Braganรงa Paulista
Quarta
24 Dezembro 2014
Nยบ 776 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 776 Quarta 24 • Dezembro • 2014
Natal! por Mons. Giovanni Baresse
Estamos no Natal. Mais uma vez celebrando o nascimento de Jesus Cristo. O fervilhar motivador do comércio se faz presente há um bom tempo. Os meios de comunicação falam da esperança, apesar da crise, “que o Natal seja bom”, isto é, que os resultados financeiros consigam amortizar as dificuldades vividas durante o ano que chega ao fim. Parece que a postura dos cristãos diante deva festa caminhar por outra estrada. O cristão é aquele que enxerga a profundidade da festa do Natal. E que consegue ver que essa data não é referencial que se esvai no dia seguinte... Para todos os que creem em Jesus Cristo como Filho Unigênito de Deus, que tomou carne humana no seio da Virgem Maria, a celebração do Natal é um compromisso que se prolonga por toda a vida. E a cada celebração que o Senhor da Vida nos dá realizar, esse compromisso torna-se mais “pesado” pela gratuidade de um gesto de amor totalmente incompreensível para nós. O Criador, que nos amou desde sempre e nos deu liberdade para amá-lo ou não,
diante da escolha da autossuficiência humana, buscou um jeito de “estar conosco” para que pudéssemos vislumbrar a imensidão da felicidade que nos quer dar, do amor que nos tem. Em Jesus Cristo elimina a distância que há entre o Infinito e o finito: “Felipe, quem me vê , vê o Pai!” (João 14,9). Todos nós temos sede de felicidade. Ela foi plantada por Deus em nosso coração. Só que a desejamos saciar olhando o horizonte da vida com nossos olhos míopes. Jesus Cristo é aquele que nasce para nos curar da visão curta e distorcida (Marcos 8,24). A data do Natal é, portanto, a afirmação de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo nos querem, tendo-nos feito à sua imagem e semelhança (Gênesis 1,26), como filhos no Filho (Efésios 1,5). Com sua encarnação Jesus Cristo nos redime da separação e nos faz participantes de sua glória, da glória da Trindade Santa. Por essa razão, a celebração do Natal deve ser para todos nós um reafirmar do nosso discipulado. Do nosso seguir o Mestre. Assumindo suas palavras e seus gestos. Tornando presente, em
gestos e palavras, o cerne de sua missão: a proclamação de que o Reino de Deus está em nosso meio! (Mateus 10,7). E o Reino de Deus é que todos sejam um. Que todos sejam irmãos. Que essa fraternidade se expresse na eliminação das injustiças, da maldade, da ganância, do ódio, da guerra, das desigualdades que criam seres humanos sem dignidade. (Mateus 23,8) Celebrar o nascimento de Jesus Cristo é declarar, de forma explícita, que se está ao seu lado para o que der e vier. É fazer da vida uma doação tão extremada como foi a sua. Sendo Deus, “rasgou” a sua divindade e se revestiu da nossa humanidade. Sendo rico se fez pobre... para nós. (2 Coríntios 8,9). Na alegria de podermos celebrar o Natal, ajudemos nossas famílias, as pessoas de nossa convivência, a prestar atenção no essencial dessa celebração. Daí todo o resto tomará sentido. E as luzes do Natal perdurarão. Tudo o que é luz e enfeite em nossas cidades dever servir para apontar o Aniversariante. Claro que muita gente não tem interesse nisso. Interessa o lucro
que se tem à custa Daquele que é a razão da comemoração. Para os que queremos viver o sentido profundo dessa festa fica a responsabilidade de não esvaziá-la. O que é feito no Natal deveria ser feito o ano todo. A beleza externa deveria ser expressão da beleza interna que nos leva a ser solidários. Penso, particularmente, nas festas natalinas oferecidas às pessoas carentes. Elas devem ser a “cereja” sobre as necessidades que são vividas o ano todo. O almoço de Natal deve ser o mais elaborado, consequência de almoços e jantas mais simples que oferecemos na participação das obras como a ação de todos aqueles que tomam a peito visitar as famílias carentes, promover seus direitos, buscar encaminhar para trabalho, etc. São bonitos e louváveis todos os gestos que dão alegria no Natal. Devem, todavia, tornar-se motivadores de ações duradouras. Até o dia em que, sonhadoramente, ninguém mais necessite senão de um abraço, um beijo, um aperto de mão. Tudo por um desejo: Feliz Natal! A todos os que me dão a honra de acom-
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
panhar minhas reflexões e à suas famílias desejo um Natal muito feliz! Que a alegria da reunião familiar seja alicerce para uma crença sempre mais profunda que é possível um mundo mais humano e justo. Para isso Cristo nasceu! Por isso eu creio Nele! Um grande abraço. Feliz Natal
Jornal do Meio 776 Quarta 24 • Dezembro • 2014
Momento Pet
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Boas Festas por Dr. André Alessandri
