747 Edição 06.06.2014

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Braganรงa Paulista

Sexta 6 Junho 2014

Nยบ 747 - ano XII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014

Bom senso x

por Mons. Giovanni Baresse

senso comum

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

Acompanhei, na TV ita-

estão informados de que há um

liano Beppe Grillo (Movimento

que o Complexo de Narciso pode

liana, entrevista feita com

ressurgimento da xenofobia, do

Cinque Stelle) que prega fazer terra

obscurecer os compromissos do

Eugenio Scalfari, um dos

preconceito em diversos países

arrasada com tudo o que existe

encargo assumido. Trocando em

jornalistas mais influentes no

europeus. Por razão da situação

na política italiana. Diz Grillo que

miúdo: para Scalfari quando um

país. Logo no início do ministério

econômica e, igualmente, pelo

nenhum dos políticos que estão

político se elege ele deve deixar

do Papa Francisco ele propôs ao

grande número de imigrantes

exercendo seus cargos merece

ao partido a liberdade de julgá-lo,

Papa uma série de assuntos como

que tem chegado por via legal ou

confiança. São todos ladrões e to-

de chamá-lo à realidade para que

diálogo. Por meio do jornal “La

clandestina. Falava Scalfari, parti-

dos devem ir para a cadeia. Todos

o exercício do poder não se torne

Repubblica” os dois ofereceram as

cularmente, da vitória do líder do

devem ser expulsos com um chute

uma “glorificação” de si mesmo!

leitores um brilhante embate entre

Partido Democrático (PD) Matteo

na b... Eugenio Scalfari afirmava

Sugeria que Renzi escolhesse

fica relegado. As consequências

ele, Scalfari, que se confessa ateu e

Renzi, ex-prefeito da cidade de

que o senso comum (aquele das

alguém para assumir a liderança

nós as vemos. A própria maneira

Papa Francisco que têm a missão

Florença, jovem de pouco mais de

conversas nas rodinhas, nos bares,

dentro do PD enquanto ele for chefe

de nomear nossos partidos nos

de “confirmar seus irmãos na fé”.

40 anos. Ele é o atual secretário

no barbeiro, etc.) se tinha juntado

de governo. Outra medida em que

mostra isso: o partido de fulano,

Empolgante ver como o diálogo

do partido. O que aqui no Brasil

ao bom senso (aquele que busca

senso comum e bom senso devem

de sicrano! Parece fundamental

foi levado: perguntas e respostas

corresponde ao presidente parti-

o bem comum). Porque naquela

estar unidos. Porque nem sempre

que a crítica interna das linhas

mantidas no nível intelectual e

dário. Talvez com a acentuação

circunstância a opção “grillina”

o senso comum e o bom senso

políticas seja permanente e que as

respeitoso de dois homens que têm

devida que, na Itália, o secretário

não levaria à solução que pudesse

andam junto! Fiquei pensando

lideranças partidárias não sejam

suas convicções, mas não fecham a

é o expoente partidário. A análise

dar resposta aos problemas que a

em como nós poderíamos aplicar

imunes a elas. Muito mais quando

possibilidade de ouvir-se e buscar

caminhava em duas vertentes: a

Itália e a Europa estão vivendo.

na realidade brasileira essa visão.

no exercício do poder! Penso que a

juntos caminhos comuns a serem

primeira falava que os quase 41%

A segunda vertente está ligada

Muitas vezes, e me restrinjo à vida

proximidade das eleições nos deve

trilhados. Na entrevista desta

recebidos por Renzi tinham sido

ao papel de Matteo Renzi como

da política partidária, percebemos

levar a reflexão mais profunda. E

semana o jornalista respondia

uma resposta da junção do bom

chefe de governo e líder de par-

nitidamente que muita coisa vem

olhar com cuidado se o senso co-

questões sobre os resultados das

senso ao senso comum da popu-

tido. Scalfari vê a necessidade

do senso comum: a base está nos

mum, imediatista e limitado, pode

eleições italianas para a formação

lação. Isto porque o contraponto

de que a liderança partidária por

interesses pessoais e de grupo. O

se juntar ao bom senso, marcado

do parlamento europeu. Penso

vinha de um partido recentemente

parte de quem está no poder não

bom senso, que tem visão mais

pela solidariedade e a busca

que os leitores, de alguma forma,

formado por um ator cômico ita-

é uma coisa boa. No sentido de

ampla e busca o bem comum,

do bem de todos!

Em breve! Inauguração da sede própria

Sérgio Antônio de Lima Corretor de imóveis - Creci: 109961

Rua Nicolino Nacaratti, 416 CX 01

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comportamento

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Nadando contra a corrente

Equipamentos que criam piscina com correnteza e acessórios usados em academias permitem nadar sem sair do lugar e treino de força e resistência por MONIQUE OLIVEIRA/ FOLHAPRESS

Falta de espaço já não é empecilho para nadar de braçada e fazer treinos longos. Equipamentos que chegaram recentemente ao Brasil e acessórios usados em aulas de academias permitem nadar sem sair do lugar. Na prática, é como se fosse uma “esteira aquática”. A opção mais complexa e cara usa uma bomba geradora de correnteza potente que simula correntes naturais. A bomba joga água contra o nadador, enquanto canais nas laterais ou atrás da piscina devolvem o fluxo para a bomba. Com o dispositivo, o nadador não só consegue praticar exercícios em espaços menores como também desenvolve força e resistência. A força da correnteza vai depender da potência da bomba. Quanto maior ela for, maior também será o desafio. O administrador de empresas Wagner Murgel, 45, instalou o sistema em sua casa depois de testar a piscina de correnteza nos Estados Unidos, onde o equipamento é mais popular. “Vi que o gerador tem uma corrente profunda, que envolve a piscina inteira. Isso permite fazer um bom treino”, conta. “Dá para treinar bem. Só é preciso se acostumar com o movimento no começo”, diz o empresário Freddy Vogt, 45. Isso porque, para os que não estão acostumados com a bomba, há o risco de sair do ritmo da correnteza e ser “levado” por ela. Vogt instalou a bomba no fim de 2013 em uma piscina de 9 m por 4,5 m em sua casa. “O bom é que, com uma piscina menor, foi possível construir outras áreas de lazer”, diz ele. Os preços podem variar de R$ 3 mil (só a bomba) a até R$ 195 mil (um modelo importado que combina bomba e piscina). Há opções de piscinas montáveis e práticas que cabem, inclusive, dentro do apartamento. A estrutura, porém, precisa aguentar o peso de pelo menos uma tonelada. Em São Paulo, a empresa Latina Comex importa o equipamento, que nos Estados Unidos é vendido com o nome de Endless Pool algo como “piscina infinita”. O menor tamanho disponível é 2,13 m de largura por 4,26 m de comprimento. Há ainda opções de origem francesa e de fabricação nacional no Rio de Janeiro, a empresa Albacete fabrica um kit com bomba, oxigenador para a formação de bolhas e até um painel digital para controle do tempo de utilização da bomba.

