Braganรงa Paulista
Sexta 9 Maio 2014
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jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 743 Sexta 9 • Maio • 2014
A perda do senso
por Mons. Giovanni Baresse
do sagrado
Há anos, quando da que tomassem cuidado com sicas. Normalmente poucas e no modo de vestir-se nas realização de um ca- músicas de filmes, novelas, fazem menção ao sagrado. diferentes ocasiões, se tem samento na igreja, ao final etc. Porque a melodia podia As letras se limitam à busca perdido. E não se trata de da celebração, recebi uma ser bonita, mas as letras da felicidade no horizonte usar roupas caras. Trata-se enérgica observação. Um ou o tema que marcavam daquilo que noivo e noiva no fundo de falta de educa-
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
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protesto mesmo. Um dos poderia ser o contrário do querem para si mesmos. ção, no sentido largo desta convidados procurou-me que iriam celebrar. Infeliz- Nada que lembre a presença palavra. E se é verdade, como isso tem sido suficiente pana sacrista e me disse: “O mente ainda não encontrei de Deus, o gesto sacramen- dizem os chineses, que a ra trazê-los de volta à vida senhor precisa tomar uma um modo mais seguro para tal, etc. Outro aspecto que embalagem de um presente comunitária. Quem sabe providência. Onde já se viu prevenir a mundanização chama a atenção é o da demonstra o sentido que se quando tiverem um filho para permitir esse tipo de músicas das cerimônias de casa- tirania da moda em relação deseja expressar quando o batizar! Outro modismo tem em cerimônia religiosa?” A mento. E das músicas que aos vestidos de noiva e das presente é ofertado... Salvo sido o surgimento de locais interpelação me surpreen- lhe servem de base sonora. madrinhas. Já citei, em outra exceções, parece que a busca que oferecem aos noivos deu porque nada me tinha Há algum tempo alguém ocasião, a observação feita da cerimônia religiosa do a realização da cerimônia chamado a atenção. Per- me chamou novamente a pelo Papa Francisco no livro casamento está mais para e da festa subsequente. E guntei a que música ele se atenção. Na entrada das que escreveu junto com seu o acontecimento social do até arrumam o padre. A referia. Respondeu-me que, crianças, que traziam as amigo rabino, à época em que para a expressão da acomodação ao marketing em determinado momento, alianças, foi tocada uma que era arcebispo de Buenos fé. Quando da feitura do dos grupos promocionais tem foi tocado o tema da novela música que repercutia a Aires. Repito, com minhas processo matrimonial há feito com que muitos deixem “Tieta”. A seu ver uma pros- frase: “Hoje não estou com palavras, sua afirmação: uma pergunta que se refere de lado o lugar próprio para tituta. Como era possível vontade de fazer nada...”, “No casamento há uma à participação à missa no celebrar as liturgias. Esta esse tipo de música numa e, num determinado mo- luta feroz entre as noivas dia do Senhor. Boa parte aí um bom desafio para os cerimônia que pedia a Deus mento, esta “preciosidade”: e suas madrinhas para ver responde que vai às vezes cristãos católicos pensarem. que abençoasse promessa de “Vou conhecer uma garota qual está mais bem vesti- ou faz tempo que não vai! Não se trata de restringir amor e fidelidade por toda bonita e fazer muito sexo. da, melhor, desvestida... E Quando perguntados sobre liberdade ou criatividade. a vida? Respondi a ele que E ela vai gritar e dizer que confesso que não sei como a incoerência entre o desejo Trata-se de colocar cada não acompanhava a novela, está ótimo (Meu Deus como resolver esse problema!” de um sacramento e o pe- coisa no seu lugar! Um pouco nada sabia, mas que tomaria isso é bom)!” Ultimamente Vivemos um tempo de total dido para celebrar outro, na linha do que disse Jesus: providências. Posso dizer tenho-me dado ao trabalho dessacralização. Até mesmo normalmente, reconhecem “A César o que é de César, a que sempre disse aos noivos de ouvir e ver a lista das mú- o senso do decoro na postura a falha. Não sei se, todavia, Deus o que é de Deus”!
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por Shel Almeida
Se década após década a mulher
suporte para que ele possa oferecer apoio
anestesista para acompanhá-la ela logo opta
uma vaga no momento em que entrar em
vem conquistando autonomia sobre
e conforto à esposa, mostrando como ser
pela cesárea marcada com antecedência.
trabalho de parto, a gestante prefere não
o próprio corpo, isso também diz
útil e fazer parte do processo do parto.
Na rede pública, a desumanização chega
correr o risco. A única forma de garantir
respeito ao parto. E nesse sentido,
Após o nascimento do bebê, a doula ofe-
ao ponto de a mulher estar em trabalho
uma vaga em um hospital para ter o bebê, é
o parto humanizado tem se tornado ca-
rece assistência no que diz respeito aos
de parto, querer e precisar da anestesia e
marcando uma cesariana antecipadamente.
da vez mais comum. Parto humanizado
cuidados pós parto, à amamentação e aos
não receber, por falta de especialista. Para
nada mais é do que aquele em que a
cuidados com o recém-nascido. A doula está
que o processo de parto seja acelerado, o
Escolha
natureza tem permissão para agir por
ali para oferecer segurança, tranquilidade
que se costuma fazer é aplicar ocitocina na
Em qualquer um dos casos, parto huma-
conta própria, onde a interferência do
e conhecimento para um parto seguro e
parturiente, hormônio que, entre outras
nizado, parto normal, ou parto cesárea, é
médico é a mínima possível e onde a
não para realizar o trabalho do médico ou
funções, provoca as contrações uterinas.