Bom dia, meus queridos leitores! Nesse final de ano temos algumas das datas mais especiais para nós: o natal e o ano novo. Para celebrarmos esses dias, fazemos reuniões com a família, amigos, colegas de trabalho etc., geralmente regadas a muita comida, bebidas e música. Para que essas festas sejam aproveitadas ao máximo e não tenhamos nenhum tipo de dor de cabeça, é importante seguirmos algumas dicas para os nossos pets: - A primeira e mais básica das dicas é procurar mantê-lo em sua rotina, sem participar das festas. Música alta, entra e sai de pessoas e fogos de artifício podem estressar o seu animal. Um cômodo separado deve resolver; - Não ofereça sobras das comidas, nem permita que seus convidados o façam. Assim, a melhor maneira é manter o nosso bichinho em local separado; - Cuidado com doces, guloseimas, ossos e carnes. São uma tentação para nossos animais e, por isso, é necessário evitar que fiquem por perto. Atenção redobrada: chocolates são tóxicos! - Verifique se as portas e janelas estão fechadas, pois os fogos podem deixá-los
perturbados a ponto de fugirem e se perderem nas ruas; - É importante que tenham a companhia de alguém ou de outro animal para acalmá-los nos momentos mais intensos dos fogos; - Consulte um veterinário sobre a possibilidade de usar produtos, de preferência
A pastora Kiara em nosso petshop
naturais, que tenham a capacidade de acalmar seu peludinho. É o caso dos ossinhos Pet Palitos Fitocalmyn; - Por fim, retire objetos afiados ou que possam causar algum ferimento do local onde seu animal fica; Lembre-se que a audição dos nossos cães
Marisabel e Shiva em nossa Clínica 24H
é muito mais acentuada que a nossa, por isso o incômodo que eles sentem nessas ocasiões é aumentado. Vale a pena seguir essas dicas e passar tranquilo pelas festas. Boas festas a todos e até o próximo momento pet!
Regianes, suas filhas e a mais nova companheira Hanna
Lenço Cor de Rosa
Frente ao nódulo por Evelin Scarelli
A família aguardava em peso no grande saguão do hospital da cidade. Apenas a mãe estava presente ao quarto, também aguardando a chegada dos médicos para retirada da sua filha, já vestida a caráter para a cirurgia. - Alguma exigência, senhorita Evelin? Brincou o médico cirurgião, hoje grande amigo da família. - Sim. Quero conhecer o meu nódulo. - Como? Respondeu surpreso... - Quero conhecer o meu nódulo. Isso seria possível? (...) Lembro-me vagamente, enquanto voltava da anestesia, que esse pedido gerou certo reboliço dentro do centro cirúrgico. - A menina quer mesmo ver esse nódulo, Dr.? Questionava uma mulher. Pude - de forma surreal, confesso- conhecer de perto aquele que me causou tantos motivos para partir e, ao mesmo tempo, inúmeros motivos para ficar. Ali, naquele pequeno e redondo pedaço de tecido, estavam impregnados todos os meus sentimentos de mágoa e que consequentemente me fizeram gerá-lo. É complexo demais para explicar aqui. É profundo demais para conseguir transmitir em forma de palavras. Quem me olha verdadeiramente nos olhos, sabe. Sabe que foi por ele – e por todas os momentos que passei graças a ele- que hoje sou alguém melhor. Não sei lhes explicar a razão do meu pedido ao médico, mas sei lhes dizer que meditando sobre aquele momento, pude entender de forma simples uma das maneiras mais bonitas de se tocar em frente... Aos meus amigos e companheiros de jornada, não se prendam as palavras
ditas, os acontecimentos negativos e que lhes foram marcantes, as dores e aos remorsos. Perdoe. Perdoe com o coração aberto, fazendo o possível para reconhecer que ali, do outro lado da existência da sua magoa, existe um ser humano, repleto –cada um da sua maneira- de luz e centelha. Quando conheci o meu câncer, ele disse da forma mais silenciosa possível que na verdade pouco importava todas as palavras ruins sobre mim e que um dia que já haviam me sido ditas ou demonstradas. O que importava – o que realmente importava- foram as palavras em que eu acreditei. Acreditar. Considerar como verdadeiro, aceitar, admitir. Dar credito a, considerar possível a realização de. Ter fé... Crer. Acreditar. Quem são vocês? Tentem nunca esperar que essa definição venha de outra pessoa. Fortes ou fracos? Valentes ou medrosos? Felizes ou infelizes? Quem são vocês? Que a emoção que sinto ao digitar esse texto faça com que não sejam necessárias palavras para lhes tocar o coração. Quem sou? Aquele pedaço de tecido me mostrou que posso ser tudo aquilo que meu coração verdadeiramente acredita ser... E assim, será. Vamos em frente... Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com
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Jornal do Meio 776 Quarta 24 • Dezembro • 2014
por Shel Almeida
