739 Edição 11.04.2014

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Braganรงa Paulista

Sexta 11 Abril 2014

Nยบ 739 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 739 Sexta 11 • Abril • 2014

Expediente

Domingo de Ramos

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli

Por Mons. Giovanni Baresse

Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

Neste próximo domingo

tendendo mantos. Um tapete

nir o risco de uma aclamação

e éticas atropeladas pela ganân-

entramos na Semana

formado de vestes. Junto a galhos,

transformar-se em cooperação

cia, mensalões, abusos de poder

Santa que era chamada

folhagens e flores como adereços

de condenação. Porque isso pode,

e exacerbação do autoritarismo.

pelos mais velhos de “Semana

a serem sinal da alegria. Na ver-

infelizmente, acontecer. O fato

No fundo a questão é buscar em

Maior”. Certamente pela com-

dade há, na celebração de Ramos,

vivido no domingo de ramos deve

Jesus Cristo as linhas mestras do

preensão de que nela é celebrado

uma exigência vinculante. Quem

ser um alerta para todos nós.

comportamento. Para que nossas

o Mistério fundamental da fé

aclama Jesus Cristo - e o faz de

Não é difícil aclamar o Cristo

atitudes sejam cristãs, isto é, refli-

cristã: a Ressurreição de Jesus

maneira tão exposta - deve ter

quando se trata de arrumar uns

tam em nosso tempo e em nossos

Cristo. É interessante notar que

consciência da responsabilidade

ramos, umas flores. E até um

dias aquilo que Jesus Cristo faria

o início dessa semana é uma re-

do ato externo. A aclamação deve

tapete. O difícil é continuar ma-

e diria nos nossos dias.

cordação da entrada triunfal de

ser um sinal da fidelidade vivida

nifestando amor por ele quando

Sabemos que o discipulado de

da defesa dos direitos de todos

Jesus na cidade de Jerusalém. Os

até as últimas consequências. Na

se deve assumir posicionamento

Jesus não é limitado a cerimônias

a terem vida digna. E o sagrado

evangelistas descrevem o fato.

doação da própria vida por Aquele

igual ao Dele! Se entendermos

religiosas e às paredes dos nossos

direito de poder viver, caminhar,

As pessoas entusiasmadas vão

que deu a sua vida. É a consciência

as celebrações da Semana Santa

templos. Somos chamados a viver

escolher trabalho. Sem nenhum

arrancando galhos de árvores,

que na Sua morte a nossa morte

como um “fazer memória” da

a “verdadeira religião”, como diz o

tipo de ameaça à integridade. É

como escrevem Mateus (21,8) e

é superada. No Seu sofrimento é

entrega de Jesus Cristo para

apóstolo Tiago (ressoando os profe-

um desafio que exige dos cida-

Marcos (11,8). Lucas (18, 28ss.)

vencido o nosso. Nas Suas dores

que tenhamos vida (João 10,10),

tas) em sua carta (1,27): cuidar de

dãos – mormente os marcados

não fala em ramos. João (12, 12-

as nossas encontram refrigério.

a conclusão lógica é que quem

quem sofre e está marginalizado. E

pela fé – uma atitude que fa-

16) fala em ramos de palmeira.

Domingo de Ramos é uma fes-

segue Jesus Cristo deve ter a

não se trata de benemerência ou

voreça a mudança do modo de

Esta diferença é provavelmente

ta bonita que não esconde as

mesma disponibilidade de doar

filantropia. Trata-se de conversão

pensar e agir. Não por interesses

originada no fato que o evangelho

dores da Paixão. Na celebração

vida para que a Vida aconteça.

pessoal e estrutural. Para que o

de grupos. Sim pela defesa de

de João é o mais tardio. Escrito

litúrgica são lidos os textos que

Olhando a nossa realidade ve-

amor a Deus se reflita no amor

princípios que devem levar em

por volta do ano 90. Em plena

falam da entrada em Jerusalém

mos as múltiplas situações de

ao irmão, como recorda João em

conta o bem. Da natureza e das

perseguição do Império Romano

e dos momentos do martírio do

morte que envolvem a realidade.

sua primeira carta.

pessoas. A Semana Santa possa

aos cristãos. O ramo de palmeira

Senhor. Penso que a pedagogia

A violência que se alastra. As

Neste ano a Campanha da Fra-

ser aos que afirmam sua fé em

é sinal de vitória dos que são

da celebração quer nos recordar

limitações da ordem econômica

ternidade nos convidou a tomar

Cristo Ressuscitado, um renovar

martirizados.

a profundidade da manifestação

que não privilegia as pessoas e

consciência sobre a praga do trá-

de compromisso e um sinal

Além dos ramos o povo vai es-

pública da fé. E deseja preve-

sim o lucro. As questões morais

fico humano. Sobre a necessidade

mais luminoso de Esperança.

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


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Por Shel Almeida

Quando Simone de Beauvoir publicou, em 1949, o ensaio “O Segundo Sexo”, análise do papel da mulher na sociedade, fazia apenas 17 anos que a mulher brasileira tinha conquistado o direito de votar. De lá pra cá, outros direitos foram conquistados, mas todos são ainda muito recentes. Deve-se isso ao fato de vivermos em uma sociedade construída com base no sistema patriarcal, do qual o homem é o provedor e a mulher é a rainha do lar. Apenas em 1945 a Constituição Brasileira reconheceu a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Até então, a mulher não era legalmente dona de si, era considerada propriedade do pai, até passar a ser propriedade do marido. Passados apenas 69 anos, mesmo que a mulher tenha conquistado o direito de fazer o que bem entender da própria vida e isso esteja assegurado pela constituição, continuamos vivendo em uma sociedade patriarcal, cujas regras morais (e moralistas, quando se diz respeito à mulher) valem mais do que qualquer lei. Muitos homens ainda veem a mulher como uma propriedade, que pode até ter uma profissão e trabalhar fora de casa, contanto que cumpra com todos seus deveres domésticos, cuidando bem da casa e dos filhos e agradando o marido. Dessa forma, mesmo que muitas pessoas considerem que a mulher brasileira já conquistou todos os direitos possíveis e que, por causa disso, deveria parar de reclamar e agradecer por poder dirigir, escolher se quer casar ou não, se quer ter filhos ou não, escolher querer ter uma profissão, poder ser independente. Ainda não conquistamos os direitos que mais almejamos: o de termos autonomia do próprio corpo e o de não sermos julgadas e agredidas simplesmente por sermos mulheres.

