782 Edição 06.02.2015

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Braganรงa Paulista

Sexta

6 Fevereiro 2015

Nยบ 782 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


2

Para pensar

Jornal do Meio 782 Sexta 6 • Fevereiro • 2015

Ser ou não ser Charlie por Mons. Giovanni Baresse

Estive ausente desta pá-

(“pato”), na linguagem familiar

aos fatos dolorosos. Começo pelo

liberdade tem o direito de vilipêndio.

gina em razão de mais

francesa, significava inicialmen-

segundo: qual tem sido a reação

Em sua viagem às Filipinas o Papa

Expediente

uma oportunidade para

te, “notícia falsa”, “panfleto”,

internacional diante da guerra

Francisco disse que não se deve

visitar a Terra Santa e a Jordânia.

“pasquim” ou jornal ruim. O

sem fim no Sudão? E as ações

ofender a convicção religiosa de

Sempre uma experiência única e

nome Le Canard enchaîné é uma

de morticínio do Boko Aram na

ninguém. Dizia ele que diante de

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919

marcada por surpresas por mais

referência ao jornal L’Homme

Nigéria? O que têm feito as nações

uma ofensa é natural uma reação.

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br

que se conheçam os principais

libre (“O Homem livre”), editado

europeias em relação aos milhares

Deve-se procurar um caminho

locais visitados. Gostaria, todavia,

por Georges Clemenceau(1840)

de prófugos do norte da Africa

que possa colocar em questão

de refletir sobre o ato de terror

que criticava abertamente o go-

que, pagando fortunas, são colo-

as convicções sem ofendê-las. A

que vitimou jornalistas do Charlie

verno da época e foi censurado,

cados em barcos e abandonados à

linha do Charlie Hebdo pode ser

Hebdo e do mercadinho judeu

mudando então seu nome para

própria sorte? Ou navios que são

engraçada, mas muitas vezes é

em Paris. Certamente muito já

L’Homme enchaîné (“O Homem

abandonados pela tripulação dei-

extremamente ofensiva. Desse

se falou sobre o tema, mas julgo

acorrentado”). O Charlie Hebdo é

xando os passageiros à mercê das

modo de ser se dá margem aos

oportuno que não nos deixemos

um jornal semanal que não chega

ondas? Louve-se aqui o trabalho

extremistas de julgarem justa a

levar pelo esquecimento que tudo

à tiragem de 70000 exemplares.

de socorro da Marinha Italiana

morte de ofensores. Personagem

nivela. Desde 1915 existe na Fran-

Ficou conhecido pela tragédia que

e dos grupos de acolhedores de

francês afirmava que na França de

ça um jornal que, de certa forma,

vitimou jornalistas, funcionários e

Lampeduza e outros portos do

Voltaire se tem direito de satirizar

inaugurou modernamente a sátira

policiais ligados a ele. Fixemos o

sul da Itália. Não se vê uma ação

também as religiões. O problema

em amplo espectro. O título desse

princípio fundamental que não se

conjunta para ver como pressio-

é que na parte oposta se afirmara

jornal é “Le Canard enchaîné”,

pode tirar a vida de quem pensa

nar Senegal, Líbia, etc. O que os

o direito de reagir de acordo com

jornal com tiragem de perto de

diferente. Creio que nada justrifica

países tem feito diante do recru-

as próprias convicções. Não é

meio milhão de exemplares. É

o assassinato de quem possa nos

descimento da xenofobia? E nem

um tema fácil o da liberdade de

nós não percebe a diferença de

um dos mais antigos periódicos

ofender. Dito isto há dois temas

falemos da violencia diária com a

imprensa. No fundo quais são

pensamento entre o Estadão e

da França. Apesar de satírico,

que penso abordar: até onde vai

qual parece, já nos habituamos, e

os critérios que norteariam o

a Folha de São Paulo? Da Rede

pratica seriamente o jornalismo

a liberdade de se publicar o que

alimenta jornais e Tvs na explo-

que pode ou não ser publicado?

