes. Porém o esmalte do Primeiro Molar Permanente ainda não está totalmente mineralizado e também seus sulcos são mais profundos tornando-o mais suscetível ao ataque da doença cárie. Esta lesão pode

desenvolver-se depressa no primeiro molar permanente e, às vezes, progredir para uma exposição pulpar, levando a um tratamento de canal, em um período de 6 meses. Infelizmente muitas crianças são levadas ao dentista muito tardiamente, e em muitos casos as lesões de cárie já estão tão profundas e extensas, impossibilitando o tratamento de canal, que se faz necessário a sua extração. Em decorrência disso é, ainda, bastante comum, a perda do Primeiro Molar Permanente o que pode levar, sem nenhuma medida apropriada, a alterações como diminuição da função mastigatória, inclinação dos dentes vizinhos e erupção contínua dos dentes antagonistas. Desta forma por estar localizado na parte posterior da boca e ter sulcos mais profundos, o que propicia maior acúmulo de alimentos, a sua higienização se torna um pouco mais difícil, exigindo dos pais ou responsáveis um cuidado ainda maior quando da escovação deste dente. Podemos admitir que a falta de conhecimento dos pais com relação à erupção destes dentes, o desconhecimento de técnicas de escovação apropriadas, consumo exagerado de guloseimas, sem higienização adequada podem levar às consequências que citamos acima, causando assim um prejuízo muito grande para a criança. Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Especialista e mestre em odontopediatra

COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dr. André Henrique Possebom CRO/SP 94.138

Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984

SPASSU da Elegância

Preparando o

Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão

Pajem e a Daminha

A entrada dos pajens e daminhas é o momento mais engraçadinho de uma cerimônia de casamento. A maioria dos casais ainda prefere um par de crianças para carregar as alianças e abrir o caminho da noiva. Mas existem valiosas dicas que podem contribuir para que os pequenos se sintam seguros e confiantes em participar deste momento tão marcante. Crianças muito pequenas podem “travar” na hora de entrar na igreja, seja por timidez ou nervosismo. Para evitar este tipo de problema, recomendamos que ao escolher as crianças, os noivos prefiram crianças a partir de 3 anos de idade. O ideal é elas serem íntimas dos noivos, para não se assustarem diante de tanta gente diferente. Não há regra para o número ideal de pajens e daminhas, mas antes de decidir, os noivos devem levar em consideração o espaço da igreja ou local da cerimônia, para manter o equilíbrio visual e estrutural do evento. Prefira contar com um ou dois casais de pajem e daminha. O ideal é fazer um rápido ensaio com elas alguns dias antes e também um no dia do casamento mesmo. É só solicitar aos pais que cheguem 45 minutos antes da celebração para a cerimonialista fazer um teste. Com a igreja cheia, as coisas podem sair um pouco do roteiro, mas o ensaio já minimiza as possibilidades de problemas. Para garantir a entrada das crianças sem choro, uma dica é posicionar a mãe delas lá na frente, próxima

aos noivos, chamando discretamente os filhos. Assim os pequenos se sentem mais seguros e geralmente fazem o caminho de encontro à mãe. É importante equilibrar tons; para as meninas use tons alegres e vestidos leves. Se a cerimônia for à noite, pode-se colocar um pouco mais de brilho, bordados e renda. Para os meninos, o traje deve ser bem confortável para não incomodar o pajem. Os trajes devem combinar com a roupa da noiva e do noivo e com as cores da decoração e do buquê. Usar alguns detalhes nestas tonalidades dão um charme a mais. Seguindo estas dicas, as crianças irão brilhar e fazer o maior sucesso com os convidados tornando este dia ainda mais inesquecível! Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo.com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontos para atendê-los