Contradições

A mudança em uma sociedade só acontece se for firmada com base na educação, informação, cultura e aprendizado. Normalmente o processo é lento, mas cada etapa é necessária para que haja a compreensão e, assim, a transformação de fato aconteça. Se a mulher se beneficiou com a revolução sexual, graças ao surgimento do pílula anticoncepcional, a sexualidade feminina ainda é vista como tabu e qualquer sinal de autonomia nesse sentido, é freado com base em argumentos machistas. A liberdade sexual da mulher não é vista com a mesma naturalidade que a do homem, sempre encorajado a se aventurar com novas parceiras, enquanto a mulher é ensinada desde cedo a se resguardar. Mesmo que hoje a mulher possa escolher os parceiros sexuais, quando ela se recusar a aceitar determinado parceiro, corre o risco de ser agredida fisicamente e sexualmente, porque muitos homens aceitam a liberdade sexual da mulher desde que ela diga sim a eles. Nesse caso, a mulher não tem a liberdade de dizer não, porque o homem não aprendeu a ouvir não. A geração mais recente de jovens tem iniciado a vida sexual mais cedo. Se na geração anterior o menino era surpreendido por um sim da menina, hoje ele se surpreende por um não. E no sistema patriarcal em que está inserido, receber um não a uma investida sexual é ser rejeitado e visto pelos amigos como perdedor, como aquele que não consegue provar sua masculinidade, muitas vezes incentivada pelo mesmo pai que deseja que o filho seja um conquistador

enquanto se sente traído se descobre que a filha teve mais de um parceiro sexual. E essa cobrança pela masculinidade, pela não aceitação do não, muitas vezes usando o recurso da insistência e da força, é que incentiva a agressão sexual. Liberdade sexual é a mulher ter o direito de dizer sim e dizer não quando sentir vontade, se o homem “forçar a barra”, é estupro. Ele é influenciado, sim, pelo sistema patriarcal, mas tem consciência e sabe o que é certo e errado, não é um ser movido apenas pelos instintos. Agredir alguém sexualmente é deixar sequelas gravíssimas na vítima que, além de ter o corpo violado, tem a alma mutilada, a sua humanidade arrancada à força, enquanto luta para sobreviver, mesmo anos depois da agressão. Estupro não se trata apenas de um crime hediondo, que deve ser punido com rigor, mas de afirmação de poder, em que o agressor quer impor sua vontade à vítima. Estupro não é sexo e não tem nada a ver com sedução. Estupro é prova de masculinidade perversa, que quer manter pela força os privilégios de ser homem em uma sociedade em que a mulher é julgada por ser livre sexualmente.

Só um tapinha?

Pensando em uma maneira de trabalhar a prevenção da violência de gênero, a jovem Jaqueline Sousa, de apenas 14 anos, criou o projeto chamado “Só um tapinha?”, durante oficinas de empreendedorismo social desenvolvidas pelo Instituto Entrado em Cena. Como ela foi uma das ganhadoras do prêmio oferecido aos melhores projetos, conseguiu apoio para colocá-lo em prática e durante a semana de 31/03 a 04/04, realizou, junto com André Guimarães da Silva, o piloto do projeto na escola onde estudam, E.E. Luiz Roberto Pinheiro Alegretti. Ela contou ainda com total apoio da escola, representada pela Diretora Marisa de Fátima Estevam e pela Coordenadora Pedagógica Stella Paschoal e também da Psicóloga Elaine Nogueira Silva. A maneira como a atividade foi conduzida, com a psicóloga lançando questões relacionadas aos universo adolescente, enquanto os jovens decidiam se concordam, discordavam ou ficam neutros, foi importante para que eles se expressassem e ela pudesse conduzir o debate, sem dar respostas prontas, mas fazendo com que eles se questionassem e ouvissem a opinião do outro sobre o assunto. “É normal meu namorado/a gritar comigo?” ; “Eu tenho direito de ver as mensagens no celular da minha namorada/o?”; “Eu posso contar o que faço com minha namorada/o para os amigos/as?”; “Não deixo minha namorada usar decote ou saia curta para evitar os olhares dos outros?”, foram algumas das questões levantadas por Elaine e Jaqueline. Para a última questão, um dos meninos respondeu que a namorada “tem que ver o lado dele, tem que ter respeito por ele”, antes de pensar em usar decotes ou roupas curtas, no que muitas meninas respon-

Equipe da Escola Alegretti, do projeto Só um Tapinha e do Entrando em Cena. “O Projeto criado para jovens com o objetivo de reduzir o índice de violência contra a mulher na sociedade , quebrando barreiras educacionais e sociais, com jovens estudantes na cidade de Bragança Paulista”

deram que não é certo que o namorado queira mudar o jeito que a menina gosta de se vestir. Ele rebateu dizendo que “a minha namorada não pode querer ter a mesma regalia que tinha quando era solteira, namorando comigo”. Jaqueline interveio e perguntou se é normal então que meninos andem sem camisa na rua, o que muitos ficaram espantados, porque não enxergavam a relação que existe entre uma menina usar roupa curta e um menino não usar camisa. Nesse ponto o debate chegou próximo aos questionamentos da pesquisa do IPEA: “se a menina usar roupa curta, a culpa é dela de ser agredida”. Não houve um consenso nas respostas, mas ao final os jovens entenderam que, como Jaqueline afirmou, se a menina não deu permissão, ela não pediu para ser agredida. “Imaginem uma mulher ter passado pelo trauma de ser violentada, de ter alguém invadindo o seu corpo contra a sua vontade e, depois disso, ainda lhe perguntarem: mas você estava com esse short curto?

Isso não existe, ninguém tem que se impor sobre a vontade da mulher, o problema não é a roupa que ela está usando, não é não. As estatísticas em relação à violência de gênero são altíssimas no Brasil, mas vocês podem mudar isso, podem fazer com as estatísticas diminuam. Não seja um agressor, não seja uma vítima, saiba se respeitar e respeitar quem está ao seu lado”, concluiu. Para Elaine, o retorno em relação ao debate foi muito positivo. “Percebi questão carentes de informação, os que me procuraram pra conversar depois, viram buscando isso, a demanda foi informativa. O adolescente reflete quando é com ele, mas tem dificuldade em refletir quando é com o outro. A maneira como foi apresentado o debate foi importante porque os colocou na posição ativa, de se manifestar, de questionar”. Jaqueline diz que já está vendo resultados “Agora todos estão bem mais reflexivos, estão pensando melhor até na hora de fazer uma piada”, conta.

