Braganรงa Paulista
Sexta
20 Setembro 2013
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jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 710 Sexta 20 • Setembro • 2013
Expediente
Saída para os conflitos por Mons. Giovanni Baresse
Na semana que passou, abordando o chamado do Papa Francisco para que se fizessem orações e jejum pela Paz na Síria, eu recordava que a intencionalidade da prática sugerida era nos mover a buscar saídas de vida para esse país martirizado. E que nosso clamor ao Criador era uma forma pedagógica de nos motivar para atitudes consequentes. Orações, penitências, sacrifícios, gestos rituais não são dirigidos ao Senhor para que Ele resolva agir. São gestos nossos que pedem a sua luz para que façamos o que é de nossa competência. Eu ressaltava a gratuidade com que Deus age. Que Ele não se move “obrigado” por algo ou alguém. Complemento dessa reflexão é o recordar da sua fidelidade a todos nós. E tomo por exemplo um fato da história de Israel. Na caminhada para chegar à Terra Prometida o povo tem contato com outros povos. Sem esquecer os quatro séculos vividos, à duras penas, no Egito. Diante das dificuldades desse caminho árduo o povo busca manipu-
lar a Deus. Tinha aprendido e visto que os outros povos cultuavam deuses para cada situação. E, de certa forma, tinham conhecimento de cultos de fertilidade, especialmente marcados pela figura do boi Apis. Como do boi só não se aproveita o berro, ele passa a ser sinal de vida e fartura. Come-se sua carne, aproveita-se seu couro, ossos, leite, cifre. E até o esterco que servia para “amarrar” a cobertura das choupanas de ocasião. Oferecer culto a um deus que dava tanto era garantir chuvas, frutos, água, aumento dos rebanhos, etc. Com isso construíram um ritual que obrigava uma resposta divina. Se o povo fazia sua parte, deus tinha que atender... O texto do Êxodo (32, 7ss.) fala que Javé se enfureceu e propôs a Moisés um pacto: o povo seria exterminado por conta de sua idolatria e Moisés seria um novo Abraão. Moisés toma decisão inusitada: fica ao lado do povo e começa a interceder por ele. A expressão hebraica diz que Moisés começou a “acariciar o rosto de Deus”. Tal como um filho
que vendo o pai emburrado começa a acarinhar até arrancar um sorriso. E Deus desiste de castigar. E continua fiel ao projeto da libertação. Qual o motivo fundamental desta atitude divina? No Evangelho de Lucas (15) Jesus dá a resposta: perdão e misericórdia! O evangelista fala dos comentários reprovadores dos religiosos de seu tempo em relação ao jeito como Jesus tratava os pecadores. Seu acolhimento não era bem visto. Os rabinos costumavam dizer que um religioso não podia fazer-se acompanhar de um pecador nem para aprender a Lei. E Jesus, para mostrar que tinha vindo para dar esperança aos marginalizados, dirige-se aos fariseus e doutores da Lei contando-lhes três parábolas: da ovelha perdida que faz o pastor deixar o rebanho e ir atrás até encontrar; da moeda que a dona de casa busca remexendo sua casa e do Pai misericordioso (que costumamos denominar de “Filho Pródigo”). As três parábolas tem como fundamento a busca incessante e
a misericórdia sem limites. Como sabemos as palavras e atitudes de Jesus são normativas para quem quer seu discípulo. De tal forma que, em qualquer situação, os cristãos devem inspirar-se Nele para solucionar questões. Seria atrevido ou ingênuo afirmar que as soluções da convivência humana – política, economia, etc. – deveriam ser iluminadas por perdão e misericórdia? Seria infantil dizer que os desencontros pessoais, sociais, nacionais, internacionais só encontrariam saída satisfatória em ações solidárias e fraternas. Capazes também de renúncias? Não creio que a humanidade tenha outra solução senão converter-se a encarar todo ser humano como um irmão que deve ser perdoado e amado ou que nos deva perdoar e amar. Pode parecer utopia. Ou algo impossível. Mas no fundo do coração não é nisso que a gente põe a esperança? Haveria outros caminhos? Penso que qualquer caminho para a eliminação dos conflitos (pessoais, familiares, sociais e entre os povos) só
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serão duradouros quando os apertos de mão e outros cumprimentos deixarem de ter a marca da formalidade para expressarem que o coração está sendo oferecido. Parece que a racionalidade anda embotada e continuamos agir pela lei do mais forte, do mais rico e do mais esperto. Sendo assim sempre haverá dominados e dominadores. E a morte, “solucionadora de problemas”, estará à espreita. Com vítimas da multiforme indústria de armamentos. Nos encheremos de indignação e choraremos pelo uso das armas químicas. Mas não diminuiremos nossa aprovação à morte por armas “legais”!
Comportamento
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Carne ética
Os novos carnívoros não querem largar o bife mas exigem tratamento digno dos animais e abate humanizado, mesmo tendo de pagar mais por isso Por GIULIANA MIRANDA ALEXANDRE DALL’ARA/FOLHAPRESS
Poucos problemas ambientais e de consciência são tão apetitosos quanto um bom bife. O consumo de carne está associado à alta do desmatamento na Amazônia, usa uma enorme quantidade de água e emite gases-estufa. No entanto, tem ganhado força o movimento dos “carnívoros éticos”: gente que não pensa em ser vegetariana, mas faz questão de uma postura mais sustentável e de respeito ao animal. Segundo Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira da Pecuária Orgânica), a quantidade de animais criados segundo os preceitos orgânicos (sem confinamento, com uso restrito de remédios, alimentação no pasto e abate humanizado) tem crescido. “Hoje as fazendas da associação estão abatendo de 800 a mil animais por mês. Quando começamos, em 2007, eram cerca de 200”, diz ele. O empresário curitibano Cláudio Ushiwata é um desses consumidores mais atentos e só leva para casa carnes cuja procedência e produção ele considere adequadas. “Na minha casa temos o hábito de consumir carne orgânica. Não tenho dificuldade de encontrar, mas ela é restrita a poucos estabelecimentos e a poucos cortes.” O engajamento do consumidor tem potencial de transformar a indústria, diz Luís Fernando Guedes Pinto, gerente de certificação agrícola do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). “O consumidor não deve aceitar animais vivendo em condições ruins ou rebanhos vindos de áreas de desmatamento na Amazônia.” Nos últimos anos, as agências reguladoras também estão mais exigentes. A Europa passa, neste ano, a ter regras mais duras quanto às condições de criação, transporte e abate de animais. Quem quiser vender para o bloco --incluindo frigoríficos brasileiros-- precisa se adequar. “Ser vegetariano não é a única opção para quem quer um tratamento ético dos animais”, diz José Rodolfo Panim Ciocca, gerente do programa de abate humanitário da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal). O abate humanitário faz o animal perder a consciência antes que o estímulo da dor chegue ao cérebro.
