762 Edição 19.09.2014

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Braganรงa Paulista

Sexta

19 Setembro 2014

Nยบ 762 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 762 Sexta 19 • Setembro • 2014

Que tristeza!

Que vergonha! por Mons. Giovanni Baresse

Creio que os leitores têm

dade esperar que a maioria dos

toral não é feita mostrando que

TV, de discussão programática e

acompanhado, ao menos

candidatos se mantenha no pata-

caminhos devem ser trilhados na

ideológica. Por que era melhor o

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919

um pouco, aquilo que se

mar da linguagem educada e do

solução dos problemas e porque

comunismo do que a democracia

chama Campanha Eleitoral. Estamos

compromisso para com a verdade.

se reivindica o voto. É necessário

cristã? Porque as opções da demo-

chegando ao limite da aplicação

Em nossos dias, porém, onde se

arrebentar com os contrários. E

cracia eram melhores que as dos

desse nome. Pensava que, com o

poderia trabalhar em condições

a gente sabe como isso é campo

comunistas? No que a escolha de

passar dos anos e melhoramento

bem mediadas pela ética, parece

fértil para o emocional coletivo: tem

uma ideologia ia melhorar a vida

das capacidades intelectuais e da

que estamos fazendo a evolução

prato melhor que falar da vida dos

dos cidadãos. Em nenhum mo-

convivência, estivéssemos num

ao contrário: dos humanos que

outros? Chafurdar nos seus erros

mento surgiu o apequenamento da

patamar mais elevado quanto às

somos hoje aos ancestrais que

e pecados? Um exemplo disso – e

discussão. Em nenhum momento

relações entre indivíduos. A con-

Charles Darwin intuiu. Tem sido

ninguém desconhece – são progra-

a vida dos candidatos esteve no

clusão a que estou chegando é que

raro encontrar nos pronuncia-

mas de rádio, televisão e jornais

tabuleiro. Denúncias abordadas

estamos ficando sofisticados na

mentos propostas de trabalho e

e revistas que só existem porque

foram as que marcavam decisões

utilização dos meios de denegrir

encaminhamento para soluções

exploram a miséria humana. Mas

políticas não condivididas. Claro

as pessoas. O vício é o mesmo. A

dos desafios quer nacionais, quer

é nessa base que queremos eleger

que a Itália tinha, teve e, infeliz-

sua manifestação é mascarada. A

estaduais. É uma troca de insultos

nossas autoridades políticas? Po-

mente, tem pessoas corruptas

entrada dos chamados marque-

e provocações a não ter fim. A arte

de ser diferente? Podemos criar

no governo. Claro que máfia,

teiros transportou para o campo

da política está mesmo relegada.

campanha eleitoral que se baseie

camorra, ndrangheta tinham e

do vale tudo aquilo que deveria

O debate programático, a oferta

em princípios de governança?

têm influências para o descami-

ser o embate entre as propostas

das prioridades, o apontar novos

Lembro um fato, para mim para-

nho. Mas a abordagem, ao menos

de cada candidato aos encargos

horizontes não fazem parte daquilo

digmático: em 1969 fui enviado

naqueles tempos, mostrava que

públicos. O marqueteiro busca

que se pode ver e ouvir. A grande

à Itália para cursar Teologia. No

era possível não cair na vala do

a idealização para seu cliente e

preocupação, para usar palavra

Brasil plena época da ditadura. Na

achincalhamento. Voltando para

para que, sob a sua luz, os mal-

busca a destruição do oponente.

dos nossos dias, é “desconstruir”

Itália era momento de campanha

a nossa realidade. A corrupção

feitos sejam punidos. Ficar nas

Sabemos que a disputa eleitoral

o adversário (não sei se este não é

eleitoral. Tive a sorte de poder

tem que ser denunciada. Os

acusações sem apresentar os

nunca foi vivida de forma pura,

visto como inimigo!). A preocupa-

assistir um debate entre Aldo

corruptos devem ser desmas-

porquês para outras escolhas

sem acusações e insinuações

ção maior é derrubar o oponente

Moro, então líder da Democracia

carados e pagar o débito social

dão a impressão que quem es-

depreciativas. Nem sempre os

mostrando suas falhas, promessas

Cristã, e Enrico Berlinguer, líder

que seus atos acarretam. Mas

tá apontando os erros só sabe

contendores tiveram limites em

não cumpridas, deslizes na vida

do Partido Comunista (o maior do

é necessário buscar o caminho

fazer isso. Ou melhor só tem

seus pronunciamentos. É ingenui-

pessoal, etc. A campanha elei-

ocidente à época). Três horas, na

dos princípios a serem vividos

interesse nisso. O resto...

