Braganรงa Paulista
Sexta
24 Janeiro 2014
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jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 728 Sexta 24 • Janeiro • 2014
Atitudes que remetem às contradições
da adolescência por dESEMBARGADOR mIGUEL ÂNGELO bRANDI JR
Em novembro de 1991, no jornal “Folha Popular, de Bragança, escrevi um artigo sob o título “A adolescência da nossa cidadania”, em que expunha meu sentimento de vivermos um momento de nossa cidadania muito parecido com aquele de nossa vida, que vai da infância à vida adulta. Comentei a respeito da imaturidade de muitas atitudes de pessoas, grupos, agremiações frente a fatos da vida, comparando-as àquelas de adolescentes. Lendo uma matéria no Jornal Estado de São Paulo (pág. B1), domingo passado, dia 19, lembrei-me daquele artigo de 1991. A matéria diz respeito às perdas de Estados e Municípios com as desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as desonerações, especialmente aquelas para os carros e para os chamados produtos da “linha branca” (máquinas de lavar roupa e fogões), causaram uma perda aos Estados e Municípios de R$.23.5 bilhões, consideradas as medidas tomadas desde 2009, incluindo os reflexos para 2014. Para os Estados, que recebem
repasse de 21,5% do IPI arrecadado através do FPE (Fundo de Participação dos Estados) as perdas teriam sido de R$.12,4 bilhões. Para os Municípios, que recebem repasse de 23,6% do IPI arrecadado através do FPM- Fundo de Participação dos Municípios, as perdas teriam sido de R$.11,1 bilhões. A matéria é complementada (pag. B3) por uma longa explanação da situação repercutida em Miguel Leão (PI), cidade criada em 1962, hoje com pouco mais de 1.200 habitantes. Segundo o levantamento da CNM, a perda lá, em 2013, foi de R$2 milhões para um total de arrecadação previsto em R$7,3 milhões. Em Miguel Leão, 92% das receitas vem do Fundo de Participação dos Municípios. Dá para avaliar as conseqüências mediatas das tais desonerações! Vamos lembrar que as desonerações de IPI foram lançadas sob o argumento do aquecimento da economia, da manutenção e até do crescimento dos postos de trabalho. De lambuja, falou-se numa melhor condição de vida. Afinal, poderíamos, com a redução tributária, comprar carro, geladeira e fogão novos, alimentando nossos sonhos de consumo.
Um dos fundamentos da economia, lançados pelo Governo central, é o de manter e estimular o consumo como forma de manter e melhorar os padrões econômicos, PIB & Cia. Isso tem se mostrado um grande equívoco. O buraco é mais embaixo, se diria no jargão das esquinas. Está mais que demonstrado, pelas experiências nossas e de tantos outros cantões do planeta, que o consumo a qualquer preço não é garantia de economias estáveis e sustentáveis. É apenas um ato de desespero, de falta de coragem de encarar os graves problemas que os sistemas econômicos, impostos há décadas, estão falidos; estão baseados em premissas falsas, enganadoras. São sistemas que outra coisa não fazem senão concentrar riquezas, maltratar a natureza e sustentar-se numa espiral cada vez mais autofágica. Fiz um contra ponto mental e inevitável a partir dessa matéria com a triste realidade da “cultura do carro”. Alguma tendência de parte da sociedade em apreciar tudo que gira em torno dos carros é fortalecida pela propaganda insistente, sutil e irresponsável. Ter carro é fundamental para felicidade; ter
carro é necessário; melhor se for um carro “especial”, é o que nos é martelado dia e noite. E nós acreditamos, como acreditamos. Lotamos nossas cidades de carros e reclamamos de alternativas para o trânsito. Acumulamos carros em nossas garagens, e queremos saídas para o caos. Em resumo, aprimoramos, a não mais poder, a “cultura do carro”, festejamos a redução de IPI sobre automóveis, e sofremos as conseqüências da irresponsabilidade da “lógica” “carro para todos”. Inclusive conseqüências tardias nas contas públicas. Por isso tudo é que me lembrei do velho artigo de novembro de 1991. Pareceu-me atualíssima a reflexão. Fazemos um belo discurso do estímulo ao crescimento econômico- sem se dar conta de que nem crescimento é a redução/ estimulo de tributos; festejamos a possibilidade de trocar/adquirir um carro/moto. Pagamos um preço imediato que é o entulhamento de nossas cidades e pagamos um preço mediato que é o reflexo da desoneração nas arrecadações estaduais e municipais. Parece distante a repercussão mediata das desonerações. Mas
