778 Edição 09.01.2015

Page 1

Braganรงa Paulista

Sexta

9 Janeiro 2015

Nยบ 778 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


2

Antenado

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

Biografia percorre trajetória

de Seu Jorge ao estrelato

O cantor, que cobra hoje um dos maiores cachês da música brasileira, não leu o livro, mas não proibiu sua publicação, Leonardo Rivera, autor da obra, foi caça-talentos da gravadora Polygram, onde o artista começou a carreira nos anos 1990

por ADRIANO BARCELOS/folhapress

Em 1990, quando sua casa foi invadida e um irmão, assassinado, um dos tios de Jorge Mário da Silva queria saber o que ele --então com 20 anos, negro e pobre-- faria para sustentar a casa, cuidar da mãe e dos irmãos mais novos. A resposta, meio sem convicção, foi que ele “seria músico”. O tio rebateu: “Você está maluco?”. Corta para 2014: o tal Jorge Mário é agora Seu Jorge, músico, cantor e ator, paparicado no exterior e dono de um dos maiores cachês entre artistas brasileiros. No Réveillon de Copacabana, o mais disputado do país, será a estrela principal: receberá R$ 700 mil para animar a festa de mais de 2 milhões de pessoas na noite de 31/12. Os acontecimentos que conduzem Seu Jorge da infância pobre no Gogó da Ema, subúrbio de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, aos cachês polpudos e à vida confortável em Los Angeles é retratada na biografia não autorizada “Seu Jorge, A Inteligência É Fundamental”, livro de estreia do jornalista e produtor carioca Leonardo Rivera. O autor refaz os passos que levaram o cantor à música e ao mainstream a partir de uma posição privilegiada. Rivera era um dos caça-talentos da Polygram no final dos anos 1990, quando as gravadoras eram soberanas e todos os olhares estavam voltados para a cena carioca, mais precisamente a de Santa Teresa.

Por obra da gravadora, moravam no bairro Chico Science e Nação Zumbi. A mescla regional/universal que marcou o manguebeat deu um estalo em Seu Jorge. farofa carioca Inspirado pela alquimia do Recife, o cantor formou a Farofa Carioca. O disco de estreia, “Moro no Brasil” (1998), fez sucesso com a faixa-título que diz: “Moro no Brasil/ não sei se moro muito

bem ou muito mal/ só sei que faço parte do país/ inteligência é fundamental”. A vida de Seu Jorge mudaria de vez com o papel em “Cidade de Deus” (2002). Celebridade planetária, chegou a dividir set com Bill Murray e Cate Blanchett em “A Vida Marinha com Steve Zissou” (2004), de Wes Anderson. A expressão “biografia não autorizada” incomoda Rivera. Ele diz que Seu Jorge sabia que o livro

seria escrito, mas não o leu e não proibiu sua publicação. “É biográfico, mas é um tributo acima de tudo”, diz Rivera. De fato, quem folhear as 176 páginas do livro atrás de fofocas sobre a vida pessoal do artista vai se frustrar. “Não me interessei [por detalhes da vida pessoal]”, diz. “O livro se fecha na questão dele como ator e músico, enaltece um cara que já morou na rua e hoje se liga na Bolsa, é empresário de si mesmo.”

Atração à parte são as entrevistas de Seu Jorge. Muitas foram transcritas de programas de TV de que ele participou, algumas de publicações e outras ele concedeu ao autor. Procurado pela Folha, o cantor não respondeu ao pedido de entrevista. Seu Jorge, a inteligência é fundamental Autor: Leonardo Rivera Editora: MPM Neto Quanto: R$ 45 (176 págs.)

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

Momento Pet

3

Carrapatos por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores, feliz ano novo! Que seja repleto de amor, saúde e paz, para nós e nossos bichinhos queridos. Hoje vamos fazer um resumo desse parasita que tem incomodado bastante nossos pets nesse verão: o carrapato. Esses parasitas sobem em nossos animais para alimentar-se de seu sangue e, por meio de suas picadas, podem transmitir doenças. A mais conhecida delas é a erliquiose, ou “Doença do Carrapato”, e pode ser fatal se não tratada corretamente e a tempo. Vale lembrar que o carrapato que você encontra em seu animal é apenas 5% do