Nos bovinos, isso é feito com uma pistola especial. Em suínos e em aves, a insensibilização deve ser feita com uma descarga elétrica. O presidente da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), Péricles Salazar, afirma que há realidades distintas quanto a isso no Brasil. “Os frigoríficos sujeitos à inspeção federal têm controles rígidos. O problema está na esfera dos Estados e municípios. É lá que se encontram barbaridades como o abate de bois a marretadas.” A crueldade tem consequências na qualidade do produto. Muita tensão antes do abate deixa a carne pálida e mole, com liberação excessiva de água. Já nos bichos com estresse crônico, a carne costuma ser mais dura, escura e ressecada. Quando eles são conduzidos com violência, usando bastões elétricos ou apanhando, são formados hematomas que devem ser descartados. Em breve, o Ministério da Agricultura deve lançar novas normas mais rígidas para a criação e o abate. A consulta pública sobre o tema acaba de terminar e o texto sofre agora ajustes finais. Certificação eleva preço ao consumidor. Com o aumento das exigências dos consumidores, os selos de certificação de excelência têm se expandido. Para conquistá-los, apesar de algumas variações conforme o tipo, os produtores precisam comprovar as boas práticas no processo produtivo --um trâmite demorado e, muitas vezes, bem caro. “A legislação é o mínimo. O objetivo é melhorar, aperfeiçoar o processo produtivo, ter excelência”, diz Cecília Mendes, gerente de qualidade da Korin, empresa de agropecuária cujo carro-chefe são frangos criados livres, alimentados com vegetais, sem o uso de antibióticos e certificados. Na esteira da conscientização e do aumento de investimentos, a empresa teve um aumento de 170% em faturamento nos últimos dois anos. Carne, ovos e outros produtos com certificação podem custar mais do que o dobro do preço dos “comuns”. Um bandeja com 600 g de filé de peito de frango da Korin custa, em um grande supermercado de São Paulo, cerca de R$ 19. O mesmo corte sem o selo sai por cerca de R$ 8. A engenheira carioca Carolina Daemon só compra carne certificada
e diz achar justo pagar mais caro em troca de condições melhores de produção. “Acho que tem que ser caro mesmo, para não virar bagunça. A carne não é para ser consumida todos os dias”, diz ela.
Meu eu virtual
O avatar não parece ser só um objeto que o jogador manipula, e sim um outro eu com quem ele se identifica Nossa vida costumava ser cognitivamente tão simples: lidávamos apenas com coisas palpáveis e ao alcance das mãos ou dos olhos. Aí inventaram o telefone, que permite ouvir vozes do além (além-casa, além-mar), e precisamos nos convencer de que elas vêm de pessoas reais, apenas intangíveis e invisíveis. Então inventaram a televisão, que mostra pessoas que são só imagens com som, mas cujo corpo tangível precisa ser presumido. Não é à toa que fica difícil separar o que é real do que é ficção na telinha. E então o videogame. Os primeiros criavam apenas situações a serem resolvidas com comandos dos dedos: mover uma barra para pegar a bolinha ou mover o Pac Man por um labirinto. Mas, conforme o progresso trouxe poder computacional e placas de vídeo à altura, o videogame “corporalizado” inseriu o jogador na tela, na forma de um avatar, personificado e personalizável, que representa o jogador no mundo virtual, age e interage por ele: é ele. Como o cérebro lida com isso? Uma
equipe na Universidade Radboud, na Holanda, avaliou como jogadores de World of Warcraft processam adjetivos apresentados como atributos de si mesmos, de seus avatares e de pessoas conhecidas próximas ou distantes. Enquanto isso, a equipe examinou o grau de ativação de duas estruturas no cérebro: o córtex parietal inferior esquerdo, que representa movimentos percebidos como próprios e parece ser a base da sensação de agência e da autoidentidade; e o córtex cingulado rostral, que representa emoções e sensações corporais pessoais. Quando os jogadores avaliavam adjetivos atribuídos ao seu avatar, a ativação do córtex parietal posterior esquerdo era ainda maior do que quando eles avaliavam adjetivos atribuídos a si mesmos ou a conhecidos. O córtex cingulado rostral, contudo, respondia com mais atividade à avaliação de adjetivos atribuídos a si mesmo do que ao avatar ou a pessoas próximas. O avatar, portanto, não parece ser só mais um objeto que o jogador aprende a manipular, e sim um outro Eu, no mundo virtual, com quem o jogador se identifica, cujo “corpo” e cujas ações ele assume como seus. Mas, ao mesmo tempo, o cérebro dos jogadores ainda sabe privilegiar emocionalmente o próprio corpo sobre o do avatar. Talvez por isso, mesmo assumindo o avatar como seu Eu virtual, o jogador ainda saiba quem é: o corpo de carne e osso fora da tela. Foto: Theo Marques/Folhapress
Cláudio Ushiwata, dono de um café em Curitiba, é um consumidor de carne orgânica
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Shel Almeida
A história de vida do pequeno Avatar, a partir de onde se conhece, não foi das mais fácies. Ele foi levado até a Faros D’Ajuda, ONG de proteção animal, após ter sido resgatado em uma enxurrada. Por ter uma lesão na coluna, Avatar não movimenta as patas traseiras, o que o impede de andar normalmente. Não se sabe se a lesão foi anterior e por isso ele estava sendo arrastado pela chuva, ou se aconteceu na ocasião. Quando chegou até a Faros ele já havia ganhado uma cadeira de rodas da pessoa que o resgatou, mas como o espaço destinado a ele e outros cães especiais no abrigo é pequeno, foram poucas as vezes que ele teve oportunidade de usá-la. Márcia Davanso, presidente da associação, explica que, como os cães que possuem algum tipo de deficiência são mais frágeis e demandam cuidado constante, ficam em uma ala
separados dos demais. Além disso, o espaço livre do abrigo é de chão irregular, o que não é indicado para a condição física de Avatar, mesmo com a cadeirinha. No entanto, o que nunca faltou para Avatar durante sua estadia na Faros, foi amor. Assim como todos os cães que vivem no abrigo, Avatar foi verdadeiramente amado pela equipe de funcionários e voluntários da instituição e pôde se sentir um cão especial, não por conta de sua deficiência, mas pelo carinho e atenção que todos dedicaram a ele. Um desses voluntários, o Médico Veterinário Cláudio Zago Junior, que também é Sargento do Corpo de Bombeiros, se afeiçoou tanto ao carismático Avatar que decidiu conversar com o Capitão Ulisses Doratiotto de Oliveira, responsável pelo 19º Grupamento de Bombeiros de Bragança Paulista e sugerir a adoção do cão pela corpo-
Avatar e Sarg. Zago. Fisioterapia já trouxe resultados e o cão já consegue se sustentar em pé.
ração. “Quando ele trouxe a ideia foi um susto, mas um susto agradável. Conversamos com a equipe e todos concordaram.”, conta Capitão Doratiotto. “Todos acabaram encantados por ele. Ele merece ter a qualidade de vida que podemos oferecer, que é espaço e atenção constante. Todos compraram a ideia e todo mundo aqui participa da vida dele, ajudando com os cuidados que ele necessitada”, conta Sargento Zago. O amor entre Avatar e toda a equipe é nítido: ele é um cão alegre, sorridente, e muito feliz e faz com que, quem esteja perto dele se sinta assim também “Ele trouxe alegria pra todo mundo aqui”, fala Sarg. Zago.
Animal especial
De acordo com Márcia, quando o Sarg. Zago comunicou que levaria Avatar para o Corpo de Bombeiros, foi uma choradeira só no abrigo. As protetoras
da Faros não conseguiram conter a alegria de saber que o pequeno teria uma casa e uma família para chamar de sua. “Adotar um animal especial não é uma tarefa fácil, a pessoa tem que se empenhar, porque é preciso cuidado e higiene constantes, além de espaço. Ele ter vindo para o Corpo de Bombeiros foi ótimo porque sempre tem alguém com ele, ele recebe atenção em tempo integral”, fala Márcia. Há mais de cinco anos à frente da Faros D”Ajuda, ela sabe que não é simples fazer algumas pessoas entenderem que os animais merecem qualidade de vida e que a eutanásia é uma opção apenas em último caso. “O sacrifício, como se fala, só é indicado quando o animal já não tem mais condição de ganho na qualidade de vida, quando está sofrendo. Mas já recebemos muitas solicitações de sacrifício porque o animal está doente e os donos
Ao ser adotado pelo Corpo de Bombeiros, Avatar ganhou uma casa e uma família pra chamar de sua. Foto: Arquivo Sarg Zago
Avatar no dia em que foi adotado. Protetoras não conseguiram conter a alegria pelo pequeno ganhar uma família.
