Braganรงa Paulista
Sexta
06 Dezembro 2013
Nยบ 721 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 721 Sexta 6 • Dezembro • 2013
A alegria
Expediente
do evangelho por Mons. Giovanni Baresse
Com o título acima o Papa Francisco envia sua exortação à Igreja. Como não sou afeito a ler documentos n o co mp utador, ainda prefiro livros e brochuras, olhei as grandes linhas que o documento propõe. Mais adiante espero poder oferecer um comentário. Hoje gostaria só de me ater a alguns comentários que li em jornais. No conjunto há elogios. Mas há uma observação que me chamou a atenção: o Papa Francisco ainda mantém atitudes conservadoras em relação ao aborto, uniões homo afetivas, etc. Penso que é preciso deixar claro que há pontos cardeais que norteiam a fé vivida na Igreja. Conversarei sobre dois: a não aceitação do aborto e a sacramentalidade do matrimônio na perspectiva da antropologia bíblica. Claro que isso não significa a condenação ao inferno de quem pensa
diferente. Trata-se de deixar claras quais as razões pelas quais o Magistério da Igreja tem seu posicionamento. Quanto ao aborto: ninguém desconhece o drama. E nenhuma mulher o pratica, normalmente, sem viver grande angústia que costuma sem peso carregado por toda vida. Não se trata de condenar quem o praticou. Trata-se de buscar soluções para que isso não aconteça. O caso mais dolorido é o das vítimas de estupro. Como levar a termo gravidez que é fruto de violência? O que a Igreja aponta é um projeto de humanização. No sentido de que a sociedade se organizasse de tal forma que a mulher agredida pudesse, com assistência psicológica, médica, econômica, espiritual, não eliminar a vida gerada, mas tivesse condições de dar-lhe vida para que pudesse ser adotada. Não é proposta
fácil. E, certamente, muitos acharão que é utopia irrealizável. Mas será que não temos recursos, no fundo de nosso ser, para dar passos maiores do que os que julgamos possíveis? É desafiador nos nossos tempos pensar em sacrifícios para chegar a um fim dignificante. Junte-se a isso o triste quadro da assistência à saúde em que vivemos. Como agir quando uma mulher violentada busca o aborto? Não há outra atitude que a misericórdia. E ajuda-la a reconstruir a confiança na própria dignidade e a não perder o sentido da vivência amorosa, manifestada também na linguagem sexual, expressão não só de comunhão de corpos, mas de vida. Quanto à sacramentalidade do Matrimônio: a doutrina da Igreja não mudará na essência. Continua válido o que Jesus afirma no Evangelho de Mateus (capítulo 19).
As uniões homo afetivas não correspondem à fé. Qual a atitude pastoral em relação a elas? Também qual a atitude diante dos casamentos que se rompem? Creio que aqui estão os passos que se possam dar e que seriam “progressistas”, embora não sejam novidades porque fazem parte do dia a dia do exercício dos padres em suas comunidades: o acolhimento, a compreensão, a busca do diálogo. No caso dos casamentos desfeitos, como já escrevi em outras ocasiões, passar-se-ia pelo esforço da desburocratização. Possivelmente estabelecendo em cada diocese um trabalho que simplificasse a prática atual. Quem sabe o próprio bispo diocesano, com o testemunho dos sacerdotes responsáveis pelas comunidades, pudessem reconhecer as situações de fato. E, também, tratar de maneira distinta quem é
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
vítima da separação e quem é o agente causador. No caso das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo não se exclui o acolhimento e a busca de diálogo. E a lealdade na apresentação dos princípios, para mim, será o primeiro gesto para não demonizar as pessoas. Há que se buscar sempre iluminar as situações com a certeza do amor de Deus sobre todos. E, com imenso coração, acompanhar os passos dos que não conseguem compreender porque nem todas as decisões humanas correspondem ao desígnio divino.
Informática & tecnologia
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Gamemania Por ALEXANDRE ORRICO /FOLHAPRESS
Já se passaram 15 anos desde que a cobrinha do game “Snake” serpenteou em um Nokia 6110, o famoso “tijolão”, primeiro telefone a ter algo do tipo já na memória. Depois dele, o jogo apareceu em mais de 350 milhões de celulares e formou o embrião do mercado de games móveis, que hoje corresponde a 15% dos US$ 70 bilhões que serão movimentados pela indústria global do setor até o fim de 2013, segundo a consultoria Newzoo. O setor é impulsionado pelo uso crescente de smartphones: são 1,5 bilhão em todo o mundo, número que deve dobrar em dois anos, de acordo com dados da ABI Research. América Latina e Ásia são os continentes que mais rapidamente substituem os limitados celulares de entrada por telefones inteligentes. “Cada smartphone é um console em potencial. Faça um teste: pegue seu telefone e acesse a lista de mais baixados’, não importa qual seja o sistema do aparelho. Você vai ver que pelo menos 50% dos aplicativos são jogos, gratuitos ou pagos” disse à Folha Tuong Nguyen, analista da Gartner. As vendas do mercado tradicional de games, consoles e acessórios registraram em agosto deste ano um modesto crescimento de 1% em comparação com o mesmo mês de 2012, segundo dados da NPD Group. Mesmo assim, a alta
foi comemorada: é o primeiro número positivo desde outubro de 2011. A grama é mais verde do lado dos games móveis, que têm um crescimento de cerca de 30% ao ano pelo menos até 2016, de acordo com estimativa da Research and Markets. No Brasil, a moça que joga “Candy Crush” no metrô, o senhor que se diverte com “Angry Birds” na fila do banco ou o adolescente que joga uma partida de “Fifa” antes de dormir fazem parte dos 40% dos usuários de smartphones que usam o aparelho para jogar, além de acessar e-mails e redes sociais, mostram dados do Ibope. “O momento dos jogos móveis no mundo é muito bom, mas no Brasil é excelente. É um potencial de crescimento único”, afirma Igor Nocima, gerente da produtora de games Square Enix para América Latina. Famosa por títulos para consoles como a série “Final Fantasy”, a Square Enix diz que colocou o mercado móvel como prioridade total. E outras gigantes do setor, como Electronic Arts e Konami, também estão de olho nas oportunidades criadas pelo segmento.
