Braganรงa Paulista
Sexta
7 Junho 2013
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para pensar
Jornal do Meio 695 Sexta 7 • Junho • 2013
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privilégio e motivo de segregação? por Mons. Giovanni Baresse
Segundo a Carta aos Hebreus “a fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se veem” (11,1). A partir desta afirmação o autor faz análise das atitudes de grandes personagens bíblicos (Abel, Abraão, Isaac, José do Egito, Moisés, etc.). Todos eles colocando sua adesão num projeto que acreditaram ser da parte de Deus. Passaram ao povo judeu a certeza de um Deus que cuidava dos seres humanos e que tinha escolhido um povo de forma privilegiada. Este modo de pensar, muitas vezes, foi entendido de forma exclusiva, quase a segregar, excluir outros povos. Tanto que vemos nos escritos bíblicos a palavra “cães” como referência aos povos considerados pagãos por não crerem no Deus de Israel. Mas não se deve desconhecer que mesmo no rigor desta mentalidade fechada surgiam lampejos de que o Criador se privilegiara um povo, não teria separado os outros. Há várias afirmações disso na Bíblia. Uma que me chama
a atenção é protagonizada pelo rei Salomão, perto de mil anos antes de Cristo, quando da inauguração do Templo de Jerusalém. No primeiro livro dos Reis lê-se: “Mesmo o estrangeiro que não pertence a Israel, teu povo, se vier de uma terra longínqua por causa do teu Nome - porque ouvirão falar do teu grande Nome, de tua mão forte e de teu braço estendido - se ele vier orar neste templo, escuta do céu onde resides, atende todos os pedidos do estrangeiro, a fim de que todos os povos da terra reconheçam teu Nome e te temam como faz Israel, teu povo, e saibam eles que este Templo que edifiquei traz o teu Nome” (8,41-43). Para Salomão o confiar no Deus de Israel, não importasse a nacionalidade, era razão para que os favores do céu se derramassem sobre o diverso. No Novo Testamento encontramos uma passagem assemelhada. Um centurião romano pede a amigos judeus que intercedam a Jesus para que seu empregado doente seja curado. Na mentalidade da época o relacionamento
de judeus com estrangeiros era complicado e envolvia a impureza legal. Entrar em casa de pagão era uma espécie de pecado. Sabendo disso o soldado manda dizer a Jesus que não era digno de recebê-lo em sua casa, mas uma sua palavra realizaria seu anseio. Jesus se admira daquela atitude e afirma: “Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé” (Lucas 7,9b). Tomo estes dois fatos para dizer que a fé é um privilégio no sentido que é um dom fundamental para a existência humana e quem não tem a graça de responder a esse dom fica limitado aos horizontes da materialidade. A fé, porém, não é e não pode ser motivo de excluir aqueles que não creem ou não conseguem crer mesmo desejando isso. Pelo contrário, os que afirmam sua fé devem sentir-se desafiados diante da incredulidade. Desafiados no sentido de buscar quais argumentos, por palavras e atitudes, possam ajudar os que apresentarem dificuldades em ver a ação de Deus na Vida. E aqui se abre a certeza de saber quais são
os fundamentos da fé que declaramos. Para os cristãos, sem dúvida, o passo base é o conhecimento da Sagrada Escritura. Ainda há muitos cristãos para quem a Bíblia é um livro complicado e difícil. Mas só o conhecimento da Palavra revelada é que se faz possível um encontro pessoal e decisivo com Jesus Cristo. A partir deste passo se entende o que significa fazer parte da Igreja (kahal, ekklesía), povo que se reúne ao redor de Jesus de Nazaré e segue seus passos e continua a sua missão de anunciar a Boa Notícia. Na construção desse seguimento vai se somando a experiência vivida sob a ação do Espirito Santo, que constitui a chamada Tradição eclesial. Forma concreta de realizar o jeito de descobrir, em nosso tempo, como viver a fé, como dar resposta às questões hodiernas. Creio que não firo a verdade se disser que muitos têm dificuldade em ter fé porque os que afirmam crer não sabem “dar as razões de sua esperança a todo aquele que vo-la pede” (1 Pedro 3,15). E a primeira
E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
razão, não tenho dúvida, é o desconhecimento. Claro que não reduzo a fé a uma questão de livros. A questão é buscar a compreensão do que se crê para poder testemunhar. Muitas vezes mais com gestos do que com teorias. Uma coisa é certa: quem tem fé não pode se achar melhor do que os outros e diminuir os que não a têm. Se se tem o dom é lembrar que Deus “faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5, 45). Sem que se considere quem não tem fé como mau e injusto. Mas com a certeza de que Deus não discrimina nem mesmo quem seja malvado.
comportamento
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Cada um com a sua mania Hábitos e rituais todo mundo tem, mas, no TOC, o transtorno da moda, a repetição incontrolável transforma a rotina num inferno
Por IARA BIDERMAN /FOLHAPRESS
A declaração recente de uma celebridade do esporte, uma peça em cartaz e novas pesquisas científicas trazem de volta à cena o lado mais pop do TOC, o transtorno obsessivo-compulsivo. O famoso da vez a assumir publicamente que tem o transtorno é o ginasta Diego Hypólito, 26. No mundo das artes, peças como “Toc Toc”, em cartaz em São Paulo, e personagens como Sheldon Cooper, da série “Big Band Theory”, fazem que o nome e os sintomas da doença estejam na boca do povo. A popularidade é impulsionada porque quase todas as pessoas se acham um pouco portadoras do transtorno. E quem não tem uma tia, um amigo ou um parceiro com alguma maniazinha excessiva de limpeza ou de arrumação? “Pensamentos indesejados e rituais todo mundo tem. A pessoa pode até achar estranho, mas para por aí. A questão é como eles interferem no cotidiano e quanto sofrimento trazem”, diz a psiquiatra Roseli Shavitt, coordenadora do Protoc (Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo), do Instituto de Psiquiatria da USP. Diego Hypólito conta que tinha os sintomas desde o início da adolescência, mas só aos 18 anos se deu conta de que os rituais o atrapalhavam. “Às vezes as pessoas nem notavam, mas desde a hora em que eu acordava era um monte de coisa que eu tinha de fazer. Começou a me incomodar”, diz o atleta. Ao perceber isso, Hypólito foi tratar o problema em terapia. Mas a maioria das pessoas demora mais para procurar ajuda. “Há um caso de paciente que demorou mais de 40 anos para procurar tratamento. E é comum as pessoas passarem dez anos sofrendo sem procurar ajuda”, afirma a psiquiatra Christina Hajaj Gonzales, do Centro de Assistência, Ensino e Pesquisa do Espectro Obsessivo-Compulsivo da Unifesp. E isso mesmo com toda a exposição dos sintomas da doenças no cinema e na TV. “O transtorno pode ter caído nas graças da indústria de entretenimento, ficou mais fácil as pessoas aceitarem. Aí vira pop, fica até chique dizer ‘eu tenho TOC’. Isso pode ajudar a diminuir o preconceito, mas não dá para banalizar, achar que não é sério”, diz Antonio Geraldo da Silva, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Visto nas telas e nos palcos, dá até para rir do problema --os próprios pacientes consideram muitos de seus hábitos ridículos ou bizarros--, mas na vida real não é tão engraçado assim. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Unesp mostrou que 33% das pessoas com TOC já pensaram em suicídio e 11% já tinham tentado se matar de fato. “As pessoas não levam a sério porque não imaginam o grau de incapacitação e a dor que a doença pode causar”, diz a psiquiatra Albina Rodrigues Torres, da Unesp. Diego Hypólito, 26, ginasta “Achava que os rituais aliviavam o estresse’ ‘Tinha muita coisa que eu deixava de fazer por causa de meus pensamentos negativos. Pisar em linha era a pior. Eu andava na rua e pensava: “se pisar nessa linha, vai acontecer alguma coisa errada’. Eu tentava afastar o pensamento ruim, mas era mais forte que minha vontade. Eu me jogava na calçada, passava vergonha, mas não pisava. Eu criava regras na minha cabeça, a maioria ligada a competições. Achava que os rituais aliviavam o estresse. Por muitos anos usei sempre a mesma roupa quando ia competir. E tinha que raspar o cabelo. Os patrocinadores pediam para eu não raspar, mas não dava. Tive também manias passageiras. Uma delas era ter que usar as duas mãos para cumprimentar um adversário. Outra era de pegar um objeto primeiro com a mão direita, colocar de novo no lugar, e daí pegar coma esquerda. Tinha que ser dos dois lados. Eu também tenho de bater três vezes no dente quando penso que vai acontecer algo de ruim com alguém da minha família. Hoje faço isso poucas vezes, mas antes tinha até ritual: repetia as três batidas por três vezes e, se os dedos encostassem na gengiva, fazia tudo de novo. Há pouco tempo, peguei o tique de ficar piscando antes da competição. Achava que era uma proteção para mim, mas atrapalhava. Trabalho minhas manias na terapia, já me livrei de 95% delas.’ Luciana Vendramini, 40, atriz e produtora ‘Cheguei a ficar oito horas tomando banho’ “Eu me lembro perfeitamente do dia em que começou o meu TOC. Eu tinha 24 anos, estava andando de bicicleta na lagoa [Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro] e não consegui parar: precisava dar mais e mais voltas. Pedi ajuda, consegui parar, mas fiquei superangustiada. No dia seguinte, adotei outra mania. Tive todas as da cartilha e mais umas novas. Eu tinha o que chamam de pensamentos intrusivos sincronizados: precisava imaginar algo bom junto com uma ação --enquanto lavava as mãos, devia pensar em coisa bacana. Daí vinha um pensamento ruim e eu tinha que lavar a mão de novo.
