701 Edição 19.07.2013

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Braganรงa Paulista

Sexta

19 Julho 2013

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jornal do meio

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Para pensar

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A dimensão

Expediente

“social” do batismo por Mons. Giovanni Baresse

Encerrando a breve tríade de comentários sobre o Batismo gostaria de abordar característica não secundária: a incorporação à Igreja, corpo de Cristo. Como disse em artigo anterior, há quem busque o batismo de seus filhos por razões afetivas, de feitura de laços sociais, supersticiosas e de certa religiosidade difusa. A função dos ministros da Igreja é ajudar as pessoas a perceberem as exigências que esse sacramento supõe. O batismo pede a adesão à pessoa de Jesus Cristo e à Igreja que ele quis. Lembrando alguns textos bíblicos, o batismo nos faz pessoas novas (2 Coríntios 5,17), filhos adotivos de Deus (Gálatas 4,5-7), membros de Cristo (1Coríntios 6,15; 12,27). É necessário para a salvação (viver como filhos de Deus aqui e na eternidade). Destaco que não ser batizado não é passaporte para o inferno. A afirmação

da necessidade do batismo para viver a plenitude em Jesus Cristo é a consequência missionária que envolve quem se afirma cristão. A razão é simples: se o cristão crê que Jesus é o Senhor, o Caminho, a Verdade e a Vida, pela própria essência do Mandamento de Jesus (Amar a Deus e amar o próximo – que é toda a humanidade) torna-se exigência fundamental. Se vejo em cada ser humano um irmão não posso deixar de lhe contar quem é a razão da esperança daqueles que afirmam Nele crer! Muito bem, mas caminhemos na fundamentação de que o batismo não tem só razões familiares ou periféricas. O batismo faz nascer o povo de Deus da nova aliança, um povo que não tem limites culturais, étnicos, de sexo, etc. São Paulo afirma que “Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só Corpo” (1 Coríntios 12,13). “Membros da Igreja,

corpo de Cristo, não mais nos pertencemos e sim àquele que por nós morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5,15). Ao aceitarmos a marca indelével da pertença a Cristo passamos a constituir uma nova família que traz a missão do anúncio da vida nova que o Pai quer para todos. Ressalto aqui duas coisas que me parecem fundamentais. O batismo é dado uma vez por todas. Não há como “rebatizar”. Quando um cristão passa de uma comunidade de fé para outra (de católica para igreja protestante, de comunidades protestantes entre si) o sinal batismal acompanha. Se a pessoa foi batizada em nome da Trindade santa o ato é definitivo. Pode haver abandono total da fé. Não há como apagar a marca batismal que se recebeu. Como criança ou como adulto. A segunda consequência é inseparável unidade entre pessoa e comunidade que o batismo

exige. O batismo implica pertença. Quebrar isso é quebrar aquilo que Jesus quis. Daí a necessidade de entender bem as dimensões do batismo e de ver se se deseja, de fato, vivê-las. Parece que a grande tentação é a “fundação” de um modo individualista de viver a fé. Ainda mais se existem normas a serem seguidas. Hoje existe uma ojeriza a normas. Parece que todas elas, tanto civis como religiosas, não tem razão de ser e somente servem para cercear a sacrossanta liberdade individual. Por que se deve obediência a determinações? Comento sempre que os chamados “cursos” de batismo não deveriam existir mais. Mesmo porque quando se pede algo para um filho os pais deveriam saber muito bem o que estão pedindo! Onde ainda existem são uma tentativa de “acordar” para o sentido do pedido. Vale o que se faz na maior parte

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das comunidades: a visita que acolhe os pais e o mais novo filho para dizer-lhes da alegria da comunidade em acolher um novo membro. Mesmo assim existe muito desconhecimento sobre a realidade sacramental do batismo. A Tradição bíblica nos diz que nos gestos de Jesus a Igreja aprendeu sete sacramentos. O número sete quis significar tudo o que precisamos para viver como seus irmãos e irmãs! Mas eu penso que quando Ele voltou para o Pai percebeu que era necessário criar mais um: o sacramento do acho!


Comportamento

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Foi mal

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Pedir desculpas ganhou fama de ser apenas uma forma de enrolação, mas tem gente disposta a resgatar sentido do ato

Por IARA BIDERMAN/FOLHAPRESS

Se você está cansado de ouvir desculpas, prepare-se. Gente que estudou o problema diz que há um “boom” desses pedidos circulando no mundo tanto no público quanto no privado. Sim, há especialistas em desculpas, e não são gurus de autoajuda oferecendo o manual definitivo do perdão. “Há toda uma linha de estudos na sociologia e na ciência política sobre o assunto, por causa dos pedidos formais dos governos e das instituições”, diz o sociólogo carioca Alexandre Werneck, autor de “A Desculpa” (Record, 378 págs., R$ 39,90). Seja a Fifa se desculpando, na última quarta-feira (29/5), por problemas na retirada de ingressos da Copa das Confederações, seja o que você costuma dizer ao chegar atrasado a um compromisso, o fato é que a vida cotidiana se move numa rede de desculpas. E isso não precisa ser ruim, segundo Werneck. Ele diz ter escrito o livro para reabilitar a desculpa, que acabou virando sinônimo de mentira. “Um dos motivos pelos quais conseguimos viver socialmente é porque podemos pedir e aceitar desculpas. É um mecanismo para manter relações e permitir acordos.” Em tempos de relações virtuais, o mecanismo se torna ainda mais importante, segundo a escritora americana Susan McCarthy, criadora do site SorryWatch (vigilante das desculpas). “Nas redes sociais, as pessoas dizem as coisas muito rapidamente e não há muito espaço para sutilezas. E todos querem se mostrar. Isso aumenta as chances de falarem coisas estúpidas ou malvadas. Então, têm que se desculpar mais e mais”, disse McCarthy à Folha. O site (www.sorrywatch.com) analisa pedidos de desculpas na mídia, na história, na cultura e na vida privada. E aponta quais são os mais esfarrapados, destrinchando seus argumentos. O observatório virtual de desculpas está há quase um ano no ar. Embora a maioria dos posts sirva para criticar os piores pedidos, McCarthy defende a prática: “Pedir desculpas tem o poder de aproximar os seres humanos, resgatá-los de seu isolamento, de suas tristezas e de seus ódios”, afirma.

Revelação

Para pessoas que já estão próximas, falar de desculpas desperta uma ponta de suspeita. A associação com “mentira” pega. No melhor dos casos, seria uma forma de não ser indelicado; no pior, um jeito de esconder algo importante. A psicoterapeuta Lúcia Rosenberg pensa de outra forma: “Pedir desculpas é se revelar ao outro”. A pessoa que pede mostra ao parceiro como ela funciona e propõe que ele encare o que ela fez (ou deixou de fazer) com um outro olhar. Mas nem sempre as pessoas querem se mostrar e fica difícil pedir desculpas. “Existe essa coisa egoica ocidental de achar que você precisa estar sempre por cima. As pessoas não percebem quanta honra e quanta coragem é preciso ter para pedir perdão. Não percebem quanta nobreza há nesse gesto que parece humilhante”, afirma a psicoterapeuta. Retratar-se é um pedido e um sinal de respeito, que vem da palavra latina “re-espectrum’, olhar novamente. “O novo paradigma amoroso não é dizer eu te amo, mas sim eu te enxergo”, acredita Rosenberg. O pedido de desculpas é um jeito de dizer “não te vi na hora em que pisei na bola contigo, mas agora estou te vendo”. Aceitar as desculpas é jogar essa bola para frente, segundo o publicitário carioca Daniel Bovolento, 22, que considera a traição um dos pedidos de reparação mais difíceis de se aceitar. Ele foi traído pela namorada quando estava em uma viagem de trabalho. Soube por telefone e rompeu. Voltou ao Rio no dia seguinte, quando se encontraram para uma conversa. “Ela disse que sabia que eu não iria desculpá-la, mas que não queria ser a grande decepção de minha vida. A promessa embutida era ‘eu não vou mais fazer isso’. Eu repensei, engoli meu orgulho e resolvi reatar o namoro”, conta. O caso ilustra o que o sociólogo Alexandre Werneck considera o ritual da desculpa. “Envolve demonstração de arrependimento, ato de contrição e aposta no futuro.” Nesse ritual, quem pede reduz a importância do passado e aumenta a do futuro. Já a pessoa que aceita o pedido faz uma revisão do passado para seguir em frente. força terapêutica Pedir desculpas também tem força terapêutica. Nos “12 passos”, programa de tratamento de dependência química, faz parte do tratamento: é o nono passo. “O pedido é um exercício para treinar um novo jeito de viver. Quando peço desculpas, reforço meu propósito de mudança”, diz Alexandre Araújo, presidente da ONG Intervir para dependentes químicos.