importante que a mulher tenha conheci-
mulher é protagonista da ação. Ela está
de qualquer outro profissional envolvido
Nesse caso, com a indução do parto e sem a
mento sobre todo o procedimento de cada
livre para seguir o processo fisiológico do
na assistência ao parto. A doula é alguém
anestesia, a espera pelo nascimento de um
um e que, estando livre de riscos para
parto, sempre levando em consideração
que está ali para dar carinho e conforto à
bebê deixa de ser sublime para se tornar
ela e o bebê, a escolha seja feita por ela,
a própria segurança e a do bebê.
parturiente, que está em um momento de
uma tortura. Assim, amplia-se a crença de
de maneira consciente e não induzida e
Humanizar o parto é respeitar a mulher
fragilidade e alta carga emocional.
que parto normal é sinônimo de dor aguda
influenciada por quem quer que seja. É
e insuportável, e sem nada para amenizá-la
importe que o médico, o marido e a fa-
como ser autônomo e capaz de decidir por si só o que é melhor para o próprio corpo
Cesáreas
e, portanto, a cesárea acaba sendo a melhor
mília respeitem as decisões da gestante
e para a criança que está a caminho. Mas,
Por outro lado, mesmo que a procura pelo
opção. Outro fator determinante na hora
e as respeitem. O parto, humanizado ou
antes de tudo, para poder escolher um parto
parto humanizado tenha crescido, ainda não
de optar pela cesárea é a falta de leitos
não, deve ser um momento de boas
humanizado, é necessário que a gestante
é bastante para tirar o Brasil da topo da
nos hospitais. Sem a garantia de que terá
emoções, e não de frustração.
passe por um pré-natal detalhado, a fim
lista de países que mais realizam cesáreas
de saber se a sua saúde e a do bebê estão
no mundo. Se o recomendado pela OMS
bem. Aí então, ela pode decidir se quer ou
- Organização Mundial de Saúde, é que
não realizar um parto sem intervenções.
apenas 15% dos partos realizados no país
No caso de decidir pelo parto humanizado,
sejam cesariana, no Brasil a porcentagem
o próximo passo é encontrar um obstetra
chega a 52%, bem mais do que o triplo. Na
adepto e que saiba conduzi-lo dessa forma.
rede privada, o índice é ainda maior: 83%,
Para que tudo ocorra como planejado
chegando a até 90% em algumas maternida-
é preciso que médico e equipe estejam
des. Pelo que se vê a intervenção no parto
motivados e treinados. Mas, o mais im-
deixou de ser um recurso, para se tornar
portante é que a futura mamãe saiba que
regra. Um dos fatores que contribuem para
o parto humanizado traz muita emoção,
o elevado número de cesarianas realizadas
mas também traz desconforto. É preciso
é a falta de informação, de acordo com
pesar todos os prós e os contras, antes de
pesquisa “Trajetória das mulheres na de-
decidir. Entre as vantagens de se optar por
finição pelo parto cesáreo”, realizada pela
um parto humanizado para a mãe, estão a
Fundação Oswaldo Cruz. Das 437 mães
percepção mais positiva da experiência e
acompanhadas, 70% delas não tinham a
o restabelecimento mais rápido e natural,
cesárea como preferência, mas 90% aca-
pois não há necessidade da recuperação
baram passando por esse procedimento e
da anestesia ou de uso de medicamentos.
em 92% dos casos, a cirurgia foi realizada
Para o bebê, o que se sabe é que com menos
antes mesmo da mulher entrar em trabalho
estresse e menos uso de medicamentos
de parto. O que a pesquisa mostra é que
envolvidos no processo, o risco de com-
em algum momento da gestação algo fez
plicações tende a ser menor. Além disso,
com que a mulher mudasse de ideia e que
há maior tranquilidade no nascimento e
as grávidas, independente da classe social,
a primeira amamentação já acontece em
não estão bem informadas. Poucas são as
seguida, o que contribui para desenvolver
futuras mães que sabem que as cesáreas
o vínculo entre mãe e bebê.
aumentam o risco do bebê nascer prema-
Doula
Brasil é recordista em número de cesarianas. Procedimento que deveria ser apenas emergencial, acontece de forma programada.
turo, ou seja, com menos de 37 semanas de gestação. Isso se deve ao fato de diversos
No parto humanizado há também a figura
partos serem marcados para essa idade
da doula, a acompanhante de parto que
gestacional, e como existe a possibilidade
oferece apoio afetivo, físico e emocional à
de erro de até uma semana, o bebê pode
gestante, antes, durante e depois do par-
ser ainda mais novo, pode ter menos do que
to. Se na época das nossas avós quem se
37 semanas. Se a cesárea surgiu como pro-
encarregava do parto era a parteira, que
cedimento emergencial, no caso de ocorrer
cuidava da mulher em todos os aspectos,
algum risco para a mãe ou o bebê durante
hoje, nos partos realizados em hospitais,
o parto normal, hoje a maioria dessas in-
há o obstetra, cuja função é fazer o parto,
tervenções cirúrgicas acontece de forma
o pediatra, que está ali para verificar a
programada. A deficiência e precariedade
saúde do bebê e a enfermeira, que auxilia
do sistema de saúde no Brasil, seja público
o médico e atende mais de uma paciente. A
ou privado, contribui, e muito, para que
mulher que está dando à luz não tem uma
as cesarianas sejam realizadas de forma
assistência exclusiva e é aí que, no parto
exagerada no país. A falta de profissionais
humanizado, privilegia-se a companhia da
para compor a equipe e principalmente a
doula. É ela quem atende às necessidades
ausência de plantões 24 horas para funções
da parturiente e oferece apoio para que
primordiais, como o de anestesistas, são
sinta-se segura, tranquila e confortável.
fatores determinantes na hora de médico e
Durante o parto a doula é a ponte entre o
paciente optarem pela cesárea programada.
médico e a paciente, ela oferece massagens,
Como a maioria dos anestesistas trabalha
ajuda a encontrar posições mais confortáveis,
no sistema de sobreaviso, sendo chamado
apresenta formas diferentes de respiração
para eventual emergência e as demandas
e propõe medidas naturais que possam
de anestesia em partos não são conside-
aliviar dores, como banhos e relaxamentos.
radas fortes suficiente, o que acontece são
Além do apoio à mulher, a doula oferece,
dois tipos de consequências distintas. Na
também, apoio ao acompanhante, que na
rede privada, como há risco de a paciente
maioria dos casos é o marido, lhe dando
chegar para fazer o parto e não encontrar
Procura por parto humanizado tem aumentado nos últimos anos. Mulheres estão à procura de autonomia sobre o próprio corpo.