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
agora se faz sentir e está tragicamente demonstrada em números. Exatamente nesse comportamento ambíguo de festejar a desgraça anunciada é que reside, a meu sentir, mais um sinal da adolescência de nossos gestos. Comparo a situação das desonerações de IPI (especialmente dos carros), festejada, com as conseqüências sabidas (estímulo irresponsável à aquisição/troca de veículos) e depois reclamadas, com muitas situações de nossas adolescências. Ora agimos como gente grande, madura; ora agimos como crianças, carentes e “ingênuas”. Será que temos o que pensar ? Que esse pensar nos leve a um juízo crítico e a atitudes sensatas. Miguel Ângelo Brandi Júnior
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Shel Almeida
Despertar em crianças e adoles- riferia. Explorando seu potencial e dancentes novos interesses e am- do margem para que reconheçam suas pliar neles a visão de futuro em aptidões e desejos, tem-se o intuito de relação ao que querem ser. Foi com essa incentiválos a se arriscar e perseverar perspectiva que surgiu o projeto “Crer nos caminhos que os levem a alcançar o para Ser”, criado por quatro jovens, com que aspiram, usando ferramentas para idades entre 15 e 17 anos: Larissa Lopes, indicar oportunidades já existentes e Jacqueline Barbosa, Giovanna Fagundes alimentar vontades que foram desestie Carolina Godoy. O local escolhido para muladas”. Para isso o projeto ofereceu às a realização do projeto foi o Green Pa- crianças e jovens do bairro, nos dias 18 e rk. Larissa e Jacqueline fazem parte do 19 de janeiro, uma oficina orientada pela Abraço Social, que foi tema de matéria equipe do Instituto Entrando em Cena, a psicóloga Mônica Vidiz, a do Jornal do Meio em agosto de 2013 e, junto É p r e c i s o m o t i v a r o coordenadora Anita Gocom o grupo, já realizam protagonismo juvenil, eles mes e a diretora Viviane ações direcionadas aos tem muito potencial e muito Lessa, e ainda uma “Feira de Profissões”, com a moradores do bairro. a oferecer presença de profissionais Conheceram Giovanna e das mais diversas áreas, Carolina durante as ofici- SD PM Janaína Matias como mecânica, educação nas do projeto “Entrando física, medicina, jornalisem Cena no Mundo”, promovido pelo Instituto Entrando em mo, odontologia e serviço militar, entre Cena e criado com a intenção de formar outras. “Esse projeto sempre foi surpreagentes multiplicadores capazes de se endente porque desde o começo elas já tornarem protagonistas de ações trans- conseguiram mobilizar e mostrar muita formadoras. Ao final das oficinas, os força de empreendedorismo, diferente da participantes criaram projetos que foram maioria dos jovens, que tem dificuldade de apresentados a uma comissão julgadora. se engajar. Elas fizeram pesquisa de campo Os três primeiros colocados foi oferecido e trouxeram uma grande quantidade de o “Prêmio Entrando em Cena no Mundo”, informações, como quais profissões os com uma quantia em dinheiro para que jovens do bairro tinham mais interesse, e os projetos saíssem do papel, e o “Crer na realização também nos surpreenderam, porque não esqueceram de nenhum detalhe para Ser” ficou em 1º lugar. em nenhum momento. Mobilizaram tanto convidados para falar de suas profissões, Como já conhecem a realidade do bairro, quanto as pessoas do bairro que vieram devido às diversas atividades culturais para oficina e para feira, além de jovens que realizaram ali, as empreendedoras voluntários que auxiliaram no projeto justificaram o projeto da seguinte ma- como monitores. Foi muito bonito de ver neira: “O que se observa é um relativo a força delas, foi um projeto perfeito porisolamento cultural e informacional do que conseguiu atingir todos os objetivos. Green Park, em contraste com o poten- Da forma que foi programado, foi realizacial de seus moradores, especialmente do. Só posso dizer que nós, do Instituto crianças e adolescentes. O projeto ‘Crer Entrado em Cena, estamos todas muito para Ser’ apresentase como um auxílio orgulhosas”, fala Viviane Lessa. “O que eu na formação de adolescentes dessa pe- aprendi foi que nem sempre o melhor jeito
A manicure Daiane Augusto “Uma porta se abriu para essas crianças”.
Crer para Ser
Crianças do Green Park e os jogadores de futebol João Felipe e Renato. “Além de gostar de jogar, é preciso treino e dedicação”.
Equipe Crer para Ser e Entrando em Cena. Projeto ganhou prêmio de empreendedorismo social para que pudesse sair do papel.
