Braganรงa Paulista
Sexta
15 Novembro 2013
Nยบ 718 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
2
Para pensar
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
As perguntas
do papa francisco por Mons. Giovanni Baresse
Nos últimos dias de outubro começaram a chegar às dioceses e paróquias orientações e perguntas que servirão para a elaboração de um documento que será estudado no Sínodo dos Bispos, convocado para outubro de 2014. O Sínodo é composto de representantes dos bispos da Igreja Católica podendo contar, também, com a participação de estudiosos e observadores. A finalidade do Sínodo foi sendo anunciada pelo Papa Francisco, desde o início do seu ministério: a Família e seu nascedouro, o sacramento do Matrimônio. O documento tem uma introdução. Nela, aponta-se a crise social e espiritual em que estamos mergulhados e o desafio da evangelização para e sobre a Família. O Evangelho sobre a Família “é mais urgente e necessário”. Destacam-se problemas, até há poucos anos, inéditos; casais que chegam ao casamento sem nenhum preparo; casais que se casam excluindo a celebração religiosa; casais
homo afetivos e que desejam adotar filhos; etc. Há um largo espectro a que é preciso responder. Num segundo momento a introdução aborda as grandes linhas sobre o Matrimônio e a Família a partir da Revelação bíblica e dos ensinamentos do Magistério da Igreja e de sua Tradição ao longo dos séculos. O desejo do Sínodo é comunicar sua “mensagem a todos, com maior incisividade”, para que a Fé da Igreja seja conhecida. Porque, na verdade, parece que até mesmo boa parte dos cristãos católicos não conhece, em profundidade, os fundamentos daquela que é a doutrina sobre a sacramentalidade do casamento e a visão antropológica que a Bíblia apresenta sobre a constituição familiar. Após a breve introdução vem um elenco de 40 perguntas. Destas destacarei algumas, convidando os leitores a inteirar-se do conjunto acessando o site www.vatican.va/ E, acrescento, convidando a responder, segundo as possibilidades, as questões que mais instigarem
(há algumas que envolvem um conhecimento teológico mais profundo e que, provavelmente, não estariam ao alcance de todas as pessoas). Falando das situações matrimoniais difíceis o documento aborda a questão de casais que moram junto para ver “se vai dar certo”! Penso que não desconhecemos as relações de “namoridos”! Pergunta-se o que as comunidades estão oferecendo às pessoas como preparação ao casamento? Como tem sido o relacionamento com as pessoas que se separam e assumem novas uniões? Pergunta-se se é comum o relacionamento sexual antes de qualquer compromisso de verdadeiro amor. Aborda-se a situação das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo e que atitude ter em relação a elas. No caso de crianças adotadas por casais homo afetivos, como comportar-se em vista da transmissão da fé? Quando casais que vivem em situação irregular pedem sacramentos para seus filhos, o que fazer?
Há questões que envolvem o conhecimento das orientações da Igreja sobre a paternidade responsável. Isso é realmente conhecido? O que as pessoas pensam sobre os métodos anticoncepcionais? No conjunto o documento apresenta possibilidade de participação para quem o desejar. E seria muito bom que essa oportunidade não fosse perdida. As contribuições fornecerão um pano de fundo de onde os bispos e o Papa poderão retirar encaminhamentos que respondam às ansiedades de todos os que desejam viver segundo aquilo que Jesus Cristo ensinou quando lembrou o texto do livro do Gênesis (Mateus 19,3). Uma coisa não está em discussão: a sacramentalidade matrimonial e a sua base antropológica, na união do homem e da mulher, como alicerce da família segundo a verdade da fé. Nos casos desafiadores está presente a atitude de não discriminar as pessoas e de acompanhá-las dentro da realidade de suas vidas. Não a preço, porém, de
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
ignorar aquilo que é a Verdade revelada. A Igreja, ministros ordenados e leigos, tem o dever de continuar o anúncio de Jesus quer agrade, quer desagrade, a tempo e fora de tempo, oportuna ou inoportunamente (2 Timóteo 4,2-5). Buscando ver o que as pessoas pensam, acolhendo-as e mostrando-lhes o anúncio do Senhor. Uma bela tarefa nos é oferecida. Aproveitemos para colaborar. PS. Agradeço ao amigo Dr. Miguel Ângelo Brandi Júnior, recém “nonno” do Mateus, a substituição no mês que passou.
Informática & tecnologia
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
www.vale.tudo
3
Na maior mudança já feita nos endereços da internet, conhecidas terminações como ‘.org’ e ‘.com’ estão prestes a ganhar mais de 1.700 variáveis, a exemplo das opções ‘.credit’ e ‘.rio’
Por YURI GONZAGA/FOLHAPRESS
A organização responsável por administrar os chamados domínios de topo genéricos, a Icann, aprovou recentemente o último lote de pedidos de novas terminações. No total, são 1.745 sufixos liberados que se somarão aos 22 atualmente em uso (“.org”, “.net”, por exemplo). A mudança, a maior na história dos endereços da web, implica que empresas e pessoas físicas passam a poder controlar esse tipo de domínio, algo que antes era reservado apenas a governos e organizações relacionadas à infraestrutura da internet. Para o internauta, isso significa mais sites com endereço intuitivo (como “saopaulo. pizza”, “mpb.music” ou “prefeitura.rio”), mas também potenciais problemas com fraude em um documento, a Icann aponta para terminações de “alto risco” como “.credit”, “.shop” e “.discount”, já aprovadas. Em 2011, após o anúncio da iniciativa, a Dell, a HP, a Samsung e outras 84 empresas publicaram uma carta aberta para tentar impedi-las, com a alegação de que as justificativas eram insuficientes e que os novos sites poderiam causar dano à reputação das marcas, além do custo alto.
Preço alto
A Icann cobra US$ 185 mil para analisar um pedido, mas, somadas as exigências técnicas e jurídicas, o gasto total para cada domínio acaba sendo de por volta de US$ 700 mil, segundo Rob Hall, diretor da Momentous, empresa canadense que solicitou quatro terminações. A manutenção custa por volta de US$ 150 mil anuais. “Não sabemos se todas serão exitosas [financeiramente], mas essa não deixa de ser uma boa oportunidade”, diz Hall. Os pedidos dele incluem “.sucks”, considerada de alto risco, e “.rip”, cuja ideia é ser usada para sites que homenageiam mortos. Todos os sufixos aprovados passaram à fase de contratação, seguindo uma ordem definida por sorteio, e muitos devem estar no ar no fim deste ano e no começo do ano que vem. Sete empresas brasileiras têm pedidos: Bradesco, Globo, Ipiranga, Itaú, Natura, UOL e Vivo, além do NIC.br. Solicitações do país incluem “.ltda”, “.final”, “.bom” e “.rio” (da prefeitura carioca). Sozinho, o Google fez 101 requisições (entre elas estão “.web”, “.blog” e “.youtube”). “É algo importante para a inovação “, diz Rodrigo de la Parra, vice-presidente da Icann para América Latina. “Dá às companhias oportunidades competitivas e, aos usuários, de identificação.” Já para Demi Getschko, diretor do NIC. br, órgão que é uma espécie de supervisor da web no Brasil, novos domínios são desnecessários. “Ninguém nunca deixou de criar um site por não existir um sufixo que não fosse de seu gosto ou que não representasse sua ideologia.” “Isso acaba gerando ruídos e conflitos, como foi o caso da Amazon”, diz, referindo-se à terminação requerida pela varejista americana, que suscitou protestos de países amazônicos (entre eles o Brasil) e, por isso, teve sua avaliação prorrogada.