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


Informática & Tecnologia

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Após três anos, Google ainda sofre

para popularizar o G+ Criada para concorrer com o Facebook, rede social sofre com problemas, companhia diz que está satisfeita; necessidade de perfil no Google+ para acessar outros produtos começa a ser derrubada

por BRUNO ROMANI/FOLHAPRESS

Há três anos o Google tenta, sem sucesso, popularizar a rede social Google+. No começo de agosto, a Bloomberg noticiou que a gigante californiana pretende desmembrar do Google+ o seu serviço de fotos. A ideia vai contra o propósito original do Google para a rede, concebida para agregar todos os produtos da companhia, como o Gmail, o YouTube e o mensageiro Hangouts. Para utilizá-los, o usuário seria obrigado a ter um perfil no serviço. O objetivo era ganhar espaço no mundo das redes sociais utilizando-se da popularidade de outros serviços do Google. Não deu muito certo. Os usuários do YouTube, por exemplo, reclamaram quando se viram obrigados a ter um perfil no Google+ para poderem fazer comentários no site de vídeos. Com 300 milhões de usuários ativos por mês (o número sobe para 540 milhões se contados aqueles que mantêm perfis apenas para mexer em outras ferramentas, como YouTube), o Google+ não tem números ruins. É maior que o Twitter, por exemplo, que tem 271 milhões de usuários. O problema é que há divergências internas de como gerenciar a rede. Vic Gundotra, ex-vice-presidente sênior do Google, um dos principais executivos da companhia e entusiasta da rede social, deixou a companhia no fim de abril depois de oito anos.

A saída dele resultou no realojamento de engenheiros, entre mil e 1.200, para outras divisões da empresa, segundo o site “TechCrunch”. Quando saiu o cronograma deste ano do Google I/O (conferência anual de desenvolvedores da empresa), estava claro que algo havia acontecido. Entre as mais de 80 palestras e workshops, nenhuma se dedicava ao Google+. Em 2013 foram 15. O evento anual serve como uma espécie de norte para os principais interesses da empresa no ano. Um pouco antes, a rede social recebeu “fogo amigo”. No fim de maio, Sergey Brin, um dos fundadores do Google, declarou em um evento na Califórnia que “provavelmente foi um erro” ele ter trabalhado no Google+, pois não se considera uma pessoa “muito social”. outro lado À Folha o Google afirmou: “Estamos satisfeitos com o Google+, pois temos inúmeras indicações de que os usuários também estão e gostam do produto”. O desmembramento do Google+, porém, já começou. No fim de julho, o Google anunciou que usuários corporativos do Hangouts estão liberados de criar perfil no Google+. LG e Sony têm os melhores Android no Brasil G3, da fabricante coreana, e Xperia Z2, da japonesa, batem rivais com hardware parrudo Yuri gonzaga

Os smartphones LG G3 (vendido a R$ 2.299) e Sony Xperia Z2 (R$ 2.499, com a pulseira SmartBand) são melhores que o Samsung Galaxy S5 e que o iPhone 5s, consideradas apenas características técnicas dos aparelhos. Um confronto entre eles resulta em empate, como donos do título de melhor celular com Android no Brasil, num rol que contempla Nexus 5 (R$ 1.799), Galaxy S5 (R$ 2.599) e Note 3 (R$ 2.899). De um lado, o G3 tem uma tela gigante (5,5 polegadas) com formato relativamente compacto; faz um esforço de inovação com a recarga sem fio e botões na traseira. Do outro, o Xperia Z2 é só refinamento: a melhor câmera, corpo à prova d’água construído em vidro e alumínio e maior duração de bateria; tem a sintonia de TV como diferencial entre topos de linha.

Tela e bateria

O LG tem uma resolução de 2.560 pixels x 1.440 pixels, superior à do padrão Full HD de grande parte dos melhores Android (e dois degraus acima da do iPhone), que faz diferença na hora de exibir texto, mas muda quase nada com fotos e vídeos, já que o conteúdo geralmente tem definição menor do que a tela. Mesmo assim, nesse quesito o G3 é superior ao Z2, cujo visor não sobressai ao de qualquer rival direto.

Por exigir menos processamento, contudo, a “mediocridade” da tela conspira a favor da vida de bateria aspecto no qual o Z2 é campeão. O LG tem duas conveniências em relação à alimentação: bateria removível e recarga sem fio (é preciso que o celular esteja sobre uma base, essa sim conectada, com cabo, à tomada).

Câmera e design

O sensor fotográfico do celular da Sony é o que permite capturas nítidas mesmo com pouca luz, situação em que o rival se vale de estabilizador ótico, muitas vezes insuficiente. O LG G3 tem, ainda, foco a laser, que ajuda no escuro. O Z2 pode gravar vídeos 4K, de última geração, mas útil só nas TVs mais caras. O conveniente botão de disparador, que aciona a câmera, é um ponto forte do Z2. O celular da LG só tem botões atrás (são três: um principal e os dois de volume) para facilitar o uso com uma mão, já que ficam ao alcance do indicador. Na prática, porém, não é sempre assim. Com pequeníssimas bordas ao redor da tela, o G3 tem visual mais impressionante que o Z2, austero. O mesmo poderia ser dito dos dois aparelhos: um se destaca, inova; o outro é polido, sem falhas.