O passo ajuda o dependente em recuperação a reconstruir suas relações sociais em outras bases. “Para chegar a pedir desculpas, a pessoa tem que ter elaborado muito a situação. A reparação é um aprofundamento e uma releitura de sua história”, explica Araújo, que trabalha com membros de entidades como a AA (Alcoólicos Anônimos). O programa dos passos, seguido pelo AA, reforça que as desculpas devem ser dadas diretamente às pessoas afetadas, sempre que possível. É um ponto básico da boa desculpa, mas está cada vez mais difícil de se encontrar, segundo a “vigilante de desculpas” Susan McCarthy. Um bom pedido, para ela, é quando a pessoa entende o que deu errado, explicita o que aconteceu e assume a responsabilidade por isso. A regra é a mesma para desculpas íntimas e públicas. “Muitas pessoas não foram ensinadas a se retratar. Se não sabem fazer isso por falta de prática ou porque nunca pensaram no assunto, vão pedir desculpas como se fossem crianças autocentradas e orgulhosas, praticamente acusando a pessoa para a qual deveriam se desculpar”, diz McCarthy.

O básico é a melhor estratégia

Use a palavra Diga com todas as letras: desculpas. Se soar natural para você, pode usar o termo perdão. Mas “foi mal” não serve Seja específico Diga o que você fez concretamente. Não seja vago (“sinto muito pelo o que aconteceu”) nem dê o truque do condicional (desculpe-me se o que fiz foi errado) Fale de consequências Reconheça que a situação criada por você teve efeitos em outra(s) pessoa(s). É por isso que você está se desculpando com ela(s) Explique-se Conte as causas e as circunstâncias envolvidas na situação, sem se colocar na defensiva nem se desresponsabilizar (“foi fulano, é a sociedade, é genético”) Não terceirize O pedido tem que ser feito pessoalmente. Recursos como mandar recado ou comunicar por porta-voz podem até manter as aparências, mas nenhuma das partes envolvidas terá certeza de que a desculpa foi efetivamente dada e aceita

Arrependimentos públicos

Lance armstrong O ex-ciclista americano fez o circuito completo da busca do perdão: confissão, arrependimento e pedidos de desculpa. Tudo ao vivo, no programa de TV de Ophra Winfrey. O atleta admitiu ter usado doping e se explicou: “Eu não inventei a cultura, mas não tentei evitá-la” Woo-suk hwang O cientista coreano fraudou dados sobre a criação de células-tronco por clonagem e foi descoberto. Desculpou-se, dizendo: “Houve alguns enganos, erros humanos”. Hwang foi condenado pela justiça coreana por desvio de recursos e compra de óvulos, mas não foi preso. Madonna Ao receber um buquê de flores de um fã, durante entrevista coletiva em 2011, a cantora não se conteve: “Odeio hortênsias!”. Depois, Madonna compartilhou um vídeo na internet em que lamenta ter magoado o admirador. Mas, no fim, reafirma detesta a espécie Príncipe charles Em 1994, quando vieram a público as aventuras extraconjugais do herdeiro do trono britânico com Camila Parker Bowles, Sua Alteza disse: “Vocês realmente esperavam que eu fosse o primeiro príncipe de Gales a não ter amante?” Neymar Em uma partida em 2010, o jogador confrontou o então treinador do Santos, Dorival Jr., e o capitão da equipe, Edu Dracena. Gritos e palavrões fizeram parte do show. No dia seguinte, deu uma coletiva de duas horas, na qual repetiu a palavra ‘desculpas’ oito vezes Luana piovani A atriz quis fazer graça com os corintianos no Twitter após uma derrota do time. A torcida reagiu e ela voltou atrás. “Me arrependi da grosseria”, tuitou. Em seguida, anunciou sua saída da rede social: “dou um passo a frente assumindo minha fraqueza” Caixa econômica federal Em maio, boatos sobre o fim da bolsa-família causaram tumultos em 13 Estados. Um dia antes, a Caixa alterou, sem avisar, o calendário de pagamentos do programa. Uma semana depois, veio a desculpa: “Tivemos uma informação equivocada em relação a data”, disse Jorge Hereda, presidente do banco Bill clinton Em 1998, surgem evidências do envolvimento sexual do presidente dos EUA Bill Clinton com a estagiária

da Casa Branca Mônica Lewinsky. Clinton teve que enfrentar um processo de impeachment e pediu perdão em rede nacional à esposa e ao povo americano Beatles Eles proclamaram que eram mais populares do que Jesus Cristo. Mas não foram tão onipotentes a ponto de ignorar as reações da população crente e organizaram uma entrevista coletiva na qual John Lennon pede desculpas pela frase de efeito Adão e eva Ao ser acusado por Deus de desobediência por ter comido a maçã da árvore proibida, Adão jogou a batata quente para Eva: “Foi a mulher que pusestes ao meu lado que me deu de comer da árvore”. Já Eva acusou a serpente, que a provocou com a maçã.


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colaboração SHEL ALMEIDA

Desde setembro de 2001 o programa Sertão Bom, comandado por Nhô Totonho é transmitido todos os domingos, das 5h às 8h da manhã, pela Rádio FM 102,1. Em 12 anos de trajetória, o programa conquistou fãs fiéis e se firmou como um dos mais respeitados e ouvidos no gênero viola caipira. Prova disso é que no dia 17 de junho, Nhô Totonho recebeu o Prêmio ‘Rozini de Excelência da Viola Caipira’, na categoria Programa de Rádio. O prêmio foi oferecido pelo IBVC – Instituto Brasileiro da Viola Caipira, uma entidade que tem por finalidade promover estudos, projetos, pesquisas e ações de preservação e desenvolvimento cultural, tecnológico, técnico e comercial da viola caipira, buscando estimular a formação musical e profissional de violeiros. O ‘Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira’ teve a terceira edição este ano, tem como objetivo colaborar no fomento da cadeia produtiva relacionada ao instrumento viola de 10 cordas.

Viola Caipira

sempre terminam com um final surpreendente”, fala Totonho. Quando não está apresentando o programa, Totonho está estudando o assunto. Ele conta que passa cerca de 8h por dia pesquisando sobre a história da viola caipira. O gosto pelo assunto surgiu na cidade natal de Olímpia, no interior de São Paulo. Quando se mudou com a família para a capital, aos 13 anos, já colecionava LPs do gênero. No entanto, os colegas paulistanos não sabiam que existia a música caipira e caçoavam do gosto do garoto. “Eu ouvia escondido porque ficavam me chamando de caipira e eu tinha vergonha”, lembra achando graça. “A música caipira foi a última a ser lançada em CD, mesmo sendo gravada desde 1929, pelo Cornélio Pires. Só em 1985 eu encontrei um CD do Tonico e Tinoco, em Araraquara. Pra toda cidade que eu ia, eu procurava. O CD se popularizou nos anos 90, mas surgiu em 1979 e começou a ser comercializado em 1982”, explica. Totonho é tão rígido em relação à pesquisa que faz sobre a viola caipira que só toca a mesma música na rádio no máximo duas vezes por ano. “Se eu for só pela vontade do ouvinte, toco todo domingo as mesmas músicas. Mas a ideia não é essa. Existem tantas músicas boas de moda de viola que não tem porque repetir”, explica.