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Avatar e Zago durante a Cãominhada. O pequeno cadeirante foi a sensação do evento. não podem ou não querem cuidar. quanto com a sociedade. Não existe A Faros tenta ajudar oferecendo mais isso de se deixar animal na rua atendimento. Na maioria dos casos, à vontade, mas ainda há esse mito, sacrificar é resolver o problema do principalmente em relação aos gaproprietário, que não vai mais gastar tos. Na rua eles estão sujeitos a se tempo e dinheiro com o animal”, envolver em acidentes e também de enfatiza. Se para um animal adulto provocar acidentes. Hoje os animais normal, a chance de ser adotado vai têm direitos, embora ainda estejadiminuindo com o tempo, imagine mos caminhando nessa questão. É como é para um animal especial. preciso entender que eles merecem Mas, ao que parece, a história de respeito e isso só acontece com a Avatar, mesmo que não intencional- conscientização”, afirma. mente, amoleceu o coração de muita gente.. “Não sei se foi coincidência ou foi uma motivação mesmo, mas Na próxima semana fará dois meses na sequência da adoção do Avatar que Avatar é membro do Corpo de conseguimos doar outros animais Bombeiros de Bragança Paulista, especiais”. Para Márcia, a grande sob o título de mascote oficial. Ele dificuldade da adoção de animais tem até roupa especial para ocasiões especiais e/ou idosos é que a maioria especiais, como a que usou na Mardas pessoas procura por aquele que cha da Defesa Animal/Cãominhada passará bom tempo da vida com a promovida pela Faros D’ajuda: um família. “As pessoas querem saber colete com o símbolo da corporação. quanto tempo vão ficar com o ani- “Depois que ele veio pra cá até aumal e esperam que isso dure mais mentou a frequência da criançada, de uma década. Mas ao adotar um filhos do pessoal da equipe. Todo animal especial ou idoso você precisa mundo quer vir aqui pra conhecer ter em mente que está fazendo algo o Avatar. Quem passa na rua fica muito valioso, que é oferecer a ele maravilhado quando vê ele na cauma oportunidade melhor e uma deirinha”, conta Capitão Doratiotto. qualidade de vida melhor também. “A adoção dele repercutiu tão bem, Vai da visão e da disponibilidade de não esperávamos por isso. Que, a cada um, claro. Mas o partir disso, outros que é preciso pensar Aos poucos ele já está conseguindo animais especiais e/ é se você quer tem se sustentar em pé. Optamos ou idosos tenham a um animal ou quer pela fisioterapia e não pela mesma chance que fazer uma coisa boa. cirurgia e o resultado está sendo ele. Não fizemos com A l g u m a s p e s s o a s uma conquista pra todo mundo essa intenção, mas preferem os animais também não podemos especiais exatamente esconder os bons Sargento Zago porque querem dar exemplos”. Desde uma chance a eles. Uma moça, por que foi adotado pelos Bombeiros, exemplo, sempre vai até a Faros à Avatar já teve melhora em seu quaprocura daqueles que precisam de dro clínico, graças à rígida rotina mais cuidado, porque ela tem uma de brincadeiras na quadra, corridas condição financeira melhor. Ela já com a cadeirinha atrás do pessoal e adotou 12 animais especiais conos- claro, fisioterapia. “Aos poucos ele co. Um outro rapaz fez questão de já está conseguindo se sustentar adotar uma gatinha cega porque a em pé. Optamos pela fisioterapia mãe dele também tem baixa visão e não pela cirurgia e o resultado e pra ele seria fácil lidar com a gata está sendo uma conquista pra todo porque já está acostumado a cuidar mundo. É uma batalha de todos”, da mãe”, conta. Histórias como essas conta Sarg. Zago. É bem provável mostram que a luta pelo direito dos que o pedido da pequena Duda, animais e da posse responsável são filha do Soldado Couto e amiga de eficazes o que precisa acontecer é Avatar, seja atendido. Quando ele a conscientização da população. “Já chegou, ela escreveu uma carta de estamos falando em posse responsável boas vindas dizendo: “Avatar, há algum tempo. É uma questão de espero que volte a andar”. responsabilidade tanto com o animal É só questão de tempo, Duda.
Bombeirinho Avatar
Márcia Davanso e Avatar. “Adotar um animal especial ou idoso é oferecer a ele uma oportunidade melhor e uma qualidade de vida melhor também”.
Mimado por todos, Avatar é um cão alegre e sorridente. A cadeira de rodas é só um detalhe em sua vida. Foto: Arquivo Sarg Zago
Completamente adaptado na nova casa, Avatar passa boa parte do tempo correndo pelo espaço
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informática & tecnologia
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Na raça
Estúdios brasileiros de games independentes colaboram entre si para prosperar; conheça os principais nomes Por ALEXANDRE ORRICO/FOLHAPRESS
Por definição, o desenvolvimento de games independentes é o negócio de fazer jogos eletrônicos sem o suporte de distribuidoras. Entre os chamados indies, há duas preocupações principais, que regiram praticamente qualquer movimento artístico de vanguarda da história humana: priorizar a criatividade, quebrar paradigmas do setor e conseguir sustentação financeira para a continuidade da cena. A lógica é a inversa de games produzidos pelas gigantes do setor, que têm investimentos de centenas de milhões de dólares, mas ousam pouco, uma vez que têm que apostar no conhecido, de forma a garantir o retorno dos rios de dinheiro derramados nos blockbusters. No Brasil, os indies brasucas estão começando a reivindicar espaço nos PCs, tablets, smartphones, consoles (e corações) de gamers do país e do mundo, com elogios, prêmios e cifras crescentes. Um levantamento colaborativo das próprias empresas do setor indica que são cerca de 200 companhias que desenvolvem jogos independentes hoje por aqui. Uma delas, a Behold Studios, formada por universitários brasilienses, arrecadou mais de R$ 1 milhão com um jogo para celulares, o “Knights of Pen & Paper”, que foi desenvolvido em seis meses e “teve custo quase zero”. Outro estúdio, o Swordtales de Porto Alegre, trabalha em “Toren”, primeiro game a ser beneficiado pela Lei Rouanet, de incentivo cultural. Os desenvolvedores já arrecadaram 20% do máximo autorizado pelo ministério da Cultura: R$ 370 mil. ‘Aqui é estilo bandeirante, cortando mato com facão’ Espírito cooperativo é essencial para indústria prosperar, dizem desenvolvedores Personagens de games indies produzidos no país vão de cangaceiros nordestinos e ninjas a cães astronautas. “Cadê o Mario? Não tem nenhum Pokémon? Não conheço ninguém”, disse Daniel, 13, ao ser desafiado a identificar algum personagem da imagem abaixo, todos do mundo dos games. Daniel é dono de um PS3 e jogador ávido de Nintendo 3DS, mas, mesmo assim, não conseguiu nomear um só herói da ilustração. Também, pudera. Todos os personagens são de jogos brasileiros, um mercado que praticamente não existia há cerca de cinco anos e que, por isso, ainda permanece fora do radar mesmo de interessados em jogos eletrônicos --que ainda não são reconhecidos totalmente como cultura (ou arte) no Brasil. “Trabalhar com games aqui no país é estilo bandeirante mesmo, cortando mato com facão”, diz Marcos Venturelli, 27, game designer da Critical Studios, empresa carioca responsável pelo game “Dungeonland”. Mas, com muita teimosia, dedicação e cooperação, os estúdios brasileiros de games criaram uma extensa gama de heróis e vilões (e alguns que não são nem uma coisa, nem outra). São personagens como o paraibano Biliu,
de “Xilo”, jogo de aventura em 2D inspirado na estética da xilogravura e que tem baião e forró na trilha sonora. O enredo usa o folclore nordestino e o cordel para contar partes da história. Ou como o cão morto do lisérgico “Dead Dog in Space”, ainda não lançado. Nele, o jogador terá a chance de jogar com um cachorro astronauta morto, controlado por moscas mutantes espaciais.