Natal não é apenas uma data para reunir familiares e amigos durante a ceia e trocar presentes em volta da árvore. Para os cristãos, é uma das datas mais especiais do calendário pois é quando se celebra o nascimento de Jesus, que veio ao mundo para salvar e redimir a humanidade. Na proximidade do Natal, todos buscam amor e paz e também procuram oferecer solidariedade, principalmente aos excluídos. A data, de certa maneira, consegue gerar sensibilidade ao fazer com que as
pessoas olhem mais umas às outras, ao incentivar que desejem estar mais próximas e que busquem conservar o sentimento de união. No entanto, para muitos, o Natal se tornou uma data muito mais comercial do que religiosa. O que se vê é um estímulo muito maior para o consumismo do que para a compaixão. É mais importante, e também mais fácil, presentear com bens materiais do que tentar transformar a data em um momento simbólico para a redenção de todos os sentimentos negativos que nos
acompanharam no decorrer do ano. É muito comum, nesse época do ano, ver algumas das manifestações de solidariedade acontecendo. Mas é de se fazer refletir, também, porque esse tipo de ação só acontece no Natal. Talvez seja porque a data é propícia à compaixão, ao relembrar de Cristo na manjedoura recebendo a visita e os presentes dos Reis Magos. Mas também é como se, com isso, fosse possível atingir uma meta, cumprir um dever social e, assim poder ficar em paz com a própria consciência. É importante
que o Natal seja uma data que estimule o sentimento de renovação, mas também é importante que esse sentimento permaneça para além do feriado, que seja possível perceber que o sentimento de união, compaixão e solidariedade pode e deve nos acompanhar por todo o ano que se inicia. Para falar sobre o a data, o Jornal do Meio pediu para representantes de algumas religiões cristãs que enviassem ao povo bragantino uma mensagem de Natal. Confira!.
“Ao proclamarem o primeiro Natal aos pastores no campo, os anjos anunciaram “boas novas de grande alegria”. Ao mundo obcecado pela felicidade, o Natal aponta a alegria. Ao mundo que persegue no exterior algo que produza alguma sensação temporária interessante em Cristo o Natal possibilita a permanente condição interior da paz eterna. No Natal a sublimidade da alegria destrona a superficialidade da felicidade. Que a alegria do Natal encha sua vida!” Pastor Jesse Campos , Igreja Batista de Bragança
“O Natal é tempo de recordar que Deus no ventre de Maria tornou-se homem. Ao assumir nossa condição humana, ao fazer-se Carne, Jesus assume dar a vida. Por amor à humanidade está disposto a trocar a condição de Filho pela condição de escravo. Só Deus pode amar assim. Contemplemos então o mistério do Natal. Tempo de reconciliação com Deus e com os irmãos. Neste natal regressemos ao presépio e, olhando para este gesto de um Deus que nasce e vem dizer-nos que nos ama, perguntemo-nos qual a sua mensagem para nós? Fazer nascer e fecundar nossa vida com gestos tão divinos; amar os não amados e dar preferência àqueles que são os últimos. Feliz Natal a todos. Ele está no meio de nós…” Pe. Marcelo Falsarela, Igreja Sé Catedral
“Que o Natal, que é um dia de comemoração pelo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja uma data de renovação. Que haja uma mudança em cada um de nós para querer o bem do próximo. É preciso que as religiões compreendam melhor umas às outras, é preciso quebrar as barreiras do preconceito para que possamos amar e respeitar nossos irmãos como eles são. Essa data não é para presentes e consumo. Que a partir dela, possa realmente haver a renovação de sentimentos, que esse novo ano que está surgindo seja um ano de muita bênçãos para todas as religiões”. Pr. Luiz Antonio Ramos de Oliveira, Igreja Maranata
“Que Natal seja uma data para que possamos refletir sobre como estamos conduzindo as nossas vidas, que possamos tentar rever se deixamos alguma mágoa durante o ano e que a gente consiga entender que o Natal é amor. Que a gente consiga confraternizar, que possamos estar de bem com as pessoas, aprender a praticar a caridade, e que não seja só no Natal. Essa é a essência do Natal, a gente valorizar as pessoas que amamos e que possamos dar um passo à frente em ralação aos nossos sentimentos pelo próximo. As pessoas só se sensibilizam no Natal, mas a caridade é necessária o ano todo”. Roberto Barrese, Presidente do Centro Espírita Casa do Caminho
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Reflexão e Práxis
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Visões políticas Parte 2
por pedro marcelo galasso
ciedade, não como um estado de guerra,
consentimento são fundamentais no
mas sim um estado no qual o homem vivia
contrato social e para o funcionamento
isolado. Esta hipótese foi formulada por
da sociedade, ele valoriza o poder legis-
John Locke, o pai do liberalismo.