Nhô Totonho é o pseudônimo de Domingos Pessoa. O nome é uma homenagem ao tio Antonio, que tinha o apelido de Totonho. “Ele não tinha filhos, mas era muito gente fina com todos os sobrinhos. Na época que comecei a trabalhar em rádio eu ainda era auditor tributário da Prefeitura de São Paulo e não podia usar o mesmo nome Totonho produz sozinho todos os programas como locutor. Por isso resolvi criar um e faz questão de escolher cada música. Nas pseudônimo e, de quebra, homenagear meu três horas que permanece no ar, o Sertão tio”, conta. Em 1990 Totonho concluiu o Bom apresenta em torno de 30 canções, curso de Televisão e também o de Rádio divididas em blocos de três ou quatro. no SENAC. Foi quando pode dedicar-se Além de bom conhecedor do assunto, profissionalmente à pesquisa da cultura Totonho possui um acervo invejável, o caipira, em especial da música. Na mesma que permite fazer programas únicos. Ele época começou a apresentar o programa passa a semana preparando o programa. Sertão Bom em rádios comunitárias da Para cada um, escolhe um tema diferente, capital paulista. A paixão pela viola caipira pelo qual se baseia na hora de escolher já existia desde a infância, mas a vida pro- as músicas que serão apresentadas. “Eu fissional, num primeiro momento, o levou termino de preparar o programa às 4h da para outros caminhos: economia, direito, manhã, pouco antes de ir ao ar. No estúdio professor universitário e, por fim, auditor sou só eu. Tem ouvinte que chega na rádio tributário. Quando sem avisar, durante o surgiu a oportunidaprograma, para fazer de de entregar-se ao Na música caipira se fala de tudo, uma visita”, conta e que sempre sonhou, se valoriza o que é da terra. O poeta diverte-se. A audiênnão largou mais. Em cia também participa 2001, depois de mais caipira, em regra é muito simples, telefonando, enviando de 10 anos de experi- fala muito da roça sms ou carta. Como ência, Totonho trouxe o programa também Totonho o programa para a é transmitido pela Rádio FM 102,1 em internet, Totonho já Bragança. De lá pra cá ele tem acumula- se surpreendeu com ligações vindas da do histórias, conquistado novos ouvintes Bélgica, França, Portugal e até da Nova e se aperfeiçoando no assunto música Zelândia. Uma ouvinte da Bélgica, por caipira. O gênero se diferencia pela es- exemplo, é natural de Pedra Bela, mas vive trutura que admite solos de viola e versos há alguns anos em Bruxelas. Acompanha o longos, intercalados por refrãos. As letras programa para matar a saudade da região são extensas e contam fatos históricos e onde nasceu. Entre os ouvintes mais fiéis também acontecimentos marcantes da está um morador de Campo Limpo Pauvida das comunidades. lista que envia cartas a Totonho periodiOs temas mais comuns são a saga dos boia- camente, a cada três meses. As cartas são deiros e lavradores, as anedotas caipiras registradas e o envelope vem embrulhado e as histórias trágicas de amor e morte. em plástico. Além disso, são escritas em A moda de viola é uma narração, onde o forma de rima, seguindo a tradição das cantador tem que contar uma história. A letras na música caipira. melodia é solta, como se fosse uma poesia “As cartas são poucas, o que funciona falada com acompanhamento musical. mesmo é a mensagem por celular. Os ouEntre as modas de viola mais conhecidas vintes enviam pedidos e eu vou anotando estão ‘O Rei do Gado’, sobre um caboclo e encaixando nos programas seguintes, que, insultado por um ‘almofadinha’ que em uma lista de espera. Tenho amigos se diz o Rei do Café, não se deixa abater, que me contam que andam pela rua pois é o Rei do Gado. Outra canção bem no domingo de manhã e só ouvem um conhecida é ‘Chico Mineiro’ que conta a eco do Sertão Bom, com muitos rádios história de um boiadeiro que só descobre sintonizados no programa. Pelo que me ser irmão de seu melhor amigo no dia que disseram também, no Mercado Municieste é assassinado, quando vai ver seus pal e na Feira do Rolo todo mundo ouve documentos. “Na música caipira se fala o Sertão Bom”, orgulha-se. Depois da de tudo, sobre traição, amor, amizade, transmissão ao vivo, os programas são política, humor, valentia, tristeza, se va- disponibilizados no site. Ali é possível ter loriza o que é da terra. O poeta caipira, acesso à lista das músicas semanais, em regra é muito simples, fala muito da todas registradas com nome, data roça”, comenta Totonho. “Uma que eu de gravação, autor e intérprete. gosto muito é a ‘Obrigada Doutor” do Raul Torres. Essa música conta a história O programa Sertão Bom é transmitido de um sujeito que vai ao médico porque está muito triste. Naquela época não se ao vivo, todo domingo, das 5h às 8h da falava em depressão, mas provavelmente manhã, pela Rádio FM 102,1. era isso que ele tinha. Quando ele conta Para ouvir pela internet acesse pro doutor o que tem, o médico fala que http://www.sertaobom.com/. Para pedir o circo acabou de chegar à cidade e recomúsicas ou enviar uma mensagem ao menda que ela vá, para divertir, assim a Nhô Totonho, mande um sms para o tristeza passa. A música termina com a seguinte frase: ‘Obrigada Doutor, mas o número 9-6918-8730 palhaço sou eu’. Uma das características da moda de viola é que as músicas quase

Nhô Totonho na rádio com o prêmio que recebeu. Programa é transmitido desde 2001 pela FM 102,1 e tem ouvintes até fora do país. Foto: João Bardi

Sertão Bom

Nhô Totonho recebeu o prêmio ‘Rozini de Excelência da Viola Caipira’ na categoria Programa de Rádi

Ouvinte de Campo Limpo Paulista envia cartas ao programa a cada 3 meses. As cartas são escritas em rima, como na tradição da música caipira


teen

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Siga sua It Girl

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Blogueiras viram celebridades entre adolescentes ao compartilhar gostos e apresentar dicas de moda

Por GISLAINE GUTIERRE/FOLHAPRESS

Se a ideia de pôr o filho de castigo é fazê-lo pensar, pode-se dizer que Isabella Scherer, 17 anos, soube bem aproveitar essa oportunidade. Não que tenha refletido sobre seu comportamento distraído, que a fez ser expulsa da sala de aula por três vezes. Sozinha no quarto, a filha do nadador Fernando Scherer, o Xuxa, usou o fim de semana de clausura para criar o blog The Blonde Cherry. Hoje com dois anos, ele tem cerca de 20 mil acessos por dia e que virou “fan page” no Facebook curtida por 16 mil pessoas (que passam a acompanhar os posts dela). Não seria uma audiência tão significativa entre blogs de moda não fosse o fato de Isabella estar em uma seara bem menos povoada: a de adolescentes que falam sobre moda e comportamento para pessoas na mesma faixa etária. Isabella é uma “it girl”. A expressão está tão em voga que foi parar na novela das 19h da Globo, “Sangue Bom”, cuja protagonista, Amora (Sophie Charlotte), é uma “it girl”. Praticamente tudo o que essas meninas dizem, pensam e vestem, torna-se exemplo para milhares de garotas. “O que mais querem saber é sobre o meu cabelo, qual é a cor, se tinjo...”, diz Isabella. “Também querem saber como é o meu quarto. Pedem para tirar fotos, fazer vídeos.” Às vezes, essa busca por intimidade pode assustar. Bruna Vieira, 18, criadora do blog Depois dos Quinze, lembra de uma fã que a procurou de prédio em prédio, nos arredores de sua residência. “Ela me localizou pelos meus check-ins que eu punha na internet”, diz Bruna. A blogueira é um fenômeno teen. Seu site tem 355 mil seguidores e a “fan page” de seu livro homônimo, lançado em 2012, 57 mil curtidas. Como Isabella, Bruna posta tudo o que gosta. E lá estão looks criados intuitivamente ou com base em dicas que aprendeu na internet. Algumas fãs tratam Bruna como a melhor amiga. “Elas me convidam para almoçar, perguntam do meu namorado.” Nah Cardoso, 20, leva quase uma vida de celebridade. Em shows de bandas para o público adolescente, as meninas fazem fila para pedir autógrafo e tirar fotos. “Em 2011, levei meus pais a um show da Manu Gavassi e eles ficaram impressionados com o tanto de gente que veio falar comigo”, diz. Nah tem 230 mil seguidores no Instagram, 143 mil no Twitter 163 mil