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Crianças, empreendedoras e profissionais. Crer para Ser deveria acontecer em mais lugares da cidade. é o que a gente planeja. Tivemos dificuldade em chegar no público adolescente, as crianças sempre são mais abertas. Nas oficinas perguntamos se eles sentem que por serem moradores do Green Park eles têm menos oportunidade. Uma das meninas respondeu: ‘a gente tem que ter dignidade’. Outras respostas que tivemos, em relação às profissões foram coisas como ‘Eu devo seguir a mesma profissão dos meus pais’, ou ‘Eu tenho que escolher uma profissão que dê dinheiro’. Foi muito bacana para todo mundo, muitos dos monitores também aproveitaram pra conhecer sobre algumas profissões e alguns profissionais convidados me disseram que queriam fazer de novo, que seria legal se levássemos essa feira para outros bairros. Pra gente foi ótimo ouvir isso, pois é sinal de que estão dispostos a nos ajudar novamente”, conta Larissa.
Feira de Profissões
Para a manicure Daiane Rosana Augusto que esteve na feira para falar de sua profissão, o legal foi perceber que uma porta se abriu para as crianças e jovens que estiveram presentes. “Talvez hoje eles não tenham dado tanta importância, estavam mais preocupados em se divertir, mas com o passar do tempo tenho certeza que irão se lembrar do dia de hoje. Na época que terminei a escola não me interessei por fazer faculdade. Eu comecei a trabalhar como manicure há três anos, por meio de um curso profissionalizante oferecido pela prefeitura de Atibaia. Fui pra aprender a fazer para mim mesmo, não achava que essa poderia ser minha profissão e hoje já fiz diversos outros cursos na área, como design de sobrancelha, cabelo, depilação e, agora penso em ir para a Universidade cursar Estética. Falei paras meninas, que vieram contar que as irmãs também fazem unha e queriam saber se estão cobrando o valor justo, que é uma boa profissão para começar a ganhar um dinheiro. É uma área que não gasta muito e quase todo município oferece curso profissionalizante. Elas podem continuar, como eu, ou podem descobrir outra coisa depois”, contou.
O mecânico Antônio Barbosa, que foi um dos profissionais mais solicitados durante a feira, conta que as crianças ficaram bastante curiosas em relação ao seu trabalho. “A ideia de vir aqui falar sobre minha profissão foi para fazer com que sentissem vontade de conhecer mais a respeito, pois o mecânico é um profissional muito importante, mas que está em falta, porque hoje todo mundo quer estudar engenharia” explica. Outra profissão que recebeu bastante atenção durante a feira foi a de jogador de futebol. Os atletas João Felipe Camargo e Renato Dondi, que jogam na categoria de base do Bragantino precisaram até mesmo dar autógrafos. “Eles vieram falar com a gente e os olhos brilhavam, todos disseram que querem ser jogador. Mas explicamos que além de gostar de jogar, é preciso treino e dedicação”, contam. Para a policial militar Janaína Matias, que trabalha com ações sociais dentro da corporação, como o PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência e o JCC - Jovens Construindo Cidadania, a proposta da feira foi muito bacana e deveria acontecer em mais lugares da cidade. “Nem todo jovem tem a oportunidade de fazer um teste vocacional. Essa feira foi uma ideia incrível para apresentar outras perspectivas e conhecer sobre diversas profissões, deveria acontecer em mais lugares. É preciso motivar o protagonismo juvenil, eles tem muito potencial e muito a oferecer”, afirma. Para o garoto Wendrick Luan Lima de Oliveira de 13 anos, o mais interessado em conversar com os profissionais da feira - ele passou em todas as mesas e perguntou sobre tudo - conta o que achou: “Eu gostei de tudo, gostei da oficina, de criar meu sonho em argila, gostei da feira, de conhecer todas essas profissões. Mas o que mais gostei foi o de saber que dá pra montar tudo numa casa no computador e depois montar tudo na casa de verdade, foi a profissão que mais achei legal”, conta. O que Wendrick adorou, e não sabia que existia, foi a profissão de design de interiores.
Crianças com a estudante de jornalismo Nahida Almeida. “O jornal também pode contar notícia boa”.
Wendrick Oliveira e o mecânico Antônio Barbosa. “Poucos querem seguir a profissão hoje em dia, a maioria quer estudar engenharia”.