Academia Técnicas para desenvolver força e resistência são recursos comuns no esporte velejadores, por exemplo, utilizam túneis de vento como instrumento no treino, afirma Ricardo Munir Nahas, especialista em medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. “Para os amadores, a recomendação é ter muito cuidado para não ultrapassar o limite e não se machucar nessas piscinas de correnteza”, afirma ele. “É preciso ter cuidado com modismos. Há muitas maneiras de treinar e a supervisão de um profissional é sempre benéfica”, afirma Nahas. Nas academias, extensores presos a ganchos na borda da piscina e ligados ao aluno são alternativas mais simples às bombas para trabalhar resistência e força. “O aluno se sente mais leve depois que o elástico é retirado e pode até ganhar mais velocidade”, afirma Alessandra Toassa, coordenadora de natação da unidade Oscar Freire da academia Competition, em São Paulo.

O preparador físico Ricardo Yamaoka, 50, utiliza os extensores no treino para aumentar o fôlego em competições. “É um ótimo recurso para quem está num nível intermediário e quer ir além.” Nas unidades da academia Bodytech, aulas de maratona aquática também proporcionam maior resistência. As raias da piscina são retiradas no intuito de proporcionar um exercício mais livre, de acordo com Paula Toyansk, coordenadora de natação da rede de academias. Os recursos da aula incluem prancha em pé, segurada em frente ao corpo, e o uso de caneleiras. Suzana Herculano-Houzel

Foto: Raquel Cunha/Folhapress

Pânico Nem todo pânico é um ataque do cérebro ou sinal de um distúrbio só quando ele ocorre fora de hora e contexto Eu estava quietinha no avião, adormecida, quando fui acordada por uma tensão súbita e intensa na garganta, pressão no peito, falta de ar, o cérebro berrando o alerta de que algo estava drasticamente errado e que uma catástrofe fisiológica era iminente. Minha suspeita foi confirmada pelo neurologista: era o começo de um ataque de pânico. Nem todo pânico é um ataque do cérebro ou sinal de um distúrbio, claro. Assim como a tristeza tem seu lado bom, quando é adequada a um contexto negativo, e mesmo a felicidade só é saudável quando corresponde a uma realidade positiva (caso contrário ela é sinal de um distúrbio chamado mania), o pânico só é um transtorno quando ele ocorre fora de hora e contexto. Se a vida está ameaçada por um incêndio ou um ataque terrorista, o medo intenso e descontrolado do pânico é mais do que justificado (embora conseguir controlá-lo tenha suas vantagens). Às vezes, contudo, o cérebro dispara todos os alarmes sem que haja risco real à integridade do corpo. Ao menos uma das fontes do alarme falso é conhecida: a ativação extrema e fora de hora de neurônios no tronco encefálico que monitoram o nível de gás carbônico no sangue. Normalmente, esses neurônios acionam automaticamente a próxima inspiração (e assim tornam impossível “esquecermos” de respirar) e, quando isso não basta, acionam o locus coeruleus, o que despeja noradrenalina cérebro afora e nos acorda (caso você esteja prestes a se sufocar no travesseiro) e deixa alertas o suficiente para buscar mais ar (caso você esteja em um local fechado). No ataque de pânico, esses neurônios são acionados fora de hora e sem motivo aparente (o que, aliás, separa o pânico da fobia, esta uma crise de ansiedade provocada por um mesmo estímulo, como aranhas, altura ou aglomerações) mas o sinal é o mesmo: o corpo está ficando intoxicado por gás carbônico. A sensação de morte iminente, portanto, é perfeitamente real e convincente. O jeito? Esperar até o ataque passar (não se sabe ainda se por atividade autocontida dos neurônios que dão o alarme ou por causa da evidência de que você, afinal, não morreu); apelar para ansiolíticos de ação rápida (santos remédios!); ou tentar truques cognitivos, como tentar se convencer de que está tudo bem. Foi, por sorte, meu caso, pois não tinha remédios na bolsa. O avião estava perfeitamente estável, e os outros passageiros, também adormecidos. Saber que ataques de pânicos existem e como eles são ajudou meu cérebro a reconhecer a situação, respirar fundo e devagar e se acalmar sozinho.

O preparador físico Ricardo Yamaoka, 50, usa extensores presos ao corpo em treino na academia Foto: Gabriel Cabral/Folhapress

O administrador Wagner Murgel, 45, que instalou uma piscina com correnteza em sua casa, no Morumbi


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por Shel Almeida

Normalmente, quando alguém Wanda ainda recebeu a visita surpresa do querido faz aniversário, os amigos e Padre Marcelo Falsarela, que não pode estar familiares se reúnem para parabeni- presente na homenagem feita pelas Abelhizar e comemorar. Quando a pessoa nhas, mas fez questão de ir parabeniza-la completa não apenas mais um ano pessoalmente. de vida, mas sim 100 anos de vida, a simples Mesmo com os problemas naturais da comemoração passa a ser uma homenagem. idade, como a dificuldade de locomoção, Foi isso que as Abelhinhas, senhoras que se Dona Wanda tem a mente ágil e lúcida. Tão unem semanalmente para tricotar enxovais lúcida que não perde tempo para passar os para recém nascidos, na Cripta da Catedral, ensinamentos e conselhos para quem a está fizeram à amiga e companheira de muitos anos, ouvindo, palavras simples para quem tem Dona Wanda Ribas Ferraz de Campos, que muitos anos de experiência de vida, mas, completou seu centenário no dia 14 de maio. para quem está começando a caminhada, O encontro aconteceu alguns dias depois, no servem como reflexão. “A vida tem que ser dia 20, mas, para a emoção, não existe data. vivida como se apresenta. As dores passam, Dona Wanda chorou, agradeceu com be- o tempo passa. O melhor professor é a vida, líssimas palavras de sabedoria e também desde que se queira aprender”. Dona Wanda emocionou todos os presentes. “Não esperava foi parte ativa das Abelhinhas por cerca de uma recepção tão bonita e tão grandiosa 20 anos. Parou de frequentar o grupo quando pelos meus 100 anos. Horas como essas a artrose apareceu e a impediu de continuar tricotando. “Comecei em são raras. O idoso vive de 1981, 82, por aí. Eu tinha saudade. Não foram 100 perdido meu marido e dias nem 100 semanas. logo depois perdi meu pai. São e estão sendo 100 Elas fizeram a gentileza de anos. Foram momentos de vir em casa me convidar luta, horas alegres, horas para participar do grupo, tristes. A vida é cheia de para que eu não ficasse tropeços. Lutar é viver. Dona Wanda isolada. Quando fiz 90 anos Mas não se desanimem, ainda frequentava. Nunca não se desesperem. Nós todos temos momentos de desânimo porque fui acometida por uma doença grave, mas somos humanos e não somos perfeitos. Mas as dificuldades foram chegando”, explica. a amizade é uma coisa bela e ela não falha. Para Dona Wanda, que cresceu em uma época Nunca pensei que teria um momento tão em que a mulher se doava inteiramente à família, perder o marido e o pai em seguialegre, tão feliz. Nunca esqueço dos dias alegres que passei da, a deixou meio sem rumo. Foi quando com todas as companheiras. Muito obrigada!”. as amigas vieram lhe trazer conforto e, de Para as amigas, Dona Wanda é um exemplo. certa forma, tirar do luto, apresentando a “Ela é uma verdadeira dama, em atitude, ela uma nova atividade em que pudesse se postura. Sempre tem uma palavra boa nos doar, como sempre fez, sem se sentir sozinha. lábios. É um exemplo de vida e de cristã, “Sempre nos reunimos toda terça. Naquela sempre se doou, a vida toda”, fala a senhora época doávamos muito para o hospital da faculdade, em especial para as mães solIvone Rossi Ninni. “Ela é bem otimista, de uma fé profunda e teiras, que lutavam com muita dificuldade uma amiga muito leal”, completa a senhora para criar os filhos. Sempre foi muito difícil, contribuímos mensalmente, mesmo como Maria José Zecchin. Niobel Ap. Olivoti Miliorini foi quem fez o uma quantia modesta, pra poder comprar o discurso de homenagem e resumiu o que material. Até mamadeira nós doávamos. Mas as companheiras sentem por Dona Wanda. tudo sempre foi feito com muito capricho, “Sabemos que o caminho de cada um é muita boa vontade e muita união. Quem feito pelos próprios passos, mas a beleza da fundou o grupo foi Marilda Pignatari. Não caminhada depende dos que vão conosco. sei se na época já existiam outros grupos que Caminhar com a Senhora é um privilégio faziam ações sociais também, se havia eu para o grupo Abelhinhas. Vivemos juntas desconheço. Mas acho que fomos pioneiras muitos momentos, dividimos nossos an- em Bragança”. seios, nossas dores e acima de tudo, nossa Maria Helena nunca frequentou o grupo, alegria. Multiplicamos juntas nossa amizade mas sempre esteve por perto e se lembra de e nossa atividade de polinizadoras do bem. momentos curiosos. “Elas iam no Colégios Aprendemos juntas que existe mil maneiras das Freiras e as crianças deixavam novelos de amar o próximo, mas uma só maneira de em uma caixa, enquanto elas tricotavam. Era muito divertido, porque viam as vovós amar a Deus: amando o próximo”. fazendo tricô e achavam lindo”, conta.