total. Os outros 95% estão em seu ambiente, e é por isso que ele também deve ser tratado. Para que você entenda melhor como tratar seu animal e seu ambiente, vamos mostrar resumidamente como funciona o ciclo de vida do carrapato em 07 etapas: 1. Começa no ambiente, após 20 a 60 dias os ovos viram larvas em sobem nos animais. 2. Essas larvas alimentam-se do sangue e voltam ao solo; 3. Depois de 5 a 49 dias, essas larvas viram ninfas voltam para o animal; 4. Nessa etapa, as ninfas sugam o sangue e voltam ao solo; 5. De 10 a 16 dias, as ninfas tornam-se

adultas e retornam ao animal, mas elas podem ficar escondidas no ambiente por até 06 meses; 6. Os carrapatos adultos sugam o sangue, se reproduzem, e as fêmeas fecundadas voltam ao solo; 7. Por fim, essas fêmeas sobem nas paredes e colocam os ovos em frestas. Assim, para quebrarmos esse ciclo de vida do carrapato, é importante atingirmos os seus ovos e, é por isso, que ao pulverizar nosso ambiente com produtos que ajudam a acabar com esse parasita, devemos nos focar nos muros, frestas e paredes, que é onde as fêmeas fecundadas colocam seus ovos. Existem produtos muito bons, que

duram meses em seu ambiente. Para os nossos pets, surgem cada vez mais novidades nessa área. Além das já conhecidas e eficazes pipetas, agora há um comprimido em forma de “bifinho” que mata e previne novos carrapatos por até 03 meses, com alta eficácia também. Lembre-se: para que o tratamento seja bem sucedido é importante que você trate tanto de seu cachorro, como de seu ambiente! Na próxima semana trataremos do combate às pulgas. Em caso de dúvidas e sugestões de temas, basta nos contatar através do facebook da nossa clínica veterinária 24 horas. Um bom final de semana a todos!

Lenço Cor de Rosa

Feliz vida nova por Evelin Scarelli

Começo de ano, época de renovar ideias e descobrir (ou redescobrir) ideais. Dentro de todos os balanços que fazemos durante 365 dias, esse é mais do que esperado, não é mesmo? “Afinal, o que fiz por mim em 2014 e o que farei agora, nessa nova chance de 2015?”. “Começarei uma nova dieta?”, “Assistirei mais televisão ao lado dos meus pais?”, “Fecharei todos os ciclos abertos no decorrer do dia?”. Lembro-me com exatidão de uma das três únicas perguntas que fiz ao meu médico no instante em que recebemos o diagnóstico: - Dr. Fábio, seria muito pedir uma semana para pensar sobre tudo isso...? E é exatamente ai que pacientes e seres comuns habitantes nesse grande planeta encontram-se e misturam: Nessa mesma magia dos planos, do fazer diferente... Do “quanto vale mesmo a minha vida?!”, nasce junto a coragem um desejo de renascimento, de (auto)cuidado... Nesse instante, a gente passa a rever alguns valores e conceitos, mudar algumas teorias, correr contra o tempo e – numa tentativa meio boba, até – reconstruir o passado. 2014 terminou e arrependo-me de não ter feito muitas coisas, como me havia prometido: Ainda não ando de bicicleta, não tenho uma sobremesa eleita como “a favorita” e não aprendi a correr mais que 500 metros sem precisar de socorro médico. São coisas pequenas, eu sei, mas não gostaria de “voltar para casa” sem ter experimentado o sabor da conquista de cada uma dessas sensações. Em contrapartida, fiz algo por mim que merece ser contemplado diariamente: Eu me permiti! Me permiti ser mais madura dentro da minha casa e no trabalho, a dizer às pessoas como verdadeiramente me sinto e, mais do que isso, passei a compreendê-las (o que confesso, diminuiu consideravelmente a porcentagem de chateação e frustração em alguns fatos e situações). Mais do que isso - e muito longe

de ser o menos importante - me permiti namorar um rapaz incrível, mesmo depois de ter jurado só me relacionar com alguém após o término do tratamento. O prêmio pela minha coragem? Viver momentos e conhecer pessoas inesquecíveis. E esse texto existe para agradece-las, então: família que Deus me deu, família que Deus me presenteou: muito obrigada pelo milagre da vida de cada um de vocês. No fim, meu balanço do ano está repleto de cores e movimento. O que aprendi a apreciar com muita temperança, graças a paciência de saber que cada minuto é único, assim como as pessoas e a atenção que posso render a cada uma delas. Em 2014, ganhei outros prêmios. Foi meio maluco subir em plena Sala São Paulo ao lado do João Carlos Martins para receber um troféu como “Excelência mulher”. Santa mãe de Deus, eu! Que me sinto ainda tão pequena... Em 2014, perdi pessoas que a dor causada pela falta da textura da pele ainda é uma cicatriz aberta - mas reconheço que ganhei grandes anjos da guarda. A verdade é que em grande parte do ano, vivi como se fosse o último dia da minha jornada: Acordei tarde (coisa que amo verdadeiramente), entreguei meu tempo à pessoas que realmente precisam dele e dediquei-me a experimentar novos projetos, objetivos e conceitos. À você, companheiro de jornada, que esse novo ano represente muito mais do que planos e metas: a magia da vida esta aí fora, esperando para ser vivida... Vista seu melhor sorriso... E feliz (re)começo! Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com