Debate foi apresentado de forma que jovens se expressassem, sem que recebessem respostas prontas.


comportamento

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Promessa da China A goji berry, fruta do sul da Ásia que é vendida na internet como cura para todos os males, tem ação antioxidante potente, mas não ajuda a emagrecer

Por MONIQUE OLIVEIRA / FOLHAPRESS

Uma fruta do sul da Ásia invadiu as gôndolas dos supermercados e sites na internet com a promessa de ajudar a emagrecer, combater doenças e até melhorar a potência sexual. O alimento vendido como milagroso é a goji berry, usada na medicina tradicional chinesa e cultivada há mais de 600 anos. A frutinha, encontrada aqui no Brasil na sua forma desidratada, também tem seu extrato vendido em farmácias. Na China, as folhas da fruta são utilizadas em chás para aumentar a imunidade. Entre seus benefícios estaria seu alto poder antioxidante, com ação potente no combate de doenças como câncer, aterosclerose e diabetes. Essas enfermidades se originam de danos ao DNA causados por produtos do oxigênio que ficam “soltos” no interior das células. Ao combater esses compostos, a goji berry teria um efeito protetor sobre essas doenças. De fato, a goji berry tem potente ação antioxidante e alta concentração de ácido ascórbico (vitamina C), que chega a ser 50 vezes maior que a da laranja. Mas somente algumas pesquisas mediram seu efeito direto sobre as enfermidades. Um estudo publicado no “Journal of Nutrition” em dezembro do ano passado e feito na Universidade de Tuffs, nos EUA, mostrou que a goji berry foi capaz de aumentar o potencial da vacina antigripal em ratos. A fruta, diz o estudo, aumenta a atividade das células dentríticas. que são capazes de levar o vírus até as células de defesa. Outro estudo, publicado no “American Journal of Clinical Nutrition” em 2008 com 72 pacientes com risco para doenças cardiovasculares, comprovou a proteção da fruta contra essas doenças. Eles consumiram porções moderadas da goji berry por oito semanas e tiveram melhora da função plaquetária. As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue e a inibição de sua função nesses pacientes contribui para a regulação da pressão sanguínea e a diminuição do mau colesterol pelo aumento do bom colesterol. Esse aumento foi verificado em 5,6% dos pacientes que consumiram a berry e 0,6% dos voluntários do grupo que não ingeriu a fruta. A fruta, entretanto, não ajuda a emagrecer. “Ela chega a ser bastante calórica”, diz Lucyanna Kalluff, nutricionista e farmacêutica bioquímica. Cada 100 g da fruta desidratada têm 256 kcal. “Ela até confere saciedade, mas não é uma estratégia eficiente porque a pessoa teria que comer muito para obter esse efeito”, diz. Quanto à potência sexual, especialistas desconhecem o possível benefício da fruta.

BENEFÍCIOS REAIS

“A fruta é um coadjuvante importante na alimentação, mas nada é mágico”, afirma Durval Ribas Filho, presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). Segundo especialistas, a goji berry pode ser usada na dieta, mas integrada de maneira moderada e frequente. “Os benefícios não aparecem de um dia para o outro”, diz Celso Cukier, nutrólogo e diretor do Instituto de Metabolismo e Nutrição. O alto consumo da fruta pode ter um efeito contrário: o excesso pode ocupar o lugar de

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PREÇOS SUJEITOS A ALTERAÇÕES SEM PRÉVIO AVISO - Reservamo-nos o direito de corrigir eventuais erros gráficos e de digitação.

outros alimentos igualmente benéficos. Como a goji berry, outros alimentos já tiveram seus benefícios exaltados: o tomate (o licopeno, substância que dá a sua cor vermelha, é conhecido por proteger contra o câncer), a quinoa (pelo combate a TPM) e o mirtilo (pela melhora a memória). Eles integram a categoria chamada de “superalimentos”, que se diferenciam por possuírem compostos favoráveis à saúde em maior quantidade que os demais. Mas, apesar de conterem substâncias comprovadamente benéficas, nem todos os alimentos foram objeto de estudos que comprovassem seus efeitos sobre doenças. Instituições de peso alertam para a áurea milagrosa muitas vezes concedida a esses superalimentos. “Um alimento pode ajudar a reduzir o risco de câncer, mas é improvável que ele sozinho faça grande diferença”, estampa o Centro de Pesquisa do Câncer do Reino Unido em seu site.

Uma vida com significado

Mirian goldenberg

Enxergar os problemas com bom humor é um truque útil para a arte de viver e envelhecer com significado. “Em busca de sentido” é o emocionante relato do psiquiatra judeu Viktor Frankl sobre como ele sobreviveu, de 1942 a 1945, em quatro campos de concentração, após a mãe, o pai, o irmão e a esposa terem sido assassinados pelos nazistas. Ele morreu em 1997, aos 92 anos, depois de publicar inúmeros livros com uma proposta de análise existencial elaborada a partir da trágica experiência. Para Frankl, as particularidades de cada indivíduo, principalmente de seus valores, definem o sentido de cada vida. O significado da vida pode se encontrado de diferentes maneiras: no trabalho, na criação, no amor, na família, na amizade e também na atitude que se tem em relação ao sofrimento inevitável. Ele chamava de “vazio existencial” a sensação de inutilidade e de falta de sentido da própria vida. Ele alertava: “Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem em alvo, mais errarão. O sucesso vai persegui-los precisamente porque vocês se esqueceram de pensar nele”. O mesmo pode ser dito sobre a felicidade. Ela só aconteceria como efeito colateral e natural da dedicação a uma causa maior do que a própria felicidade. Frankl dizia que o mundo estava em uma situação muito ruim, mas que poderia ficar ainda pior se cada um não fizesse o melhor que pudesse. Ele apostava na capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo construtivo. Todos seriam capazes de mudar a si mesmos e o mundo para melhor. Na luta para sobreviver, Frankl propôs a um amigo do campo de concentração um compromisso mútuo de inventarem ao menos uma piada por dia. Ele acreditava que não havia arma tão poderosa para a autopreservação como o humor. O humor é fundamental para que as pessoas criem uma distância necessária para enfrentar as situações mais adversas e miseráveis. Viktor Frankl foi uma importante inspiração para encontrar o significado da minha própria vida e também para muitas reflexões que estão no meu livro “A bela velhice”. Aprendi com ele que buscar enxergar os problemas com uma perspectiva bem-humorada é um truque bastante útil para a arte de viver (e de envelhecer) com significado.