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Reflexão e Práxis
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Racismo por pedro marcelo galasso
A Antropologia é um ramo das
e se estabeleceram. Ao longo deste
bol, ato repetido tantas vezes que
A discussão sobre a consciência ou a
Ciências Sociais que estuda,
processo, a miscigenação foi inevitável
se tornou comum, o que é, por si só,
intencionalidade do ato é irrelevante
dentre outras questões, aquilo
e marcou o processo de formação do
muito assustador, traz consigo uma
frente ao que foi feito, pois ninguém
que se refere ao critério de raça e,
povo europeu. E aqui está uma das
mensagem muito forte e ofensiva
esperava uma reação como aquela, ou
portanto, ao racismo.
chaves para que possamos entender
porque se pensarmos com calma são
seja, ele foi tão desconcertante que
Por racismo, as pessoas tendem a
a persistência do ideário racista entre
os clubes europeus que buscam os
não nos cabe, penso eu, teorizar o
imaginar algumas características
os europeus que o adotaram como
jogadores brasileiros, neste caso, para
ocorrido, mas, tão somente, lembrar
precisas e objetivas que definiriam,
ideal político.
alegrar seus torcedores e conquistar
que as respostas inusitadas e irônicas
de forma “clara”, as diferenças entre
Como todo processo de formação
títulos. Alguém pode argumentar, mas
são sempre muito fortes.
os diversos grupos ou stocks huma-
de um povo, temos a construção de
a banana foi jogada pelo time rival e é
Quanto as fotos postadas nas redes
nos e sobre os quais se construíram
culturas que são específicas e que
verdade. No entanto, a liga de futebol
sociais e a tentativa de conscienti-
ideologias e projetos políticos que
definem os grupos humanos, algo
espanhola já assistiu torcedores do pró-
zação promovida por elas, bem, a
marcam a sociedade desde tempos
normal e que fazemos hoje quando
prio time hostilizando seus jogadores,
discussão é bem mais complicada.
imemoriáveis.
nos vestimos por exemplo, ou seja, a
como fizeram os torcedores de um time
O lançamento da camiseta, as fotos
A aplicação prática dos ideários
moda é uma destas formas de distin-
espanhol para outro jogador brasileiro.
compartilhadas ganharam mais no-
raciais tomou ares de racionalidade
ção social e, portanto, política. Não
O que diferencia este fato lamentável,
toriedade que o ato em si, ou seja, o
no século XIX quando os europeus
há problema imediato com isto a não
em especial, foi a atitude do joga-
excesso de exposição das fotos esva-
criaram diversas teorias para justificar
ser quando um grupo se apropria
dor. Comer a banana foi uma forma
ziou a importância do que aconteceu,
a expansão imperialista que promo-
desta construção e passa a usá-la de
inusitada e irônica de lidar com a
pois as imagens superaram o ato.
viam na Ásia e na África, pautadas
forma discriminatória e excludente.
questão devido ao caráter único e
E quanto a frase utilizada, creio ser
na superioridade do branco europeu.
O que assistimos na Europa envol-
lúdico, pois a resposta a ofensa teve
injusto culpar nossos primos primatas
Entretanto, é estranho lembrar que
vendo o jogador de futebol brasileiro
um ar que nunca mais poderá ser
feito por nós, seres humanos.
as teorias raciais surgiram em um
é a expressão desta forma de apro-
repetido. Caso outra banana seja
dos continentes mais híbridos do
priação racial e política apoiada em
atirada e outro jogador o repetir não
Pedro Marcelo Galasso - Cientista
mundo, a Europa, região na qual
critérios de ódio e de violência. A
teremos o mesmo impacto e nem a
político, professor e escritor.
milhares de grupos humanos viveram
banana jogada no campo de fute-
mesma mensagem.
E-mail: p.m.galasso@gmail.com
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saúde
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Escola de gladiadores Arqueólogos acham centro de treinamento de lutadores mais bem preservado do antigo Império Romano com a ajuda de medidores de magnetismo
por REINALDO JOSÉ LOPES/ FOLHAPRESS
austríacos fez uma descoberta
anfiteatros acabaram sendo construídos
quase cinematográfica: uma enorme
no local, um civil, com capacidade para
“escola de gladiadores” construída na
umas 15 mil pessoas, e outro para uso
antiga fronteira do Império Romano, a
exclusivo das legiões romanas, o que
40 km de Viena.
significa que havia trabalho de sobra
Justamente por ainda estar debaixo da
para gladiadores na região.
terra, o “ludus gladiatorius” (como os
“Trabalho”, claro, é modo de dizer, já
romanos chamavam esse estabelecimento)
que os gladiadores eram escravos. O
da antiga cidade de Carnuntum tem um
“ludus” deixa isso claro, já que o com-
nível de preservação sem precedentes
plexo lembra uma mistura de chácara,
no território imperial.
academia e prisão.