4

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

por Shel Almeida

Às vezes para se fazer o que gosta e perseguir um sonho leva-se tempo. Às vezes a gente desiste do sonho ou faz com que ele se adapte à nossa realidade, mas às vezes é a nossa realidade que se adapta a ele. Outras vezes a gente simplesmente sonha e realiza e continua na luta para manter esse sonho vivo. Foi assim com o maratonista Valter Pereira, o Rodapé, que levou um tempo para realizar seu sonho e fez com que ele se encaixasse em sua realidade. Corredor amador desde os nove anos de idade, ele participa de competições desde os vinte. Conforme o sonho foi sendo atingido, foi a realidade que precisou se adaptar a ele, afinal, Valter deixou de querer se tornar um corredor, para ser um. Só não é corredor profissional porque não consegue viver disso, apesar de viver para isso. Quatro vezes por semana levanta às 4h30 da manhã para correr até as 7h, quando retorna para casa para se preparar para o trabalho oficial. Valter é jardineiro por profissão e corredor por talento e persistência. Ele corre por prazer e com apoio de amigos e incentivadores. Não tem patrocínio e nem apoio oficial do poder público, apesar de levar o nome da cidade por onde passa. De acordo com o Sr. Abner Sperandio, umas das pessoas que mais ajudam Valter, e que é considerado seu padrinho, se por aqui ele é conhecido como Rodapé por parecer ter roda nos pés, fora daqui ele é conhecido como Bragança, por representar a cidade em diversas competições.

Coração

Quando criança Valter descobriu um problema no coração. Os pais pensaram em levá-lo para operar, mas o falecimento de um garoto conhecido da família com problemas similares em uma mesa de cirurgia fez com que desistissem da ideia. O médico então recomendou que o garoto passasse a fazer caminhadas. Mas os pais ficaram aflitos porque ele sempre chegava em casa afobado. Não conseguia caminhar, corria. Os pais retornaram ao médico, preocupados, não conseguiam fazer com que o filho se acalmasse e seguisse as recomendações, Mas, para surpresa deles, o médico achou ótimo. Valter continua correndo até hoje, aos 53 anos, sem nunca ter preciso operar o coração. “Meus pais ficaram assustados, mas o médico disso que é isso mesmo, correr só iria fazer bem. E eu nunca tive nada, para você ver como faz bem mesmo. Eu corro 45 km por semana, levo em média umas 2h30 em cada treino de 15 km.. Passo pela Rua da Liberdade, pelo Bairro do Bom Retiro, pelo antigo Morro do Sabão. E já sou reconhecido pelas pessoas que ficam esperando ônibus, sempre me cumprimentam. Eu só participo de prova

de longa distância, meia maratona, de 21 km, maratona, de 42 km e super maratona, de 50 km. Já ganhei um dinheirinho correndo, mas pra ir competir é muito difícil. Já fui convidado para participar da Maratona de Nova York, mas não tenho condição. É sempre apertado, porque tem a hospedagem também, Já aconteceu de eu sair da corrida, ir buscar minhas coisas no hotel e não poder nem tomar um banho porque senão contava outra diária. Aí pego ônibus de volta e toma banho na rodoviária. Sempre voltamos no mesmo dia”, fala Valter. A esposa, Teka Pereira acompanha Valter em tudo, tanto no trabalho como jardineiro quanto nas competições. Ela só não corre com ele. É a maior incentivadora do marido e se precisar deixar de comer durante uma viagem para que ele coma, ela faz. Não mede esforços para que Valter atinja seus sonhos. “Mas enquanto ele está correndo eu vou conhecer a cidade. Só volto na hora da chegada para tirar foto, brinca.