Globo, da Bandeirantes e da

investigativo nas áreas de política,

se quer (Há limite para a liber-

ração interminável e repetitiva

Critérios religiosos? Critérios

Record? É um tema sobre o qual

economia e negócios. Le Canard

dade de imprensa? Os meios de

dos fatos. Quanto à liberdade

políticos? Critérios econômicos?

devemos refletir. Quanto aos meios

enchaîné, em português, significa

comunicação podem anunciar o

de imprensa parece que se deva

No fundo já existem, em cada ve-

que sejam vistos como ofensivos

literalmente “o pato acorrenta-

que quiserem?) e a triste situação

defender sempre este princípio.

ículo da imprensa, as linhas que

há uma reação simples: não

do”, sendo que a palavra Canard

de que reagimos seletivamente

Fica, todavia, a questão se essa

norteiam as redações. Quem de

comprar e não dar audiência.

Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


Jornal do Meio 782 Sexta 6 • Fevereiro • 2015

Momento Pet

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Saúde bucal por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores! Hoje vamos falar da saúde bucal de nossos pets e alguns problemas que acometem a maioria deles, trazendo sérios danos a sua saúde, além de desconforto. A doença oral é uns dos problemas mais sérios em medicina veterinária e afeta cerca de 70% dos felinos e 80% dos caninos a partir dos 3 anos de vida. Contudo, isso não significa que os filhotes ou animais abaixo dessa idade não possam tê-la. Uma das doenças que mais somos procu-

Alyne, Bruna e seus pequenos

rados pelos proprietário em nossa clínica é a “doença periodontal “. Ela afeta as estruturas de sustentação dos dentes e os tecidos periodontais, além de causar danos secundários a alguns órgãos como coração, rim, fígado, pulmões e sistema nervoso. Decorre devido à presença de mais de 300 espécies de bactérias que se encontram na boca de seu animal que geram a morte da flora benéfica e consequente proliferação dessas bactérias patogênicas. Para se ter uma ideia, a formação da placa bacteria-

Dr. André realizou a limpeza de tártaro do Nick e Guga. A Maria Regina e Valter aprovaram

na já começa a ocorrer após 6 horas da escovação. Os sinais mais aparentes são: - o animal começa a preferir comidas mais moles; - não mastiga mais os grãos de ração, engolindo-os por inteiro; - salivação excessiva; - alteração da coloração dos dentes, podendo ficar manchados ou até cobertos por inteiro; - mau hálito. O tratamento consiste numa remoção das

placas, uso de antibióticos para eliminar a inflamação na gengiva e tecidos, e escovação frequente, além da utilização de produtos de uso periódico que evitam a nova formação, além da escovação. Atenção: essa remoção deve ser feita numa clinica ou hospital veterinário, com anestesia inalatória para maior segurança do procedimento e menos danos ao animal. Para a prevenção, indico o uso de rações que contenham substâncias que auxiliam na não formação da placa, além de biscoitos e escovações periódicas.

Luisa e Petit

Raquel e Chanel

Comportamento

Felizes para sempre Menos solitários, casados reportam maior satisfação com a vida; na estressante meia-idade, apoio do cônjuge faz especial diferença

por NEW YORK TIMES/folhapress

Para quem busca a felicidade, um novo estudo de economia oferece um conselho à moda antiga: case-se. Cientistas sociais já sabiam havia muito tempo que os casados tendem a ser mais felizes que os solteiros, mas não sabiam se isso ocorre porque o casamento propicia a felicidade ou porque as pessoas mais felizes têm tendência maior a se casar. Publicado pelo Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos EUA, o novo estudo incluiu em seus cálculos os níveis de felicidade das pessoas antes do casamento para atestar o poder do matrimônio de trazer bem-estar, ainda que hoje menos pessoas estejam se casando. Em uma escala de zero a dez, a pesquisa mostrou que as pessoas casadas reportaram um nível de felicidade maior em todas as faixas etárias (veja o gráfico à direita). Os pesquisadores já tinham entrevistado as mesmas pessoas anos antes --trata-se de um estudo de acompanhamento contínuo. Com isso, perceberam que era o casamento mesmo que aumentava a felicidade. Os resultados nada têm a ver com uma propensão anterior à felicidade. Ao todo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 300 mil entrevistas, feitas em diversos países. Uma razão disso pode ser o papel exercido