“Elas me acolheram em um momento de dificuldade. Quando fiquei viúva, foi uma distração e uma motivação para poder sair de casa para participar e assumir um compromisso. Não esperava essa homenagem, foi uma festa muito bonita, uma celebração da amizade sincera, das amigas que convivi por mais de 20 anos. Oxalá todas possam tem uma festa assim. Eu não esperava chegar aos 100 anos, mas sempre fui muito bem cuidada. Por mais de 40 anos, meu médico foi o Dr. Tártari.”

Além dele, quem cuidou e continua cuidando de Dona Wanda por todos esses anos é a filha única, Maria Helena. “É privilégio poder cuidar dela, ter ela por perto, lúcida. Ver essa bonita homenagem que ela recebeu, estar em casa e receber a visita do Padre Marcelo. Eu fico muito emocionada com tudo isso, porque sei que ela realmente merece”, diz. Para Dona Wanda, o mais importante é poder guardar e se lembrar dos bons momentos. “Para ter história, cultive a memória”, ensina.

Horas como essas são raras. O idoso vive de saudade.

Doação

Dias depois o Jornal do Meio esteve na casa de Dona Wanda e conversou com ela e a filha Maria Helena. Durante a conversa, Dona

Amizade

Para Dona Wanda, a amizade com o grupo das Abelhinhas lhe foi e é muito especial.

Dona Wanda completa 100 anos e relembra o passado. “Para ter história, cultive a memória”.

Padre Marcelo Falsarela e Dona Wanda. Uma vida de dedicação próximo.

Companheiras na solidariedade. Abelhinhas prestam homenagem a Dona Wanda que por mais de 20 anos fez parte do grupo.


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Por que porcelanato? Informe Publicitário por Giuliano Leite

Bom pra começarmos, vamos entender o que é porcelanato. Trata-se de um produto cerâmico normatizado pela Norma ISO com especificações. São fabricados com matérias primas combinadas que quando queimadas em altas temperaturas resultam em um produto final com muita resistência e baixíssima absorção de água, trazendo a ele também uma resistência mecânica e a abrasão muito alta. O uso do porcelanato se faz muito grande já alguns anos e o desenvolvimento da tecnologia trouxe ao segmento formatos e texturas diferenciadas o que deixa o consumidor com muita dúvida na hora de fechar negócio. No início eram, na sua grande maioria, peças de 30 x 30 cm e eram muito caros. Hoje encontramos com facilidade peças com intervalo de 50x50 a 100x100 e os fabricantes já demonstram peças ainda maiores. Pastilhas de porcelanatos também já estão disponíveis no mercado. São muitos os fabricantes pelo mundo e também disponibilizam tamanhos, cores e composições incríveis. Podemos citar três formas básicas de acabamento no que diz respeito ao seu visual, são eles: polido, acetinado e esmaltado e ambos podem ter juntas retificadas – que são tolamente retas no seu contorno e que permitem o rejuntamento com espaço quase zero entre eles e o convencional, que tem um as juntas com um suave abaulamento no seu contorno,

o que os deixa “arredondados” nos seus cantos. Para esse último o rejuntamento deve ter pelo menos 3 ou 4 mm de espaço entre as placas. O polido é aquele acabamento que nos traz um brilho intenso, o acetinado – claro – nos remete ao visual fosco e o esmaltado nada mais é que uma placa que tem a base acetinada e recebe somente uma proteção de esmalte. Nesse caso o brilho é mais discreto quando comparamos com o polido. Ainda no que diz respeito ao acabamento com super gloss. O super gloss surgiu a partir de técnicas novas que

o tornam ainda mais impermeabilizado, protejendo contra manchas e com ação inclusive anti-bactericidas, além de extra brilho em relação a outras peças. É um porcelanato técnico duplamente polido, ou seja, após o polimento normal a peça passa por um processo adicional em uma máquina especial (Super Gloss). A mão de obra para o assentamento deve ser especializada para que o resultado final seja o adequado. Principalmente para as placas superiores a 80x80cm. Poetanto muito cuidado na hora da contratação desse profissional, pois uma vez

aplicado no chão com a argamassa não há mais volta. Falando em argamassa, elas também devem ser próprias para o porcelanato. Já existe no mercado uma variedade imensa delas para os mais variados tipos de aplicações. Bom, como sempre, finalizo com informações de que devemos nos organizar para qualquer tipo de obra ou reforma que possamos fazer, pois todos os passos devem ser feitos com muito cuidado para que os investimentos sejam bem aplicados. Tudo de bom e até a próxima!