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Reflexão e Práxis

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A frieza dos números Por pedro marcelo galasso

Fomos tomados por um senti-

roupas pequenas desejam ser atacadas é

qual marido ou namorado nunca havia

toleráveis e, por isso, comuns. Já que

mento de indignação quando

alarmante e desprezível. Sabemos o peso

“dado uns tapas” na sua companheira.

as mulheres são vistas como um objeto

o IPEA divulgou um resultado

e a influência que os meios de comunica-

Ou nos ditos populares extremamente

a ser tomado, ofendido e achincalhado

absurdamente alto para uma pergunta

ção de massa têm sobre o cotidiano das

machistas e ofensivos, tais como “bate

pelos homens nas ruas, na TV, basta, para

séria sobre o desumano tema do estupro.

pessoas e que as modas aí lançadas são

que ela gosta”. Quando lidas sem o

tanto ter estômago e assistir a alguns

Segundo os dados, mais da metade dos

copiadas e popularizadas criando esterió-

devido cuidado tais colocações pare-

programas tidos como humorísticos,

entrevistados acreditava que as mulhe-

tipos que omitem a distância entre o que

cem engraçadinhas e até aceitáveis,

ou observar o tratamento dispensado

res com roupas sensuais merecem ser

aparece na TV ou na internet e a escolha

mas, de novo, travestem um problema

as mulheres quando elas têm um cargo

atacadas. Vale a pena pensar que a ideia

de uma pessoa que deseja imitar a imagem

histórico e social brasileiro em algo

hierárquico ou importante e são logo

de merecimento vem carregada da carga

apresentada pela mídia.

inocente e desejável.

taxadas de estranhas, interesseiras ou,

subjetiva do desejo destas mulheres, o

É verdade que desde a descoberta do

Estranho também é o fato de outro

pasmem, incapazes.

que, me parece claro, não é verdadeiro.

Brasil temos uma relação de poder e de

relatório oficial apresentar problemas.

Um longo caminho ainda deve ser per-

Após a divulgação dos dados, assis-

força entre homens e mulheres e basta

Não nos esqueçamos, que a compra da

corrido para os números não minimizem

timos um movimento de indignação

pensarmos nas práticas de violência

refinaria de petróleo foi, segundo a ex-

ou ocultem o horror da violência sexual,

com a presença maciça da sociedade

sexual dos portugueses contra as índias

plicação oficial, baseada em um relatório

física ou simbólica, contra as mulheres.

civil contra tal absurdo e que levou o

brasileiras ou o papel de sadismo que

incorreto, ou seja, em um período curto

E antes que cometam tal atrocidade,

instituto responsável pela pesquisa a

o senhor de engenho perpetrava contra

de tempo relatórios são apresentados

o fato de algumas mulheres adotarem,

rever o resultado. A retratação do IPEA

as suas escravas já que para mostrar

de forma errônea à sociedade brasileira.

conscientemente, uma atitude mais liberal

sobre o erro dos dados divulgados não

a sua virilidade e sua força de mando

Dois casos sérios, dois problemas sociais

com relação ao seu corpo e suas roupas

diminui o sentimento de indignação e a

violentava suas escravas e obrigava que

brasileiros, dois relatórios errados.

ainda há uma distância enorme entre a

discussão sobre tal absurdo continua.

elas gritassem para que todo o engenho

Além disso, é preciso atentar para as

liberdade sexual e o estupro. Torçamos

Entretanto, o número dos dados corretos, que

pudesse ouvi-las em um espetáculo de

tentativas de minimizar o problema da

para que esta ideia tão simples e óbvia

correspondem a ¼ do universo entrevistado,

horror travestido de elemento de mando.

violência sexual contra a mulher após a

seja compreendida por todos.

é muito alto, ou seja, ainda que o número

Caso seja necessário um exemplo mais

divulgação dos frios números corretos,

seja menor ele não pode esconder o fato de

contemporâneo é só nos lembrarmos

postura adotada pelos mesmos noticiários

Pedro Marcelo Galasso - Cientista político,

algumas pessoas, dentre elas também as

das declarações do ex-goleiro Bruno

que julgavam a questão inadmissível.

professor e escritor.

mulheres, julgarem que as mulheres com

que perguntou, em uma entrevista,

É como se os dados menores fossem

E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Casos e Causos

Juro que é verdade Por Marcus Valle

JURO QUE É VERDADE CXX

entra no carro...tudo contornado. Continuam andando...a paquera tá boa...muita

Rogério Umeoka, atual presidente do PV, foi candidato a vereador (teve

mulher bonita para olhar....Jorjão distrai e.....crás......bate atrás DO MESMO CARRO.

expressiva votação), mas na campanha adotou algumas táticas, no mínimo

O motorista desce furioso....pega Jorge pelos colarinhos e chacoalha, perguntando:

estranhas, em termos de eficiência.

VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA COMIGO? Os amigos .........só conseguem rir

Certa vez, feliz da vida, nos contou que havia montado um comitê no Jardim Águas Claras. Como sabia que ele era apoiado basicamente pela Colônia Japonesa e por

JURO QUE É VERDADE CXXIII

jovens advogados, perguntei se ele conhecia muita gente nesse bairro.

Anos 70. Dois times de futebol de salão jogavam uma partida na quadra do Colé-

A resposta foi pragmática:

gio Casper Líbero. Quase ninguém assistia, a não ser o Waldir Hudson Barbosa ,

NÃO... MAS ME CEDERAM O LOCAL DE GRAÇA.

que na época tinha uns 12 anos de idade, e estava brincando atrás do gol. Nisso

Parece que ele teve uns 3 votos no bairro.

um time ataca, faz o gol, e o goleiro do time que marcou, pula para comemorar, e como está bem embaixo da trave dá enorme cabeçada na mesma. O Waldir é o

JURO QUE É VERDADE CXXI

único que vê a cena e dá uma gargalhada. O goleiro que estava com dor (moral e

Um conhecido, quando tinha 20 anos, arranjou uma namorada em São Paulo e foi

física) sai correndo atrás dele gritando: MOLEQUE FDP.....EU VOU TE MATAR.

conhecer a família dela. Ela morava num apartamento nos Jardins, e em determi-

Os jogadores que nada viram, estranham a cena do goleiro (que era eu...confesso)

nado momento , ele pediu para ir ao banheiro.

abandonar o jogo para correr atrás de um menininho. Perguntaram; O QUE ELE

Foi fazer o chamado NÚMERO DOIS, e ao terminar , percebeu que não tinha papel

FEZ? Não quis contar e respondi: JOGOU PEDRA EM MIM.

higiênico. Na verdade, ele estava num lavabo (bacia e pia apenas) e no desespero, resolveu se higienizar na pia. Apoiou-se na peça, mas ai aconteceu uma tragédia:

JURO QUE É VERDADE CXXIV

.....A PIA NÃO AGUENTOU O SEU PESO E ............CRÁS..........caiu quebrando com

O saudoso Adilson Leitão me contou que conhecia um fulano que era muito

grande barulho. O duro é que ele caiu junto, e se cortou, tendo que ser socorrido

mentiroso, principalmente no que dizia respeito a imaginosas conquistas sexuais.

pela namorada e sua família. Ele não casou com essa namorada, mas garanto....

