Braganรงa Paulista
Sexta
4 Outubro 2013
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Para pensar
Jornal do Meio 712 Sexta 4 • Outubro • 2013
Expediente
A mais importante notícia por Mons. Giovanni Baresse
No dia 7 de dezembro de 1965 o Papa Paulo VI assinava um documento do Concílio Vaticano II sobre a atividade missionária da Igreja. O documento era resultado de um longo trabalho de reflexão, anterior ao próprio concílio, e que nele receberia o aperfeiçoamento final. Nesse documento se afirma que a Igreja (todos os que se reúnem e professam a mesma fé em Jesus Cristo morto e ressuscitado, Senhor e Salvador) é “sacramento universal da salvação”. Com esta definição o Concílio afirma que a Igreja é sinal da salvação que Deus quer para todos os seres humanos. Nos pronunciamentos dos bispos da América Latina, reunidos em conferências em 1968 (Medellin, Colômbia), em 1979 (Puebla, México), em 1992 (Santo Domingo) e, mais recentemente, em 2007 (Aparecida) vimos aprofundamento e atualização do que se deve fazer. Para que, como Povo de Deus se manifeste o projeto de Deus e o destino de
todo ser humano. Não se pode esquecer ainda o pronunciamento fundante do Papa Paulo VI: a Exortação Apostólica ”Evangelii nuntiandi!” de 8 de dezembro de 1975. Afinal o que é a salvação para a qual o Filho foi enviado? Devemos ser salvos do que? Para que? Penso que devemos nos reportar ao início dos relatos bíblicos: o ser humano foi feito “à imagem e semelhança” de Deus (Gen.1,26). Esta imagem foi quebrada quando o ser humano se afastou do seu Criador. A escolha da autossuficiência trouxe no seu bojo a ganância, o orgulho, a traição, a morte. Como fomos criados para ser participantes da vida divina, o Criador nos manda o Redentor para que possamos “ser salvos”, isto é, para que tenhamos a possibilidade de reconquistar nossa identidade primitiva expressa na filiação divina. Os profetas, em suas circunstâncias, lembravam os desígnios divinos. Criticavam os comportamentos que criavam obstáculos à presença de Deus
na vida do povo. Falavam da fidelidade de Deus em libertar, salvar seu povo. Salvação é, portanto, condição de vida plena para todo o humano. E não é privilégio de alguns. Nem muito menos uma realidade “post-mortem”. É viver plenamente no presente e continuar pela eternidade. Neste contexto o papel fundamental, a missão dos cristãos, é anunciar a todos e em todos os tempos esse plano divino, a vontade divina: que sejamos todos filhos e filhas do Pai Celeste. E assim convivamos. E assim nos tratemos. E assim nos interessemos uns pelos outros. À luz destes pressupostos não é difícil perceber o quanto ainda há por fazer: quantas incompreensões a superar, quanto ódio a vencer. Quanto perdão a pedir e a dar. Quanta injustiça a sanear. Quanto orgulho a arrancar. Quanta sabedoria a procurar. Quantas barreiras a transpor. O mês de outubro é, tradicionalmente, o mês em que os cristãos de fé católica se debruçam com mais cuidado
sobre esse tema. Partindo de um conceito clássico de missão e missionários: terras distantes e homens e mulheres que deixam sua terra, sua gente para ir mundo afora anunciando Jesus Cristo. Esse belo exemplo e valioso ministério não podem, todavia, esconder a responsabilidade missionária de cada cristão no seu próprio ambiente e família. O anúncio do Cristo Libertador passa por dentro das realidades mais próximas a cada um. Pela simples razão de que se eu creio de todo coração, de toda alma, de todo entendimento isso, necessariamente, é transbordante. Crer no Cristo e fazer parte da Igreja e tornar isso coisa individual é trair a razão fundamental da vivência da fé: amar como Deus ama. Uma adesão a Cristo voltada para si mesmo não passa de egoísmo mascarado de amor. Claro está que o anúncio supõe respeito à pessoa que o recebe. Não se pode impor a ninguém o que deve ou não crer. O que deve ou não aceitar. Não podemos
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obrigar ninguém a crer no que cremos. Mas temos dever de testemunhar o que dizemos crer. O desafio é fazer palpável o projeto divino. Passar das palavras à ação que dê presença concreta daquilo que se diz. Muitas vezes falamos muito bem. Só que a prática não mostra o mesmo vigor! Mas não devemos desanimar: a em nossa fraqueza que se manifesta a graça divina (2 Coríntios 12,10). Que a recordação de nosso dever de anunciadores do Cristo Vivo nos leve a suscitar Esperança nos que não conseguem ver, no meio da maldade e da injustiça, o rosto amoroso de Deus!
Comportamento
Jornal do Meio 712 Sexta 4 • Outubro • 2013
Sem Química Mulheres dizem não a tintas e esmaltes e impulsionam indústria de cosméticos mais “limpos”
Por MARIANA VERSOLATO /FOLHAPRESS
Há nove anos, a escriturária Renata Perrotta, 57, do Rio, decidiu se libertar dos retoques semanais de tintura para cobrir os fios brancos. “Resolvi dizer ‘chega’. Hoje me identifico tanto com os cabelos brancos que, se pintasse de novo, deixaria de ser eu”, conta. Renata faz parte de um grupo de mulheres que abandonaram os produtos químicos no cabelo e adotaram um visual mais natural. “Eu assumi na boa, mas acho que a maioria tem vergonha.” Não deve ser o caso da presidente Dilma Rousseff, que, como afirmou à Folha, pretende se juntar ao clube e deixar a tintura de lado depois de deixar o cargo público. O cansaço por ter que retocar as raízes brancas é um dos motivos alegados pelas mulheres, como Renata, para abandonar a química. O suposto malefício das substâncias químicas da tintura também pode ser um temor. Hoje, porém, as tintas para cabelo são menos tóxicas do que antigamente, segundo Valcinir Bedin, dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo. Segundo ele, há uma tentativa das empresas de fazer produtos mais seguros, sem os metais pesados que costumavam constar das fórmulas. Os lançamentos incluem ainda tintas sem amônia, que pode causar irritação.
Nas unhas
Marcas de esmalte também têm se esforçado para fazer produtos menos tóxicos. Tornou-se comum encontrar embalagens que exibam o aviso “3 free”, ou seja, livre de formaldeído, tolueno e dibutilftalato. Os três compostos são solventes e substâncias usadas em pigmentos e que conservam e dão brilho ao esmalte, mas têm maior risco de causar alergias. A designer gráfica Ana Vizeu, 34, precisou abandonar os esmaltes desde que teve uma reação grave no rosto por causa de uma substância do pigmento de esmaltes. “Mas até base faz mal. É uma limitaçãozinha. Quando vou a uma festa, não tem jeito, acabo passando .” Francisco Le Voci, dermatologista e coordenador do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que nenhum produto químico é inócuo. “Às vezes não depende tanto da qualidade do produto, mas da sensibilidade individual. Por isso é sempre importante testar o produto em uma pequena área antes do uso maior, e isso vale
principalmente para quem tem alergias”, diz.