Nessas, cheguei a ficar 24 horas repetindo manias. Eram quatro movimentos: acordar, tomar banho, almoçar e dormir. Só no banho levava umas oito horas. Era um negócio que me engolia. Você fica fazendo essas palhaçadas, que são as manias, não consegue parar, mas sabe que são ridículas. É uma viagem lúcida. Fiquei três anos exilada: celibato, clausura, era praticamente uma carmelita. Só convivia com meus pais, minha irmã e quatro amigos, que me ajudaram nessa época. Levei uns dois anos até ter o diagnóstico e começar a me tratar e mais um ano para ficar bem. Só é engraçado quando passa. Mas, também, depois de tudo isso você fica uma pessoa menos chata, para de reclamar da vida. Psicoterapia tem tanto efeito quanto remédio Uma rede de pesquisadores e instituições de vários Estados do Brasil permitiu ao país montar a maior base de dados existente sobre pacientes com TOC. Completando dez anos de atividade, o C-TOC (Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo) chegou a conclusões importantes sobre as características e as formas de tratar o problema. “Temos evidências de que tanto a terapia cognitivo-comportamental quanto os medicamentos, usados de forma independente, são igualmente eficazes para os casos leves e moderados”, diz a psiquiatra Roseli Shavitt, do Instituto de Psiquiatria da USP. Em casos mais graves, é preciso combinar a psicoterapia com uma classe de antidepressivos, os inibidores de recaptura de serotonina. “Os medicamentos não mudam o comportamento diretamente, mas diminuem a ansiedade e o desconforto causados pelos medos. Já a terapia incentiva o paciente a enfrentar a situação ou pensamento amedrontador sem recorrer aos rituais”, diz a psiquiatra Albina Rodrigues Torres, da Unesp. Estudos também mostram que 5% dos pacientes têm melhora completa e espontânea sem tratamento e 20% alternam períodos sem aparecimento de sintomas com fases agudas da doença. O que os pesquisadores ainda não sabem precisar são as causas do transtorno. “Cerca de 60% dos casos têm origem genética, mas ainda não descobrimos quais são os genes envolvidos”, diz a psiquiatra Christina Hajaj Gonzales, da Unifesp. Isso não significa que a transmissão seja sempre direta, embora a hereditariedade também conte: filhos de pais com TOC têm 10% mais risco de ter o transtorno, segundo Shavitt. Para os médicos, o transtorno é causado pela interação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. Em pessoas com predisposição, algumas situações podem desregular o funcionamento de circuitos que conectam duas áreas cerebrais: a região ligada a processamentos de emoções, planejamento e controle das respostas de medo e a área relacionada a informações emocionais, cognitivas e motoras. As pesquisas no Brasil e no mundo mostram que o TOC atinge entre 3% e 4% da população em geral, mas a proporção cresce em alguns grupos. Um estudo recente, da Northwestern University, em Chicago, diz que 11% das mulheres que acabaram de dar à luz desenvolvem o transtorno. É uma taxa tão alta quanto a da depressão pós-parto, que atinge 10% das mães. O estudo incluiu 461 mulheres que tiveram filhos no hospital da universidade. “O parto pode ser um estímulo emocional forte o suficiente para desencadear os sintomas. Além disso, é um período de mudanças hormonais que, em teoria, também podem estar relacionadas ao surgimento do problema”, diz Shavitt. João Paulo Marin, 28, empresário ‘Antes de entrar no quarto, passava desinfetante no pé’ “Meu caso envolve mania de limpeza. Era um circuito de pensamento ligado a nojo de prostituta. Estou abrindo o jogo, porque acho que muita gente sofre com isso. Quando eu era mais novo, vi um vídeo sem querer. Devia ter uns 12 anos. Depois de ver o filme, não podia entrar em contato com nada que estivesse ligado a locais onde havia prostituição. Um dia, meu pai chegou de táxi com um boné de presente para mim. Daí eu associei: prostituta anda de táxi, então não posso abraçar meu pai nem aceitar o boné. Fiquei com raiva de não poder receber o agrado de meu pai por causa desse pensamento. Também não podia pegar em dinheiro, passar em certas regiões da cidade. Se estava saindo banho e o pensamento de algum lugar vinha a minha cabeça, tinha que voltar e lavar a cabeça de novo. Se chegava da rua, antes de entrar no quarto espirrava Lysoform no pé. Tinha que espirrar quatro vezes em cada sola e repetir dez vezes. A pele ficava toda comida. Um dia decidi que não dava mais para viver assim. Então segurei dinheiro na mão, fiquei deitado no chão sujo, como se tivesse me curado. Durou uns dois dias e tive uma recaída. Fui me tratar. Não tomo remédio desde 2000 e não tive mais nada.”
