Braganรงa Paulista
Sexta
28 Novembro 2014
Nยบ 772 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
2
Para pensar
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
A culpa é do diabo! por Mons. Giovanni Baresse
Penso que muitos leitores
quer ajudar a aprofundar, à
princípios éticos que as devem
causa das nossas desventuras?
já têm notícia sobre a
luz do Evangelho, o diálogo e a
nortear, a relação com o aspecto
Porque a coisa se resolverá com
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919
temática da Campanha
colaboração dos cristãos com
laico do Estado, a superação
rito religioso e não com a busca
da Fraternidade proposta para o
a sociedade, buscando identi-
da cultura do descartável, etc.
das causas dos males! É preciso
ano de 2015. O tema será: “Fra-
ficar as questões que desafiam
E o que o diabo tem a ver com
que tenhamos consciência que
ternidade e Sociedade”. O lema
a dignidade da pessoa humana,
isso? Muito! Há uma forte ten-
o diabo tem nome, endereço,
“Eu vim para servir”, tirado do
a construção da paz, a supera-
dência, em determinadas visões
RG e CPF! Ou o leitor acha
Evangelho de Marcos, 10,45. O
ção das discriminações raciais
religiosas, em atribuir a ação
que a operação “Lava Jato” foi
cartaz retrata o Papa Francisco
e religiosas, dos preconceitos,
diabólica os nossos males e ma-
tramada no Averno? “Petro-
lavando os pés de um homem
da violência. A caminhada dos
zelas. Joga-se para o campo do
lão”, “Mensalão”, “Pasta Cor-de
na celebração da Quinta feira
cristãos deve prosseguir na atu-
sobrenatural o que é realizado no
Rosa” (lembram?) e afins são
Santa. No gesto de Jesus, Mestre,
alização dos métodos para um
campo humano. Para justificar
“obras” humanas! Sem dúvida
os cristãos devem aprender, a
anúncio mais aderente da razão
falta de trabalho, desventuras
inspiradas pelo espírito do mal!
cada dia, que o amor ao próximo
de sua missão: o Evangelho de
matrimoniais, perda de bens,
Mas as atitudes e sua execução
é inseparável do amor a Deus.
Jesus. O texto base da CF faz
doenças invoca-se a presença do
dependeram das vontades dos
Baste lembrar a frase incisiva do
um histórico das relações entre
tinhoso. Tal como no tempo de
envolvidos. A Campanha da
apóstolo João em sua primeira
Igreja e sociedade no Brasil
Jesus, para ficarmos dentro do
Fraternidade quer ser mais um
carta: “Se alguém disser – amo
desde a colonização até nossos
contexto bíblico. Daí o exorcismo.
instrumento, no tempo oportuno
a Deus – mas odeia o seu irmão
dias. Aponta alguns desafios
Na vida da Igreja o ministério do
da Quaresma, para nos ajudar a
é um mentiroso: pois quem não
para nossos dias: a demografia
exorcismo teve e tem seu lugar.
mudar nossa consciência e nossos
ama a seu irmão, a quem vê, a
que mostra o decréscimo de
Para que, em situações onde se
compromissos com a realidade.
Deus que não vê, não poderá
nascimentos e o aumento dos
tenham esgotado todos os meios
Fazer com que nossos atos de
amar” (4,20). No documento
idosos, a concentração urba-
da compreensão ao alcance de
culto, nossas convicções de fé,
gesto religioso pode ser moti-
conciliar “Gaudium et Spes” já
na e o esvaziamento da zona
nossa inteligência e da práxis
não separem Vida e Crença.
vador. Mas por si só não muda
vinha recordado que a missão de
rural, a situação das minorias,
científica, se apele à intervenção
Nossa fé deve ser vivida com os
nada. É tal como um anestésico
todos os crentes em Cristo é a
a violência. Lembra presença
do Senhor. Fique claro, porém,
pés no chão, no barro do dia a
que pode aliviar a dor, mas não
participação ativa na construção
da Igreja em diversos campos.
que esses casos são raríssimos.
dia. Para que se perceba que a
pode curar doença em andamen-
da história de todos os povos. Os
Instiga a enfrentar metas desa-
Mesmo porque o diabo é tudo,
maldade é fruto daquilo que sai
to. Esta precisa de intervenção
cristãos não podem ignorar “as
fiadoras: a reforma política, o
menos bobo. Ele só ganha se a
do coração (Marcos 7,14-23). A
que elimine o processo causador
alegrias e tristezas, as angústias
relacionamento com os meios
gente fizer coisa errada com plena
maldade é fruto da aceitação
do desconforto. A culpa é do
e as esperanças” das pessoas.
da comunicação, os avanços
consciência e querendo fazer!
da inspiração do Mal. Só será
diabo? Em parte. A parte
A Campanha da Fraternidade
das diversas tecnologias e os
Por que atribuir ao demônio a
superada perla conversão. Um
maior é nossa!