Em busca de um autor desconhecido
Gosto da palavra “velho” e acho importante usá-la para combater estigma Circula pela internet um texto assinado por mim com o título “Sexalescentes”. Ele tem sido reproduzido e enviado por e-mail para inúmeras pessoas. Existe até uma versão musical no Youtube. O texto diz que está surgindo uma nova faixa social: a dos “sexalescentes”, pessoas de mais de 60 anos que rejeitam a palavra “sexagenário” porque envelhecer não está nos seus planos. São homens e mulheres independentes que procuraram e encontraram a atividade que mais gostam e conseguiram se sustentar com ela. Alguns nem sonham com a aposentadoria. E os que já se aposentaram gozam plenamente cada dia, sem medo do ócio ou da solidão. Nesse universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel de destaque. Ela aprendeu a respeitar a própria vontade, enquanto as suas mães só puderam obedecer aos homens. E conquistou espaços na sociedade que as suas mães nem sequer sonharam ocupar. Algumas optaram por viver sozinhas, outras escolheram carreiras que sempre foram masculinas, muitas tiveram filhos, outras não. Mas cada uma fez o que quis --apesar de não ter sido nada fácil-- e continua a fazer o que quer. O texto conclui afirmando que, hoje, as pessoas de mais de 60 anos estreiam uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos; agora já não são. Tenho recebido muitas mensagens com elogios a “Sexalescentes”. Só que nunca escrevi tal texto. É verdade que algumas ideias são semelhantes às que tenho apresentado em meus artigos. Mas, ao contrário do autor (ou autora?) de “Sexalescentes”, gosto da palavra “velho” e acho importante usá-la justamente para combater o estigma que cerca a velhice. Também gosto de usar “ageless”, “sem idade” e “inclassificáveis” para me referir aos que estão inventando uma forma mais feliz de experimentar o envelhecimento. Chamo as mulheres mais velhas de “coroas poderosas”. É muito estranho ver o meu nome em um texto que não é meu. Mais estranho ainda é receber elogios por algo que nunca escrevi. Algum leitor sabe de quem é a ideia de “Sexalescentes”? Se sim, peça para ele (ou ela?) sair do armário e assumir a autoria. Aposto que o texto foi escrito por uma “coroa poderosa”. E você? Foto: Luciana Whitaker/Folhapress
Renata Perrotta, 57, que parou de tingir o cabelo há 9 anos
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Jornal do Meio 712 Sexta 4 • Outubro • 2013
Shel Almeida
Depois de dois anos de reforma e restauração, a reabertura oficial da Igreja do Rosário acontecerá na próxima segunda, dia 7 de Outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário. Para a ocasião a Diocese de Bragança Paulista está preparando um celebração oficial, conduzida pelo Bispo Dom Sérgio Aparecido Colombo. De acordo com o Padre Marcelo Falsarela, será uma Celebração de Dedicação dos Altares da Igreja. “O Bispo irá benzer os altares, ungindo-os com óleo sagrado. Às 19h sairemos em procissão da Catedral, em direção à Igreja do Rosário. Ao chegarmos, a missa será celebrada”, explica. Para Pe. Marcelo a celebração será importante, também, por representar a união da comunidade em torno de um bem comum. “Esse é um momento que representa a luta do povo católico para preservar esse importante templo religioso da cidade”. Para ele, sem o apoio da comunidade católica e bragantina, como um todo, a reforma não seria possível. “Desde que houve a necessidade de se reformar a igreja, chamamos os pastorais e pedidos que nos ajudassem a encontrar maneiras de arrecadar recursos para o restauro. Também houve muitas iniciativas externas, de famílias que se juntaram para realizar jantares beneficentes, pessoas que doaram bens materiais, como joias, e também doações em dinheiro, por parte de toda a comunidade bragantina”, conta.
Melhorias
foi a retirada do quadro que ficava no altar, com a imagem de Cristo em frente à cidade de Bragança. Ele foi removido porque durante a restauração descobriu-se que na criação original da Igreja, havia uma pequena cortina, como era costume da época da construção. Os restauradores optaram por substituir a cortina de tecido pela representação dela, pintada na parede, cujo efeito é equivalente. “O quadro foi levado para a Cripta da Catedral”. “Em mais de 80 anos de fundação, foi a primeira fez que a Igreja do Rosário passou por uma reforma geral, mas outros Padres já haviam realizados pequenas modificações. Na época do Padre Giovanni, por exemplo, houve o restauro dos vitrais e a reforma de uma das torres, que estava afundando”, conta Pe. Marcelo.
Foto: Guto Abrahão
Pe. Marcelo pede cuidados com a Igreja, para evitar deterioração e preservar o trabalho de restauro.
Curiosidades
Uma curiosidade a respeito da Igreja do Rosário e que pouca gente conhece, fica na Capela do Santíssimo, ao lado do Altar Mor. É a pintura da Santa Ceia que, ao invés dos apóstolos, traz a imagem de Padres conhecidos da Diocese, como Pe. Aldo, Pe. Donato e o Bispo Dom Maurício da Rocha. “Foi uma homenagem do artista. Além dos Padres, o Coronel Assis Gonçalves também foi homenageado, como um representação, na mesma capela, pois ele foi quem mais contribuiu com a Igreja, na época. E as crianças que aparecem nas imagens, são crianças da comunidade”, conta Pe. Marcelo. Outro detalhe, mas visível, é que cada vitral leva o nome de uma família bragantina, como reconhecimento às contribuições à Igreja do Rosário.
Além das melhorias mais evidentes feitas na Igreja, como a restauração das pinturas, o lugar recebeu atenção em todos os setores. Foi realizada a troca total do telhado, com a substituição das 15 mil telhas; abaixo do telhado foi “Hoje há a necessidade do restauro colocada uma manta de subcobertura, da parte externa. Mas como a Igreja para proteger as pinturas, em caso é tombada, não pode ser pintada”, de infiltração; foram explica Pe. Marcelo. restaurados todo o E como ainda faltam Em mais de 80 anos de fundação, piso hidráulico, toda alguns vitrais para a parte elétrica e de foi a primeira fez que a Igreja serem restaurados, a iluminação, assim do Rosário passou por uma arrecadação de fundos como todas as portas reforma geral, mas outros irá continuar. Uma e bancos; 10 vitrais Padres já haviam realizados maneira de contribuir foram restaurados pequenas modificações é participando da e foi restaurado o festa, estilo quermesPe. Marcelo reboco da parte exse, que começa hoje terna. Além disso, algumas mudanças sexta-feira, dia 4 de outubro e vai até também foram realizadas, como a domingo, dia 6 de outubro, na Pracinha substituição do uso de velas comuns do Rosário. “Será uma festa simples, por um velário ecológico, que funcio- em comemoração à celebração do dia na com moedas e não deixa marcas 7 de outubro”. de fuligem pelas paredes. A imagem Para a manutenção da Igreja, a comuque representa a morte de São José nidade pede a contribuição de todos voltou ao lugar original, dentro da no que diz respeito aos cuidados. “Os Capela de São José, que fica logo na bancos estavam muito estragados por entrada da Igreja, do lado esquerdo. causa das flores que eram amarradas, Nos últimos anos o local estava sendo como enfeites para casamentos. Gosusado como secretaria, que também taríamos de contar com a cooperação foi transferida. Outra mudança foi a das floriculturas para isso, para que retirada da cerca que ficava em volta não haja mais deterioração”, pede o do altar. “Foi retirada porque não se padre. E ele aproveita apara avisar: usa mais, era usada antes do Concílio quem sonha em se casar na Igreja do Vaticano Segundo, para que o fiel se Rosário, é preciso agendar a data um ajoelhasse para receber a comunhão. ano antes. “A procura continua sendo Agora foi colocada no fundo da Igreja, grande. Quando a igreja estava fechada, em frente à imagem de Nossa Senhora”, todo mundo queria saber quando os explica Pe. Marcelo. casamentos voltariam a ser realizaUma das mudanças mais significativas dos”. Agora, tudo volta ao normal.
Pinturas foram as mudanças mais evidentes, toda a Igreja recebeu melhorias, desde o telhado até o piso.
Continuidade
Capela do Santíssimo tem representação da Santa Ceia com os Padres que fizeram parte da Bragança substituindo os apóstolos.
Imagem da Morte de São José voltou para o lugar original, a Capela de São José, que fica logo na entrada da Igreja.
saúde
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Universo cíclico Analisando dados de satélite, dupla de físicos reúne evidências da existência de um outro cosmo, antes do Big Bang
Por SALVADOR NOGUEIRA /FOLHAPRESS
Dizem que o Big Bang foi o princípio do Universo. Mas, segundo Roger Penrose, prestigiado físico da Universidade de Oxford, ele também foi o fim de um outro universo que existia antes deste. E, melhor, o britânico diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico. Trabalhando em parceria com o armênio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, ele há três anos analisa a série de dados do satélite WMAP. A sonda americana foi projetada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo --um “eco” do Big Bang gerado quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, detectado pelo satélite na forma de microondas. Hoje, o cosmo tem 13,8 bilhões de anos. Penrose e Gurzadyan vêm dizendo, desde 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos. Isso, segundo eles, seria resultado da colisão de buracos negros gigantes numa época que precedeu o Big Bang. Ou seja, seria implicação de que o Universo já existia, em outra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.