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Jornal do Meio 762 Sexta 19 • Setembro • 2014

por Shel Almeida

A possibilidade de se produzir azeite em terras brasileiras ainda vem sendo descoberta pelos produtores locais. Países de clima subtropical, como os vizinhos Chile, Argentina e Uruguai já começam a desafiar o mercado e os países de clima mediterrâneo, que são os responsáveis por 95% de toda a produção de oliveiras mundial e despontam como promissores concorrentes. No Brasil, a produção ainda está em nível experimental e vem sendo feita por pequenos produtores. No entanto, ainda é algo irrisório perto do que o país importa, em frutos e azeite. Mas, se em menos de uma década o consumo de azeite de oliva e azeitona aumentou em 120% e 45%, respectivamente, segunda dados do COI - International Olive Council, o que se pode concluir é que o mercado está em plena expansão. E, mesmo com dados tão animadores, o aumento no volume de importação de azeitonas de mesa e azeite ainda indica o baixo consumo do mercado brasileiro, cerca de 0,2 kg por habitante/ano. Em comparação com países como a Grécia e Itália, por exemplo, onde se consome 23kg por habitante/ano e 12 kg por habitante/ ano, respectivamente, de acordo com dados da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento.

Produção local

Em Extrema, a produção de oliveiras já é realidade há cerca de 4 anos. “Estamos há 12 anos tocando esse projeto e a gente realmente conseguiu. Nós tínhamos 36 produtores e desses ficaram 8. Existiram uma série de dificuldades, mas hoje isso está bem minimizado, além de que, hoje, se tem mais informação e mais gente com tem condição de ajudar. Nós conseguimos com esse pessoal tocar o projeto e temos agora cerca de 15 mil plantas”, diz o produtor Dionísio Fulop. Hoje, sexta-feira, 19 de setembro, às 14h, ele estará no setor de agronegócios do Posto de Monta, na companhia da Engenheira Agrônoma e Pesquisadora Edna Bertoncini, à convite dos Amigos das Oliveiras, grupo de produtores bragantinos que se reunirá a fim de discutir sobre o plantio de oliveiras e com a intenção de se criar uma cooperativa local, aos moldes do que acontece na cidade mineira. A reunião tem apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica - CATI. Os produtores têm também, o apoio da italiano O.L.E.A. - Organizzazione Laboratorio Esperti Assaggiatori., por meio do consultor Giorgio Serafini. “Esse projeto surgiu a partir da visita de um amigo nosso que é consultor de qualidade de azeite na Itália, o Giorgio. Ele quis conhecer os projetos de produção de azeite da região e nós o levamos até Extrema. Ele levou o azeite produzido ali pra ser analisado na Itália e quando ele voltou com o resultado, ficamos altamente felizes, porque dizia que o azeite de Extrema era excelente. Então marcamos uma reunião aqui no CATI e convidados a Edna, que é técnica em produção de oliveiras e fez a primeira explanação pra gente. Assim começamos a desenvolver o projeto, com o plantio de 500 mudas. Agora, o que a gente deseja com essa reunião de hoje é incentivar a produção de oliveiras em Bragança. O Dionísio veio nos ajudar falando da experiência que teve em Extrema, vai apresentar as mudas e dizer sobre a parte técnica também, como encontrar muda, como plantar, como é o trabalho para preparar. A oliveira é um cultura de risco e os produtores precisam estar conscientes disso. Mas é um mercado em franca expansão porque o Brasil produz muito pouco, importamos praticamente 100% do azeite que consumimos”, diz Nicola Santarsiere,

produtor e entusiasta da produção de azeite em Bragança Paulista.

Pioneiros

“As pessoas que estão começando a plantar agora como Dionísio e o pessoal de Extrema são pioneiros, e por isso estão expostos às questões de início de uma atividade, seja ela qual for. Tem coisa que pode dar certo, tem coisa que pode não dar certo. A própria pesquisadora Edna falou dos primeiros plantios, que viraram árvores e isso não pode acontecer com as oliveiras, porque direciona para os galhos e acaba não produzindo azeitona. Já foram encontradas algumas variedades de oliveiras que podem ser melhor trabalhadas na nossa região, algumas que precisam de menos horas de frio. Esses são alguns ajustes dos quais os pioneiros estão sujeitos, mas que aos poucos vão sendo aprimorados. Bragança Paulista é uma cidade com custo de terra muito alto, então além do produto em si é preciso trazer algum valor agregado. A oliveira, o azeite atrai gente pra ver, traz pessoas, você agrega outras coisas, agrega turismo rural, agrega venda direta de produto. Não vai envolver só a produção, vai envolver outras coisas e o azeite encaixa muito bem nessa questão. Vai ser uma oportunidade e existe o potencial, o risco é o de ser pioneiro. O que pretendemos é incentivar a produção e dar suporte ao produtor”, fala Marcelo Baptista da Silva, do CATI. “Tem que ajudar o produtor independente onde quer que ele esteja. Nós já temos a experiência em Extrema e podemos passar aos produtores de Bragança o que aprendemos, já sabemos o que dá certo. Mas é um projeto a longo prazo. Fala-se muito que precisa plantar em lugar frio. Será mesmo? Tudo depende da adaptação. Nós começamos há 8 anos, mas nossa primeira produção aconteceu há 4 anos. Já fizemos 4 colheitas. quando começamos algumas plantas foram para frente, outras não. É preciso, antes de plantar, realizar uma análise sensorial, para cada terra, há uma variedade diferente, cada variedade se adapta de uma forma. As mais precoces duram menos. Não tivemos problemas sérios com doenças, mas com formigas. Por isso é preciso que o procedimento seja rígido desde o início do plantio. É um risco de até 8 anos para a primeira carga de azeitona. Produzir azeite é mais seguro e mais viável do que se produzir azeitona para consumo” , explica Dionísio.