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Reflexão e Práxis
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Shopping Center Por pedro marcelo galasso
Dentre os vários templos do capi-
problemas se tornam insignificantes já que
acima são subjetiva demais para que seja
do shopping center. Eis aí um dos “pro-
talismo do século XX, nós temos
o mais importante é, tão somente, estar
possível criar um padrão para permitir às
blemas” dos notórios rolezinhos.
o shopping center que resume em
lá. Podemos consumir no shopping ou po-
pessoas o acesso a este templo do consumo
Entretanto, a maior reflexão que devemos
sua essência a principal meta da nossa
demos consumir o shopping. Ao comprar
que não tem início, meio ou fim, mas que
fazer, em Bragança Paulista, é a seguinte
sociedade, ou seja, este templo moderno
algo estamos cumprindo a função básica
apresentava de forma velada os critérios
– qual seria a nossa postura se os rolezi-
nos oferece a chance de comprar e comprar.
dentro deste espaço, ou seja, estamos
ou os ingressos para as pessoas poderem
nhos ocorressem no templo do consumo
Para tanto, basta imaginarmos alguns
fazendo o que é mais importante, mas,
aproveitar todas as suas vantagens.
que será construído em nossa cidade?
detalhes que compõem um shopping
caso não tenhamos dinheiro, podemos
É como se os notórios rolezinhos que-
Como aplicaríamos os critérios acima em
center; ele é sempre muito iluminado
consumir o shopping passeando e nos
brassem toda a lógica acima. Permitir que
nossa cidade? Bragança Paulista é rica o
nos fazendo perder a referência entre o
mostrando em seus corredores. E eis um
pessoas de classes que, supostamente, não
suficiente para que poucos sejam benefi-
dia e a noite. Além disso, não há relógio
ponto interessante.
preenchem os critérios predeterminados
ciados e protegidos pelo shopping? O que
e, portanto, perdermos a noção das horas
O caráter exclusivo e oculto do shopping
pelos shoppings centers seria permitir o
faremos com as pessoas mais carentes
ou de quanto tempo estamos dentro do
center é que aqui tudo é bonito, limpo
fim ou a perversão do Paraíso do consumo,
das cidades menores que nos circundam?
shopping center. Como se isso não bas-
e bem organizado, mesmo quando seus
seria acabar com a segurança, pois há uma
Mesmo que estas pessoas mais carentes
tasse, os corredores do shopping center
corredores estão apinhados de pessoas
identificação direta entre as classes menos
não pretendam conhecer o shopping,
são todos iguais e simétricos criando
ávidas para consumir ou esperando pela
favorecidas e a criminalidade.
aqueles que se veem como os detentores
a impressão de que não sabemos onde
segurança de seus corredores, mas todos,
Talvez os rolezinhos, para muitos, sig-
dos direitos deste espaço, irão privar os
estamos e as únicas referências são as
sem exceção, devem se encaixar em seus
nifiquem o fim do último local no qual o
demais dos mesmos direitos?
grandes lojas.
aspectos simbólicos – todos belos ou bem
capitalismo pode ocorrer de forma plena
Ou, para terminar, até que ponto politizar
Entretanto, o que mais caracteriza este
arrumados, todos com um mínimo de di-
e segura. Talvez a presença de pessoas
o que não parece ser um ato político?
espaço público-privado é a sensação de
nheiro, todos com um mínimo de educação,
das classes menos favorecidas expresse as
segurança que ele encerra. É como se
todos de classes sociais acostumadas às
mazelas e explicite as enormes diferenças
Pedro Marcelo Galasso – cientista político,
entrássemos em um espaço no qual as
suas práticas de consumo.
sociais que existem no Brasil, mas que
professor e escritor.