É, mas não é Os cosmólogos constataram, com alguma surpresa, que os círculos apontados por Penrose e Gurzadyan estavam de fato lá, e haviam passado despercebidos até então. Entretanto, realizando simulações de como seria a radiação cósmica de fundo com base na cosmologia clássica para a qual tudo começa no Big Bang--, constataram que os círculos também apareciam. Ou seja, o fenômeno era real, mas a parte que dizia respeito a outro universo antes deste parecia ser apenas elucubração da dupla. Penrose e Gurzadyan agora voltam à carga, com novas evidências. Em uma análise mais profunda dos círculos, publicada recentemente no “European Physical Journal Plus”, eles concluem que o padrão observado se encaixa melhor na hipótese de um universo cíclico, com eventos que antecedem o Big Bang. A dupla agora trabalha na análise de dados do satélite europeu Planck, que faz basicamente a mesma coisa realizada anos atrás pelo WMAP, mas com mais precisão. “Nosso trabalho está avançando”, disse à Folha Gurzadian. “Contudo, pretendemos divulgar os resultados inicialmente para especialistas.”
É pau, é pedra Os dois não se incomodam com a baixa receptividade da comunidade científica à ideia. “A hipótese da cosmologia cíclica é baseada numa geometria não convencional, então não é estranho as ideias precisem de mais tempo para serem mais bem acolhidas”, diz Gurzadyan. Ele e Penrose continuarão buscando confirmação da hipótese no estudo da radiação cósmica de fundo. Mais adiante, eles também esperam encontrar corroboração em fontes de mais difícil acesso, como a detecção de ondas gravitacionais emanadas do próprio Big Bang. “Existe um certo consenso de que fases pré-Big Bang de fato deixariam marcas na radiação de ondas gravitacionais de fundo”, confirma Odylio Aguiar, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que lidera o projeto
do detector de ondas gravitacionais Schenberg, instalado na USP. Infelizmente, nem o Schenberg, nem seus equivalentes internacionais conseguiram até agora detectar qualquer onda gravitacional, muito menos as emanadas pelo Big Bang. Os grupos seguem em busca desse objetivo. Enquanto essa nova fonte de dados não jorra, Gurzadyan aposta que uma reinterpretação de antigas evidências à luz da teoria da cosmologia cíclica possa dar novo significado a elas. Por ora, a despeito do prestígio que Penrose empresta à ideia, a maioria dos cosmólogos ainda se agarra à ideia de que tudo começou com o Big Bang.
Mudança climática Inundações ameaçam dar prejuízo de até US$ 1 trilhão/ano em 2050 Os danos globais causados por inundações em cidades costeiras podem chegar a US$ 1 trilhão por ano em 2050, afirma projeção do Banco Mundial publicada na revista “Nature Climate Change”. A estimativa levou em conta o pior cenário possível de elevação do nível do mar, transformações socioeconômicas e problemas geológicos que causam afundamento de algumas áreas nas 136 maiores cidades costeiras do mundo.
Investimentos em infraestrutura, como a construção de diques, derrubariam o custo para US$ 60 bilhões por ano no melhor cenário, diz o estudo.
Saúde pública Butantan vai testar em humanos nova vacina contra vírus da dengue O Instituto Butantan recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para começar a testar em
humanos uma vacina contra a dengue, que vem sendo desenvolvida desde 2006. Os estudos serão feitos com 300 voluntários, por cinco anos, em três centros de pesquisa de São Paulo. “A autorização é para a fase dois do estudo e tem como finalidade analisar a efetividade, a eficácia e segurança da vacina”, afirma comunicado do Ministério da Saúde. Uma outra vacina contra a dengue está em desenvolvimento por Fiocruz e GSK.
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informática & tecnologia
Insegurança Brechas em sites do Bradesco e do Banco do Brasil expõem milhões, Banco do Brasil e Boa Vista Serviços corrigiram erros; Bradesco e Moip mantêm janelas
Por YURI GONZAGA /folhapress
Diferentes brechas de segurança encontradas nos sites do Banco do Brasil, do Bradesco, do serviço de pagamentos Moip e da Boa Vista Serviços (administradora do cadastro de devedores SCPC) expuseram recentemente dados privados de milhões de pessoas. Os problemas foram descobertos pelo analista de sistemas Carlos Eduardo Santiago, 21, que os demonstrou à Folha após ter sido ignorado pelas empresas. “Ao Moip, à Boa Vista e ao Bradesco, relatei as questões há cerca de um ano”, conta. “Descobri o erro do Banco do Brasil no dia 8, mesma data de quando avisei a empresa por meio do SAC, mas fui ignorado. Decidi, então, checar as outras falhas, e elas ainda existiam”, diz. A seção de seguros residenciais da agência virtual do Banco do Brasil permitia, até a quinta-feira passada, que qualquer pessoa com acesso à área (cliente segurado pelo banco ou em posse desses dados) visualizasse CPF, nome, endereço, telefone, e-mail, agência e número da conta de outro segurado, por meio de uma simples alteração de parâmetro no código-fonte. Tal parâmetro pode ser visualizado com qualquer navegador moderno não demanda ferramenta ou conhecimento avançados. Segundo Santiago, o número de clientes do Banco do Brasil que foram expostos pelo erro é de 1,85 milhão, estimativa com base na sequência do código dos documentos disponíveis por pelo menos duas semanas. Contatada pelo jornal, a companhia solucionou a falha no mesmo dia. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Banco do Brasil disse que “o problema não teve associação com qualquer tipo de transação financeira” e que, por isso, “não trouxe risco para os clientes.” Um grande número de boletos bancários gerados pelo Bradesco está visível e expõe informações de clientes do banco, como nome, endereço, agência e número da conta bancária, além do valor e do estabelecimento do pagamento em questão. Consultada, a companhia disse que esse sistema “é utilizado há mais de dez anos e o banco nunca registrou fraude ou problema de clientes.” A brecha permite que os documentos sejam encontrados até por meio de uma pesquisa no Google e consiste em uma URL aberta (um link de internet desprotegido). Falha semelhante foi verificada no site do Moip, que presta serviços de pagamento on-line para diversas empresas, e permite ver o mesmo tipo de dado. O link desprotegido, que é hospedado pelo Moip, continua disponível, mas a empresa diz não ter responsabilidade sobre ele. “As URLs dos boletos em questão foram disponibilizadas pelos próprios vendedores em seus sites.” Em sua página, a companhia diz processar 300 mil transações virtuais por mês.
Débito à vista
A seção de consulta a débitos do site da Boa Vista Serviços, responsável pelo SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), permitia até a quinta passada quando o erro foi corrigido que fossem visualizadas as
dívidas relacionadas a um CPF. Segundo a empresa, estão catalogadas nesse sistema cerca de 2,5 milhões de pessoas. Testes regulares ajudam a achar brechas e evitar mau uso de dado Falhas de segurança em aplicações web, como as envolvidas no caso, são muito comuns, mas, por conta da dimensão do acesso, podem tomar proporção alarmante. No ano passado, o vazamento de milhares de números de cartões de crédito de correntistas do Citibank mostrou que grandes instituições não estão livres desse tipo de problema. É importante que aplicações como essas sejam testadas regularmente a fim de encontrar e de corrigir seus possíveis erros. Com ferramenta que faz varredura de um site, uma pessoa mal intencionada pode encontrar brechas, que muitas vezes podem ser simples e facilmente evitáveis, e explorá-las de maneira maliciosa. Da mesma
maneira, o desenvolvedor deve frequentemente verificar seu serviço para antecipar esses eventuais ataques. Brasil é promissor por ser pouco tecnológico. Holandês que fundou ‘The Next Web’ participa de evento em SP que estimula start-ups. A versão latino-americana da conferência do site “The Next Web” para empresas iniciantes retorna a São Paulo depois de um ano para sua segunda edição, que será realizada na quarta e na quinta desta semana. Segundo o cofundador Boris Veldhuijzen van Zanten, a escolha de vir à América Latina e, especificamente, ao Brasil, foi uma mistura de planejamento com casualidade por causa de um contato brasileiro, mas foi correta. “Demos muita sorte. O crescimento [verificado por start-ups], aqui, é fenomenal. Somente metade das pessoas está conectada, mas já há mais [linhas] celulares que habitantes”, diz. “Além de um forte espírito empreendedor.”