assinantes no Facebook pessoal. Seu site, criado em abril passado, teve cerca de 1 milhão de acessos em três semanas. Hoje, blogueira é sua profissão. Tanto que trancou a faculdade de publicidade só para cuidar dos posts. “Tem gente que vê a Amora na TV e acha que é futilidade, que você só escreve, posta fotinho e é feliz. E não é isso”, diz. Nah não revela valores, mas diz tem condição suficiente para não se preocupar com emprego. O dinheiro vem de anunciantes. Bruna, por exemplo, conseguiu comprar seu apartamento. Ao ver o sucesso de seus pares, Mayara Oliveira, 15, criou o The Girls +, que “nasceu com a proposta de ser o maior blog fashion do Brasil”, como ela mesma afirma em sua homepage, com cerca de 20 mil acessos por mês. No Facebook, a “fan page” tem 15 mil curtidas. “Virei uma personalidade na escola. Até a professora me pergunta como compor um look”, diz a estudante. Bruna, que na escola sofreu bullying por ser gordinha e estrábica, extrai da experiência com o blog que para ser feliz, basta ser você mesmo, sem medo do que vão pensar. E é isso que ela tenta dizer a suas leitoras. “Ser diferente é legal.” Atriz se diz impressionada com poder de influência de blogueiras. No ar na novela das 19h da Globo, “Sangue Bom”, como Amora, Sophie Charlotte conta ao teen, como foi a preparação para viver a personagem de uma “it girl”. Teen - Como foi sua pesquisa para criar a Amora? Sophie Charlotte - Pesquisei vários blogs e, como as meninas costumam indicar amigas, fui descobrindo um atrás do outro. O interessante é que eles são uma ponte entre o que é conceitual e o que está na rua, e não se restringem mais só ao “look” do dia. Você encontrou “it girls” adolescentes nessa pesquisa? Assisti ao documentário “Profissão: It Girl” e fiquei impressionada de ver como essas meninas influenciam por seu carisma e sua atitude. Algumas são bem novinhas. Elas, mesmo vestindo um uniforme, jogam um casaco por cima, de um jeito diferente, customizado. Acha que, por causa da Amora, você mesma passou a ser referência fashion? As pessoas têm sido muito carinhosas, mas não sei se reparam mais em mim pelo trabalho ou pela Amora. A personagem é “it girl”, mas eu não.

Foto: Divulgação

Atriz Sophie Charlotte, que interpreta a it girl Amora, na novela das sete, Sangue Bom. Foto: Rodrigo Capote/Folhapress

- Isabella Scherer, filha do Fernando Scherer, posa com tres looks diferentes na sua casa em Santo Amaro, zona sul da cidade.


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Antenado

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Nova obra compila textos

em 1ª pessoa de Ruy Castro

Escritos testemunham desfile de paixões do autor, “mas em nada se assemelham a uma autobiografia”, ele diz Por ALVARO COSTA E SILVA/FOLHAPRESS

O “eu” era proibido no computador de Ruy Castro. Biógrafo de Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, ele não admitia a intromissão da primeira pessoa na hora de retratar a vida de alguém: “Na biografia, o autor não existe. É apenas um vidro entre o leitor e o personagem”. Com a produção de textos mais leves, híbridos de crônicas e colunas de opinião, publicados na página 2 da Folha, Castro não teve escolha: “A crônica pede a primeira pessoa”. Um Ruy Castro com pronome pessoal assumido é a matéria do livro “Morrer de Prazer: Crônicas da Vida por um Fio”, que chega agora às livrarias. A editora Isa Pessoa, da carioca Foz, percebeu que nesses textos mais íntimos havia um denominador comum: o apelo a viver a vida de maneira intensa, sem medo de perder nem de ganhar. São pequenos ensaios confessionais e memorialísticos. “Mas que em nada se assemelham a uma autobiografia, gênero no qual não confio”, esclarece Ruy. O livro, em cuja capa o autor aparece mordendo um cacto, apresenta um desfile de paixões: literatura, música, mulheres (encontros com Claudia Cardinale, Natalie Wood, Kim Novak, Odete Lara). E, no texto que dá título

à coletânea, uma “lista de melhores filmes de todos os tempos”, que só vai até 1968, com “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick. “Há quem não aceite o fato de eu não gostar do cinema feito depois dos anos 1970. Mas ninguém se incomoda quando alguém diz que, para ele, música só até Beethoven, ou que, em literatura, é melhor parar no Proust porque a vida é curta”, conta. Aos 65 anos, brinca: “Só recentemente tomei conhecimento da minha idade”. O relato das doenças, e de como ele as enfrentou, impressiona: primeiro um infarto, depois um câncer na garganta, na base da língua (cujo tratamento deu-se ao mesmo tempo em que escrevia a biografia “Carmen”, em 2005), que o obrigou a largar o cigarro mas não a coleção de cinzeiros. No Carnaval do ano passado, sofreu um ataque de encefalite viral; ao cair no chão e convulsionar, fraturou o ombro direito, a sequela mais grave, tratada até hoje com sessões de fisioterapia. “Bola para frente”, diz ele, que toca em segredo projetos para três livros. Morrer de prazer: crônicas da vida por um fio Autor: Ruy Castro Editora: Foz Quanto: R$ 39,90 (184 págs.)

Foto: Daniel Marenco/Folhapress

Retrato do colunista da Folha, Ruy Castro, em sua residencia.


Mão na Massa

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Conclusão

das oficinas integradas Por Martha Vaz

Neste sábado finalizamos os cursos de férias da Casa das Mangueiras. Foi uma proposta arrojada, considerando que estávamos apresentando para a cidade a ideia de oficinas de artes integradas. Na aula de yoga as crianças trabalharam posturas e movimentos com concentração, respeitando o limite de cada um, portanto não competitivo. Com jogos lúdicos e histórias, Rosiane Belardo ia ensinando as noções básicas da yoga, e facilitando a maneira deles se colocarem e se enxergarem um pouco mais por dentro. No trabalho com cerâmica era nítida a postura mais tranquila e noção do que queriam fazer, colocando-os numa condição mais sensível para sentir a resistência do material e conseguir fazer um trabalho mais estruturado e definido em suas formas. Interessante era ver como eles sabiam exatamente o que queriam fazer. Saíram coisas ótimas

e incríveis. As crianças se uniam em trabalhos em grupo, pelo prazer de fazer juntos. Depois de um lanche no jardim, os pequenos iam para a marcenaria com Rogério Gomes. Criaram quartos completos, esculturas, aviões, pranchas de surf, e as espadas do amor, porque arma a gente não fazia! O trabalho rendia horas de brincadeira e imaginação No grupo de adultos, os alunos moldaram o próprio rosto, gerando composições sensacionais. Mas o que mais me saltou aos olhos foi que o espírito cooperativista foi aumentando e a troca de informação virou uma cortesia: os alunos do inicio do curso oferecendo ajuda para os mais novos. A semana passou voando neste clima de criação, colaboração e amizade. O fechamento foi com a banda York, com um som delicioso que proporcionou uma tarde gostosa durante a exposição dos trabalhos dos alunos.