pela amizade no casamento. A solidão é um conhecido fator que leva à infelicidade --mais até do que doenças crônicas. O novo estudo mostrou que as pessoas que enxergam seu cônjuge ou parceiro como seu melhor amigo obtêm o dobro de satisfação de vida com o casamento que as outras. O efeito independe do status legal de casado: ele é igualmente forte no caso de pessoas que vivem juntas sem serem oficialmente casadas. “Talvez o que seja realmente importante seja a amizade, que ela não seja esquecida no meio da correria e das tensões do cotidiano”, diz Helliwell. O psiquiatra Luiz Cushnir, idealizador do grupo de psicoterapia sobre gêneros no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, lembra que mesmo quem passa por um divórcio muitas vezes volta a se casar. Ele afirma que, especificamente para os homens, o casamento tem impacto inclusive profissional. “De alguma forma, o casamento os qualifica. Há estudos que mostram que homens casados ganham mais do que os solteiros.” meia-idade Os estudos mostram que os benefícios da amizade entre cônjuges são sentidos especialmente na meia-idade, quando as pessoas tendem a sentir menos satisfação

com a vida, principalmente porque essa é uma fase em que as exigências profissionais e familiares impõem mais estresse. “Os maiores benefícios são sentidos em ambientes com alto nível de estresse. As pessoas casadas lidam melhor com o estresse da meia-idade que as pessoas solteiras, porque elas compartilham os

problemas e a amizade com o cônjuge”, disse Helliwell. No entanto, a terapeuta de família e casal Flávia Stockler lembra que nem tudo são flores. “A vida em casal não é fácil, há uma porção de frustrações e é preciso renunciar muitas vezes. Nunca vai existir satisfação 100% plena.”


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Jornal do Meio 782 Sexta 6 • Fevereiro • 2015

por Shel Almeida

O Brasil é um país de várias culturas, cada povo que aqui chegou, trouxe consigo suas tradições, seus costumes, seu modo de ver, entender e interagir com o mundo. O que percebemos é que, mesmo o país sendo um lugar social e culturalmente e miscigenado, algumas culturas e tudo o que se diz respeito a elas, são mais bem aceitas do que outras. E isso diz respeito também à religião. Por falta de conhecimento e de interesse em conhecer as religiões de matriz africana são as que mais sofrem com o preconceito que vem sendo propagado há séculos pela arrogância daqueles que acreditam ser os donos da verdade e da única sabedoria que merece ser respeitada. Com a intenção de dar maior visibilidade às religiões dos povos de matriz africana e Umbanda, foi realizada, no dia 25 de janeiro, em Bragança, a IX Festa de Oxossi/São Sebastião. Criada em 1985 pelos baluartes Pai Miro, Pai Adão, Mãe Aurora. Dona Alzira e Seu Dito, a festa aconteceu anualmente até o ano de 1993. Foi retomada em 2004 e hoje faz parte do Calendário Cultural da Cidade. A festa, que atrai centenas de pessoas, traz em si o sincretismo religioso tão conhecido do brasileiro, é realizada pela Associação Bragantina de Umbanda e Candomblé. O Jornal do Meio esteve no Ilê Sangô Agodô e Yemonjá Sobá para uma conversa simpática e enriquecedora sobre o Candomblé com o Babalorixá Ominzingá Pai Bil de Sangô.