6

Reflexão e Práxis

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

Por pedro marcelo galasso

Criminalidade

Os casos de corrupção ou demais atos inenarráveis praticados pelos políticos e órgãos públicos brasileiros são interiorizados como naturais, importantes, comuns e necessários para o bom funcionamento da burocracia brasileira. Esta distinção absurda, mas reforçada socialmente, tem como propósito desvincular a situação política, econômica, social e educacional do país de seu alto índice de desigualdade social que é um dos fatores que fomentam a criminalidade, não só no Brasil, mas no mundo todo. O pior é que a criminalidade e toda a discussão sobre suas causas e efeitos encontram como única saída o aumento da violência do Estado como o horizonte para a resolução desta questão, desconsiderando aspectos históricos e sociais que formam a sociedade brasileira, atendo a questões primordialmente técnicas. A ação correta do Estado em todos os campos básicos que estão sob sua competência sim deveria ser vista como o horizonte de resolução. Entretanto, um Estado que formula

leis e as impõem de cima para baixo, que abre inúmeras prerrogativas e atalhos para burlar estas mesmas leis, que depende de uma classe dirigente repleta de interesses voltados para o enriquecimento, lícito, ilícito, moral, imoral ou amoral, não poderia ser a responsável pela formulação, execução ou julgamento destas mesmas leis. A questão da criminalidade no Brasil passa pela discussão sobre a não existência de eunomia (direitos iguais entre os cidadãos) de direitos, princípio básico para o funcionamento de país republicano que pretende algum dia ser uma democracia. O Estado e a mídia brasileira trabalham esta ideia de forma tão precisa e dissimulada que até mesmo atos básicos de cidadania aparecem como atos criminosos e um dos exemplos disso é a visão que o brasileiro tem sobre as manifestações grevistas. No Brasil, todo grevista é vagabundo ou não tem nada melhor ou útil para fazer. Para a mídia, a greve é ruim porque atrapalha as pessoas que não participam dela. Entretanto,

o instrumento de luta chamado greve parte exatamente desta prerrogativa, além de ser assegurado pela Constituição brasileira, e deve sim incomodar e atrapalhar as demais pessoas para tentar criar uma discussão ou chamar a atenção para as questões sociais brasileiras. Vale ressaltar, que alguns instrumentos de luta classista, como sindicatos ou similares, têm ações que são criminosas quando tiram da greve o seu caráter reivindicatório e manipulam os grevistas em busca de valorização político partidária ou para atender a interesses que nem sempre estão voltados à classe trabalhadora. Isso sem levar em consideração o fato de vivermos em país que aplica penas mínimas àqueles que possuem uma melhor condição financeira ou social, ainda mais quando estas pessoas estão associadas aos quadros do poder enquanto, por outro lado, agem de forma severa e injusta condenando os menos favorecidos de uma forma que beira a insanidade. Tudo isso combinado com um sistema carce-

(2ª parte) rário que não cumpre nenhuma das funções esperadas e que não recuperam, reabilitam ou criam expectativas para os que estão presos ou para aqueles que já cumpriram suas penas. Portanto, enquanto a criminalidade não se tornar uma política de Estado, construída com a presença daqueles que a vivenciam ou a experimentam diariamente, todo discurso sobre esta questão será restrito, incompleto e inútil. Portanto, vale a pena refletir de forma racional e não apaixonada ou mesmo vingativa quando pensamos nas questões complexas como a redução ou não da maioridade penal. Além disso, é lícito ou correto cobrar a diminuição da maioridade penal sem que seja defendida a atuação constitucional do Estado que desrespeita e afronta a sua própria Constituição? Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Delícias 1001

Por deborah martin salaroli

Almoço completo

Uma salada colorida, uma bela porção de arroz elaborado ou não, carne trabalhada e uma guarnição... assim se compõe um almoço de primeira. Para hoje, uma sugestão simples e deliciosa!