Sufixo ‘.ong’, que chega em 2015, será de filantrópicas
Empresa responsável pela terminação ‘.org’ venderá apenas a ONG verificada Para especialista, novos sufixos trazem ganho de segurança, já que, para funcionar, exigem padrões mais modernos YURI GONZAGA DE SÃO PAULO Entre as novas terminações da web recém-aprovadas, a que tem proposta mais promissora é provavelmente a do domínios “.ngo” e “.ong”, siglas para organização não governamental, e seu sistema de autenticação. A ideia é que somente entidades comprovadamente sem fins lucrativos possam criar sites com os sufixos, que significam, respectivamente, organização não governamental em inglês e em algumas línguas latinas (francês, espanhol, italiano e português). Isso facilitaria reconhecer a autenticidade de tais instituições por doadores em potencial e, consequentemente, aumentaria suas rendas. “O que queremos é levar as organizações para o mundo virtual”, diz Ulrich Retzlaff, executivo da PIR (Public Internet Registry),
empresa que é responsável por gerenciar a terminação atualmente em uso “.org” e pelas futuras “.ngo” e “.ong”. A verificação será feita pela própria PIR, por meio de associações que supervisionam ou cadastram o trabalho do terceiro setor em cada país no Brasil, é a Abong. “O.org’ em si já é bastante confiado pelos internautas”, diz Nancy Gofus, executiva-chefe de operação da PIR. “Mas qualquer um pode criar um site com a terminação, até o mal intencionado.” “No caso de um desastre como o tsunami no Japão [em 2011], durante o qual habitantes do mundo todo anseiam ajudar, mas não sabem em quem confiar, um site autenticado ajudaria muito”, diz. A PIR diz que disponibilizará os primeiros sites “.ong” no primeiro trimestre de 2015 conversas com grandes instituições sem fins lucrativos e com associações relacionadas já estão em andamento. Para Ulrich, a chegada dos novos domínios é importante por “levar a web a outros grupos e permitir sua diversificação”. “A revolução digital também precisa ter um pouco de estrutura.” “É uma mudança radical”, diz Gofus. “Nas décadas de existência da internet, há o que chamamos de três grandes (.com’,. org’ e.net’) e os códigos de países. Depois dessa mudança, teremos milhares de escolhas. Isso é bom, mas pode gerar confusão no começo.” Sete empresas brasileiras fizeram pedidos de terminações, entre elas o UOL (“.uol”), empresa do Grupo Folha, que edita a Folha. “Os novos sufixos permitem um ganho de segurança, já que, para funcionar, exigem padrões técnicos mais modernos”, diz Renato Targa, gerente de projetos e de marketing on-line do UOL. Targa diz que ter o próprio domínio ajuda a empresa a “consolidar a marca”. Como empresa de internet, diz, é “praticamente obrigatório investir na evolução do mercado.”
Análise
Novos domínios na web são como mais placas rodoviárias. Stéphane van gelder
O Google sem dúvida é inovador. Óculos que gravam o que a pessoa vê, carros que se dirigem sozinhos. Todos esperamos que o gigante das buscas na web inove mais. No entanto, há um ano o Google conseguiu apanhar todo mundo de surpresa ao se tornar um dos mais prolíficos solicitantes dos novos territórios da web conhecidos como domínio de topo genérico (gTLD, sigla em inglês para generic top-level domain). Mas por que eles são necessários? Pense nos domínios como placas na estrada da informação, que é sinalizada de maneira limitada hoje. Com o crescimento continuado da web e novas iniciativas como a Internet.org, de Mark Zuckerberg que quer acrescentar à rede 5 bilhões de novos usuários aos 2,7 bilhões já existentes, navegar por essa via requererá mais sinais rodoviários. E se os domínios são as placas rodoviárias da internet, as buscas do Google são seu GPS. E um produtor de GPS ser dono de placas rodoviárias é uma ideia inovadora. O Google solicitou endereços como.google, claro, mas também combinações mais originais como.love e.baby. A companhia chegou a aproveitar uma nova tecnologia que permitirá o uso de escrita não latina e fez solicitações com ideogramas japoneses. Placas em estradas são ótimas, mas, como sabe quem tentou dirigir no Japão, conseguir compreendê-las ajuda. Os próximos 5 bilhões de usuários da internet provavelmente não terão o inglês como língua materna. Usar seus alfabetos, seja o japonês, árabe ou chinês, fará a diferença. O Google entende isso. Tradução de Paulo migliacci
Criador da web diz que ‘http://’ foi um erro
O inventor da web, o britânico Tim Berners-Lee, disse recentemente em uma entrevista que a barra dupla presente em “http://”, prefixo usado para acessar um site, era uma das coisas que mudaria em sua invenção, se pudesse voltar no tempo. “Pense em todo o papel e todas as árvores que poderiam ter sido poupadas se as pessoas não tivessem de ter digitado essas barras em documentos que foram
impressos ao longo dos anos”, disse durante um evento organizado pelo jornal americano “New York Times”. Berners-Lee afirmou que não poderia imaginar o efeito que isso ou que a própria web poderia ter ao criar a tecnologia. “Se você parar para pensar, verá que [a barra dupla] é inútil. Isso sem falar no esforço humano desperdiçado. Eu poderia ter desenvolvido [a web] para que funcio-
nasse sem isso.” Navegadores atuais preenchem o “http://” sem que haja a necessidade de digitá-lo, mas isso não aconteceu desde os primórdios da web. Boa parte dos sites modernos dispensam até o próprio comando “www”. HTTP é a sigla em inglês para protocolo de transferência de hipertexto, e www, para rede mundial.
4
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Questão de poder O cientista política Pedro Galasso explica porque não somos a república que imaginamos
Shel Almeida
Nesta sexta, 15 de Novembro, comemora-se 124 anos da proclamação da República Brasileira. Mas o que isso quer dizer? Além do feriado prolongando, que será a parte mais comemorada da data, o “levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por consequência, pondo fim à soberania do imperador Dom Pedro II”. Para entender melhor o que isso de fato significa, o Jornal do Meio convidou, novamente, o cientista político Pedro Marcelo Galasso para fazer parâmetro sobre como se formou a República Brasileira e o que isso significa nos dias atuais.
República “O conceito de República surgiu em Roma. Era uma classe que mandava e não mais uma só pessoa. Foi ali também que nasceu o conceito de isonomia, onde todos teriam igualdade de direitos. Mas eram direitos iguais para todos que fizessem parte da mesma classe. Os Senadores eram membros da família patrícia e os cargos eram vitalícios e hereditários. Para Filósofo Político Jean- Jacques Rousseau, todos mandavam e todos obedeciam, todos têm poder e não têm, ao mesmo tempo. A isonomia era para todo o corpo político e não só para uma classe”, explica. “República é completamente diferente de democracia. No Brasil, nós vivemos em uma sociedade liberal com instituições democráticas.