Em artigo na última edição da revista
Os arqueólogos identificaram, por
“Antiquity”, a equipe liderada por Wol-
exemplo, um conjunto de cubículos que
fgang Neubauer, do Instituto Ludwig
provavelmente eram quartos ou celas
Boltzmann de Prospecção Arqueológica
individuais. Havia ainda outro cubículo
e Arqueologia Virtual, relata como o uso
ainda mais precário, no subsolo, que
de tecnologias não invasivas permitiu
pode ter sido uma espécie de solitária.
que o “ludus” fosse recriado em detalhes.
Neubauer diz que a comparação mais
Neubauer e companhia usaram imagens
adequada é a entre os gladiadores e os
aéreas, radares e medições de pequenas
esportistas profissionais de hoje. Alguns
variações no campo magnético da Terra,
viravam superastros e até inspiravam
entre outras coisas, para identificar todas
a venda de produtos, mas seu status
as estruturas que compunham o “ludus”
social, em geral, era baixo. “Podiam, de
e estimar como elas eram usadas, sem
fato, ter muitos fãs”, diz.
precisar escavar.
O local incluía ainda ao menos duas, e
Em entrevista à Folha, Neubauer disse
talvez até três, arenas diferentes, uma
que o mapeamento ainda deve passar
delas com arquibancadas que podiam
por mais etapas. “No momento, estamos
receber investidores.
aplicando mais sensores e tecnologias
Os cientistas acharam até o buraco onde
não invasivas. Esse procedimento po-
provavelmente era fincado um tipo de
derá ser acompanhado por escavações
joão-bobo, usado para treinar golpes
limitadas e direcionadas que nos aju-
de espada.
dem a confirmar os dados obtidos de
O abastecimento de água era garan-
forma não invasiva.”
tido por um aqueduto, e havia ainda
O cuidado se justifica porque o turismo
uma casa de banhos com aquecimento
desenfreado destruiu boa parte das
central. E o local contava ainda com
construções romanas do local ao longo
seu próprio cemitério.
dos séculos 19 e 20.
Neubauer conta que achados feitos em
Para uso militar
Éfeso, na atual Turquia, sugerem que a dieta dos lutadores era basicamente
Carnuntum nasceu como acampamen-
vegetariana --nada da ênfase em proteína
to militar de fronteira, mas acabou se
animal de hoje.
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Duas aves Trabalho psitaciformes que nunca termina Capital Os gols (Mit.) do Egito anulados
Locais de trabalho do correspondente de guerra Utensílio de pesca 3 vezes
Sebastião (?), jornalista brasileiro
Poluição (?), efeito negativo da produção de energia nuclear Decifrou o enigma da Esfinge (Mit.) Com sulcos (o vidro)
"(?) – Nossa História de Amor", filme de Lúcia Murat 4a vogal
Interjeição que exprime alegria Vibrar; estremecer Microrganismo
BANCO
Administra a Faixa de Gaza (sigla)
Trapo, em inglês Parte do útero
Moeda da Argélia, Líbia e Tunísia Ascende da terra (o avião)
D. Manuel (?), último rei de Portugal
Fator determinante no preço do carro
A terra onde cresce a caatinga
Casa; habitação Maior nota do real
Apêndice da xícara O califa dos xiitas
L
A
R
Setor de descarga no porto
Mal-estar no ciclo menstrual
Continente do deserto de Gobi 109
Solução P N C I A A N P T I V A R A G C O L A O I I L A D O O E O A S A A R R L I C A I D A R A SI A
primeiros séculos da Era Cristã. Dois
T R T E E R I D I A E D D E D I P A N E A N A R E A L C O R E P R M E
chão, um grupo de arqueólogos
Z H O N R A S D E A C O M O B A T G E
tornando uma cidade próspera nos
3/anp — rag. 4/maré — rede. 5/dinar. 9/acanelado. 14/teia de penélope.
Sem enfiar uma única pá no
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2º
veículos
Caderno
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veículos
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Chevrolet pega embalo no Lollapalooza e Onix ganha série especial para os jovens por Raphael Panaro/Auto Press
As séries especiais de automóveis no Brasil estão em alta. Rock in Rio, Sublime, X-Box, Tweed, Grazie, Last Edition, Blackmotion, Wolverine e Seleção são algumas que desembarcaram por aqui recentemente. A concepção consiste em oferecer uma configuração mais equipada que a convencional vendida no mercado. E o motivo de criar essas edições é o mais puro marketing, para dar um “upgrade” nas vendas de modelos. Atualmente, a Chevrolet contribui com quatro ações nesse sentido. A primeira é a Advantage – que contempla Cobalt, Spin e Classic. Depois vem Effect, que deixa Agile e Sonic com visual esportivo. Já a Tracker Freeride ganha até uma bicicleta de “brinde”. Agora, a aposta da marca norte-americana é nos festivais de música. A exemplo do que a Volkswagen faz com Rock In Rio, a Chevrolet investiu no Lollapalooza e deu ao seu best-seller Onix uma edição especial. Com o objetivo de atingir um público jovem, o hatch é baseado na versão LT com motor 1.0 litro, tem apenas 4 mil unidades produzidas, adesivos referentes ao festival e mais equipamentos de série. Tudo ao preço de R$ 41.890. O espetáculo criado em 1991 nos Estados Unidos, atualmente acontece em diversas regiões da América do Sul como o Chile, a Argentina e, pela terceira vez, o Brasil. E o