Carne suína na pressão

Sabemos que a carne suína é a proteína animal mais consumida no mundo e que o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente do verdadeiro valor dessa carne. Aqui em casa preparamos ao menos 3 vezes por semana. Super saborosa, na Europa cada pessoa consome em média 41,8 kg ao ano, enquanto que no Brasil o consumo é de 14 kg. Por quê? Pra que se privar dessa delícia? Desta vez, experimentei o ‘jeito panela de pressão’ de preparar. Molho 1 xícara (chá) de catchup 2 colheres (sopa) suco de limão 1 colher (sopa - rasa) de açúcar mascavo ½ xícara (chá) de vinho branco seco ½ xícara (chá) de mostarda 1 colher (sopa - rasa) de molho de pimenta sal alecrim a gosto Numa panela pequena, coloque os ingredientes do molho, misture e ferva. Coloque na panela de pressão metade do molho e 1 ½ kg de costela suína cortada em pedaços com o osso virado para cima e a outra metade do molho. Feche a panela, use fogo baixo e conte 40 minutos assim que

começar a chiar. Veja se a costela está macia, se não deixe por mais 5 minutos. Coloque os pedaços da costela num refratário e deixe o molho fervendo até reduzir e engrossar. Esquente a costela no microondas e regue com o molho.

Farofa com maçãs e uvas passas

Adoro coisas salgadas e levemente adocicadas. Esta farofa é coringa para qualquer ocasião, principalmente como parceira de pratos com carne suína. Comecei o preparo colocando 1 xícara de uvas passas escuras de molho em água morna, por uns 15 minutos apenas. Também descasquei 3 maçãs e as cortei em cubinhos. Reservei. Enquanto isso, ralei 1 cebola inteira e levei refogar em 2 colheres de margarina até que ficasse transparente. Acrescentei as maçãs e esperei cozinharem por uns 5 minutinhos. Adicionei as uvas passas sem o líquido e 400g de farofa comprada pronta. Finalizei com cheiro-verde picado, acertei os temperos e já estava pronta. Simples, rápida e muito saborosa! Você sabia...? A carne suína é excelente fonte de vitamina do complexo B e minerais. A carne suína é a mais indicada para alta pressão sangüínea, já que o potássio ajuda a regular os níveis de sódio que aumentam

a retenção de líquidos no corpo. A gordura e o colesterol da carne suína tem diminuído de forma progressiva nos últimos anos, em decorrência do intenso trabalho de melhoramento elaborado pelos técnicos e criadores. A carne suína possui mais gorduras insaturadas (65%) do que gorduras saturadas (35%). O nível de colesterol contido na carne suína moderno é semelhante a de outras carnes e está perfeitamente adequada às

exigências do consumidor moderno. Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www. delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br Fotos: Delícias 1001

Costela na pressão


Nossas Escolhas

por Felipe Gonçalves

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

7

Últimos Momentos

Um belo e ensolarado dia de domingo, uma boa mesa de café da manhã será preparada em instantes, muitos planos para aproveitar este tão sonhado dia de descanso. Após uma semana exaustiva de trabalho enfim um despertar tranquilo movido ao desejo de ter um dia pacificado, quando repentinamente uma dor no peito invade todos meus desejos e por segundos me faz esquecer de tudo, a visão começa a escurecer, e de repente me vejo deitado num leito de hospital, passando pelo que seria os meus últimos segundos de vida, ao meu lado imagens desfocadas de familiares chorando, aparelhos estão conectados em mim para manter-me acordado, não consigo falar, gritar, minha voz não sai, estou um prisioneiro dos meus sentimentos. Em minha mente que não para de lutar contra o fim, um único desejo toma conta dos meus pensamentos; preciso de mais tempo, tem tanta coisa que gostaria de fazer, de dizer, não posso ir embora assim, preciso falar com meus filhos.....socorro !!!!.....preciso encontrar naquele momento cinza uma luz para atender meu único desejo. A fé era tanta, que surge uma luz branca e uma voz confortável afirmando.: - Meu filho, tenha calma, você terá direito ao seu último desejo, pode me dizer qual é e será atendido. O que deve passar na cabeça de uma pessoa em estado terminal em seus últimos momentos que quando por um milagre é concebido o direito de um último desejo.... Um carro novo....um bom e moderno aparelho de celular......uma boa aplicação para seu dinheiro....um apartamento na praia..... um vestido de grife......com certeza não !! Uma enfermeira australiana chamada Bronnie Ware listou relatos emocionantes de pacientes terminais em suas últimas semanas de vida em um livro chamado