preocupações se dissipam e no qual os
Como podemos deduzir, as características
eram minimizadas ou proibidas dentro
E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Casos e Causos
Juro que é verdade Por Marcus Valle
JURO QUE É VERDADE LXXI Um cara devia um dinheiro para o Marcatto, e não pagava de jeito nenhum. Ele cobrava... e o devedor... prometia e só enrolava. Um dia, ele se irritou e foi na casa do devedor para cobrar, e o rapaz falou que não tinha dinheiro, por estar sem serviço. Marcatto perguntou: QUAL A SUA PROFISSÃO, O QUE VOCÊ FAZ? O rapaz respondeu: EU SOU TATUADOR. Dai o Marcatto decidiu (na hora): ENTÃO FAÇA JÁ UMA TATUAGEM NAS MINHAS COSTAS, NO VALOR DA DÍVIDA. E agora está tatuado. JURO QUE É VERDADE LXXII O João Batista Silva conta que certa vez acompanhou 2 amigos que foram a uma benzedeira na zona rural. A mulher benzeu os dois e disse que estava tudo bem com eles. Dai o João também quis ser bento ou benzido e a senhora iniciou o trabalho. Logo ela começou a tremer, tremer..... caiu da cadeira começou a estrebuchar, e finalmente desmaiou. Eles tiveram que socorrer a benzedeira. João conta a história e conclui: ACHO QUE EU TAVA MEIO CARREGADO. JURO QUE É VERDADE LXXIII Aula de Direito Penal na faculdade. Eu explicava aos alunos o crime de FURTO. Furtar é subtrair objeto móvel alheio, sem violência ou ameaça ao dono do objeto, senão seria ROUBO. Esclareci ainda que o objeto tem que ter um valor econômico (um carro, um cavalo, um relógio, dinheiro etc.),porque se não tiver valor (um palito de fósforos, pedaço de papel. madeira velha etc.) não é crime, por não afetar o patrimônio. Por fim alertei que alguns objetos sem valor aparente, podem caracterizar o crime pela
importância histórica. Exemplifiquei: UM PEDAÇO DA CRUZ EM QUE TIRADENTES FOI EXECUTADO, PODERIA SER VENDIDO POR UM BOM PREÇO. Uma aluna mais atenta, disse: NÃO SERIA UM PEDAÇO DA CORDA, PROFESSOR? Todos riram, mas eu fui rápido na resposta; É... MAS SE VENDER UM PEDAÇO DA CRUZ... TAMBÉM SERIA CRIME..... DE ESTELIONATO JURO QUE É VERDADE LXXIV Jesus Chedid, quando prefeito de Bragança tinha por costume, em horas diversas, percorrer a cidade com seu motorista e um assessor, vistoriando obras e serviços públicos, Numa tarde, ele fazia a ronda, quando viu em pleno horário de serviço, 2 da tarde, uma obra parada e 4 funcionários descansando numa sombra. Mandou o motorista parar, desceu do carro e descascou os caras: AGORA NÃO É MAIS HORA DO ALMOÇO PRÁ VOCÊS FICAREM NESSA FOLGA.....VOLTEM A TRABALHAR IMEDIATAMENTE SENÃO VOCÊS VÃO PRÁ RUA....QUERO O NOME DE TODO MUNDO Os caras ficaram atônitos, mas um conseguiu responder: SEU PREFEITO.... ESSA É UMA OBRA PARTICULAR JURO QUE É VERDADE LXXV Faz muito tempo. Eu tinha ido a uma festa à fantasia ( de Zorro ) no sábado e tinha esquecido no carro o revolver( réplica) , a mascara e o chapéu. Segunda feira à noite eu estava de carro na Rua Cel. João Leme quando vejo o Luiz Carlos Dib Araujo, todo vestido de branco, voltando da faculdade, e indo a pé, com uma valise nas mãos em direção á sua casa. Rapidamente coloquei a máscara e o chapéu, vi que não tinha ninguém na rua, e parei em frente o Dib com a arma na mão. Ele ficou assustadíssimo, levantou as mãos e disse: CALMA, NÃO ME MATE, PODE LEVAR TUDO......MAS ISSO NÃO VALE NADA....É MATERIAL DE TRABALHO Mesmo morto de medo seu sangue árabe o fez argumentar, para salvar o prejuízo.
SPASSU da Elegância
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Vestidos Plus Size Por Ana Carolina Serafim e Nazaré Brajão
As mulheres que estão acima do peso
pernas mais longas e, consequen-
sabem como é difícil encontrar um ves-
temente, silhueta mais alongada.
tido que lhe favoreça. Hoje, podemos
Drapeados laterais ajudam a deixar
encontrar vários vestidos tamanho grande com
a barriguinha no lugar!
detalhes e tecidos bonitos e de bom caimento.
Cores: As cores escuras devem
Sem falar na modelagem de uns, que até aju-
estar presentes em áreas que que-
dam a disfarçar os quilinhos a mais e valorizar
remos disfarçar. Fujam de listras
outras partes do corpo, o que é o ideal quando
horizontais! Já as vesticais, ajudam
se quer estar linda para um evento importante!
a alongar a silhueta.
Trouxemos umas dicas para ajudar na escolha: Decotes: Eles valorizam o colo, alongam o
Mande suas sugestões para
pescoço e, claro, afinam a silhueta. Também
nosso e-mail, spassuplazanoi-
são aliados de quem tem seios grandes, já
vas@yahoo.com.br Podemos
que desvia a atenção do volume na região.
auxiliá-los em suas dúvidas!