‘Família gamer’
Cada estúdio tem seu estilo e sua forma de trabalhar, mas a cooperação mútua é um fator chave para a ascensão dos games independentes brasileiros, lá fora e aqui. “Hoje em dia, o ambiente para desenvolver no Brasil está muito amigável, muito saudável”, diz Venturelli. “Antigamente rolava uma competição meio maluca entre os brasileiros, coisa sem o menor sentido. Hoje o pessoal percebeu que temos que unir forças. Acho que isso é o que me dá mais esperança no futuro da indústria.” Guilherme Henrique, diretor da Behold Studios, empresa responsável por “Knights of Pen & Paper”, game que foi baixado mais de 600 mil vezes e rendeu R$ 1 milhão para a empresa, concorda. “Esse clima de cooperação é bem importante mesmo. Ajudamos a divulgar jogos de outros estúdios mesmo que não ganhemos nada em troca. Na verdade, todos ganham: o mercado e os jogadores”, afirma. Inglês é ‘idioma oficial’ em games feitos no Brasil. Os games independentes podem confrontar vários aspectos de jogos da indústria tradicional, mas pelo menos um ponto é idêntico nos dois lados: a utilização do inglês como “língua oficial”. Alguns games brasileiros têm tradução para o português, mas a prioridade é sempre para a língua inglesa, que inclusive é utilizada na maioria dos sites e dos blogs oficiais dos estúdios daqui. “Nós fazemos jogos para ter o maior alcance possível, por isso a escolha pelo inglês. É uma forma de tornar o jogo disponível, na medida do possível, para franceses, brasileiros e japoneses”, diz Guilherme Henrique, diretor da Behold Studios. Outro ponto importante é que o inglês torna mais fácil a cooperação entre estúdios brasileiros e estrangeiros. Além disso, termos nesse idioma são naturais para os desenvolvedores, que cresceram jogando títulos como “The Legend of Zelda” e “Final Fantasy”, em inglês. “As vendas vindas de contas brasileiras são apenas 2%. Sem contar muitas pessoas que compram no Brasil mas que não fazem questão de jogar em português”, completa Henrique. Game levanta R$ 75 mil pela Lei Rouanet. ‘Toren’, do estúdio gaúcho Swordtales, é o primeiro jogo financiado com verba pública; meta é alcançar R$ 370 mil Foco está no enredo e na ambientação, que exploram a condição humana de luta contra a mortalidade, diz diretor
“Somos malucos de tentar algo como o Toren’”, diz Vitor Leães, produtor da Swordtales, estúdio responsável pelo game, que emprega outras nove pessoas. A tarefa é árdua --desenvolver um jogo focado no enredo e na imersão é tecnicamente muito difícil, mas convencer patrocinadores a colocar dinheiro no jogo é mais complicado ainda. “Toren” é o primeiro jogo eletrônico beneficiado pela Lei Rouanet, de incentivo à produção cultural nacional. Desde 2011 os desenvolvedores de games podem pleitear o apoio do governo. No início do ano, “Toren” foi autorizado a captar R$ 370 mil com o aval do Ministério da Cultura. Cerca de 20% do montante (aproximadamente R$ 75 mil) já foi arrecadado. Os patrocinadores interessados têm o direito de pedir restituição de 67% do valor total no imposto de renda. “É uma grande ajuda, mas mesmo assim é difícil captar dinheiro. As pessoas estão interessadas em investir em cinema, em teatro ou em festivais. Estão mais acostumados com outras formas de narrativa”, diz Leães. “Mas Toren’ é uma história que só pode ser executada em um videogame, que é uma plataforma única para contar histórias. Teremos material de apoio, como HQs e animações, mas esses conteúdos só funcionarão como complemento. O centro é o game”, completa.
O tempo é o vilão
“Toren” é um jogo sobre transformação, em que o maior vilão do jogador será o tempo. O enredo explora a condição humana de luta contra a mortalidade. O jogador controla uma princesa por todas as fases da vida, aprisionada desde o nascimento em um castelo abandonado. A chave para tentar sair da prisão é uma planta que germina no centro do palacete e que, com o passar dos anos, cresce e se torna uma árvore robusta, que pode
servir como plataforma para a menina alcançar o teto do castelo e se libertar. “Nós estamos colocando muita importância na história. O game será um adventure simples de jogar, mas a trama está profunda, cheia de metáforas e poemas misteriosos”, diz Leães. “A nossa missão consiste em fazer jogos indie’ de alto nível e preço justo, que tenham mais a oferecer em um mercado inundado de clones”, diz a Swordtales, fazendo uma crítica aos grandes estúdios, quase sempre receosos em inovar. “Toren” ainda não tem data de lançamento nem preço oficial; mas deve sair no início de 2015 “com um preço normal de jogo independente”. ‘Jogos não são prioridade’, diz Marta Suplicy. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, mantém a decisão de não incluir jogos eletrônicos no Vale -Cultura, benefício de R$ 50 mensais destinado para trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos. “Nas prioridades que o Vale-Cultura quer incentivar no consumo cultural, nesse momento, o game não se insere”, disse a ministra, por meio de uma nota à Folha. A líder da pasta não quis responder a outras perguntas. Em março, durante apresentação do projeto, Marta afirmou: “Eu não acho que jogos digitais sejam cultura”. No próprio site do Ministério há uma seção dedicada aos games, sem mencionar “Toren”, autorizado a captar R$ 370 mil com o aval do órgão.
Revista porcaria
No início do ano, a ministra enfatizou que a escolha de como gastar o benefício independe do governo. “Pode comprar revista porcaria, o trabalhador decide.” Lá fora, games são parte do acervo permanente de museus, inspiração para a literatura e ferramenta de ensino em centenas de escolas no mundo. Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Santo e Amora casal que desenvolve games no estúdio MiniBoss; ao fundo, o jogo “Out There Somewhere”
saúde
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A reinvenção dos dinossauros Livro conta como a imagem dos dinossauros foi modificada nas últimas décadas; pesquisas recentes mostraram que eles tinham sangue quente e penas
Por REINALDO JOSÉ LOPES/FOLHAPRESS
A informação é um tanto chocante. Mas não se pode fugir dos fatos: brontossauros não existem. O sepultamento científico do brontossauro, ou Brontosaurus excelsus, aconteceu em 1903, quando o paleontólogo Elmer Riggs publicou uma pesquisa mostrando que o bicho não tinha características únicas o suficiente para merecer um gênero para si. Ele era muito parecido com o Apatosaurus ajax, espécie descrita antes. E, como o nome mais antigo é o que vale, o certo era “apatossauro”. Só que, em 1905, o museu de história natural da Universidade Yale (EUA) resolveu exibir sua reconstrução do esqueleto do bicho, o primeiro do tipo a ser visto pelo público leigo. E o nome brontossauro foi usado na exposição. Foi o suficiente para consagrar o nome errado nos livros infantis de dinossauros. Isso inclui os livros que um garoto de Nova Jersey chamado Brian Switek devorava nos anos 1980. O menino virou escritor, blogueiro e paleontólogo amador. E batizou seu novo livro de “My Beloved Brontosaurus” (“Meu Amado Brontossauro”). No livro, os “finados” brontossauros são uma espécie de símbolo das múltiplas mudanças de imagem pelas quais os dinossauros têm passado nas últimas décadas.