lativo, responsável pela criação das leis,
Para ele, o homem é dotado de razão,
e fundamentada em instituições, como o
algo que não era defendido por Hobbes,
Parlamento ou Congresso Nacional, e o
mas os problemas e o caráter instável
poder passa a ser controlado por aqueles
do estado de natureza é resultado das
que deram seu consentimento para a
paixões e das parcialidades dos homens,
criação da sociedade criando, inclusive,
sem que, no entanto, seja criado um
as prerrogativas para funcionamento do
estado de guerra constante e absoluto.
poder executivo, ou seja, o poder político
Além disso, por serem dotados de razão
deixa de ser absoluto e opressor como
os homens puderam conceber a ideia de
defendia Hobbes. E é importante lembrar
propriedade, fundamental para nós, os
que o Estado deve garantir a todo custo
burgueses.
a propriedade, consolidando a vitória do
Após a ideia de propriedade ser formulada,
liberalismo de Locke sobre o absolutismo
os homens decidem criar um contrato
de Hobbes.
social baseado no consentimento no
Portanto, o poder é visto como uma
qual alguns direitos naturais, anteriores
relação de confiança baseada no consen-
ao contrato, são mantidos tais como o
timento social. Pensemos sobre isso no
direito à vida, à liberdade e à propriedade.
caso brasileiro. Como o poder legislativo
Destes direitos, o único que merece ser
é o mais importante na teoria de Locke
esclarecido, devido a especificidade da
o que podemos pensar dos nossos par-
ideia de Locke, é o direito à propriedade.
lamentares? Qual o grau de segurança
Por propriedade, Locke defende que esta
ou de honestidade que nossos homens
é uma conjunção de vida, direito e bens
públicos expressam ou representam dian-
materiais.
te de tantos escândalos que mancham a
Curioso é imaginar que para Locke a igual-
vida política do Brasil?
dade nunca foi uma preocupação social,
Por exemplo, estes homens públicos,
ou seja, para o liberalismo a igualdade
eleitos democraticamente por nós e, por
não é uma preocupação já que todos os
isso, nossa responsabilidade pretendem
homens possuem as mesmas capacidades
votar o parcelamento das dividas milio-
e, portanto, cada um pode lutar para
nárias dos clubes de futebol. Por acaso
conquistar de forma honesta tudo o que
foi para isto que eles foram eleitos? Para
pretende conseguir. A igualdade deixa
perdoarem dívidas gigantescas de clubes
de existir ainda no estado de natureza
de futebol, que representam uma parcela
quando a moeda foi criada, também por
minúscula de nossa sociedade? Não há
consentimento, pois seu acúmulo não é
nada mais importante a ser pensado ou
prejudicial aos homens. Podemos pensar
votado no Congresso Nacional? É esta
que a desigualdade passou a existir pelo
a nossa principal prioridade?
consentimento dos próprios homens.
Creio que Locke não concordaria com
Para tentar diminuir a desigualdade os
tal postura e ficaria envergonhado com
homens criam a esfera do mercado, local
o que foi feito com suas ideias.
onde as capacidades individuais podem ser exercidas livremente, segundo leis
Pedro Marcelo Galasso – cientista polí-
criadas pelo consentimento, e sem que
tico, professor e escritor.
haja qualquer interferência externa, ou
E-mail: p.m.galasso@gmail.com.br
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Religioso cearense tido como milagreiro, foi homenageado em 2014 pelos 80 anos Prejuízos que de sua Usar a morte atingem o patrimônio razão
(?) Barros, cantora gospel Enfeitar
Fruto típico de regiões tropicais (pl.)