Quando a república foi instituída no Presidencialismo x Brasil, o único grupo que sabia o que Parlamentarismo era república, eram os militares. A po- Em 1993 ocorreu no Brasil um plebiscito pulação ouviu tiros de canhão e achou para determinar qual deveria ser a forma que era uma parada militar. Daí dá pra de governo no país. Houve a chance de se ter uma ideia de como a República nos tornarmos uma república parlamenBrasileira estava bem mais próxima da tarista, mas porque isso não ocorreu? dos romanos do que da de Rousseau. Pedro responde: “No parlamentarismo o A justificativa para se proclamar a repú- forte é o legislativo, enquanto no presiblica era a de criar uma país melhor. E dencialismo é o executivo. A República esse discurso permanece até hoje. Esse Presidencialista alimenta a prática de amanhã que nunca chega é um espaço criação de partidos. O parlamentarismo político. O Brasil não tem cultura republi- funciona com, no máximo, quatro particana, temos características republicanas, dos. Na Inglaterra, que é uma Monarquia mas não temos educação para o a políti- Parlamentarista, são dois grupos: ou vocês ca. Temos todos os mecanismos para a está de um lado, ou está de outro. Pra fiscalização, mas só quem está no poder isso funcionar no Brasil, a primeira coisa os conhece. O desejo é que a estrutura a acontecer seria reduzir os partidos. A se mantenha. No Brasil vantagem é que se o foi recriado o conceito gabinete, que corresclassista Romano. Há O Brasil não tem cultura ponde ao ministério, um movimento para republicana, temos características começa a fazer bobagem, se tentar quebrar essa republicanas, mas não temos dissove-se o gabinete estrutura classista, mas e forma-se um novo. educação para a política como ninguém conhece No presidencialismo os mecanismos, o que Pedro Galasso existe o mandado. Há vemos são manifestamuitas vantagens no ções que não chegam a lugar nenhum. parlamentarismo, mas não se encaixam Se há a possibilidade de mudar, por que no cenário político brasileiro. Seria muito não se ensinam os mecanismos para mais uma reforma cultural do que instiisso? Porque fere interesses de classes tucional. O brasileiro gosta de República e grupos políticos”, analisa. “O texto da Presidencialista porque gosta de figuras Constituição de 1988 é um dos melhores masculinas no poder. A Dilma foi eleita de Repúblicas Democráticas do Século porque tem a figura paternalista do Lula XX. Mas brasileiro não tem espírito por trás dela. Enxergamos a política de republicano. Brasileiro é coletivista no maneira paternalista, com uma pessoa que não precisa, somos um povo indivi- responsável por nós, o que confere a ideia dualista porque aqui sempre funcionou clara de proximidade e zelo. A ideia de o ‘salve-se quem puder’, só se olha para se ter a figura paternal no poder é a de a coisa pública quando atinge a si”, fala. que estamos sendo ‘cuidados’, de que
tem alguém que manda, e que não precisamos nos preocupar porque ele cuida de tudo, não precisamos nos envolver. Todo mundo cumpre a sua obrigação votando e não se envolve mais, deixa por conta de quem está no poder. Por mais que se pense em renovar o quadro político brasileiro, isso não vai acontecer, porque trocam-se alguns, entram figuras inexperientes e que só querem cumprir os quatro anos de mandado sossegados e os que realmente mandam, continuam. O microcosmo da política bragantina é muito pródigo nisso. Formamos uma Câmara ruim, com gente nova, mas com medalhões que permaneceram e continuam mandando. Vereadores que não sabem diferenciar o sim e o não, que passou poderes do legislativo para o executivo, o que se assemelha muito mais a um poder ditatorial. Com isso dá pra perceber que vivemos em uma república apenas oficialmente, mas não na prática”, finaliza Pedro.
No dia 23 de novembro, sábado, das 8h30 às 12h30 Pedro Galasso, junto com Fernando Rav, Rodrigo Mendes Rodrigues e Thomas Polla ministrará uma oficina sobre Maquiavel, Rousseau e Pensadores Iluministas do Século XX. As inscrições custam R$ 30,00 e podem ser feitas por telefone 9-7342 - 7055 ou e-mail: pedrofrizz@bol.com.br.
Enxergamos a política de maneira paternalista, com uma pessoa responsável por nós, o que confere a ideia clara de proximidade e zelo
Antenado
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
5
Gil e Caetano se juntam
a Roberto contra biografias
Músicos engrossam lobby para impedir obras; autores atacam censura privada, cantores exigem anuência prévia de biografados ou herdeiros; editores contestam norma e sua constitucionalidade Por JULIANA GRAGNANI /FOLHAPRESS
O cantor Roberto Carlos, que é contrário à publicação de biografias não autorizadas e já tirou de circulação obras sobre sua vida, conseguiu um apoio de peso. Os músicos Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan e Erasmo Carlos agora estão a seu lado. Os sete cantores são fundadores do grupo Procure Saber, que, segundo a produtora Paula Lavigne, deve entrar na disputa para manter a exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros. Lavigne é presidente da diretoria do Procure Saber e porta-voz do grupo. As assessorias de Djavan e Gilberto Gil confirmaram seu posicionamento à Folha. Os outros músicos não foram encontrados pela reportagem. Do outro lado da discussão, está a Anel (Associação Nacional dos Editores de Livros). A entidade move no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando os dois artigos do Código Civil que impedem a publicação sem a anuência prévia dos biografados ou de seus herdeiros. Para a Anel, as normas atuais violam a liberdade de expressão e o direito à informação. “Usar esse argumento para comercializar a vida alheia é pura retórica”, diz Lavigne. Ela ressalta que o Procure Saber é contrário à comercialização, e não à publicação, das biografias. “Se alguém quiser escrever uma biografia e publicá-la na internet sem cobrar, tudo bem. O problema é lucrar com isso”, diz. “Essa diferenciação não existe. Os autores e editores podem produzir o que quiserem, mas não podem ganhar dinheiro com isso?”, questiona Gustavo Binenbojm, advogado da Anel. “É uma censura privada. O biografado vira o senhor da história, com monopólio da informação.” Em nota enviada ao jornal “O Globo”, o
cantor Djavan disse que a liberdade de expressão pode causar injustiças “à medida que privilegia o mercado em detrimento do indivíduo”. “Editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação.” O grupo questiona também as indenizações recebidas por biografados. “Corremos o risco de estimular o aparecimento de biografias sensacionalistas, em um país em que a reparação pelo dano moral é ridícula”, diz Lavigne.
Interessados na causa
Segundo Lavigne, o Procure Saber tenta agora registrar-se como associação, com o objetivo de ingressar como “amicus curiae” (interessada na causa) no Supremo. O dispositivo permite que a entidade exponha sua opinião em documentos submetidos à Corte, sem participar como parte no processo. Um manifesto divulgado em setembro na Bienal do Rio, assinado por autores como Boris Fausto e Ruy Castro, diz que a proibição às biografias não autorizadas é um “monopólio da história, típico de regimes totalitários”. “Biógrafos e jornalistas têm o dever de contar a história do país e de suas personalidades públicas, inclusive expondo suas contradições. Os artistas estão defendendo algo obscurantista, a biografia chapa-branca”, diz Lira Neto, autor de livros sobre a vida de Getúlio Vargas. “Muitas obras usam jornais como fonte. Ninguém pede para ler antes o que é publicado em jornais, porque isso é visto como utilidade pública”, afirma Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Coerentemente, Lavigne pediu para ler esta reportagem antes de sua publicação. Sua solicitação foi negada.
Muita diversão e alegria marcam a Festa dos Comerciários A Festa dos Comerciários 2013 foi um sucesso! Dezenas de comerciários aproveitaram o evento na companhia de familiares e amigos, curtiram todas as opções de lazer e gastronomia. A festa ocorreu na Fazenda e Haras São Bento, localizada em Bragança Paulista. O público presente foi embalado ao som do grupo Galo da Vila, formado por membros da escola de samba bragantina Acadêmicos da Vila. Já as crianças aproveitaram a área de brinquedos e se refrescaram na piscina. No almoço, o público presente se deliciou com porco no rolete. Em seguida, ocorreu um dos momentos mais aguardados da festa: o sorteio de duas motos zero quilômetro, sendo uma cedida pelo Sindicato e a outra pela Fecomerciários. As sortudas foram as comerciárias: Jéssica Banai, das Lojas Marisa, e Elisabete Silva, das Casas Bahia. Também teve sorteio de bolsas de estudo, oferecidas pela Universidade Anhanguera, e de um aparelho de telefone celular. O presidente do SindComerciários, João Peres Fuentes, agradeceu à Fecomerciários pela doação da moto para o sorteio e ressaltou aos comerciários presentes que o presidente da Federação, Motta, parabenizava a todos os empregados no comércio pelo Dia do Comerciário, que é oficialmente comemorado no próximo dia 30 de outubro. SindComerciários entrega mais três Kits Maternidade Na última semana de outubro, o SindComerciários de Bragança Paulista e região entregou mais dois Kits Maternidade. As contempladas foram duas comerciárias das lojas Humanitarian de Bragança Paulista. O programa visa distribuir para as comerciárias gestantes itens essenciais para higiene e saúde do bebê. Para receber o Kit, as comerciárias grávidas de 9 meses devem solicitá-lo na sede ou subsedes do Sindicato. Para o presidente do SindComerciários, João
Peres Fuentes, o objetivo do programa é fazer com que o sindicato esteja presente também neste momento tão importante na vida da futura mamãe comerciária. Dia do Comerciário: Direito a gratificação Em homenagem ao “Dia do Comerciário” (ocorrido no último dia 30 de outubro) é concedida ao empregado do comércio, que pertencer ao quadro de trabalho da empresa nesse dia, uma gratificação correspondente a um ou dois dias da sua remuneração mensal, a ser paga juntamente com a remuneração, conforme proporção abaixo: - até 90 (noventa) dias de contrato de trabalho na empresa, o empregado não faz jus ao benefício; - de 91 (noventa e um) dias até 180 (cento e oitenta) dias de contrato de trabalho na empresa, o empregado fará jus a 1 (um) dia; - acima de 181 (cento e oitenta e um) dias de contrato de trabalho na empresa, o empregado fará jus a 2 (dois) dias. Congresso Sindical Comerciário Representantes do SindComerciários de Bragança Paulista e região estiveram presentes no 22º Congresso Sindical Comerciário do Estado de São Paulo, ocorrido entre os dias 15 e 17 de outubro, na cidade de São Pedro. Nesta edição, entre os assuntos abordados estavam: o fortalecimento da unidade comerciária, os avanços nas conquistas e os desafios presentes e futuros para a categoria. Com coordenação geral do presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, Luiz Carlos Motta, e coordenação executiva de Antonio Previde, do Sincomerciários de Piracicaba, e Ademir Lauriberto Ferreira, de São Carlos, o 22º Congresso teve como tema “Brasil hoje: desafios e perspectivas das lideranças sindicais”. Para o presidente do SindComerciários, João Peres Fuentes, o Congresso foi positivo. “Foram discutidas ideias que ajudarão o Sindicato em suas ações futuras, entre elas medidas para ajustar a Regulamentação da Profissão de Comerciários”, destacou Fuentes.