Na palma da mão
Confira seleção de melhores smartphones para games, além de dicas dos melhores jogos e acessórios.
Alexandre orrico
É difícil eleger um único smartphone como o melhor para games. São muitas variáveis a se levar em consideração: qualidade e tamanho da tela, para que os jogos sejam confortáveis de controlar e visualizar; velocidade do processador e memória RAM, para que o aparelho não trave nem engasgue’; espaço disponível, já que alguns games chegam a ultrapassar a marca dos Gbytes em tamanho; e bateria, afinal, um telefone que não dura muito tempo longe da tomada não é o mais indicado para a tarefa de console móvel. Também é importante prestar atenção aos sistemas, cada um com seus prós e contras --iOS é prioridade dos desenvolvedores e tem muitos exclusivos; Android suporta emuladores e tem bastante jogos gratuito; Windows Phone 8 tem integração com Xbox e Windows 8. Com base nestes aspectos, foi possível indicar quatro melhores aparelhos, além de os melhores jogos e acessórios.
Celulares podem ser ligados à TV para jogatina
Sim, os smartphones estão com telas cada vez melhores. Cores vibrantes e alta definição estão presentes nos mais atuais modelos de topo de linha disponíveis, não importa com qual sistema. Mas jogar em uma tela HD de uma grande
TV ainda é experiência inalcançável. A questão tem solução; confira abaixo dicas de como conectar seu telefone a uma TV.
Conexão por cabo HDMI
Se você planeja utilizar outro controle como joystick de seu celular que não a própria tela do dispositivo, a melhor opção é conectá-lo à TV por meio da entrada microHDMI. Se o smartphone não possuir uma entrada microHDMI nativa, é possível comprar um adaptador, disponível a partir de R$ 80 em sites como o MercadoLivre ou Balão da Informática --mas não funciona com aparelhos com iOS.
Conexão sem cabos
A função AirPlay, nativa no iPhone 5, faz streaming do que estiver no telefone para a televisão, via Apple TV. O dispositivo Chromecast, do Google, faz a mesma função no Android; os aparelhos ficam livres de fios para serem utilizados como controles.
Aplicativos
O Sixaxis Controller, para Android, serve para parear o controle de PS3 com celulares; já o Plex, para Android, iOS e Windows Phone, transforma os telefones em centrais de mídia, capazes de transmitir, pela rede wi-fi, conteúdo (incluindo jogos) de computadores desktop para a TV da sala.
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Espécie rara Jornal do Meio 721 Sexta 6 • Dezembro • 2013
Bem humorado e sempre de bem com a vida, Seu Osório é um exemplo para os descontentes
Shel Almeida
Se um dia se sentir cansado do até o ponto da jardineira. De lá, a jaremprego, com preguiça de ir dineira levava o leite pra cidade. Era o trabalhar e cogitar uma forma de leite que o patrão mandava pra família burlar o serviço, lembre-se do Sr. que vivia no centro. Depois, na volta, Osório Rodrigues, de 71 anos, motorista ainda passava no ponto de novo pra profissional há 53. Ele nunca faltou ao buscar o latão. Eu tinha sete anos nesse trabalho. Nas únicas ocasiões em que época. Depois, aos dez, eu fui trabalhar precisou de dispensa, foi por conta de no armazém do Seu Antônio Gesuatto. algum falecimento na família. Quando Trabalhei desde cedo mas nunca perdi precisa ir ao médico ou ao dentista, avi- aula. Desde dessa época nunca gostei de faltar com as minhas sa ao chefe que irá tirar algumas horas de licença. Se você não gostar nem obrigações”, conta. Assim Vai à consulta e assim que de você mesmo, vai amar que deixou de viver no campo, Seu Osório cosai já volta ao trabalho. quem nessa vida? Comigo meçou a trabalhar como Não chega nem a precisar pedir atestado médico. E não tem isso, eu sou mais motorista, uma das paiainda tem a preocupação eu. Estou sempre sorrindo xões da sua vida. A outra de marcar consultas em porque não tenho motivo é o futebol. “Em 1961 eu vim pra cidade e fazia dias que sabe que tem pra ficar triste uns bicos. Trabalhei com entrega a fazer perto do Seu Osório o Tarquínio no Porto de consultório, para não preAreia Santo Antônio, tracisar se desviar do trajeto e, consequentemente, não gastar mais balhei na Auto Viação Bragança, sempre tempo além do necessário. “Pra mim, como motorista. Em 53 anos que tenho não tem hora pra largar o serviço, não habilitação, só tenho duas ocorrências tem hora pra almoçar. Se tenho que na carteira, e ainda porque bateram fazer uma entrega até tal hora, eu faço na minha traseira. Eu gosto muito de e depois eu paro. Acho que assim já dirigir, pra mim não tem estresse. Mas compensei todas as horas que usei pra tem que ter toda a atenção no trânsito pra lidar com as imprudências. Além de ir ao médico”, brinca. Para Seu Osório não existe dificuldade. dirigir, eu sempre gostei de jogar futebol, Ele faz o que precisa ser feito. Há 20 joguei por 30 anos, jogava no time do anos trabalhando como motorista de Guaripocaba e disputava campeonato caminhão em uma loja de materiais de amador. O Tarquínio era o presidente, construção no Parque Brasil, somente foi o pai dele, Seu Felício Tomazetto há dois meses ele tem voltado com o que construiu o estádio do clube. Mas veículo para casa, no bairro do Tanque eu já aposentei a chuteira, agora só pela do Moinho. Antes não havia lugar apro- televisão”. fala. priado para estacionar o caminhão da E aproveita para contar mais uma hisfirma e só recentemente ele conseguiu tória: “Em 1962 eu ia catar abóbora no vaga em um estacionamento próximo. mato o dia todo para de noite ir vender “Isso facilitou bastante. Antes eu levan- no Rio de Janeiro. E não eram essas tava às 5h30 da manhã e ia a pé até o abóboras igual as de hoje não, eram trabalho, do outro lado da cidade. Em umas abóboras de 40 kg, que precisava meia hora em estava lá. Não ia de carro de mais de uma pessoa pra