Canto de Assembleia

“No Candomblé nós adoramos a Deus, Olorum Deus Supremo, através da forças da natureza. Sabe-se que a tradição dos Orixás é africana. Na nossa vinda ao Brasil, nessa vinda sem querer, enquanto todo mundo veio em busca de esperança de uma vida melhor, nós viemos a ferro e fogo, e aqui, dentro das senzalas, nós seguimos todo mundo misturado. Porque o continente africano, ele é grande, mas é um continente, é dividido em vários países, várias tribos. E cada tribo, cada povo em si, tem a sua liturgia a determinado Orixá. O povo de Angola é Iansã, nós, nigerianos, somos Xangô. E aqui no Brasil, seguimos todo mundo na mesma situação, na mesma condição dentro das senzalas. Então, como a gente poderia fazer a liturgia escondida dos senhores e contentar todo mundo? Foi dado um momento para cada Orixá e aqui no Brasil nasce o Candomblé, que é uma palavra de origem banto que quer o ‘Canto de Assembleia’, onde todo mundo se reúne para dar louvação. O Candomblé é uma das únicas religiões que respeita a pluralidade, a diversidade e a sexualidade das pessoas. Aqui dentro do Candomblé nós abraçamos todo mundo, inclusive as outras religiões, que nós respeitamos. O Candomblé é uma união dos povos africanos e o canto de assembleia se dá aqui no Brasil”, conta Pai Bil. Para seguir o Candomblé é preciso, ante de tudo, conhecer. Muitos são criados na religião e seguem a tradição familiar. O próprio Pai Bil é da terceira geração da família a comandar um Ilê, ou o terreiro, como é popularmente conhecido. Antes dele foi sua avó e, posteriormente, seu tio. Sua filha já começou a desenvolver seus conhecimentos dentro da religião, mas ainda é cedo para saber se ela será, um dia, como como foi a avó, uma Mãe de Santo. “Geralmente as pessoas vêm até o Ilê para conhecer, acabam se encantando e ficando. Mas nós sabemos que toda pessoa quando nasce, ela já nasce como uma missão e nasce dentro de um odum, nasce filho de determinado orixá e com o passar do tempo esse orixá se manifesta e as pessoas acabam vindo em busca de saber o que é que está acontecendo. E quando chega aqui a gente tem a missão de iniciar, tratar de esclarecer para

aquela pessoa. É um chamado. Quem nasceu para ser católico, vai ser católico, quem nasceu pra ser evangélico, vai ser. Todos vão para a Igreja para cuidar da espiritualidade, a mesma coisa fazem os budista, judeus, muçulmanos, cada um. E quem nasce para ser candomblecista também já trás isso dentro de si mesmo sem saber e acaba vindo buscar o conhecimento e acaba descobrindo suas origens e acaba dentro da religião. Vai chegar uma hora da vida que ele vai escutar o chamado do Orixá e começar compreender a si, primeiramente. Essa particularidade que temos com o nosso Orixá é muito íntima. Quando chega aqui acaba se encontrando”.

História escondida

“O Candomblé ficou muito mal visto no Brasil por causa do jeito como foi mostrado, por causa de um pré conceito. Quando não tem uma explicação se julga sem conhecer, porque quando vai conhecer vê que não é nada daquilo que é passado. Isso já vem por fatores históricos da nossa escravidão. A escravidão deixou essa herança para gente, por isso que encontramos ainda os grilhões nos prendendo. Quando a pessoa busca a história realmente como é passada, não como as autoridades da época quiseram deixar a história, ela vê a verdade. Quem deixou as nossas as tradições maléficas foram os mandantes na época. Havia muitas situações, durante a escravidão, que não havia quem nos acudisse. Quando havia as atrocidade para quem a gente ia reclamar? Pra Igreja, que era a favor da escravidão? Para o sistema, que foi quem implantou a escravidão? A gente só podia reclamar para os nossos Orixás, principalmente para o mais renegado dos Orixás que é Exu, porque é mais próximo de nós, do ser humano. A gente ia pedir para Exu nos socorrer para não levar chibatada, para que nossas filhas e sobrinhas não fossem violentadas e Exu agia. Só que aí, isso ficou como sendo o mal. Mas o que não diziam é que os Senhores que tinham o mal dentro de si, porque como é que um ser humano é capaz de escravizar outro? Nós não tínhamos alma, não podíamos entrar na igreja porque não tínhamos alma. Um cavalo podia entrar, mas nós não. Daí da para ver o absurdo e as situações são inúmeras em que a história se acovarda e não conta, ou conta do jeito que bem entende. Eu sempre que tenho a oportunidade eu esclareço que nós não temos nada de maléfico, a diabolização não existe no Candomblé, nós não acreditamos nisso, Exu é tão somente um Orixá. Nós não temos a figura diabólica, nós sabemos que nós temos a imperfeição do espírito, que é quando nós nos enchemos de ódio, de vaidade, de orgulho, e nós precisamos melhorar. Então o mal está dentro da gente. Quem é que não tem a caridade no coração e não tem o ciúme? Quem é que não tem a bondade e não tem o ódio? O ser humano é imperfeito e tem o bem e o mal dentro de si”, fala Pai Bil. De acordo com Pai Bil cerca de 30% da população bragantina segue o Candomblé, a Umbanda, ou o Kardecismo mesmo que não sejam adeptos declarados. Muitos não se assumem dentro dessas religiões, que em comum têm a crença na reencarnação e na vida após a morte, por medo da discriminação e de associações pejorativas. “A Festa de Oxossi acontece, também, para desfazer mentiras e para mostrar que fazemos parte da sociedade”, fala. Pai Bil convida a quem quiser conhecer mais sobre o Candomblé, a participar do próximo encontro que acontece no Ilê Sangô Agodô e Yemonjá Sobá, neste sábado, dia 7 de fevereiro, a partir das 15h. O Ilê fica na Rua Casper Líbero, 233.

