Braganรงa Paulista
Sexta
14 Fevereiro 2014
Nยบ 731 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
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Para pensar
Jornal do Meio 731 Sexta 14 • Fevereiro • 2014
Expediente
Mortificação, jejum por Mons. Giovanni Baresse
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
Retomo tema do capítulo
para entregar-vos a contendas e
de vivenciar as mortificações. Na
também adquirir a forma de jejum e
58 do Livro de Isaías, parte
rixas”. “... O jejum que escolhi...
Quaresma temos dois dias de jejum
abstinência de fofocas, de conversas
dele, lida nas missas, neste
romper os grilhões da iniquidade,
e abstinência de carne (quarta feira
fiadas, de julgamentos, de palavras
final de semana. O profeta faz uma
soltar as ataduras do jugo... por em
de cinzas e sexta feira santa). O
que não cabem na boca de gente
crítica a um estilo penitencial que
liberdade os oprimidos... repartires
jejum nos chama a provar o que
educada, de busca de imagens que
dissociava prática e intenção. Além
o pão com o faminto, recolheres em
significa a fome. A abstinência a
diminuem a dignidade humana. Um
de correr o risco de pensar que a
tua casa os pobres desabrigados,
abrir mão de um alimento específico.
jejum de esforço em bem cumprir
prática, meramente externa, obri-
vestires aquele que vês nu e em não
Falando da abstinência de carne,
as atividades profissionais. Jejum
gasse ao atendimento de pedidos
te esconderes daquele que é tua
escrevi há algum tempo, que hoje
de prestar atenção nas pessoas.
por parte de Deus. Nas culturas
carne”. “Se fizeres isso... a escuridão
tem sentido fazer isso como uma
Abstinência de falar e para abrir-
religiosas antigas se pensava que
será para ti como a claridade do
forma de solidariedade para com
-se ao ouvir. Jejum do tempo que
levam (o nome de cristão) deveria
as penitências tinham o condão de
meio dia... serás como uma fonte
todo o povo de Deus. Porque para
normalmente tomamos de Deus.
ser o substitutivo definitivo para
obrigar o atendimento dos deuses.
borbulhante cujas águas nunca
muitos - e é o meu caso – não comer
Porque somos muito ocupados.
comprovar a idoneidade. Porque
Os ritos de sacrifícios tinham a
faltam”. Estas linhas mostram
carne não é nenhum sacrifício. Vale
Não damos tempo para conhecer
quem é cristão não deve mentir,
força persuasiva para garantir os
que qualquer rito penitencial,
aí, junto com o não comer carne,
sua Palavra. E, principalmente,
não deve corromper nem ser cor-
dons divinos. Passando pela mesma
pessoal ou comunitário, tem que
deixar de comer ou beber algo de
corremos o risco da prática exter-
rompido, não deve levar vantagem.
mentalidade – e não vendo rogos
se expressar em socorro aos que
que se goste. Quanto ao jejum,
na (com rosto triste, vestidos de
O cristão é aquele que em suas
atendidos – o profeta cria um diá-
sofrem. A prática religiosa que se
junto com o fato de passar algumas
saco e cinza), mas com o coração
atitudes reflete as atitudes Daquele
logo. O povo reclamando: “Por que
fecha sobre si mesma ou que tenha
horas sem os alimentos habituais,
sempre endurecido. O desafio,
em quem crê. Suas palavras e obras
temos jejuado e tu não vês? Temos
a conotação subjetiva é inócua.
deve somar-se a atitude de que a
que é claro, é não separar gesto
são palavras e obras do Salvador. A
mortificado as nossas almas e tu
Isto nos dá ocasião para ver com
renúncia se converta em ajuda aos
cultual da vocação fundamental:
prática religiosa de Jesus se mani-
não tomas conhecimento disso?” A
olhar mais crítico e, necessaria-
necessitados. O mesmo espírito
a filiação divina que irmana todos
festava no seu encontro compassivo
resposta de Deus: “ A razão está em
mente, com maturidade, o jejum
desses dois dias deve invadir os
os seres humanos. Quando se é
e misericordioso com os lascados
que, no dia mesmo do vosso jejum,
e as penitências que são propostas
outros momentos de jejum e sa-
cristão trata-se de assumir essa
da vida. Que nossas mortificações,
correis atrás dos vossos negócios e
pelo Magistério da Igreja e pelo
crifícios que sejam feitos durante o
identidade de forma plena. Creio
jejuns e outros “sacrifícios”
explorais os trabalhadores... jejuais
desejo de cada um ou de grupos
ano. E o jejum e abstinência podem
que esse nome que os batizados
tenham essa mesma mística.
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
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Cores trazem amplitude
aos ambientes
Escolher o tom correto é fundamental para valorizar a metragem de apartamentos pequenos por Giuliano Leite
A cor pode ampliar ou achatar
usadas na vertical, quando ajudam a alongar
ambientes, deixá-los mais claros,
as paredes – solução ideal em casas com
escuros ou ainda revitalizar um es-
pé-direito normal ou baixo. Mesclar preto
paço esquecido. No caso de apartamentos
e branco é uma boa pedida.
pequenos, onde cada centímetro é precioso,
Outra forma de valorizar a metragem é
escolher as cores certas para as paredes e
pintar o teto com cores neutras ou um
peças de decoração é fundamental. Branco,
tom mais claro que as paredes. Se quiser
nude e tons pastel, em geral, tendem a dar
inovar e investir em tons vibrantes vale
amplitude e a iluminar os cômodos.
fazer o teste em uma pequena parcela
Já os tons mais escuros, que absorvem
para ver se não diminuirá o cômodo.
mais luz, tendem a diminuir os espaços.
Não existe a cor certa.
Porém, conferem sensação de aconchego.