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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
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Estude inglês
em uma universidade americana GX Intercâmbio e Turismo oferece curso de idiomas em Community Colleges
Informe Publicitário
A GX Intercâmbio e Turismo é uma
que optem só pelo idioma, ao conhecer
trangeiros.
o mercado de trabalho. E os estudantes
agência que, entre outros serviços,
a Community College e se familiarizarem
“Na Moraine Valley e nas demais institui-
que optam pela formação nas Community
oferece consultoria educacional e
com o ambiente acadêmico, dependendo
ções do consórcio disponibilizamos um
Colleges ainda contam com a possibilidade
auxilia quem quer experimentar a vivência
do nível que alcancem no inglês, os alunos
atendimento especializado aos estudantes
de fazer estágio enquanto fazem o curso e
em um país estrangeiro e ainda adquirir
podem, também, optar por fazer algumas
internacionais. São pequenas, mas ajudas
de permanecer mais um ano nos Estados
conhecimento em outra língua e outra
matérias da graduação. E mesmo que
importantes que oferecemos para quem
Unidos, depois de formados, a trabalho. O
cultura. No quadro de parcerias da GX
não desejem fazer outras matérias, esses
está em um país diferente e precisa se
pedido de permanência precisa ser feito
estão diversas instituições certificadas
estudantes terão as mesmas vantagens
ajustar. Tudo é diferente, até mesmo para
logo depois que acontece a graduação,
internacionalmente por prestar serviços
acadêmicas convencionais de alunos que
pegar um ônibus. E, muitas vezes, o que
mas não é necessário que a aluno já tenha
de excelente qualidade ao redor do mundo.
estejam cursando a graduação”, explica.
esses estudantes precisam é apenas de
um trabalho certo, ao fazer o pedido. No
A GX trabalha com instituições de ensi-
“É uma ótima opção tanto para aqueles
alguém que os possa ouvir, alguém que
entanto, como a resposta leva pelo menos
no em diversos países, mas, nos Estados
estudantes que acabaram de sair do ensino
eles sabem que poderão recorrer para
três meses para sair, é importante que,
Unidos em especial, as opções são bem
médio, mas ainda não sabem que curso
qualquer coisa. Assim que eles chegam,
nesse período o estudante procure por
variadas. Existe desde a possibilidade
universitário pretendem fazer, como é,
fazemos um tour Campus, pela cidade,
um trabalho.
de passar uma pequena temporada em
também para aqueles que já são forma-
ensinamos a usar o transporte público,
“Com isso o estudante abre um leque
escolas especializadas a ensinar inglês
dos, mas não se veem estudando em uma
ajudamos a abrir uma conta no banco. São
muito grande de possibilidades. Mostra
para intercambistas, até a possibilidade
escola de idioma. Quem acabou de sair da
detalhes que para alguém que acabou de
para o mercado que tem flexibilidade e
de fazer uma graduação em uma Com-
escola vai ter contato com diversos cursos,
chegar é muito difícil de fazer sozinho”,
fácil adaptação. Esse é um dos maiores
munity College.
pode optar por fazer algumas matérias,
fala Diane.
diferenciais de quem faz um intercâmbio
Diane Viverito, Diretora Internacional de
e, com isso, passar a ter experiência em
“Para as famílias, esse recurso é muito
fora do país. E quando isso acontece
Captação do USA Community College
algumas áreas até que se sinta mais a
importante, saber que os filhos terão
em um ambiente universitário, a expe-
Consortium para o mercado brasileiro e
vontade para decidir qual graduação é a
alguém a quem pedir ajuda. E a GX
riência é ainda mais enriquecedora”,
Diretora da Moraire Valley, em Chicago,
melhor escolha para si. E para quem já é
também oferece todo apoio para os pais,
afirma Andressa.