carregar. A porque não gosto de deixar estacionado plantação era de japoneses, que vendiam o dia inteiro no sol e o horário de ônibus pro meu patrão. Eu ajudava a colher e é ruim, além de que, eu teria que pegar entregava. Viajava a noite inteira, nem lembrava de ficar cansado. Quando os dois ônibus pra chegar até lá,” conta. outros iam descarregar eu dava uma cochilada. Saia dali e já atravessava a Quem apresentou o simpático Seu balsa, pra carregar sal em Araruana e Osório ao Jornal do Meio foi o amigo de Cabo Frio e trazer pra São Paulo. Naquela muitos anos Tarquínio Tomazetto, que época nem tinha a Ponte Rio/Niterói. De o conheceu quando trabalharam juntos. lá já voltava direto”, lembra. Seu Tarquínio foi patrão de Seu Osório por 10 anos, entre 1968 e 1978. “Precisei dispensá-lo quando a firma fechou, mas “Estou nessa firma desde 1993. Me apoa amizade continua até hoje. Ele é um sentei em 2001 e continuo trabalhando grande exemplo pra todo mundo. Além porque eu adoro, mas continuo registrade trabalhador é muito econômico, tudo do. Nunca passei por cima de ninguém o que ele tem, ele construiu sozinho”, e tenho liberdade de fazer o que é bom fala Seu Tarquínio. pra firma”, diz. Seu Tarquínio confirma “A vida é boa demais, o homem é que não e elogia o amigo: “Ele dá exemplo todo sabe viver. Toda a felicidade que Deus dia de honestidade e trabalho. Se cada me dá eu sinto que tenho que dividir com um fizesse metade do que ele faz, tudo o próximo. Eu não tenho uma marca no seria bem melhor. Nem vício ele tem, corpo, nunca quebrei nada, nunca fiquei nunca bebeu, nunca fumou”, fala. internado nem precisei passar um dia “Eu tenho uma felicidade de viver que sequer no hospital. Vou reclamar do que? pouca gente tem. Não tenho problema Às vezes eu fico assustado porque hoje nenhum na vida, durmo bem, como bem. em dia parece que não tem ninguém Trabalho de segunda a sexta o dia todo contente com nada, reclamam do corpo, e nos sábados até a hora do almoço. reclamam do que fazem, reclamam do Quando estou em casa não consigo ficar que têm, reclamam de quem são. Mas parado, fico procurando coisas pra coneu sempre procuro passar o lado bom da certar. Só paro pra assistir futebol”, diz. vida para os que estão chegando agora. Luiz Armando de Godoi Marchelli, atual Se você não gostar nem de você mesmo, patrão de Seu Osório e proprietário da vai amar quem nessa vida? Comigo não Parque Brasil Material de Construção, tem isso, eu sou mais eu. Agradeço a confirma e também elogia: “Ele é uma Deus todo dia pela vida que eu tenho espécie rara da raça humana. É comue estou sempre sorrindo porque não nicativo, está sempre bem humorado, tenho motivo pra ficar triste”, reflete trabalhador, é uma pessoa vivida e Seu Osório. muito sabida. Nunca traz problema. Bom de papo, ele gosta de contar algu- Essa semana fui licenciar os caminhões mas lembranças como, por exemplo, e o dele não tem nenhuma multa. Ele é sobre seu primeiro trabalho, ainda na mais do que um exemplo, é uma exceinfância. “Eu nasci no Bairro do Agu- ção, pela disposição que ele tem. Hoje do, na Fazenda Santana e fui criado na em dia as pessoas querem emprego, Fazenda do Seu Júlio Bonucci. Andava mas não querem serviço. Ele nunca todo dia 5 km para chegar até a escola, reclama de nada, tem um coração carregando uma latão de leite pra levar de criança”, diz.
Seu Osório só vê o lado bom da vida. “A vida é boa demais, o homem é que não sabe viver. Toda a felicidade que Deus me dá eu sinto que tenho que dividir com o próximo”.
Seu Osório com o amigo Tarquínio, que foi seu patrão por 10 anos. Ele dá exemplo todo dia de honestidade e trabalho. Se cada um fizesse metade do que ele faz, tudo seria bem melhor”, diz o amigo.
Vida boa
Exemplo
‘Trabalhei desde muito cedo, mas nunca perdi aula. Nunca gostei de faltar com as minhas obrigações”
Seu Osório e o caminhão que é seu companheiro de trabalho há 20 anos. “Ele é mais do que um exemplo, é uma exceção, pela disposição que ele tem. Hoje em dia as pessoas querem emprego, mas não querem serviço. Ele nunca reclama de nada, é um espécie rara na raça humana”, diz o atual patrão, Luiz Armando de Godoi Marchelli.
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Casos e Causos
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Juro que é verdade Por Marcus Valle
JURO QUE É VERDADE XLI
assustados acordamos, eram 3:15 da manhã. Arnaldo atende o telefone meio
No começo da minha carreira de advogado, eu trabalhava em todas
sonolento e é avisado por uma voz feminina que dois vereadores paulistas
as áreas, inclusive direito de família que é bastante conflituoso. Mas,
haviam morrido de acidente automobilístico na BR que passava em frente o
eu sempre procurava conciliar os casais para evitar uma separação precipi-
hotel. Achamos que no outro dia haveria no congresso uma homenagem aos
tada. Certa vez eu conversava com os dois juntos, era mês de Junho, dia do
mortos, mas ao irmos no plenário ninguém fez menção a nenhum acidente.
meu aniversário, e a mulher começou a falar que o marido era boa pessoa,
Perguntamos pra todo mundo, mas vimos que a notícia não procedia.
trabalhador, mas que não ligava pra ela, que ela ficava só em casa, e eles nem
À noite estávamos os dois prontos para sair no carro que alugamos, eu na
saiam juntos pra ir jantar fora. Nisso, o rapaz interrompeu e disse: ISSO
direção. Ao chegar a BR, me deu um clique e eu falei para o Arnaldo que não
NÃO É VERDADE. NÓS FOMOS COMER UMA PIZZA NA ESTÂNCIA NA
ia mais, poderia parecer superstição, loucura, mas aquele telefonema (provav-
VESPERA DO NATAL
elmente um trote) me assustou. Arnaldo falou: PARA DE SER ENCANADO e eu respondi que ele deveria ir sozinho se quisesse. Ele não quis... e ficamos
JURO QUE É VERDADE XLII
assistindo filme na televisão do hotel, FOI MEEEEERA PRECAUÇÃO.