Antes de Partir, o livro simplesmente relata a experiência da escritora em acompanhar por anos dezenas de pessoas que estão em estado terminal, pessoas das mais diferentes crenças, das mais diferentes classes sociais e econômicas estiveram em seus cuidados, muitos jovens, idosos, empresários, donas de casa, enfim uma série de pessoas das mais diferentes vidas, porém num momento único, um ponto em comum. Bronnie, acreditou que agregaria muito aos leitores descrever os comuns últimos desejos dos pacientes, são eles.: - Gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim; - Gostaria de não ter trabalhado tanto; - Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos; - Gostaria de ter mantido contato com meus amigos; - Gostaria de ter me deixado ser mais feliz. Muitos psicólogos e especialistas aconselham fazer listas de desejos, como fez Jack Nicholson e Morgan Freeman no filme de Rob Reiner que leva o mesmo nome do livro “ Antes de Partir”. Escrever uma lista cria um comprometimento nosso, o sonho começa a se realizar no momento em que conseguimos formulá-lo, extraí-lo do fundo de nós, arrancá-lo da correria do cotidiano, criar uma lista é uma forma de tomar consciência dos nossos desejos, iluminá-los, e, através deles, descobrir o que realmente é importante para nós, e é melhor não compartilhar esta lista com ninguém, ela é seu patrimônio, o não compartilhamento te ajuda a ser mais sincero. Como será que a gente precisa ter vivido e experimentado para chegar lá no final e conseguir dizer: - OK, cada minuto valeu a pena…..pode cair o pano, tô pronto ! Feche os olhos por alguns minutos, sinta sua respiração, seus batimentos, abra os

olhos, pegue um papel e um lápis e escreva ouvindo apenas seu coração dez coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Guarde este papel, e diariamente quando acordar e antes de dormir reveja-o, avalie se suas ações do cotidiano estão condizentes aos seus verdadeiros sonhos. Lembre-se, diferentemente de um doente terminal que foi avisado pelo seu médico que tem por exemplo dois meses de vida, nós não temos este possível fim agendado, a nossa hora pode hoje, amanhã, depois.........suas ações para realizar seus desejos devem começar agora !!! Alguns sites internacionais aceitam os últimos desejos de centenas de pessoas e os divulgam pela Internet, abaixo segue os mais comuns.: Visitar lugares onde passei minha infância, ter uma horta em casa, escrever um livro, fazer regularmente um esporte, dar um abraço e um beijo no meu Pai, chorar numa cena de filme de drama, passar uma tarde na casa dos meus Pais tomando chá e comendo bolinho, deitar com a cabeça no colo da minha Mãe, viajar de carro com os amigos, fotografar pessoas ao redor do mundo, rever meus amigos de infância, visitar um castelo, visitar um asilo, brincar com os filhos de esconde-esconde, entre outros...... Penso que se no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva afazer, faça o caminho que te entregue paz no fim, para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito, administre sua vida de forma que a todo momento as pessoas que devam saber, realmente saibam que você os ama. Ser quem somos exige muita coragem, o valor verdadeiro não está no que possuímos, o que realmente importa é como vivemos as nossas vidas. A gratidão por todos os dias ao longo do caminho é a chave para reconhecer e

curtir a felicidade agora. Reinvente sua vida e comece a demolir prisões criadas por nós mesmos, a percepção do tempo limitado pode aumentar a consciência que temos da vida. Tenha uma boa vida ! Felipe Gonçalves Graduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimento de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário. Email.: felipe.goncalves@usf.edu.br