Nicola, Marcelo, Dionísio e Dannyel. Amigos das Oliveiras se reúnem às 14h no Posto de Monte para discutir sobre a produção de azeite local.

Produção de azeite no Brasil é um mercado em expansão, pois tudo o que é consumido aqui vem de fora do país.

Sexta-feira, 19/09 - 14h - Posto de Monte Amigos das Oliveiras convidam para reunião sobre produção de azeite em Bragança Paulista.Com a presença do produtor Dionísio Fulop, de Extrema e da Pesquisadora Edna Bertoncini.

Produção de azeite já é realidade em Extrema e começa a tomar forma em Bragança. Mas projeto acontece a longo prazo.


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Reflexão e Práxis

Jornal do Meio 762 Sexta 19 • Setembro • 2014

As lições não aprendidas

com Maquiavel por pedro marcelo galasso

Caso os mentores partidários tivessem

definia os novos parâmetros políticos

considerado as observações de Maquiavel,

que deveriam reger a Idade Moderna.

o PT teria lançado sua candidata Dilma

Dentre as lições ensinadas por ele te-

Roussef formando uma chapa com Lula

mos a relação Virtù e Fortuna, sempre

como vice-presidente. Então, alguns

problemática para o universo político,

podem argumentar – mas não havia

pois a Política moderna se baseia no

como prever a tragédia com o avião de

seguinte princípio – maximizar a Virtù

Eduardo Campos. Sim, mas segundo

e minimizar a Fortuna.

Maquiavel a simples possibilidade de-

Por Virtù, entendemos as ações que

veria ser prevista e tal raciocínio é, na

não dependem do acaso e que, por isso,

verdade, bem plausível – para cobrir o

podem ser controladas pelos homens da

território brasileiro no período eleitoral

Política e que se pautam em algumas

é necessária a utilização de aviões.

certezas ou nas melhores possibilida-

Além disso, o Poder em qualquer forma

des apresentadas pela estrutura e pela

sempre demanda um Mando, ou seja, caso

conjuntura política. Já a Fortuna, está

o Poder fique vago algum indivíduo ou

ligada a dependência do Acaso, da Sorte

grupo de indivíduos irá, invariavelmente,

e, portanto, está além das capacidades

se apropriar dele. No caso brasileiro, o

humanas e dependem de fatores que

acesso legal e institucional ao Poder

nem sempre podem ser controlados ou

Político é por via eleitoral.

previstos.

Estranho é o PT não aprender com o pas-

A não observância desta relação cobra

sado, pois a carência e a fraca expressão

um preço muito alto dos envolvidos. E

do PSDB no Brasil é fruto da falta de

podemos observar isto neste processo

apoio que o partido deu para Geraldo

eleitoral.

Alckmin quanto este disputou a eleição

Quando os partidos lançaram seus

com Lula e não teve uma chance real de

candidatos não consideraram a possi-

vitória, pois o PSDB não acreditava em

bilidade do acaso e, por isso, a morte do

seu candidato, ou seja, o PT sabe que

candidato Eduardo Campos deu uma

a falta de apoio político-partidário, a

nova direção à disputa eleitoral, mas tão

falta de carisma, algo que Aécio Neves

grande que pode custar ao PT a perda

não tem, e que a não utilização de seus

de uma eleição que os seus partidários já

melhores quadros pode custar uma

consideravam ganha. A força da Fortuna

eleição, ainda mais uma eleição que

é tamanha que tornou uma candidata

teve seu rumo desviado por conta de

a vice-presidente, conhecida, mas que

uma tragédia.

não tinha chances de vitória, naquela

E como os eleitores brasileiros se como-

que pode ganhar a eleição.

vem com facilidade e não se preocupam

Curioso é pensar que Eduardo Campos

com o histórico dos candidatos e nem

era um político sem expressão em grande

com os resultados das eleições passadas

parte do Brasil, lançado este ano para

há uma possibilidade enorme do gover-

tentar se eleger somente nas eleições

no do Brasil mudar de mãos. E se isto é

futuras, mas que foi elevado a categoria

bom ou ruim, só o tempo dirá.

de um político fora de série após a sua morte, ou seja, antes da tragédia o can-

Pedro Marcelo Galasso - cientista po-

didato em questão não era conhecido e

lítico, professor e escritor. E-mail:

nem apontado como um potencial ven-

p.m.galasso@gmail.com

Atividade de lazer Remoi- oferecinho; rede- da por moinho fazendas Boulogne(?)-Mer, porto da França

O número que apresenta denominador Age com estupidez “(?) Destino”, road movie clássico Rio de Teresina

Aqui Aparar a felpa de (animal)

O Cão Co- Abundânvarde da cia de viCartoon talidade Network (fig.)