Lembre-se de que pescoço e colo a mostra
Acesse nosso Facebook: Spassu
são “emagrecedores” porque alongam o
Plaza. Ou se preferir, venha
tronco, mas nada de exageros.
conhecer nossa loja, estaremos
Cintura: A cintura marcada cria a sensação de
prontas para atendê-los.
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veículos
Caderno
veículos
veículos eículos
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Segunda chamada – A Chevrolet convocou um novo recall para a dupla S10 e TrailBlazer. Serão 4.002 unidades dos dois modelos, fabricadas entre janeiro e outubro desse ano. O problema desta vez está num cabo da bateria, que pode atritar contra a bandeja do componente, romper a capa isolante e causar um curto-circuito, com possibilidade de incêndio. Maiores informações, no telefone 0800-7024200. Visto em trânsito – A Volkswagen cogita a possibilidade de vender a Amarok, que é produzida na Argentina, nos Estados Unidos. Por enquanto, o único entrave é o imposto de importação de 25% colhido pelo governo norte-americano para utilitários importados. No entanto, a administração de Obama já sinalizou a possibilidade de acabar com essa tributação. Pequena valente – A chinesa Rely já começou a ampliar sua linha no Brasil. Agora, chegaram ao mercado nacional duas novas versões da pequenina Pick-up. São as cabine dupla – que leva até cinco pessoas e mais 475 kg atrás – e caçamba longa, com 50 cm a mais no comprimento, totalizando 3 metros e 780 kg de capacidade de carga. O motor é o mesmo 1.0 litro de 64 cv já usado na versão com caçamba menor. Os preços são de R$ 37.990 para a cabine dupla e R$ 35.990 para a de caçamba maior. Coração de mãe – A encarroçadora gaúcha Marcopolo lançou uma nova geração do ônibus urbano Torino. O modelo ganhou melhorias na ergonomia interna, tanto para passageiros – até 47 sentados –, quanto para motorista e cobrador. Quem vai ao volante conta com uma tela sensível ao toque de 3,5 polegadas que comanda sistemas de ventilação, iluminação e abertura de portas. O visual também foi repaginado, com novos grupos óticos dianteiro e traseiro. O assoalho agora é dividido em partes retráteis, que permitem a manutenção do chassi sem a necessidade de retirada dos bancos. Arrumando a casa – Para tentar reverter a situação crítica da Fiat
na Itália, a empresa deverá investir nada menos que 9 bilhões de euros – equivalentes a R$ 28,6 bilhões – até 2016 na renovação da linha oferecida por lá. A marca deverá basear toda sua nova estratégia em versões do bem sucedido 500. Tanto que atual Punto deverá ser substituído em breve por uma versão quatro portas do hatch “fofinho”. Além da própria Fiat, Alfa Romeo e Maserati estão nos planos de reestruturação do CEO do grupo, Sergio Marchionne. Limpeza de estoque – A Ford tem de se livrar das últimas unidades do Fiesta RoCam sem airbags frontais e freios ABS produzidas em 2013. Para isso, está fazendo promoção para o hatch com motor 1.0 – o único ainda a não trazer os equipamentos de segurança. O modelo custa R$ 29.990 já com itens “básicos”, como ar-condicionado, direção hidráulica e vidros e travas elétricas. Quem já fizer questão das bolsas infláveis e dos freios anti-travamento precisará desembolsar mais R$ 1 mil. Veia esportiva – A Hyundai quer mesmo se firmar no automobilismo. A marca sul-coreana criou uma divisão de alto desempenho, chamada Hyundai N. Com ela, irá promover seu hatch i20 na temporada de 2014 do World Rally Championship. A partir da versão de competição, serão lançadas variantes mais esportivas de diversos carros da gama. O N que nomeia a submarca vem de Namyang, cidade da Coreia do Sul que sedia o centro de desenvolvimento tecnológico da Hyundai. Novidades à vista – A Renault trabalha a todo vapor no desenvolvimento da nova geração do subcompacto Twingo. O carrinho será o primeiro fruto da cooperação entre a Mercedes-Benz e a aliança Renault-Nissan para desenvolvimento de projetos anunciada ainda em 2010. Ele compartilhará plataforma com o futuro Smart Fortwo, assim como o motor de três cilindros que irá sobre o eixo traseiro de ambos – o Smart manterá a configuração atual de motor e tração traseiros, agora imposta ao Twingo. A aposta mais cotada é o 0.9 litro turbo da fabricante francesa, que já equipa o Clio europeu.