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Reflexão e Práxis

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Coronelismo por pedro marcelo galasso

O coronelismo é uma prática política, caracte-

é anacrônica e não cabe em nosso atual processo eleitoral.

partidarismos.

rística do Brasil, nascida no Período Regencial

Caso seja necessário algum exemplo, basta pensarmos o

Triste é imaginar que inúmeras pessoas vivem, de forma

após a publicação do Ato Adicional, que garantiu

papel dos políticos no Nordeste brasileiro e a continuidade

fisiológica, dos favores destas figuras politiqueiras que

autonomia às províncias e permitiu, ainda, a formação

e permanência de famílias de políticos que se perpetuam

pensam tão somente em si e em seus partidos, escondendo

da Guarda Nacional, milícias que apoiavam os grandes

no poder, seja nas esferas federais ou estaduais, e que

suas práticas e agindo contra seus eleitores, pois estes

latifundiários brasileiros.

usam seus cargos públicos como se fossem seus, como

nem são considerados após as eleições. E para encontrar

Com a retomada do Império, os coronéis perderam seu

se fossem cargos de uma empresa privada, cujos lucros

tais figuras basta ligar a TV ou o rádio, ou fazer uma

espaço, mas retornaram com grande poder e influência

e benefícios fossem seus por direito, se esquecendo que

parada na praça central da cidade. Ou, ainda, participar

no período da República Velha. Neste período, os coronéis

sua legislatura é resultado de uma vontade popular, teori-

das reuniões informais de algumas figuras públicas. Ou,

puderam estender seu poder político a uma esfera muito

camente livre e consciente, mas sobre a qual os eleitores

também, observar o número e a variedade pessoas que

ampla, cumprindo as atribuições que caberiam ao Esta-

não têm nenhum controle.

se esforçam para aparecer nas fotos e nas entrevistas

do. Entretanto, a força dos coronéis alimentava a força

Entretanto, não precisamos pensar em uma região distante

de obras inauguradas, pois, sejamos francos, as figuras

dos oligarcas que foram capazes de impor sua vontade

para entender este fenômeno político chamado de coronelismo.

públicas adoram aparecer nestes eventos.

política através da chamada Política dos Governadores,

Qualquer cidadão bragantino pode identificar os coronéis

Triste também é a prática das ameaças veladas contra

na qual os coronéis ofereciam seu curral eleitoral aos

e suas famílias. Para tanto, basta observar os nomes das

aqueles que tentam manter uma visão clara e imparcial,

oligarcas que, por sua vez, elegiam os presidentes e que,

ruas, praças ou pensar quais são as mais tradicionais

sem se deixar seduzir pelos encantos do poder e dos

em troca, devolviam o apoio com os favores políticos aos

famílias políticas da cidade e tentar analisá-las segundo

favores políticos, agindo de forma obscura e, porque

Estados e aos municípios, além de fazerem vistas grossas

a ideia de poder citada acima.

não, violenta.

aos mandos e desmandos destas figuras.

Assistimos hoje uma renovação das figuras que procuram

Triste, entretanto, é saber que inúmeras destas figuras

Estranho é imaginar que o coronel exista até hoje. É

incorporar o papel do coronel moderno, aquele que se

irão vociferar seus interesses e seus ódios em troca

compreensível que no início de uma república criada para

coloca como democrático, mas que, nos bastidores, se

de votos e poder.

atender aos interesses dos cafeicultores e sem nenhuma

serve de práticas espúrias e desonestas para conseguir

Triste é imaginar o perfil da classe política brasileira e,

participação popular a figura abusiva do coronel exista,

seus votos ou para fazer prevalecer sua visão unipartidá-

para tanto, basta começar por aqui.

mas em uma democracia consolidada, mesmo com inú-

ria e despreocupada com relação a boa execução de seu

meros problemas, com eleições diretas e com um relativo

mandato que deveria ser uma extensão dos interesses

Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor.

acesso dos eleitores as informações partidárias, esta figura

que atendam ao bem estar público, acima e além dos

p.m.galasso@gmail.com.br

Casos e Causos

Juro que é verdade por Marcus Valle

JURO QUE É VERDADE CLI Em 1977 eu tive um namoro que começou numa viagem de férias com uma garota de Araçatuba (mudei a cidade). O namoro foi rápido, mas intenso, e durou cerca de dois meses, terminando com um fora por telefone, que eu não assimilei. Durante nosso namoro, ela falava de uma garota da cidade dela, que era sua inimiga, a quem vou dar o nome fictício de Eduarda Torres. Depois do “fora”, eu nunca mais tive notícias da ex, mas de vez em quando, me lembrava dela com aquela intensidade da história não bem resolvida. Cerca de quatro anos depois (1981) eu estava com o Jurinha Raposo e o Aco no bar Terraço, na Ilha Porchat, que era um ponto de paquera. Eles foram conversar com duas garotas, e depois que elas foram embora, eles contaram que elas eram de Araçatuba. Aquilo reviveu minhas recordações, e eu disse ao Jura que se eu soubesse, ia pedir informações sobre a ex, às moças. Nisso, vejo no bar duas garotas lindas, e nós nos aproximamos da mesa delas. Eu faço a tradicional abordagem: OI... TUDO BEM? DE ONDE VOCÊS SÃO? As garotas respondem que são de Araçatuba, e o Jura, assustado com a coincidência, põe tudo a perder: NOSSA... A TERRA DA MULHER QUE É SUA PAIXÃO... PERGUNTA PRA ELAS DA SUA EX-NAMORADA. As garotas ficaram curiosas, e eu desconsertado, pois queria obter a informação de forma mais disfarçada. As meninas perguntaram: QUEM É? QUEM É? SERÁ QUE A GENTE CONHECE? FALA... Para me preservar e preservar o nome da ex, mandei o primeiro nome que veio à cabeça, da inimiga (que eu nunca conheci). É A EDUARDA TORRES A garota deu um pulo da cadeira, fez uma expressão de espanto e falou alto: VOCÊ TÁ LOUCO? ESSA SOU EU... Tive que contar toda a história, e descobri que a ex tinha casado. JURO QUE É VERDADE CLII Certa vez, dei um fora muito comum: perguntei a uma senhora sobre o marido dela, e resposta foi uma avalanche: AQUELE SEM VERGONHA ME LARGOU DEPOIS DE