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Reflexão e Práxis

Jornal do Meio 701 Sexta 19 • Julho • 2013

Liberalismo e Democracia Por pedro marcelo galasso

A ideia de democracia parte da premissa de que o poder político está nas mãos dos cidadãos e expresso em instituições que devem, portanto, respeitar a vontade popular e se pautar nesta vontade para decidir nosso horizonte político. Entretanto, é fácil perceber que no Brasil não há nenhuma garantia de que a classe política irá ouvir ou se pautar na vontade popular. Temos a impressão de que assinamos um cheque em branco e o entregamos aos políticos que usam e abusam do direito que lhes é conferido pelo voto popular, ou seja, na democracia a má utilização do poder que é concedido ao político aparece como um direito político do político, não como uma falta tão somente moral do político, e é uma responsabilidade dos cidadãos que não se ocupam em conseguir criar mecanismos que façam prevalecer a sua vontade, bem mais ampla e importante do que meros interesses políticos e partidários e muito mais nobre do que o desejo individual do político em conseguir se eleger ou reeleger. A igualdade é uma ideia fundamental para o funcionamento da democracia, pois através do voto universal oferece a possibilidade de

participação igualitária na vida política o que garante uma maior participação popular no processo decisório se comparadas com as restrições impostas pelo liberalismo. Para que o processo democrático ocorra de forma satisfatória devemos perceber a defesa das liberdades fundamentais, tais como direito à qualidade de vida, a liberdade de escolha e de pensamento, e que elevem a participação política do cidadão que deve ser guiada por uma possibilidade de escolha autônoma dentro da esfera política. Dito isto, podemos vislumbrar direções que pelas quais a democracia pode trilhar. Uma destas direções é o alargamento do direito ao voto, conquista que varia historicamente, mas que tende a uma mesma direção – o sufrágio universal. Com relação ao voto, temos sempre de nos lembrar que ele é a escolha menos defeituosa que a Política nos apresenta. Pensemos a monarquia e seu caráter hereditário que prende o processo de mudanças políticas a critérios como hereditariedade e nos legar péssimos governantes que têm o direito de governar apesar de todos os seus defeitos. Ou, se preferirmos, a ditadura que exclui sumariamente o direito de escolha ao promover a sucessão política

segundo o critério da força, pura e simples. Ao imaginarmos estas possibilidades fica claro, para desespero dos liberais, que o voto popular consciente é a melhor forma de escolha ao permitir o acesso aos quadros políticos institucionais. Além disso, vale refletir em duas ideias ligadas ao voto. O caráter universal do voto quer dizer – não haverá restrição sobre a escolha daquele que vota e não que o voto é um direito estendido a todos. E, além disso, o voto é uma função social e política exercida pelo cidadão e tão somente pelo cidadão e, por isso mesmo, é restrito a escolha política e a quem o exerce, o cidadão. Já a outra direção da democracia é a multiplicação das instituições representativas, ou seja, a criação de instituições que sirvam de interlocutoras entre a vontade popular, sempre difusa e rica, e as classes políticas que compõem estas mesmas instituições. Este processo de criação é o que chamamos de democratização. O que vale refletir é a extensão deste processo, a forma deste processo, e, fundamentalmente, quem dirige a este processo, pois parece incoerente dizer que a democratização deva ocorrer sem a participação do cida-

dão ou sem uma forma de esclarecimento do poder público com relação as decisões que ele toma. A democracia no Brasil parece ser incapaz e responder a todas estas questões e, no âmbito municipal, segundo é noticiado pelos jornais e redes sociais, assistimos o mesmo processo de desprezo pela vontade popular. É necessário que entendamos que mesmo cumprindo nossos papeis sociais como animais políticos, somos levados a ver a Política institucional como algo fora e nosso cotidiano porque a maioria das pessoas não têm tempo para participar ativamente da vida pública e, infelizmente, nem para cobrar seus direitos, a despeito de todo o desinteresse que faz parte e é natural de todo processo político já que a politização de todos os cidadãos é improvável. Mas fica aqui uma reflexão a ser feita na próxima coluna: o quão é demagógica a nossa sociedade, ou seja, o quanto de demagogia e de liberalismo é defendido como democracia? Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Nossas Escolhas

Quero ficar rico !? (Parte 2) por Felipe Gonçalves

Na semana passada descrevemos alguns pensamentos para nos tornar rico e levantamos alguns elementos essenciais para tal objetivo, vamos detalhar ! Competência: um dos alicerces da riqueza Competência é a palavra do dia em muitas empresas, mas nem todo mundo que trabalha nelas entende do que se trata. Explicando, competência é uma mescla na medida certa de Conhecimentos (saber sobre algo), Habilidades (saber fazer algo) e Atitude (querer fazer alguma coisa de acordo com os padrões esperados por aquela organização). Estamos falando de competências técnicas ou funcionais que começamos a desenvolver ainda na escola técnica ou curso superior, complementadas com outros cursos de especialização. As primeiras englobam a criatividade, a responsabilidade, controle emocional, iniciativa, dentre outras, e as interpessoais que incluem a comunicação, cooperação, persuasão, negociação, etc. Empreendedores, pequenos ou grandes, e não apenas funcionários de corporações, também devem cuidar de suas competências de forma contínua e constante. Um diferencial de pessoal vencedor e considerado de alto potencial, é sua constante disposição para

ampliar e aperfeiçoar o leque de competências que areja o caminho do sucesso. Diferencial competitivo As empresas são como organismos vivos que foram criados pelos seres humanos à sua imagem e semelhança. Livros foram escritos sobre empresas de sucesso, aquelas feitas para durar e aquelas que se tornaram grandiosas. Cada uma delas, desenvolveu um diferencial competitivo, ou seja, uma capacidade de difícil cópia por suas concorrentes. Foram diferenciais tecnológicos como aqueles da Microsoft ou um sistema de distribuição inovador como o inaugurado pela Dell. Paixão pelo que se faz O componente “competência” normalmente já traz embutida a paixão pelo que se faz, mas este é um elemento tão importante e diferenciador que merece um tratamento de destaque. Diz a história do futebol que um jogador chamado Marcos Evangelista de Moraes, passou por simplesmente onze testes quando estava buscando iniciar no mundo do esporte, e recebeu exatamente onze vezes a resposta “não”...assim: “ Você está dispensado “ Você desistiria e mudaria completamente seu rumo...? Mesmo sendo a sua grande paixão...? Marcos, não desistiu, fez o 12º teste e foi aprovado, tempos depois ele foi o jogador que levantou a Taça do

Mundial de Futebol em 2002 para o Brasil, também esteve presente na Seleção Brasileira do Tetracampeonato de futebol em 1994, além de ter conquistado diversos títulos nacionais e internacionais pelos clubes que passou e ainda é jogador com mais participações pela Seleção Brasileira de Futebol, com 148 partidas. Marcos, virou Cafú. Ao levantar o troféu da Copa de 2002, Cafu imortalizou o amor a sua esposa, dizendo: “Regina, eu te amo !”. Na camisa o capitão da seleção de 2002 escreveu a frase “100% Jardim Irene” lembrando de sua origem humilde num bairro periférico da zona sul de São Paulo. Isso é realmente o chamado “Brilhos nos Olhos “. Credibilidade Outro alicerce das fundações de uma riqueza abundante e duradoura é a credibilidade que se conquista ao longo da vida. Esta conquista se dá por grandes e por pequenas ações e atitudes. Nossa consistência entre o que falamos e como agimos é uma de suas feições. O líder que repete em altos e eloquentes brados que as pessoas são o patrimônio mais importante de sua empresa, mas diariamente age em desrespeito e assediando moralmente seu pessoal, está apenas cavando a sepultura da falta de credibilidade e terá seguidores por medo e não por opção.

A credibilidade empalidece quando prometemos continuamente sem nunca cumprirmos, seja um produto, uma resposta, o envio de uma informação, a ajuda esperada. Chega um momento em que ninguém mais acredita no que falamos e deixa de pedir ou esperar. De repente, nos vemos sem cliente – externo ou interno – e deixamos de ter utilidade a qualquer pessoa. Genialidade ou transpiração Um dos Gênios de nossa Civilização, o inventor e empresário, que inventou a luz elétrica, dentre outras coisas dizia que seu sucesso era fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração. Alguns seres humanos são dotados de uma capacidade criativa e inventiva superior aos outros seres “normais”. Alguns têm um lampejo de criatividade e mudam o cenário de um campo da vida humana, como Graham Bell e o telefone, outros se empenham em pesquisas e depois de muito transpirarem e muitos neurônios derretidos encontram uma solução a um problema que parecia insolúvel. Outros ainda existem, onde a maioria de nós se enquadra, que mesclam as duas coisas. Temos algumas ideias criativas e trabalhamos muito para conseguirmos o que buscamos. Desenvolver estes dois lados, abrindo a mente para novas ideias, deixando, de vez em quando, a intuição falar no lugar

da lógica racional e aplicar muita dedicação e transpiração é a opção recomendável sobre a riqueza. Muita sorte ! Não tem jeito, se quisermos ficar ricos, sem nos preocuparmos com nenhum dos elementos anteriores, então vamos precisar de muita sorte mesmo, venha de onde e quando vier, se vier... O problema é que contarmos apenas com o pára-quedas de emergência quando não fizemos nada de preparação para um salto em queda livre, pode fazer com que seja tarde demais quando notarmos que ele não se abriu a cem metros do chão. Pessoas que esperam e contam apenas com as dádivas de seu Deus, da sorte, dos astros, dos números, das cartas, podem ficar velhas demais para descobrir que não fizeram sua parte desenvolvendo suas competências e seu diferencial, cultivando suas relações com uma reputação de credibilidade, dedicando sua genialidade e sua transpiração. E se tiverem muita sorte, também pode ser tarde demais para gozarem sua riqueza. Tenha uma boa vida ! Felipe Gonçalves Graduado em Química, MBA em Supply Chain, Especialização em Desenvolvimento de Líderes, Mestrando em Engenharia Química, Profissional Corporativo e Professor Universitário. E-mail: felipe.goncalves@usf.edu.br