A capacidade das cores de achatar ou
Vale mesclar as duas opções. O branco,
ampliar o ambiente é muito grande, é fun-
aliado a um detalhe em tom mais forte,
damental optar pelo tom de acordo com
pode ficar muito interessante. Assim,
a sensação que ele transmite. Dar unida-
você alegra o local sem pesar nem deixar
de ao imóvel é fundamental para fazê-lo
com que o ambiente pareça menor do
parecer maior. Em ambientes integrados
que realmente é. Se a ideia for alongar as
depois de uma reforma completa, a cor é
paredes opte por uma base neutra, como
importante e ajuda muito nessa questão.
branco ou nude, e use tons mais fortes e
Além do cuidado ao escolher cores que
fechados em paredes opostas.
valorizam os espaços, existe um truque
Para quem deseja inovar, vale apostar
infalível na hora de integrar os ambientes:
em estampas. Elas podem ser usadas à
o bom e velho espelho para dar amplitude.
vontade, desde que haja bom senso para
A iluminação também é parceira de quem
não carregar os espaços. Se usadas em
deseja valorizar a metragem. Escolher as
excesso, podem achatar. O importante
lâmpadas corretas e direcioná-las para
é haver equilíbrio. O mesmo vale para as
objetos e detalhes coloridos é muito im-
listras (feitas com pintura convencional ou
portante para o resultado.
papel de parede), principalmente quando
Fonte: IG-SP
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por Shel Almeida
Em um mundo feito para pes-
nha, andava pra baixo e pra cima com
4 anos, além de instrumentos mais
cabeça. Eu vivo pesquisando sobre
soas ditas “normais”, como se
minha maquininha. Hoje eu encontro
básicos, como a reglete e a punção,
novos equipamentos, estou sempre
adaptar, quando você não se
outros deficientes visuais e oriento,
usados para escrever manualmente
por dentro dos lançamentos. Se
encaixa nesse padrão? As ruas, as
falo ‘faz assim que dá certo, pra mim
no papel, que também precisa ser
serve pra mim e eu tenho dinheiro,
casas, as praças, as lojas, os espaços
deu’. Eu resolvo tudo. As pessoas, às
especial. “Os equipamentos ajudam
eu compro, agora estou procurando
de lazer, nada é feito para pessoas com
vezes, querem ajudar, mas não têm
muito, mas são caros. O papel, por
um conta-gotas sonoro. Tem uma
deficiência. Mesmo com adaptações
prática, aí eu ensino”, conta.
exemplo, tem que ser próprio pra
caneta que eu quero também, pen
em alguns locais, como rampas de
Além da máquina de escrever em
isso e só é achado em gráfica. Eu
top, que lê o que tem na prateleira,
acesso para cadeirantes, ou caixas
braile, comprada em 1973, Leila tem
uso pra fazer minhas planilhas de
mas é cara. Você grava antes o que
eletrônicos com teclado em braile,
também uma impressora em braile,
gastos do mês, pra fazer anotações.
quer e quando vai ao supermercado,
ainda falta muito a ser feito, ainda
esta adquirida mais recentemente, há
Muita coisa foi invenção da minha
ela acha quando passa no rótulo”,
há muito a ser respeitado. Cada vez que uma pessoa com algum tipo de necessidade especial sai de casa para ir a um restaurante, por exemplo, e não encontra nada que a auxilie, é como se alguém a dissesse: “não é para você estar aqui”. E mesmo assim, com pouca receptividade a quem é “diferente”, as pessoas saem de casa todos os dias e continuam cada um com sua vida, batalhando por aquilo que lhes é direito. E cada uma, a seu próprio modo, se adapta ao dia-a-dia. Um bom exemplo de como a adaptação é importante e fundamental para a independência e autonomia da pessoa com necessidades especiais, pode ser contada por Leila Acedo Camargo, deficiente visual desde a infância, ela sempre foi motivada pelos pais. Hoje, aos 66 anos, se sente completamente a vontade. “Eu tive que me adaptar, fiz curso de tudo, de braile, de locomoção, Hoje eu oriento outras pessoas, ajudo a Associação São Lucas, indico onde comprar material, doo bastante coisa que não uso mais”, conta.
Leila Acedo Camargo, deficiente visual desde criança, é independente e ajuda outras pessoas como ela.
Leila nasceu prematura, aos 7 meses. Ela associa isso a perda da visão. Aos 7 anos, deixou de enxergar com o olho esquerdo e aos poucos foi perdendo também a visão do olho direito. “Eu tenho a retina descolada. Na época que começou não tinha tratamento, se fosse hoje teria. Minha visão já foi e voltou umas quatro vezes. Hoje existe uma cirurgia nova, pra ser feita na retina, que faz voltar a enxergar. Ainda estou pesquisando, mas, se der certo, quero fazer”, diz.
Equipamentos Leila passou a infância e adolescência frequentando consultórios médicos e associações para deficientes visuais. Na juventude começou a estudar em Campinas para aprender a ler e escrever em braile. “Eu aprendi braile há 40 anos atrás, não era comum naquela época, mas meus pais me incentivaram a estudar. No começo eu estudava em casa, depois fiquei dois anos indo pra Campinas com minha mãe, até que passei a ir sozi-
A máquina de escrever em braile de Leila foi comprada em 1973, quando ela estudou em Campinas. “Eu vivia com ela pra baixo e pra cima”
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explica. Leila anota tudo. Sua lista telefônica é toda em braile, feita por ela mesma, em uma pasta improvisada. As notas de dinheiro que leva na carteira são todas separadas por valor, com a ajuda de um aparelho portátil que lê as notas. Para cada valor, ela coloca um clip com uma anotação, em braile, de quanto vale. As moedas são separadas por valor também, cada um em uma bolsinha diferente, sempre com uma etiqueta, em braile, na frente, pra saber
Equipamentos de Leila: Máquina de escrever, a lista telefônica em braile que ela mesma fez, reglete e punção para escrever, etiquetador, calculadora e régua adaptados, aparelho que lê notas e cores e relógio que diz as horas.