que faz parte do consórcio, esteve na GX
formado, mas ainda sonha em vivenciar
aqui no Brasil e para os jovens que estão
para explicar o diferencial de se estudar
o ambiente de uma faculdade ou univer-
fora do país. Eu tenho o celular pessoal
inglês em uma Community College
sidade americana, essa oportunidade é a
de cada diretor das instituições que
“A estrutura de ensino é a grande dife-
ideal”, analisa Andresa Godoy, Diretora
trabalhamos, neste caso, das Commu-
rença. O ensino é acadêmico, portanto, a
Internacional da GX.
nity Colleges. Qualquer eventualidade,
abordagem é o que mais chama a atenção
A opção de se estudar inglês em uma
eles me atendem e estão prontos a nos
para os alunos internacionais. Eles podem
Community College como a Moraire Val-
auxiliar”, completa Andresa.
optar por fazer um intercâmbio na Morai-
ley vale para um curso de, pelo menos, 2
A Moraine Valley oferece, além do inglês,
re Valley apenas para estudar a língua,
meses. Além da estrutura universitária
cursos tanto para a formação de bacharéis
para aprimorar o inglês, independente
que a instituição oferece há, ainda, toda
quanto cursos de carreira, semelhantes ao
do nível que esteja no idioma. E mesmo
a estrutura de apoio aos estudantes es-
nosso tecnólogo, com formação focada para
Diane Viverito, da Moraine Valley Community College e Andresa Godoy, da GX Intercâmbio e Turismo. Parceria oferece cursos de inglês com nível acadêmico e ambiente universitário em Chicago.
Quem quiser saber mais, pode acessar o site da GX Intercâmbio e Turismo www.gxintercambio.com.br ou o site da USA Community College Consortium em português www.faculdadenoseua.com.br GX Intercâmbio e Turismo 4033 - 3018 R. Antonio Pires Pimentel, 1476
Os jovens Giovanni Aricó Valle e Breno Yamada Riquieri, com Diane Viverito, que representa o USA Community College Consortium no Brasil. Rapazes estão de malas prontas para Chicago.
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Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
por Shel Almeida
Assistir a uma peça de teatro no escuro. Essa é a proposta do projeto Teatro Cego, que apresenta o espetáculo “O Grande Viúvo”, baseado na obra de Nelson Rodrigues, neste sábado dia 29, em Bragança. Serão duas apresentação gratuitas, às 20h e às 21h30, que acontecerão no Centro Cultural Geraldo Pereira, no Matadouro. Os ingressos para a primeira apresentação serão disponibilizados antecipadamente, nos equipamentos da Secretaria de Cultura. Os ingressos para a segunda sessão serão distribuídos na porta, com uma hora de antecedência. A proposta do Teatro Cego é que todo o desenvolvimento da trama aconteça em um local completamente escuro. Os espectadores não conseguirão enxergar nada. O mais interessante é que, ao ser impedido de usar a visão, o público é inserido no universo dos deficientes visuais. É uma apresentação adaptada que, ao invés de inserir o deficiente no mundo do não-deficiente, como é o costume, faz exatamente ao contrário. Além de ser algo realmente inovador, o projeto ainda tem o objetivo social de abrir um novo campo de trabalho para atores, produtores e técnicos, priorizando deficientes visuais que atuam ou tenham intenção de atuar na área. Normalmente excluído profissionalmente, o deficiente visual passa a ser de extrema importância quando é necessário que o trabalho seja desenvolvido em uma ambiente totalmente escuro. Dessa forma, além de cumprir o papel social, de inserir esses profissionais no mercado de trabalho, ainda abre uma nova possibilidade de formação e expressão artística que, até então, supunha-se inviável para os deficientes visuais.