Recauchutados
A lista de características “recauchutadas” é longa, a começar pela postura dos próprios apatossauros. Paleontólogos do século 19 tinham certeza de que bichos com pescoço e cauda tão compridos mal conseguiam suportar o próprio peso e precisavam ficar dentro d’água, mas reavaliações de seus esqueletos indicam que sua postura era ereta e elegante. Também caiu por terra a ideia de que
os dinos eram lagartos supercrescidos, com metabolismo lento e “sangue frio”. Os ossos desses animais revelaram um padrão acelerado de crescimento, que só podia ter sido sustentado caso eles tivessem “sangue quente”. Não faz sentido pensar neles como répteis. Da mesma maneira, um dado que era especulativo -- que cor eles tinham?-passou a ser investigado de forma sólida graças à identificação nos fósseis de melanossomos, pequenos “sacos” de pigmentos. Os melanossomos, aliás, só foram identificados graças a outro elemento da nova imagem dos bichos: o aparecimento frequente de fósseis com penas (as estruturas celulares costumam estar associadas à penugem dos dinos). Mas a principal mensagem da obra aparece quando Switek aborda a origem e o sumiço dos dinossauros. Enquanto antes se acreditava que os dinos viraram os principais vertebrados terrestres graças às suas patas eretas e ágeis, os estudos mais recentes indicam que outros animais desenvolveram essas características mais ou menos na mesma época, embora tenham se extinguido em parte, foi graças a um lance de dados da evolução que os dinossauros ganharam o estrelato. E um lance de dados parecido --o corpo celeste que atingiu nosso planeta há 65 milhões de anos-- é o principal suspeito pela eliminação deles. Isso, diz Switek, mostra por que estudar dinos é mais do que um passatempo de crianças ou nerds incorrigíveis: a ascensão e queda deles ajudam a enxergar a fragilidade da vida na Terra. “My Beloved Brontosaurus” Autor: Brian Switek (269 páginas) Editora: Scientific American/Farrar, Straus and Giroux Preço: R$ 25,25 (livro eletrônico)
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Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 710 Sexta 20 • Setembro • 2013
Por pedro marcelo galasso
Trabalho e a sociedade contemporânea (2ª parte)
No início do século XX, pessoas como Frederick Taylor e sua obra Os princípios da administração científica, de 1911, ou Henry Ford e sua linha de produção, deram uma nova perspectiva para o futuro da produção industrial e do capitalismo. Estas presenças são importantes ainda hoje pelo legado que ainda permanece e que pode ser pontuado para nossa discussão. Primeiro, a administração de tempo e de movimentos preconizada por Taylor; segundo, a linha de produção fordista, particularmente forte nos países subdesenvolvidos, e base do desenvolvimento industrial desta região, a despeito de todo o atraso que ele carrega consigo; terceiro, a pressão ecológica típica dos modelos fordistas de grandes estoques e de alto consumo de combustíveis fosseis. Além disso, nestas duas formas de organização das plantas produtivas a ideia da divisão de atividades e a colocação dos operários para executar sempre a mesma
função, gerando uma maior habilidade e destreza na sua rotina de trabalho, é algo constante e fundamental. O trabalhador passa os dias executando os mesmos movimentos repetitivamente e perde a noção daquilo que ele está ajudando a produzir. Ele trabalha de forma segmentada e acaba segmentando a sua visão sobre a produção e sua própria vida. Entretanto, algo mudou na segunda metade do século XX quando engenheiros da Volvo apontam, sem ter consciência plena de sua participação, na direção da acumulação flexível de capital que passou a exigir uma mudança estrutural dentro do modo de produção capitalista, criando para atender suas demandas internas, a célula de produção. Esta célula é formada por profissionais altamente capacitados e preparados para lidar com qualquer problema que possa surgir ao longo do processo produtivo. A ideia de alienação, cara a Marx, e típica dos modelos taylorista
e fordista que segmentavam o trabalho e o trabalhador, começam a dar lugar a um funcionário mais consciente do processo produtivo, mas desconectado do seu mundo social. Assistimos o surgimento da figura do esquizóide. Não somos mais alienados do processo produtivo, mas somos alienados e tirados de nós mesmos. Perdemos inúmeros de nossos referenciais e temos dificuldades para identificar passado, presente e futuro. Além disso, vemos o surgimento do mal do século XXI pensando nos termos de falta de trabalho, o desemprego estrutural. Este se caracteriza pela exigência de capacitação e preparação constante do funcionário que deve incessantemente acompanhar todas as mudanças que ocorrem em seu campo de atuação. Quando perdemos as oportunidades, e aqui não importa o motivo, a nossa extrema especialização, que nos tornava competitivos, agora se transforma em um elemento limitador de
nossa atuação, ou seja, somos postos de lado graças àquilo que nos preparava para o mercado e que não mais conseguimos acompanhar. Vale lembrar que todas as mudanças econômicas do capitalismo refletem na organização política e social. Hoje vivemos na sociedade neoliberal caracterizada pela diminuição da participação estatal nas questões sociais, transferidas para a esfera do mercado, mas na marcante e decisiva participação do Estado na regulação econômica, funcionando como um elemento de complemento do mercado e que pode segundo as necessidades realizar artificialmente seu papel. Os custos sociais desta forma de atuação devem ser pensados em outro momento. Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Biografia sobre Getúlio
antenado
Segundo volume de trilogia de Lira Neto relata episódios de 1930 a 1945 e traz visão menos maniqueísta sobre Getúlio Por MARCO RODRIGO ALMEIDA /folhapress
O segundo volume da biografia de Getúlio Vargas é um prato cheio para quem venera ou odeia o principal mito da política brasileira. “Getúlio (1930-1945)”, parte dois da trilogia do jornalista Lira Neto que chega às livrarias agora, enfoca um dos períodos mais turbulentos do político que sempre esteve associado à controvérsia. Após a vitória na Revolução de 30, Getúlio permaneceu 15 anos no Palácio do Catete, no comando do país. Primeiro como chefe do governo provisório (1930-1934), depois presidente constitucional (1934-1937), eleito pelo Congresso Nacional, e, por fim, ditador do Estado Novo (1937-1945). Nesse período intenso, retratado com detalhes saborosos, duas Constituições foram rasgadas, levante comunista tentou tomar o poder, partidos de esquerda e de direita ganharam corpo e depois foram extintos, o país embarcou na Segunda Guerra. As transformações foram significativas. O Brasil deixou se de ser um país agrário e iniciou sua industrialização. Leis trabalhistas foram criadas, o voto feminino, instituído. Mas foi também, principalmente após 1937, um período tenebroso, com torturas, censura feroz à imprensa, perseguição a oponentes políticos e o Congresso fechado grande parte do tempo. “O período ditatorial tem sido útil, permitindo a realização de certas medidas salvadoras, de difícil ou tardia execução dentro da órbita legal”, declarou Getúlio certa vez. Não é de estranhar que Lira Neto, desde
que se embrenhou no projeto, em 2009, ouça vez por outra: “Getúlio era do bem ou do mal?”. O biógrafo sabe do poder de polarização de seu objeto de estudo, mas diz querer propor um debate mais equilibrado e sutil. “Quando falamos de Getúlio, não dá para ser tão preto no branco, tão binário, maniqueísta. A compreensão não pode ficar nesse Fla-Flu ideológico. Ele deve ser entendido de forma mais fina, aí sim poderemos achar algumas respostas mais consistentes”, defende Lira Neto. O jornalista, que vai concluir sua trilogia no ano que vem, espera jogar mais luz na “esfinge Getúlio”. “O Estado Novo é Getúlio em sua plenitude. As grandes marcas dele vieram desse período, a formação do mito do pai dos pobres’. Fez uma Constituição de um homem só, alheio ao debate, à troca de ideias.” No primeiro volume, lançado no ano passado, retratou a vida do político do nascimento até a Revolução de 30. No último, já em fase de escrita, abordará a volta ao poder (1950) e seu suicídio, em 1954. Mas este segundo volume foi o mais trabalhoso,segundo o autor, curiosamente por oferecer uma enormidade de fontes de pesquisa. Os 15 anos retratados no livro são alguns dos mais estudados da história brasileira. Como o próprio biógrafo comenta no fim do trabalho, cada um dos muitos episódios marcantes já foi tema de exaustiva bibliografia. Lira Neto conta que sua dificuldade
foi sintetizar todo o material, tentando conectar a moldura histórica à vida privada de Getúlio. “Nós temos uma imagem, construída a posteriori, de um homem amável, sorridente. Os escritos privados apontam numa direção contrária, um homem muito atormentado, que viveu muitas situações de dúvidas, vacilações.” Como exemplo, cita a recorrência da ideia de suicídio em bilhetes e cartas
de Getúlio. Em abril 1945, prevendo o golpe militar que o tiraria do poder meses depois, escreveu, antecipando sua carta-testamento de 1954: “Estou resolvido a este sacrífico para que ele fique como um protesto”. Getúlio (1930-1945) Autor: Lira Neto Editora: Companhia das Letras Quanto: R$ 52,50 (632 págs.) Foto: Karime Xavier/Folhapress
O biógrafo Lira Neto em seu apartamento, em São Paulo
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SPASSU da Elegância
Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
Debutantes
A festa de Debutante é um sonho aguardado por muitas meninas, pois simboliza a passagem para de menina para mulher. Esta data tão especial, merece uma comemoração com a família e amigos! Em um baile de debutantes, a garota geralmente usa dois vestidos: um para recepção dos convidados, geralmente delicado e outro para a valsa, que é mais marcante e mostra o rito de passagem. Esses vestidos devem ser escolhidos com cuidado, evidenciando a beleza da debutante que está aflorando. Não faltam opções de modelos e cores, tanto para quem quer o estilo clássico quanto para quem está a fim de e fazer algo mais despojado e parecido com sua personalidade.