8

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013


veículos

Caderno

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

9


10

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013


Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

11

Foi com enorme prazer que fotografei o casamento desse lindo

casal: Najara e Felipe. Duas pessoas com uma linda história de amor que atravessa anos! Quando os conheci vi o quanto era importante a realização deste grande sonho. Tudo era feito com os mínimos detalhes e com muito carinho. Fiquei feliz pela escolha do casal em me permitir registrar a história do casamento deles. Fiquei mais feliz ainda quando vi as fotos da retrospectiva porque algumas delas eu tinha fotografado há alguns anos. Foi muito legal! A cerimônia aconteceu no Casa Buona num espaço reservado e dedicado para o evento. Foi uma cerimônia presidida pelo meu amigo Alessandro Sabella, o que me deixou mais emocionado ainda porque nunca tinha feito uma cerimônia com ele. Aliás foi uma cerimônia maravilhosa onde a história do casal, que estão juntos desde crianças, foi contada e emocionou todos os convidados. Dava pra sentir o quanto um foi feito para o outro. Outro momento emocionante foi os cumprimentos dos pais e padrinhos. Muita alegria traduzida em vários votos de felicidades e prosperidade. Logo depois da cerimônia demos uma “fugidinha” rápida enquanto os convidados se acomodavam no salão principal para fazermos algumas fotos pós-cerimônia. Ficaram lindas! Depois, de volta à Casa Buona, o casal entrou ovacionado pelos amigos e parentes e começou uma maravilhosa festa. A pista de danças não parou em nenhum momento e os dois aproveitaram até o final. Como são queridos! Mais um dia muito especial que guardo com muito carinho.


12

veículos

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

por Eduardo Rocha/Auto Press

A Mercedes-Benz resistiu, mas acabou aderindo. Por quase 20 anos, a marca alemã insistiu em apostar no monovolume Classe A como modelo de entrada para sua linha de automóveis. Foram duas gerações e poucos resultados. Agora, decidiu que vai seguir a mesma linha de ação das rivais-espelho BMW e Audi. Seu modelo mais barato continua sendo o Classe A, só que agora ele é um hatch médio, pronto para bater de frente com Série 1 e A3. Com essa decisão, a mais antiga das marcas alemãs passa a focar um consumidor mais jovem. O público que buscava no antigo Classe A um modelo familiar de menor custo fica a cargo da station Classe B, com quem o Classe A divide plataforma, motores e câmbio. Ser de menor custo na linha Mercedes está longe de significar acessível. O Classe A começa em “marqueteiros” R$ 99.900 na versão Style e vai a R$ 109.900 na Urban. As duas são muito semelhantes. Trazem sob o capô o propulsor 1.6 turbo de 154 cv gerenciado por um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas. A proposta estética segue também a lógica dos rivais. O Classe A tem linhas bem marcadas, que buscam emprestar robustez e esportividade ao modelo. A frente é dominada por um gigantesco exemplar da estrela de três pontas. Os faróis bojudos trazem leds na borda superior e deixam a cara do hatch bem “enfezada”. O perfil é marcado por dois vincos fortes – um ascendente e outro descendente – e também pelo conjunto dos vidros, que formam um arco. A traseira, apesar de ter linhas harmoniosas, não tem personalidade marcante. Poderia tanto ser de um Mercedes como de uma