Formato inovador
Luiz Mel, produtor da Caleidoscópio Comunicação & Cultura, que é quem realiza do projeto, explica como funciona o Teatro Cego: “É bem diferente de qualquer coisa que o pessoal já teve a experiência de acompanhar. Em São Paulo mesmo, que tem um público mais acostumado com teatro, as pessoas ficam muito surpresas. Eu conheci o Teatro Cego na Argentina, lá, já é uma coisa consolidada há uns 15 anos. Eu vi em Buenos Aires e resolvi trazer para o Brasil, adaptado a uma realidade brasileira. Na hora de escolher qual espetáculo seria montado optamos por Nelson Rodrigues porque o público brasileiro já está acostumado com a obra dele. Como iríamos fazer um espetáculo no escuro, sem o público poder ver nada, seria importante que já houvesse uma afinidade. É importante explicar que o Teatro Cego não é um espetáculo teatral, é um formato que consiste em uma produção teatral apresentada totalmente no escuro. A ideia é que daqui a um tempo a gente tenha diversos textos diferentes nesse formato. A cada apresentação a gente vai encontrando novos recursos para fazer com o que o público possa compreender melhor e viver melhor a experiência” Tudo dentro da proposta do projeto Teatro Cego é diferente e o público já é surpreendido ao chegar para a apresentação. “As pessoas chegam e aguardam do lado de fora da sala de espetáculo, como normalmente acontece. A gente espera todo mundo estar ali, reunimos essas pessoa em um hall e batemos um papo com elas, contando um pouco sobre a ideia do projeto. Então, uma pessoa da equipe que é deficiente visual, a Paulinha, explica para as pessoas como elas têm que fazer para entrar, permanecer e sair do espaço de apresentação, com segurança e tranquilidade, As pessoas são levadas para dentro do espaço e quando entram já está tudo totalmente no escuro, elas não veem absolutamente nada. Quem puxa essa fila é a Paulinha.
Então, já de cara, os papeis se invertem. A sociedade sempre colocou, que a gente que enxerga é quem tem que conduzir o deficiente visual, No Teatro Cego isso muda. É o deficiente visual que vai pegar a gente pela mão e vai levar para dentro da escuridão que é o universo dele”, fala.
Foto: Divulgação
Objetivo Social
O Teatro Cego tem dois objetivos, o primeiro é abrir a possibilidade de trabalho para deficientes visuais na área de teatro, tanto como atores como também na área de produção. Até a chegada do Teatro Cego no Brasil um ator cego dificilmente teria a possibilidade de atuar e, se tivesse, fatalmente ele iria fazer um personagem cego. No Teatro Cego ele faz o personagem não-cego, porque está todo mundo no escuro, então todos estão nas mesmas condições. O segundo, que eu acho que talvez seja até mais importante, é o de convidar toda a sociedade a compreender durante uma hora de espetáculo, qual é o universo do deficiente visual . Durante uma hora, você vai conseguir enxergar sem ver. Quando as pessoas saem, elas falam: ‘puxa, eu entendi tudo e compreendi tudo como se estivesse enxergando’. Os detalhes são tão intensos que as pessoa entendem e começam a perceber que sem ver é possível enxergar. Porque tem cheiros, tem garoa, tem sons, não só sons das vozes, mas também dos cenários, porta que abre, alguém que sobe a escada, puxa a cadeira. Isso tudo vai dando para gente uma condição de compreensão que até aqui a gente achava que não existia. A gente sempre acha que se fecharmos os olhos estaremos perdidos, mas as coisas não são bem assim. A gente aprende que a visão, talvez não seja o nosso principal sentido. A gente acredita naquilo que a gente vê, e nem sempre é assim”, diz. Outra diferença do Teatro Cego é o modo como a peça é encenada. Os atores trabalham no meio do público. “Eles passam no meio das cadeiras. O público começa a sentir o ator passando, o perfume do ator, o movimento, a respiração. Depois de alguns minutos, o público começa a compreender e a se situar dentro do ambiente do cenário e, assim, percebe que está enxergando, mesmo que não esteja vendo. O pessoal começa a se envolver com o espetáculo de uma forma tão legal, que quando saem ficam surpresos, porque imaginavam que não iriam entender nada A trilha sonora também é mais um diferencial do Teatro Cego, “O espetáculo tem música ao vivo, são quatro músicos, a trilha sonora foi composta para o espetáculo. Cada cena tem uma trilha sonora por trás, que ajuda muito o público entender o momento, o local e o personagem”. E no final, o público é surpreendido mais uma vez, ao encontrar os atores. “Os atores saem antes. E isso é uma outra coisa interessante. Na escuridão você ouve o personagem, e como não está vendo, não tem a mínima ideia de como ele é. Ali, tudo o que você tem do personagem e do ator é a voz. E é muito engraçado, porque quando o público sai e encontra com atores, eles nunca são como imaginaram. Cada um cria uma imagem do personagem para si”. Teatro Cego - O Grande Viúvo Data: 29 de novembro - Grátis Primeira sessão: 20h Retirada antecipada: Biblioteca Municipal, Museu do Telefone Museu Oswaldo Russomano, Centro Cultural Geraldo Pereira e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Segunda sessão: 21h30 Retirada na porta, com 1h de antecedência Duração do espetáculo: 50 min Classificação Indicativa: 14 anos
Luiz Mel é produtor do Teatro Cego. Ele conheceu o formato na Argentina e trouxe para o Brasil adaptando à realidade brasileira. “É bem diferente de qualquer coisa que o pessoal já teve a experiência de acompanhar.” Foto: Divulgação
Teatro Cego não é um espetáculo, mas um formato. Criado na Argentina, foi trazido ao Brasil em 2012 Foto: Divulgação
Paulinha, deficiente visual, conduz o público para o local de apresentação. “É o deficiente visual que vai pegar a gente pela mão e vai levar para dentro da escuridão que é o universo dele”.