A comerciária Camila Cavallaro (ao centro) recebeu o Kit Maternidade
Elisabete Silva, das Casas Bahia, foi uma das ganhadoras da moto
No evento, foram sorteadas 2 motos zero km
Muitos comerciários compareceram ao evento
6
Comportamento
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
O fracasso das dietas História dos métodos para emagrecer é cheia de ideias repetidas, requentadas e de baixa eficácia, mostra britânica em novo livro
Por REINALDO JOSÉ LOPES/ FOLHAPRESS
Não é muito animadora a mensagem do livro “A Tirania das Dietas”, da britânica Louise Foxcroft, historiadora da medicina com doutorado pela Universidade de Cambridge. Em resumo: faz séculos que as dietas são sempre as mesmas e faz séculos que não funcionam. “É uma história de repetição e, em parte, de novidades cosméticas. As mesmas ideias são reempacotadas e requentadas”, disse Foxcroft em entrevista por telefone à Folha. “Um exemplo são as dietas ricas em proteína e com poucos carboidratos.” Nessa seara, o atual astro é o médico francês Pierre Dukan, que diz ter criado seu método ao recomendar a um paciente que comesse tanta carne magra quanto desejasse e bebesse bastante água. Antes de Dukan, no entanto, houve a “dieta revolucionária” do médico americano Robert Atkins (1930-2003), cujo livro de 1972 virou best-seller. E, mais de um século antes, o britânico William Banting (1797-1878), agente funerário (sim, não é piada), publicou sua versão desse tipo de dieta em “Carta sobre a Corpulência, Dirigida ao Público”, em 1863. “Esse tipo de dieta evoluiu independentemente várias vezes porque funciona no curto prazo”, diz Foxcroft. “O problema é evitar que a perda seja revertida.” Outras supostas ideias brilhantes que parecem ter acometido o cérebro dos desesperados para perder peso ao longo dos séculos: a indução do vômito; o uso de laxantes para, digamos, “descomer” o alimento o mais rápido possível; e o uso de massagens violentas e espartilhos que “espremessem a gordura” para fora do sujeito. A pesquisa de Foxcroft mostra ainda que a associação entre o desejo de emagrecer e a cultura das celebridades tampouco é tão moderna quanto se costuma pensar. Os primeiros astros obcecados com a magreza são, ao que tudo indica, do século 19: o poeta britânico Lorde Byron (1788-1824), para quem “uma mulher nunca devia ser vista comendo ou bebendo, a menos que se tratasse de lagosta, salada e champanhe”; e Sissi, imperatriz da Áustria (1837-1898). Com 1,70 m e 47 kg, cintura esmigalhada por espartilhos, alimentava-se basicamente de leite (viajava com sua própria vaca) e suco de laranja, além de fazer ginástica o tempo todo.
Gordos do mal
Outra constante histórica, diz a pesquisadora, é o hábito de desprezar as pessoas acima do peso. “Essa conexão entre moralidade, dieta e peso vem desde os antigos gregos e romanos, para os quais alguém fora de forma era um mau cidadão”, conta. “Em tempos de guerra e de escassez, é algo que acaba voltando. O inimigo é pintado como um glutão, preguiçoso e indulgente.” A trajetória dos medicamentos para emagrecer também não anima. “Até hoje, nenhum demonstrou um perfil de segurança favorável em relação a efeitos colaterais, e seu sucesso é no máximo modesto”, critica. Para ela, a abordagem mais sensata é a dos gregos, criadores do termo “dieta”, encarada por eles como um controle gradual da alimentação, ligado a um programa de exercícios e mudança de estilo de vida. “É difícil, porque nosso ambiente alimentar está cada vez mais contra nós, mas é o único caminho sensato”, prega Foxcroft. A Tirania das Dietas Autora: Louise Foxcroft Editora: Três Estrelas Preço: R$ 35,70 (280 págs.)
Apesar do medo
Estudo mostra que coragem não é a ausência de medo, e sim o controle que permite a ação apesar dele. Quase todo mundo tem medo do mar (ou diz que tem “muito
respeito” por ele). E quem não tem deveria ter: ondas apenas modestas já são suficientes para afogar, jogar contra rochedos, esfolar em recifes ou levar à exaustão mesmo os melhores nadadores. Alguns, p r u dentes, escolhem então ficar na beira da água, aonde só chegam as marolinhas inofensivas. Outros, como o pernambucano Carlos Burle, resolvem que não só querem as ondas como querem deslizar por cima delas de preferência, por cima das gigantes, de 20 m de altura. Surfar ondas gigantes se tornou a grande especialidade desse brasileiro apesar do seu medo do mar. E como vencer o medo? Tive a oportunidade de entrevistar Burle para meu programa, “Cerebrando” (tcviencia.net), e ouvir o que acontece quando se resolve encarar uma muralha d’água. Primeiro vêm os anos de preparo. Decidir surfar a onda gigante apesar do medo que ela inspira depende de uma sensação de controle da situação que só se conquista à força de muita técnica e prática. Segundo, é preciso equilíbrio, tanto em cima da prancha quanto dentro da cabeça. Sem a capacidade de não se deixar dominar pela emoção, não há como vencer o medo e partir para o ataque. Aqui a neurociência dá o seu pitaco: um estudo recente mostrou que a coragem não é a ausência do medo, e sim o controle que permite a ação apesar do medo. Isso é função de uma parte do córtex na parte da frente da cabeça, o córtex subgenual, que suprime a influência do medo sem reduzir sua percepção. Dá para imaginar como os anos de treino, levando à sensação de capacidade e controle, ajudam a aumentar a coragem. E terceiro, quando já se está na onda: foco. Esse é o “flow”, aquele estado mágico conhecido de músicos e atletas de elite no auge do desempenho. É um estado prazeroso de concentração absoluta onde nada mais existe, acompanhado curiosamente de uma facilidade de tomar pequenas decisões fundamentais que, graças a toda a experiência anterior, vêm à mente automaticamente, sem esforço. Dominar o medo é um espetáculo que se desenrola dentro do cérebro do surfista e quem não tem coragem para isso pode assistir ao espetáculo da segurança da praia. Não é nenhuma vergonha ter medo do mar. Como Burle bem diz, é o medo que o mantém vivo.