23 ANOS DE CASAMENTO....POR CAUSA DE UMA SAFADA QUE PODIA SER FILHA DELE..., DE 25 ANOS. Semanas depois, o ex marido foi ao meu escritório, e eu contei a ele que havia dado essa gafe. Brinquei: ARRUMOU UMA MENINA NOVA HEM ! O cara, que era formal, se sentiu na obrigação de me explicar, e iniciou um discurso sério e emocionado: DR. MARCUS: O SR. SABE QUE EU TENHO 3 EMPREGOS E SEMPRE LUTEI PARA MANTER MINHA FAMÍLIA. EM TODOS ESSES ANOS DE CASADO, EU SEMPRE FUI FIEL Á MINHA ESPOSA. Dai ele fez uma pausa, e disse uma coisa aparentemente sem nexo: EU SEMPRE GOSTEI DAQUELA BEBIDA VERMELHA..... CAMPARI. Fiquei perplexo, mas ele completou, com voz emocionada: NOS MEUS 23 ANOS DE CASAMENTO...EU SEMPRE CHEGAVA À NOITE.... CANSADO. Levantando a voz...indignado, deu um tapa na minha mesa, e completou: E NUNCA...NUNCA...NEM SÓ POR UMA VEZ..EM 23 ANOS, A MINHA ESPOSA ME ESPEROU COM UM CAMPARI NAS MÃOS. Ante argumento tão irrefutável e consistente, me calei, mas pensei; O ÁLCOOL JÁ DESTRUIU MUITAS FAMÍLIAS, MAS A FALTA DELE ( especialmente Campari) TAMBÉM PODE DESTRUIR. JURO QUE É VERDADE CLIII O jornal Voz de Bragança promoveu na década de 80 um festival de cinema arte no Cine Bragança. Distribuiu ingressos aos leitores. Sérgio Morbidelli pegou ingressos dos filmes (de Fellini, Pazollini, Bergman etc.) e de um filme francês, LA BÊTE, que ele não conhecia. Para esse filme convidou uma garota de 17 anos. A menina, super religiosa, levou a irmã mais nova para acompanhá-la. Sergio explicou que o cinema francês era cheio de diálogos e que embora monótono, sempre trazia boas mensagens. O filme mostrava a história de uma garota que se hospedou numa estalagem no campo, cujo dono à noite se transformava numa enorme fera (era a besta). Uma hora de filme...e nada acontecia...só diálogos e aparições isoladas da Besta na floresta. De repente....o filme esquentou: - a garota estava seminua no quarto....o estalajadeiro se transforma no monstro....arromba a porta, e ataca a moça....que foge pela janela....perseguida pelo

“bichão”. A moça começa a subir numa árvore...e a Besta é focalizada...com seu enorme membro sexual excitado. A moça grita por socorro. As irmãs que estavam com o Sergio , horrorizadas saem do cinema correndo e chorando. Sérgio sai atrás...e tenta contornar, dizendo : NOSSA ! QUE HORROR...CALMA...EU NÃO SABIA Ele conta que perdeu a paquera, mas brincou: O DURO É QUE ATÉ HOJE EU SOU CURIOSO... PRA SABER COMO TERMINOU AQUELA CENA. JURO QUE É VERDADE CLIV O João Aguiar é extremamente distraído. Uma vez fui com ele pra Amparo e ele parou o carro para abastecer num posto. O frentista era um cara enorme e forte, mas tinha defeito nas cordas vocais, falava fininho. O João, ansioso, já estava mexendo na carteira quando o cara chegou e perguntou: QUANTO VAI? ( bem fininho). Sem ver a cara do sujeito, respondeu, brincando, com voz fininha: PODE ENCHER O TANQUE. O cara ficou puto e começou a bater o bico da bomba com força no carro. Assustado, o João me contou que achou que era um garotinho que o tinha atendido, e por isso imitou a voz. Eu disse que talvez fosse mais conveniente ele continuar falando fino pro cara achar que ele também tinha o mesmo problema vocal. O cara voltou bravo, e disse (fininho): DEU 86 REAIS. João pegou o dinheiro da carteira, entregou, e ao receber o troco com o carro já ligado, agradeceu ( com voz fininha): OBRIGADO. O cara (com voz fininha mas irada) disse: VÁ TOMAR NO C.. João arrancou com o carro e disse pra mim: IDÉIA DE JERICO..A SUA.(com voz normal). JURO QUE É VERDADE CLV Numa das turma que eu dei aulas na universidade, tinha um aluno que era extremamente simpático e participativo. Mas ele não era dos mais preparados e gostava de discutir sobre tudo...o que evidentemente lhe levava a constantes erros e disparates. Certa aula, de Direito Penal, eu explicava alguns conceitos quando ele falou uma bobagem. Brincando...eu disse que ele NÃO ACERTAVA UMA. Minutos depois, ele fez outra intervenção errada...e eu falei: ERROU DE NOVO. Dai ele disse: PROFESSOR...ISSO QUE O SENHOR TÁ FAZENDO COMIGO É ASSÉDIO SEXUAL: Corrigi outra vez: ISSO É BULLYNG.... OU NO MÁXIMO ASSÉDIOMORAL...CONTINUANÃOACERTANDO UMA.


antenado

Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014

7

Livro é testemunho de existência

intensa do crítico André Bazin O que é o Cinema? Resume o essencial das ideias do francês, que criou uma nova forma de produzir imagens

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

A pergunta “o que é o cinema?”

redefiniram o cinema está lá: a recusa da

tenham sido contestados até mesmo

com o neorrealismo. Outros, mais longos,

constitui, por si, uma audácia e um

montagem, a oposição ao “cinema puro”,

por seus discípulos mais próximos (a

debatem a montagem no documentário

desafio. Quem a formula dispõe-

mudo, mas também a defesa do som e da

hostilidade em relação à montagem, por

de guerra (sobre a série “Por que Com-

-se a respondê-la, e não é qualquer um

cor (ou seja, do cinema como arte desti-

exemplo, que Godard contestava já em

batemos”) e a presença de personagens

que pode se entregar a essa aventura.

nada a agregar tecnologia), entre outras.

seu primeiro artigo para os “Cahiers”),

contemporâneos no cinema histórico

“Qualquer um”, não. Raríssimos.

Bazin se opôs ao melhor pensamento

seus artigos conservam o mesmo frescor,

da URSS (“O Mito de Stalin no Cinema

Talvez apenas um, André Bazin, tenha

existente em seu tempo, para criar uma

a originalidade e a força de sua publica-

Soviético”).

sido capaz de oferecer uma resposta não

nova maneira de ver, produzir e se rela-

ção original.

Faltou, talvez, “William Wyler, o Jansenista

apenas eficaz e precisa, como ampla o

cionar com a imagem.

Pode-se dizer até: quanto mais passa o

da Mise-en-Scène”, fundamental artigo

bastante para influenciar a arte do cinema

A ideia central, no entanto, aquela que

tempo, mais atual se torna o conjunto de

sobre a direção cinematográfica. Não se

por mais de meio século.

impulsionou o que Eric Rohmer (1920-

ideias de “O que É o Cinema?”.

pode ter tudo.

Não será exagero dizer que nenhum teórico

2010) chamou de “revolução copernicana”

Se apenas isso já justificaria a nova edição,

O que é o cinema?

ou crítico foi tão influente quanto Bazin.

do cinema, foi a de um realismo consti-

seu organizador, Ismail Xavier, acrescen-

Autor: André Bazin

Ele estava ao lado de Roberto Rossellini

tutivo da própria imagem fotográfica,

tou seis providenciais artigos que não

Editora: Cosac Naify

(1906-1977) ao formular o neorrealismo;

como o autor a descreveu em “Ontologia

constavam da “edição definitiva”.