Toda mulher mais bonita que era citada, ele dizia: ESSA EU JÁ PEGUEI. Num dia

ela nunca se esquecerá dele.

o Adilson estava conversando com um grupo de pessoas, e passou uma morena bonita que chamou a atenção. Imediatamente o AUTOGARANHÃO falou: ESSA

JURO QUE É VERDADE CXXII

EU “PAPEI”. Um senhor que estava na roda ficou furioso, pegou o cara pelo braço

Anos 80. Jorge Judar, Catapano, Eraldo e Sabá vão pra Rua Augusta, em São Paulo

e disse que ele teria que provar o que falou. Chamou a moça, apresentou a todos

passear. Jorjão dirige o carro. Vão olhando as garotas. Um momento de distração

como sua filha e perguntou pro cara: ENTÃO....VOCÊ SAIU COM ELA? O papudo

e....crás....Jorge bate no carro da frente. O motorista desce....os 4 descem....pedem

respondeu: COM ELA NÃO....MAS VENDO DE LONGE É MUITO PARECIDA....

desculpas....falam que só foi um risquinho....que um polimento tira....o motorista

DÁ PARA CONFUNDIR.


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veículos eículos

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Segunda fase do Range Rover Evoque evolui, ganha câmbio de 9 marchas mas não toca no visual consagrado por Eduardo Rocha/Auto Press

Três, quatro anos depois de um lançamento, as marcas costumam promover alterações nos seus carros. Em geral é alguma bobagem: um farol mais espichado, uma lanterna maior ou a placa que sobe do para-choque para o meio da tampa traseira. Nada realmente muito contundente. O objetivo da mudança de meia-vida é reanimar as vendas e dar a impressão que o carro foi modernizado sem investir muito. O Range Rover Evoque, porém, fugiu completamente desta lógica. O modelo foi lançado há pouco mais de 2 anos e meio e não precisava de qualquer estímulo de venda. O utilitário esportivo emplaca tudo que sai da linha de Halewood, no Reino Unido – até agora, algo como 300 mil unidades. Além disso, o design não revelou qualquer sinal de envelhecimento. No entanto, o SUV britânico atua no segmento de luxo e para se firmar aí é preciso mostrar serviço. Por isso, a marca injetou no menor dos Range Rover tudo o que oferecem os modelos Sport e Vogue, maiores e mais caros. E para arrematar, ainda estreia nele um inédito câmbio de 9 marchas, capaz explorar melhor que o motor 2.0 turbo de 240 cv pode desenvolver. No Evoque 2014, que desembarcou neste pós-Carnaval no Brasil, somente um detalhe externo denuncia a mudança de fase: os espelhos retrovisores, que ficaram um pouco menores e trocaram os repetidores de seta por filetes de leds, invisíveis quando estão apagados. As alterações na arquitetura eletrônica implementadas no Evoque são ligadas a recursos de segurança e a melhoramentos da capacidade off-road – apesar de sua inequívoca vocação para o asfalto. Entre os novos aparatos eletrônicos, chama a atenção o controle de torque direcional ou vetorizado. O sistema atua no diferencial para distribuir a força em cada roda individualmente e corrige eventuais saídas em curvas no asfalto ou perda de aderência no off-road. Para o fora de estrada, o Evoque ganhou um conjunto de cinco câmaras, que cobrem os 360º do entorno do carro, e um sensor de profundidade, para travessia de áreas alagadas. Esses recursos se somam ao controle de descida de rampa e ao Terrain Response, que adequa a tração ao tipo de piso em que se trafega: asfalto, terra, grama ou lama. O Evoque apresenta também todos os itens que já começam a se tornar corriqueiros em modelos com alguma pretensão de ter uma imagem luxuosa. Sistema de assistência de estacionamento – que estaciona sozinho em vagas longitudinais ou paralelas –, sensores de ponto cego, central multimídia com navegação, sensor de chuva, de luminosidade e de obstáculos, faróis de xenon e lanternas em led. Obviamente, a presença dos recursos depende, e muito, da versão. Entre o Evoque mais caro e o mais barato, sem alterar o trem de força, há uma diferença de aproximadamente R$ 90 mil – R$ 192 mil na versão Pure Tech com quatro portas e R$ 281.700 para a Dynamic Tech Pack cupê. A versão intermediária Prestige tem basicamente todos os itens de tecnologia disponíveis. Traz, por exemplo, faróis que comutam automaticamente alto e baixo, ou um sistema dinâmico adaptativo com amortecedores eletromagnéticos, batizado de Magneryde, que “lê” as condições de rodagem e altera a rigidez da suspensão. A partir dessa versão, o Evoque passa a contar também com controle de cruzeiro adaptativo com alerta de colisões e também com console com tela de 8 polegadas sensível ao toque com sistema dual view – na mesma tela o motorista vê o GPS, por exemplo, enquanto o carona assiste a um DVD. Em relação à Prestige, a versão de topo Dynamic ganha em detalhes de acabamento interno e externo, como spoiler e saias laterais ou bancos em couro perfurado. No total, sete versões do Evoque são trazidas para o Brasil. Além de uma gama abrangente, há ainda a possibilidade de encomendar as combinações de cores entre teto e carroceira ou entre acabamento interno e o couro que reveste os bancos – nesses casos, é preciso esperar de três a quatro meses para a unidade ser entregue. Seja como for, a estratégia vem surtindo efeito. Especialmente no mercado brasileiro, que atualmente responde por quase 5% das vendas do modelo no mundo inteiro

e já é o sexto da marca inglesa no planeta.