Tem para todos os gostos, portanto é preciso pensar muito bem para decidir. Na Spassu Plaza você encontra um ambiente diferenciado e preparado para atender o seu sonho! Temos várias opções de modelos e cores diferentes e também dispomos de confecção de modelos novos de acordo com sua vontade. O aluguel dos vestidos já vem incluso os acessórios, venha conhecer nosso trabalho! Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo. com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.
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Foi com muita alegria que fotografei o ensaio pré-wedding da Juliana e Gabriel. Me senti muito à vontade com os dois, afinal já fotografei o casamento de todos os irmãos da Juliana. Esse ensaio tem a finalidade de fazer um editorial com o casal num estilo bem descontraído onde essas belíssimas fotografias ilustrarão o salão de festas, clipes e muito mais. Foi um dia muito agradável porque dá pra perceber o quanto os dois estão apaixonados. Sem contar todo o capricho que os dois estão dispensando para fazer do Grande Dia da vida deles algo inesquecível. Em breve as fotografias do casamento deles estarão nesta coluna onde poderemos testemunhar toda a emoção da Juliana e Gabriel. Até mais!
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Com o conversível de dois lugares F-Type, a britânica Jaguar reacende a essência esportiva da marca por EDUARDO ROCHA/autoPress
Nem sempre a história se repete como farsa. Por exemplo: a Jaguar voltou ao segmento de esportivos de dois lugares, depois de exatos 38 anos, com um modelo bastante radical. O F-Type lembra o clássico E-Type em vários aspectos. Principalmente pela linha de perfil, com uma leve ondulação que dá ao modelo uma personalidade magnética. Exatamente como acontecia com os antecessores. Afinal, o F vem de uma antiga linhagem de roadsters e cupês de dois lugares, iniciada com XK 120 em 1948. Só que nesta versão terceiro milênio, o esportivo recebe construção em alumínio, motores de alta potência – 340, 380 ou 495 cv – e câmbio automático de 8 marchas. A configuração é a tradicional: motor dianteiro, câmbio central e tração traseira. Para suportar os números avassaladores dos propulsores – dois V6 e um V8 soprados por compressor mecânico –, o F-Type conta com um controle dinâmico de estabilidade e de tração, além de aerofólio traseiro elétrico. Desde a versão básica, V6 de 340 cv, o modelo tem duas formas de devolver a pressão no acelerador. No modo Dinâmico, a resposta de câmbio e da direção são mais rápidas. No modo Inverno, todas as reações são mais suaves – dentro das possibilidades de moderação em um modelo que tem peso/potência de 4,69 kg/cv. Esta relação na versão intermediária V6 S fica a 4,24 kg/cv e na V8 S em ínfimos 3,36 kg/cv. Respectivamente, os modelos aceleram de zero a 100 km/h em 5,3 segundos, 4,9 s e 4,3 s, com máximas de 260 km/h, 275 km/h e 300 km/h, limitadas eletronicamente. Os modelos da linha S recebem alguns ingredientes adicionais para apimentar o convívio. A começar pelos bancos esportivos, do tipo concha, com maior apoio lateral – na V6 o banco é um pouco mais simples, embora também tenha abas bem efetivas. Um desses ingredientes é o escapamento ativo, que muda a trajetória dos gases na descarga e modifica o ruído do motor. Mesmo que não represente qualquer ganho real de potência, aumenta a “esportividade atribuída” do modelo. Outro recurso é o diferencial de escorregamento limitado do V6 S e o diferencial eletrônico ativo do V8 S. Este último utiliza um motor elétrico para equalizar a tração em cada roda e em cada situação. Por fim, a linha S também recebe amortecedores adaptativos, com regulagem em dois níveis de rigidez. Nas versões S também é possível individualizar os ajustes de direção, câmbio e suspensão entre os modos esportivos e conforto. Além disso, o computador de bordo traz informações dignas de um bólido, como tempo de volta, cronômetro para medição de aceleração de zero a 100 e até o registro da força G laterais, dianteira e traseira – como aparece nos gráficos que aparecem nas transmissões de Fórmula 1. Cada configuração recebeu um dimensionamento de freios específico. Os dianteiros são de 354 mm no V6 e 380 mm na linha S – tamanho máximo que se encaixa nas rodas de 20 polegadas, presentes em todas as configurações. Os freios traseiros ficam em 325 mm na motorização V6 e vai a 376 mm na V8. Mesmo com sistemas, recursos e reações tão típicas de um verdadeiro bólido, a Jaguar não se descuidou do lado glamouroso de seu novo esportivo. Afinal, trata-se de um modelo que tem preço inicial de R$ 419.900, vai a R$ 479.900 na V6 S e chega a R$ 559.900 na V8 S. Em compensação, o abastado interessado pode escolher numa paleta de 7 cores para a forração em couro e várias combinações de costura, cor de teto e revestimento do painel, tipo de aplique de alumínio do console, cor e textura do carpete e até a cor do cinto de segurança. Há ainda alguns pacotes opcionais. Casos do Design Pack, que inclui saias dianteira, laterais e traseira, ou o Carbon Fiber Pack, com aplique em fibra de carbono no console, maçanetas e barras de proteção para a cabeça. Um pequeno porém: uma encomenda pode levar três meses para chegar. Desde que a Jaguar assumiu diretamente a representação no Brasil, em outubro passado, a marca investiu em ampliação
do número de concessionários – passou de três para 10 –, investiu em publicidade e por isso mesmo espera uma resposta mais vigorosa do mercado. Na projeção para o F-Type, a versão mais em conta, a V6, responderá por uma fatia entre 30 e 40% do total. Mesma proporção do V6 S. Já o V8 S ficará entre 20 e 30%. A aposta é emplacar nada menos que 7 unidades mensais – ou 50 até o final de março. Só para dar uma ideia de como isso não é pouco, em todo o ano passado, os modelos da Jaguar vendidos no Brasil somaram 55 unidades.