de quanto é. Em casa, ela mantém vários aparelhos para ajudá-la, como o telefone, que fala os números que estão sendo digitados e também
A impressora em braile, Leila comprou há 4 anos, usada, de uma gráfica que faliu. Fotos 013 a 016 - Equipamento no qual Leila aprendeu matemática, com os dados estão todos em braile. “É uma relíquia, não existe mais”.
o número de quem está ligando e aparecendo na bina. Os relógios falam as horas de tempos em tempos, além de também dizerem a temperatura. “Os equipamentos ajudam bastante, mas o básico pra casa de uma pessoa com deficiência visual é a disposição dos móveis. Tudo tem que estar sempre no mesmo lugar,
Para escrever manualmente em braile, é preciso de prancheta e papel especiais, reglete e punção.
pra que possa se orientar. E tapetes atrapalham, então é bom evitar. Os utensílios, qualquer objeto, precisam estar sempre guardado no lugar certo, pra que se possa achar”, fala.
Orientações “Eu acho que quem perde a visão no começo da vida é mais fácil, pra quem perde depois é pior, é mais difícil de se adaptar, não tem o tato tão apurado ainda. A memória visual que eu tenho me ajuda, aqui por perto de casa eu vou bem. Os vizinhos perguntam co-
Relógio de pulso adaptado. Vidro se abre e números estão em braile
Equipamento no qual Leila aprendeu matemática, com os dados estão todos em braile. “É uma relíquia, não existe mais”.
mo é que eu sei que cheguei e eu digo que só sei, eu sinto, não sei explicar. Na escada, eu conto os degraus, é automático. E não saio de casa sem a minha bengala, sem meu ponto de apoio, ela é minha amiga. Na rua eu me guio pelos sons, paro, e na hora que tenho segurança, eu vou. Só tenho medo de moto e às vezes peço pras pessoas me ajudarem a atravessar”, diz. Leila também toca piano e lê as partituras em braile, mas no momento está parada. “Preciso voltar a praticar. Para tocar eu precisei aprender a ler com as duas mãos, porque enquanto toco com uma, leio com a outra. Quase tudo pra mim é adaptado. Eu recebo revistas de associações em braile, a conta de água e de telefone também estão em braile, a de luz não. Pra pagar é no débito automático, mas vem tudo discriminado no papel, em braile. As revistas que recebo eu leio e depois encaminho pra a São Lucas. Doei um monte de livro que eu já tinha lido também. Os jornais de São Paulo e Campinas me ligam pra saber se quero receber a edição em braile, mas quando chega já é notícia antiga. Prefiro pela internet, o computador lê tudo”, conta. Leila diz que se hoje é assim tão independente, deve isso aos pais, que sempre a ajudaram. “Minha mãe dizia: ‘você tem aprender pro dia que precisar se virar sozinha. E hoje eu preciso”, diz.
Leila toca piano e aprendeu a ler com as duas mãos para poder usar as partituras. “Quando toco com a direita, leio com a esquerda e vice-versa”.
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Reflexão e Práxis
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Violência por pedro marcelo galasso
Por violência, podemos entender
a única forma de lidar com o problema e
brasileiro é a violência que, assim como a
de polícia, ou seja, as questões sociais são
toda e qualquer prática que trata o
nem mesmo a melhor forma de solução.
desigualdade social, possui inúmeras for-
consideradas naturais e sem solução viável
ser humano como uma coisa e, por
Como nos mostram as análises de dados de
mas e todas alimentadas pelo Estado que
sobrando, tão somente, a resposta violenta
isso, destituído de sua humanidade e de
países que utilizam a pena de morte como
é injusto, ineficaz e que luta para aumentar
do Estado como proposta de solução.
sua capacidade de razão e de culpabilidade.
meio de controle social fica claro que o seu
a distância entre ele e seus cidadãos.
O uso repetido do termo proposta é para
Nas últimas semanas, temos assistido
sucesso é pífio. Por outro lado, quando
Tudo isso se torna mais complexo em um
salientar que fica claro que a proposta do
uma escalada da violência em nosso país,
analisamos os dados de países com altos
ano eleitoral, pois sabemos que a grande
Estado parece ser esta – deixar aumentar
mas que não surpreende as pessoas que
gastos em educação, não só a acadêmica
preocupação dos parlamentares e de suas
o caos social, deixar aumentar o descon-
analisam com calma e sem partidarismos
formal mas também a educação voltada
bases está voltada para o processo eleitoral.
forto dos cidadãos para propor formas
a situação social na qual vivemos. Um país
para a cidadania e para o bem comum,
Isto é importante, pois surgirão soluções
mais contundentes de ações pautadas
que banaliza a violência e a apresenta
vemos claramente que os seus índices
mágicas e irreais vindas dos mais diversos
no aumento do uso da força, agora por
como fonte para aumentar a audiência ou
de violência são muito baixos e que seus
partidos para cooptar votos e não para
vias legais.
que a apresenta como meio de ascensão
gastos prisionais também são baixos, além
resolver o problema que não é simples.
Se a violência é tratar o ser humano
social e até política cria o ambiente para
de serem acompanhados de programas de
Talvez seja lícito dizer que o teor das
como uma coisa, o Estado deve ser o
que as práticas violentas se tornem po-
recuperação realmente eficientes.
propostas será o mesmo – o aumento da
primeiro a ser condenado por a forma
pulares e bem vistas já que estas surgem
As respostas populares pautadas na lógica
violência do Estado para solucionar este
com a qual ele governa, em suas estâncias
como o suposto melhor meio de redução
da justiça pelas próprias mãos ilustram
problema. E para defender tais posturas
federal, estadual e municipal é vexatória
dos problemas que nos atingem de forma
a distância entre a visão institucional do
temos inúmeros candidatos ávidos por
e irresponsável.
mais direta.
problema e as demandas dos cidadãos, ou
votos e ávidos para corporificar os clamo-
Longe de defender que a violência deva ser
seja, o Estado é incapaz de ver o problema
res populares.