“O mesmo entusiasmo que nós, na Europa, tínhamos por volta de 2006, os empreendedores latino-americanos têm hoje”, diz Patrick de Laive, outro cofundador. Com 24 palestrantes e uma batalha de start-ups, companhias que passam por um júri para tentar conseguir financiamento, o evento atrai tanto empresas brasileiras como do resto do continente. No ano passado, US$ 7 milhões foram levantados no evento, com ou sem a participação direta da organização, segundo o The Next Web. O mexicano Daniel Alegre, diretor de parcerias do Google, é um dos 15 palestrantes estrangeiros, ao lado de Gary Shapiro, organizador da feira CES, e Luis von Ahn, criador do Duolingo. “Vou falar sobre como o Google busca novas parcerias e sobre como todos, na web, podem ser considerados publicações”, diz Alegre.
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SPASSU da Elegância
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Noiva com as pernas de fora Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
As noivas sonham com o seu vestido desde o início dos preparativos para o casamento! Os vestidos de noiva estão cada dia mais funcionais e práticos para atender as necessidades de cada noiva! Um modelo versátil e moderno, é aquele que fica curto após a cerimônia. A saia longa é pregada na curta através de colchetes de pressão. Assim, é muito fácil e prático remover a saia longa, evidenciando a saia curta, transformando o vestido em um outro modelo totalmente diferente!!! Para não aparecer a imenda das duas saias, geralmente o vestido é feito com babados e sobreposições, deixando muito discreta essa diferença! Para quem não conhece esse modelo de vestido, vale a pena passar na Spassu Plaza Noivas e conferir essa jóia! Mande suas sugestões para nosso e-mail, spassuplazanoivas@yahoo.com.br Podemos auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir, venha conhecer nossa loja, estaremos prontas para atendê-los.
A História de um dos maiores crimes contra a Humanidade:Holocausto Nazista Por: Profº Hilário Xavier dos Santos A Segunda guerra mundial (1939 – 1945) foi o maior conflito já travado na História da humanidade, nunca havia se matado tanto e de forma tão mecanizada, esse conflito mostrou o lado mais negro da humanidade e deixou claro que ainda estamos engatinhando na construção de um mundo realmente civilizado. Nesse artigo gostaria de me ater a um único assunto desse vasto tema que é a segunda guerra, o Holocausto nazista. Holocausto é uma palavra que tem sua origem no Grego antigo, o termo era utilizado para fazer menção a coisas “queimadas” em rituais antigos, grosso modo poderia ser usado para definir a “Cremação de corpos”. No século XX em razão das barbaridades cometidas pelos Nazistas Alemães aos judeus e a outras minorias, o termo ganha nova conotação, o de extermínio em massa de grupos indesejados de acordo com a ideologia de superioridade de raça levantada por Hitler. Seria exagero e uma inverdade dizer que Adolf Hitler foi o criador do pensamento Antissemita, como também é errado dizer que somente ele em toda estrutura nazista praticava tamanhos atos de insanidade em relação ao povo Judeu e sua cultura. Porém é preciso ressaltar que desde meados de 1925, quando Hitler lança o livro “Mein Kampf” (Minha Luta) ele já deixava claro ao mundo suas idéias racistas e de superioridade da Raça Germânica. Hitler não criou o antissemitismo, mas foi ele quem despertou a intolerância em relação aos judeus da Alemanha que na sua visão distorcida seriam os responsáveis pela derrota Alemã na Primeira guerra mundial (1914 – 1918). Por muito tempo autoridades Européias e mundiais foram avisadas das idéias racistas e expansionistas de Hitler, mas pouco fizeram para detê-lo, o Holocausto Nazista foi uma tragédia anunciada, quem podia fazer alguma coisa preferiu a tranqüilidade da omissão. A perseguição aos Judeus e outras minorias da Alemanha tem início na década de 30, quando os nazistas
e Adolf Hitler são chamados a compor o governo, os primeiros atos se restringem a anular os direitos civis dos “indesejados”, contas correntes e poupanças confiscadas, direito de ir e vir restringidos e todo funcionalismo público reformulado com o expurgo dos Judeus. É importante que se diga que o raio de perseguição e paranóia dos nazistas foi muito além dos Judeus, outros grupos também sofreram com as idéias de Pureza racial de Hitler, ciganos, Homossexuais, deficientes físicos e mentais, testemunhas de Jeová e Eslavos. A Eugenia era a ciência que tinha por objetivo criar uma “Raça Perfeita”, na visão de Hitler tal meta seria atingida se o “Espaço Vital” nazista fosse ocupado com Homens e mulheres de olhos azuis, cabelo loiro, estatura elevada e “sangue puro”, sem a miscigenação com outros Grupos considerados por ele inferiores aos Germânicos. No dia 1 de setembro de 1939 as divisões Nazistas invadem a Polônia dando início à segunda guerra, a ocupação de todo País fazia parte do Pacto de Não agressão assinado entre a Alemanha Nazista e a URSS comunista, em troca da neutralidade soviética Hitler ofereceu uma parte do território polonês a Stalin. Com a Polônia ocupada os Nazistas seguem com a Política de perseguição aos judeus confinando milhares deles no distrito de Varsóvia, a área foi murada e a dieta alimentar não ultrapassava 200 calorias. Judeus de várias nacionalidades chegavam a Varsóvia para morrer de fome e de epidemias que assolavam o distrito , tudo dentro dos planos nazistas de extermínio em massa , porém ainda disfarçado. Na Europa a máquina de guerra Alemã continuava a todo vapor e ninguém parecia ter força suficiente para deter os planos de criação do Terceiro Reich de Hitler, o confinamento dos Judeus no gueto de Varsóvia era pouco diante das pretensões macabras do alto comando nazista. A Mando de Hitler, apesar do mesmo não ter deixado nenhum documento assinado, Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, arquitetaram o
que veio a se confirmar na conferência de Wannsse no dia 20 de janeiro de 1942, o extermínio em massa dos Judeus, a terrível “solução Final”. O plano era construir verdadeiras fábricas da Morte, onde os Judeus e outros grupos seriam exterminados de forma sistemática. No início os nazistas utilizavam o monóxido de carbono para matar os Judeus em Câmaras lacradas ou caminhões, o método considerado lento, foi substituído pelo ZYKLON – B. Diariamente os Judeus eram transportados por Ferrovias nazistas, em vagões onde antes se carregava gado, rumo aos temíveis campos de concentração que se espalhavam pelos territórios ocupados pelas tropas alemãs. Os principais foram ; Auschwitz , Sobibor , Belzec , Treblinka , Chelmno e Majdanek , ali vidas inocentes eram dissipadas diariamente em razão do trabalho escravo na fábricas nazistas , fome , doenças e logicamente nas Câmaras de gás. Se não bastassem as mortes cruéis os Judeus presos em tais campos nazistas foram por muitas vezes vítimas de “experiências científicas”, o exemplo mais famoso foi o Dr. Josef Mengele, que realizou as maiores insanidades em nome da ciência já cometidas na história da humanidade. O “Anjo da Morte” como era conhecido foi o responsável direto pela morte de milhares de pessoas, inclusive crianças, com o término da guerra o mesmo se refugiou no Brasil e viveu uma vida tranqüila sem pagar por seus pecados. O saldo triste e deplorável do Holocausto nazista foi os mais de 6 milhões de Judeus mortos, a maior tragédia já sofrida por um povo em tão pouco tempo na História, vidas tomadas, vidas de famílias inteiras destruídas e para que propósito?. Entender o Holocausto é impossível, elencar os possíveis culpados também não vai trazer de volta os milhões que morreram por culpa de uma ideologia insana, o que podemos fazer é lamentar mais esse triste episódio da trajetória humana e preparar as futuras gerações para que barbaridades como o Holocausto nazista não aconteçam jamais.