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Arranjos para Noivas Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão

Arranjos para Noivas A hora de escolher o penteado para o seu grande dia depende muito do estilo de arranjo que você deseja usar! Com tantas opções, fica mais fácil você encontrar um que fique a sua cara! Na Spassu Plaza, disponibilizamos vários tipos de arranjos para que você brilhe ainda mais! Vamos dar umas dicas de como você pode usar alguns deles: Garras: Elas são super versáteis, podendo ser usadas em cabelos semi-presos ou presos. Geralmente o par de garras são fixadas nas laterais, porém podem ser colocadas em locais inusitados como debaixo de um coque alto! Tiaras: Pode ser usado com quase todos os penteados, exceto moicano! Com vários modelos diferentes, a noiva tem a oportunidade de ousar! Modelos com arabescos, pedras diferentes e strass cravejados garantem o sucesso desta peça!

Coroas: Este arranjo mais tradicional pode ser a escolha de noivas que preferem um look mais romântico, que lembra um estilo de princesa. Trabalhado no strass, geralmente é indicado para casamentos a noite. Arranjos de flores: super em alta, os arranjos feitos com flores artificiais dão um toque de modernidade e leveza à qualquer penteado! Ideal para casamentos diurnos mas que também vêm sendo usado em casamentos noturnos. Geralmente nos tons branco ou pérola, as flores podem vir acompanhadas com fitas de cetim, marabus, pistilos ou strass. Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@ yahoo.com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.

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oje esta coluna será diferente. Ela se trata do casamento dos meus pais que aconteceu há 48 anos atrás na igreja Nossa Senhora do Bom Parto aqui em Bragança. O fotógrafo foi o Sr. Permínio, que também tive o prazer de conhece-lo. Coloquei as fotos do casamento dos meus pais para homenagear o meu querido pai Guilherme que nos deixou nesta semana depois de vários meses lutando bravamente pela vida. Eu sei que sou suspeito para falar do meu pai, mas esse homem me ensinou muito até os últimos dias da sua vida. Dono de um bom-humor inabalável a ponto de fazer piadas na UTI e sempre otimista, fez mudar minha percepção sobre a forma de levar a vida. Aprendi nesses últimos meses que devemos viver um dia de cada vez sem olhar para trás e sem se preocupar com o amanhã. Me ensinou o verdadeiro sentido da palavra “esperança”, coisa que nunca imaginei que fosse tão grande em minha vida. Eu me recordo de uma noite, numa das suas internações em que precisamos chamar uma ambulância com urgência, ele quase sem abrir os olhos e sem forças para qualquer reação, quando foi colocado na parte de trás da ambulância ele falou alguma coisa que levou os socorristas às gargalhadas. Assim era meu pai, o Gui-Gui para os amigos e o “Vovô Nhenhé” para os netos. Um coração enorme que sempre ajudou todos que o procurava sendo da família ou não. Enfim, depois de muitas lutas juntos, quis o Pai Eterno leva-lo para seus braços. Agradeço a misericórdia de Deus por permitir que meu querido pai nunca tivesse nenhuma dor em todos esses meses e, principalmente, pela grande oportunidade que tive junto com a minha querida mãe Maria e meus dois irmãos Claudio e Marcelo acompanha-lo em sua luta lado a lado até o final. Agradeço a minha esposa Regina e minha filha Beatriz por estarem sempre me apoiando e aos meus queridos amigos e irmãos que oravam, torciam e me abraçavam quando me encontravam. Serei eternamente grato por isso. E por falar em gratidão, também quis o Pai Eterno trazer o Pietro, o segundo bisneto do meu pai chegar ao mundo poucas horas depois que ele partiu. Esse é o poder desse meu Deus Vivo e maravilhoso que trago comigo e que nunca me desamparou! Mais uma história que vivenciei e que guardo com muito, mas com muito carinho mesmo, no meu coração! Até um dia, pai!

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Mitsubishi nacionaliza o ASX, se livra das cotas e sonha com a liderança dos crossovers médios por MICHAEL FIGUEREDO/autoPress

O segmento de utilitários esportivos e crossovers está entre os mais animados do mercado brasileiro. Nos últimos anos, registrou sempre índices de crescimento acima da média geral. Com isso, as empresas do setor adotam estratégias diferentes para melhorar a atratividade de seus produtos. No caso da Mitsubishi, a tática foi antecipar a nacionalização do ASX, que era importado do Japão desde novembro de 2010. Anteriormente programada apenas para 2014, a fabricação no Brasil não visa reduzir o preço do utilitário. A ideia é livrar a marca japonesa da limitação das importações. Por isso, o carro não foi depauperado. Continua com opções de tração 4X2 e 4X4 e mantém a boa lista de equipamentos – justificativa usada para manter a pedida inicial de R$ 83.490, que cresce até chegar aos R$ 105.990. O ASX brasileiro é fruto de uma expansão na fábrica de Goiás, na qual a MMC Automotores do Brasil – do empresário Eduardo de Souza Ramos – investiu o equivalente a um estádio da Fifa: mais de R$ 1 bilhão. As obras ainda estão em andamento na unidade e a previsão da marca é de dobrar a capacidade produtiva para 100 mil carros anuais a partir de 2015. O complexo de Catalão, que já produz a Pajero TR4, Pajero Dakar, L200 Triton e agora o ASX, também será responsável pela nacionalização do sedã Lancer. Sem a limitação de importações, a Mitsubishi faz projeções otimistas para o ASX em 2014, primeiro ano cheio do crossover “brasileiro”. A marca almeja comercializar 15.600 unidades – 1.300 por mês. Para se ter uma ideia, em 2012 foram vendidos 10.781 exemplares do ASX, uma média mensal de 898. Caso alcance o objetivo, poderá ainda brigar pela liderança do segmento, que é do Honda CR-V, e desbancar o segundo colocado Hyundai Ix35, que ocupam tais posições desde 2011. O que pode atrapalhar estas contas é que o modelo coreano também será nacionalizado já neste segundo semestre. Os concorrentes tiveram, respectivamente, cerca de 1.295 e 1.030 vendas mensais, em média, nos últimos dois anos. Já em 2013, ano dividido entre o modelo importado e a produção nacional, a marca pretende fechar com 11.200 unidades vendidas. Para isso, será preciso ampliar bastante a média mensal vendida até a primeira quinzena de junho, de 650 unidades para algo em torno de 1.100 emplacamentos por mês a partir da chegada do ASX 2014 chega às concessionárias, em julho. Nesse processo de nacionalização, o design não sofreu alterações significativas. O maior destaque fica na parte dianteira, alinhada agora com os demais modelos da Mitsubishi. A grade, envolvida por um friso cromado, está menor. O para-choque tem menos detalhes em preto e a cor da carroceria passa a predominar. Os faróis de neblina também foram deslocados para as extremidades da peça. Sob o capô, o Mitsubishi ASX sempre traz um motor de 2.0 litros 16V com comando variável. Para mover os 1.345 kg do utilitário, são 160 cv de potência máxima, entregues a 6 mil rpm, 20,1 kgfm de torque a 4.200 rpm. O propulsor também é fabricado em Catalão e é o primeiro da Mitsubishi feito fora do Japão. Para a disputa no segmento, o Mitsubishi ASX “made in Brazil” se armou com um vasto recheio. A versão de entrada vem com tração 4X2. Já traz com itens como trio elétrico, ar-condicionado automático, freios ABS com EBD, direção elétrica, volante multifuncional revestido em couro, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, rádio/CD/MP3/USB e conexão Bluetooth, além dos airbags frontais. Com essa configuração, com câmbio manual de cinco marchas, custa R$ 83.490. Com câmbio automático do tipo CVT, o valor vai a R$ 89.490, mas adiciona ainda ponteira do escapamento cromada e rack de teto, além de paddle-shifts para trocas