Foto: Adriano Vizoni/Folhapress
Retrato do ginasta Diego Hypolito no clube Pinheiros. Ele disse recentemente que sofreu de TOC e entre suas compulsoes estava nao pisar em linhas ou certas cores de pedras na calcada enquanto anda na rua
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Conhecendo a família Os pais precisam estar preparados para conhecer o primeiro namorado/a dos filhos adolescentes
colaboração SHEL ALMEIDA
Apresentar o namorado ou a namorada se antes estavam de um lado da situação, aos pais é um passo importante, não agora esses pais estão do outro. Já não apenas para o relacionamento com são mais eles que buscam a aceitação e a o pretendente, mas com a própria família. compreensão da família. Agora eles que Quando isso acontece pela primeira vez com irão oferecer isso aos filhos e a quem eles um adolescente é um momento de aceitação escolheram para ser o primeiro namorado/ e também de desafio. Mesmo que seja uma namorada. De acordo com a psicóloga ocasião para a alegria, a situação também clínica Dra. Ana Maria Romão, quando o envolve tensão. Para o filho/filha que leva o jovem decide apresentar o namorado/a para namorado/namorada para conhecer a casa e a família, subentende-se que o assunto já a família fica a dúvida: ‘eles vão se gostar?’. tenha sido discutido. É importante que o Para o namorado/namorada que está indo adolescente informe aos pais sobre o namopela primeira vez na casa dos ‘sogros’ fica ro e que, a partir disso, estabeleça-se um a insegurança de saber se será bem aceito. diálogo. “Quando não existe base para o Para a família fica a constatação de que o diálogo é um problema porque o adolescente filho/filha não é mais criança e que as coisas é desafiador. É fundamental que se tenham serão diferente dali em diante. A primeira conversas sobre relacionamentos dentro de visita do primeiro namorado/a da filha/o é casa e também bons exemplos. Como os um momento de ruptura, uma quebra de pais se relacionam entre si e, no caso das barreiras. A partir desse momento a relação novas formações familiares, como os novos não será mais feita entre pai, mãe e filhos. companheiros, vai influenciar a maneira desse adolescente Há um estranho ali, alguém que mereceu Os pais devem receber o se relacionar com o parceiro”. É aquela a atenção do jovem a namorado da filha da mesma velha máxima: se o ponto de levá-lo para maneira que gostaria que pai trata bem a mãe/ dentro do lar. E mesmo que esse relacionaseu filho fosse tratado se a esposa e vice-versa, o filho irá tratar bem mento não dure para situação fosse inversa a namorada e a filha sempre, como é comum exigir o mesmo tipo na adolescência, essa Dra. Ana Maria de comportamento primeira apresentação entre namorado e família determina uma do namorado. As ações influenciam mais mudança de fase, na qual o jovem mostra do que as palavras. “Os tempos mudaram, que já faz as próprias escolhas e espera que mas os temas são os mesmos. Cada família os pais o apoiem e respeitem. Cabe aos pais tem sua forma de agir, mas o adolescente compreenderem e aceitarem que nada mais sempre vai provocar. Cabe aos pais colocar depende apenas deles, que os filhos agora limites e responsabilidades. É preciso excaminham para uma fase de amadurecimento plicar, aconselhar, mas não intrometer. Não e que começam a se tornarem donos de si. dá pra falar em namoro sem falar em sexo. Aos pais fica a tarefa de aconselhar e con- E o adolescente sempre acha que nunca tinuar a impor limites aos filhos. Mas que vai acontecer com ele, que ele não corre riscos. Se os pais evitarem essa questão e as decisões já não são mais deles. a encararem como um problema, será um problema que voltará para eles. Quando Quase todo mundo tem uma história você se defronta com a sexualidade do marcante sobre a primeira vez que levou filho você coloca em cheque sua própria um namorado/a para conhecer os pais ou sexualidade. É preciso que os pais entenquando foi pela primeira vez conhecer os dam a si mesmos para poderem entender pais do namorado/a. É comum que casais os filhos. Alguns pais de jovens que atendo contem aos filhos como foi para eles essa vêm até mim pra saber dos filhos porque ‘primeira vez’, que relembrem das gafes com não têm coragem de falar diretamente com divertimento e até mesmo saudade. Mas, eles. Existe a falta de jeito e de tato para
Relacionamentos
abordar o adolescente. Mas os adolescentes não querem saber pela internet e pela mídia, querem saber pelos pais, que são as pessoas em quem mais confiam”.
Apresentação
O que os pais precisam levar em conta também é que, muitas vezes, eles imaginam situações que nem aconteceram. Não quer dizer que porque a jovem trouxe um namorado para dentro de casa que eles já estão fazendo sexo. Mas isso pode vir a acontecer. E é aí que entra a compreensão, entendimento e aceitação dos pais de que os filhos não são mais crianças e que cabe a eles respeitar e ensinar, aconselhar, influenciar de maneira positiva. “A adolescência é o período que temos para estabelecer o Dra. Ana Maria Romão atende muitos adolescentes em seu consultório que queremos, até o nosso e percebe que existe a dificuldade de se abrirem com os pais sobre amadurecimento social. É o relacionamentos. “É preciso que se estabeleça um diálogo”. período para experimentar, nada precisa ser definitivo. E os pais precisam entender isso. do que servir carne para um vegetariano. E Nada precisa ser apressado, não existe a possibilidade de o jovem estar detalhes assim podem atrapalhar a apropronto nessa fase. Se isso for encurtado ximação. Outra dica é se mostrar aberto com a imposição de um relacionamento, a conhecer a pessoa com quem seu filho/a por exemplo, o jovem não vai vivenciar pretende se relacionar. Perguntar sobre o período e isso, mais tarde, pode gerar o tipo de música que gosta ou se pratica frustração”. Com a mesma rapidez que o algum esporte pode parecer coloquial deadolescente traz um namorado/a pra casa mais, mas é uma boa maneira de deixá-lo e acredita que o relacionamento vai durar a vontade e com vontade de dialogar. “Os para sempre, ele possivelmente vai mudar pais devem receber o namorado da filha da de ideia e querer terminar essa namoro, mesma maneira que gostaria que seu filho depois de um tempo. É normal e, prova- fosse tratado se a situação fosse inversa. No velmente, os pais também passaram por primeiro momento os pais tem que facilitar isso na mesma idade. Mas antes de pensar para que se crie um vínculo. Depois devem nisso tudo, é preciso pensar na parte prá- pensar em qual a melhor maneira de dar tica da situação: como receber o primeiro continuidade a esse relacionamento com o namorado/a da filha/o em casa? Uma dica namorado/a da filha/o: convidar pra assistir e se informa sobre os gostos do convidado. um filme, saírem juntos? É difícil para os Por exemplo, se for chamá-lo para almoçar pais terem noção do limite, mas eles ou jantar em casa, procure saber o que ele precisam lembrar que são os adultos gosta de comer. Nada mais constrangedor da história” conclui Dra. Ana Maria.
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Seu sorriso COM saúde
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Planejamento é tudo! informe publicitário
Após a traumática perda de um elemento dental, muitas pessoas procuram o cirurgião-dentista para a reposição deste dente com a maior rapidez possível. E é nesta hora em que surge ou a solução ou o problema. Devemos ter bem claros na nossa mente que rapidez e pressa são duas coisas completamente distintas. Procurar um cirurgião-dentista com rapidez para a reposição dos dentes é a escolha mais correta, pois quanto mais cedo for iniciado o procedimento restaurador melhor será a resposta biológica do corpo. Outra coisa bem distinta é a pressa em se fazer um tratamento restaurador. Para termos uma resposta estética e funcional do nosso organismo frente ao tratamento é fundamental o planejamento! Entende-se, segundo o dicionário, que planejamento é a “determinação dos objetivos ou metas de um empreendimento, como também da coordenação de meios e recursos para atingi-los; planificação de serviços”. E na odontologia é exatamente assim que funciona. Para devolvermos uma estética agradável para o paciente que acabou de perder seu dente da frente, por exemplo, devemos planejar uma reabilitação que leva em conta todas as limitações deste paciente (como problemas de saúde, limitações ósseas, linha de sorriso do paciente, histórico de tratamentos anteriores, entre outros) e os anseios e
expectativas deste paciente. O planejamento deve aliar um rigoroso exame clínico e radiográfico com uma boa conversa entre profissional e paciente para que fique claro o que o paciente está esperando. De posse destas informações é que o profissional inicia o planejamento do caso, propondo ao paciente o melhor material restaurador (porcelana, resina composta, metal), a técnica mais adequada para seu caso (restaurações diretas ou indiretas), as vantagens e desvantagens de determinado tratamento bem como uma estimativa de valores e de tempo para a conclusão do tratamento. Portanto, para que possamos atingir este planejamento é necessário tempo! E a pressa em se realizar o tratamento não irá contribuir em nada para o resultado final, o que pode gerar, muitas vezes, insatisfação de ambos os lados pelos resultados conseguidos. Com o correto planejamento (totalmente variável de caso para caso), com certeza, o paciente irá ficar satisfeito com os resultados alcançados e o profissional irá conseguir cumprir tudo aquilo que foi proposto ao paciente, devolvendo de forma estética e funcional o elemento dental perdido por este paciente. Dr. André H. F. Possebon Destística Restauradora e estética Dental CROSP 94138
COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria de Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dr. André Henrique Possebom CRO/SP 94.138
Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984
teen
O Havaí é aqui
A havaiana Alessa Quizon, 19, vem ao Mundial de surfe no Rio com torcida do namorado brasileiro por THALES DE MENEZES/FOLHAPRESS
Quando disputou seu primeiro campeonato de surfe, aos dez anos, Alessa Quizon não era iniciante: pegava ondas no Havaí desde os quatro, numa pranchinha. Aos 17, ganhou o circuito mundial PRO JR. Agora, aos 19, disputa na semana que vem a etapa brasileira do Mundial de surfe. Na verdade, passa cada vez mais tempo no Brasil. Em entrevista à Folha, em inglês, Alessa ri da pergunta sobre o quanto conhece do português. “Um pouco”, ela responde, falando no idioma do namorado, o surfista brasileiro Caio Ibelli. Recordando seu primeiro campeonato, diz que se divertiu tanto na água que decidiu ali mesmo que se tornaria uma surfista profissional. Ganhar a etapa no Rio seria maravilhoso, declara, mas não quer colocar muita pressão sobre os próprios ombros. Em 2012, ela surpreendeu chegando à semifinal, batendo grandes nomes como Stephanie Gilmore, Tyler Wright e Courtney Conlogue. Ela diz que é possível viver de surfe, mas contando com ajuda dos patrocinadores. Alessa é uma integrante da equipe Billabong, que reúne homens e mulheres da primeira linha desse esporte. “É muito difícil se sustentar sem patrocinador. As mulheres não recebem tanto dinheiro de premiação quanto os homens. Por isso você tem que garantir um bom resultado para levar mais grana.” Mais do que o lado financeiro, ela acha que o melhor da vida que está levando é viajar pelo mundo. “Conhecer pessoas e experimentar comidas diferentes, enquanto pego onda? Bom demais!” Com o namoro, o Brasil se tornou des-
tino constante. Ela gosta das praias do Guarujá (SP). “Eu adoro Pitangueiras e a praia do Tombo”, diz.