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Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 712 Sexta 4 • Outubro • 2013
Os EUA e o padrão-ouro clássico Por pedro marcelo galasso
Inúmeros países adotaram o padrão-ouro para tornar possível sua participação no mercado internacional, principalmente, antes da Primeira Guerra Mundial, no período anterior a Crise de 29 e a derrocada do liberalismo clássico. Para tanto, os paises deveriam basear sua unidade monetária partindo de uma quantidade específica de ouro. O governo estadunidense definiu que a onça de ouro correspondia a 20,67 dólares. Além disso, a transação entre ouro e moeda, ou vice-versa, deveria ser possível e realizada conforme o preço oficial. Outra exigência era que os países permitiriam a livre circulação do ouro. Durante o período clássico considerado, estas medidas mantinham as taxas de câmbio estáveis, permitindo a que a paridade-ouro servisse de elemento básico para o câmbio e o fluxo ou transferências permaneceriam dentro destes limites oficiais. Entretanto, podemos observar o fenômeno da arbitragem de mercado no qual os preços oficiais são desconsiderados, permitindo que um agente de câmbio crie uma oportunidade para lucrar. Aquele fenômeno tende
a eliminar esta inconsistência entre o preço oficial e as taxas de câmbio tentando alcançar o ponto de fluxo de ouro que nada mais é do que uma taxa de câmbio que pretende regular ou tornar novamente consistente a relação preço oficial do ouro e sua taxa de câmbio. O papel dos Estados é adotar a Regra Fundamental do Padrão - Ouro para conseguirem, com as duas regras anteriores, lançar uma referência para o sistema internacional de trocas. Para tanto, o Estado deve estar preparado para ajustar a oferta monetária todas as vezes que seu estoque de ouro variar. Curioso é perceber que esta regra será cumprida automaticamente se os Estados não adotarem nenhum ajustamento intencional, tendo, portanto, uma postura passiva. Este ajuste “natural” ocorre porque os bancos comerciais ou centrais utilizam o ouro como uma parcela de suas reservas. É aqui que surge a pergunta: como o padrão-clássico operava para que o fluxo de ouro de um país para outro não fosse constante? (O que promoveria a expansão da oferta monetária em um país, mas a contração da oferta em outro).
A explicação clássica era a seguinte: se um país A importa mais do que exporta, o ouro deste país fluirá para o país B para o pagamento de suas importações. No país B a oferta monetária aumentaria e com ela aumentaria também os preços. Por outro lado, a contração vivenciada no país A derrubaria seus preços. Portanto, os produtos do país A ficariam mais baratos e suas exportações aumentariam e a oferta monetária tenderia a aumentar em A e diminuir em B. Podemos perceber, entretanto, que a visão clássica tende a criar alguns problemas. Primeiro, porque o ajustamento é extremamente difícil. Se o ouro sai de um país com dificuldades teríamos, por exemplo, a depressão da demanda agregada ou o aumento do desemprego, criando um contrassenso entre as políticas necessárias à prosperidade e as políticas restritivas para diminuir a saída do ouro. Segundo, os países são levados a quebrar as regras básicas do jogo e promover a esterilização do ouro, ou seja, são obrigados a tomar medidas restritivas para diminuir o impacto da chegada do ouro em seu mercado interno. Além disso, a entrada do ouro em um país pode provocar
pressões inflacionárias e impedindo que o ajustamento ocorra, tornando desigual a os encargos envolvidos neste processo. As consequências podem ser vistas na diminuição das condições de concorrência entre os países com superávit e os deficitários. É importante notar, portanto, que o padrão-ouro tem uma tendência à deflação já que os países deficitários adotam medidas deflacionárias para evitar o fluxo de ouro. E, terceiro, este padrão nos leva a um processo de instabilidade constante já que uma grande soma de moeda esta baseada em uma pequena quantidade de ouro, levando a uma constante crise de confiança. Disto podemos apreender o seguinte: enquanto os EUA podem fixar sua moeda no ouro, os demais países devem fazê-lo com relação ao dólar, garantindo aos EUA uma posição privilegiadíssima frente aos demais países no sistema internacional de trocas econômicas. A pergunta é: até quando? Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
antenado
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O ano em que o jornalista Laurentino Gomes conclui, com a publicação de ‘1889’, a trilogia de livros de história do Brasil de maior sucesso no país, com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos
Por CASSIANO ELEK MACHADO /folhapress
Como boa parte das fábulas, esta envolve reis e rainhas, príncipes garbosos a cavalo e belas donzelas. Mas, como nenhuma destas histórias encantadas, esta tem como protagonista um experiente jornalista de Maringá (PR), que se vê tocado pelo condão mágico num estande de um entupido pavilhão do Riocentro, no Rio. Foi nesse cenário que Laurentino Gomes, 57, viveu seu conto de fada. “Entrei numa livraria na Bienal do Rio e o meu editor disse espantado: o 1808’ está vendendo que nem pãozinho quente de manhã na padaria. Observe só.” Gomes plantou os olhos numa pilha enorme de seus livros, no centro da loja. “Uma atrás da outra as pessoas pegavam um exemplar e iam para o caixa.” De pé, naquela livraria Saraiva da Bienal, ele decidiu que largaria seu emprego e se dedicaria a este filão. A história aconteceu há seis anos --e desde então muitos Maracanãs passaram pelos caixas de todo o país. Os dois primeiros livros de Gomes, “1808” e “1822” (lançado em 2010), superaram recentemente os 1,5 milhão de exemplares vendidos. Nesta segunda-feira, o jornalista paranaense conclui sua trilogia, que já se configura como o maior fenômeno editorial de livros de história do Brasil. Neste dia ele faz, em São Paulo, o primeiro dos 33 lançamentos do seu novo livro já marcados até o Natal deste ano. “1889”, lançamento da Globo Livros, trata de temas pouco afeitos ao “hit parade” das livrarias: fim da monarquia, abolição da escravatura e começo da República. Mas a tiragem inicial não faz feio nem para obras de vampiros, romances soft-porns ou histórias de bruxos. Serão 200 mil exemplares, o dobro da primeira fornada de “Harry Potter 3” e mais de seis vezes o número de largada de outra obra bem-sucedida recente sobre a história do Brasil, a biografia “Getúlio”, de Lira Neto. Mais do que o tema perfeito, Laurentino Gomes parece ter encontrado o tom adequado para abordá-lo. “Obras como 1808’ não trazem nada de novo. Mas Laurentino achou uma maneira muito atraente de apresentar esses episódios da história para o grande público”, opina um dos principais historiadores do país, José Murilo de Carvalho. “Consolido a bibliografia sobre estes episódios históricos numa visão jorna-
lística, para o leitor não especializado no tema”, corrobora Laurentino Gomes. No terceiro livro, ele lança mão mais uma vez (e garante que será a última) de uma de suas armas secretas: a fórmula de usar como título um ano emblemático da história do país, que aparece em letras enormes na capa, e um subtítulo longo e bem-humorado que resume os principais fatos a serem descritos. O subtítulo de “1889” é: “Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um Professor Injustiçado Contribuíram para o Fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil”. Os personagens (por ordem de aparição) são d. Pedro 2º, marechal Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant. Tal como nos best-sellers anteriores, Gomes colore a trajetória deles com um farto repertório de histórias pitorescas (veja abaixo). Algumas são puros gracejos, mas outras revelam características centrais da história política nacional. Numa carta a um sobrinho, escrita um ano antes que ele liderasse a derrubada do império, o grande herói republicano, o alagoano Deodoro da Fonseca, dizia o seguinte: “República no Brasil é coisa impossível, porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia”.