“Royal”, Régua de em RAF desenho Técnica de meditação oriental

Newton Senhor (símbolo) (abrev.) Repelido; rebatido

Doença degenerativa do fígado

Festa em homenagem a Baco (Mit.) Gesto capaz de substituir palavras Morosa Antiguidade (abrev.)

Propagase a 340 m/s no ar

Adiamento de prazo Utilizar

Silicato de alumínio Inércia moral

Por debaixo de Viagem, em inglês

Ícone da cor de fontes (Inform.)

Certificação cobiçada por empresas (?) branca: estrela como Sirius B

A letrabase da escrita do cifrão

24 h Rival do Vila Nova (fut.)

Peça do xadrez Abelha, em inglês Ave que figura na bandeira de Uganda

Malévola, em “A Bela Adormecida” D. João (?), 27º rei de Portugal

Hulk, em relação a Bruce Banner (HQ) Ponto mais alto da onda (surfe) Efeito desejado no factoide

BANCO

Exame técnico no local do acidente Abreviatura de “cavalo”, no xadrez

Logaritmo neperiano (símbolo)

3

Solução

V

intitulado de O Príncipe no qual ele

© Revistas COQUETEL

Escritor italiano Cidade austríaca onde foi fundada a ameaçado de morte Interpol Consoante muda da após o em 1923 língua portuguesa lançamento do bestseller “Gomorra”

I O G A

a eleição.

R

derno, escreveu um pequeno opúsculo

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

N H O S R A R I O B NT E E C E L H A R A N T A Ç Ã O C A S D I A G O V V I O I C I A A L N S S Ã O

alto que ela pode, sem dúvida, vencer

P V EL I T E O N R A A O S R O G M I A B E G E R O C U

e o idealizador do Estado mo-

T O R P O R

vice, Marina Silva, para um patamar tão

C T O R S U R F R A C I G N S EM M C P O T I P R O R U SA R E R R O A S A L T E R P I C R E P E

cedor. Entretanto, sua morte lançou sua

o fundador da Política moderna

3/bee — sur. 4/mica — pico — trip. 7/coragem — pletora.

O pensador político Maquiavel,


Antenado

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Jornal ‘Nicolau’

Referência literária nos anos 80, jornal ‘Nicolau’ ganha reedição, periódico revelou nomes importantes da literatura paranaense por GIULIANA VALLONE/FOLHAPRESS

Em 1998, um grupo de 30 escritores criou uma campanha para tentar reavivar o jornal literário “Nicolau”, mantido ao longo de dez anos pela Secretaria de Cultura do Paraná. Dezesseis anos depois, o governo decidiu investir novamente no periódico. Desta vez, no entanto, para reeditar os 60

exemplares publicados entre 1987 e 1996. Com colaborações de grandes autores brasileiros, entre eles Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Dalton Trevisan e Milton Hatoum, o “Nicolau” ajudou a revelar autores paranaenses como Valêncio Xavier e Manoel Carlos Karam. “Foi uma aventura do jornalismo cultural e mostra bem como eram as coisas

Capa dos números 27 (á esq.) e 10 do jornal ‘Nicolau”

Comportamento

Help

É quase um tabu falar de tristeza em uma cultura na qual a felicidade é um valor a ser cultivado por MIRIAN GOLDENBERG /FOLHAPRESS

O sentimento de tristeza é um dos temas mais delicados da minha pesquisa atual. É quase um tabu falar de tristeza em uma cultura na qual a felicidade é um valor a ser cultivado. No entanto, uma professora de 52 anos revelou a sua tristeza e a falta de compreensão dos familiares e amigos. “Tenho me sentido muito triste, choro, me emociono com qualquer coisa. Quero enfrentar a tristeza sem remédios. Meu marido não entende por que não tomo antidepressivo. Diz que não estou me esforçando para ficar bem. Acha que sou culpada e que quero me fazer de vítima”. A medicalização dos sentimentos e o imperativo de ser feliz a qualquer preço provocam a estigmatização da tristeza e a certeza de que ela deve e pode ser “curada” rapidamente. “Minha melhor amiga me deu de presente de aniversário uma caixa de Rivotril e outra de Lexapro. Ela não aguenta me ver triste, acha que estou deprimida, que preciso me curar. Até minha analista acha que devo tomar um antidepressivo. É um massacre, uma violência! Parece que estou ameaçando tudo o que elas acreditam quando prefiro lidar com a tristeza sem remédios”. Ela diz que se preocupa mais com o sofrimento que está causando aos outros do que com a própria dor.