sequenciais de marchas. A versão com tração 4X4 vem sempre acompanhada de câmbio automático. Ela vem com nove airbags – além dos dois frontais, dois nas laterais, quatro de cortina e um de joelho para o motorista –, sensor de estacionamento, controle de estabilidade e assistente para partida em rampa. Os bancos e a manopla de câmbio são revestidos em couro. Os assentos dianteiros têm aquecimento e o do motorista oferece regulagem elétrica. O sistema de entretenimento ganha DVD – que funciona somente com o freio de estacionamento acionado. Esta versão sai a R$ 99.990, mas ainda pode receber opcionais, como faróis xênon e teto solar panorâmico, que elevam o preço para R$ 105.990.

Primeiras impressões

Catalão/GO – O Mitsubishi ASX não impressiona pelo visual. O design é de bom gosto e tudo mais, mas nada fora do comum. E essa discrição não é um ponto contra. Ao contrário, o crossover tem na simplicidade das linhas um bem-vindo afastamento dos espalhafatos comuns ao segmento. O mesmo acontece no interior. Não há extravagâncias, mas o excelente acabamento, o cuidado nos detalhes e a escolha dos materiais foram bem realizados. E o teto solar panorâmico da versão topo de linha, utilizada no teste, ajuda a produzir uma atmosfera bastante agradável dentro do ASX. Os ajustes da coluna de direção e do banco facilitam a busca pela melhor posição de dirigir. Em movimento, o motor, aliado ao câmbio CVT, age rapidamente para que o ASX mostre sempre muito vigor. Não falta torque nas arrancadas. Para as retomadas, basta uma pisada mais forte no pedal da direita para o câmbio CVT responder e oferecer uma dose extra de força. Ao selecionar o modo “Sports”, o sistema criar marchas virtuais e o comando do câmbio passa para as mãos do motorista, através de “paddle-shifts”. O que deixa a condução bem mais divertida. O percurso incluía ainda um pequeno caminho de terra batida – e esburacada – dentro de uma fazenda. Com a tração integral ligada, obstáculos como pequenos troncos e pontes quebradas foram superados sem maiores dificuldades. A suspensão absorve bem os impactos, mas nos piores trechos, as “chacoalhadas” dentro da cabine foram desagradáveis. De volta ao asfalto, a sensação de estabilidade acompanha sempre o ASX. Quem viaja no banco traseiro tem bom espaço para as pernas. Há lugar para um passageiro central, inclusive com apoio de cabeça, mas o espaço fica mais agradável com apenas dois adultos. Se não for extremamente necessário que três viajem atrás, melhor mesmo é abaixar o meio do encosto e transformá-lo em um conveniente apoio para os braços.

Ficha técnica

Mitsubishi ASX 4X2 (4X4) Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.998 cc, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando variável de válvulas. Injeção eletrônica de combustível multiponto sequencial. Transmissão mecânica: Manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Transmissão automática: Câmbio automático do tipo CVT. Tração dianteira (integral). Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 160 cv a 6 mil rpm. Aceleração 0-100 km/h: 11,4 segundos no manual e 11,4 segundos no automático (11,9 segundos com tração integral). Velocidade máxima: 183 km/h, 183 km/h com câmbio automático (188 km/h com tração integral). Torque máximo: 20,1 kgfm a 4.200 rpm. Diâmetro e curso: 86,0 mm x 86,0 mm. Taxa de compressão: 10,0:1 Suspensão: Dianteira independente do

tipo McPherson com barra estabilizadora e molas helicoidais. Traseira independente multibraço com barra estabilizadora e molas helicoidais. Pneus: 225/55 R18. Freios: Dianteiro a disco ventilado e traseiro a disco. Oferece ABS e EBD. Carroceria: Crossover em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,29 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,61 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho de série. Peso: 1.345 kg com câmbio manual, 1.375 kg com câmbio automático (1.440 kg com câmbio automático e tração integral). Capacidade do porta-malas: 605 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Catalão, Goiás. Lançamento no Brasil: 2013. Itens de série Tração 4X2: trio elétrico, ar-condicionado automático, freios ABS com EBD, direção

elétrica, volante multifuncional revestido em couro, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, rádio/CD/MP3/USB/ Bluetooth e airbags frontais. Preço: R$ 83.490. Tração 4X2 automático: adiciona ponteira do escapamento cromada, rack de teto e paddle-shifters para trocas sequenciais de marchas. Preço: R$ 89.490. Tração 4X4 adiciona: airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho, sensores de estacionamento, controle de estabilidade, assistente para partida em rampa, bancos e manobla de câmbio com revestimento em couro, assentos dianteiros aquecidos, banco do motorista com regulagem elétrica, sistema de entretenimento com rádio/DVD/ CD/MP3/USB/Bluetooth e farol de neblina. Preço: R$ 99.990. Opcionais: Faróis xenon e teto solar panorâmico. Preço completo: R$ 105.990. Fotos: Michael Figueredo/Carta Z Notícias


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15 Foto: Pablo Bucci/auto press


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Versátil equilíbrio Honda usa base compartilhada e reúne potenciais urbano e estradeiro na trail CB 500X

por CARLO VALENTE INFOMOTORI/ITÁLIA/AutoPress

No final do ano passado, quando a Honda decidiu atualizar sua linha de 500 cc para a maioria dos mercados onde atua – sem chegada ainda confirmada ao Brasil –, aproveitou para economizar tempo e dinheiro. Desenvolveu uma plataforma, sobre a qual montou três modelos idênticos em sua essência – entre chassi, mecânica e suspensão, compartilham 90% dos componentes –, mas com aplicações distintas na gama. Os resultados foram uma naked, uma carenada e uma trail – a CB 500X. Esta tem jeito de aventureira e, visualmente, poderia ser considerada uma versão menor da NC 700X. No entanto, tem um objetivo bem peculiar: mesclar o potencial urbano de uma scooter ao conforto de uma estradeira. A CB 500X – bem como as outras duas motos lançadas – usa um motor compacto bicilíndrico totalmente novo, com quatro válvulas por cilindro e comando duplo do cabeçote. O propulsor entrega 48 cv de potência a 8.500 rpm, e tem 471 cm³. O torque é de 4,3 kgfm, disponíveis em 7 mil rotações. Um dos objetivos do motor, segundo a própria Honda, é melhorar a oferta de força em baixos giros, além da economia de combustível. O consumo informado pela fabricante em ciclo combinado é de 27 km/l. Com capacidade para 17,3 litros, calcula-se uma autonomia de 460 km com o tanque cheio. A CB500X tem uma distância do banco ao solo de 81 cm e 195 kg de peso. Como o desenvolvimento foi em conjunto para três motos, a Honda adotou um sistema de suspensão versátil. Na frente, um garfo telescópico não ajustável de 41 mm. Já para a traseira, escolheu o tipo pro-link com amortecedor monochoque e pré-carga da mola ajustável em nove posições. As rodas apresentam design de 12 raios e são feitas de alumínio fundido, com diâmetro de 17 polegadas. A dianteira calça pneu 120/70 R17 e a traseira é equipada com um 160/60 R17. O ABS é equipamento de série e o conjunto de freios é composto por discos em forma de pétala simples de 320 mm na frente e 240 mm atrás. Como um dos objetivos é oferecer funcionalidades de uma moto para a estrada, a CB 500X tem alguns itens opcionais e acessórios de concessionária para aumentar a comodidade de quem quer percorrer distâncias maiores. Os destaques são o para-brisas alto, punhos aquecidos, um rack traseiro que permite acoplar um bagageiro, kits de alforjes, protetores de mão e apliques plásticos aerodinâmicos. A Honda CB 500X não tem um preço alto para os padrões europeus. O preço de 6.100 euros – o equivalente a R$ 17.650 – repre-

senta bem o que a Honda pretende: um certo equilíbrio entre conjunto eficiente e preço acessível.