Pedro Marcelo Galasso – cientista político,
tolerada é preciso pensar que a resposta
além da sua lógica de funcionamento. E
Desde a República Velha, as questões so-
professor e escritor.
violenta, institucional ou popular, não é
qual é esta lógica? A lógica do Estado
ciais brasileiras são tratadas como casos
E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Casos e Causos
Juro que é verdade por Marcus Valle
JURO QUE É VERDADE LXXXV
A ironia não adiantou muito: em 3 anos o carro mais resistente do mundo me deixou
Fui professor do meu sobrinho Robertinho Valle, na faculdade de Direito. Na
6 vezes a pé
sua sala tinha cerca de 70 alunos, 90% de outras cidades. A aula da minha matéria era semanal, toda quarta-feira. Fiz uma prova, bem difícil, e os alunos estavam
JURO QUE É VERDADE LXXXVII
ansiosos, na semana seguinte, para saber as notas. Era costume meu, divulgar as notas
Nos últimos anos passei muitos feriados e fins de semana em Ubatuba. Gosto de lá,
sempre na aula subsequente à prova. Durante a semana não consegui corrigir as provas,
mas à noite, quando chove, falta lugar pra ir. Muitas vezes eu fui ao aquário que fica
por falta de tempo e quando fui dar aula, os estudantes me cobraram logo no início:
na praia central. Numa noite, eu estava com a família, começou a chover, e eu, cria-
PROFESSOR TROUXE AS NOTAS?
tivo que sou, sugeri: VAMOS AO AQUÁRIO? Meu filho, que estava entediado, disse:
Observei que meu sobrinho tinha faltado justo naquele dia, e resolvi fazer uma brin-
OUTRA VEZ?......
cadeira. Disse aos alunos que eu corrigi as provas e tinha entregue as notas para ele, e
O JACARÉ QUE FICA NO PRIMEIRO TANQUE FICOU MEU AMIGO....ME CUM-
não tirei cópia das mesmas. Disse ainda, que como a falha era minha e do Robertinho,
PRIMENTA QUANDO EU CHEGO
que eles poderiam ligar a cobrar na casa do meu sobrinho, que ele forneceria as notas pelo telefone. Coloquei os números na lousa e expliquei que eu iria para São Paulo
JURO QUE É VERDADE LXXXVIII
naquele dia e quem quisesse saber a nota naquele mesmo dia, era só ligar para ele e
Quando em 2010 eu comprei o meu jipe Defender da Land Rover (que só me deu prob-
que eu ia deixar avisado.
lemas) ele era zero km. Embora com aquele visual retro (o modelo é o mesmo desde
À tarde recebi um telefonema do meu irmão Roberto (Robertinho morava com ele)
a década de 50), era um carro que custou 150 mil. Parei feliz, ainda sem as placas, em
dizendo:
frente à Câmara Municipal. As pessoas que estavam na porta, foram ver o carro. Daí
ESSA VEZ VOCÊ PASSOU DO LIMITE... SEU PALHAÇO...
o Rodrigo Agarra olhou e fez um tremendo elogio: NOSSA....COMO TÁ BEM CONSERVADA ESSA RURAL WILLIS.
JURO QUE É VERDADE LXXXVI Meu sonho de consumo, desde criança era o jipe Land Rover, Defender, a, considerado
JURO QUE É VERDADE LXXXIX
um dos carros mais resistentes do mundo. Comprei......0km. ...paguei 150 mil á vista.
O Tadeu Ortiz conta que quando foi gerente do BANESPA em Pinhalzinho, pas-
Em pouco tempo o sonho se tornou pesadelo, pois com menos de um ano de uso ele
sou por uma situação inusitada. Um cidadão o procurou no banco, para fazer
apagou e me deixou na estrada 3 vezes: em Atibaia, Extrema e Ubatuba. Furioso eu
um empréstimo, e ele explicou que era necessário um avalista. Minutos depois o
falava com o pessoal da concessionária que me dizia:
cara voltou, acompanhado de um prospero empresário, e perguntou: ELE SERVE
É ESTRANHO....ESSE CARRO NÃO QUEBRA....ELE É USADO EM GUERRAS E
COMO AVALISTA? Antes que o Tadeu respondesse, o empresário se postou atrás
NA ÁFRICA.
do sujeito, e começou a fazer gestos negativos com as mãos. Tadeu segurou o riso,
Não consegui conter o desabafo:
fingiu examinar uns papeis e disse ao empresário: INFELIZMENTE O SENHOR
SE EU ESTIVESSE NUM SAFARI COM ELE, TERIA QUE ESCOLHER ENTRE
NÃO PREENCHE OS REQUISITOS. O ex futuro avalista fez cara de triste e disse:
MORRER DE FOME E SÊDE, OU SER COMIDO PELOS LEÕES. QUANTO A
QUE PENA....
GUERRA SÓ SE OS INGLESES EXPORTARAM PRO EXERCITO ARGENTINO.
Noutro dia mandou um vinho chileno pro gerente.