Certa vez, fui com meu amigo, advogado Marcelo, ao jogo Portuguesa x São Paulo no Canindé. Antes, passei no Shopping D, onde comprei um agasalho
JURO QUE É VERDADE XLIV
da Portuguesa por R$ 200,00. Marcelo (São-paulino) me gozou, dizendo que
Anos 80. Fomos para a rua Augusta em São Paulo, que era o auge da moda.
com esse mesmo valor havia comprado numa loja ao lado um terno completo
Estávamos num TL horroroso,velho e com banco de oncinha, dirigido pelo
(Colombo) com camisa e meia incluídas. Argumentei que o terno não devia
Paulo Tucci, em 4: ele, eu na frente, Catapano e Wilson Villaça atrás. Nisso...
ser muito bom, e ele disse que era tudo a mesma coisa e que não ligava para
para ao lado uma garota maravilhosa, solitária, num carro conversível do
grifes. Uns dois meses depois, fui assistir um júri onde ele estava atuando e
ano, e o transito engarrafa. Catapano, sempre otimista, fala no meu ouvido:
observei que ele estreava o terno. Bom advogado que é, argumentava com
CHEGA NELA.......CHEGA NELA, Eu olho de lado rapidamente, e numa
bastante vigor, quando o Promotor, irritado, lhe aparteou. De forma rápida, ele
demonstração composta de grande personalidade e realismo respondo:.....
retorquiu e gesticulou os braços na direção de seu oponente. E dai..... reque,
NÃO TENHO CONDIÇÔES PSICOLOGICAS
reque... a manga se soltou em pleno júri. Pelo menos, o meu agasalho da Portuguesa nunca soltou a manga.... e olha que já torci, gesticulei e comemorei
JURO QUE É VERDADE XLV
muito com ele.
O Dr. Galvão Mota, dentista, sempre foi uma pessoa super pacífica e educada. Certa vez foi ao Rio de Janeiro e quando caminhava por uma rua foi assaltado
JURO QUE É VERDADE XLIII
por um elemento armado. Galvão entregou a carteira, o cara pegou e viu que
Década de 80. Congresso de Vereadores em Natal.
nela tinha pouco mais que 30 reais. O bandido gritou: PÔ SÓ TEM ESSA
Estávamos hospedados no mesmo quarto, eu e o vereador Arnaldo Carvalho
MERRECA. Galvão balbuciou: O SENHOR DESCULPE....É QUE EU
Pinto. De repente, no meio da madrugada toca o telefone do quarto e nós
NÃO SABIA QUE IA SER ASSALTADO
Reflexão e Práxis
Administração Pública Por pedro marcelo galasso
A ideia de Administração Públi-
público zelar pelo bom uso dos recursos
problemas encontrados, identificando os
gramação e o planejamento das ações
ca carrega consigo um conjunto
financeiros e equilibrar seu orçamento,
planos de governo com funções específicas
segundo seu plano de governo e este é
de práticas e tarefas que devem
segundo a lógica de arrecadação e de re-
e com as suas atividades condicionadas
desrespeitado ou posto de lado, o que
atender as demandas do interesse públi-
cursos. Esta questão pode ser motivo de
por objetivos que respeitem as normas
resta quando assistimos o uso abusivo da
co e que se concretiza nas tarefas e nas
discordâncias e de críticas quanto os recur-
e as determinações jurídicas desde que
autoridade e da liberdade que permitem
incumbências dos poderes executivos,
sos são utilizados de forma irresponsável
orientadas para a justa distribuição e
o desrespeito ou a desconsideração do
em qualquer uma de suas esferas.
ou aparentemente irresponsável, pois os
coordenação dos trabalhos no interior do
corpo coletivo? O que nos resta quando
Vemos, portanto, um conjunto de ações
meandros que envolvem o poder público
corpo coletivo considerado.
os interesses privados estabelecem as
coletivas que competem ao governo
são por demais confusos para aqueles que
Entretanto, não assistimos estas preocupa-
ações do poder público, transformado
dentro do seu quadro de decisões e de
não pertencem ao seu restrito círculo.
ções nos nossos homens públicos e muito
agora em poder privado e que anula
comando, bem como a realização de
Cabe à Administração Pública a correta
menos nos planos de governo apresenta-
toda uma gama de interesses coletivos?
empreendimentos definidos por atos e
definição dos fins a serem atingidos e a
dos, pois o que rege a Política brasileira
É estranho pensar que a mesma liberda-
por leis que são regidos por normas ju-
coordenações de ações que levem ao aten-
são os interesses particulares ou políticos
de democrática dada ao poder público
rídicas e, por vezes, normas partidárias
dimento das demandas sociais, ou seja, as
partidários e que, por sua vez, alteram a
sirva de base para a institucionalização
ou normas que fogem a lógica pública
ações são realizadas, primordialmente, para
ordem das necessidades coletivas postas,
da prática de interesses que abalam a
por estarem atreladas aos interesses po-
que os problemas coletivos sejam resolvidos
agora, em segundo plano.
confiança na democracia representativa
líticos e partidários, frutos das famosas
e estejam acima dos interesses particulares
Curioso é pensar que esta inversão,
e permita que práticas, que são con-
e ilógicas alianças políticas já viscerais
que precisam ser colocados em segundo plano.
prejudicial ao corpo coletivo, nasce da
trárias aos planos de governos, sejam
às ações políticas brasileiras.