Impressões ao pilotar

Barcelona/Espanha – Como não poderia deixar de ser, a primeira coisa que se nota ao montar na CB 500X é a posição de pilotagem bastante agradável que oferece. E a Honda enfatiza bem esse aspecto, já que está diretamente ligado ao conforto e ao estilo de condução. Tudo isso graças ao projeto do chassi. O motor também merece nota positiva. Além do agradável ruído, a sensação é de que sobra potência. Nas ladeiras das deslumbrantes estradas de Barcelona, os 48 cv se mostraram mais que suficientes para uma pilotagem agradável – mesmo quando se leva acompanhante e bagagem. Como ponto negativo, vale ressaltar o elevado nível de vibração quando o propulsor trabalha em giros mais altos. A presença do ABS de série é um outro ponto de destaque. A moto para rapidamente sem ameaçar jogar o condutor no chão. De maneira geral, pode-se dizer que a Honda acertou na CB 500X. O preço é baixo, é bem construída e oferece bom desempenho.

Ficha técnica

Honda CB 500X Motor: Gasolina, quatro tempos, 471 cm³, dois cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e injeção eletrônica. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 48 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 4,3 kgm a 7 mil rpm Diâmetro e curso: 67.0 mm x 66.8 mm. Taxa de compressão: 10,7:1 Suspensão: Garfo telescópico de 41 mm com 153,3 mm de curso. Traseira do tipo monochoque com pré-carga da mola ajustável. Pneus: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás. Freios: Disco simples de 320 mm em forma de pétala, pinça com pistão duplo na frente e disco simples de 240 mm em forma de pétala, pinça com pistão simples na traseira. Dimensões: 2,09 metros de comprimento total, 0,83 m de largura, 1,29 m de altura, 1,42 m de distância entre-eixos e 0,81 m de altura do assento. Peso: 195 kg. Tanque do combustível: 17,3 litros. Produção: Tailândia Lançamento mundial: 2012. Preço na Europa: 6.100 euros, o equivalente a R$ 17.650.

Fotos: Divulgação


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Notícias

automotivas por AUGUSTO PALADINO/autopress

Etiqueta com desconto – A linha de luxo da Volkswagen passou por uma forte redução de preços. No caso, o utilitário Touareg e o cupê de quatro portas CC, ambos importados da Alemanha. O SUV foi o que teve preço com a maior queda. A versão topo, com motor V8, caiu de R$ 308.190 para R$ 267.990. O V6 saiu de R$ 253.240 para R$ 220.090. Já o sedã CC e seu motor V6 de 300 cv agora passam a valer R$ 184.990, R$ 23.150 a menos que antes. Ele vem – Um dos grandes destaques da Peugeot no Salão de Buenos Aires foi o 208 GTi, variante esportiva do hatch compacto. Durante o evento argentino, a marca francesa confirmou que vai vender o pequeno foguete no mercado brasileiro, provavelmente no ano que vem. A ideia é explorar o mesmo segmento em que está o Citroën DS3, modelo com quem o 208 compartilha plataforma e conjunto mecânico. Assim, o GTi viria na casa dos R$ 75 mil com motor 1.6 turbo de 165 cv e câmbio manual de seis velocidades. Losango bem temperado – Atualmente a Renault praticamente só vende no Brasil produtos antigos ou de suas subsidiárias como a romena Dacia e a corena Samsung. Mas, ao que parece, isso está para mudar. A marca estuda importar o esportivo Mégane RS no ano que vem. Antes, porém, a fabricante decidiu analizar a receptividade do público brasileiro e colocar o carro em seu estande no Festival de Inverno de Campos do Jordão, interior de São Paulo. O Mégane RS traz um motor 2.0 litros turbo com 265 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. Caso desembarque por aqui, deverá custar mais de R$ 100 mil. Quinhentaço – O subcompacto Fiat 500 cresceu e se transformou no monovolume 500L. Agora, o modelo ganhou mais espaço, com a opção de sete lugares. Chamado de 500L Living, chega em breve ao mercado europeu. Segundo a Fiat, a minivan é 21 cm mais longa que o 500L e acomoda ocupantes na configuração 5+2. Os motores serão os mesmos do monovolume – 1.4 litros e 0.9 litros turbo a gasolina, além dos 1.6 litros e 1.3 litros diesel. Conflitos internos – A reorganização das marcas da PSA já tem a primeira vítima definida: o Citroën C3. Segundo a imprensa francesa, o hatch não terá

Fotos: Divulgação

uma nova geração e será substituído por um modelo menos sofisticado e mais acessível. A ideia do grupo é posicionar a Citroën como uma marca de entrada e deixar a Peugeot brigar na categoria acima, com mais prestígio. Os modelos premium ficarão a cargo da linha DS, da Citroën. Aumento calculado – A nova geração do Mercedes-Benz Classe C será revelada apenas em janeiro do ano que vem, no Salão de Detroit, mas aos poucos surgem informações sobre o modelo. O sedã terá comprimento dez centímetros maior – 4,70 m – e a distância entre-eixos será de 2,82 m – aumento de oito centímetros. Segundo a Mercedes, o objetivo é distanciar do CLA, agora, sedã de entrada da marca. Serão quatro opções de carroceria: sedã, perua, cupê e a inédita cabriolet, além de posteriores versões AMG.

Volkswagen Touareg

Juntas e misturadas – O Grupo Volkswagen atualmente já compartilha diversas tecnologias dentro de suas marcas generalistas. A plataforma modular MQB, presente em carros da Volkswagen, Audi, Skoda e Seat, é um bom exemplo. Mas, ao que parece, isso será expandido até as empresas mais requintadas do conglomerado. As próximas gerações de Porsche Panamera, Bentley Continental e até de um carro da Lamborhini devem partilhar a mesma plataforma. O primeiro a chegar deve ser o Porsche, em 2015. Corpo fora – General Motors e Volkswagen estão passando por uma saia-justa na China. Lá, onde é necessário criar uma joint-venture com alguma empresa local para vender carros, as duas estão sendo investigadas por uso indevido de fundos de incentivo. A alegação é a mesma. De acordo com o governo chinês, ambas teriam usado subsídios concedidos para a comercialização de veículos ecológicos para vender carros comuns. As duas se defenderam e avisaram que foi uma confusão feita por seus concessionários. Agenda de verão – A quarta edição do Salão Bike Show, que acontece no Rio de Janeiro em 2014, já tem data definida. O evento reunirá 100 expositores, representando mais de 200 marcas de serviços, equipamentos, bicicletas, triciclos e motocicletas, e irá acontecer de 23 a 26 de janeiro do ano que vem no RioCentro, tradicional centro de exposições da Zona Oeste carioca.

Peugeot 208 GTi

Fiat 500L Living


veículos

Jornal do Meio 701 Sexta 19 • Julho • 2013

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Para as pistas por Augusto Paladino/autopress

Depois de lançar o Viper para o público comum, a SRT decidiu criar a verão de competição de seu superesportivo. Destinado a categorias como a GT3 europeia, o cupê agora tem carroceria de plástico, fibra de carbono e kevlar além de diversos apliques aerodinâmicos para melhorar o equilíbrio dinâmico. O motor também foi mexido. O V10 de 8.4 litros saiu de 640 para 689 cv de potência e absurdos 89,5 kgfm de torque. A transmissão é sequencial de seis marchas e o carro inteiro pesa menos de 1.300 kg.

Foto: Divulgação

SRT Viper GT3-R


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Jornal do Meio 701 Sexta 19 • Julho • 2013


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