Altar para Oxossi e São Sebastião na IX Festa de Oxossi. Sincretismo religioso é uma marca do Brasil

Ato de reverência e respeito a Oba Olufon, Rei Nigeriano que esteve no Brasil e visitou o Ilê Sangô Agodô e Yemonjá Sobá

Os irmãos no Santo - Babalorixás Bil de Sangô e Edson de Osun

Quem está à frente do Ilê Sangô Agodô e Yemanjá Sobá é o Babalorixá Bil de Sangô.


Reflexão e Práxis

Jornal do Meio 782 Sexta 6 • Fevereiro • 2015

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Relativo a cavalaria

Hiato de “suado” Deserto situado ao norte da China Bismuto (símbolo)

Conceito da teoria junguiana

por pedro marcelo galasso

Trecho conclusivo de uma sinfonia Outorgue Adobe (?), tipo de aplicativo

Movimento arrebatado Suprimir; extinguir

Grupo de línguas célticas britânicas

Entidade que forma comerciários Ânsia; sofreguidão A voz que se opõe à passiva (Gram.)

Matriz de empresa Desleal (fem.) Apressada; precipitada

O assas- Indicador econômico sino do rei calculado Laio (Mit.) pela Fipe

Desinência do plural Sim, em francês

Símbolo de Sinal continente gráfico na bandeira que indica olímpica nasalação Capazes de confundirRetrovírus se com o causador ambiente da Aids (animais) Relativa ao estudo das deformidades

BANCO

Civilização de Copán Lábio, em inglês

Letra do medicamento genérico

10

Solução

OB

T

Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com

Comic-(?) Experience: evento nerd sediado por São Paulo em 2014

A

estrelas palpáveis que já se passaram por nós no decorrer da vida. Deitada em meu tapete, nesse mesmo céu de estrelas e presa dentro do meu curto processo de retorno, fechei os olhos e sorri, agradecendo a oportunidade de mais um dia. Ali, pude perceber que esse mesmo riso caminhou por diversas estradas... Galáxias, constelações inteiras. Um dia ele acordou como o de costume e cansou do seu próprio falso brilho. Cansou das promessas de felicidade eterna, dos risos intermináveis... Do conforto que a certeza do sorriso fácil lhe fornecia. Ele entendeu que para o eterno brilho de uma estrela verdadeiramente feliz, o primeiro passo a se tomar era o de reconhecer a simplicidade contida dentro dele mesmo. Meu riso entendeu que só começaria a transbordar sorrisos – e felicidade - no dia em que a comandante dos seus lábios parasse de tentar modificar os acontecimentos e buscasse dentro dela, aquilo que ela realmente queria para a vida. E que ela possa Respeitar cada vez mais o universo e as suas escolhas. Que ela aprenda definitivamente que se não se pode modificar a vida, mais fácil é que ela apenas permita que a vida a modifique. Que ela encontre, entre tantos elementos nessa estrada, a sabedoria da possibilidade e que graças as possibilidades advindas do tão temido “diagnóstico cruel”, se depare frente a raiz de todos os sorrisos mais verdadeiros do mundo: A beleza contida e presente na simplicidade de uma inação. Deitada em meu tapete, nesse mesmo céu de estrelas e no silêncio do meu coração, descubro que existe um lugar que não sabe fazer nada. Ele fica ali, quietinho, a espera de todos os acontecimentos na minha vida... E é dele que vem toda a minha simplicidade de agradecer por mais um dia. Dele vem o meu “muito obrigada”, o meu “não” e o meu “volte sempre”. Ele é a manifestação mais pura dos meus abraços apertados e do meu desejo de olhar sempre nos olhos enquanto converso com as pessoas. E assim, por reconhecer-se simples, ele agradece a tudo – e a todosÀ você, querido leitor, que céu te comove, quantas estrelas (re)conhece? Desejo a você que exista sempre um grande universo a se descobrir... E se esta difícil agora, tenha apenas um pouco de paciência. Deite-se no seu tapete de flores e folhagens e permita-se contemplar a vista... À você, faço um brinde a vida... E as diversas formas de seguir em frente...