SPASSU da Elegância
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veículos eículos
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veículos
Caderno
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veículos
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Volkswagen Fox Highline propõe conjunto mais requintado ao conhecido hatch mas cobra caro por isso por Igor Macário/AUTO PRESS
O Volkswagen Fox é daqueles carros que precisam atender à uma gama extensa de compradores. Ao dispôr de mais espaço interno que o Gol, graças ao teto elevado, o hatch “altinho” se encaixa num outro nicho, mas que ainda exige desde versões “peladas”, com motor 1.0, até variantes mais bem fornidas. Justamente para preencher essa demanda por mais requinte, a marca joga com o Fox Highline, que permite adicionar mais conteúdo ao modelo – mesmo que boa parte dele permaneça na lista de opcionais. Com preço inicial de R$ 46.730, ele tenta acrescentar alguma sofisticação ao conhecido conjunto e concorrer com outros compactos “high roof” mais equipados, como o Chevrolet Agile – oferecido numa única versão “top”, a LTZ – e o Renault Sandero Privilège. O Fox fechou 2013 como o oitavo carro mais vendido do país, ao emplacar cerca de 9.500 unidades mensais. E à frente dos dois principais rivais. Por fora, pouca coisa identifica que se trata do Fox mais caro. Apenas emblemas com a inscrição “Highline” nas portas e cromados nas barras laterais e ponteira do escapamento o diferenciam do restante da gama. Ademais, o modelinho mantém as formas conservadoras, já vistas desde 2011. O Fox foi o primeiro carro nacional da Volkswagen a ostentar as linhas mais retas, com arestas mais pronunciadas e a típica sobriedade alemã que depois se espalhou pelos demais modelos. Os dois volumes da carroceria são bem definidos e o conjunto é harmônico. A traseira curta ainda tem lanternas que simulam luzes de led, num arranjo até interessante. O Fox Highline é animado pelo mesmo 1.6 litro que equipa a versão Trend e ainda o CrossFox – além de estar disponível em Gol, Polo, Saveiro, Voyage e na station SpaceFox. Ele rende 104 cv a 5.250 rpm e 15,6 kgfm de torque a 2.500 rotações, quando abastecido com etanol. O conjunto é acoplado a um câmbio manual ou automatizado, ambos de cinco marchas – a opção pelo I-Motion, que dispensa o pedal da embreagem, encarece o carro em R$ 2.880. Esse motor é suficiente para empurrar o Fox de zero a 100 km/h em 10,5 segundos e seguir até a máxima de 184 km/h. Marcas bastante condizentes com a proposta do modelo. O interior é mais um ponto onde o Highline pouco se destaca em relação ao restante da linha. Ele até é bem equipado de série, com itens básicos como ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica – além de airbags frontais e freios ABS de série –, mas não passa muito disso. O hatch ainda tem três encostos de cabeça no banco traseiro, uma raridade no segmento, e sensores de estacionamento são de fábrica. No entanto, as exclusividades da versão ficam na lista de opcionais. Apenas a variante “top” pode ser dotada de equipamentos interessantes como teto solar elétrico, bancos em couro e sensores de luz e chuva. Mas um Fox com isso tudo custa bem caro – com todos os opcionais, a etiqueta de preço salta para R$ 54.553. O valor é bastante elevado e fica bem acima dos concorrentes, mesmo que eles sejam menos equipados que um Fox “com tudo em cima”. A Chevrolet pede R$ 45.090 pelo Agile LTZ, enquanto um Renault Sandero Privilège, com direito ao navegador GPS com tela sensível ao toque, sai por R$ 44.030. A diferença é considerável e cada concorrente se vale, principalmente, dos emblemas estampados na grade de cada um.
Ponto a ponto
Desempenho – O 1.6 não se esforça muito para movimentar o Fox. Os 15,6 kgfm de torque aparecem logo a 2.500 rpm e dão agilidade ao carrinho, que mostra desenvoltura em trechos urbanos e notável compostura em ritmos de estrada. O câmbio manual ajuda bastante com engates precisos e marchas bem escalonadas. O propulsor ainda rende 104 cv quando abastecido com etanol. Nota 7. Estabilidade – O Fox é um carro relativamente estável, graças à suspensão firme e os pneus de medida 195/55 montados em rodas de 15 polegadas. No entanto, vale respeitar a
vocação urbana e a altura da carroceria, que balança em mudanças de direção bruscas. Ao menos, a direção tem relação mais direta com as rodas e peso correto em velocidades altas, que evita inseguranças na estrada. Nota 7. Interatividade – O interior do hatch é simples e bem pensado. Os instrumentos tem ótima visualização, com informações claras e bem dispostas. Na linha 2014, o Fox até ganhou um novo aparelho de som, que manteve os botões grandes e fáceis de usar. Os botões do volante demandam um certo tempo para se assimilar todas as funções, mas se mostram úteis no dia-a-dia. Comandos vitais como vidros e ar-condicionado são bem localizados e praticamente à prova de erros. Nota 8. Consumo – O InMetro não testou nenhuma unidade do Volkswagen Fox. No entanto, o computador de bordo da unidade avaliada acusou 9,1 km/l em ciclo urbano e 12,3 km/l
em uso rodoviário, com gasolina no tanque. Nota 7. Conforto – O bom espaço interno do modelo é um dos pontos altos. Quatro adultos conseguem se acomodar no interior sem apertos. Apenas um terceiro ocupante atrás pode sofrer com aperto graças à largura comedida da carroceria – mas, pelo menos, conta com um apoio de cabeça. O isolamento acústico é eficiente em velocidades de cruzeiro na casa dos 110 km/h e condiz com a proposta do carro. Os bancos até são confortáveis, com espuma firme, mas são pouco envolventes e deixam o corpo escorregar nas curvas mais fechadas. Já a suspensão filtra bem as irregularidades do asfalto. Nota 7. Tecnologia – O Fox fez dez anos de mercado sem grandes alterações. A plataforma é oriunda do Polo de 2001 e os motores também já têm vários anos de estrada – apenas