Fotos: Fabio Minduim/Divulgação
As provas no rio
A partir da próxima segunda-feira, estará no Rio, onde as disputas serão na Barra (Postinho) e no Arpoador. As atividades começam às 7h, sem cobrança de ingresso. As baterias do feminino vão até o dia 14, e as do masculino, até o dia 19. Entre os homens, o circuito mundial está no começo, com sete etapas pela frente, até dezembro, e tem na liderança Kelly Slater, 41, campeão mundial 11 vezes. No feminino, após o Brasil restam só duas etapas, na França e nos Estados Unidos. A australiana Carissa Moore é líder. A cearense Silvana Lima, 28, brasileira mais bem colocada, está na 12ª posição. Alessa poderá ser vista pela praia, escutando música para relaxar. O que toca em seus fones de ouvido? “Eu gosto de todo tipo de música, desde que tenha uma boa batida. Escuto bastante Rihanna e Lana Del Rey. O bom é que tenho muitas músicas no meu iPhone e coloco sempre no modo shuffle.”
A surfista havaiana Alessa Quizon, 19 anos Fotos: Daniel Marenco/Folhapress
Duelo de sereias
As favoritas a vencer a etapa do Mundial no Rio Sally Fitzgibbons, 22, australiana, venceu a etapa brasileira em 2012 Courtney Conlogue, 20, americana, venceu a última etapa, na Nova Zelândia Stephanie Gilmore, 25, australiana, atual campeã mundial Carissa Moore, 20, havaiana, lidera o circuito
A surfista Courtney Conlogue, no Arpoador, durante etapa do Rio Billabong Pro, valida como etapa do ASP World Tour 2012, disputada nas praias da Barra, do Arpoador e do Canto do Recreio, no Rio de Janeiro.
Reflexão e Práxis
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Comunidade Por pedro marcelo galasso
A comunidade é caracterizada como sendo um conjunto de laços que unem as pessoas de uma determinada região e que constroem uma identidade, um sentimento de pertencimento, de proximidade que tornam a vida social mais dinâmica. Os laços que formam a comunidade podem ser expressos em festas típicas, tais como as quermesses, as festas juninas ou étnicas, mas sempre de caráter espontâneo ou com a mínima participação do Estado, ou seja, na maioria das vezes a própria comunidade cria e organiza estes eventos sem uma imposição burocrática ou estatal. Entretanto, todos nós sabemos que uma comunidade vai além daquilo que é “real” ou, melhor dizendo, vai além daquilo que as pessoas que compõem a comunidade veem. Existem aqui laços simbólicos poderosos como os valores defendidos pela própria comunidade e que fortalecem seus laços, criando uma ideia de continuidade, reforçando o pertencer a algo. E esta me parece a principal diferença entre a
comunidade e o Estado. Podemos nos sentir excluídos do Estado, distante de suas esferas, alheios as suas formas de decisão, mas se pertencemos a uma comunidade, esta distância não existe. O indivíduo é um elemento a mais no todo do Estado e ainda que seja seu membro tema impressão de estranhamento frente ao caráter burocrático e institucional. Enquanto na comunidade, o indivíduo é visto de outra forma, é considerado como alguém que participa, que constrói e que sustenta toda a estrutura comunitária, ou seja, há a ideia de fazer parte de algo maior. Além disso, a comunidade é plural, é mais ampla e informal, com uma profundidade emocional mais genuína e constante. Talvez uma das razões de nos preocuparmos mais com a nossa comunidade, com o nosso bairro ou nossa rua venha daí, já que temos a tendência de cuidar melhor daquilo que nos é próximo, daquilo que é mais significativo para nós e para nossas famílias. Temos um maior engajamento moral
com a nossa comunidade por conta de todos os valores formados e que são mais facilmente interiorizados pelos seus membros devido a sua participação neste processo de construção. Fica claro que nos preocupamos mais com aquilo que nos é importante e presente. E se há um engajamento moral, temos a sua contrapartida, a coerção criada pela mesma comunidade, ou seja, formam-se regras de conduta e um conjunto de práticas que são reforçadas a cada momento e por cada membro cumprindo uma função de controle social mais difusa, mas, entretanto, mais presente e eficiente. Quanto a sua continuidade histórica, a comunidade se cria e se recria enquanto seus membros seguem sua lógica de funcionamento e respeitam os seus valores e práticas, ou seja, enquanto a comunidade for capaz de alimentar os seus membros ela tem a capacidade de continuar existindo, mas como tudo o que existe na História é evidente que todas as comunidades perecem, pois nem sempre seus valores, suas práticas e seus simbolismos conseguem
acompanhar a marcha histórica. Como complemento às ideias acima, o fato da comunidade valorizar a pessoa em sua totalidade e por valorizar os laços emocionais a torna simpática e importante para a formação das personalidades de seus membros. Sua força psicológica é resultado da fusão de inúmeras vontades e desejos coletivos nascem por conta do protótipo da comunidade que é a família, ou seja, para nosso ser social a comunidade cumpre o papel que cabe a família na criação de criação de seus membros. Curioso é pensar o seguinte: se a comunidade é mais próxima do individuo, se ela tem uma função didática ao defender valores coletivos, se ela mostra aos seus membros seus valores, se ela valoriza o papel de seus membros, por que o Estado não utiliza esta forma social para a consolidação da ideia do que é ser cidadão? Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Nossas Escolhas
Pais e filhos,
por Felipe Gonçalves
tão perto e tão distantes
Durante os primeiros anos de vida, até os 5, 6 anos, a criança vive na órbita das pessoas que tomam conta dela ou seja a mãe e o pai. Ela precisa ser amada, cuidada e protegida, pois sozinha não tem condições para saber o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. A relação que se estabelece é uma relação de maternagem e o filho adquire a noção de pertencer aos pais, principalmente à mãe. Os pais são idealizados, sentidos pelo filho como pessoas muito fortes, que sabem tudo, que são, portanto, capazes de lhe garantir toda a segurança. A sensação de pertencer gera na criança a noção de enraizamento na família. Mais tarde, já na adolescência, em um desenvolvimento normal, irá acontecer um novo processo de busca de autonomia, que pode ser caracterizado como o afastamento do mundo dos pais. É evidentemente, um afastamento que acontece internamente. O filho tendo como modelos principais de identidade sua mãe e seu pai, começará a tentar descobrir sua própria forma de pensar, sentir e agir. Como nem sempre essa forma própria coincide com as