Apoio

Para conseguir participar de competições, em média seis por ano, Valter percorre lojas e casas de amigos e incentivadores que acompanham sua carreira, pedindo e recolhendo contribuições. E quando volta, faz todo o caminho novamente, mostrando o troféu e/ou a medalha que conquistou. “Já perdi a conta de quantas maratonas participei, também não sei quantos troféus e medalhas eu tenho, são muitos. Vários estão expostos no Guincho Santa Mônica, que cedeu espaço para eu guardar, aqui em casa não cabe tudo”, fala. Em 2014 Valter participou da 31ª Maratona Internacional de Porto Alegre e ficou em 5º lugar na categoria entre 50 e 55 anos e da Super Maratona do Rio Grande - RS, e também ficou em 5º lugar, na mesma categoria. Apenas 167 atletas concluíram a prova. Em 2013 Valter foi campeão na sua categoria, na 30º Maratona Internacional de Porto Alegre. “Se eu já conquistei esses títulos todos correndo sozinho, sem patrocínio, apenas com ajuda de amigos, imagina se eu tivesse apoio? Agora acho que as coisas vão melhorar, porque vou começar a receber acompanhando médico, de nutricionista, de treinador. A Silmara, da Alquimia, me ajuda muito também. Tenho amigos muito bons que acreditam em mim. Mas, às vezes, eu fico pensando, e se eu tivesse sido descoberto cedo, tido o treinamento correto, apoio, patrocínio? Eu já teria ido mais longe ainda, já teria ido correr a Maratona de Nova York”, reflete. Às vezes Valter, os sonhos demoram a acontecer. Mas que o reconhecimento pelo sua bela carreira como maratonista não tarde demais a chegar.

Valter e um dos colegas que sempre encontra durante as competições, o Prof. Titte, da cidade de Americana. São seis competições por ano, em média.

Valter exibe, orgulhos, algumas das medalhas que conquistou. “Sem patrocínio consegui tantas, e se eu tivesse recebido apoio desde cedo?” questiona.

Valter já conquistou tantas medalhas e troféus que precisou deixar algumas expostas no Guincho Santa Mônica, por falta de espaço em casa.

Valter com a esposa Teka Pereira e o padrinho esportivo Abner Sperandio, maiores incentivadores e entusiastas de sua carreira como maratonista.


5

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

Reflexão e Práxis

Visões políticas Parte 3

por pedro marcelo galasso

nem diminuir as desigualdades, pois suas

quadro político e para a busca de pos-

principais preocupações eram políticas

sibilidades para o nosso futuro. A Po-

e não sociais. O ideário iluminista era,

lítica é uma ciência, fruto de reflexões,

portanto, elitista e preconizava a defesa

acertos e erros que devem ser revistos e

dos interesses de poucos.

reconsiderados, pois algumas soluções

Curioso é imaginar que somos hoje,

podem funcionar em um determinado

no Brasil, partidários desta forma de

momento histórico e serem desastrosas

fazer e de pensar política. Parece que

em outro contexto. Além disso, já está

ao ler o que foi exposto acima estamos

mais do que na hora de uma renovação

falando do Brasil de hoje e não de países

real do quadro político nacional e da

europeus do século XVIII.

nossa maneira de conceber a Política.

Outro fato curioso é o assistencialismo

Quando nós, os burgueses, ascendemos

defendido pelos iluministas para evi-

na vida política decidimos basear a nossa

tar que o povo, formado pelas classes

vida política na razão humana e não mais

menos favorecidas, promovessem uma

nos desejos de poucos, representados

revolução, como a Revolução Francesa,

pelas figuras dos reis e dos nobres, ou

e cumpriam uma função reformista e

seja, a razão humana foi o instrumento

amenizadora dos problemas sociais. É

escolhido pela burguesia para acabar

como se o assistencialismo funcionas-

com o que restava do feudalismo, pa-

se para alijar os mais pobres da vida

ra superar o absolutismo e diminuir o

política reservando a propriedade e

poder da Igreja Católica.

as liberdades civis aos mais ricos que

Como exemplos das ações burguesas,

devem assistir aos mais pobres e acabar

assistimos o Renascimento Cultural,

com a miséria, mas não com a pobreza.

na Península Itálica, com a passagem

Cabe a cada um formular suas ideias

do Teocentrismo, representado pela

acerca das ações afirmativas do Estado

Igreja Católica, para o Antropocentris-

brasileiro através do que é nomeado,

mo, pensamento tipicamente burguês,

equivocadamente, de bolsas no Brasil,

caracterizado pela retomada da filosofia

mas é irresistível associar os mecanismos

greco-romana e pela valorização do

brasileiros e a busca pelo fim da miséria

indivíduo.