Primeiras impressões
Basta chegar perto o novo Jaguar F-Type para ele logo se apresentar. A maçaneta, embutida na porta para evitar turbulência aerodinâmica, detecta a proximidade e salta para fora. Após as boas-vindas, é preciso se contorcer um pouco para assumir a posição atrás do volante. Apesar de ser um conversível, o que facilita muito o acesso, o F-Type é bastante baixo. O interior é generoso em materais nobres no revestimento, em design de bom gosto e em “gadgets” voltados para a esportividade, mas não em espaço. Qualquer volume maior que um livro vai parar nos pés do carona. Ou no exíguo porta-malas, que comporta menos de 200 litros. Uma vez “encaixado” no banco, é fácil achar a posição certa através dos inúmeros ajustes elétricos de banco, retrovisores e volante. As laterais do banco que abraçam o corpo e o painel voltado para o motorista reforçam a sensação de que o F-Type é um carro para ser vestido. Dali, a longa frente do modelo desaparece. À frente só é possível enxergar a pista, o céu e o painel. O engate do câmbio, que mais parece um joy-stick, causa um pequeno tranco, logo acobertado pelo ronco do poderoso propulsor – seja ele o V6 ou o V8. Na linha S, o ruído é ainda mais exaltado pelo sistema de escapamento ativo. O traçado da Fazenda Capuava é insuficiente para qualquer uma das versões, mas a aceleração segue a lógica da motorização. Vai de forte na V6 para muito forte na V6 S e absurdamente forte na V8 S. No final da pequena reta, o velocímetro mal encosta os 220 km/h e já é preciso pressionar vigorosamente o freio para não perder a tomada da curva. Poderia ir bem além. Os contornos de raio curto da pista acabam exigindo muito dos controles dinâmicos do modelo. Seja como for, fora de um ambiente controlado como uma pista, há poucas possibilidades de usufruir a fundo tudo que o F-Type pode oferecer. A vantagem é que o novo Jaguar não se limita às funções esportivas. Ele é agradável também para ser conduzido calmamente, quando fica mais fácil admirar suas belíssimas linhas.
Ficha técnica
Jaguar F-Type Motor V6: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.995 cm³, seis cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e compressor mecânico. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Potência máxima: 340 cv a 6.500 rpm (380 cv na versão V6 S). Torque máximo: 450 lbft entre 3.500 e 5 mil rpm (460 lbft na versão V6 S). Diâmetro e curso: 84,5 x 89,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Aceleração 0-100 km/h: 5,3 segundos (4,9 s na versão V6 S). Velocidade máxima: 260 km/h (275 km/h na versão V6 S). Peso: 1.597 kg (1.614 kg na versão V6 S). Pneus: 245/45 R18 na frente e 275/40 R18 atrás. Motor V8: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.000 cm³, oito cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e compressor mecânico. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. Potência máxima: 495 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 63,7 kgfm entre 2.500 e 5.500 rpm. Diâmetro e curso: 92,5 mm X 93,0 mm. Taxa de compressão: 9,5:1. Aceleração 0-100 km/h: 4,3 segundos. Velocidade máxima: 300 km/h limitada eletronicamente.
Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle de tração. Suspensão: Dianteira independente com triângulos sobrepostos. Traseira independente com triângulos sobrepostos. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série. Peso: 1.665 kg. Pneus: 255/35 R20 na frente e 295/30 R20 atrás. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Conversível, com duas portas e dois lugares. Com 4,47 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,30 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais e de cabeça de série. Capacidade do porta-malas: 196 litros. Tanque de combustível: 72 litros. Produção: Birmingham, Inglaterra. Lançamento mundial: 2012. Itens de série: Versões V6: Controle de estabilidade e tração, faróis bi-xenon, lanternas traseiras
de led, aerofólio traseiro com acionamento elétrico, trio elétrico, capota com acionamento elétrico, airbags frontais e laterais com proteção de cabeça, keyless, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, câmara de ré, bancos de couro com ajuste elétrico, sistema de som Meridian com 10 alto-falantes e tela sensível ao toque de 8 polegadas, GPS, coluna de direção com ajustes elétricos, cruise control automático e ar-condicionado dual zone. Preço: R$ 419.900. Versão V6 S: Adiciona diferencial de escorregamento limitado, escapamento ativo, bancos performance, amortecedores adaptativos, regulagem individual modos para funcionamento para suspensão, direção e câmbio, display com informações de força G e aceleração de zero a 100 km/h. Preço: R$ 479.900. Versão V8 S: Adiciona diferencial eletrônico ativo, rodas forjadas com detalhes em fibra de carbono e revestimento interno em couro Premium. Preço: R$ 559.900. Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
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automotivas por Augusto Paladino/autopress
Próxima conexão - O futuro da Opel terá a conectividade como palavra de ordem. Pelo menos é o que sugere o conceito Monza. Apontado pela fabricante como base para os próximos modelos, o carro será mostrado no Salão de Frankfurt, que acontece em setembro, na Alemanha. O cupê, que em nada lembra o sedã comercializado no Brasil até os anos de 1990, tem desenho futurista, portas com abertura no estilo “asa de gaivota” e abusa das luzes de leds tanto nos grupos óticos externos quanto nos painéis interiores, tudo para, segundo a Opel, transmitir a ideia de conexão. Salada japonesa - A Infiniti vai entrar na briga pelos consumidores mais jovens do mercado premium. A divisão de luxo da Nissan revelou as primeiras imagens do Q30, modelo que, segundo a marca, mistura características de hatches, cupês e utilitários compactos. Exageros à parte, o conceito será apresentado em setembro, durante o Salão de Frankfurt, na Alemanha. As informações técnicas ainda não foram reveladas, mas é possível que o carro use a mesma plataforma do Mercedes-Benz Classe A, graças a uma parceria entre a Daimler e a aliança Renault-Nissan. A produção, porém, só começa em 2015. Diversão eficiente - A Peugeot decidiu expandir sua gama “verde” também para seus modelos de entrada e lançou o conceito 208 Hybrid FE - sigla para Fun and Efficiency, ou diversão e eficiência, que será apresentado no próximo Salão de Frankfurt, em setembro. O hatch “emagreceu” 200 kg em relação à versão convencional, além de ter os espelhos retrovisores retirados e substituídos por câmaras para diminuir o arrasto aerodinâmico. O conjunto mecânico será formado por um três cilindros 1.0 a gasolina de 70 cv combinado a um motor elétrico de 40 cv. O consumo combinado dos propulsores não foi revelado oficialmente, mas é estimado em 45,5 km/l. E, mesmo tão econômico, o hatch acelera de zero a 100 km/h em exatos 8 segundos. Luxo verde - A Land Rover demorou, mas decidiu seguir a tendência da indústria automotiva e aderiu à tecnologia híbrida. E escolheu começar logo no topo da gama com o Range Rover Hybrid e o Range Rover Sport Hybrid, que serão apresentados oficialmente no Salão de Frankfurt, em setembro, na Alemanha. Os luxuosos SUVs “verdes” vêm equipados com um motor turbodiesel V6 3.0 combinado a um propulsor elétrico, o que resulta numa potência conjunta de 340 cv. O torque é de 70,3 kgfm, disponível entre 1.500 e 3 mil rpm. O Range Rover Vogue híbrido vai de zero a 100 km/h em 6,9 segundos, com máxima de 218 km/h. O Sport será 0,2 segundo mais rápido e