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
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Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
Voto distrital por pedro marcelo galasso
de cadeiras para seus candidatos. Outro, o
mais atraente para os partidos políticos e
candidato mais votado é eleito sem a confusão
seus candidatos.
dos quocientes e dos candidatos puxados.
Entretanto, temos a urgência de uma mudança
Há, ainda, a diminuição dos gastos eleitorais
na modalidade de votação brasileira já que
já que os candidatos fazem sua campanha
esta pode ser, ressalto a ideia de possibilida-
em seus distritos. Creio que isto seria algo
de, a primeira dentre inúmeras mudanças
a ser pensado com calma no Brasil, pois
que deveriam acompanhar nosso processo
sabemos que as regras nem sempre são
de conscientização ao longo o processo de
respeitadas por aqui.
construção de nossos votos.
E, como último ponto a ser levantado, temos
É preciso pensar a Política como algo real, ou
a escolhas da lista caso se adote o sistema
seja, permeada de interesses consolidados e
misto de voto distrital. Há a possibilidade de
institucionais que tornam as mudanças mais
escolhermos, no sistema misto, o candidato
difíceis de serem alcançadas e realizadas.
e o partido político, ou seja, votamos duas
Note o seguinte – não há a menor vontade
vezes; ou cada partido político apresenta
política que nos leve na direção da adoção
uma lista fechada e nós votamos nos can-
do voto distrital. Desde o governo provisório
didatos apontados pelo próprio partido; e,
de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1934, o siste-
ainda, uma terceira possibilidade já que aqui
ma de votação proporcional é o adotado no
os eleitores limitam as escolhas das listas a
Brasil e por motivos que agradam o atual
serem propostas pelos partidos políticos.
quadro político brasileiro, podemos inclusive
Após analisar todos estes pontos fica claro,
dizer sem exageros que o nosso sistema é
me parece, que a modalidade do voto distrital
fruto das ações adotadas por Vargas e que
é uma opção melhor que o sistema propor-
é responsável pela fragilização política ao
cional, mas ela esbarra em dois pontos que
permitir a criação dos chamados partidos
são cruciais. O primeiro diz respeito a falta
nanicos ou os notórios partidos de aluguel.
de vontade política para uma mudança como
Além disso, estimulasse o voto no candidato,
esta e, sejamos francos, a força institucional
personificando a participação política, o que
para as ações contra esta proposta têm um
por sua vez, enfraquece o debate político.
alcance maior que a atual possibilidade
Com esta lógica, idealizaram o quociente
organização da sociedade civil brasileira.
eleitoral que define os candidatos eleitos
O segundo ponto faz referência ao perfil do
através de uma formula matemática que
eleitorado brasileiro. Seria necessário um
é difícil de ser apreendida pelos eleitores.
tempo de aprendizado sobre a modalidade
Para tornar o processo mais confuso o
de votação em si e da mudança exigida sobre
complemento deste primeiro quociente é
o nosso comportamento eleitoral, ou seja, é
outro quociente – desta vez, nomeado de
necessária a criação de uma consciência de
quociente partidário. A junção de ambos
participação política que nos leve a pensar
permite que os candidatos mais votados
a Política como algo além do simples ato
“puxem” os candidatos menos votados de
de votar.