Já que a sociedade é resultado de interações
possibilidade da ação executiva planejar
legais e atuem contra a ordem pública
Não podemos nos esquecer de que as de-
coletivas, estas são as mais importantes e
seus objetivos e suas ações sem que haja a
ela deveria defender.
terminações e as limitações econômicas
as primeiras a serem consideradas.
necessidade de observar aquilo que o plano
E, sejamos francos, não estamos tão distan-
que envolvem os poderes criam formas
Caso esta leitura esteja correta e seja
de governo propunha, criando ainda um
tes desta realidade em Bragança Paulista.
de intervenções técnicas e materiais que
coerente, os administradores públicos
amplo espaço para as formas de atuação e
podem ou não atender aos anseios e as
eleitos por conta de seus planos de governo
que nem sempre são as mais apropriadas.
Pedro Marcelo Galasso – cientista polí-
reais necessidades do um dado município,
precisam apresentar seus objetivos e inte-
Imaginemos que a função primordial do
tico, professor e escritor.
por exemplo. Além disso, cabe ao poder
resses de forma clara e condizente com os
poder público seja, exatamente, a pro-
E-mail: p.m.galasso@gmail.com
SPASSU da Elegância
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O Terço das Noivas Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
Para simbolizar a pureza e impor-
Existem diversos modelos: de madrepé-
tância do momento, muitas noivas
rola, cristal, quartzo branco, pérolas...
escolhem entrar na igreja com um
Para economizar, não é preciso comprar
terço em mãos. No entanto, se a mulher
um terço: é possível alugar uma peça
realmente não acredita na simbologia e
bem elaborada e usá-la apenas no dia do
função do item religioso, é melhor dis-
casamento. Sem dúvida, esse terço em
pensá-lo e optar apenas pelo buquê. O
especial passa a carregar uma forte sim-
perfil da noiva que faz questão do terço
bologia que vai muito além da cerimônia
é sempre mais tradicional e religioso.
religiosa e envolve o casamento em si e
Existem várias possibilidades de car-
algumas noivas acabam por compra-lo
regar o acessório até o altar: pode ser
ao invés de alugar.
usado enrolado na mão ou no buquê e até escondido dentro da mão, mas não
Mande suas sugestões para nosso e-mail,
é preciso seguir uma regra, visto que ele
spassuplazanoivas@yahoo.com.br Podemos
possui um significado de fé. A maneira
auxiliá-los em suas dúvidas! Acesse nosso
mais comum de usar o terço é enrolado
Facebook: Spassu Plaza. Ou se preferir,
na mesma mão com que a noiva vai car-
venha conhecer nossa loja, estaremos
regar o buquê.
prontas para atendê-los.
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Caderno
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C om muita alegria, trago hoje mais duas gracinhas de bebês. Duas
os pais participam da sessão dedicando um tempinho especial para
princesinhas que, graciosamente mostram toda sua beleza natural do
seu bebê num clima muito gostoso. Uma experiência incrível! Eu tive
começo da vida. Imaginem só você ter uma lembrança tão especial
um professor que dizia que o melhor documentário de família que
do rostinho mais fofo do começo da vida do seu bebê. Sem contar
existe é a fotografia! Então se você deseja eternizar seu bebê logo
que o primeiro ano de vida é o ano que mais crescemos, ganhamos
no comecinho da vida, dê esse presente à vocês. Entre em contato
peso e modificamos de todos os outros da nossa vida toda.
conosco e agende seu horário. Um grande abraço,
Por isso o estilo “Newborn” eterniza esse momento que dura tão pouco. Além disso é um tipo de sessão que fortalece os laços familiares porque
Toleba.
Ponto Comercial • Café Centro – R$ 300.000,00 • Loja de Roupa Centro – R$ 110.000,00 • Banca de Jornal (Jd Europa) – R$ 60.000,00 Aluguel • Apto Centro – 2stes, 1 vaga – R$ 1.300,00 • Prédio Comercial Centro – A/C 1.200m ² – R$ 30.000,00 Venda • Casa Euroville – Alto padrão – R$ 950.000,00 Aceita imóvel -valor • Casa Ros. de Fátima – Alto padrão – R$ 2.100.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. América - Alto padrão – R$ 630.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. Primavera – R$ 350.000.00 • Apartamento D. Pedro I (Taboão) – R$ 500.000,00 • Apartamento Jd. Nova Bragança – R$ 350.000,00 Oportunidade
* Terreno comercial Jd. do Lago – 1.200m ² Rua da Cantina Bella Itália – R$ 600.000,00
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veículos
Jornal do Meio 721 Sexta 6 • Dezembro • 2013
Com motor diesel desenvolvido para a S10, Chevrolet TrailBlazer ganha novo impulso nas vendas por IGOR MACÁRIO/AUTO PRESS