Primeiras impressões

Itatiba/SP – As novidades introduzidas no Evoque renderam um substancial aprimoramento dinâmico no carro. Tanto na estrada quanto fora dela, o pequeno Range Rover ganhou disposição e destreza. O motor 2.0 turbo de 240 cv, de origem Ford, não sofreu mudanças, mas agora trabalha com o câmbio de nove marchas e ganhou muito em rendimento e economia – segundo a marca, pode gastar até 20% menos combustível na estrada. A economia e a consequente redução de emissões foram os principais motivos para a Land Rover investir, juntamente com a alemã ZF, no desenvolvimento dessa nova transmissão. O novo conjunto deixou as reações do utilitário bem mais suave, quando conduzido de forma branda, e bem mais nervoso, se explorado esportivamente. Quando equipado com amortecedores eletromagnéticos, de rigidez variável, ele impressiona pela facilidade com que contornam as curvas. A carroceria rola muito pouco e a frente não mergulha mesmo nas frenagens mais brutas. O único momento em que o câmbio e o motor não se entendem muito é nas retomadas a partir de uma velocidade muito baixa – como naquela meia-trava ao passar um cruzamento ou na saída de um quebra-molas. Nesses casos, o controle eletrônico demora um pouco a contar todas as marchas até encontrar a correta. Já nas arrancadas, a reação e o ganho de velocidade são muito vigorosos. Dificilmente alguém terá coragem de praticar off-road esportivamente com um Evoque. Ainda mais porque ele não tem nem altura livre para o solo adequada para um fora-de-estrada mais severo. Mas no campo de provas que a Land Rover instalou na Fazenda Dona Carolina, em Itatiba, São Paulo, deu para comprovar que, em caso de necessidade, o Evoque pode sair bem se for tratado com muito cuidado. Mas onde o utilitário sente melhor mesmo é no asfalto. É, inclusive, o melhor lugar para usufruir os luxos e o belo acabamento que o modelo 2014 oferece.

Ficha técnica

Land Rover Range Rover Evoque 2014 Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.999 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio automático com nove marchas à frente e uma a ré. Tração integral e possui controle eletrônico de tração. Potência máxima: 240 cv a 5.500 mil rpm. Aceleração 0 a 100 km/h: 7,6 segundos. Velocidade máxima: 217 km/h Torque máximo: 38,7 kgfm a 1.750 rpm Diâmetro e curso: 87,5 mm X 83,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com amortecedores magnéticos. Traseira independente do tipo Multilink com amortecedores magnéticos. Oferece controle de estabilidade. Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Pneus: 225/65 R18, R19 ou R20. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com duas ou quatro portas e quatro lugares. Com 4,35 metros de comprimento, 1,96 metro de largura, 1,60 metro de altura e 2,66 metros de entre-eixos. Peso: 1.595 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 420 litros. Tanque de combustível: 70 litros. Produção: Halenwood, Inglaterra. Lançamento da versão com 9 marchas: 2013. Lançamento no Brasil: 2014 Pure Tech Pack: paddle shifts, piloto automático, sensor de estacionamento traseiro, controle de descida em declives, sistema de saída gradativa, controle de estabilidade antirrolagem, controle de torque de força do motor, freio de estacionamento eletrônico, controle elétrico de assistência de direção, Isofix, sete airbags, limpador do para-brisa com sensor de chuva, retrovisores elétricos com aquecimento, faróis halógenos, rodas de liga leve de 18 polegadas, spoiler traseiro, ar-condicionado digital dual zone, cinzeiro com acendedor, bancos em couro com ajuste elétrico para motorista e passageiro, volante em couro multifuncional, ilumina-

ção ambiente interna ajustável, sistema de áudio Meridian com 11 alto-falantes, 380W de potência, incluindo subwoofer, áudio streaming e entradas USB e iPod, tela central touchscreen de 8 polegadas em alta resolução, Bluetooth com áudio streaming, faróis de xenon com assinaturas em led, faróis de neblina dianteiros em led, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno antiofuscante, apoio de braço no banco traseiro com dois porta-copos (apenas na versão de 5 portas), retrovisores com ajuste e rebatimento elétricos com aquecimento, função de memória e inclinação automática em marcha ré. Preço: R$ 192 mil e R$ 195.200 na versão Coupé. Prestige: adiciona sensor de estacionamento dianteiro, park assist, luz de cortesia debaixo dos retrovisores externos, rodas de liga leve de 19 polegadas, bancos em couro com ajuste elétrico para motorista e passageiro e memória para motorista e sistema de navegação com HD interno e capacidade de gravação similar a 10 CDs. Preço: R$ 219.100 (somente na versão 4 portas) Dynamic: adiciona rodas de liga leve de 20 polegadas, spoiler traseiro esportivo, para-choques esportivos, escapamentos esportivos com placas protetoras e soleiras Iluminadas em led. Preço: R$ 227.200 (somente na versão 4 portas) Prestige Tech Pack: itens Prestige + tela central touchscreen de 8 polegadas em alta

resolução com tecnologia Dual View, sistema de áudio Meridian com 17 alto-falantes, 825W de potência, incluindo subwoofer, áudio streaming e entradas USB e iPod, sistema de entretenimento traseiro com duas telas de 8 polegadas e fones de ouvido sem fio, sistema de câmeras 360º surround, sistema Adaptive Dynamic com amortecedores MagneRide, abertura das portas através do sistema Keyless, abertura elétrica do porta-malas com sensor de segurança, altura automática dos faróis quando detectado veículo na outra via e controle de cruzeiro adaptativo com Queue Assist. Preço: R$ 271.900 (somente na versão 4 portas) Dynamic Tech Pack: itens Dynamic + bancos esportivos em couro estilo concha com aquecimento para motorista e passageiro, bancos com memória para motorista e passageiro (apenas na versão cupê), tela central touchscreen de 8 polegadas de alta resolução com tecnologia Dual View, sistema de áudio Meridian com 17 alto-falantes, 825W de potência, incluindo subwoofer, áudio streaming e entradas USB e iPod, sistema de câmeras 360º surround, sistema Adaptive Dynamic com amortecedores MagneRide, abertura das portas através do sistema Keyless, abertura elétrica do porta-malas com sensor de segurança, altura automática dos faróis quando detectado veículo na outra via e controle de cruzeiro adaptativo com Queue Assist. Preço: R$ 277.900 e R$ 281.700 na versão Coupé. Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias


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Notícias

automotivas Por Augusto Paladino/autopress

Escuro

Tori (?), cantora de "Crucify"

Moeda dos EUA

Adaptada Estilo literário de "Memórias Póstumas de Brás Cubas"

Lina (?) Bardi: projetou o Masp

Raiz, em inglês "Bom Dia & (?)", programa infantil (TV)

Nelson Mandela, político

Fragmento (?) Starr, músico dos Beatles

Papa que Fértil Iguaria renunciou região do preparada ao cargo Sul do com ovas em 2013 Ceará de esturjão Animal cujo couro é fonte da gelatina

Hormônio liberado em situação de ansiedade

Fazer a (?): roubar tudo (pop.) Prefixo de "atípico" (?) histórico, monumento como os Arcos da Lapa

Monograma de "Rita"

Nêutron (símbolo)

Idioma de expressões jurídicas

Nome da letra que simboliza "hora" O Mês das Noivas Quinta vogal (?) Tolstoi: escreveu "Guerra e Paz" "(?) Ching", livro oracular Gênero musical do Pará popularizado por Gaby Amarantos

Ladeira (abrev.)