“É muito difícil compreender e conviver com a tristeza. Eu entendo porque algumas pessoas se suicidam. Não é por egoísmo, como muitos pensam. É exatamente o contrário. Elas não querem causar sofrimento naqueles que elas mais amam. Querem libertá-los. Não querem ser um peso que atrapalha a vida dos outros. Acreditam que eles serão mais felizes sem o sofrimento que elas provocam”. No momento em que mais precisa de compreensão, apoio e amor, ela só recebe críticas, acusações e até mesmo agressões. Ela acha que um abraço carinhoso e uma escuta atenciosa ajudariam muito mais do que remédios. A sensação de ser rejeitada e de estar absolutamente só nessa luta agrava mais a tristeza. “Eu sofro sozinha, choro sozinha, tento me cuidar sozinha, e ainda busco parecer que estou bem só para não incomodar ninguém. Tenho vergonha e me sinto culpada por estar tão triste. Não sei como e quando a tristeza vai embora. A minha maior angústia é descobrir: será que existe alguma saída sem tomar remédios?” Mirian goldenberg é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A bela velhice” (Ed. Record) www.miriangoldenberg.com.br miriangoldenberg@uol.com.br

nessa época antes da internet, quando o jornalismo cultural ainda não era puro entretenimento”, diz Rodrigo Garcia Lopes, 48, poeta e tradutor que foi da equipe do jornal. O “Nicolau” publicou uma entrevista com o líder comunista Luís Carlos Prestes, então com 90 anos, poucos anos após o fim da ditadura militar (1964-85), na edição 12, e um especial extenso sobre Leminski Foto: Divulgação logo depois de sua morte, em 1989 (edição 25). “O ‘Nicolau’ foi e ainda é um espelho da cultura contemporânea --paranaense em particular e brasileira em geral--, e um canal de difusão dos múltiplos pensamentos que, enfim, se revelavam pós-ditadura”, afirma o atual secretário

de Cultura do Paraná, Paulino Viapiana. A história do jornal também é pontuada por um racha na equipe em 1989. Integrantes do grupo contam que, por desavenças com o secretário da Cultura à época, René Dotti, o designer e produtor gráfico Luiz Antonio Guinski, um dos idealizadores do projeto, foi demitido. Em solidariedade, a maior parte da equipe deixou o jornal, que foi reestruturado pelas mãos do escritor Wilson Bueno (1949-2010), o único do grupo a ficar no cargo.

Reedição

A nova impressão do “Nicolau”, feita em conjunto com a Biblioteca Pública do Paraná, terá tiragem de 2.000 exemplares, diz Rogério Pereira, diretor da biblioteca. Destes, mais de metade serão distribuídos para bibliotecas públicas e colaboradores do jornal. Os exemplares restantes serão vendidos na biblioteca por R$ 50 (três caixas com os 60 números). A Folha apurou que alguns colaboradores da época foram contra a reedição do jornal sem o pagamento de direitos autorais. Pereira contemporiza: “Fomos procurados por uma pessoa, mas falam sem saber o que isso significaria. Vamos vender por um valor simbólico, que nem cobre os custos. O projeto não tem cunho comercial.” Os recursos, diz, serão destinados para projetos de formação de novos leitores.


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Momento Pet

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Plantas tóxicas por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores! Hoje vamos abordar um tema que tem ocorrido com certa frequência em nossa clinica, a toxidade das plantas. A maioria dos proprietários desco nhece que a ingestão ou contato com algumas plantas pode causar danos sérios aos animais, devido ao seu alto grau de toxidade. A maior parte dos animais acometidos são os filhotes ou aqueles em fase juvenil, já que para eles tudo é novo e atiça a curiosidade. Por isso, o cuidado com eles deve ser redobrado. Os principais sintomas que são notados quando ocorre a ingestão são inespecíficos, ma são eles: vômito, salivação intensa , diarreia , falta de apetite e, em casos mais graves, queimaduras , convulsões , alterações hepáticas e alterações renais . Existem também sintomas mais específicos, de acordo com a planta ingerida. Vamos falar das 10 plantas mais comuns encontradas em nossos jardins ou em locais que levamos nossos amigos para brincar, como praças, parques, lagos etc.. É importante conhecê-las para evitarmos o contato dos animais com elas: 1. Aloe vera ( BABOSA) : sua ingestão pode causar alguns sinais mais específicos como urina vermelha e, se houver uma quantidade alta de ingestão, pede vir a causar nefrite. 2. Amaryllis spp ( LÍRIO): geralmente

causam vômitos e muita diarreia. 3. Antúrio (rabo-de-porco): notam-se edemas de boca, língua e garganta, podendo afetar a respiração. 4. Azaléia : pode causar hipotensão , arritmia cardíaca , fraqueza , dor abdominal e convulsão. 5. Cheflera: pode causar estomatite, muita salivação e problemas dermatológicos por seu contato com a pele . 6. Dieffenbachia amoena (COMIGO – NIGUÉM-PODE) : pode causar vômito, estomatite, muita salivação e problemas dermatológicos por seu contato com a pele. 7. Zantedeschia aethiopica Spreng (COPO-DE-LEITE): inchaço nos lábios, boca e língua, náuseas, vômito, diarréia, salivação intensa, dificuldade de deglutição e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação. 8. Sansevieria trifasciata (ESPADA DE SÃO JORGE): vômitos , diarreia , prostração e apatia. 9. Nerium oleander (ESPIRRADEIRA): Vômito, diarreia, dor abdominal e arritmias cardíacas. 10. Ricinus communis (MAMONA): náuseas, vômito, cólicas abdominais e diarreia. Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões, coma e óbito. Entre outras, a saia branca, olho de cabra, pinhão roxo, bico de papagaio, coroa de cristo e flor das almas são tão populares como as descritas.