Ponto Comercial • Café Centro – R$ 300.000,00 • Loja de Roupa Centro – R$ 110.000,00 • Banca de Jornal (Jd Europa) – R$ 60.000,00 Aluguel • Apto Centro – 2stes, 1 vaga – R$ 1.300,00 • Prédio Comercial Centro – A/C 1.200m ² – R$ 30.000,00 Venda • Casa Euroville – Alto padrão – R$ 950.000,00 Aceita imóvel -valor • Casa Ros. de Fátima – Alto padrão – R$ 2.100.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. América - Alto padrão – R$ 630.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. Primavera – R$ 350.000.00 • Apartamento D. Pedro I (Taboão) – R$ 500.000,00 • Apartamento Jd. Nova Bragança – R$ 350.000,00 Oportunidade
* Terreno comercial Jd. do Lago – 1.200m ² Rua da Cantina Bella Itália – R$ 600.000,00
Foto: Divulgação
Chevrolet S10
Rely Pick-up
Marcopolo Torino
10
veículos
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Perspectivas conservadoras dominam virada do ano, mas lançamentos importantes darão o tom de 2014 por IGOR MACÁRIO/AUTO PRESS
Em 2013, quem deu o ritmo do mercado automotivo brasileira foi o Inovar Auto, que redefiniu cotas de importação de veículos e atraiu investimentos para a indústria nacional. Por conta dessa mesma política governamental, os próximos 12 meses reservam novidades palpáveis em praticamente todos os segmentos. “Mas o aumento da taxa de juros previsto para 2014 deve segurar a expectativa de vendas, hoje na casa do 1% para o próximo ano”, pondera Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave. Oficialmente, através de seu presidente Luiz Moan Yabiku Junior, a Anfavea projeta que “a elevação do IPI a partir de janeiro, conforme já sinalizou o Ministro da Fazenda Guido Mantega, elevará os preços dos veículos”. Ainda assim, as previsões indicam quase 4 milhões de unidades emplacadas em 2014. “Com o empurrão dado pelo Inovar Auto, o aumento da competição vai ser benéfico para os brasileiros”, acredita Pedro Chaves, diretor de vendas da Nissan do Brasil . Em um mercado dominado pelos modelos pequenos, são eles que concentram as maiores novidades previstas para o próximo ano. A Volkswagen deve puxar a fila dos lançamentos importantes com o Up. Ele entra no lugar do antiquado Gol G4 e assumirá o posto de carro mais barato da marca no Brasil. O carrinho passou por adaptações para o mercado brasileiro, como o aumento do entre-eixos e a tampa do porta-malas de chapa – em vez da inteiramente em vidro do modelo europeu –, para baratear o projeto. Sua produção no Brasil tem muito a ver com as novas regras automotivas brasileiras. “O Inovar Auto é fundamental para a inclusão do Brasil nas estratégias globais da Volkswagen”, reforça Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil. Enquanto isso, a Ford prepara para 2014 o novo Ka, que
muda radicalmente e se torna um hatch compacto de quatro portas e porte semelhante ao Fiesta. Próximo dessas instalações do grupo francês, a Nissan ergue em Resende sua segunda fábrica no Brasil, onde vai produzir o March – que hoje vem do México. O modelinho ganhará também a primeira reestilização já mostrada na Europa, com mudanças nos para-choques – que receberam vincos e arestas mais pronunciados. Além do hatch, o Versa também se tornará nacional – outros carros serão feitos em Resende, mas ainda não foram definidos. “Após essa etapa, claro, iremos ampliar nossa linha de produtos com novos lançamentos”, tergiversa o diretor de vendas da marca, Pedro Chaves. A Renault deve estender ao Sandero a mesma profunda reestilização aplicada em novembro ao Logan. O hatch ganha visual mais interessante e interior mais bem acabado, para – assim como o sedã – espantar de vez o ar de “Leste europeu” da primeira geração. A linha de motores será a mesma de agora, com o 1.0 de 80 cv e um 1.6 litro de 106 cv. Já a chinesa Chery inicia em julho a produção dos modelos Celer e QQ em Jacareí, região metropolitana de São Paulo. Da nova unidade também sairão motores de 1.0 e 1.5 litro. Além dos compactos de passeio, também surgirão novidades entre os pequenos utilitários. A Peugeot irá se inserir com o 2008 e tentar pegar uma “casquinha” das vendas do líder Ford EcoSport. O modelo é baseado no hatch 208 e será produzido na fábrica da PSA em Porto Real, no Sul Fluminense – de onde também sai o “colega” de plataforma Citroën C3. No segmento imediatamente acima, o dos médios, as novidades se concentram ao redor dos sedãs líderes da categoria. A Toyota começa a fazer em Sumaré a nova geração do Corolla – com visual