O mais nobre dos sentimentos Anaconda (Zool.) Não, em inglês

Ana Luiza e Ana Clara, pelos prenomes Órgão indigenista brasileiro (sigla) Saia sensual Vantagens Situação como a batida de carros

Idade, em inglês Cama, em inglês 900, em romanos

Fazem carinho (com a mão)

Amy Irving, atriz de "O Amigo Oculto"

Inaceitável

BANCO

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Foto: Divulgação

Solução P D A O T L R A CO R I N L AD I O M OR P F A I C A I G A E L

Chevrolet Classic Advantage

Os Correios, para a natação do Brasil

A A T A R O M O I T C A R I L IN A G M O N A A G A S F U N A C TO U B R E S I V

iVolvo – A Volvo Cars e a Apple fizeram uma parceria onde os modelos da fabricante sueca passarão a ser equipados, a partir de 2015, com o sistema chamado CarPlay. O objetivo é tornar a tela da central multimídia do automóvel uma extensão de um iPod, iPhone ou iPad. A tela sensível ao toque serviria de interface para aplicativos, serviços e funções dos aparelhos da Apple.

© Revistas COQUETEL

Revista como a Local de largada e "Turma da Mônica" chegada da Corrida Internacional de São (?) popular: é exSilvestre presso em passeatas

G A C L I M L B O A L I S M O B C R E N A N V A T R I I O A X A R E V I M P B I R E C N O D M I S

Dupla identidade – A Honda entrou com o pedido de registro do nome HR-V nos

No plugue – A Hyundai marcou o lançamento de seu primeiro carro com bateria recarregável. A previsão da marca coreana é de que o seu veículo emissão zero chegue ao mercado em 2016. Atualmente, a fabricante oriental se concentra em produzir automóveis movidos a hidrogênio, enquanto a sua subsidiária Kia investe em aumentar a oferta de carros elétricos, como o Soul. Por enquanto, não está definido que modelo vai inaugurar a linha “verde” da Hyundai, mas há grandes chances de ser na base do sucessor do médio i30, do mesmo porte do Toyota Prius e do Nissan Leaf.

www.coquetel.com.br

A V R E N I A D A P M A U L I S T A

Linha minimizada – Três veículos da gama da Mini podem não ter a mesma sorte do icônico Cooper. Depois de apresentar a terceira geração do carrinho recentemente, a marca britânica pode desistir de oferecer versões atualizadas dos modelos Paceman, Roadster e Coupé. De acordo com Oliver Friedmann, chefe de produto da Mini, o trio está fora das prioridades e a fabricante deve voltar as atenções para modelos relevantes para os consumidores, que segundo ele, são o Cooper, Countryman e Clubman – que até já teve um novo conceito revelado.

Vai bem – Em apenas seis meses de comercialização no Brasil, o novo Nissan Sentra vendeu 75% mais unidades que sua geração anterior no mesmo período. O sedã médio teve 4.724 emplacamentos no mercado brasileiro entre setembro e fevereiro de 2014, enquanto o modelo anterior conseguiu apenas 2.695 entre setembro de 2007 e fevereiro de 2008. A versão de topo SL, que tem câmbio automático do tipo CVT e teto solar, é responsável por 55% das vendas.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

I N

Apuro extremo – A Land Rover já esbanja luxo e requinte com seu Range Rover Vogue Autobiography. Mas a marca britânica planeja o lançamento de um modelo ainda mais premium. Sem nome definido, o projeto para o novo utilitário “abastado” é calcado na ideia de exclusividade e pensado para concorrer com os futuros SUVs da Rolls-Royce e da Bentley. A previsão é que o carro saia do papel e ganhe espaço nas concessionárias em 2016 ou, no máximo, no início de 2017.

Estados Unidos. Ao que tudo indica, a nomenclatura deve ser adotada pelo utilitário compacto Vezel – como é conhecido no Japão –, que será feito no Brasil a partir de 2015. O nome HR-V não é completamente inédito na marca nipônica. A denominação já foi usada por um pequeno crossover de duas portas vendido pela fabricante no Japão, Oceania e Europa entre 1999 e 2006. Por aqui, o SUV ainda não teve o nome definido, mas será comercializado como um modelo abaixo do CR-V e concorrerá com Ford EcoSport, Chevrolet Tracker, Renault Duster e o futuro Peugeot 2008.

3/age — bed — not. 4/amós — root. 6/clamor. 10/tecnobrega.

Mais vantagem – A Chevrolet adicionou um quarto membro à série especial Advantage. Depois de Celta, Cobalt e Spin, chegou a vez do sedã Classic ganhar um tratamento especial. A versão tem como objetivo oferecer um pacote mais completo de equipamentos por um preço mais acessível. Disponível apenas na cor cinza, por R$ 34.170 chega com equipamentos ar-condicionado, direção hidráulica, travas com controle remoto, vidros elétricos, alarme e rádio com CD, entradas USB e Bluetooth. Internamente, um revestimento também em cinza é aplicado no painel central, na manopla do câmbio e nos botões de buzina do volante. Há adesivos de coluna alusivos à série, retrovisores pintados na cor preto brilhante, o emblema Advantage nas portas e as molduras laterais na cor do veículo. O motor é o mesmo 1.0 litro que desenvolve 78 cv de potência e 9,7 kgfm de torque – com etanol.


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Trio de peso por AUGUSTO PALADINO/autopress

O Grupo Caoa – que produz, importa e comercializa veículos Hyundai no Brasil – definiu o terceiro e último veículo a que tem direito a fabricar. Trata-se do utilitário médio-grande Santa Fe, que chegou renovado ao Brasil em abril de 2013 e será nacionalizado a partir do segundo semestre de 2014. O modelo irá dividir a linha de montagem da fábrica, localizada em Anápolis, Goiás, com outros dois SUVs que já são feitos lá: Tucson e ix35. A princípio, os preços praticados atualmente – de R$ 135 mil a R$ 155 mil – serão mantidos. A instalação goiana com capacidade para 75 mil unidades/ano ainda produz os caminhões HR e HD78.