local escolhido tem tudo a ver com carros. Em 2014, o Lollapalooza foi realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e recebeu mais de 140 mil pessoas nos dois dias de espetáculo. E é nessa “onda” que a Chevrolet quer surfar. Com 60% do público formado por jovens até 26 anos, a fabricante se mostra otimista e projeta que, em dois meses, todas as unidades do Onix Lollapalooza sejam vendidas. A escolha do Onix não foi aleatória. O hatch compacto é o carro mais vendido da Chevrolet atualmente. Em 2013, foram mais de 10 mil unidades comercializadas por mês. E o “fôlego” de vendas continua em 2014. No primeiro trimestre, o carro já registrou mais de 30 mil emplacamentos – com destaque para março que obteve 12.245 unidades. Nas parciais iniciais do mês de abril, o Onix aparece no topo do ranking nacional de carros de passeio, embolado com Fiat Palio e Volkswagen Gol. Visualmente, o Onix Loolapalooza traz pequenas diferenças em relação ao modelo “convencional”. As principais são os adesivos com referências ao festival na tampa do porta-malas e nas colunas. Mas o hatch comemorativo ainda vem com retrovisores na cor prata, faróis com lente na cor Ice Blue, antena esportiva, lanternas traseiras escurecidas e rodas de liga leve de 15 polegadas com a borda externa diamantada. No interior, as modificações são mais perceptíveis. Há muitos detalhes em laranja – cor predominannte do Lollapalooza – como nas bordas dos tapetes de carpete, nos minni tapetes de borracha para porta-objetos e elástico de console e também porta-óculos. A carroceria dispõe de três cores: branco, azul e laranja, exclusiva para a versão. Para “agregar valor” ao Onix, a Chevrolet adicionou alguns recursos de série à versão Lollapalooza. Entre eles estão ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros com acionamento remoto de abertura e fechamento pela chave canivete, travas elétricas e o principal deles: o sistema multimídia My Link. Com uma aceitação que ultrapassa os 70%, o equipamento mais popular da Chevrolet traz entradas USB/AUX e Bluetooth. Ele também reproduz fotos, vídeos, músicas e determinados aplicativos de smartphones como GPS. À parte de todas estas funcionalidades, o sistema executa funções tradicionais de rádio AM/FM com leitor de áudio para arquivos MP3/WMA. Para não onerar muito um carro voltado para um público mais jovem, os 4 mil exemplares do Onix Lollapalooza são equipados com o motor flex SPE/4 1.0 litro. Ele entrega 78 cv/9,5 kgfm de torque com gasolina e 80 cv/9,8 kgfm qundo abastecido com etanol. Para a série especial, o câmbio é sempre manual de cinco marchas. Com esse conjunto, o carro chega aos 100 km/
em 13,7/13,3 segundos e tem velocidade máxima de 162/167 km/h – com gasolina e etanol, respectivamente.
Primeiras impressões
Bossa nova Indaiatuba/São Paulo - Tirando os bonitos “stickers” referentes à serie especial, o Onix Lollapalooza é um Onix “normal”. As portas garantem um bom ângulo de abertura para o motorista e, uma vez dentro, a posição de dirigir é facilmente encontrada – apesar de o volante só ter ajuste de altura. No Campo de Provas da Cruz Alta da General Motors, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, foi possível submeter o hatch a várias provações. No circuito misto, os buracos que simulam realisticamente o asfalto das estradas brasileiras foram bem absorvidos pelo conjunto de suspensão do Onix. O hatch também garante boa dirigibilidade em curvas mais acentuadas, mantendo um comportamento perto da neutralidade e com rolagens controladas na carroceria. O motorista é que merecia um maior apoio lateral dos bancos para o corpo. Equipado com o motor 1.0 litro de máximos 80 cv com etanol no tanque, o Onix tem um desempenho mais para bossa nova do que para o rock ‘n roll. O torque de 9,8 kfm a elevados 5.200 giros tira um pouco da agilidade do hatch em baixas rotações. Para o caótico trânsito das grandes cidades, o carrinho não deixa a desejar. Mas na hora de “encher” o motor e andar um pouco mais rápido, a paciência precisa ser exercitada. Nada muito fora do comum que os outros 1.0 oferecem. Os engates do câmbio manual também se mostraram bem escalonadas e precisos. Dentro do carro, os detalhes na cor laranja se multiplicam. Eles estão na costura dos bancos e da alavanca de câmbio, nas bordas dos tapetes e na forração dos porta-trecos. Mas não chegam a ser enjoativos. Outra qualidade do Onix é a percepção de espaço que cria: dá a impressão se tratar de um carro maior. Claro, não se compara a modelos de segmentos acima, mas, entre os compactos, consegue certo destaque. A explicação pode passar pelos 2,52 metros entre os eixos – 2 cm a mais que o Hyundai HB20 e 10 cm acima do Volkswagen Up. Outro ponto positivo que vem de série na versão Lollapalooza é o sistema My Link. Presente em quase todos carros da gama da Chevrolet, o dispositivo tem uso intuitivo e manuseio bem simples, além de trazer os dispositivos da “moda’ como entrada USB e Bluetooth. Tudo para atrair um público jovem e, cada vez mais, conectado.