bem diferente e mais tecnologia, ainda que mantenha a mesma base do modelo atual. A Honda, por sua vez, deverá mexer no visual do Civic, que adota as linhas já vistas no modelo norte-americano, com um ar ligeiramente mais agressivo. A fabricante de Indaiatuba, inclusive, fará por aqui já no ano que vem as novas gerações do monovolume Fit e do sedã City – este já apresentado na Índia. A nova fábrica de Itirapina, n o entanto, fica para 2015. O ano de 2014 também deve se manter agitado na “alta roda”. “Acreditamos que o mercado de luxo tem espaço para continuar crescendo em 2014, mais que a indústria de um modo geral”, afirma Martin Fritsches, diretor de vendas da BMW para o Brasil. A própria BMW irá trazer a nova Série 2, além da Série 4 nas variantes cupê e conversível, junto dos esportivos M3 e M4. Em outubro – época do Salão do Automóvel de São Paulo – é a vez do elétrico i3, a maior novidade da marca para o ano. Depois do lançamento da pedra fundamental de sua nova fábrica em Araquari, em Santa Catarina, a marca bávara irá investir no crescimento de sua rede de concessionárias. “Também vamos continuar investindo no aumento da rede” conclui Fritsches. Dos atuais 40 pontos de venda, a BMW quer encerrar 2014 com 52, que já venderão desde outubro as primeiras unidades dos carros da marca fabricados em Araquari. A Mercedes-Benz terá as novas Classes C e S, o crossover GLA e o sedã esportivo CLA. A concorrente Audi também lança no início do ano o A3 sedã, modelo que será nacionalizado em 2015. Mesmo as marcas de luxo de menor volume também terão novidades no mercado. A Porsche começa a trazer seu menor utilitário, o Macan. O modelo, que compartilha plataforma com o Audi Q5, chega nas duas versões com motor a gasolina, um V6 de 3.0 litros biturbo com 330 cv na variante mais
simples, ou o mesmo motor com 400 cv no Macan S. A Maserati é outra a crescer no Brasil com o lançamento do Ghibli, seu sedã de porte médio-grande e maior volume de produção. A Mini também venderá no Brasil a nova geração de seu icônico hatch. O modelo foi totalmente reformulado, inclusive debaixo do capô. Sai de cena o motor Prince, desenvolvido em conjunto com a PSA, e entram um 1.5 litro turbo de três cilindros e 134 cv na versão mais simples e um 2.0 litros de quatro cilindros e 190 cv no Mini Cooper S. Embora não pertença ao seleto grupo de marcas “premium”, a Kia vai apostar no luxo do Quoris. Previsto para desembarcar no Brasil em abril, o sofisticado sedã vem com motor V8 e compartilha plataforma com o Hyundai Equus já oferecido por aqui. Será seguido pelo renovado Soul, que chega no mês seguinte. O “carro design” da marca coreana cresceu em tamanho e ganhou tecnologia, com direito a central multimídia com tela sensível ao toque e partida por botão. O próximo ano realmente promete muitas novidades, entre carros totalmente novos e reformulações de modelos já existentes. E os anos seguintes prometem mais. “As projeções de crescimento da produção e do mercado brasileiro para os próximos anos mostram que podemos chegar a 2017 com um excesso de capacidade em torno de 40%, considerando as estimativas de crescimento do PIB e vendas totais no mercado doméstico”, alerta Rogelio Golfarb, vice-presidente de assuntos corporativos para Ford América do Sul. Ou seja, as previsões são de tempos difíceis para a indústria automotiva nacional, com elevada capacidade ociosa causada pelo excesso de concorrência no setor. O que poderá indicar um cenário mais favorável ao comprador – que, com a ampliação da oferta, poderá barganhar como nunca. Fotos: Divulgação
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Nova base por AUGUSTO PALADINO/autopress
A
BMW
Foto: Divulgação
começou a trazer para o Brasil a versão 316i do sedã Série 3. Ele contacomummotor 1.6 litro turbo – o mesmo usado pelo hatch Série 1 –, com 136 cv e bons 22,4 kgfm de torque. Acoplado a ele, vai o câmbio automático de oito marchas. Mesmo sendo a mais barata, a 316i traz um bom pacote de equipamentos, com ar-condicionado automático, bancos emcourocomajustes elétricos, faróis de xenônio e rodas de 17 polegadas. O 316i custa R$ 114.950, R$ 15 mil a menos que os R$ 129.950 pedidos pela 320i.
BMW 316i
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