Quanto: R$ 49,90 (416 págs.)

animava os cineclubes de vanguarda do

da Imagem Fotográfica”: “Pela primeira

Quatro deles aprofundam o trabalho

Classificação: ótimo

mesmo modo como levava filmes às prisões;

vez, uma imagem do mundo exterior se

fundou os “Cahiers du Cinéma”, a mais

forma, automaticamente, sem a interven-

importante revista dedicada a esta arte

ção criadora do homem”.

que já existiu, foi o mentor da geração da

A essa propriedade realista, o cinema

nouvelle vague, e foi uma espécie de pai

acrescentará a duração. O certo é que

espiritual de François Truffaut (1932-1984).

até então o cinema “como arte” definia-se

Bazin teve uma existência breve (1918-

por sua distância em relação à realidade.

1958), porém intensa, da qual o melhor

A partir de Bazin, ao contrário, é seu aspecto

testemunho talvez sejam os artigos de

mecânico e a consequente proximidade

Cidade da EmiliaRomagna (Itália)

“O que É o Cinema?”, que a Cosac Naify

com o real que define sua essência. Não

501, em romanos

em boa hora reedita (a primeira edição

se trata, é claro, de condenar os filmes de

brasileira, com o título emasculado de “O

ficção científica ou os efeitos especiais, e

Cinema”, saiu pela Brasiliense em 1991 e

sim de tomar o real como referência.

há muito estava esgotada).

Essa ordem de ideias possibilitou a

Originalmente, essa suma do pensamento

Bazin seguir o neorrealismo, defender

do teórico francês saiu em quatro volumes.

e ilustrar o trabalho de artistas como

Nos anos 1970, optou-se por uma síntese,

Orson Welles (1915-1985). Foi a base da

sob supervisão de Janine Bazin (viúva do

nouvelle vague francesa e da “geração

autor) e François Truffaut.

das escolas” americana.

O essencial das ideias que, no pós-guerra,

Embora alguns aspectos de sua reflexão Foto: Divulgação

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Conjunto dos números racionais (símbolo) Impulso mórbido de viajar ou passear Creme para retirar as células mortas da pele

© Revistas COQUETEL Instrumentos para medição de diâmetros Idioma Alice Nu, em falado em Munro (Lit.) Bangcoc francês

Lema de campanhas do hemocentro (?) Lang, a amada do Superboy (HQ)

Que repete sempre os mesmos hábitos

Que coisas? Teste, em inglês Serviço oferecido pelo banco 24 horas

São mecanizados na moderna agricultura Waza-(?): vale meio ponto, no judô

Antigo Testamento (abrev.) Pedaço fino de madeira

Diz-se do feto que morreu no útero

Ferramenta do afiador de facas

(?) James, cantora Constelação boreal

Caráter da ajuda entre cooperativados

Liquidar (dívida) Aparelho de cálculo Código da Romênia na Web Presenteia

(?) médico: justifica a falta ao trabalho

Estilo evidenciado nas obras de Velázquez Cerimônia Parte móvel da dobradiça

Sem número (abrev.)

Empolgado (fig.) Gênero de "Carmen"

Órgão encurvado com formato de asa

O nome da Pequena Sereia (Cinema) Triste, em inglês Roda de bicicleta

São Área de persegui- Proteção dos pelos Ambiental paparazzi (sigla) Lance do tênis

(?) de Roterdã, filósofo humanista

BANCO

Serve para animar Steve (?), ator (EUA)

Embarcação esportiva a remo

3/nue — sad. 4/ansa — quiz. 5/ariel — verga. 6/erasmo. 11/paquímetros.

Locais do Congresso onde são tramados conchavos políticos

Beneficiária do álibi (jur.) Trinca

(?) de Sá, colonizador português

2

Solução U E S F C E S D I V E R G M O O E M U T A R T A N S A I A F A M O A P A I E C O R E R A

D O L I E NA S A Q A U N AT I G Z U A E B A A T A C E S O S A T M A R E D S M O

P A N T E Q U AI S C U E I A RI M O R TO E R A R T D A R R O CA O S N A S O S A D A R E R T I N O R E S I O L E

Enzo Staiola (esq) e Lamberto Maggiorani em cena do filme “Ladrões de Bicicletas”


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veículos

Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014

Terceira geração do Fit revigora visual e resgata CVT para se tornar carro-chefe da Honda no Brasil por Raphael Panaro/AUTO PRESS

Os planos da Honda para a terceira geração o monovolume Fit não são nada modestos. Afinal, ele é o quarto modelo mais vendido da marca japonesa no mundo, com mais de 5 milhões de unidades – perde apenas para Accord, Civic e CR-V. No Brasil, onde chegou em 2003, também desfruta de certo êxito. Ano passado, o Fit emplacou uma média de 3.300 unidades mensais e liderou com folga o segmento de monovolumes – mais que o dobro das vendas do segundo colocado, o Fiat Idea. Lançada em setembro último no Japão, a terceira geração do Fit é a maior aposta da fabricante nipônica. Tanto que, no Brasil, pretende comercializar 5 mil carros/mês – mais que o Civic. Para isso, a Honda ousou na estética com traços esportivos, evoluiu o conhecido motor 1.5 litro, promoveu a volta da transmissão CVT – agora com conversor de torque – e caprichou no interior. E essa “pequena revolução” do Fit começa no design. O modelo inaugura uma nova linguagem visual global da Honda, que será aplicada para os futuros lançamentos da marca. A parte dianteira passa a trazer o conceito batizado de “Solid Wing Face”, que fica bem evidenciado por meio da grade frontal cromada – já presente no novo City lançado na Ásia e no utilitário Vezel, que será produzido no Brasil em breve. Os parrudos para-choques ganharam generosas entradas de ar ou luzes de neblina nas versões mais caras. No perfil, chama atenção o vinco acentuado em toda extensão lateral, que reforça a sensação de movimento. Atrás, as novas lanternas ressaltam o aspecto moderno. A terceira geração do Fit traz também uma nova arquitetura – adotada no Vezel e no novo City. Tanto a plataforma quanto a carroceria usam, em mais abundância, aços de alta tensão, que permitem reduzir o peso do carro e ainda dar mais rigidez torcional ao conjunto. O entre-eixos é 3 centímetros maior e agora ostenta 2,53 metros. O comprimento cresceu quase 10 cm – segundo a Honda, em função dos para-choques mais avantajados. Altura e largura ficaram na mesma. Por dentro, no entanto, a Honda fez uma reengenharia do espaço. Os ocupantes ganharam 3,5 cm de “folga” entre os ombros na dianteira e 2 cm a mais na traseira, graças aos aços mais finos da carroceria. A posição de dirigir está um centímetro mais baixa devido à diminuição do tanque de combustível – que fica no assoalho embaixo dos assentos dianteiros. Além disso, com os braços da suspensão traseira mais curtos, os bancos traseiros foram oito centímetros para trás, abrindo mais espaço para o tronco e pernas. Na parte mecânica, a Honda “aposentou” o motor 1.4 litro. Em todas as configurações, o novo Fit vem com o conhecido propulsor 1.5 litro, que só equipava a versão topo de linha do antecessor, além da Twist – configuração “aventureira” que, em breve, irá ganhar sua versão na terceira geração. Mas o motor passou por algumas modificações como o coletor em plástico de alta resistência em vez do alumínio usado antes. O comando de válvulas foi redesenhado e teve atrito e peso reduzidos, o que aumentou o torque em baixas rotações. A potência continua nos 115/116 cv a 6 mil giros com gasolina e etanol, respectivamente. Já o torque aumentou. Passou de 14,8/14,9 kgfm para 15,2/15,3 kgfm. A nova geração do Fit passa a ter o propulsor com tecnologia chamada de FlexOne, que dispensa o “tanquinho”