E o primeiro governo, também provisório, foi decidido no Instituto dos Meninos Cegos, instituição no Rio que era presidida pelo professor Benjamin Constant. “As manifestações recentes no país es-
tão ligadas a isso. Quando foi criada a República não se discutiu as regras do jogo republicano. Isso só começou a ser feito há um par de décadas”, afirma Gomes. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
Musa da república
Gomes diz que mesmo quando liderou o grupo de militares que depuseram o governo de d. Pedro 2º, no 15 de novembro de 1889, Deodoro, primeiro presidente do país, ainda não tinha clareza se era a favor da República. “Como outros episódios decisivos de nossa história, este envolveu uma mulher”, brinca o autor. Anos antes, Deodoro havia se encantado pela donzela gaúcha Maria Adelaide Andrade Neves, a baronesa do Triunfo. Mas ela preferiu os atributos de Gaspar Silveira Martins, político que virou inimigo do militar. “Deodoro só optou pela República na madrugada do dia 16, quando ele soube que d. Pedro havia chamado Silveira Martins para substituir o ministro recém-deposto”, diz. Como sublinha enfaticamente em seu livro, a República brasileira foi anunciada com status de um regime “provisório”.
Laurentino Gomes
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Foi com grande alegria que fotografei o casamento desse lindo casal Leticia e Humberto. Foi um dia maravilhoso porque pude testemunhar todo o amor que um tem pelo outro e o carinho que as duas famílias tem pelos filhos. O making of, cerimonia e a festa aconteceram no belíssimo Espaço Bartô lindamente decorado e sofisticadamente aconchegante. O making of da Leticia foi acompanhado pela Mãe que não escondia a alegria de ver a felicidade da filha. Aliás, Leticia ficou linda de noiva. Enquanto isso Humberto estava rodeado pelos pais e padrinhos no hall de entrada aguardando o momento da cerimônia. Era visível a alegria em seu rosto! Todos que estavam lá sabiam que seria um dia inesquecível. A cerimônia aconteceu num espaço anexo ao salão de festas num lugar bem arborizado e belo. O corredor estava impecavelmente decorado com flores brancas e bolas de flores suspensas com pequenas esculturas em forma de passarinhos dando um toque romântico ao local. Lindo demais! Houve uma cerimônia ecumênica presidida pelo SR. Reinaldo e a cerimônia civil feita pelo Juiz de Paz Dr. Renato. Além disso Carolina, irmã do Humberto, proferiu algumas palavras que emocionou a todos os presentes. Ela compartilhou com todos os presentes da alegria daquele momento e o quanto o casal é querido pelas famílias. Achei algo tão singelo e delicado que confesso ter me emocionado com todos. Após os cumprimentos dos pais e padrinhos o casal saiu ovacionado pelos convidados. Lindo de ver! Na sequência os dois adentraram ao salão de festas onde, emocionados, agradeceram a presença de todos e abriram a pista de danças com uma performance sensacional. Toda a festa foi regada por alegria e descontração e o casal curtiu todos os momentos até o final. Enfim, mais um dia que guardo com muito carinho.
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Volkswagen pula duas gerações com o Golf VII para ganhar força no segmento de hatches médios por MICHAEL FIGUEREDO/autoPress
A Volkswagen não tem dúvidas em afirmar que o Golf é o seu carro mais importante. Os números falam por si. São mais de 30 milhões de unidades vendidas em todo o mundo desde 1974. No Brasil, porém, o hatch andava de lado. Estava na quarta geração desde 1998 e, ao longo desses 15 anos, passou batido por duas evoluções do modelo no resto do mundo. Com isso, perdeu espaço e prestígio, enquanto rivais se fortaleciam no mercado. Ao lançar a sétima geração na Europa, em 2012, a fabricante decidiu mudar isso. Um ano após surgir nos principais mercados, Golf VII chega ao Brasil em duas versões – Highline e GTI –, que começam a ser vendidas no final de setembro. Com preço incial de R$ 67.990 – competitivo, mas não convidativo –, o modelo chega da Alemanha com um bom nível de equipamentos e motorização. A ideia é recuperar o tempo perdido e incomodar os rivais. Com isso, a briga no segmento promete engrossar. A Volkswagen diz que quer a liderança entre os hatches médios já no ano que vem. Embora não crave um número, o volume médio mínimo seria em torno de 2 mil unidades – o líder atual, o Ford Focus, tem vendido na média 1.900 unidades por mês e o Chevrolet Cruze Sport6, 1800. O Golf conta com boas armas. A primeira é o interessante motor da versão Highline: 1.4 turbo – o mesmo do Audi A1. No hatch médio, ele entrega 140 cv entre 4.500 e 6 mil rpm. O torque de 25,5 kgfm é disponível desde 1.500 giros. Além da transmissão manual de seis marchas, pode receber a automatizada de dupla embreagem de sete velocidades – configuração que deve liderar as vendas, segundo a marca. Já a versão GTI ostenta números mais expressivos. O motor 2.0 TSI turbo entrega 220 cv de potência e 35,6 kgfm de torque. A transmissão é sempre de dupla embreagem, mas apenas com seis marchas. O conjunto permite que o Golf GTI acelere de zero a 100 km/h em 6,5 segundos e chega aos 240 km/h. Construído sobre a plataforma MQB
– a mesma que sustenta o Audi A3 –, o Golf VII está 100 kg mais leve que o da sexta geração. Em comparação ao Golf IV, feito no Brasil, tem 52 kg a menos. Além da nova estrutura, a nova arquitetura eletrônica permite a instalação de uma vasta lista de equipamentos. Tanto o Highline quanto o GTI têm sete airbags, ar-condicionado de duas zonas, freios ABS com EBD, controles de estabilidade e tração, bloqueio eletrônico de diferencial, sistema de informação e entretenimento com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas, sem contar os ítens mais comuns, como trio elétrico. O hatch médio conta ainda com opcionais que antes eram oferecidos apenas em modelos superiores da marca. Caso do sistema que auxilia no estacionamento do carro em vagas longitudinais e perpendiculares, disponível anteriormente apenas no CC e no Tiguan. A versão GTI conta ainda com sistema de direção progressiva, que muda a relação entre as voltas no volante e o esterçamento nas rodas, dependendo da velocidade – em estrada ou numa manobra de estacionamento, por exemplo. O estilo do Golf segue linhas tradicionais e preserva alguns pormenores desde a primeira geração – caso da coluna traseira em formato de taco de golfe. No mais, a atual identidade da Volkswagen é ressaltada pelo conjunto ótico e a grade frontal, que destaca a logomarca da fabricante. Vincos que partem em diagonal de cada uma das extremidades do para-brisa e acabam no lado interno dos faróis dão um aspecto dinâmico. Com o eixo dianteiro deslocado mais para a frente, o capô parece mais longo e cria sensação de esportividade. As caixas de rodas pronunciadas dão robustez à silhueta do carro. No perfil “clean” do Golf, destaca-se a linha que percorre toda a lateral do carro e, graças à introdução de leds nas lanternas e nos faróis, parece envolver o hatch. No GTI, essa característica é ressaltada pelo friso vermelho na grade frontal – no estilo colmeia. O modelo também tem para-choque diferente e detalhes em volta dos
faróis de neblina que mostram qual é a versão mais “nervosa” da família. A assinatura GTI está presente em toda parte. A oferta do Golf tem dois valores-base. O Highline parte de R$ 67.990 na configuração chamada de Standard e o GTI inicia em R$ 94.900. Mas há ainda alguns
pacotes de opcionais que podem elevar o preço do Golf 1.4 aos R$ 92.990. Para contar com a transmissão automatizada DSG são mais R$ 7 mil. Já o GTI, com todos os pacotes de opcionais, alcança os R$ 125.990. A sétima geração do Golf chega às concessionárias brasileiras no Fotos: Michael Figueredo/Carta Z Notícias
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último final de semana de setembro.