seu partido tirando outros candidatos que
Igor Stra- Hiato de vinski, "maestro" composi- Milho, em tor russo inglês
Avatar do deus hindu Vishnu "Desenvolvimento", em BNDES Figura de destaque na formatura
Desfile de carros Teimosa; obstinada Valor evocado para justificar o duelo
Camarão fluvial Pátio de igrejas
Ary Toledo, humorista Rumava
Perversão Um, em sexual francês Louco; Existo demente
Coordena eleições no Brasil (sigla) A mais extensa cordilheira do mundo
A terceira vogal Central sindical
Usuário da rede hoteleira Yoko (?), artista plástica japonesa
Raiz, em inglês Cada um dos capítulos do Alcorão Antiga pistola semiautomática alemã Desobri- Transpigado ração
Cristãos ortodoxos Diz-se do sonho que parece antever fatos futuros
BANCO
Poema originário dos corais gregos Iguaria da culinária mexicana
Variação coloquial de "estou"
A metade do diâmetro (abrev.) (?) Paraíba, jogadora de vôlei Item do currículo Aranha amazônica
Estado da reserva ianomâmi (sigla)
Carne fresca de porco
R
tiveram votações mais expressivas.
Pedro Marcelo Galasso – cientista político,
É verdade que a ideia do voto distrital,
professor e escritor.
aquele no qual os partidos apresentam um
E-mail: p.m.galasso@gmail.com.br
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Solução
M
que tornam esta modalidade de votação
A
de um partido conseguir um número maior
O
proporcional por uma série de questões
D
Um ponto a ser apontado seria a possibilidade
Artista plástica Memória contemvolátil porânea, (Inform.) sua obra é inspirada nos botequins cariocas
Equipe de Alonso, em 2014 (F1)
Gene de forma alternativa (Genét.)
C U T
os nossos problemas.
pela manutenção do sistema de votação
Que produz resultado desfavorável Masculino Água, em (abrev.) francês
R
modalidade de votação. Há a preferência
Neurotransmissor responsável pelas reações de prazer e Especia- bem-estar lista em vinhos Pronunciar (palavra) com distinção e clareza
© Revistas COQUETEL
S E A R C O T O H O N I A N M A
mais consciente, mas ele não resolve todos
A D R I A N A V A R E J Ã O
cos profissionais a mudança proposta nesta
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
M A R I
seus votantes e, em teoria, torna o voto
A F M M E L I E A E R I C U L A R S O O R A R P A R I N I A T I A T D T U R I S E S O N O S E R S U O D E N T O N O I A T A S C M A R M O N I TO R
pois não é interessante para os políti-
C O N T R A P R O D U C E N T E
votar, aproxima os candidatos eleitos dos
I S U O P R
candidato por distrito e é nele que podemos
distrital no Brasil ainda é pequena,
2/un. 3/eau. 4/corn — root — sura. 5/corso — marrã. 6/mauser. 7/uniatas. 9/sommelier.
A discussão sobre a adoção do voto
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
Momento Pet
Fox Paulistinha por Dr. André Alessandri
Bom dia meus queridos leitores, hoje vamos falar de uma raça bastante conhecida e de origem brasileira , o Fox Paulistinha, ou seja, o terrier brasileiro. Sua origem se deu no século XIX, por navios que chegavam da Europa no Brasil, que continham cães Terrier, que eram utilizados como caçadores de ratos. Esses cães cruzaram com cães nativos, e deram origem ao Terrier brasileiro. É um cão considerado de médio porte, pois sua estatura varia de 30 a 40 cm , e o seu peso pode chegar até 10 kg. De estrutura robusta, suas cores variam, mas a mais comuns é a tricolor: branco, preto e marrom . Seu temperamento é bem ativo, sendo um cão muito inteligente e dócil com crianças e família. Muito fiel ao seu dono, é facilmente adestrado e comumente utilizado em propagandas comercias e em espetáculos. Hoje o Fox é utilizado em áreas rurais como alarme, por ser um cão bastante alerta. Seus cuidados são básicos: vermifugação, vacinação e controle contra pulgas e carrapatos. Por seu um cão muito saudável e rústico, não há propensão a alguma doença específica. Alguns atores como Regina Duarte e Mario Frias possuem essa raça companheira e brincalhona. Além disso, cães da raça também participaram de novelas, como em Balacobaco.