Ao criar a TrailBlazer, em dezembro do ano passado, a Chevrolet queria voltar à briga dos utilitários esportivos médio-grandes. Mas, além da líder de vendas Toyota Hilux SW4, a marca norte-americana ainda encontrou no segmento outros rivais de preço e proposta semelhantes, como o Mitsubishi Pajero Dakar, Jeep Grand Cherokee e até modelos menores, como o Land Rover Freelander. As vendas não andavam muito animadas até setembro – menos de 200 unidades mensais –, quando a derivação SUV da S10 passou a ser equipada com o novo motor diesel desenvolvido para a picape, que ganhou mais potência e torque na linha 2014. A novidade “emprestada” ajudou a embalar as vendas da TrailBlazer, que cresceram mais de 50%. Beneficiada pela “economia de escala” que lhe deu o motor que foi renovado para a S10 – que vende mais de 4.500 unidades mensais e lidera com folgas o segmento de picapes médias –, a TrailBlazer tem no novo propulsor a maior novidade em sua linha 2014. A Chevrolet mudou o coletor de admissão do motor quatro cilindros 2.8 turbo com intercooler, e ainda fez alterações nos mapas de injeção, instalou novos pistões e recalibrou o sistema de recirculação de gases para mais eficiência. O resultado são os 200 cv e 50,1 kgfm de torque a 2 mil rpm – 20 cv e 2,2 kgfm a mais nas medidas em relação ao motor anterior. O câmbio é o mesmo automático de seis marchas – único disponível para o utilitário –, que também recebeu sutis mudanças no sistema de gerenciamento, para lidar melhor com a força extra. Segundo a Chevrolet, o desempenho se manteve quase inalterado, com a aceleração de zero a 100 km/h cumprida em 10,3 segundos – número digno de automóvel de passeio. A velocidade máxima é limitada nos 180 km/h. O visual é o mesmo, com linhas imponentes. No entanto, o desenho é bastante harmônico e discreto, com um perfil mais atlético do que as dimensões “grandalhonas” sugerem. São 4,87 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,84 m de altura, que ajudam a conferir presença ao conjunto. A frente é a mesma da picape, mas o perfil definitivamente mostra um projeto próprio, com linha de cintura mais ascendente que na caminhonete, que forma uma grossa terceira coluna. A traseira tem formas tradicionais, com lanternas algo pequenas e horizontais, mas elegantes. Por se tratar da versão de acabamento “top” LTZ, a única disponível na TrailBlazer, há alguns cromados espalhados com bom gosto pela carroceria. O interior também é igual ao da S10, mas o revestimento em tom mais claro da TrailBlazer dá um toque mais sofisticado para o utilitário. Há espaço para sete ocupantes, que viajam em três fileiras de bancos, sempre revestidos em couro. A lista de equipamentos é farta, com ajustes elétricos para o banco do motorista, ar-condicionado automático – com direito a uma unidade exclusiva para os bancos de trás –, trio elétrico, seis airbags e o MyLink, a outra novidade da gama. O sistema é o mesmo usado nos modelos menores da Chevrolet. Mas, diferentemente deles, o aparelho da TrailBlazer aceita CDs e DVDs, além de ter GPS e câmara de ré integrados. A interface também é ligeiramente diferente. A Chevrolet adota uma política de preços no mínimo interessante para o modelo. No lançamento, no final de 2012, o utilitário custava, na versão com motor diesel, elevados R$ 175.450, valor que caiu para menos de R$ 160 mil no início desse ano e foi reajustado para os R$ 162.890 cobrados atualmente pela marca. São exatos R$ 28.590 a mais pelo motor diesel – a TrailBlazer com motor V6 a gasolina custa R$ 136.300, também com tração 4X4 e câmbio automático. É certo que esse tipo de motor é mais caro, mas o enorme degrau pode dificultar a escolha pela versão diesel, que empata em volume de vendas com a versão movida a gasolina. A distância entre os preços das duas, pelo menos, é menor que a cobrada pela Toyota, cujas versões flex da SW4 são cerca de R$ 40 mil mais baratas – ainda que equipadas com um quatro cilindros. O que não impede que a versão diesel seja responsável por 80% das vendas da SW4. Em outubro, a SUV da Toyota teve 1.225 unidades comercializadas – o quádruplo das vendas da TrailBlazer, que ficou em
309 unidades.
Ponto a ponto
Desempenho – Definitivamente, a TrailBlazer não decepciona. Os 200 cv e “parrudos” 50,1 kgfm do 2.8 diesel são bem suficientes para empurrar os 2.157 kg do utilitário com disposição surpreendente. As acelerações são consistentes e não há necessidade de “esgoelar” o propulsor para fazer o modelo andar. O câmbio de seis marchas faz boa ponte entre motorista e motor, com trocas suaves e precisão nas escolhas de marchas. A boa marca de 10,3 segundos para acelerar de zero a 100 km/h indica o potencial do conjunto. Nota 8. Estabilidade – A direção com relação desmultiplicada, a altura da carroceria e a suspensão algo macia definitivamente são contra-indicativos para uma condução muito entusiasmada. A TrailBlazer não passa insegurança, mas sempre parece prudente respeitar os limites de um utilitário com 1,84 m de altura. Em curvas mais fechadas, o modelo inclina e eventualmente tende a sair de frente, com rápida ação do controle de estabilidade para evitar sustos. Nota 7. Interatividade – Para a linha 2014, uma das novidades é a introdução do MyLink no utilitário. A tela sensível ao toque tem uso fácil e boa conectividade com celulares e outros periféricos. Outros comandos, como vidros e ar-condicionado são bem posicionados e têm botões grandes. O cluster de instrumentos, inspirado na primeira fase do esportivo Camaro, no entanto, merece uma escala mais legível. A visibilidade é boa para todos os lados e a câmara de ré é quase fundamental na hora de estacionar. Nota 8. Consumo – O InMetro não testou nenhuma unidade da Chevrolet TrailBlazer. No entanto, o computador de bordo da unidade avaliada acusou 8,6 km/l de diesel em circuito