SPASSU da Elegância
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
7
8
Casos e Causos
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Juro que é verdade Por Marcus Valle
JURO QUE É VERDADE XXVI
JURO QUE É VERDADE XXVII
1976/77, fui técnico do time de futebol de salão do time juvenil do CLUBE
Quando eu tinha uns 22 anos, passava perto do Clube de Atibaia, e estavam 4 garotas
LITERÀRIO. Nossa equipe era ótima, ganhava de todo mundo, mas tinha
paradas à frente. Elas olharam para mim e uma cutucou a outra dizendo(baixo),mas
um time que era melhor, era o REAL BRAGANÇA. Havíamos jogado duas
eu escutei: OLHA QUE OLHO LINDO QUE TEM ESSE CARA. Nem deu tempo de
vezes contra eles, e eu armei uma retranca nos 2 jogos, e deu certo. Empatamos o
eu ficar contente, porque a outra (uma bruxa), respondeu: TAMBÉM É SÓ O OLHO.
primeiro jogo 0x0 e ganhamos o segundo por 3x2, só nos raros contra ataques. Foi
Dei dois passos pra frente e disse: O OUVIDO TAMBÉM É ÓTIMO
marcado um terceiro jogo, e justo naquela noite eu tomei um fora, por telefone, da namorada que eu era apaixonado. Reuni o time no vestuário, e tentei fazer aquela
JURO QUE É VERDADE XXIX
psicologia que a gente vê nos filmes americanos. Disse aos garotos: HOJE EU ES-
A família Chedid é a proprietária da rádio 102 FM de Bragança. Quando prefeito,
TOU MUITO TRISTE, PERDI UMA PESSOA QUE EU GOSTAVA MUITO. QUERO
Jesus Chedid concedia uma entrevista semanal que durava horas e ele era rigor-
UM PRESENTE DE VOCES... A VITÓRIA PARA ALEGRAR MEU CORAÇÃO.....
osamente (mas não muito) sabatinado pelos radialistas funcionários. Uma vez ele
SÓ QUE HOJE EU PRECISO DE UMA VITÓRIA GLORIOSA....NÓS NÃO VAMOS
estava respondendo uma pergunta do Juarez Sergio, se entusiasmou, interrompeu o
JOGAR NA DEFESA...VAMOS PRO ATAQUE DESDE O COMEÇO. Os meninos
entrevistador e disse educadamente: SE VOCÊ ME PERMITE, EU QUERIA DIZER
bateram palmas, se emocionaram, prometeram a vitória para mim e fizeram o que
MAIS UMA COISA
eu mandei....foram pra cima do poderoso adversário.
Imediatamente Juarez disse:
Resultado:
O MICROFONE É TODO SEU ...NOS DOIS SENTIDOS
PERDEMOS DE 9 a ZERO Fui o Jim Jones, líder do suicídio coletivo.
JURO QUE É VERDADE XXX O Fábio Feldmann, que foi deputado federal, secretário estadual, candidato a gov-
JURO QUE É VERDADE XXVII
ernador e prefeito de SP, é muito meu amigo, desde 1985. Sempre foi bem votado em
Certa manhã, no verão, fui dar aula na Faculdade, e eu estava meio triste porque
Bragança. Em 1990, ele veio fazer campanha, e como a sua penetração era maior nas
tinha acabado de perder a eleição de vereador, embora tivesse tido quase 2 mil vo-
áreas centrais, pedi pro meu irmão João Valle, que era mais popular que eu, levá-lo
tos. Eu estava com uma camisa amarela clara, e uma senhora só para me levantar
a alguns locais e a seus amigos. O João não conhecia o Fábio, mas atendeu meu
a moral ,interrompeu a aula e disse:
pedido e fomos pra campanha. Entramos numa empresa grande onde meu irmão
NOSSA PROFESSOR, O SENHOR COM ESSA CAMISA ABERTA ,QUEIMADO
conhecia todo mundo. O João fez um discurso e disse ao final: - AJUDEM O AMIGO
DE SOL, ESTÁ LINDO.
DO MEU IRMÃO, O DEPUTADO FLECHMAN.
Surpreso, distraído e principalmente, desastroso....olhei para uma garota que era
Fabio riu e comentou:
uma das mais lindas de toda a faculdade e disse: É...VOCÊ NUNCA DISSE ISSO
FELDMANN.....FLECHMAN É MARCA DE FERMENTO.
PRA MIM, NÉ?
João Valle pediu desculpas e disse:
Todo mundo riu, eu fiquei vermelho, e a senhora, disse: DEUS ME CASTIGOU
O MEU IRMÃO É CHIQUE, O DEPUTADO DOS OUTROS É ZÉ, PAULO,
PORQUE EU MENTI.
NABI,.....O DELE é FLECHMAN (errou de novo e de propósito)
Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
9
República Por pedro marcelo galasso
A República é uma forma de governo que caminha ao lado da Monarquia e da Ditadura. O que diferencia a primeira é que nela a liderança é obtida através do voto e a permanência desta liderança no poder é limitada e controlada pela adoção de um mandato. Curioso é pensar que por pior que seja a liderança republicana ela é a que carrega a maior carga de possibilidades positivas, pois é fruto de um universo de escolhas, mesmo que o voto seja restrito ou censitário já que a Monarquia opera com o princípio da perigosa hereditariedade e na qual o mandato tem a duração da vida da liderança. Vale lembrar que aqui tratamos tão somente das formas de governo e não de suas aplicações práticas as quais somaríamos o regime de governo bem como o sistema de governos e as suas respectivas particularidades. Além disso, a República é melhor que a Ditadura, mesmo quando esta se proclama republicana. A Ditadura parte da prerrogativa da não escolha e da não participação o que, por definição, elimina a possibilidade de crescimento e
de envolvimento político da sociedade civil. É importante nos lembrarmos que a Ditadura é, por vezes, a escolha para que não seja adotada a Monarquia Absoluta. Dentre as várias faces da República, a isonomia, ou a prerrogativa dos direitos iguais, é um dos seus principais atrativos. A ideia de que todos os cidadãos devem possuir o acesso aos direitos civis de forma igualitária seria a solução para superarmos a desigualdade natural dos homens através de mecanismos de sociais, políticos e civis. É como se a ideia de Rousseau e de sua ideia de liberdade desnaturada se tornasse um fato. Entretanto, cabe a reflexão se estamos criando uma sociedade republicana no Brasil ou nos detemos e propagandeamos valores que não se tornam fatos cotidianos? Cabe à República educar seus cidadãos às suas necessidades e criar mecanismos para ela seja capaz de responder as demandas sociais e civis, ou seja, não pode haver uma República plena sem a criação de um diálogo social e político entre as instituições e a sociedade. Não pode haver República plena quando o Estado
adota o monólogo como prática de governo e de ação. Se tal visão for plausível, enfrentamos um problema sério no Brasil. Historicamente, a sociedade civil brasileira é fraca e não articulada quando pensa nas questões sociais e políticas e, vale ressaltar, seria muita inocência acreditar que este comportamento não seja proposital e desejável ou alimentado por grupos que se apropriam do vazio no espaço republicano. A falta de diálogo entre o Estado brasileiro e a sociedade é um exemplo, assim como a visão negativa sobre as greves e as manifestações também espelhem esta postura. A proclamação de nossa República é a expressão mais bem acabada do quanto ainda somos republicanos na forma, mas não em nossas ações. Pensando na frase de Aristides Lobo, que resume a participação popular brasileira neste evento, temos uma noção do longo caminho a percorrer – “O povo assistiu a tudo bestializado”. Portanto, se não somos ainda uma República, o que somos nós? Até quando seremos republicanos de direito, mas não de fato? Até quando não iremos perceber que
sem a consolidação de uma República plena, ainda que não perfeita, mas funcional e que tenda para a justiça social e para a isonomia de direitos, a formação de um quadro político democrático está cada vez mais distante? As manifestações, concordemos ou não, são formas de expressão e de luta que pretendem forçar a criação desta consciência já que as ações do Estado deixam de atender os anseios de certos grupos mais organizados. A possibilidade de concordar e de discordar já é positiva, pois nos impõe uma reflexão quando vemos as estações fechadas, o trânsito confuso ou quando nossos filhos permanecem sem aulas por conta de greves dos professores, elementos importantes neste processo de consolidação republicana. Talvez mais importante que a data comemorativa e seu feriado seria responder a estas questões para que não permaneçamos bestializados. Ou seria melhor dizer, iludidos? Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
10
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
11
Foi com muita alegria que fotografei o aniversário de 1 ano desse lindo garotão chamado Caio. Ele é filho do casal Leandro e Juliana Tricoletti, meus queridos amigos que me presentaram com o convite para fotografar esse momento tão especial da família. Caio é um lindo menino e muito tranquilo. É do tipo de criança que encanta qualquer pessoa que esteja por perto dele, tanto que durante a festa passeou pelo colo dos avós, tios e amigos da família. A festa aconteceu no buffet Fantastic Place onde todos os familiares e amigos fizeram questão de marcar presença na primeira festa de aniversário do Caio. Leandro e Juliana estavam radiantes com tanta alegria. Um momento muito especial foi a apresentação do clipe contando a história do primeiro aninho do Caio emocionando todos os presentes. Depois o tradicional “parabéns a você” com muita alegria e votos de muitos anos de vida. Mais um dia muito especial que guardo com muito carinho.