Lenço Cor de Rosa
O lenço,
a garota e suas histórias por Evelin Scarelli
A você, querido leitor, muito prazer! Me chamo Evelin, mas, dentro do universo oncológico muitos me conhecem como “a garota do lenço cor-de-rosa” e minha historia com esse apelido começou como no filme “Alice no País das Maravilhas”: Um dia, assim como a personagem principal, cai em um grande buraco... Estava, aos 23 anos, dentro das estatísticas oncológicas. - Câncer??? - Câncer. Ascendente em virgem. Com terceira lua em Plutão, na primeira casa em Urano. E como grande parte das historias que escuto a respeito dele, a minha realmente tinha tudo para dar errado. É estranho, mas criei o costume de dizer que a convivência com a morte me fez realmente despertar para a vida. Cheguei a conclusão de que tudo fica infinitamente mais fácil de ser superado quando se é diagnosticado com uma doença grave. Depois do pacote “aventuras no universo oncológico” – que inclui algumas cirurgias, longas sessões de quimioterapia e radioterapia, exames e passaporte livre à todas as filas, médicos e profissionais da área – a gente se descobre um pouco mais resistente aos baques do dia a dia. Analogias à parte, o câncer me ensinou que dentro desse universo as coisas não são tão ruins quanto parecem. Posso dizer que enfrentei grande parte do meu tratamento da forma mais surpreendente possível: perdi minha mama, meus cabelos... Ganhei amigos, muitas companheiras de jornada e, por meio delas, descobri que posso ser útil. Existe um lado bonito dentro das
adversidades (você não precisa de um câncer para isso) e é exatamente nesse ponto que eu, semanalmente, pretendo chegar. E olha só que responsabilidade: O Jornal do Meio convidou uma jovem de 26 anos para lhes escrever justamente sobre a Vida! Será que da para ser mais maluco? Sim! Pelo simples fato de sinceramente não saber como faremos isso, visto que tenho em minha bagagem apenas algumas lembranças de infância e um câncer de mama. Eu sei, acabamos de nos conhecer... Mas se me permite contar um segredo, eu não sabia o meu lugar no mundo até ficar doente. Reforçar a positividade da vida, agora que realmente luto por ela, me faz ter a certeza de que a cura do câncer encontra-se no “tocar em frente”. Por reconhecer em mim essa capacidade de superação, agradeço as oportunidades que a vida, diariamente, me impõe para que eu possa manifesta-la. A vida foi, é e será uma eterna superação. O resto? Ah, o resto gente se adapta... Então sejam bem vindos, apertem os cintos e vamos em frente! Afinal, eu não vejo a hora de lhes contar com riqueza de detalhes cada uma dessas novas descobertas. Um brinde a vida... E as diversas formas de seguir em frente. Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com
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: aaa
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Veículos
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
Só 50% atendem
aos recalls, diz Procon Chamados são feitos quando o problema detectado no veículo gera riscos à segurança dos ocupantes e de terceiros, reparo gerado por falha de fabricação não tem prazo de validade para ser feito e é sempre gratuito
por RODRIGO MORA/FOLHAPRESS
Daniel Ribeiro, 33, já adiou a
de gravidade de certos defeitos diante
Contudo, os proprietários dos veícu-
“Cabe às empresas divulgar a cam-
visita a uma concessionária Fiat
da periculosidade de outros.
los também podem dar origem a um
panha pelos meios de comunicação,
por algumas vezes. O advogado
“Lembro que o recall do VW Fox para
campanha de chamamento.
como rádio, TV e jornais”, esclarece
tem um Punto Essence 2014, um dos
troca de um componente do banco
“Poucos consumidores têm a sensibi-
Andréa Arantes, assessora-executiva
quatro modelos convocados na última
traseiro, que poderia cortar o dedo
lidade de identificar que um acidente
do Procon/SP.
campanha de chamamento anunciada
dos usuários, gerou uma repercussão
sofrido por ele ocorreu por um defeito
Esse, no entanto, não é o único meio de
pela marca.