alcançará a máxima de 225 km/h. Novidade na lama - A Toyota promoveu um face-lift no utilitário Land Cruiser aproveitou para dar uma “carona” para o Lexus GX 460. A reestilização inclui mudanças visuais na frente e traseira, além de interior mais luxuoso, com novos bancos, painel e comandos. O Land Cruiser oferece dois motores: um V6 de 4.0 litros a gasolina, com potência de 282 cv e torque de 39,3 kgfm e outro quatro cilindros de 3.0 litros turbodiesel, com 190 cv e 42,8 kgfm. No modelo da Lexus, feito sobre a mesma plataforma, o único motor disponível é um V8 a gasolina de 4,6 litros com 301 cv e 45,5 kgfm, acoplado a uma caixa automática de seis marchas. O chamado - A Kawasaki Brasil convocou para recall proprietários de mais de 4 mil motocicletas dos modelos Ninja 300, Ninja 300 ABS e Z800 ABS para a correção da programação da unidade de controle eletrônico (ECU) e no processo de fabricação hidráulica dos freios ABS. Ao todo, 3.312 unidades da Ninja 300 e 440 da Ninja 300 ABS foram afetadas pelo primeiro problema, enquanto a segunda falha engloba 405 motos Ninja 300 ABS e 326 da Z800 ABS. A fabricante disponibilizou a lista dos chassis envolvidos em seu site oficial. Os consumidores também podem procurar toda a rede de concessionárias para o esclarecimento de dúvidas e eventual correção do problema, que será feita gratuitamente. Viking oriental - A Geely, que em 2010 adquiriu o controle da Volvo Cars, decidiu começar a usar o que tem direito da marca sueca. A fabricante chinesa iniciou o desenvolvimento de veículos em conjunto com a empresa nórdica e o resultado deve aparecer em 2015. O grupo asiático pretende se valer da reputação positiva da Volvo nas áreas de segurança, qualidade e confiabilidade para combater a imagem exatamente oposta que acompanha os carros chineses. Apoiada na Volvo, a Geely espera se tornar a maior exportadora de automóveis da China, além de virar referência entre as marcas locais. Mais que o máximo - O NHTSA, principal órgão de segurança viária dos Estados Unidos, deu cinco estrelas em um “crash test” recente do Tesla Model S. A fabricante, porém, não gostou do resultado. Segundo a imprensa norte-americana, a marca ficou incomodada com o fato de o órgão não ter revelado a nota exata conquistada pelo carro, que foi de 5,4 estrelas, quatro décimos acima do divulgado. O NHTSA reconhece o desempenho, mas afirma que não pode divulgar nota exata pelo fato de ultrapassar a escala de 1 a 5 estrelas, com a qual o consumidor já se identifica.
Fotos: Divulgação
Opel Monza Concept
Toyota Land Cruiser
Peugeot 208 Hybrid FE
Infiniti Q30
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É oficial por Augusto Paladino/autopress Foto: Divulgação
A Suzuki confirmou a chegada da linha 2013 da GSX-R 1300 Hayabusa ao Brasil ainda este ano. A moto será apresentada oficialmente no Salão Duas Rodas, que acontece em outubro, em São Paulo, e já tem preço definido: R$ 59.900. A versão 2013 mantém as prerrogativas básicas da moto, como o motor de 1.340 cc e 197 cv e ainda adiciona freios ABS, até então inéditos no modelo.
Suzuki Hayabusa ABS
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Harley-Davidson mostra linha 2014 com motor mais sofisticado e arrefecido a líquido para motos “touring” por Michael Figueredo/AutoPress
A Harley-Davidson é a marca mais tradicional da indústria de duas rodas. Isso, porém, não significa que deva ficar presa ao passado. Desde que seja com o aval dos consumidores/fãs, é claro. A linha 2014 da marca de Milwaukee foi, segundo a própria fabricante, desenvolvida com base em opiniões de clientes através do chamado Project Rushmore – ação na qual profissionais da marca foram para a estrada ouvir motociclistas sobre o que poderia ser melhorado nas motos. Os modelos até passaram por alguma atualização estética. Mas entre as principais novidades está a adoção do arrefecimento líquido em parte do motor. Em 110 anos de história, a casa norte-americana sempre utilizou propulsores com refrigeração totalmente a ar. O sistema misto foi adotado em dois modelos da linha touring – o triciclo Tri Glide Ultra e a CVO Limited –, que devem ser vendidos no Brasil junto com as novas CVO Breakout e XL 1200X Forty-Eight. O novo motor com o sistema de refrigeração mista é o Twin-Cooled High Output Twin Cam 103, com 1.690 cilindradas. A principal diferença para o já conhecido propulsor Twin Cam 103 está no que a empresa chama de “refrigeração líquida de precisão”, mecanismo através do qual o arrefecimento ocorre diretamente nos cabeçotes. Segundo a Harley-Davidson, com o novo sistema, o motor rende 10,7% mais torque do que a versão refrigerada somente a ar. A linha 2014 também apresenta mudanças que vão do design à tecnologia embarcada. As motos influenciadas pelo Project Rushmore passam a oferecer sistema multimídia com tela sensível ao toque e reconhecimento de voz com rádio, GPS e conectividade Bluetooth. As estradeiras têm ainda alterações visuais na proteção dianteira, uma das características mais marcantes dos modelos, chamada de “asa de morcego”. De acordo com a fabricante, o formato diminui a turbulência na cabeça do motociclista. O motor deve chegar ao Brasil com o Tri Glide Ultra, que fará sua estreia no país em 2014. O triciclo, derivado da linha touring da Harley-Davidson, também foi alvo das melhorias e, além
do propulsor, ganhou novo sistema de embreagem hidráulica, para dar maior suavidade nas trocas de marchas. O modelo, de 2,67 metros de comprimento e 535 kg, é impulsionado pelos 14,6 kgfm de torque do motor, entregues às 3.500 rpm. A família de estradeiras equipadas com o novo propulsor e que recebe todo o “upgrade” resultante da pesquisa da marca conta ainda com a CVO Limited, também cotada para o mercado nacional, e CVO Ultra Limited. A linha “sportster” da marca no Brasil, apesar de não ter mudanças em relação à motorização, também terá novidades em 2014. Trata-se da Forty-Eight, que deve chegar ao país no próximo ano, e mostra que a fabricante, apesar de buscar modernizar a parte mecânica, ainda se inspira no passado. O modelo, lançado nos Estados Unidos em 2010, é influenciado pelas motos das décadas de 1930 e 1940, que tinham rodas mais largas, e traz pneus de 130 mm na dianteira e 150 na traseira. O aspecto “retrô” é realçado pelos paralamas curtos e o clássico tanque de combustível. Outra moto inspirada em modelos antigos e que também deve vir ao país é a CVO Breakout. Lançada neste ano, a “softail” é empurrada pelo enorme motor de dois cilindros em “V” Screamin’ Eagle Twin Cam 110B de 1.803 cc e torque de 15,5 kgfm a 3.500 rpm e conta com piloto automático e freios ABS. As outras motos atualizadas após a pesquisa nas estradas foram as estradeiras Road King e Electra Glide Ultra Classic. Ambas receberam alterações na suspensão que aumenta o diâmetro dos amortecedores dianteiros. O item passa de 43,1 mm para 49 mm – 14% a mais. As duas mantêm o motor Twin Cam 103, arrefecido somente a ar, mas contam com o novo sistema de embreagem. O freio ABS com EBD é de série na Electra Glide Ultra Classic, mas aparece apenas como opcional na Road King. A Harley-Davidson aproveitou a apresentação da linha 2014 e confirmou algumas baixas pra o ano que vem. A XR 1200X e as versões Limited da Sportster XL 1200C Custom – CA e CB – sairão de linha em 2014 em todos os mercados onde a marca atua.
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