a versão Bluemotion aposta num moderno 1.0 de três cilindros. Dentro, ele pode ter itens como sensores crepuscular, de chuva e estacionamento, além de um computador de bordo bem completo. O sistema de som, apesar da interface um tanto antiga, aceita pen-drives e se conecta com telefones via Bluetooth. Nota 7. Habitalidade – A cabine tem uma profusão de porta-objetos que facilitam o dia-a-dia. Nas portas, um vão dedicado consegue levar garrafas de até 1,5 litro – ainda que os porta-mapas sejam pequenos. Há também uma gaveta sob o banco do motorista, boa para esconder itens mais valiosos. O porta-malas leva relativamente poucos 260 litros, mas pode ser expandido graças ao sistema de deslizamento do banco traseiro, de série no Fox Highline. Nota 8. Acabamento – O interior do modelo é Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
veículos eículos simples e correto. Há plástico rígido abundante, mas ao menos os encaixes e arremates são bons. Os tecidos são de boa qualidade – e ligeiramente superior na versão mais cara –, mas não escondem a intenção simplista do carro e destoam dos quase R$ 50 mil pedidos pelo modelo básico. Nota 6. Design – O visual é sóbrio e bastante discreto. O hatch tem proporções corretas, com a frente curta e o vidro dianteiro bem inclinado. Mas o conjunto apenas não destoa e dificilmente o Fox ganharia algum concurso de beleza. A reestilização promovida ainda em 2011 deu a “cara” dos Volkswagen europeus – ele foi o primeiro brasileiro a ostentar tais linhas –, mas a idade já começa a pesar. Nota 6. Custo/benefício – Os R$ 46.730 que a Volkswagen pede pelo Fox Highline são difíceis de serem justificados. Com itens como som com comandos no volante, rodas de liga-leve e faróis automáticos, a conta se eleva para R$ 51.250, impensáveis para um carro do porte do hatch. A versão serve apenas para quem fizer questão de um Fox equipado com teto solar elétrico e bancos de couro – disponíveis apenas para ele e que fazem o preço subir ainda mais, para quase R$ 55 mil. De resto, ele é idêntico a qualquer outra versão mais barata, com o mesmo conjunto mecânico. Ele ainda é relativamente mais caro que o Chevrolet Agile LTZ e o Renault Sandero Privilège – que, equipado com um rádio com tela sensível ao toque e GPS, ainda custa menos que o Volkswagen. Nota 6. Total – O Volkswagen Fox Highline 1.6 somou 69 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
O Fox é um carro agradável de dirigir. Mesmo na posição mais baixa do banco, o posto de comando é elevado e um dos destaques do hatch – ainda que o assento curto seja cansativo em viagens mais longas. Ele também entrega comandos leves e fáceis de usar ao motorista. O único senão vai para o vidro traseiro, algo pequeno. Ademais, botões de vidros e do som estão sempre à mão. O câmbio tem engates leves, curtos e precisos, com pequena movimentação da alavanca. Dinamicamente, o hatch altinho até surpreende pela compostura ao rodar e pelas respostas convincentes do 1.6. Há boa dose de força disponível em baixas rotações, o que facilita bastante a condução na cidade. A entrega do torque é bastante linear e o motor gira suave até o regime de potência máxima, a 5.250 rpm.
Jornal do Meio 731 Sexta 14 • Fevereiro • 2014 No entanto, dificilmente é necessário esticar a tanto, graças à boa distribuição de força. A transmissão manual de cinco marchas tem escalonamento correto e consegue aproveitar bem os 104 cv produzidos. Por dentro, o revestimento dos bancos – de melhor qualidade na versão topo Highline – até ajuda a criar um ambiente ligeiramente mais refinado na cabine. No entanto, é a única real diferença em relação aos outros Fox “comuns”. A montagem do interior é boa, mas o Fox ainda abusa de plásticos rígidos em portas e painel, que acaba não contribuindo para uma sensação de fato melhor a bordo da variante “top” do hatch. Nada faz barulho ou denota pobreza extrema, mas o que é oferecido ainda é pouco para justificar racionalmente a opção pelo modelo mais caro.
hidráulica, faróis e lanterna de neblina, sensor de estacionamento traseiro, freios ABS, airbags frontais. Opcionais: Rodas de liga-leve, teto solar elétrico, bancos em couro, rádio CD/MP3/USB/Bluetooth com
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comandos no volante, computador de bordo, sensores de luz e de chuva, retrovisor interno fotocrômico e banco traseiro bipartido. Preço básico: R$ 46.730. Preço completo: R$ 54.553. Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
Ficha técnica
Volkswagen Fox Highline 1.6 Motor: Bicombustível, 1.598 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha e duas válvulas por cilindro. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Potência: 101 cv e 104 cv a 5.250 rpm com gasolina e etanol. Torque: 15,4 kgfm e 15,6 kgfm a 2.500 rpm com gasolina e etanol. Diâmetro e curso: 76,5 X 86,9 mm. Taxa de compressão: 12,1:1. Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,8 e 10,5 segundos com gasolina e etanol. Velocidade máxima: 183 e 184 km/h com gasolina e etanol. Peso: 1.059 kg. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora. Traseira por barra de torção e amortecedores hidráulicos. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,82 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,54 m de altura e 2,47 m de distância entre-eixos. Pneus: 195/55 R15. Porta-malas: 260 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: São José dos Pinhais, Paraná. Lançamento no Brasil: 2003. Face-lift: 2011 Itens de série: Ar-condicionado direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, ajuste de altura do volante, banco do motorista com ajuste de altura, computador de bordo, banco traseiro deslizante, direção