Coerência CentroOeste (abrev.)

“(?) To Me”, série de TV com Tim Roth

Modelo de calçado de cano curto

DE

São 3 da manhã de uma segunda-feira comum, mas resolvo voltar ao meu local de origem... O mesmo tapete macio, fabricado de flores e folhagens um tanto quanto já molhadas pelo orvalho. Foi exatamente nesse local onde tudo começou: O surgimento do primeiro texto no blog, frente ao receio em escancarar o diagnostico aos amigos e desconhecidos. Naquele mesmo gramado, comemorei silenciosamente cada um dos meus primeiros passos pós tormentas quimioterápicas. Foi ali que me redescobri bípede e conheci tão intimamente o poder gerado apenas pelo “acreditar”. Uma grande e interminável conversa com a alma, onde apenas as estrelas serviam de testemunha. E como me ouviam... Como me compreendiam. Poucas pessoas sabem, mas ainda guardo um gasto pedaço de papel onde deixei registrado os meus objetivos de vida, os reais motivos para lutar e assim sobreviver ao diagnóstico. Escrevi de improviso, confesso, estava com medo de não “aguentar” a segunda cirurgia. Hoje, enquanto o aperto carinhosamente em minhas mãos, sinto que o grande prêmio de todas as dores físicas resume-se aos inúmeros – e inesquecíveis - momentos de plenitude. O câncer representou o contato mais próximo que já tive com a morte... E a essência mais bonita de querer intensamente descobrir o que é realmente a Vida. “Por minha família, por quem sou e por quem ainda sei que posso me tornar...” Cada jornada nessa vida teve, tem e sempre terá um tom efêmero, se não existir um objetivo. Eterno mesmo, apenas o fruto, a experiência recolhida e assim absorvida de cada um desses processos... Hoje, nesse mesmo céu de estrelas, reconheço e assim me apaixono pelo emaranhado de processos nessa jornada... Quando dei por mim, já estava quase que bem longe dos meus 23 anos... De todo esse contato próximo com a morte, restou-me apenas algumas cicatrizes, histórias para contar e as pegadas de cada um dos caminhos pelos quais acreditei – e assim trilhei. O grande tapete de flores e folhagens já não é mais o mesmo – e nunca mais será. As antigas folhagens serviram de adubo para as novas, por reconhecer que tudo nessa vida também contêm tempo determinado. Assim como as estações... E as sensações... Quanto as estrelas, se o universo é infinito, os cientistas supõem que o número de corpos celestes que o compõem deve ser igualmente infinito. Nós só podemos contar o número que fica na parte visível do cosmo, aquela cuja luz chega até aqui no nosso planetinha Terra. 5 mil, segundo um famoso site de curiosidades aqui da internet. Não consigo pensar em outro assunto ao escrever esse texto: O número de estrelas visíveis em nosso grande céu é proporcionalmente parecido com o número de

Costume prejudicial Proibição social

A N O T I I G B U I O DA

por Evelin Scarelli

Antiga companhia aérea brasileira

C P

Estrelas

Lance do tênis Cabana russa

B E R G A N T I M

Lenço Cor de Rosa

Isabela Boscov, crítica de Cinema

A C I L R A S O S U I I CA

Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. Email: p.m.galasso@gmail.com.br

Processo de criação de um ser (Filos.)