Símbolo da bandeira do movimento gay Faça Comida em menção conserva
Preparar o encaixe para os botões
O lírio de brasões Quadros pictóricos
Alarme de viaturas "(?) Lisa" , obra de Leonardo da Vinci Árvore brasileira
Tarso Dutra, político brasileiro Designação de elementos que conduzem mal o calor (Quím.)
Metro (símbolo)
Ouro, em francês Paula (?), poeta
Nocivas Sílaba de "entrar" Patético; comovente
Elegante; graciosa Esposa de Osíris Sombras; fantasmas
BANCO
Culto; seita Cinema, em inglês
Estado natal de Neymar (sigla)
"Rei (?)", tragédia shakespeariana
Exame do MEC (sigla) Azul esverdeado
2, em romanos Europa (abrev.)
Sean Connery, ator Juntei
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Solução C S I C E RO L I N E TE LA S N T D E A O D A O R C C O I I A R N I O S
Já que para Locke as leis criadas pelo
A N M E NE T I A L E U T R
explicativa sobre a origem da so-
R E C A A C O S I R E O N A C A R I R N M A M A R O S V S I S P E C
somente com consigo.
P AD N C O S M J A O T E D R A I A I E S
seja, na esfera do mercado cada um conta
o estado de natureza, hipótese
2/or. 3/nei. 4/lear. 5/cocos — movie. 6/airosa. 8/enlatado. 9/espectros.
Outra leitura da sociedade vê
Veículos
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BMW i8
Mistura de híbrido com esportivo, BMW i8 é o mais futurista dos carros em linha por RODRIGO MORA/FOLHAPRESS
Seja em “Blade Runner” (1982) ou em “Ender’s Game” (2013), passando por “O Demolidor” (1993) e “Tron, O Legado” (2010), filmes de ficção científica sempre recorreram à imaginação para representar como seriam os automóveis do futuro. Daqui por diante, podem usar o i8 como exemplo. Criado a partir do zero, o superesportivo híbrido da BMW tem semelhanças visuais evidentes com os inúmeros automóveis já criados pela indústria cinematográfica, mas sem paralelos na indústria que faz carros reais. Dos faróis às lanternas, nada é convencional. Não bastou ser uma evolução técnica; era preciso aparentar sê-lo. Extremamente baixo, o i8 exige certa ginástica para acessar a cabine. Os bancos estão pouco abaixo das soleiras das portas, que se abrem para cima. Isso limita os movimentos de quem entra no carro e exacerba seu caráter futurista. O interior dispensa a sisudez dos outros modelos da marca, com volante e instrumentos reestilizados e painel com contornos mais rebuscados. A ergonomia é impecável, mas há um único senão: o ajuste manual da coluna de direção, que poderia usar da abundância de energia e ser elétrico.
Bancos traseiros minúsculos
Na parte de trás, a BMW copia a falta
de criatividade dos demais superesportivos com dois minúsculos bancos, que exigem sacrifícios até de crianças. Assumir a falta de utilidade deles e adotar apenas um assento, maior, seria mais coerente e ampliaria a lista de soluções inovadoras do híbrido alemão. O porta-malas também é diminuto, com capacidade para 154 litros de bagagens. Para dar algum charme a um espaço tão limitado, a BMW oferece um jogo de malas e bolsas Louis Vuitton feitas sob medida para o carro. O conceito de híbrido vai além de comutar entre um motor a combustão (de 231 cv e 32,6 kgm de torque) e outro elétrico (96 kW). Provocado, o i8 se assemelha a um modelo da linha M: o propulsor 1.5 turbo de três cilindros tem ronco instigante, as trocas de marcha são rápidas e a direção é bem precisa e direta. No instante seguinte, rodando apenas no modo elétrico, o cupê alemão transforma-se em um modelo de comportamento tranquilo, que acata obedientemente uma tocada sem arroubos de performance. Entusiastas da marca que eventualmente desconfiaram da possibilidade de haver algum prazer ao volante de um carro elétrico podem ficar tranquilos. Com gasolina ou eletricidade correndo nas veias, o BMW i8 tem dirigibilidade elogiável. Contudo, o preço inicial de R$ 799.850 no Brasil faz jus aos devaneios dos filmes de ficção científica.
Foto: Divulgação
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