para partida a frio. Mas a maior mudança no trem de força está na transmissão. Além do câmbio manual de cinco marchas, a primeira geração usava também um CVT que deu lugar a um automático de seis relações na segunda. Na atual, a Honda diz que achou “o melhor dos mundos” e voltou a usar o CVT. Em versão mais moderna, ele agora vem com conversor de torque, que acopla as engrenagens de forma mais rápida e suave. Segundo a marca, o componente permitiu um ganho de 17% de eficiência em relação ao câmbio automático. Nas versões DX e LX, a transmissão é manual de cinco marchas, mas há a opção de câmbio CVT – que adiciona mais R$ 4.600 ao preço. Nas versões EX e EXL, a transmissão é sempre CVT Para a linha 2015, a Honda vai comercializar o Fit em quatro versões. A básica DX – que deve corresponder somente a 3% do mix – parte de R$ 49.900. Traz itens como ar-condicionado, maçanetas na cor do veículo, abertura interna do tanque de combustível e encosto de cabeça para todos os ocupantes. A aposta da Honda é a LX. A fabricante japonesa projeta que 48% dos Fit vendidos daqui pra frente sejam dessa versão. Ela custa iniciais 54.200 e vem mais recheado com rodas de liga leve de 15 polegadas, rádio AM/FM/USB/Bluetooth, banco do motorista com regulagem de altura, bancos traseiros reclináveis e bipartidos 60/40, retrovisores elétricos e quatro alto-falantes. Já a EX, com farol de neblina, tela de LCD de 5 polegadas, câmara de ré e volante multifuncional, tem o preço de R$ 62.900. A topo de linha fica a cargo da EXL, que ainda adiciona airbags laterais, bancos em couro, computador de bordo digital e com luz de fundo azul. E custa R$ 65.900. Na soma da EX com a EXL, a Honda espera angariar 48% das vendas do novo Fit.

com câmbio automático. As retomadas estão bem mais ágeis e as ultrapassagens podem ser realizadas de forma mais consistente, sem “soluços” nem vacilações. O barulho insinuante do motor – típico dos carros com CVT – é agradável e adiciona um componente acústico à percepção de esportividade. A suspensão é bem acertada e, apesar de ser “altinho”, o Fit é bom de curva e consegue fazê-las sem adernar excessivamente. Quando é necesário brecar bruscamente, o monovolume para de maneira rápida e equilibrada, sem pregar sustos. Como convém a um carro de família.

Ficha técnica Honda Fit Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.497 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando

simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas ou CVT. Tração dianteira. Potência máxima: 115 e 116 cv a 6 mil rpm com gasolina e etanol. Torque máximo: 15,2 e 15,3 kgfm a 4.800 rpm com gasolina e etanol. Diâmetro e curso: 73,0 mm X 89,4 mm. Taxa de compressão: 11,4:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira por eixo de torção. Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS com EBD. Pneus: 185/55 R16 (EXL), 185/60 R15 (EX e LX). Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias

Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias

Primeiras impressões Honda Fit EXL por Luiz Humberto Monteiro Pereira/Auto Press

Por fora, o novo “design” deu um aspecto de maior dinâmica e fluidez ao Fit. Os para-choques com entradas de ar emprestam um jeitão mais robusto ao modelo e ainda adicionam uma pitada esportiva. Dentro do novo Fit, uma agradável surpresa. Em alguns automóveis, o design externo não “conversa” com o interior dos veículos. Mas no renovado monovolume da Honda, o habitáculo está em harmonia com o lado de fora. O destaque é a tela multimídia de 5 polegadas no painel central que concentra as funções do rádio AM/FM/CD/MP3 e ainda tem entrada USB e Bluetooth. Ela não é sensível ao toque e nem traz GPS integrado. Segundo a Honda, pesquisas da marca apontaram que os usuários do sistema de localização raramente utilizam o equipamento presente no carro – a preferência é pelos smartphones. Mas é inegável que o GPS acrescenta um certo valor aos veículos – mesmo que não sejam usados pela maioria. Felizmente, a “pegada” mais esportiva do novo Fit não fica apenas na aparência – é endossada pelo bom desempenho do novo “powertrain”. A Honda até fez algumas mudanças no conhecido motor 1.5 litro para deixá-lo mais “espertinho” nas saídas. Mas é a nova transmissão CVT, agora com conversor de torque, que mais contribui para a evolução no desempenho do modelo em relação à versão anterior,

Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias


veículos eículos 3,99 metros de comprimento, 1,69 metro de largura, 1,53 metro de altura e 2,53 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais. Peso: DX MT: 1.052 kg DX AT: 1.072 kg LX MT: 1.060 kg LX AT: 1.080 kg EX AT: 1.099 kg EXL AT: 1.101 kg Capacidade do porta-malas: 363 litros. Tanque de combustível: 45,7 litros. Produção: Sumaré, São Paulo. Itens de série: DX: cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, Isofix, airbags frontais, Vidros elétricos, maçanetas externas na cor do veículo, pré-disposição para rádio e ar-condicionado.

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Preço: R$ 49.900 (R$ 54.500 com CVT) LX: adiciona sistema de áudio 2DIN com rádio AM/FM/USB/Bluetooth, banco do motorista com regulagem de altura, bancos traseiros reclináveis, bipartidos 60/40, retrovisores elétricos, quatro alto-falantes, Preço: R$ 54.200 (R$ 58.800 com CVT) EX: adiciona faróis de neblina, câmara de ré com três ângulos de visualização, volante multifuncional, sistema de áudio 2DIN com rádio FM/ AM/MP3/CD com tela de LCD de 5 polegadas e Bluetooth, chave tipo caniveteentrada USB. Preço: R$ 62.900 EXL: adiciona painel com computador de bordo digital multifunções com fundo azul, bancos em couro e airbags laterais e volante com acabamento em couro com detalhes das portas e maçanetas na cor prata. Preço: R$ 65.900. Foto: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

O Governo Federal está realizando grandes

OBRAS DE INFRAESTRUTURA EM TODO O BRASIL. E AQUI EM SÃO PAULO, BEM PERTO DA GENTE. Linha 17-Ouro do Metrô e Corredores Inajar de Souza, M’Boi Mirim e Berrini Deslocamento mais rápido e mais qualidade de vida para os paulistas. VLT Santos-São Vicente Mais agilidade e eficiência para o transporte público. Rodoanel, Etanolduto Ribeirão Preto-Paulínia, Hidrovia do Tietê e Porto de Santos Impulsionam a economia e geram desenvolvimento para o estado. Ampliação do Metrô e criação de Novas Linhas de Trens e de Corredores de Ônibus Em breve, mais opções de transporte e conforto para a população.