Ficha técnica
Chevrolet Onix Lollapalooza Motor: Flex, dianteiro, transversal, 999 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Potência máxima: 80 e 78 cv a 6.400 rpm com etanol e gasolina. Torque máximo: 9,8 e 9,5 kgfm a 5.200 rpm com etanol e gasolina. Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,3 e 13,7 segundos com etanol e gasolina. Velocidade máxima: 167 e 162 km/h com etanol e gasolina. Diâmetro e curso: 71,1 mm X 62,9 mm. Taxa de compressão: 12,6:1. Pneus: 185/65 R15. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com barra estabilizadora. Traseira semi-independente com eixo de torção, Freios: Discos na frente e tambor atrás. ABS de série. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,93 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,48 m de altura e 2,52 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série. Capacidade do porta-malas: 280 litros. Tanque de combustível: 54 litros. Produção: Gravataí, Rio Grande do Sul. Itens de série: ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros com acionamento remoto, chave canivete, travamento automático das portas ao
atingir 15 km/h, brake light traseiro, sistema multimídia My Link com tela de 7 polegadas sensível ao toque, máscara negra com lente decorativa na cor Ice Blue, retrovisores na cor
prata, adesivos nas colunas e na tampa do porta-malas, antena esportiva, lanternas traseiras escurecidas e rodas de liga leve de 15 polegadas. Preço: R$ 41.890. Fotos: Raphael Panaro/Carta Z Notícias
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Notícias
automotivas por Augusto Paladino/autopress
De um jeito ou de outro – A JAC Motors apresentou seus novos J3 S Jet Flex e J3 Turin S Jet Flex. Com carrocerias recentemente redesenhadas, o hatch vai custar R$ 39.990, enquanto o sedã sairá por R$ 41.690. A grande novidade está sob o capô, onde se encontra o motor 1.5 16V Flex de 125 cv a gasolina e 127 cv com etanol – que equipava até então somente a versão esportivada do hatch. De acordo com a marca chinesa, ambos aceleram chegam aos 100 km/h em menos de 10 segundos e se aproximam de 200 km/h de velocidade máxima. Mas os modelos J3 e J3 Turin com motor 1.4 gasolina de 108 cv continuam à venda, por R$ 35.990 e 37.990, respectivamente. Plano de merchandising – O novo Ford Ka só chega às concessionárias em junho. Mas a fabricante americana já começa a inves-
tir na divulgação da nova geração do seu hatch compacto. Além do hotsite especial http://www.fordfuturo.com.br/novo-ka, que já está no ar, a imagem do carro é exibida no programa “Superstar”, da Rede Globo. Patrocinadora do programa, a fabricante dará um modelo do seu lançamento ao vencedor do “reality show” musical. Briga de forças – A Hyundai parece disposta a brigar por um espaço cada vez maior entre as grandes fabricantes do mundo. A marca coreana admite considerar a possibilidade de investir na produção de um sedã com tração traseira. O futuro modelo, que pode levar de quatro a cinco anos para começar a ser fabricado, deve ser uma versão menor do Genesis - três volumes topo de linha da fabricante. Se esses planos se tornarem realidade, a Hyundai passará a concorrer com o BMW Serie 3 e a Mercedes Classe C.
Susto nos dinossauros – O “monstruoso” Mercedes-Benz G63 AMG 6X6 já está praticamente confirmado no quarto longa “Jurassic Park”, previsto para estrear em junho do ano que vem nos Estados Unidos. O off-road alemão – criado para atender uma demanda do mundo árabe – é baseado em uma versão de guerra do Classe G usada em 2011 pelo exército australiano. E conta com seis rodas, três eixos e motor 5.5 V8 biturbo de 536 cv. Apesar do tamanho e peso, o utilitário vai de zero a 100 km/h em menos de 6 segundos e alcança 160 km/h de velocidade máxima, limitada eletronicamente. Bola cheia – Depois de 21 anos, a Ford deixará de patrocinar a Liga dos Campeões da Europa. E quem assume o posto já a partir da próxima temporada é a Nissan. O objetivo da marca japonesa com a empreitada é se
tornar, até 2016, a asiática que mais vende automóveis na Europa – lugares ocupados hoje por Toyota e Hyundai. Não foram revelados valores a respeito da nova parceria, mas estima-se que o acordo deve custar cerca de 55 milhões de euros por ano, algo em torno de R$ 168 milhões, com contrato assinado por quatro anos. Na crista da onda – O primeiro trimestre de 2104 foi de prosperidade para a Porsche. Entre janeiro e março, a marca vendeu 38.663 veículos aos seus clientes globais – um aumento de 4,5% em relação ao registrado em 2013. Entre os modelos que ajudaram neste crescimento estão o esportivo Cayman e o supersedã Panamera. A partir de maio, a América Latina – incluindo o Brasil – passa a receber o utilitário Macan, o que deve alavancar as vendas da fabricante premuim na região. Foto: Divulgação
Citroen DS 5LS
veículos eículos
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Regra de três por AUGUSTO PALADINO/autopress
A partir desse
Foto: Divulgação
mês, a Ducati terá mais três motos em seu portfólio no Brasil. Trata-se da Hypermotard, que chega com mais duas variantes: Hypermotard SP e Hyperstrada. Com apelo para o uso diário, a Hypermotard custa R$ 51.900. Focada em performance, a versão SP tem preço de R$ 56.900. Já a estradeira Hyperestrada é a mais cara e vale R$ 64.900. Todas são equipadas com o motor Testastretta 11° de 821 cc de 110 cv de potência. Em outubro do ano passado, as três motocicletas fizeram uma pré- estreia no Salão Duas Rodas, em São Paulo.