12
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
veículos
2º
veículos
Caderno
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
13
14
veículos
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Com seus 560 cavalos, nova RS6 herda duas décadas de tradição das peruas “nervosas” da Audi por LUIZ HUMBERTO MONTEIRO PEREIRA/AUTOPRESS
Station wagons são, por definição, carros familiares. Ou seja, veículos feitos para transportar um casal, filhos, tralhas e animais de estimação para passeios pacatos de fim de semana. Era assim até que a Audi inventou o segmento de peruas esportivas com o lançamento da S4, baseada no sedã Audi 100, em 1993. Foi o modelo presenteado ao piloto Ayrton Senna quando ele assumiu a representação da marca alemã no Brasil. Desde então, surgiram diversos concorrentes e a demanda por veículos familiares “invocadinhos” passou a ser atendida também por monovolumes e utilitários esportivos. Mas a linha de wagons esportivas da marca das argolas não parou de evoluir. Quem acaba de desembarcar no Brasil agora é a renovada RS6 Avant, empurrada por um motor 4.0 TFSI V8 biturbo de imodestos 560 cavalos de potência acoplado a um câmbio Tiptronic de 8 marchas. Esse moderno trem de força com injeção direta de combustível confere ao modelo da Audi um título interessante: é a perua mais veloz produzida em série no mundo. Sua performance é digna de um superesportivo. Faz de zero a 100 km/h em 3,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 305 km/h. A potência máxima de 560 cavalos é atingida entre 5.700 e 6.700 giros, enquanto o torque máximo de brutais 71,3 kgfm já aparece aos 1.750 rpm. E fica disponível integralmente até as 5.500 rpm. Em termos estéticos, o RS6 valoriza sua esportividade em detalhes sutis, como aplicações em alumínio fosco, grade de proteção preta na dianteira, parachoques com grandes entradas de ar e spoiler no teto. Boa parte da carroceria composta por materiais leves, como alumínio e até nylon – adotado no revestimento dos parachoques. Por dentro, a estética é bem mais explícita – o “cockpit” lembra o de um carro de corrida. O novo RS6 Avant desembarca no Brasil apenas com sua configuração mais incrementada de equipamentos, por cerca de R$ 550 mil – a Audi não definiu ainda o valor exato. Os principais concorrentes serão os sedãs esportivos de luxo BMW M5 e Mercedes 63 AMG e, em breve, a anunciada perua Mercedes CLS Shoting Brake, todos em faixas similares de potência e preços. A station chega às concessionárias ainda no final de outubro, e a Audi espera vender de 30 a 40 unidades anuais.
Ponto a ponto
Desempenho - O comportamento dinâmico do RS6 é irretocável. O carro acelera de forma absurda – faz de zero a 100 km/h em menos de 4 segundos –, sem que o motorista jamais deixe de ter total sensação de controle. As retomadas são de tirar o fôlego. Simplesmente perfeito. Nota 10. Estabilidade - A combinação da tradicional tração integral Quattro da Audi com os diversos sistemas eletrônicos de controle de tração, estabilidade e frenagem, além do Dynamic Ride Control na suspensão, cria um resultado impressionante no RS6. O carro dá a sensação de que trafega sobre trilhos, como um trem-bala. Eventuais imprecisões nos comandos do motorista são corrigidas pelos sistemas eletrônicos de forma elegante, sem pregar sustos. Os pneus Yokohama de 21 polegadas também dão sua colaboração na aderência. Nota 10. Interatividade - Apesar da preocupação em explicitar esportividade em todos os detalhes internos, o RS6 não é um carro difícil de interagir. A ergonomia é correta e maioria dos comandos está nos lugares adequados, o que facilita a utilização. As borboletas no volante, para acionamento manual das marchas, são bastante funcionais. Informações estratégicas em um esportivo, como pressão dos pneus, são obtidas pelo motorista de forma ágil. Nota 8. Consumo - O RS6 Avant conta com alguns modernos dispositivos de otimização do consumo de combustível, como Start-stop – que desliga o motor quando o carro fica parado por alguns segundos – e sistema de cilindros sob demada, que desliga quatro cilindros em velocidades intermediárias e constantes, até que o motorista acelere forte novamente. A Audi fala em média de 10,2 km/l de gasolina, o que seria bastante alentador para um carro com motorização tão robusta. Durante o teste, onde o modelo foi submetido a acelerações e retomadas
nada civilizadas, o consumo ficou em 5 km/l. Nota 8. Conforto - Para quem está na frente, o RS6 Avant é extremamente confortável. Os bancos de couro esportivos, com laterais pronunciadas, são aconchegantes e mantêm o corpo dos ocupantes na posição correta mesmo em modos de direção mais radicais. No banco de trás, duas pessoas se acomodam bem. Embora haja apoio de cabeça para e cinto para o banco central traseiro, o pronunciado túnel para a passagem do eixo cardã torna inóspita sua utilização por adultos. Melhor é levar só duas pessoas e rebater o encosto do banco do meio. Que se transforma num oportuno console, com direito a dois porta-copos. Nota 8. Tecnologia - O RS6 exprime bem o atual estágio tecnológico em que se encontra a Audi. O trem de força, que conjuga um motor 4.0 V8 com dois turbos a um câmbio Tiptronic de oito velocidades com borboletas no volante, é um dos óbvios destaques. O conhecido sistema Quattro de tração integral continua a mostrar sua efetividade. A eletrônica embarcada também não faz feio. Além do Start-stop, do cilindro sob demanda e da suspensão esportiva com Dynamic Ride Control, o sistema de navegação MMI Plus com conectividade Bluetooth e os sistemas de som e ar-condicionado são “top”. Nota 10. Habitabilidade - Embora o carro seja um tanto baixo, como se espera de qualquer esportivo, os acessos são descomplicados, por todas as portas. O porta-malas, com seus 565 litros, é decente para o porte do carro. Há fartura de porta-objetos, todos bastante funcionais. A visibilidade dianteira e a retrovisão são corretas. Nota 8 Acabamento - A perua traz o melhor padrão de acabamento da marca alemã. Que é bastante elevado. Os materiais utilizados nos revestimentos internos aparentam qualidade e bom gosto. Não foi possível detectar qualquer falha nos arremates durante a apresentação do modelo. Nota 10. Design - O RS6 Avant é um dos Audi mais bonitos dos últimos tempos – mas a marca não vive uma de suas fases mais criativas nesse aspecto. Aplicações em alumínio fosco, grade de proteção dianteira preta com desenho de colmeia, parachoques com grandes entradas de ar e spoiler no teto são pitadas de esportividade que dão à perua o charme e a personalidade que fazem falta ao resto da linha, que anda excessivamente homogênea. Nota 8. Custo/benefício - É uma equação difícil de aplicar a modelos como o Audi RS6. Não dá para racionalizar muito a compra de um automóvel que custa R$ 550 mil, mesmo sendo um veículo tão fora do comum quanto a perua da Audi. Mas existe demanda para esse tipo de modelo e existem concorrentes no segmento, todos na mesma faixa de preços absurdamente alta. Nota 3. Total - O Audi RS6 Avant recebeu 83 pontos de 100 possíveis.