muito grande. Acredito que todos os
de fábrica. Muitos mais casos poderiam
saber se o seu carro (ou o que deseja
Isso porque trocar o óleo lubrificante
proprietários atenderam a esse cha-
ser divulgados, mas os clientes não
comprar) já foi convocado.
da caixa de câmbio (“visando adequá-lo
mado”, diz Ribeiro.
registram queixa”, conclui a assessora-
No site do Procon, uma simples bus-
-executiva do Procon.
ca revela se determinado modelo foi
às especificações previstas no Manual de Uso e Manutenção”, segundo reco-
Por onde começa
mendação da empresa) é uma tarefa
A maioria dos casos de recall é detec-
Atenda ao chamado
que não o preocupa.
tada pelas próprias montadoras, que
Órgãos de defesa do consumidor ofe-
O Sistema de Registro de Avisos de
“A prioridade desse recall na minha rotina
realizam contínuos testes de qualidade
recem consulta sobre modelos convo-
Riscos, do Departamento de Proteção
é zero, uma vez que não me foi informado
mesmo após o produto ser lançado.
cados e alertam para a ilegalidade do
e Defesa do Consumidor (DPDC), é
se esse tipo de problema coloca minha
As fabricantes devem comunicar o
“recall branco”
outra fonte de consulta.
vida em risco”, avalia Ribeiro.
problema aos canais de defesa do con-
Os fabricantes devem comunicar os
Desde 2010, uma portaria do Denatran
Ele promete levar o hatch para o re-
sumidor, que analisam se o volume de
órgãos de defesa do consumidor, mas
prevê que o não comparecimento a um
paro na próxima semana, e assim não
reclamações daquele defeito ou seus
não são obrigados a contatar cada
recall deve constar no documento
engrossar um contingente volumoso:
desdobramentos justificam um recall.
cliente individualmente.
do carro, mas a medida ainda não
na média, 50% dos clientes não aten-
chamado e para qual tipo de reparo preventivo.
Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
dem aos chamados, segundo Andréa Arantes, assessora-executiva do Procon de São Paulo. “Esse é um montante alarmante. Um bom número seria 80% de comparecimento”, afirma. A maior procura pelo reparo concentra-se no primeiro mês após o chamado. “Até o fim de outubro, nosso recall do Classe C registrou um índice de atendimento de 40%. A campanha envolve 954 veículos e foi anunciada em setembro”, informa a assessoria de imprensa da Mercedes-Benz. Tanto montadoras quanto o Procon acreditam que ainda falta conscientização. “Os consumidores devem entender que o atendimento ao chamado visa impedir um eventual acidente, pois o produto objeto de recall expõe os ocupantes a riscos”, afirma Andréa Arantes. Outra razão que parece explicar o porquê de grande parte dos consumidores não atender aos recalls é a aparente falta
O Fiat Punto de Daniel Ribeiro é um dos convocados em recall por problemas no câmbio
Veículos saiu do papel. Segundo o órgão,
Jornal do Meio 772 Sexta 28 • Novembro • 2014
9 Foto: Divulgação
o sistema de gerenciamento das informações está em fase de desenvolvimento. O Procon avisa que o chamado “recall branco”, feito quando a fabricante acredita que o problema não afeta a segurança, é ilegal. “Em alguns casos, as montadoras aproveitam uma ida do carro à concessionária, como na revisão periódica, para reparar um defeito de fábrica. É uma forma de burlar a lei e geralmente ocorre na fase inicial do que virá a ser um recall”, explica Andréa Arantes.
Custo zero Também é proibido impor qualquer tipo de ônus ao consumidor. Se isso
2 unidades do Lexus LS 600h foram chamadas para reparo na vedação do sistema de combustível Foto: Divulgação
acontecer, o cliente deve comunicar aos órgãos de defesa. Uma vez anunciada uma campanha, seu encerramento só acontece após 100% dos veículos envolvidos passarem pela concessionária. Portanto, não há prazo para atender a um recall em andamento. O direito do consumidor vai ainda mais longe, explica Arantes: “Mesmo que o proprietário não compareça a um recall e sofra algum dano decorrente daquele defeito não reparado, ele ainda pode pedir indenização”. Sem obrigações burocráticas perante um chamado para reparo, resta ao consumidor apenas o dever de atendê-lo.
32 mil unidades do VW Jetta flex precisam ser levadas à oficina para checagem dos braços do eixo traseiro
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