outra marca qualquer. De qualquer maneira, as linhas do Classe A defendem bem o projeto de rejuvenescimento da marca. Mas o recheio só poderia se enquadrar nesse conceito no caso de apostar que os jovens não ligam muito para conforto. Neste quesito, o conteúdo do hatch não é dos mais generosos, apesar do preço. Tem ar-condicionado automático, por exemplo, mas com apenas um controle de temperatura. Os bancos são tipo concha, “ligeiramente” esportivos, mas os ajustes são manuais e o revestimento é parte em tecido, parte em couro sintético. O sistema de entretenimento possui uma tela 5,8 polegadas, no alto do console central, mas o controle é através de um grande e antigo botão giratório no console entre os bancos – até carros bem menos sofisticados usam sistema touch. Pelo menos, esta espécie de desapego não atingiu a segurança. Boa parte do arsenal que a Mercedes-Benz dispõe nesse aspecto foi introduzido no Classe A. Ele traz, por exemplo, 7 airbags – um deles para o joelho do motorista –, controle de estabilidade e tração, sistema de secagem de discos e pastilhas de freio em caso de chuva, retardo de liberação de freio em rampas, espelho eletrocrômico, volante multifuncional, sistema isofix para cadeirinha de crianças, etc. No caso da versão Urban, há ainda faróis de xênon e day ligth em led – que segundo a marca faz as vezes de faróis de neblina. A posição de topo de gama da versão Urban não deve durar muito. Ainda no primeiro semestre a marca deve iniciar a importação da “violenta” A45 AMG, que tem motor turbo de 2.0 litros com 360 cv.

Não será, claro, um modelo de vendas. Já para as duas versões da A200, que chegam nas lojas em meados de abril, a marca espera que emplaquem cerca de 200 unidades por mês, sendo que 80% da versão mais completa. É um prognóstico conservador. Mesmo assim, se realizado, daria uma participação superior a 30% do mercado classificado pela marca como “compactos de marcas premium alemãs”. Audi e BMW não saem mais da mira da Mercedes.

Primeiras impressões

Novos valores Porto Feliz/SP – Não há qualquer rasgo de ousadia nesta entrada da Mercedes no segmento de hatches médios – considerado compacto pela marca. O modelo seguiu à risca os preceitos aplicados pelas rivais diretas. E é exatamente isso que surpreende no Classe A. Mesmo sendo um carro dirigido a um público menos abastado e mais jovem, ele não foi vítima de má vontade de projetistas e engenheiros. Ao contrário. O Classe A impressiona favoravelmente no acabamento – é melhor que o do Classe C –, no design interno e cuidado com os detalhes. Na versão Urban, única disponível no lançamento, há arremates em cromo nas saídas de ar, puxadores e maçanetas das portas e no console central. Algumas áreas são em plástico tipo laca e as áreas de plástico têm texturas e aspecto agradável, apesar de todas serem superfícies rígidas. Segundo a marca, o acabamento é resultado de uma nova técnica construtiva, que melhora o visual e não onera o produto final. De qualquer forma, o ambiente criado é bem

aconchegante. E os bancos tipo concha, com encosto integrado ao apoio de cabeça, recebem bem os quatro ocupantes que vão nas janelinhas. O quinto elemento, que fica atrás no meio, não tem nem mesmo um assento moldado para acomodá-lo decentemente. A cabine não é das mais amplas. Há espaço apenas suficiente para joelhos e cabeça e o caimento acentuado do teto em direção à traseira “fecha” um pouco a paisagem de quem vai atrás. Aliás, a qualidade de vida a bordo para os ocupantes da dianteira é muito superior também em relação ao ruído interno. Em velocidade de estrada, o barulho do pneu no asfalto e do vento impedem uma conversa em tom normal. Quem vai na frente nem se dá conta disso. É ali, inclusive, que as boas qualidade de um Mercedes conseguem aflorar plenamente. O motor 1.6 de 154 cv tem torque máximo de 25,5 kgfm entre 1.400 e 4 mil giros. Isso significa que o propulsor está sempre disponível para retomar ou acelerar. Mas o ganho de velocidade mais forte vem nas proximidades da potência máxima, em torno de 5 mil giros. Ali o Classe A mostra ferocidade e agilidade. A suspensão, com vários componentes em alumínio, fornece um alto nível de neutralidade ao hatch, enquanto o câmbio automatizado de dupla embreagem acompanha bem uma tocada mais esportiva. Mas as passagens de marcha não são das mais rápidas. Esta característica, no entanto, é uma boa causa. Mal dá para perceber as mudanças, tal a maciez de operação do câmbio. Afinal, mesmo que o Classe A seja para jovens, ainda é tem de responder à tradição de elegância e suavidade da Mercedes. Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias


Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

13


14

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

veículos

Mais chique e nervosa por Augusto Paladino/autopress Foto: Divulgação

A BMW resolveu incrementar a linha da Série 1 no Brasil com uma nova versão topo, a esportiva 125i M Sport. Com preço de R$ 154.950, a configuração é equipada com um motor 2.0 turbo que desenvolve 218 cv e torque de 31,6 kgfm logo a 1.350 rpm. Aliado ao câmbio automático de oito velocidades, leva o hatch a 100 km/h em 6,2 segundos e à máxima de 243 km/h. A lista de equipamentos é mais recheada do que em outras versões e vem com sistema de entretenimento com tela de 8,8 polegadas e start/stop.

BMW 125i M Sport


veículos

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013

Notícias

automotiva por Augusto Paladino/autopress

Sedã turbinado – A AMG, divisão esportiva da Mercedes-Benz, revelou no Salão de Nova Iorque a versão mais nervosa do CLA, variante sedã do Classe A. O CLA 45 AMG ganhou um kit aerodinâmico com partes em fibra de carbono, para-choques agressivos e saídas de escape trapezoidais, além das saias laterais. Para dar vida ao esportivo, um motor 2.0 litros turbo capaz de produzir 364 cv e 45,8 kgfm de torque. Acoplado a ele está uma transmissão de sete relações e dupla embreagem. O preço do CLA 45 AMG deve partir, nos Estados Unidos, da casa dos US$ 50 mil, o equivalente a R$ 100 mil. O terceiro volume – Depois de um conceito mostrado há mais de dois anos, a Audi finalmente apresentou o médio A3 sedã. O visual mantém os elementos impostos no hatch, principalmente na dianteira. A parte de trás é mais agressiva, com um caimento acentuado do teto. Com 4,46 metros de comprimento e 2,64 m de entre-eixos, o A3 sedã tem como único concorrente o Mercedes-Benz CLA. Ambos, por sinal, estão envolvidos em boatos sobre serem produzidos no Brasil nos próximos anos. Nasceu quadrado – O Kia Soul chegou à sua segunda geração. Mas nem parece. O nova releitura do “carro design” ganhou de fato poucas

mudanças estéticas. Os volumes e elementos visuais são basicamente os mesmos. As principais alterações visíveis são os faróis maiores e as caixas de roda mais saltadas. O hatch também ficou maior e mais largo. O interior foi requintado com novos equipamentos, inclusive um rádio com tela de oito polegadas. Outra história – Tradicionalmente, os Subaru WRX e STi não passavam de versões do médio Impreza. Tinham imensas melhorias mecânicas, mas traziam a mesma casca básica. Isso está para mudar. A Subaru mostrou um conceito do novo WRX com uma carroceria totalmente diferente em relação ao sedã e o hatch, apresentados no ano passado. A ideia é diferenciar os modelos esportivos de modo a introduzi-los em novos segmentos. Deixou por menos – A Cadillac renovou o sedã CTS para o Salão de Nova Iorque. Mas a impressão é que a marca norte-americana resolveu “voltar atrás” na ousadia. A nova geração do modelo está mais conservadora, com linhas previsíveis e mais curvas. O destaque vai para a carroceria toda cheia de vincos, que tentam ainda passar um aspeco mais esportivo. As opções de motor incluem um quatro cilindros em linha de 272 cv, um V6, que tem 321 cv mas pode receber um duplo turbo e chegar a 420 cv

15


16

Jornal do Meio 689 Sexta 26 • Abril • 2013


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.