Primeiras impressões
Berlim/Alemanha – O enorme intervalo entre as gerações do Golf brasileiro e do europeu promove um choque. Por mais que nenhuma alteração extrema tenha sido feita no design do modelo, a predominante elegância do mais moderno chama a atenção. O estilo transmite a sensação de precisão. Diante do GTI, no entanto, por menores que sejam, os detalhes evidenciam a diferença. O interior do novo Golf GTI é muito bem cuidado. Alguns detalhes da versão, como as costuras contrastantes em vermelho – no volante, bancos e alavanca do câmbio –, são agradáveis de se ver. Os primeiros quilômetros, no centro da civilizada capital alemã, serviram para observação de equipamentos como o start-stop, que desliga o motor a cada parada, e a direção progressiva – que, de fato, é mais prática para fazer curvas e manobras. A caminho de um campo de testes, nos arredores de Berlim, a rota pôs o Golf GTI em uma autobahn – rodovias que têm alguns trechos sem limite de velocidade. Era tudo o que faltava para o 2.0 turbo entrar em ação. O ponteiro do velocímetro sobe com extrema rapidez e, com baixíssimo nível de ruído, o hatch ultrapassa os 200 km/h – algo fora da realidade brasileira tanto por questões legais quanto pela qualidade das estradas locais. Com o modo sequencial selecionado, as trocas são feitas por aletas atrás do volante e fica ainda mais divertido acelerar o GTI. Em alta velocidade fica nítida a intervenção da assistência elétrica, que mantém a direção sempre rígida. O Golf tem bons atributos também na versão Highline. Ainda que o desempenho não seja tão vigoroso, o conjunto formado pelo 1.4 TSI e a transmissão DSG ainda é acima da média. Em pequenas cidades na região metropolitana de Berlim, com pavimentação em paralelepípedo, foi o mais próximo da realidade brasileira. Nesse caso, a suspensão, embora não seja muito barulhenta, carece de suavidade. Foi possível ainda avaliar a versão de entrada, com câmbio manual, que tem o mesmo desempenho, mas merece destaque pela precisão dos engates.
Ficha técnica
Volkswagen Golf Highline Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.395 cm³, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocompressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico. Transmissão: Manual de seis marchas à frente e uma a ré ou câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
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Aceleração de zero a 100 km/h: 8,4 segundos. Velocidade máxima: 212 km/h. Potência máxima: 140 cv com gasolina entre 4.500 e 6 mil rpm. Torque máximo: 25,6 kgfm entre 1.500 e 3.500 rpm. Diâmetro e curso: 74,5 mm x 80 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,25 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,46 m de altura e 2,63 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Pneus: 205/55 R16. Peso: 1.218 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 313 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Wolfsburg, Alemanha. Lançamento mundial: 2012. Itens de série: Standard: Ar-condicionado dual zone, vidros e travas elétricas, direção com assistência elétrica, travamento das portas por controle remoto, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS com EBS, controle de tração, controle de estabilidade, sistema de som com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas e rádio/CD com Bluetooth, rodas de liga leve de 16 polegadas. Preço: R$ 67.990. Elegance: adiciona seletor de modos de condução, sistema keyless, GPS e rodas de liga leve de 17 polegadas. Preço: R$ 72.990 Exclusive: adiciona faróis de xenônio, bancos de couro e aquecidos. Preço: R$ 82.990. Premium: adiciona banco do motorista com ajustes elétricos e detector de fadiga. Preço: 92.990 Volkswagen Golf GTI Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocompressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Aceleração de zero a 100 km/h: 6,5 segundos. Velocidade máxima: 212 km/h. Potência máxima: 220 cv com gasolina entre 4.500 e 6 mil rpm. Torque máximo: 25,6 kgfm entre 1.500 e 3.500 rpm. Diâmetro e curso: 82,5 mm x 92,8 mm.
Taxa de compressão: 9,6:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,26 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,46 m de altura e 2,63 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Pneus: 225/45 R17 Peso: 1.317 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 338 litros.
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Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Wolfsburg, Alemanha. Lançamento mundial: 2012. Itens de série: Ar-condicionado dual zone, vidros e travas elétricas, direção com assistência elétrica, travamento das portas por controle remoto, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS com EBS, controle de tração, controle de estabilidade, sistema de som com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas e rádio/CD/com com Bluetooth, rodas de liga leve de 17 polegadas. Preço: R$ 95.990. Opcionais: seletor de modos de condução, sistema keyless, GPS, faróis de xenônio, bancos de couro e aquecidos, banco do motorista com ajustes elétricos e detector de fadiga. Preço completo: 125.990.
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automotivas por Augusto Paladino/autopress
Ajuste fino – A Chevrolet fez pequenas alterações para a linha 2014 do Sonic. O modelo passa a contar com o sistema multimídia MyLink, com tela sensível ao toque, de série na configuração LTZ de hatch e sedã. O sistema é o mesmo introduzido no Onix, e que já equipa outros carros da marca, como Cobalt e Spin. Além do equipamento, há uma nova cor no catálogo, a Azul Berlim, de tom escuro. Para 2014, a Chevrolet ainda tirou de cena o Sonic sedã LT e limitou as versões LTZ de ambas as carrocerias ao câmbio automático – Sonic com câmbio manual agora existe apenas o hatch na configuração básica. Brutalidade tecnológica – Não contente com os 585 cv do novo Mercedes-Benz S63 AMG, a preparadora alemã Brabus “vitaminou” ainda mais o sedã e criou o Brabus 850 6.0 iBusiness. Ele possui nada menos que 850 cv extraídos do V8 biturbo, cujo deslocamento foi aumentado dos 5.5 litros originais para 5.9 litros. O torque foi limitado a assombrosos 115 kgfm e é suficiente para empurrar o modelo de zero a 100 km/h em 3,5 segundos e chegar à velocidade máxima de 350 km/h. Além do “motorzão”, a Brabus equipou o 850 iBusiness para ser um verdadeiro escritório sobre rodas. Por entro, vários aparelhos da Apple, como iPads Mini, iPods touch e um Mac Mini para os passageiros. Para completar o pacote, uma Apple TV com monitor de 15 polegadas instalada no teto. Balzaquiana – Para comemorar os 30 anos do lançamento da primeira minivan Chrysler Caravan, a gigante norte-americana irá lançar uma edição especial de aniversário para as atuais Caravan e Town & Country nos Estados Unidos. As minvans serão decoradas com pintura especial, emblemas alusivos à “30th Anniversary” e rodas de 17 polegadas. Por dentro, os bancos são revestidos em Alcantara e equipamentos equivalentes às versões topo, com a terceira fileira de bancos rebatível eletricamente. O motor é o V6 Pentastar com 286 cv. Sucesso comprovado – O motor
Ecoboost 1.0 turbo de três cilindros da Ford se mostrou mesmo um sucesso. Tanto que a marca teve que dobrar a capacidade da fábrica de Colônia, na Alemanha, chegando às mil unidades diárias, para atender à demanda. A marca deverá fechar 2013 com elevadas participações do propulsor no mix de produção europeu de vários modelos. Os mais expressivos são a minivan B-Max e o Focus, com 44% e 32% respectivamente. Fora da Europa, ele é aguardado no Fiesta vendido nos Estados Unidos e até no Ecosport vendido em China e Índia. No Brasil, ele só deverá chegar quando a versão flex ficar pronta, ainda sem data definida. Mudança de planos – A Maserati deu mais um passo rumo à fabricação do aguardado utilitário esportivo Levante. O modelo deverá ser fabricado na Itália, na fábrica da Fiat em Mirafiori. A unidade passará por uma extensa modernização – ao custo estimado em R$ 3,1 bilhões – para abrigar a linha de montagem do SUV. O jipão deverá compartilhar muitas peças com os sedãs Quattroporte e Ghibli. Sob o capô, a opção entre os poderosos motores V6 de 3.0 litros e 410 cv ou pelo V8 de 3.8 litros e 530, ambos biturbo. Além deles, um V6 também de 3.0 litros diesel de 275 cv completa a gama. A Maserati considerava produzir o Levante nos Estados Unidos, numa fábrica da Chrysler, mas desistiu após a falência de Detroit. Retorno certo – A Porsche não tem do que reclamar. Com a incorporação ao Grupo Volkswagen e um lucro operacional de 2,4 bilhões de euros – R$ 7,2 bi – em 2012, a fabricante de esportivos alemã planeja expandir ainda mais seus negócios. Segundo Matthias Mueller, presidente-executivo da marca, serão 700 milhões de euros, cerca de R$ 2,1 bilhões, investidos ao longo de cinco anos na fábrica principal, em Stuttgart e outros R$ 1,5 bilhões em Leipzig para aumentar a capacidade produtiva. A previsão é que a Porsche encerre 2013 acima dos 150 mil carros entregues – em 2012 foram 143 mil. E que em 2014 o número chegue aos 200 mil.