formas dos pais, conflitos emergem, manifestados de maneira explícita ou implícita. Por um lado, nem sempre os pais são hábeis no trato com seus adolescentes. Muitas vezes, não conseguem perceber que suas criancinhas cresceram. Com frequência, experimentam muito medo do que o mundo fora de casa pode causar de mal a seus filhos. Tendem a lidar inadequadamente com regras, limites e proibições. Podem perder a possibilidade do diálogo com seus adolescentes. Susceptíveis demais ao que nomeiam como invasão por parte dos seus pais, os adolescentes, com frequência, se tornam “carcereiros deles mesmos” e se fecham em seus quartos. Só que, vale observar, nos dias de hoje, fecham-se nos quartos, mas abrem uma janela enorme com o mundo, via internet. As redes sociais espalham as novidades dos adolescentes e os pais são os últimos a saber dos acontecimentos. O afastamento do mundo dos pais ocorre paralelo ao processo de desidealização dos pais. Os pais idealizados da infância deixam de ser “os sabe tudo” para
serem percebidos como pessoas sujeitas a falhas. Para desenvolver a própria autonomia, adquirir competências, afirmar-se nos ambientes, o filho precisa descobrir que os pais, na verdade, não são tão poderosos como ele os imaginava na infância, que têm coisas que eles não sabem, que são apenas humanos e como humanos podem também errar. Nos dias de hoje, com frequência, escutam-se queixas como, “Meu filho é jovem e não tem vida social real. Não quer sair do quarto e nem da internet”; “ Ele não fala mais com ninguém da família, passa a noite no computador, de manhã vai para a escola e a tarde, dorme”. Tais reclamações são preocupantes e devem ser examinadas caso a caso. Para evitar os exageros no uso da internet e a patologia, cumpre aos pais a manutenção do diálogo com seus adolescentes, onde deve existir uma confiança irrestrita e incondicional de ambos os lados. Essa é a única garantia para um relativo conforto dos pais e a única garantia para a segurança dos filhos crescidos. Portanto, a compreensão dos pais em relação à adolescência de seus filhos é a melhor forma
de reduzir a distância, o afastamento que se estabelece naturalmente entre dois mundos: o do jovem que está procurando de todas as formas se afirmar para a vida adulta e o mundo já estabilizado do adulto. O saber popular é de grande valia ao se pensar no desenvolvimento humano. Os filhos da coruja são os seres mais especiais do mundo. A coruja tem olhos grandes, atentos, expressivos e enxerga no escuro. O “olhar coruja” é aquele que se detém no filho, apaixonadamente e lhe comunica o amor incondicional, que faz dele a criança escolhida, valorizada e admirável. O “olhar coruja” dos pais, vê no “escuro”, isto é, antecipa e coloca toda a expectativa em um destino feliz para seus filhos. O ser humano precisa desse olhar para sua saúde física e mental, ele precisa ser “encorujado” para que aprenda a gostar de si, aprenda a se dá valor para que possa desenvolver a autoestima e a autoconfiança. Cumpre assim aos pais, manter um olhar de admiração, de valorização sobre seus filhos e apostar em perspectivas positivas. Isso não significa, de forma alguma, ser totalmente
permissivo. Filhos precisam de limites, regras e normas para sua própria proteção e para que possam se transformar em seres civilizados e éticos. Filhos saudavelmente fazem birra, desobedecem, burlam e testam limites continuamente e necessitam da atenção de seus pais, para aprenderem o que é certo e o que é errado, o que podem e o que não podem, o que lhes faz bem e o que não lhes faz bem. Reforços positivos sempre estimulam o crescimento do ser humano, favorecendo condutas adaptativas tanto ao mundo das exigências externas como ao mundo das necessidades internas. O “olhar coruja” é um essencial reforço positivo para o desenvolvimento íntegro do ser humano. Tenha uma boa vida ! Felipe Gonçalves Graduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimento de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário. E-mail: felipe.goncalves@usf.edu.br
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Saúde
Jornal do Meio 695 Sexta 7 • Junho • 2013
Nova droga
reduz injeções para fertilização Remédio que acaba de chegar ao Brasil é administrado em dose única e substitui as sete aplicações diárias atuais Por CLÁUDIA COLLUCCI /FOLHAPRESS
Um remédio que acaba de chegar ao Brasil reduz o número de injeções usadas nas fertilizações in vitro (FIV). Uma única injeção da medicação equivale às sete que as pacientes recebem hoje durante o tratamento. A partir desta semana, a nova droga deve começar a ser oferecida em algumas clínicas privadas. O medicamento (corifolitropina alfa), assim como outros que já existem no mercado, induz o ovário a produzir vários óvulos maduros, e não apenas um por mês, como geralmente ocorre. A diferença é que a nova droga tem ação prolongada e pode ser administrada em uma dose única, substituindo as atuais injeções diárias. O preço, porém, é similar ao do tratamento convencional: varia entre R$ 1.800 e R$ 2.800 (dependendo da dose). A corifolitropina alfa é uma proteína criada por meio de um método chamado “tecnologia de DNA recombinante”: é produzida por uma célula que recebeu um gene que a torna capaz de produzir a corifolitropina. As picadas diárias, por no mínimo uma semana, são uma das razões que levam ao abandono do tratamento após a primeira tentativa de fertilização fracassada, dizem os médicos. Nos EUA, a taxa de desistência é de 40%. “A nova droga pode tornar o tratamento mais ‘amigável’, facilitando a vida das mulheres. Não vai revolucionar a indução da ovulação para a reprodução assistida, mas pode minorar e simplificar os protocolos já existentes”, diz Artur Dzik, diretor científico da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. O ginecologista Arnaldo Cambiaghi lembra que hoje, além do incômodo das injeções diárias
e, às vezes, da necessidade de deslocar-se até a clínica para as aplicações, as mulheres precisam seguir à risca o horário das injeções. “Isso afeta o dia a dia.”
Individualização
Para o médico Edson Borges, apesar de mais cômoda para as mulheres, a droga pode levar a uma perda da individualização do tratamento. Segundo ele, nem todas as mulheres respondem de maneira igual à medicação. “Sabemos que, em alguns casos, devemos utilizar outras drogas ou mudar a dosa-
gem para melhorar os resultados.” O ginecologista Eduardo Motta, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), faz ponderação semelhante. “Precisamos ter cuidado. Se houver uma ‘hiperresposta’ do ovário, não será possível revertê-la porque a medicação estará agindo por seis ou sete dias”, diz ele. Ainda há incerteza sobre o desempenho da droga em mulheres mais velhas porque os estudos clínicos que levaram à sua aprovação na Europa e no Brasil consideraram o peso corpóreo, e não a idade das pacientes. “Uma mulher de 28 anos e outra de
40 anos respondem à medicação de formas diferentes. Acho que vamos ter que ‘temperar’ ao nosso critério, dependendo do perfil da paciente”, diz Cambiaghi. Na opinião do ginecologista Ricardo Baruffi, mais estudos englobando um conjunto maior de diferentes grupos de pacientes deveriam ser realizados antes de encarar a nova droga “com euforia”. O remédio é administrado por injeção subcutânea: uma dose de 100 microgramas para mulheres que pesam 60 kg ou menos e uma dose de 150 microgramas para as que têm mais de 60 kg.