Primeiras impressões
Tudo ao mesmo tempo São Carlos/SP - O circuito definido pela Audi para a apresentação do RS6 Avant no Damha Residencial Golf, um condomínio de alto luxo na periferia da cidade paulista de São Carlos, permitia algumas extravagâncias. Sem a presença de pedestres ou de outros carros, era possível acelerar acima dos 200 km/h nas retas e entrar em curvas além dos 120 km/h. Alguns cones foram colocados para criar “chicanes”, que ajudaram a avaliar estabilidade do RS6 em curvas de alta velocidade. Tudo na medida para que a perua esportiva da Audi pudesse explicitar quase todo o seu potencial de diversão. Ao entrar no RS6, o interior já denota que não se trata de um simples “carro de passeio”. Tudo no design interno – volante, mostradores, botões, paineis – parece ser estudado para dar a sensação de se estar a bordo de um bólido de corrida. Logo nas primeiras retas, se torna inevitável a tentação de sapatear com o pé direito até o fundo do acelerador. O efeito é imediato e absolutamente arrebatador. O RS6 ganha velocidade de forma explosiva, como nos carros dos videogames, e afunda as costas dos ocupantes nos confortáveis bancos de couro. Conforme a velocidade se aproxima dos 200 km/h, o ronco vigoroso do “motorzão” V8 invade o habitáculo e
aumenta a percepção da velocidade – algo que a inexorável descarga de adrenalina no corpo do motorista também ajuda a fazer. Ao sair do “retão” e adentrar uma sequência de curvas, a boa impressão só aumenta. Reforçado pelo sistema Quattro de tração integral e pelo Dynamic Ride Control na suspensão, além dos controles eletrônicos de tração, frenagem e estabilidade, o carro avança nos trechos sinuosos como se corresse sobre trilhos, de um jeito quase sobrenatural. O efeito disso sobre o motorista é até preocupante – instiga a acelerar cada vez mais. Algo que é compensado pela tranquilizadora sensação de controle para quem dirige o RS6 Avant. A percepção é de domínio absoluto. Quando é necessário frear forte para entrar numa “chicane” mais travada, os dispositivos eletrônicos se encarregam de parar o carro de forma segura e progressiva, sem sustos nem sacolejos. No final do circuito, o cheiro dos freios de cerâmica superaquecidos deixa claro que o circuito foi aproveitado de forma radical, como deveria ser. O RS6 pode não ser o Audi mais rápido e veloz – existem o cupês esportivo R8 que cumpre essa função. Mas sem dúvida é o carro que conjuga tudo o que a marca das argolas oferece de melhor em termos de esportividade, tecnologia e conforto. O certo mesmo é que o RS6 Avant não é um veículo pelo qual o motorista passe impunemente. A perua da Audi é singular. E deixa indeléveis saudades em quem tem chance de andar forte com ela.
Ficha técnica
Audi RS6 Avant Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.993 cm³, com oito cilindros em V, biturbo, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas variável. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração. Potência máxima: 560 cv entre 5.700 e 6.600 rpm. Torque máximo: 71,3 kgfm entre 1.750 e 5.500 rpm. Diâmetro e curso: 84,5 mm x 89,0 mm.
Taxa de compressão: 10,5:1. Aceleração de zero a 100 km/h: 3,9 segundos Velocidade máxima: 305 km/h. Suspensão: Dianteira independente do tipo Five-link, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas a ar e amortecedores hidráulicos. Oferece controle de estabilidade. Pneus: 275/35 R21. Freios: Discos de cerâmica na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Station wagon em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,97 metros de comprimento, 1,93 m de largura, 1,43 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Peso: 2.010 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 565 litros. Tanque de combustível: 75 litros. Produção: Neckarsulm, Alemanha. Lançamento mundial: 2013. Lançamento no Brasil: 2013 Itens de série: Ar-condicionado automático, direção elétrica, trio elétrico, computador de bordo, volante multifuncional, partida por botão, rádio/CD/MP3/USB/ iPod/Bluetooth, bancos dianteiros com ajuste de altura, airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de estabilidade e de tração, ABS com EBD, assistência de frenagem de emergência e sensor de chuva com acionamento de farol baixo. Preço: R$ 550 mil (estimado). Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
15
16
veículos
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Transmissão de tecnologia – A Peugeot aposentou o obsoleto câmbio de quatro marchas do 308 para a linha 2014. O modelo agora vem com uma transmissão automática de seis velocidade na versão 2.0 Allure – que ainda é disponível com câmbio manual. De acordo com a marca francesa, o novo componente, além de melhorar o desempenho, reduz o consumo do modelo em até 5%. Agora o carro, que produz 151/143 cv – etanol/gasolina, passa a acelerar de zero a 100 km/h em 9,1 segundos – 0,8 segundo a menos que com a caixa anterior. Além do câmbio, o 308 recebeu aprimoramentos na suspensão. Os preços agora estão situados entre R$ 52.990 e R$ 74.990. Poder estelar – Prestes a desembarcar no Brasil, a Mercedes fez uma pré-estreia do novo A45 AMG em um evento náutico em São Paulo. O hatch, “apimentado” pela divisão esportiva da marca alemã, chega por aqui em dezembro ostentando o motor quatro cilindros de série mais potente do mundo. Trata-se de um propulsor 2.0 litros turbo capaz de gerar impressionantes 360 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. Com o câmbio de sete marchas e dupla embreagem, o hatch atinge os 100 km/h em 4,6 segundos. O preço ainda não foi definido, mas deve beirar os R$ 250 mil Velocitá – O novo Alfa Romeo 4C conseguiu uma façanha no tradicional Circuito de Nurburgring, na Alemanha. O modelo da marca italiana completou uma volta em oito minutos e quatro segundos e igualou a marca do Porsche Cayman S para carros com menos de 250 cv de potência. O tempo obtido, por exemplo, é quatro segundos mais rápido que um Megane RS 265 e um segundo a menos que o obtido pelo BMW M3, ambos mais potentes. O 4C é dotado de um motor 1.7 litro turbo de 240 cv e 35,7 kgfm de torque. Chance zero – A Audi pôs um ponto final na esperança daqueles que acreditavam que o Nanuk – sensação do último Salão de Frankfurt – virasse carro de produção. De acordo com Stephan Reil, engenheiro-chefe da divisão Quattro da marca alemã, o conceito foi criado apenas para satisfazer a vontade de Ferdinand Piëch, CEO do Grupo Volkswagen, que queria uma versão Audi do Giugiaro Italdesign Parcour. Outro modelo que não verá a luz do dia é o A8 RS. Segundo o próprio Reil, qualquer
modelo RS precisa oferecer entre 20 e 25% mais potência que na versão S. Como o S8 já possui 520 cv, o RS8 teria que gerar 625 cv no mínimo. Desempenho muito superior aos 525 cv do superesportivo R8. Amarelinho – Depois de alcançar grande popularidade entre os taxistas de Nova Iorque, Chicago, Miami e Los Angeles, o Ford Transit Connect chega às ruas de Hong Kong como táxi oficial da cidade. A carroceria do modelo é especialmente redesenhada para trabalhar com este tipo de serviço, já que tem piso rebaixado, que permite acesso mais fácil ao interior do veículo, além do formato do teto que facilita a colocação de publicidade. Com espaço para cinco passageiros, o Transit Connect é equipado com motor quatro cilindros de 2.5 litros, movido a gás natural comprimido e GLP.