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veículos
Triumph aumenta seu leque de opções no Brasil com luxuosa Trophy SE por IGOR MACÁRIO/AUTO PRESS
Com o mercado de alta
Foto: Divulgação
cilindrada em franca ascenção no Brasil, várias marcas começaram a vir ao país atrás de uma fatia desse valioso “bolo”. A Triumph é uma das mais recentes a chegar, e já atua com as esportivas Speed Triple e Daytona, além das trails Tiger 800XC e Tiger Explorer. Agora, a fabricante britânica se lança entre as mais luxuosas, com a nova Trophy SE. A estradeira é um modelo totalmente novo, lançado na linha 2013 da Triumph. Custa R$ 79.900 no Brasil e chega dotada de equipamentos sofisticados, como para-brisa com regulagem elétrica e controle de tração. Ela mira concorrentes de peso, como a BMW R1200 R e até a superlativa K1600GT. O motor é um três cilindros de 1.215 cm³, o mesmo usado pela Trail Explorer. Ele produz 134 cv a 8.900 rpm e 12,0 kgfm de torque a baixas 6.450 rotações. O propulsor é uma pequena jóia, com árvore de balanceamento no virabrequim para reduzir as vibrações do conjunto e bastante eletrônica embarcada. O câmbio é manual de seis marchas, também vindo da Explorer, mas a sexta marcha foi alongada para baixar as rotações do motor em velocidade de cruzeiro. A transmissão final é por eixo cardã. A ciclística foi outra preocupação da marca. O quadro é inteiramente novo e feito em alumínio, e pesa apenas 11 kg. O entre-eixos de 1,54 m também procura dar estabilidade ao conjunto. A suspensão dianteira usa garfo invertido, com 43 mm de diâmetro – e ainda ajuste eletrônico de acordo com três programas de rodagem: Sport, Normal e Comfort. Atrás, a arquitetura é de monoamortecedor com regulagem de pré-carga hidráulica, de acordo com a presença de carga e passageiro na moto. Os freios usam discos duplos na frente e simples atrás, com ABS de série. Para manter o equilíbrio, a Trophy ainda traz um sistema de balanceamento automático dos bolsões de bagagem – de 31 litros em cada lateral. A moto calcula o peso de cada
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veículos eículos
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um e altera a angulação do ba-
linha, quatro válvulas por cilindro,
gageiro em até 5° para corrigir
comando duplo no cabeçote e
a distribuição de peso.
refrigeração liquida. Injeção ele-
Para os ocupantes, a motocicleta
trônica multiponto sequencial e
promete bastante conforto para
acelerador eletrônico.
viagens. O assento do piloto possui
Câmbio: Manual de seis marchas
regulagem de altura, que varia em 20
com transmissão por eixo cardã.
mm a distância do solo e pretende
Potência máxima: 134 a 8.900 rpm.
acomodar melhor motociclistas de
Torque máximo: 12,0 kgfm a
diferentes estaturas. O parabrisa
6.450 rpm.
elétrico ajuda a proteger contra
Diâmetro e curso: 85,0 mm X 71,4
o vento e intempéries, e ainda
mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
possui memória. A cada partida,
Suspensão: Dianteira com garfo
a peça se posiciona de acordo com
invertido telescópico de 43 mm e
o ajuste mais recente. Há também
curso de 127 mm. Traseira com
sistemas como rádio com conexão
braço oscilante e amortecedor
Bluetooth e entrada USB. À frente
único e curso de 120 mm.
do piloto, instrumentos grandes,
Pneus: 120/70 R17 na frente e
com velocímetro e conta-giros
190/55 R17 atrás.
analógicos e uma tela de LCD no
Freios: Disco duplo de 320 mm de
centro, que exibe informações do
diâmetro na frente e disco simples
computador de bordo, além do
de 282 mm de diâmetro atrás.
aparelho de som. Ela não é uma
Dimensões: 2,23 metros de com-
moto barata, mas traz muita tec-
primento total, 0,86 m de largura,
nologia para encarar um mercado
1,54 m de distância entre-eixos e
crescente no Brasil.
0,80 m de altura do assento.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Peso em ordem de marcha: 301 kg. Tanque do combustível: 26 litros. Lançamento mundial: 2013.
pos, 1.215 cm³, três cilindros em
Preço no Brasil: R$ 79.990. Foto: Divulgação
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br Onde se localiza o Pico da Neblina Padrão, em inglês O som da vaia
© Revistas COQUETEL
Planta usada em xampus Age como Calabar (Hist.)
A Jules Rimet foi roubada da CBF (?) do Sul, estado dos EUA
Fruto energético servido em tigelas Escuridão Assunto de uma reportagem
O lago ideal para o plantio de arroz
Pai de Páris, na mitologia grega Regime alimentar A que lugar?
Loja de secos e molhados (bras.) Edney Silvestre, repórter da Globo
Unidade básica da molécula (Quím.) Inglês Glutão; (abrev.) comilão
Inimigo de Jerry, no desenho animado
Caixinha para guardar cigarros Como são servidos os peixes, nos sushis
Exboxeador brasileiro
Caça russo Beija-(?): colibri
Apelido do nadador Fernando Scherer Objeto de estudo da Acústica (Fís.)
(?) Burton, cineasta de "Batman"
T
O
M
Forma engenheiros militares (sigla) De outro modo Alagoas (sigla)
Antônio Fagundes, ator brasileiro
Definição de George Bush para Coreia do Norte, Irã e Iraque A cor da gema do ovo BANCO
Jogos que você já conhece em um
NOVO formato Acabamento em Espiral
+
Capa Dura de 75 jogos
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Solução 7 $ $ 5 ' d $ , $ / ( 6 2 0 2 3 1 7 2 0 , 5 $ 0 , * 2 8 , , 0 $ / ( / $
Motor: A gasolina, quatro tem-
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Produção: Hinckley, Inglaterra.
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Triumph Trophy SE
3/mig. 4/edaz. 6/babosa — dacota — príamo. 8/standard. 12/serra do imeri.