Fotos: Divulgação
Brabus Mercedes-Benz S63 AMG 850
Chrysler Town & Country 30th Anniversary
Chevrolet Sonic
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Na alta roda por Augusto Paladino/autopress Foto: Divulgação
Depois de investir em motores mais eficientes, a Ford agora se volta para o outro extremo da gama, retomando a fabricação de versões mais luxuosas de seus carros. A marca levou ao Salão de Frankfurt um conceito do Mondeo – similar ao Fusion conhecido por aqui e que ainda não foi lançado no Velho Continente – com a alcunha Vignale. O nome vem de um antigo encarroçador italiano que fez versões exclusivas de Fords dos anos 1950 e 1960. O Mondeo Vignale traz revestimentos exclusivos, acabamento bastante superior ao das versões “comuns” do sedã e muitos detalhes cromados no exterior, assim como rodas de 20 polegadas. O modelo também foi apresentado na variante station. A gama Vignale deverá se estender a outros carros da marca, com lançamento previsto para 2015.
Ford Mondeo Vignale
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Suzuki confirma a naked Inazuma 250 para voltar a crescer no mercado brasileiro por Rodrigo Machado/AutoPress
Em abril, a Suzuki ameaçou uma reação no Brasil. Depois de muito tempo sem grandes novidades, a marca japonesa lançou, de uma só vez, cinco novas motos por aqui. Só que eram todas motos de média e alta cilindradas. Ou seja, apesar de “exalarem” uma boa imagem, não provocam tantas vendas assim para a empresa. Mas a Suzuki quer mudar essa história. Anunciou agora que vai vender no Brasil a Inazuma 250, uma naked de pequeno porte com preço na faixa dos R$ 12 mil, que deve brigar com Dafra Next 250, Honda CB300R e Yamaha YS250 BlueFlex. Ou seja, um produto que, de fato, pode conseguir certo sucesso e projetar dias melhores para a marca por aqui. A moto, por sinal, será a grande atração da Suzuki durante o Salão Duas Rodas, que acontece no início de outubro, em São Paulo. Ao menos, predicados para tal missão a Inazuma tem. É uma moto com projeto relativamente moderno, apresentada pela primeira vez em 2010, na China. Dois anos depois, chegou ao mercado europeu. A parte mecânica agrada. O motor é um bicilíndrico de 248 cm³ com comando simples no cabeçote e refrigeração líquida que, no exterior, desenvolve 24,5 cv a 8.500 rpm e torque de 2,2 kgfm a 6.500. As especificações para o mercado brasileiro ainda não foram confirmadas. A título de comparação, o monocilíndrico de uma Yamaha YS250 Fazer gera 21 cv e 2,1 kgfm. Em termos visuais, a Inazuma foi claramente inspirada na cruiser B-King. Claro que não há o mesmo apelo e porte do modelo de 1.340 cc, mas alguns elementos básicos estão lá. Caso principalmente do farol dianteiro, praticamente idêntico, e dos piscas integrados na carenagem lateral. A lateral e traseira são menos “inspiradas”, mas tentam se destacar com o uso de alguns elementos pintados de prata e pela dupla saída de escape. O painel de instrumentos tem conta-giros analógico e velocímetro digital que traz também até um indicador de marcha engatada.
Impressões ao pilotar Vicenza/Itália – Assim que se liga a naked da Suzuki, impressiona o silêncio do bicilíndrico – dá até para duvidar se ele está ligado ou não. A posição de pilotagem é confortável e capaz de acomodar pessoas de todos os tamanhos. Os instrumentos têm ótima visualização, inclusive com o seletor de marcha engatada, assim
como os espelhos retrovisores, bastante funcionais. Em movimento, o pequeno bicilíndrico se mostra em sua melhor forma em rotações médias e altas, a partir de 5 mil rpm – embora para extrair o máximo de desempenho é mais indicado rodar em giros ainda maiores. Dá até para rodar suavemente por volta das 3 mil rpm, mas é só em regimes altos que a moto fica realmente “ligada”. Aliás, o uso em giros elevados é surpreendemente suave. É claro que o nível de vibração do motor é maior, porém, nada irritante. No trânsito urbano a Inazuma é ágil como uma moto de maior cilindrada e seguramente mais rápida que uma scooter. Nas estradas, consegue ser divertida na medida certa, principalmente graças ao bom acerto dinâmico da dianteira. O chassi é bem construído e parece sempre acompanhar o desempenho da moto. Os freios também são satisfatórios e param a Inazuma com competência. Em suma, a Inazuma é uma moto bastante competente, bem acabada, confortável e fácil de conduzir. Serve para usar no dia-a-dia e também para viagens de final de semana. Desde que, não se tenha muita pressa.
Ficha técnica Suzuki Inazuma 250 Motor: A gasolina, quatro tempos, 248 cm³, dois cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 24,5 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 2,2 kgfm a 6.500 rpm. Diâmetro e curso: 53,5 mm X 55,2 mm. Taxa de compressão: 11,5:1. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico, traseira monoamortecida. Pneus: 110/80 R17 na frente e 140/70 R17 atrás. Freios: Discos simples na frente e atrás. Dimensões: 2,14 metros de comprimento total, 0,76 m de largura, 1,07 m de altura, 1,43 m de distância entre-eixos e 0,78 m de altura do assento. Peso: 183 kg. Tanque do combustível: 13,3 litros. Produção: Guangzhou, China. Lançamento mundial: 2010. Preço na Itália: 4.290 euros, equivalente a R$ 13 mil. Preço estimado no Brasil: R$ 12 mil.
Fotos: Divulgação
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Jornal do Meio 712 Sexta 4 • Outubro • 2013
Made in Brazil por Augusto Paladino/autopress
Discretamente, o Grupo Caoa irá começar a produzir o Hyundai ix35 no complexo industrial de Anápolis, em Goiás. O modelo deixa de ser importado da Coreia do Sul depois de um investimento de R$ 600 milhões na fábrica que ainda produz seu antecessor, o Tucson. A Caoa espera produzir cerca de 24 mil unidades anuais do modelo, que não deve ter alteração no preço – ao redor dos R$ 100 mil –, mesmo com a fabricação nacional. A única mudança deverá ser no pacote de equipamentos, ligeiramente mais completo no ix35 brasileiro. Passa a ser de série uma central eletrônica com tela sensível ao toque, GPS e conexões Bluetooth e USB, além de agregar a câmara de ré. O motor segue o 2.0 litros de 178 cv acoplado ao câmbio automático de seis marchas.
Hyundai ix35
Fora do baralho por Augusto Paladino/autopress
Assim como a Renault fez recentemente com o Kangoo, a Peugeot decidiu retirar de seu catálogo a versão de passageiros da multivan Partner. O modelo foi lançado em 2010 com a intenção de competir com o Fiat Doblò, mas nunca foi muito bem sucedido nessa missão, o que causou a saída de cena. A Peugeot chegou até a apresentar uma versão aventureira, a Escapade, também rara nas ruas. Agora, apenas a variante para transporte de cargas se mantém disponível na gama Partner, vendida por R$ 40.790. O motor continua o 1.6 16v de 112 cv.
Peugeot Partner
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