com este ideal iluminista. Podemos ir

No século XVIII, durante o Iluminismo

mais longe e dizer o seguinte – é como

surgiram filósofos e intelectuais que não

se a igualdade só existisse de verdade

defendiam uma revolução social e nem o

na morte.

radicalismo político, mas defendiam uma

Entretanto, para terminar esta série de

monarquia parlamentar parecida com a

colunas fica a seguinte pergunta – até

monarquia britânica na qual o poder do

quando o elitismo político brasileiro será

rei é limitado pela força e importância do

capaz de manter esta estrutura política

Parlamento inglês. Criticavam a Igreja

injusta que alimenta as desigualdades

Católica pelos seus abusos sem negar

brasileiras?

a sua importância social e política na manutenção da passividade das classes

Pedro Marcelo Galasso – cientista po-

menos favorecidas com o alento de uma

lítico, professor e escritor.

recompensa divina, garantindo a obe-

E-mail: p.m.galasso@gmail.com.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Característica de conversas de bar, pela Rodovia linguagem dos (?): utilizada conecta São Paulo a Praia Grande

© Revistas COQUETEL

(?) de erro: Técnica pictórica com item da efeito tridimensional pesquisa Fenômeno natural coeleitoral mum no Sul do Brasil

Nicolau A entrada que viola o Maquiavel, "fair-play" (fut.) historiador São ensinadas a italiano funcionários de lojas

(?) Lisboa, atriz de "Pecado Mortal" Aperitivos feitos com fatias de pão

Ronaldo Fraga, estilista mineiro

Comportamento simulado Mínimo Múltiplo Comum (símbolo)

Procurar, recolher e matar (piolho)

Teoria da (?): foi desenvolvida por Einstein

O C I Feita sem capricho Jet (?), ator chinês

Falta de ocupação Capa religiosa

Sufixo de "física" Ivan Lins, cantor Situação atual dos EUA no mundo

O

Naquele lugar Rabisco; garatuja

Cinza, em inglês (?) de: em frente a

A (?) de Deus, tema bíblico

Amelia Earhart, aviadora dos EUA

Remédio contra a febre (sigla) Atração de Bariloche A manta da vovó

Antigo sucesso de Caetano Veloso Que pertence àquela mulher

Imitar o cachorro Nick Nolte, ator Pedra de amolar

(?) Oriente, região da China e do Japão Tito (?): compôs "Chove Lá Fora"

Selvagem; desumano (fig.) Símbolo visual feminino, em nossa cultura

BANCO

48

Solução P D E R A N T ES S M E L P O C E E C E N A C I I L T O S CA I A S H V ID A D E E G A A N E V E X T R E MO A E N N L M AD I E R O S A

para o entendimento de nosso

M I G A P E R A G O D E A M C A L A T I R A A R A B E E LA S TI A O R D

estruturas de propriedade fundiária e

C

sicos da Política é importante

I A C N F J O R M A R L E I O D A D B E

Além disso, não pretendiam mudar as

3/ash — opa. 4/madi. 5/odara. 8/arabesco. 9/hegemonia. 10/jogo de cena.

A retomada de pensadores clás-

diência política e social destas classes.

Casas Condomínio Casa Jd. das Palmeiras – alto padrão, aceita imóvel menor valor................ Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imóvel menor Valor........................................ Consulte-nos Rosário de Fátima, aceita imóvel menor Valor:............................................Consulte-nos Colinas de São Francisco, aceita imóvel menor valor.....................................Consulte-nos Euroville (várias opções) a partir de ..............................................................R$: 670 mil Mirante de Bragança – 3 suítes (térrea) ........................................................R$: 580 mil Casa Centro – 4 suítes ...................................................................................R$: 450 mil Apartamentos Jardim São José ........................................................................................R$ 215.000,00 Centro – Dom Aguirre ..............................................................................R$: 235.000,00 Flat – Rua Frei Caneca – SP – mobiliado .................................................R$: 280.000,00 Jardim Nova Bragança – um por andar – Alto Padrão.................................Consulte-nos Edifício Dom Pedro I – mobiliado ..................................................................R$: 600 mil Terrenos Colinas São Francisco (vários) a partir de................................................... R$: 290.000,00 Vales das Águas (vários) a partir de........................................................... R$: 200.000,00 Portal Horizonte...................................................................................... R$: 220.000,00 Terras de Santa Cruz 771 m2................................................................... R$: 145.000,00 Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos Café Centro..................................................................................................Consulte-nos