Paulo trouxe seu American Bully Leon, intoxicado por “comigo-ninguém-pode”

Eleonora e sua linda Emily

Antenado

Recursos de Sant’Anna

ainda surpreendem Escritor continua a mudar e, em ‘O Homem-Mulher’, reúne 19 narrativas diferentes em ação, tempo e personagens

por ALCIR PÉCORA/FOLHAPRESS

Mudam-se os tempos e Sérgio Sant’Anna (1941) continua a mudar, mesmo no conto, onde sua mestria está bem estabelecida desde meados dos anos 70. Após ler o seu novo livro no gênero, “O Homem-Mulher”, é obrigatório constatar que os seus recursos para efetuar um conto ainda surpreendem. São 19 contos, muito diferentes entre si, em ação (de sexo no cemitério à notícia de ataque de tubarões), tempo (da década de 70 ao pós-apocalipse), personagem (do escritor famoso a barata de container) e lugar (do Turzequistão ao largo do Machado). Alguns contos são muito curtos e mal atingem duas páginas, outros relativamente longos e contados duas vezes, de forma a tornar apenas início o que parecia já ter avançado até o desfecho. Sexo há em quase todos, e raras vezes se escreveu “boceta” em português com tanta elegância. Justamente porque variam tanto, é difícil dar uma ideia coesa do livro, que, mais provavelmente, sequer exista. Mas escolho falar aqui de três linhas de força que agem sobre diversos contos: a écfrase, a epifania e a ironia da criação e da crítica. Em relação ao primeiro ponto, sabe-se que a écfrase é a descrição de uma forma ou imagem cuja eficácia maior está em dar a ver ao leitor, como em presença, aquilo que é descrito. Os melhores passos dessa coletânea de Sant’Anna devem-se a esse recurso, com destaque para as descrições estupendas de dois quadros com o tema da “tentação”: a

de Buda por uma mulher, do artista chinês Li Zhang Yang, que expôs a sua obra no Centro Cultural do Rio, em 2007; e o de um jovem padre branco por uma escrava negra, de um artista do final do século 18 (que a mim mais pareceria do final do século seguinte), escondido no porão do Museu de Belas Artes do Rio. Há ainda uma écfrase, bela e melancólica, do retrato da mãe jovem, precocemente falecida; de dois quadros de Munch, “Madonna” e “O Grito”, roubados em 2004 e recuperados dois anos depois; e até de pinturas feitas em lencinhos vendidos na rua. A epifania, vale dizer, o arrebatamento proporcionado por uma imagem passageira, a qual, no entanto, surge como concretização de algo que a transcende, apresenta-se em lugares-chave dos contos. A melhor realizada, para mim, é tópica: um casal de amantes num hotel vagabundo de uma cidade estrangeira, visto de relance pela passageira anônima de um trem. A tintura melancólica, que poderia lembrar Hopper ou Sam Sheppard, revela-se inteira aí, assim como na irrupção súbita e eufórica de uma baleia ou na, amarga, de um corpo morto na praia. Não raro, os contos se dobram sobre si e refletem sobre o ofício do escritor. Aqui, Sant’Anna abre um leque de alternativas críticas que vão do mais grave --quando realiza que nunca será capaz de criar a obra que importa, e tenta se consolar com o “pressentimento” dela-- ao mais cômico, embora cruel, quando a mulher vingativa

de um escritor demonstra (por assim dizer) a ruindade da obra, traindo-o com o jovem doutorando que a estuda. ALCIR PÉCORA é professor de teoria literária da Unicamp e autor de “Máquina de Gêneros” (Edusp).

O homem-mulher autor Sérgio Sant’Anna Editora: Companhia das Letras Quanto: R$ 38 (184 págs.) Avaliação: ótimo Foto: Daniel Marenco/Folhapress

Sérgio Sant´Anna em sua casa, no Rio de Janeiro


Jornal do Meio 762 Sexta 19 • Setembro • 2014

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Jornal do Meio 762 Sexta 19 • Setembro • 2014

Fiat Uno

Fiat investe em tecnologia para recolocar o compacto Uno no pódio dos carros mais vendidos do pais; só faltou aprimorar o motor por EDUARDO SODRÉ/FOLHAPRESS