misto. Nota 7. Conforto – As dimensões avantajadas do utilitário abrem bastante espaço no interior. Os sete ocupantes previstos viajam sem apertos e há possibilidade de reclinar o encosto também dos da segunda fileira. O isolamento acústico é eficiente em velocidade de cruzeiro, mas o motor é bastante audível em trecho urbano. Os bancos têm espuma com densidade correta e ajudam a amenizar os eventuais sacolejos proporcionados pela suspensão, macia, mas que repassa imperfeições sem muita cerimônia ao interior. Nota 7. Tecnologia – A TrailBlazer é um projeto relativamente recente. Ela foi desenvolvida no Brasil, junto com a picape S10 apresentada em 2011, e lançada no Brasil em 2012. O motor diesel, também novo e desenvolvido pela própria Chevrolet, já passou por uma atualização eletrônica para incorporar mais torque e potência. O interior é simples, mas o sistema multimídia MyLink chama atenção. Nota 8. Habitabilidade – Mesmo alta, a cabine tem acesso facilitado pelas portas grandes e com bom ângulo de abertura. Além disso, o largo estribo lateral ajuda bastante. A cabine é bem pensada, com grandes porta-garrafas nos bolsões das quatro portas. O porta-malas leva parcos 235 litros com a terceira fileira de bancos ereta, mas chega a generosos 1.800 litros com todos os bancos de trás abaixados. Nota 8. Acabamento – Oriunda de uma linhagem de picapes, voltadas para trabalhos mais pesados, o acabamento da TraiBlazer é simples demais, principalmente se levado em consideração o preço acima dos R$ 160 mil. Encaixes e finalizações até são corretos, sem rebarbas visíveis. Porém, o plástico que reveste o painel merecia dar lugar a um material de melhor aspecto, já que é rígido e sua textura lisa não denota qualquer requinte. Mas o couro dos bancos é decente e há superfícies emborrachadas nos apóia-braços das portas. Nota 6. Design – A Chevrolet conseguiu um resultado interessante na TrailBlazer. O modelo tem proporções corretas e linhas discretas – apesar do tamanho chamar atenção na rua. A frente tem traços elaborados, com a grade dominando a dianteira. Os faróis são pequenos, mas adornam bem o conjunto. As rodas grandes, de 18 polegadas, balanceiam o perfil e preenchem bem as grandes caixas de roda. Atrás, também lanternas menores, com arranjo interno que imitam leds. Nota 8. Custo/benefício – A TrailBlazer insere a
Chevrolet no segmento dominado pela Toyota Hilux SW4. Só que, pelos R$ 162.830 pedidos pela marca da gravata para a versão diesel, ela é sensivelmente mais barata que a SW4 equivalente, a SRV com sete lugares, de elevados R$ 185.800. Além delas, há a Mitsubishi Pajero Dakar HPE, que custa R$ 159.990, também no pacote topo de linha. Um Jeep Grand Cherokee Laredo, com cinco lugares, sai por R$ 159.900, enquanto um Land Rover Freelander com motor diesel é menor, mas traz a grife inglesa por R$ 199.900. Enquanto isso, um Ford Edge com tração integral não sai por menos de R$ 149.990. Nenhuma das opções é propriamente barata, mas a Chevrolet tem a seu favor a qualidade construtiva, um bom espaço interno e o visual acertado, num conjunto bastante competente. Nota 6. Total – A Chevrolet TrailBlazer LTZ 2.8 CTDI somou 73 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Desde o instante em que o motorista, literalmente, “sobe” na TrailBlazer, a posição alta de dirigir domina a convivência com o modelo. A visão para todos os lados é facilitada pela boa área envidraçada, com poucos pontos cegos, apesar do tamanho. As dimensões avantajadas do utilitário fazem dele um verdadeiro “ponto de referência” nas ruas – e principalmente em estacionamentos –, mas também passa bastante sensação de segurança ao volante. A direção é menos direta que a de um carro de passeio, mas ainda assim garante controle às reações do carro, que responde bem a mudanças de trajetória – desde que não muito bruscas. No entanto, o destaque é o motor diesel de 2.8 litros CTDI, com seus 200 cv e saudáveis 50,1 kgfm de torque. Seu vigor aparece por completo já a 2 mil rotações e dá agilidade surpreendente às mais de duas toneladas da TrailBlazer. Há uma certa hesitação inicial nas acelerações, mas ultrapassadas as 1.500 rotações, boa parte do abundante torque já surge e o SUV arranca com decisão. O câmbio automático de seis marchas é bem casado com o propulsor, tem trocas suaves e relações bem longas, que aproveitam bem a força desenvolvida – tanto que a transmissão só usa a sexta marcha em velocidades acima dos 90 km/h, e ainda impede seu engate pelas trocas manuais antes desse regime. Uma das novidades para a linha 2014, o MyLink instalado no modelo é bem completo e fácil de usar. Com interface ligeiramente diferente dos aparelhos usados pela gama de passeio da marca, ele traz navegador por GPS e câmara de ré integrados, e ainda lê pen-drives e telefones via Bluetooth. O interior é bem acabado, ainda que o extenso uso de plástico rígido denuncie a vocação “trabalhadora” da gama S10 e da TrailBlazer. O revestimento em couro creme
ajuda a iluminar o ambiente e dar um ar mais sofisticado, diferentemente do escuro utilizado na picape. Além disso, há espaço de sobra para os sete ocupantes. Mesmo os da última fileira dispõem de espaço digno para viagens rápidas.