SPASSU da Elegância
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Vestido de noiva
Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
Sem dúvidas o vestido de noiva é uma das partes mais importantes da cerimônia, onde a noiva pode realizar seu sonho de menina... Mas, e quando o casamento foi marcado para o inverno, o que fazer? Não desanime, pois os vestidos de noiva para esta estação tão charmosa estão cada vez mais belos, investindo em acessórios que deixarão seu look ainda mais sofisticado! Quem for produzir seu vestido deverá pensar em como deixa-la confortável no seu grande dia, sem se preocupar com o tempo gelado. Com toques especiais, o vestido de inverno trás mangas longas que podem ser feitas com tecidos transparentes como tule francês, rendas ou gazar, echarpes de musseline, ou até mesmo estolas brancas e peroladas, opções bem elegantes que evitam que a noiva sinta frio no altar e com certeza surpreenderá seus convidados! As rendas, por sua vez, são versáteis e usadas em várias áreas do vestido inclusive no véu. Alguns modelos já possuem boleros que também podem acompanhar o vestido de noiva na estação mais fria, eles darão um charme a mais
para o inverno na produção. As madrinhas também podem apostar em echarpes e vestidos que sejam feitos com tecidos encorpados, que possam bloquear o vento. Se você escolheu um vestido de alças ou tomara que caia e de repente o tempo mudou, uma opção prática é alugar uma estola de cor neutra, como preto, cinza e marrom que irão combinar com seu vestido de madrinha e deixa-la aquecida e elegante na cerimônia. Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo. com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.
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Foi com enorme alegria que fotografei o casamento
desse lindo casal Érica e Rodrigo. Duas pessoas maravilhosas, descontraídas e muito queridas pelos os amigos e familiares. Fiquei extremamente à vontade porque já fotografei casamentos na família dos dois e encontrei vários amigos na festa deles. Fiquei impressionado com a sintonia dos dois. Érica e Rodrigo cuidaram de tudo com muita antecedência e carinho. O making of da Érica aconteceu no Art,noivas onde o estilista Lulu caprichou na Noiva. Sem contar que Érica estava super descontraída. Demos boas gargalhadas. A cerimônia aconteceu na linda igreja do Rosário onde o nosso querido Padre Marcelo, como sempre, fez uma linda e emocionante cerimônia. Após os juramentos todo o carinho na entrega das alianças. Dava pra sentir o quanto esse casal se ama! Logo após os cumprimentos dos pais e padrinhos, o casal passou pela nave da igreja sob os aplausos dos convidados. Eles estavam vibrando com a realização do grande sonho da vida deles. Na sequência fomos até a casa do casal para fazermos algumas fotos enquanto os convidados seguiam para o Buffet do Casa Buona onde o casal ofereceu uma belíssima festa. Os dois entraram no salão ovacionado por todos e, com muita alegria, o casal exibiu um clipe de agradecimento aos pais e a todos, dando início a uma festa maravilhosa com muita alegria e descontração. A pista de danças não parava um só minuto. Sem contar que a bateria da escola de samba Dragão Imperial esquentou o clima com muito samba. O casal aproveitou todos os momentos da festa rodeados pelos os amigos e familiares até o final! Mais um dia que guardo com muito carinho no meu coração.
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Fiat Bravo T-Jet oferece os atrativos básicos de esportivos sem abusar no preço e consumo
por Rodrigo Machado/Auto Press
Não tem saída. Carro esportivo sempre apela muito mais para a emoção do que qualquer outra coisa. O preço é mais alto, a suspensão mais dura e, em muitos casos, o espaço interno é limitado. Além disso, a própria potência maior muitas vezes não tem grande utilidade no “mundo real” – e ainda acaba levando a um consumo de combustível desproporcional. Só que, dentro da “raça” dos esportivos, existem modelos que fogem – mesmo que ligeiramente – desta ideia. O Fiat Bravo T-Jet é um deles. Ele promete as premissas básicas do esportivo: motor forte e bom comportamento dinâmico. Mas não deixa de fora a praticidade, oferece um consumo decente e, principalmente, não eleva tanto a etiqueta de preço. A versão esportiva do hatch médio parte de R$ 68.030. A configuração imediatamente inferior é a Absolute Dualogic, por R$ 62.530, valor apenas 8% menor que a T-Jet. Sem falar que a variante esportiva ainda adiciona o teto solar panorâmico, opcional de R$ 4.500. Na concorrência, essa diferença de preço é consideravelmente maior. Na própria Fiat, o Punto T-Jet é 16% mais caro que a versão anterior, enquanto que a Volkswagen cobra mais de 20% a mais pelo Jetta turbo em relação ao aspirado. Um dos principais rivais, o também hatch Peugeot 308 THP, é 10,6% mais caro que o modelo imediatamente inferior. A versão esportiva responde por cerca de 10% das vendas do hatch. Mesmo com um percentual de participação relativamente expressivo para uma configuração esportiva, o T-Jet não basta para fazer o Bravo finalmente emplacar no Brasil. Em 2013, a média mensal de vendas está em 850 unidades. Dessa forma, o Bravo fica atrás de Ford Focus, Chevrolet Cruze hatch, Volkswagen Golf e Peugeot 308 e abocanha o quinto lugar no ranking. Mais abaixo aparecem Citroën C4 e Hyundai i30 – o francês vai receber nova geração este ano, enquanto o sul-coreano passou pela troca nestre primeiro quadrimestre. Além do preço competitivo entre os hatches esportivos, o Bravo T-Jet agrada pelo competente conjunto dinâmico. O trem de força, por sinal, vem importado da Itália. O motor é o turbinado 1.4 T-Jet, com 152 cv a 5.500 rpm e 21,1 kgfm entre 2.250 e 4.500 giros. Ainda há a função Overbooster que eleva o torque para 23,0 kgfm nas 3 mil rotações. A transmissão é sempre manual com seis velocidades. Os dois alavancam o hatch de 1.370 kg a 100 km/h em 8,2 segundos e até uma velocidade máxima de 206 km/h. Por cumprir uma função de topo de linha, o T-Jet também vem bem equipado. Traz ar-condicionado dual zone, rodas de 17 polegadas, controle de estabilidade e tração, airbag duplo, ABS e o teto solar panorâmico. A lista de opcionais inclui faróis de xenon, rádio/GPS com tela 6,5 polegadas, airbags laterais, de cortina e de joelho e revestimento parcial em couro. Só que com tudo isso, a conta sobe para mais de R$ 80 mil. Um valor que compromete bastante o custo/benefício.