Ficha Técnica
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veículos
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
Com pressa – A Kia apresentou no Salão de Detroit a versão final de seu esportivo GT4 Stinger. O cupê de quatro lugares tem uma grade maior, que ajuda a resfriar o motor, e sua iluminação é feita por lâmpadas de led arrumadas em um filete vertical. O propulsor é um quatro cilindros 2.0 turbo com injeção direta, capaz de chegar a 315 cv. Já o câmbio, automático, tem seis velocidades. A tração é traseira. Um detalhe que chama atenção pelo requinte é a ausência de maçanetas internas. Para abrir as portas, usam-se tiras de tecido.
com injeção direta, de 220 cv e 35,7 kgfm de torque, que o tornam capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e chegar à velocidade máxima de 246 km/h. Negócio paralelo – A Audi foi outra a aproveitar a última CES, a feira de tecnologia de Las Vegas, para apresentar uma novidade para o mundo dos automóveis. A marca alemã desenvolveu um tablet próprio, em parceria com a finlandesa Nokia. O equipamento usa o Android – outra novidade, já que a Nokia
ainda não lançou oficialmente nenhum aparelho que rode esse sistema operacional desenvolvido pela Open Handset Alliance, liderada pelo Google Inc.. O “gadget” conversa com o computador de bordo do carro e ainda exibe informações sobre o uso do veículo. A Audi não confirmou se o tablet será opcional nos carros ou poderá ser comprado separadamente nas concessionárias. Fora do baralho – A Lancia parece fadada à extinção. A marca italiana está fora dos planos
de Sergio Marchionne, o “todo-poderoso” do grupo Fiat, para os próximos anos. A clássica fabricante será oferecida apenas na própria Itália, deixando de aparecer nos demais mercados europeus onde ainda atuava timidamente. E mesmo assim, somente o subcompacto Ypsilon – feito sobre a base do Fiat 500 – continuará em linha. Com o mercado italiano ainda em grave crise, a hipótese mais aceita é a de que a Lancia seja mantida apenas até o fim do ciclo de vida do Ypsilon. Foto: Divulgação
Quem diria? – Primeiro carro feito na China a conquistar cinco estrelas no EuroNCAP, o sedã Qoros 3 foi considerado o veículo mais seguro de 2013, independentemente da categoria. O carro revelou-se robusto o suficiente para se sair bem diante de impactos frontais e laterais, desbancando prestigiados modelos europeus, norte-americanos e japoneses, como o Renault Zoe, o Lexus IS 300h, o Kia Carens, o Ford Tourneo Connect, o Jeep Cherokee e o Maserati Ghibli. Babá eletrônica – A Ford apresentou na Consumer Eletronic Show, maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas, uma nova versão do sistema AppLink e seus aplicativos disponíveis. Agora, os usuários são capazes de, a partir do sistema, reservar uma vaga de estacionamento ou até mesmo pedir uma pizza pelo comando de voz. A nova versão do Sync AppLink será oferecida inicialmente no novo Ford Mustang e permite o acesso a vários dados do veículo em tempo real, como velocidade, aceleração, hodômetro e localização. Leão nas quadras – A Peugeot assinou contrato de três anos com o tenista Novak Djokovic, que passa a ser seu embaixador internacional. Com uma quantidade grande de fãs na China – o maior mercado automotivo do mundo –, o atleta sérvio terá a marca da empresa estampada em sua camisa em todas as partidas que disputar e sua imagem poderá ser usada nas ações e campanhas publicitárias da fabricante francesa.
Kia GT4 Stinger Foto: Divulgação
Novidades pontuais – Sucesso de vendas no Brasil, o Hyundai HB20 começa o ano com uma série de mudanças para valorizar sua linha 2014. A principal delas envolve a versão Comfort Plus 1.6, que ganha a opção do câmbio automático nas duas carrocerias do modelo. Outra novidade é que a versão aventureira HB20X passa a oferecer como opcional a central multimídia BlueNav. O modelo ganha também volante de couro perfurado com costura cinza na versão Premium e azul na Style. Sem maior ostentação – Mark Zuckerberg, criador e presidente do Facebook, comprou um Golf GTI. O hatch esportivo da sétima geração – lançado em setembro do ano passado, na Alemanha – foi escolhido pelo criador do Facebook na cor preta e com câmbio manual, ao invés do mais caro, o automatizado DSG de dupla embreagem. O carro é movido pelo motor 2.0 litros turbo
Qoros 3
Ponto Comercial • Café Centro – R$ 300.000,00 • Loja de Roupa Centro – R$ 130.000,00 • Banca de Jornal (Jd Europa) – R$ 60.000,00 Aluguel • Prédio Comercial Centro – A/C 1.200m ² – R$ 30.000,00 Excelente para agência bancária (35 vagas de estacionamento ) Venda • Casa Euroville – Alto padrão – R$ 950.000,00 Aceita imóvel -valor • Casa Ros. de Fátima – Alto padrão – R$ 2.100.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. América - Alto padrão – R$ 630.000,00 Aceita imóvel –valor • Casa Jd. Primavera – R$ 350.000.00 • Apartamento D. Pedro I (Taboão) – R$ 530.000,00 • Apartamento Jd. Nova Bragança – R$ 330.000,00 Oportunidade
* Terreno comercial Jd. do Lago – 1.200m ² Rua da Cantina Bella Itália – R$ 700.000,00
veículos eículos
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O pulo da Ram por AUGUSTO PALADINO/autopress
A Chrysler convocou 5.130 proprietários da picape Ram no Brasil a darem um pulinho na concessionária mais próxima. O motivo do recall seria um possível defeito no pivô da barra de direção esquerda. Em caso de quebra da peça, de acordo com a fabricante, há risco de perda de controle da direção e, com isso, de acidente. O chamado é direcionado aos proprietários de modelos fabricados entre 2003 e 2012. Os produzidos até 13 de fevereiro de 2008 serão vistoriados e, se necessário, passarão pela troca. Já os fabricados entre 14 de fevereiro de 2008 e 21 de janeiro de 2012 terão a peça substituída sem a necessidade de vistoria. Mais informações podem ser obtidas no telefone 0800 730 7060 ou no site do fabricante.
Foto: Divulgação
Ram 1500
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