Ficha técnica
Chevrolet TrailBlazer LTZ 2.8 CTDI Motor: Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo com intercooler, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Injeção direta eletrônica. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma atrás. Possui controle de tração. Tração integral com seletor eletrônico rotatório. Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 10,3 segundos. Velocidade máxima: 180 km/h. Torque máximo: 50,1 kgfm à 2 mil rpm. Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm. Taxa de compressão: 16,5:1 Suspensão: Dianteira independente com braços articulados, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores hidráulicos pressurizados. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 265/60 R18. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo montado em longarinas, com quatro portas e sete lugares. Com 4,88 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,84 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais e de cortina de série. Peso: 2.157 kg. Altura mínima do solo: 23,2 cm. Ângulo de ataque: 32º. Ângulo de saída: 21º. Capacidade do porta-malas: de 235 a 1.830 litros. Tanque de combustível: 76 litros. Produção: São Caetano do Sul, São Paulo. Lançamento: 2012. Atualização: 2013. Itens de série: Airbags frontais, laterais e de cortina, ar-condicinado automático com saída para a parte traseira, assistente de partida em aclive, banco do motorista com ajustes elétricos, chave canivete, computador de bordo, controle de velocidade em declive, controle de estabilidade e tração, espelho interno eletrocrômico, faróis de neblina, ABS com EBD, bancos em couro, lanternas em leds, rodas de alumínio de 18 polegadas, sensor de estacionamento traseiro com câmara de ré, trio elétrico, rádio/ CD/MP3/Bluetooth/AUX/USB e volante multifuncional. Preço: R$ 162.890. Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Na lama com estilo – A Citroën confirmou a produção do elegante conceito DS Wild Rubis, mostrado no Salão de Xangai desse ano. O nome definitivo será DS X7, um crossover de visual moderno com foco em mercados asiáticos, principalmente o chinês. O carro será feito sobre a plataforma do DS5 – já uma versão alongada do C4 europeu. Para o novo carro, o entre-eixos deve ser ainda mais esticado, para cerca de 2,90 m, medida vista no Wild Rubis. O DS X7 deve chegar às ruas em 2015. Queda livre – Com as vendas de importados sul-coreanos indo de mal a pior no Brasil, uma das soluções mais óbvias é reduzir os preços. Depois da Hyundai promover generosos descontos para o hatch i30, a Kia também baixou os preços do sedã Cerato, cuja segunda geração nunca chegou perto do sucesso obtido pela anterior. A variante mais barata do Cerato, equipada com motor 1.6 de 128 cv e câmbio manual, passou a custar R$ 64.900, R$ 2.500 a menos que a tabela de outubro. Com câmbio automático, a redução chegou a R$ 4 mil, com o preço atual de R$ 67.900. No lançamento, o Cerato mais barato rondava os R$ 75 mil. Sacolejo perigoso – A PSA convocou um recall em 1.133 carros produzidos no Brasil. O problema, detectado em 775 Peugeot 208 e 358 Citroën divididos entre C3, C3 Picasso e AirCross – fabricados entre julho e agosto de 2013 –, está nos rebites que seguram os braços da suspensão dianteira. Segundo a fabricante, há a possibilidade de desprendimento do pivô da roda. Com isso, o pneu pode entrar em contato com a carroceria e causar uma eventual perda de controle do veículo. A Peugeot disponibiliza o telefone 0800-703-2424, enquanto a Citroën pode ser contactada no 0800-011-8088, ou no site das duas marcas. Caixote voador – Serão 2.781 unidades da Mercedes-Benz Sprinter chamadas para um recall envolvendo o ar-condicionado dos furgões. Os modelos 415 e 515 CDI fabricados entre julho de 2012 e maio de 2013 podem apresentar falhas na cobertura da unidade de refrigeração externa. A peça pode se desprender e atingir outros carros ou pessoas, podendo causar acidentes. Para maiores informações, a marca alemã informa o telefone 0800-970-9090 ou no próprio site.
Braço da discórdia – A Chrysler vai promover um mega-recall de 1,2 milhão de unidades da picape RAM nos Estados Unidos, Canadá e México. Praticamente todos os modelos produzidos entre 2003 e 2012 tiveram um dos braços da suspensão encaixados de forma errada. Com a falha, a peça se quebra e pode causar acidentes com a perda de controle direcional da caminhonete. Pelo menos sete acidentes já foram creditados à falha. Em cada etapa do recall, as picapes terão a peça defeituosa substituída, exceto as 4500 e 5500, cuja peça correta só ficará pronta no início de 2014. Esconderijos reforçados – A escalada da violência faz o mercado de blindagem crescer constantemente no Brasil. A Abrablin – Associação Brasileira de Blindagem – detectou um crescimento de 11,5% na procura por veículos mais seguros no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo periodo do ano passado. Ao todo, foram 4.769 novos blindados nas ruas e 65% deles vendidos no estado de São Paulo. O Rio de Janeiro vem em segundo, com 12% da procura. O carro preferido de quem opta pela proteção extra é o Volkswagen Tiguan, seguido do Range Rover Evoque e Volkswagen Jetta. O preço médio da blindagem mais comum, de nível III-A gira em torno dos R$ 50 mil. Garagem renovada – A parceria entre o Milan e a Audi continua com a bola toda. Esta semana, a montadora alemã entregou 30 carros de diversos modelos para o clube italiano. A nova frota será usada para o deslocamento diário e lazer de toda a equipe de atletas do time de futebol. Entre os veículos entregues, estão o compacto A1, alguns modelos da gama A3 e até exemplares topo de linha como RS6 Avant, RS7 Sportback e A8. Tudo novo - A Ford vai mesmo fazer a nova geração do Ka no Brasil. O modelo foi apresentado na fábrica de Camaçari, onde já é feito o jipinho EcoSport. O novo Ka é um subcompacto hatch de quatro portas e vai brigar com Fiat Uno e Volkswagen Up!. Por aqui, ele deverá substituir de vez o antigo Ka e ainda fazer a função de modelo de entrada, hoje cumprida pelo cansado Fiesta Rocam, a partir de meados de 2014. Do Ka antigo, sobrou apenas o nome.
Fotos: Divulgação
Citroen Wild Rubis
Kia Cerato
Peugeot 208
veículos eículos
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Esporte democrático por AUGUSTO PALADINO/autopress
A BMW começou a trazer ao Brasil as primeiras unidades do esportivo M6 Gran Coupé. A versão de quatro portas do Série 6 tem o motor V8 biturbo de 4.4 litros e 560 cv, associado ao câmbio automático de sete marchas. O conjunto é capaz de levar o modelo de zero a 100 km/h em 4,2 segundos e à velocidade máxima de 305 km/h. Além de todo o poderio, ele ainda carrega quatro passageiros com bastante espaço e conforto – um quinto até é aceito, mas com ressalvas às acomodações. No porta-malas, entram bons 460 litros. O visual lembra bastante as variantes cupê e conversível da Série 6, mas o perfil mais esbelto e elegante, com o entre-eixos alongado, faz diferença. Por dentro, todooarsenaltecnológico da marca, com direito a sistema de som com alto-falantes da Bang & Olufsen, head-up display colorido e câmara de visão noturna. O preço é compatível com o conjunto superlativo: R$ 580 mil.
Foto: Divulgação
BMW M6
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