O circuito de teste não incluía rodovias. Limitava-se ao perímetro do bairro Palermo, em Buenos Aires, com muitos semáforos e trânsito intenso. Seria infernal para um esportivo, mas perfeito para o novo Fiat Uno. A avaliação começou com a versão Evolution e seu sistema Start-Stop, que desliga o motor em paradas no trânsito. É fácil acostumar-se à tecnologia, pois basta acionar a embreagem para que o motor volte a funcionar em 0,4s. É menos que o tempo gasto pelo motorista para engatar a primeira. Aqui cabe uma observação: quem tem o hábito de manter o câmbio engatado ao parar em um sinal não verá nenhuma vantagem na novidade. É preciso colocar o Uno em ponto morto para que o equipamento funcione. Enquanto o carro era testado na Argentina, outra unidade seguiu para o Instituto Mauá de Tecnologia. A expectativa era saber como ficou o consumo em trânsito urbano, situação em que o Start-Stop é realmente aproveitado. Com gasolina no tanque, a versão Evolution chegou a média de 12,3 km/l na cidade, ante 11,8 km/l do antigo Uno 1.4 Economy. A melhora de 4,2% na eficiência foi pequena diante dos cálculos da Fiat -a fabricante afirma que o consumo pode

ser até 20% menor. Aperte a tecla O resultado aquém do esperado não prejudicou a boa imagem deixada pelo carro, que conseguiu evoluir em tempos de concorrência acirrada. Ganhou até a opção de câmbio Dualogic acionado por botões. Retirar a alavanca é mais marketing do que engenharia, mas os resultados práticos e visuais deverão agradar aos “novidadeiros”. Basta pisar no freio e apertar uma tecla para que a primeira seja engatada. A partir daí, a caixa automatizada passará a fazer trocas com uma suavidade maior que as percebidas em outros modelos da Fiat. Ao ser combinado ao motor 1.4, o sistema chegou ao seu melhor acerto. Novo modelo vibra menos e tem desempenho modesto Números à parte, o Uno 2015 ficou bem mais interessante. A percepção de melhora no acabamento é imediata: diferentes cores de forrações e quadro de instrumentos com mostrador digital reinventaram o ambiente, outrora espartano. Com novos coxins, o motor 1.4 Fire Evo (88 cv) deixou de gerar as vibrações que reverberavam na cabine, mas ainda perde feio para os rivais em desempenho. Por exemplo, o Chevrolet Onix 1.4 (106 cv) foi cerca de 3s mais rápido na prova de retomada de velocidade

Foto: Divulgação

Câmbio automatizado do Uno Evolution Foto: Divulgação

Uno Evolution (á esq) é o único com Start-Stop; versões Sporting (centro) e Way (á dir) podem receber câmbio automatizado


veículos eículos (80 a 120 km/h) -e o motor GM nem é uma referência de modernidade no segmento. Conectado A Fiat compensa o desempenho inferior com acessórios atraentes. Os carros testados traziam um rádio com suporte adaptável a diferentes tipos de smartphones. Dessa forma, é possível ouvir música e carregar o aparelho ao mesmo tempo, além de utilizá-lo como navegador. Há também várias combinações possíveis de revestimentos, e até a possibilidade de colocar um cinto central de três pontos no banco traseiro, peça rara entre os populares. Mas, claro, tudo tem seu preço. Disponível somente com câmbio manual de cinco marchas, o Uno 1.4 Evolution custa a partir de R$ 34.990, valor que inclui direção hidráulica, sistema Start-Stop e acionamento elétrico das travas e das janelas dianteiras. Mas quem desejar ar- condicionado, sistema de som e retrovisores elétricos terá de pagar R$ 40.660 pelo carro. O câmbio Dualogic é um opcional que custa R$ 2.980 e está disponível nas versões Way e Sporting, ambas com motor 1.4 Fire Evo. O mais barato dos Uno 2015 -e o único com opção duas portas- continua a ser a versão básica Vivace, que mantém o desenho antigo e tem preço inicial de R$ 26.370. Para o modelo novo, a opção mais em conta é a Attractive 1.0, que vem de série com direção hidráulica. Os valores sugeridos começam em R$ 30.990. Fiat uno 1.4 evolution Preço: R$ 34.990 Motor: Dianteiro, transversal, flex, quatro cilindros, oito válvulas, 1368 cm³ Potência: 88 cv (e) e 85 cv (g) a 5.750 rpm Torque: 12,5 kgfm (e) e 12,4 kgfm (g) a 3.500 rpm Transmissão: Tração dianteira, câmbio manual de cinco marchas Pneus: 175/65 R14 Peso: 990 quilos Porta-malas: 290 litros Dimensões (em metros): comprimento: 3,81 - largura: 1,64 - altura: 1,48 - entre-eixos: 2,38 Aceleração (0 a 100 km/h): 13,4s (e) e 13,9s (g) Retomada (80 km/h a 120km/h): 16,6s (e) e 17,2s (g) Consumo urbano: 9,3 km/l (e) e 12,3 km/l (g) Consumo rodoviário: 13,1 km/l (e) e 18 km/l (g).

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Com desenho antigo, Uno Vivace duas portas parte de R$ 26.370 Foto: Divulgação

Interior de Uno Evolution


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