Foto: Divulgação

Hyundai Santa Fe


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Naked Ducati Monster fica mais valente com novo motor 1198 cc de 145 cv em versão 1200S por Carlo Valente do Infomotori.com/Itália com Márcio Maio/Auto Press

Em 1993, a Ducati buscava uma moto que aliasse a praticidade de uma naked à potência e baixo peso de uma esportiva. E foi esse o ponto de partida para o lançamento da linha Monster. De lá para cá, o modelo vendeu cerca de 275 mil unidades e, versão após versão, conquistou cada vez mais poder de fogo. Caso da 1200 apresentada no Salão de Milão de 2013, lançada na Europa em fevereiro e prevista para desembarcar no Brasil ainda no primeiro semestre de 2014. Esta última versão mostra claramente essa pujança com seus 145 cv alcançados na configuração S. O aumento na potência veio com o novo motor Testastretta 11° Dual Spark bicilíndrico em “V” – que a Ducati chama de L-Twin pelo seu posicionamento –, com 1198 cc. Esse é o primeiro propulsor com refrigeração líquida das naked Monster. Com quatro válvulas por cilindro, ele é capaz de produzir 135 cv no modelo 1200 e 145 cv na configuração mais potente, a 1200S, com torque de 12,7 kgfm e 182 kg de peso seco. Na versão mais “mansa”, o torque é de 12 kgfm. O acelerador eletrônico trabalha associado ao controle eletrônico de tração e tela de instrumentação TFT, que muda conforme a seleção de pilotagem escolhida. São três modos de direção: o Urban é indicado para tráfego na cidade, Touring para uso em viagens e o Sport oferece resposta instantânea do acelerador e ajusta o ABs dos freios e o controle de tração para as menores intervenções na pilotagem. No total, são oito níveis de controle de tração, três de frenagem ABS e três do acelerador. A Ducati Monster 1200 tem apenas a cor vermelha, enquanto a configuração S pode ser vermelha com quadro vermelho ou branca com quadro bronze, com escapamento de alumínio preto e para-lama de fibra de carbono. Em comparação com a anterior 1100 – que seguia o projeto das 696 e 796 –, muda a posição de pilotagem, que ficou menos inclinada para frente. O assento, aliás, além mais comprido e largo, agora tem ajuste de altura. O tanque ganhou quatro litros na capacidade e foi para 17,5 litros. A Monster 1200 também teve o centro de gravidade rebaixado e o peso reduzido em dois quilos. A nova topo de linha da família Monster chegará ao Brasil com preço estimado em R$ 57.500 para a versão standard e R$ 68.900 para a configuração S.

Impressões ao dirigir

Por Carlo Valente

do Infomotori.com/Itália, com exclusividade no Brasil para Auto Press Tenerife/Espanha – A receita que envolve mais potência e esportividade com maior capacidade de manobra de condução faz com que nem as belas vistas de Tenerife, nas Ilhas Canárias, tirem a atenção da Ducati Moster 1200S. Conforto e dirigibilidade, aliás, são evidentes desde a hora em que se experimenta o assento da moto. Mais ergonômico, ele oferece todas as comodidades que se quer ao viajar centenas de quilômetros. Até mesmo o guidão, largo

e para trás, permite uma posição de condução boa que possibilita o domínio total do modelo. O modo Urban continua a ser muito fácil e prático de usar, permitindo boa destreza e com motor suficiente para as necessidades do dia-a-dia. No Touring, já a partir de 2.500/3 mil rpm, a Monster mostra sua personalidade, com agilidade e precisão a cada curva. Talvez a frente parece mais leve do que realmente é, mas essa sensação se deve ao fato de o peso não ser dividido por igual entre a traseira e a dianteira – ficou em 52,5% para trás e 47,5% na frente. No modo Sport, basta exigir um pouco mais da manete para ver os 145 cv de potência surgirem. E, ao mesmo tempo, perceber que é tão reativa e agressiva quanto o nome da moto sugere. O freio dianteiro funciona bem, talvez até demais. A sensação é de que qualquer descuido, um simples exagero na pressão sobre a manete, pode ser perigoso. Em contrapartdida, o traseiro deve ser operado com determinada decisão, para ser capaz de desacelerar rapidamente. É quase supérfulo mencionar a suspensão Ohlins, que transmite uma forte segurança. Capaz de cobrir todos os tipos de terrenos acidentados sem sacolejos, com boa precisão. A Monster 1200S lembra muito a agressividade da Diavel, possibilitando uma pilotagem mais aventureira e emocionante. Por outro lado, não é indicada para pessoas pouco experientes. Trata-se de um modelo topo de gama e os motores menores são mais adequados para quem está começando. Mesmo assim, não chega a ser um “monstro” tão complicado de se domar.

Ficha Técnica

Ducati Monster 1200S Motor: A gasolina, 1.198 cm³, dois cilindros a 11 º com arrefecimento líquido, quatro válvulas por cilindro e acionamento desmodrômico de válvulas. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico com três configurações. Câmbio: Mecânico de seis marchas com transmissão por corrente. Controle eletrônico de tração em oito níveis. Potência máxima: 145 cv. Torque máximo: 12,7 kgfm a 7.250 rpm. Diâmetro e curso: 106 x 67,9mm. Taxa de compressão:12.5:1. Suspensão: Dianteira Kayaba 43 mm totalmente ajustável e Traseira Sachs monoshock progressiva com mola ajustável. Balança do tipo monobraço. Pneus: 120/70 na dianteira e 190/55 na traseira. Freios: Disco duplo na frente e simples na traseira com ABS de três níveis. Dimensões: 2,16 metros de comprimento total, 1,12 m de altura, 1,51 m de distância entre-eixos e entre 0,78 m a 0,81 m de altura do assento. Peso a seco: 182 kg. Tanque de combustível: 17,5 litros. Produção: Bolonha, na Itália. Lançamento mundial: Fevereiro de 2014. Lançamento no Brasil: Previsão para o fim do primeiro semestre de 2014. Preço estimado: R$ 68.900 (R$ 57.500 para a versão standart Monster 1200).

Fotos: Divulgação


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Visual platinado por AUGUSTO PALADINO/autopress

A Nissan vai recorrer – novamente – a uma série especial para animar as vendas da Frontier. A picape ganhou uma edição chamada Platinum, com preço sugerido de R$ 120.890 e produção limitada a mil unidades. Como o nome sugere, traz acabamento cromado na grade, nos retrovisores externos e nos faróis de neblina. Há também o logotipo da série na tampa traseira, além de máscaras negras no conjunto ótico. A versão ainda conta com os sistemas de controle de estabilidade e tração, ar-condicionado digital automático de duas zonas, câmara de ré integrada ao display do rádio de 5 polegadas e chave presencial. A picape é empurrada pelo propulsor 2.5 turbodiesel de 190 cv.

Foto: aaa

Nissan Frontier Platinum


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