Fotos: Divulgação
Peugeot 308 2014
Mais um – Um terceiro modelo elétrico da Nissan pode aparecer em breve. Com a experiência do Leaf e da minivan NV200 EV, a marca japonesa estaria planejando uma versão “verde” do crossover médio Qashqai. Em entrevista ao site da revista inglesa “AutoCar”, o chefe de marketing da Nissan na Europa, Guillaume Cartier, disse que a variante elétrica é desejada por boa parte da cúpula da fabricante e deve ser oferecida depois que o novo modelo se firmar no mercado. Brecada estratégica – O negócio envolvendo a venda PSA Peugeot-Citroën à marca chinesa Dongfeng esfriou. De acordo com o site “Automotive News Europe” os negociadores que foram até a China não conseguiram a assinatura do contrato de intenção de compra de ações da PSA pela fabricante asiática. Ainda segundo a publicação, a Dongfeng não teria pressa para investir no grupo francês, em uma tentativa de reduzir o preço das ações, estimadas em 3 bilhões de euros para algo entre 20 e 30% da PSA. Êxito imediato – Com apenas três meses de mercado, o novo Mercedes-Benz Classe S dá pistas que será um sucesso. O luxuoso sedã da marca alemã já tem mais de 30 mil pedidos em todo o mundo. Para efeito de comparação, a geração anterior comercializou cerca de 65 mil unidades durante todo o ano de 2012. E esse número pode aumentar ainda mais com a chegada da versão S65 AMG, que virá equipada com um motor V12 de 6.0 litros e 630 cv de potência e monstruosos 103 kgfm de torque.
Alfa Romeo 4C
Mercedes-Benz A45 AMG
veículos eículos
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
17
Chave na mão por AUGUSTO PALADINO/autopress
A espera finalmente acabou. Passados sete meses da apre sentação no Salão de Genebra, na Suíça, a McLaren entregou a primeira das 375 unidades previstas para o P1. O proprietário recebeu as chaves do superesportivo híbrido na fábrica da marca britânica em Woking, na Inglaterra. O milionário pagou 1,3 milhão de euros pelo modelo – cerca de R$ 3,8 milhões. O P1 tem um conjunto composto por um motor a combustão que gera 916 cv aliado a outro elétrico que desenvolve adicionais 179 cv. Com esses números, o superesportivo chega a 100 km/h em menos de três segundos e atinge a velocidade máxima de 350 km/h.
Foto: Divulgação
McLaren P1
18
veículos
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
Harley-Davidson Electra Glide Ultra atualizada acelera nas estradas italianas por Igor Macário/AutoPress
Mesmo os eventuais clássicos precisam de atualizações. A Harley-Davidson ouviu seus compradores por um período de quatro anos e agora começou a fazer as primeiras modificações com base nos dados obtidos pela pesquisa. A marca americana lançou o Projeto Rushmore para a linha 2014, que aplica diversos aperfeiçoamentos mecânicos e de design nas motocicletas. Inicialmente implantado em três motos, as Electra Glide Ultra – Classic e Limited –, Street Glide e Road King Classic, o objetivo de melhorar a interação dos usuários com seus veículos. O nome do Projeto vem do monte esculpido com as faces dos ex-presidentes norte-americanos George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, no estado da Dacota do Sul, Estados Unidos. Os três modelos foram escolhidos por usarem o mesmo motor, o Twin Cam 103 – em alusão ao volume de deslocamento em polegadas cúbicas. O dois cilindros de 1.690 cm³ teve o cabeçote refeito, que passa a usar um sistema de refrigeração dupla, com arrefecimento líquido para o cabeçote e a ar para o bloco. O sistema de admissão é novo e privilegia mais força em baixas rotações. O torque agora chega a 14,4 kgfm a 3.250 rotações. A potência exata, como de praxe, é escondida pela Harley. Com ele, a marca promete mais suavidade e linearidade no funcionamento. Para os ocupantes, mais melhorias. Os bancos foram redesenhados para ampliar o conforto, assim como manetes e comandos à disposição do piloto. O sistema de entretenimento com GPS Infotaintment ganhou uma tela maior, com 4,3 polegadas, embutida no painel. Ele se conecta com telefones celulares através de uma entrada USB – localizada num pequeno porta-objetos à direita do sistema – ou por Bluetooth. Também pode ser operado por voz ou botões específicos. O sistema de som ainda traz alto-falantes de 5,25 polegadas localizados nas laterais do assento traseiro e um amplificador mais potente. Visualmente, a Electra Glide teve os baús laterais e traseiro reformulados – agora podem ser operados apenas com uma das mãos. Eles também ganharam nova iluminação por leds. Na frente, o farol é novo, com luzes diurnas e dois blocos elípticos para os fachos baixo e alto, além das unidades de neblina nas laterais. Ela não é uma moto barata – na Europa, custa 27.700 euros, o equivalente a R$ 83 mil. Por aqui, a Electra Glide Ultra Classic anterior custava mais de R$ 100 mil, patamar que deve ser mantido com a nova gama beneficiada pelo Projeto Rushmore.
Impressões ao pilotar
Companheira de peso por Carlo Valente do Infomotori/Itália
exclusivo para Auto Press Mottarone/Itália – Antes mesmo de subir na Electra Glide, as novidades já saltam aos olhos. O mecanismo de tranca dos baús laterais foi mexido e está bem mais prático. Visualmente ele está mais compacto, mas na verdade tem maior volume interno. Além disso, os controles de luzes e setas foram redesenhados e permitem ser operados com luvas grossas de frio sem problemas. Enquanto isso, o sistema de entretenimento também está mais fácil de ser usado. Ainda que seja recomendável parar para fazer isso, é possível executar funções simples, como mudar de estação de rádio ou aumentar o volume da música, sem desviar muito a atenção da estrada. O motor Twin Cam de 1.690 cm³ ruge alto quando é dada a partida, mas logo se aquieta numa marcha lenta suave e silenciosa. Mesmo com elevados 394 kg de peso seco, a Electra Glide Ultra Classic se movimenta com serena graciosidade. O assento baixo e o enorme guidão dão estabilidade e é até possível transitar em meio urbano sem tanta dificuldade. O motor aprimorado pelo Projeto Rushmore ficou mais confortável e é fácil viajar por horas a fio sobre a motocicleta. Além disso, as mudanças no propulsor elevaram o torque e otimizaram a distribuição. A força agora é mais plena em praticamente todo o regime de utilização. Os freios também estão mais precisos e o funcionamento da eletrônica perceptível. Ao acionar o manete a velocidades acima dos 40 km/h, as pinças da frente trabalham, mas numa frenagem mais forte, a força é distribuída para a traseira com suavidade.
Ficha técnica
Harley-Davidson Electra Glide Ultra Classic Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.690 cm³, dois cilindros em V, duas válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e refrigeração mista. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: Não divulgada. Torque máximo: 14,4 kgfm a 3.250 rpm. Diâmetro e curso: 98,4 mm X 111,1 mm. Taxa de compressão: 9,7:1. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico e mola helicoidal. Traseira com monoamortecedor e mola helicoidal. Pneus: 130/80 R17 na frente e 180/65 R16 atrás. Freios: Discos simples de 320 mm de diâmetro e pinça com quatro pistões na frente e atrás. Dimensões: 2,60 metros de comprimento total, 0,97 m de largura, 1,45 m de altura, 1,62 m de distância entre-eixos e 0,74 m de altura do assento. Peso em ordem de marcha: 399 kg. Tanque do combustível: 22,7 litros. Produção: York, Estados Unidos. Lançamento mundial: 2013. Preço na Itália: 27.700 euros, equivalente a R$ 83 mil.
Fotos: Divulgação
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013
19
20
Jornal do Meio 718 Sexta 15 • Novembro • 2013