Ponto a ponto
Desempenho – Mesmo não sendo dos motores mais potentes entre os hatches esportivos, o 1.4 turbo vai muito bem na tarefa de acelerar o Bravo. Há algum “turbo lag” – demora do turbocompressor para reagir – em giros baixos. Mas a partir das 3 mil rpm, o propulsor enche e empurra o médio com grande vitalidade. É fácil e instigante superar os 100 km/h. A sensação de esportividade é ampliada com o importado câmbio manual de seis marchas, com escalonamento correto e engates precisos. Nota 9. Estabilidade – O Bravo já é um hatch com bom comportamento dinâmico. O acerto ligeiramente mais rígido da suspensão só melhora este aspecto. O médio segura bem nas curvas e passa uma ótima sensação de segurança. Os pneus 215/45 R17 – os mesmos das versões Absolute e Sporting – oferecem aderência e contribuem para o balanço dinâmico do carro. Nota 8. Interatividade – A interação com a parte
dinâmica do Bravo é interessante. O câmbio tem ajustes precisos, assim como a direção com assistência elétrica. Os pedais com acabamento em alumínio são adequados à proposta do T-Jet. O sistema de som que destoa do resto. Apesar de ser completo, tem funcionamento confuso demais. A tela não é sensível ao toque e nem tem interface intuitiva. Nota 7. Consumo – O InMetro não tem medições de nenhuma versão do Fiat Bravo. O computador de bordo apontou média de 8,7 km/l de gasolina em um trajeto misto. Nota 7. Tecnologia – O motor T-Jet não é dos turbinados mais modernos do mercado nacional. Mas entrega desempenho e consumo na medida certa. O câmbio importado da Itália é outro que agrada. A lista de equipamentos já é completa de série, com direito a ar dual zone e controles de tração e estabilidade. Ainda há na lista de opcionais itens como faróis de xenon, teto solar panorâmico e rádio com tela de 6,5 polegadas. O sistema de som, por sinal, é o que destoa, com funcionamento confuso. Nota 8. Conforto – A suspensão mais rígida pouco afeta o conforto ao rodar do Bravo. Isso significa que o hatch continua respondendo com pancadas secas em alguns buracos mais fundos. Na cabine, o médio acomoda quatro pessoas com sobras. O único problema é a linha de cintura ascendente, que deixa os ocupantes do banco traseiro um tanto afundados. Nota 7. Habitabilidade – A vida a bordo do Bravo é tranquila. Há boa quantidade de porta-objetos e todos bem localizados. Entrar na parte de trás do hatch é mais complicado por causa do caimento acentuado do teto. Nada grave, no entanto. O porta-malas leva razoáveis 400 litros. Nota 7. Acabamento – É um dos destaques do Bravo. O painel é todo em plástico emborrachado com uma textura que lembra a usada em cintos de segurança. O volante e parte dos bancos são revestidos em couro de qualidade. A versão T-Jet ainda adiciona tempero à mistura com os pespontos vermelhos. Nota 8. Design – O Bravo é um carro que preza mais pela elegância no design do que propriamente a esportividade. Talvez pensando nisso a Fiat praticamente não tenha feito mudanças estéticas para a versão T-Jet. Só as rodas mais esportivas diferenciam o T-Jet dos outros Bravo, além de alguns discretos decalques na carroceira. Nota 8. Custo/beneficio – O preço inicial do Bravo T-Jet agrada bastante. Por R$ 68.030, ele é consideravelmente mais barato que o Peugeot 308 THP, seu principal rival. O problema é a lista de opcionais, que elevam o preço do Bravo para mais de R$ 80 mil. Ao menos, lá estão equipamentos interessantes como os sete airbags e faróis de xenon. Outro concorrente importante é o Punto T-Jet, que compartilha o mesmo motor e parte de R$ 57.160. Nota 6. Total – O Fiat Bravo T-Jet somou 75 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Uma das maiores qualidades do Bravo T-Jet é surpreender seu motorista. O visual pacato não denuncia que se trata de um carro realmente esportivo. Só as rodas com desenho exclusivo e meia dúzia de adesivos na carroceria diferenciam este de um Bravo comum. O desempenho, por outro lado, é completamente diferente. O T-Jet é instigante de dirigir. O motor 1.4 turbo não é dos melhores da classe, mas traz gosto de ser explorado. A partir dos 3 mil giros e com a função Overbooster ligada ele fica “animado”. Traz força de sobra para o hatch médio e não reclama de atingir giros elevados. Aliado a ele está a bela transmissão de seis marchas. Com engates precisos e relações próximas, nem parece ser feita pela mesma empresa que produz os “borrachudos” câmbios que estão nos compactos brasileiros da Fiat. Dinamicamente, o T-Jet só aprimora o comportamento já interessante do Bravo comum. A suspensão é um pouco mais firme e diminui algumas rolagens de carroceria. O chassi é acertado e há bastante
controle do hatch tanto em mudanças bruscas de direção quanto em frenagens fortes. Os pneus são os mesmos das demais configurações do hatch e contribuem com aderência suficiente. O ajuste mais rígido da suspensão praticamente não altera a maneira com que o Bravo se comporta no cotidiano. O conforto ao rodar é razoável e o isolamento acústico permanece satisfatório. O espaço interno
é bom para quatro adultos. Um quinto fica um tanto espremido. O acabamento é mais um ponto a favor do hatch da Fiat. O painel é todo revestido de plástico emborrachado com textura semelhante a usada em cinto de segurança. Parece estranho, mas é bonito e agradável ao toque. O que destoa do bonito interior é o rádio. A tela até é vistosa. Entretanto, não é sensível ao toque e o próprio programa tem funcionamento confuso. Melhor mesmo é desligar o som e concentrar em andar rápido. Algo que o Bravo T-Jet faz realmente bem. Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Família em fúria – A Audi começa a vender no Brasil a station RS4 Avant, versão esportiva de sua perua média. O modelo “familiar” traz sob o capô um V8 4.2 aspirado de 450 cv capaz de alavancar o carro até 100 km/h, partindo da inércia, em 4,7 segundos. A máxima fica em 250 km/h por conta de limitação eletrônica. Serão poucas famílias que poderão sentir a pressão contra o encosto nas acelerações do RS4. A Audi cobra R$ 438.700 pelo esportivo. Dia de rock – A Citroën começa a inventar para manter o C4 hatch vivo no mercado. A marca criou a edição especial Rock You, limitada de 700 unidades. O C4 Rock You, como indica o nome, traz um sistema de som caprichado, com dois alto-falantes de 75 watts cada, dois tweeters, dois woofers e duas caixas de som quadriaxiais na traseira. A série é baseada na versão GLX e traz sob o capô o motor 1.6 de 113 cv. O preço é de R$ 53.145. Maquiagem – A Peugeot vai vender no Brasil no início do segundo semestre a versão reestilizada do cupê esportivo RCZ. O modelo ganhou as linhas da nova identidade visual da marca, mais suaves e com arestas “polidas”. O RCZ já vem sendo vendido na Europa há algum tempo, mas os estoques altos da Peugeot atrasaram o início das importações por aqui. O conjunto mecânico composto de motor THP 1.6 turbo de 165 cv e câmbio automático de seis velocidades vai se manter o mesmo. Super Golf – A Volkswagen usou o festival de Wörthersee, organizado por ela mesmo na Áustria, para mostrar o conceito Design Vision GTI, um exercício criativo para um Golf VII futurista. Ele traz um motor VR6 – com seis cilindros em um V de ângulo bem fechado – com 503 cv e 57,1 kgfm de torque. Ele é capaz de levar o protótipo à 100 km/h em 3,9 segundos e esbarra nos 300 km/h de velocidade máxima.
Fotos: Divulgação
Velha inspiração – A Bentley resolveu evocar suas antigas vitórias na tradicional 24 horas de Le Mans para criar série especial Le Mans para o cupê Continental GT e para o sedã Mulsanne. A edição faz referência às seis vitórias da marca na corrida em 1924, de 1927 a 1930 e em 2003 . As alterações dos modelos são puramente estéticas: placas de identificação e cores, rodas e relógio interno exclusivos. Agora sim – Demorou, mas finalmente os Fiat Palio e Grand Siena passam a ser equipados com o câmbio automatizado Dualogic Plus. Ambos modelos passam a receber a transmissão como opcional nas versões equipadas com o motor 1.6 16V. O grande diferencial do Dualogic Plus é a função creeping, que movimenta o carro assim que se tira o pé do freio. Recurso presente em carros automáticos e que facilita a vida na hora de manobrar. Briga em cima – Aposentado desde 1981, o clássico BMW M1 tem boas chances de retornar. Para criar o novo modelo, a ideia da marca alemã é usar a base do i8, conceito que vai dar origem a um híbrido com carroceria cupê. O esportivo usaria o motor V8 4.4 biturbo já aplicado em vários modelos da linha, mas com potência elevada para mais de 600 cv. A expectativa é que ele chegue para brigar com Mercedes SLS AMG e Audi R8 em 2016. Antes da hora – A Toyota revelou que a nova geração do Corolla será apresentada oficialmente em um evento privado no Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, em junho. Mecanicamente, porém. o modelo não deve mudar quase nada. O motor 1.8 litro de quatro cilindros apareceria com comando de válvulas variável. A potência ainda não foi confirmada, mas é provável que chegue aos 150 cv, ante os 130 cv atais. O design deverá absorver elementos visuais do SUV RAV4 e do conceito Corolla Furia, apresentado no Salão de Detroit, em janeiro deste ano.