Ducati -HYPERMOTARD
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Baseada clássica Electra Glide, triciclo da Harley-Davidson acelera na Itália e mira o Brasil por Carlo Valente do InfoMotori.com/Itália com Raphael Panaro/Auto Press
Mesmo entre as marcas tradicionalistas, seja de automóveis ou motocicletas, é preciso inovar. E foi isso que a Harley-Davidson fez ao criar um triciclo batizado de Tri Glide, em 2008. Agora, o mais novo veículo de três rodas da marca norte-americana arruma as malas para desembarcar no Brasil. A histórica fabricante ainda não confirmou a data específica, mas até o final do ano deve aparecer nas concessionárias nacionais. O triciclo até já deu as caras no cenário brasileiro em 2011, durante o Salão Duas Rodas, para um “feedback” local em relação ao modelo. Mas a história de três rodas não é completamente inédita para a Harley-Davidson. Entre 1932 e 1973, a marca produziu veículos desse tipo, mas levavam o nome Servi-Car. Tempos depois, a empresa Lehman Trikes começou a transformar motos da marca de Milwaukee em triciclos. Em 2008, a Harley entrou em acordo com essa companhia para fornecer peças genuínas para a composição. Mas, com a morte do fundador John Lehman, em janeiro de 2012, a Tri Glide passou a ser feita exclusivamente pela Harley-Davidson. No visual, a Tri Glide é bem parecida com a moto em que é baseada – a Electra Glide Ultra. Além da roda extra na traseira, as diferenças estão nas laterais onde os baús foram suprimidos em função da maior largura e dos pára-lamas das rodas traseiras. Mas essa medida permitiu um ganho de espaço e a instalação de um porta-mala traseiro com chave e boa capacidade de 190 litros – sem contar o tourpak que segue intacto. Na frente, o farol é novo, com luzes diurnas e dois blocos elípticos para os fachos baixo e alto, além das unidades de neblina nas laterais – tudo em led. O conjunto ainda conta com freios de duplo disco com seis pistões na roda dianteira de 16 polegadas, calçadas com pneus 180/65 e pinças da renomada marca Brembo. Atrás, o pneus 205/65 envolvem as rodas de 15 polegadas. Para dar suporte ao veículo de três rodas, a Harley-Davidson promoveu algumas modificações. O chassi tubular é novo para garantir segurança e conforto. As alterações na aquitetura visaram dar maior rigidez à motocicleta em mudanças de direção e também suportar o peso de 551 kg – em ordem de marcha. Em 2013, a motocicleta ainda passou pelo crivo do Projeto Rushmore, cujo objetivo é melhorar a interação dos usuários com seus veículos. No Tri Glide, surgiram novidades na entrada de ar no para-brisas para diminuir a turbulência e arrasto aerodinâmico, dimmer para o painel central e um sistema de infoentretenimento mais completo, além claro da revisão do motor que ganhou dupla refrigeração. O nome do Projeto vem do monte esculpido com as faces dos ex-presidentes norte-americanos George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, no estado da Dakota do Sul, nos Estados Unidos. Na parte mecânica, o triciclo utiliza o mesmo propulsor Twin Cooled Twin Cam 103 – número referente ao volume de deslocamento em polegadas cúbicas – da clássica Electra Glide Ultra. O dois cilindros dispostos em “V” de 1.690 cm³ teve o cabeçote refeito, que passa a usar um sistema de refrigeração dupla, com arrefecimento líquido para o cabeçote e a ar para o bloco. O sistema de admissão é novo e privilegia mais força em baixas rotações. O torque agora chega a 14,4 kgfm a 3.250 rpm. A transmissão conta com um câmbio de seis velocidades com o Cruise Drive, onde a sexta marcha funciona como overdrive e faz o motor trabalhar em giros menores para um maior conforto e redução no consumo de combustível. Como o triciclo é feito para “devorar” quilômetros de estradas, pilotos e garupas mereceram uma atenção extra já que o intuito de uma
moto touring é desfrutar cada metro percorrido. A fabricante norte-americana equipou o Tri Glide com algumas comodidades. A começar pelo assento em dois níveis com encosto para as costas do passageiro. Há também plataforma integral para os pés e o porta-malas leva dois capacete. Como uma moto moderna, o triciclo ainda vem com piloto automático, tela de 6,5 polegadas com sistema de navegação, Bluetooth e comando de voz. A qualidade do dispositivo de som é garantida pela marca premium Harman-Kardon – presente em automóveis de luxo –, com alto-falantes na dianteira e também na “ poltrona” do passageiro. A Tri Glide não é um moto barata. Por toda comodidade e por levar a logo da Harley-Davidson, ela custa 36.800 euros – cerca de R$ 111.500. O preço no Brasil não está definido.
Primeiras impressões por Carlo Valente do InfoMotori.com/Itália exclusivo no Brasil para Auto Press
Lombardia/Itália – O passeio começa em um lugar circundado de montanhas e lagos. Nesse cenário, o triciclo da Harley-Davidson mostrou sua peculiaridades, compostura e grande segurança desde que o motor foi ligado. O barulho da Tri Glide não é invasivo no trânsito. Com um escapamento normal, o som do propulsor de 1.690 cc não se identifica com o “ronco” clássico de uma Harley-Davidson. A motocicleta tem um rodar suave como uma seda e transmite uma sensação de liberdade e completo domínio da estrada. O panorama ainda é brindado com as vistas mais deslumbrantes da região. As mudanças de marcha são harmoniosas e o poder de manobrabilidade e de frenagem são excelentes – apesar dos 551 kg. Com fones de ouvidos integrados no capacete, a música a ser ouvida pode ser escolhida por meio de botões no guidão ou direto na tela, que tem um manuseio fácil mesmo que o piloto esteja usando um par de luvas. A conversa com quem vai na garupa também pode ser feita através de microfones no capacete. O mais importante é que, na Itália e em outros países, não é necessário tirar uma nova permissão para dirigir o Tri Glide Ultra. A habilitação para carros de passeio já é o suficiente. Uma facilidade e um estímulo para quem quiser adquirir uma autêntica Harley-Davidson.
Ficha técnica
Harley-Davidson Tri Glide Ultra Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.690 cm³, dois cilindros em V, duas válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e refrigeração mista. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: Não divulgada. Torque máximo: 14,4 kgfm a 3.250 rpm. Diâmetro e curso: 98,4 mm X 111,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1. Suspensão: Dianteira com garfo telescópico e mola helicoidal. Traseira com monoamortecedor e mola helicoidal. Pneus: 180/65 R16 na frente e 205/65 R15 atrás. Freios: Discos duplos de 320 mm de diâmetro e pinça com seis pistões na frente e um pistão flutuante atrás. Dimensões: 2,67 metros de comprimento total, 0,97 m de largura, 1,45 m de altura, 1,67 m de distância entre-eixos e 0,72 m de altura do assento. Peso em ordem de marcha: 551 kg. Tanque do combustível: 22,7 litros. Produção: York, Estados Unidos Lançamento mundial: 2013. Preço na Itália: 36.800 euros, cerca de R$ 111.500.