6

Veículos

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

Mais esportivos

do que utilitários

Subaru Forester supera VW Tiguan no duelo de crossovers por EDUARDO SODRÉ/folhapress

Na disputa em que dirigibilidade é mais importante que valentia no fora da estrada, Subaru Forester foi melhor que Volkswagen Tiguan Há uma categoria entre os utilitários em que a dirigibilidade é colocada acima das aptidões off-road ou da preocupação excessiva com o conforto. É um pequeno nicho, onde estão o Subaru Forester e o Volkswagen Tiguan. Equipados com motor 2.0 turbo e tração integral, esses carros se igualam em desempenho e até na capacidade do porta-malas. São, na essência, mais esportivos do que utilitários. O Forester está no Brasil desde meados dos anos 1990, sempre fiel ao conceito que une motor boxer (cilindros contrapostos, como nos Porsche 911) e tração nas quatro rodas. A geração atual chegou ao país no fim de 2013. O jipe Subaru tem cortes retos e vincos exagerados no para-choque dianteiro. O carro parece estar em constante mau humor. Contudo, o motorista tem motivos para sorrir ao volante. O modelo japonês comporta-se como uma boa perua, apesar de ter posição de dirigir e suspensão elevadas. Mesmo as versões com tração integral de Honda CR-V e Toyota RAV4 ficam distantes em comportamento. No Forester, a tela do sistema multimídia pode exibir até o comportamento da tração, mostrando para qual eixo a força está sendo distribuída. Há também diferentes modos de condução: é possível, por exemplo, escolher uma pegada mais esportiva ou melhorar o comportamento do carro em pisos escorregadios. O Tiguan aposta em outros tipos de tecnologias. A que mais chama a atenção é o sistema Park Assist 2.0. Câmeras e sensores medem o tamanho da vaga, avisam se é possível encaixar o carro lá e comandam o volante. Ao motorista, resta trocar as marchas quando solicitado (ré ou Drive) e dosar o pé no acelerador ou no freio. Para ter esse sistema, é preciso pagar R$ 19.250 por um pacote que inclui rodas aro 18 e bancos dianteiros com aquecimento e ajustes elétricos. O preço do carro chega a R$ 141.110 nessa configuração, e fica ainda mais caro com o kit R-Line: R$ 147.420. O Forester XT não irá estacionar sozinho nem trazer aquecimento nos assentos, mas as outras funções estão lá.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação


Veículos Há ainda fechamento automático do porta-malas por meio de um botão. Por esse pacote, a japonesa Subaru pede R$ 134,9 mil.

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015

7 Foto: Divulgação

Apesar da altura, modelos são semelhantes a carros “normais”

Quem migra de um carro médio convencional para um SUV logo aprende que as curvas ganham um limite menos elástico. Há alguns centímetros a mais em relação ao solo, e também um vão maior entre a cabeça e o teto. O grande mérito de Tiguan e Forester é reduzir o “trauma” dessa passagem. Eles são o que há de melhor em dirigibilidade e potência em sua faixa de preço. Quem quiser mais terá de investir em modelos como o luxuoso Range Rover Evoque (a partir de R$ 193,5 mil). Esportivos, os modelos VW e Subaru chegam aos 100 km/h em pouco menos de 8s. Andam lado a lado também nas retomadas e equivalem-se no consumo mediano de gasolina. O Tiguan é muito parecido com o modelo anterior do Golf, que lhe empresta a plataforma. A próxima geração do SUV usará a arquitetura modular MQB dos atuais médios da Audi e da Volks. Ter uma base “antiga” não é problema para o SUV alemão, pois o conjunto da obra permanece atual. O problema é que o Subaru oferece um pacote mais interessante. Quem não conhece a marca japonesa jamais espera o que aquele SUV carrancudo fará na estrada. A carroceria que suporta bem os buracos da cidade inclina pouco nas curvas, e os controles de tração e estabilidade agem com discrição. A posição de dirigir é bem ajustada no Forester, bem como a disposição dos comandos. Há também maior folga para as pernas no banco traseiro, sendo mais espaçoso que o Tiguan. Ao empatar na pista, custar menos (há ainda uma versão sem turbo, por R$ 115,9 mil) e equilibrar bem conforto e esportividade, o Subaru levou a melhor dessa vez.

Foto: Divulgação


8

Jornal do Meio 778 Sexta 9 • Janeiro • 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.