Obras assim abrem novos caminhos para que este seja, cada vez mais, um país de oportunidades. Aqui em São Paulo. E no Brasil inteiro.


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veículos

Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014

Capitão América Ícone da indústria automotiva dos EUA, Corvette chega à sétima geração mais dócil, sem perder desempenho

por RODRIGO MORA/ENVIADO A DETROIT (EUA)/FOLHA PRESS

A experiência de guiar um Corvette

ria sugerir menos diversão, mas isso não

começa muito antes da primeira

corresponde à realidade. Rápido, suas

válvula se movimentar. Acessar a

trocas em baixa velocidade são quase

cabine do maior ícone automotivo norte-

imperceptíveis, enquanto as mudanças em

-americano exige boa forma: é preciso

alto giro ocorrem com um certo tranco,

dobrar bem as pernas, curvar bastante

que dá mais tempero ao carro.

as costas e tomar cuidado para não bater

Ao término do teste, o Corvette 6.2 V8

a cabeça no teto.

faz um Audi RS5, que tem 450 cv (ante

Lá dentro, o motorista encontra uma

461 cv do GM testado) parecer um san-

posição de pilotagem exemplar, traduzi-

to, ainda que o alemão seja mais preciso

da em um volante de diâmetro reduzido,

em curvas e e até mais refinado. Essa é

banco abraçando o corpo na medida certa

a diferença entre as escolas germânica e

e console central elevado, que deixa a

norte-americana.

alavanca do câmbio mais próxima da mão.

O Corvette deixou os dias de touro indo-

A visão do longo capô, muito mais ondu-

mável para trás, mas ainda pode ser um

lado desse ponto de vista, é intimidadora.

selvagem. Seu comportamento continua

Pode parecer um detalhe tolo, mas o que

violento, mas agora ele também se deixa

os olhos vislumbram diz muito sobre a

levar com suavidade.

construção do carro, com o cockpit an-

A experiência ao volante faz o motorista

corado o mais baixo possível.

relevar os fatos de as alavancas de seta e do

Grave e metálico

limpador do para-brisa virem do Chevrolet Cruze e a tela multimídia ser contornada

Motor ligado, e os US$ 1.195 (R$ 2.675)

por um plástico duro, sem refinamento.

cobrados pelo sistema opcional de escape

No mais, o acabamento é esmerado, há

tornam-se uma pechincha pelo retorno

boas doses de couro nas portas.

“áudio-emocional” oferecido por um ronco

O conta-giros digital corre sobre uma tela

grave e metálico.

central que, além do básico (consumo,

Na hora de engatar a primeira, uma pergunta

autonomia, velocidade e quilometragem),

vem à mente: o Corvette é o mesmo cavalo

exibe algumas informações incomuns,

xucro de antes? A resposta é não. Embora

como temperatura dos pneus, histórico

não seja um carro para iniciantes, ele deixou

do consumo, quantidade de combustível

de exigir habilidades de piloto profissional.

usado (em galões), força “G”, pressão e

A começar pela embreagem, quase tão

temperatura do óleo e tempo de volta.

leve quanto a de um sedã médio. O câmbio manual de sete marchas tem engates

Independentes

curtos e precisos, mas que exigem vontade

O maior problema do Corvette está na

e envolvimento do condutor. E é bom que

sua distância do Brasil. Segundo a Gene-

seja desse modo; afinal, assim deve ser o

ral Motors, os esforços necessários para

trato com um superesportivo.

homologação, treinamento de pessoal e

Esportivo tem opção com caixa automática

estoque de peças não valeriam a pena de-

Câmbio de seis marchas aproveita bem

vido ao baixo volume estimado de vendas.

os 461 cv do motor 6.2 V8.

Contudo, não é a mesma opinião das im-

Contornada por um plástico duro, tela

portadoras independentes, como a Direct

central do sistema multimídia carece de

Imports, que entregará um exemplar

mais refinamento.

zero-quilômetro a um cliente na próxima

DO ENVIADO A DETROIT (EUA)

terça-feira, por R$ 350 mil.

A versão com câmbio automático pode-

Viagem feita a convite da General Motors.


veículos eículos

Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014

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Transferência

entre particulares

Cartórios deverão comunicar transações de veículos, de acordo com a norma aprovada pelo governo paulista, os envolvidos na compra e na venda não precisarão contatar o Detran

por MARCOS CÉZARI/FOLHA PRESS

O governo paulista adotou uma medida

atraso na transferência de propriedade, o antigo dono

se o antigo dono e o novo proprietário reconhecerem

que poderá facilitar a vida dos donos de

receba multas ou cobranças de impostos gerados

firma simultaneamente, bastará uma única trans-

veículos quando houver a transferência

após a venda do veículo.

missão dos dados.

entre particulares. A nova regra entrará em vigor

A Fazenda enviará as informações de comunicação de

O notário terá também a opção de envio das

em 24 de julho deste ano.

venda do veículo ao Detran, bem como fará a alteração

informações e da cópia digitalizada do CRV por

Segundo o texto do decreto nº 60.489, publicado

do responsável tributário em seu banco de dados.

lote, no prazo de até 72 horas. O cartório que não

há uma semana, os cartórios estaduais deverão

O decreto concede 60 dias para que os cartórios

cumprir a nova obrigação estará sujeito a multa

informar à Secretaria da Fazenda as transferências

possam se adequar à norma.

do fisco paulista.

de veículos entre particulares.

Não poderão ser cobrados tarifas adicionais às atuais

Os contribuintes poderão obter informações sobre

O decreto estabelece que os notários terão de enviar

para o serviço de reconhecimento de firma por au-

a efetivação da comunicação de venda do veículo

à Fazenda paulista os dados relativos à operação de

tenticidade e de cópia autenticada do CRV.

na área de serviços eletrônicos do Detran, no en-

compra e venda ou transferência da propriedade de

dereço eletrônico www.detran.sp.gov.br.

veículo registrado em São Paulo, além de cópia digi-

Formalização

talizada (frente e verso) do Certificado de Registro do

Os cartórios deverão informar à Fazenda a for-

conjunto, editar normas complementares para

Veículo (CRV) preenchido e com firmas reconhecidas,

malização da venda na data do reconhecimento

disciplinar o cumprimento do decreto.

conforme determinado pela legislação de trânsito.

de firma do vendedor do veículo e

As informações devem ser transmitidas em arquivo

também do comprador.

no formato PDF e com assinatura digital (tipo P7S)

No entanto,

pelo endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov. br/cartorios.

Transferência Com a norma, o proprietário fica dispensado de comunicar a venda ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Essa ação evita que, em caso de

A Fazenda e o Detran poderão, por meio de ato


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Jornal do Meio 747 Sexta 6 • Junho • 2014


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