Fotos: Divulgação
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A escolha certa
Informe Publicitário/ Giuliano Leite
do abajur
Essencial para completar a iluminação nos diversos ambientes da casa, essa peça exige cuidados na seleção do modelo. Muito além de sua função decorativa, o abajur proporciona conforto visual e fornece a iluminação adequada em diferentes momentos. Dependendo do modelo, pode ser usado sobre uma mesa lateral, um aparador, um criado-mudo, uma cômoda ou uma bancada do home office. As luminárias de chão também são boa alternativa ao lado de uma poltrona de leitura ou chaise longue como já citado em matérias anteriores. No entanto, essa escolha deve ser norteada pelo design, materiais e medidas da peça que, por sua vez, devem combinar com o estilo do ambiente. O abajur ideal depende de como são os móveis e, sobretudo, do tamanho do espaço, lembrando que se trata de um apoio à iluminação central. Para casas de campo ou praia, combinam bem as peças informais, como as de madeira marfim ou bambu e cúpulas de junco ou algodão rústico. Mas se a ideia é algo urbano, então dê uma olhada nos modelos de acrílico, de metal ou de madeira ebanizada (escurecida), usados com cúpulas de vidro ou shantung de seda. O local da casa onde o abajur será utilizado também sugere diferenças nos modelos. Assim, uma peça para o dormitório deve ser mais delicada e com uma cúpula feita com um tecido claro, para permitir maior passagem de luz para o ambiente e, por-
/minsaude
tanto, beneficiar a leitura na cama. Mas quem prefere um clima mais intimista, vai gostar de cúpulas de cores exóticas, como vermelho, preto ou bordô, por exemplo. Já no living, o abajur deve ser mais imponente e seus materiais podem ser coordenados com o mobiliário do local. No home office, por sua vez, recomenda-se o uso de abajures e luminárias de leitura, geralmente com cúpulas claras para deixar o ambiente mais iluminado. E no home theater, a melhor pedida são os abajures com cúpulas escuras, que permitem o direcionamento da luz, uma vez que esse espaço necessita somente de uma iluminação difusa. Poucas pessoas pensam neste detalhe, mas o tamanho de um abajur tem relação com a altura da mesa onde será utilizado e com o pé direito do ambiente, para que fiquem proporcionais. E o desenho da cúpula também tem seus segredos: no caso de uma mesa com pouca profundidade, como as retangulares, recomenda-se o formato oval. Já uma mesa lateral de porte comporta um abajur com uma cúpula cônica ou redonda. E sobre a questão da luminosidade, é sempre bom lembrar: tecidos claros deixam o local mais iluminado. Os escuros, por sua vez, são úteis quando se quer apenar criar um efeito de luz. Por fim, aí vai uma dica: dê preferência aos abajures cujas cúpulas podem ser substituídas. Assim, a peça pode ser adaptada no caso de uma mudança na decoração.
/minsaude
O PROGRAMA MAIS MÉDICOS TROUXE MAIS SAÚDE PARA SÃO PAULO. Só aqui no estado, já são
2.241 médicos levando atendimento de qualidade a
362 municípios* *Abril de 2014
Mais Médicos no Brasil:
Dobrou o investimento em atenção básica
Atendeu mais de
Cerca de
da demanda dos municípios
de pessoas beneficiadas
100%
49 milhões
O Programa Mais Médicos do Governo Federal superou uma grande meta: em apenas oito meses, atendeu a mais de 100% dos municípios cadastrados no Programa. E São Paulo faz parte desta conquista com mais de 538 milhões de reais investidos, além da ampliação e melhoria do atendimento médico oferecido à população, principalmente a que vive nas localidades mais distantes e nos bairros mais pobres. Confira se a sua cidade está participando do Programa. Acesse o site maismedicos.saude.gov.br ou ligue 136.
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Picape da moda por AUGUSTO PALADINO/autopress Foto: Divulgação
A Mitsubishi L200 Triton é mais um veículo a ganhar uma versão especial no Brasil. Chamada Savana, a edição comemora 20 anos da fabricante japonesa em competições off-road. Por R$ 118.990, a picape média exclusiva e limitada somente a 200 unidades vem com rodas de liga leve de 16 polegadas na cor grafite, bancos de neoprene com o nome “Savana” bordado na cor do carro, emblemas dos 20 anos do rali de regularidade Mitsubishi Motorsports na carroceria, adesivos nas portas traseiras e no capô, além da exclusiva cor bege Jizan. Completam o pacote o snorkel, rack de teto e duas caixas para acessórios na caçamba. O motor é o mesmo turbodiesel 3.2 litros, que produz 190 cv de potência
Mitsubishi L200 Triton Savana
e 38 kgfm de torque.
PARA GARANTIR OPORTUNIDADES IGUAIS DESDE CEDO, O GOVERNO FEDERAL ESTÁ INVESTINDO FORTEMENTE
NA EDUCAÇÃO. Aqui em São Paulo e no Brasil inteiro. Recursos garantidos para a construção de 532 creches e pré-escolas. Quase 40 MIL professores participam do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Mais de 2.500 escolas já oferecem educação em tempo integral.
É assim que o Brasil combate a desigualdade social e se torna
UM PAÍS CADA VEZ MAIS JUSTO.
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