Bentley Continental Le Mans
Audi RS4
Peugeot RCZ
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BMW R 1200 GS Nova geração da BMW R 1200 GS ganha eletrônica e ampliaa versatilidade
por EDUARDO ROCHA /Auto Press - Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
As motocicletas do segmento de maxitrail seguem uma premissa básica: não podem escolher o caminho. Isso quer dizer que elas devem oferecer desempenho tanto na estrada quanto fora dela. E a R 1200 GS, da BMW, é a líder mundial de vendas e também o maior ícone do segmento. É vista – não sem razão – como um modelo poderoso, luxuoso e resistente. Por isso, ao renovar a R 1200 GS, a marca bávara teve de se preocupar em não perder as características que lhe deu fama como ainda aprimorar outras qualidades que lhe garantisse a permanência no topo do mercado. Ou seja: melhorar sem perder a essência. Por exemplo: o novo desenho não deixou nem um vinco sequer no mesmo lugar, mas é fácil reconhecer a moto com sendo uma GS. As mudanças no propulsor também representam bem esta filosofia. Ele mantém a configuração tradicional, boxer, com dois cilindros opostos, mas agora combina arrefecimento líquido e a ar – os radiadores respondem por 35% do trabalho de resfriamento do motor. Manteve também as suspensões dianteira e traseira monoamortecidas, só que agora elas têm regulagem elétrica com ação semiativa – a roda traseira é capaz de “ler” o trabalho da roda dianteira e se adequar imediatamente. Na verdade, a nova GS recebeu a arquitetura eletrônica já presente na gigante K 1600 GTL. Isso inclui ainda cinco modos de condução. Para chuva, para estrada, esportivo, fora de estrada e fora de estrada esportivo. Respectivamente Rain, Road, Dymanic, Enduro e Enduro Pro. Dependendo do modo escolhido, o motor responde de forma diferente às solicitações do acelerador – que agora é eletrônico. Multiplicado pelas três configurações da suspensão – soft, optimum e direct –, a GS pode apresentar 15 combinações de regulagens pré-programadas. Todos estes recursos até aumentam a já grande capacidade off-road da GS, mas acabaram valorizando bastante as habilidades dinâmicas para o asfalto. E para isso o novo motor foi fundamental. Ele manteve os 1.170 cc de capacidade cúbica do antecessor, só que agora roda de forma muito mais suave, com um nível de vibração baixíssimo. Ele saiu dos 110 cv anteriores para 125 cv, enquanto o torque se ampliou de 12,3 para 12,7 kgfm de torque. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 3,6 segundos e a velocidade máxima supera os 220 km/h. A transmissão é por eixo cardã e o câmbio mecânico tem seis velocidades. A BMW não deixou de fora uma evolução “tradicional”, com melhorias mecânicas. O novo chassi é de aço tubular do tipo ponte – part dele, inclusive, “brota” ao lado do farol – e as suspensões foram redesenhadas. De acordo com a empresa, isso permitiu um aumento significativo na rigidez torcional e na estabilidade na pilotagem. Os pneus têm novas medidas: 120/70 R19 na frente e 170/60 R17 atrás. Os freios agora tem pinças feitas pela italiana Brembo e o ABS é de série. A nova R 1200 GS será vendida em duas versões. A de entrada é a Sport que já vem com manoplas aquecidas, controle de
pressão dos pneus, suporte para baús laterais, ABS, ajuste de modo de condução do acelerador, luz diurna e cruise control por R$ 73.400. A topo é a Premium é traz os equipamentos de “vitrine” da R 1200 GS como a suspensão adaptativa, farol de led, computador de bordo, rodas raiadas e preparação para GPS. Esta, sai por R$ 83.900. Itens de série: Versão Sport: Manoplas aquecidas, controle de pressão dos pneus, protetor de mãos, piscas em led, suporte para malas laterais, controle de tração, luz diurna, acelerador eletrônico com três modos de funcionamento e piloto automático. Preço: R$ 73. 400. Versão Premium: Adiciona farol em led, computador de bordo, preparação para GPS, rodas raiadas e suspensão com ajustes eletrônicos e cinco modos de condução. Preço: R$ 83.900.
Primeiras impressões
São Paulo/SP – A R 1200 GS foi porojetada para ocupar o topo da cadeia alimentar entre as motos. Não só no segmento de maxitrail, mas no ideário de ser um veículo poderoso, capaz de enfrentar qualquer situação, por mais avessa que pareça. De fato, as gerações anteriores cumpriam muito bem esta função, mas exigiam em troca do piloto o tal “espírito aventureiro”. Em outras palavras, um certo despreendimento em relação ao conforto. Nessa nova geração, a R 1200 GS ficou bem mais generosa nesse aspecto. A começar pela regulagem de altura do assento de série. Outro ganho foi o para-brisa regulável. Não é movimentado eletricamente como na GTL, mas no caso de uma moto aventureira, a supressão de um motor elétrico não é necessariamente mau negócio. Mas a maior diferença é mesmo na eletrônica embarcada. Os modos de condução, com cinco mapeamento diferentes para as reações do motor, alteram perceptivelmente o comportamento da moto, indo da mais suave, para a chuva, para a mais feroz – Dynamic quando no asfalto e Enduro Pro quando na terra. O acelerador eletrônico responde tão prontamente aos estímulos no manete que dá a impressão de ter uma ligação direta com o cérebro do piloto. No caso da versão de topo, as suspensões com ajuste eletrônico ampliam ainda mais as boas habilidades dinâmicas do modelo. Uma viagem em moto Soft se torna um passeio de ótima qualidade. Já no modo Direct, ela parece instigar o piloto a acelerar. Esta capacidade “esportiva”, mostrada de forma bem exibida no autódromo de Interlagos, em São Paulo, é o que mais surpreende na nova GS. As destrezas para situações off-road até podem ter se ampliado, não houve um ganho radical, Já no asfalto, o comportamento dela se aproxima ao de um Gran Turismo. E tem tal agilidade que, sem os baús laterais, parece ser capaz de driblar o trânsito com alguma facilidade. A BMW foi realmente bem sucedida em fazer essa nova geração da R 1200 GS ainda mais poderosa.
Ficha técnica BMW R 1200 GS Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.170 cm³, com dois cilindros contrapostos, quatro válvulas, comando duplo no cabeçote e refrigeração ar/líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Câmbio: Mecânico de seis marchas com transmissão por cardã. Potência máxima: 125 cv a 7.700 rpm. Torque máximo: 12,7 kgfm a 6.500 rpm Diâmetro e curso: 101,0 mm X 73,0 mm. Taxa de compressão: 12,5:1. Suspensão: Dianteira telescópica do tipo telelever com 190 mm de curso. Traseira com monoamortecedor paralever com 200 mm de curso. Ajustes eletrônicos na versão Premium. Pneus: 120/70 R19 na frente e 170/60 R17 atrás. Freios: Discos duplos de 305 mm na frente e disco simples de 220 mm atrás. Oferece ABS. Dimensões: 2,21 metros de comprimento, 0,95 m de largura, 1,51 m de distância entre-eixos e assento regulável em altura para 82 cm ou 85 cm. Peso: 238 kg. Tanque do combustível: 20 litros. Produção: Munique, Alemanha. Lançamento mundial: 2012. Itens de série: Versão Sport: Manoplas aquecidas, controle de pressão dos pneus, protetor de mãos, piscas em led, suporte para malas laterais, controle de tração, luz diurna, acelerador eletrônico com três modos de funcionamento e piloto automático. Preço: R$ 73.400. Versão Premium: Adiciona farol em led, computador de bordo, preparação para GPS, rodas raiadas e suspensão com ajustes eletrônicos e cinco modos de condução. Preço: R$ 83.900.
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Jornal do Meio 695 Sexta 7 • Junho • 2013
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Abertura de trabalhos por AUGUSTO PALADINO/autopress
A Alfa Romeo começa a produção do 4C com uma série especial. Batizada com o óbvio nome de “Launch Edition”, ou edição de lançamento, a versão do esportivo ganha alguns detalhes exclusivos, como faróis bi-xenôn, difusor traseiro, rodas especiais e um número maior de apliques de fibra de carbono. Serão feitas apenas mil unidades do 4C Launch Edition, ao preço de 60 mil euros, cerca de R$ 155 mil.
Foto: Divulgação
4 Alfa Romeo 4C Launch Edition
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Jornal do Meio 695 Sexta 7 • Junho • 2013