Satélite que estuda sismos estelares

O M I P O C O R I A V A R T A C O O C E T O S E N Ã O E I D P T I C I P L O G

pois nem sempre os congressistas votam no que seria melhor para o país, ou seja, nem todos são capazes de reavaliar suas posições e discutir temas difíceis ou mais controversos para o bem do país. Além disso, o sistema de voto secreto no Congresso é perigoso já que o congressista é uma pessoa pública e que deve satisfação de seus feitos, erros e acertos aos seus eleitores. Ocultar o voto em um momento delicado da política brasileira significa ocultar a personalidade e o caráter político do mandato, isso sem contar que o mesmo parlamentar pode prometer seu voto para mais de um candidato segundo a lógica do “o que eu ganho”. Sejamos francos, as trocas de favores, as promessas de ganhos e as barganhas políticas são comuns e praticadas pelos partidos políticos de forma desavergonhada e fisiológica. É como se estas ações fizessem parte do processo de funcionamento do Congresso e de todas as casas políticas brasileiras. E antes que me chamem de leviano ou de generalizador que apontem uma casa legislativa na qual este processo não ocorre. Os fatos são reais por mais tristes e vergonhosos que possam ser. As perguntas que ficam são as seguintes – quem pagará a conta do processo eleitoral e as horas-extras trabalhadas? O que ganhamos com os vencedores? Qual o grau de influência do eleitorado sobre o seu congressista? Quanto as imagens dos vencedores no Congresso, bem, é época de Carnaval, de alegria, de entorpecimento, de diversão desenfreada e de esquecimento. Afinal, para a maioria o ano ainda nem começou.

Período histórico e cultural valorizado pelos renascentistas “Nacional”, em Inpe

3/air — con — lie — lip — oui. 5/corot. 9/bergantim. 12/teratológica.

A eleição dos presidentes das casas do Congresso nacional brasileiro foi alvo de disputas partidárias, ameaças, promessas politiqueiras e pela defesa do mesmo, ou seja, pela defesa da manutenção dos partidos políticos na estrutura de poder e não na ideia de um projeto para o país. Os discursos dos candidatos eram sufocados pela possibilidade de ganhos dos partidos nanicos, além do temor do Poder Executivo da presença ou não de seus aliados no Congresso. Aliás, creio que nem mesmo o governo saiba quem está ao seu lado e com quem pode contar. Novamente, assistimos a tudo a distância, como se a eleição dissesse respeito somente as estruturas de poder, como se o Congresso Nacional fosse autossuficiente e, portanto, uma estrutura que vive por si só e com uma lógica excludente, entendida tão somente por seus membros. Fica clara a ideia de democracia do Brasil – votamos, assistimos e nos lamentamos para que o ciclo se repita indefinidamente. Foi como assistir a apuração dos desfiles das escolas de samba na TV. Os cabos eleitorais tentando angariar votos até o último segundo, uma suposta lista de cargos a serem distribuídos circulava pelos plenários, complementada pela lista de ameaças de perseguições e de boicotes, mas, ao final de tudo, os urros de alegria dos vencedores e a revolta ou incredulidade dos derrotados encerraram o processo eleitoral. Em uma lógica de inimigos e de oposição cega, esta eleição marca um capítulo triste de um ano que aparentemente será difícil em vários aspectos. Não nos cabe julgar o caráter dos eleitos, nem questionar suas posições já que, como parlamentares eleitos pelo voto popular, eles representam parte do pensamento e das posturas do eleitorado brasileiro. No entanto, a forma de defesa e de posicionamento frente as questões que dizem respeito a todos nós deve ser considerada e observada com cuidado,

Residira Rio que corta Turim (Itália)

A F I Ç A M E L T O

do Congresso

(?) de água: medida extrema na época de escassez de chuvas

© Revistas COQUETEL

Antiga embarcação à vela ou a remo

E A R Q U A U A C E I S B B O T I N R G A E L M I S E D E N I T R A AF O I T M I H I V T E R A

O Carnaval antecipado

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Veículos

Jornal do Meio 782 Sexta 6 • Fevereiro • 2015

Bikes

Demanda por manutenção e acessórios têm movimentado lojas de bikes por GUILHERME SILVEIRA/RODRIGO MORA/folhapress

Cruzar a avenida Paulista

Segundo Eduardo Musa, presidente da

tem sido tarefa demorada

Caloi e vice-presidente da entidade, a

para quem tenta realizá-la

instalação das vias especiais costuma

de carro: desde o dia 5 de janeiro, um

dar resultados a médio ou a longo

dos pontos mais famosos da cidade

prazos, a exemplo do que aconteceu

tem as pistas da esquerda de cada

em diversos países europeus.

um dos sentidos interditadas para a

“Nos últimos dois anos, muita gente

instalação de uma ciclovia.

começou a tirar as bikes da garagem,

Com 4 km de extensão, ela se conec-

o que é positivo e indica o início

tará a outros 11 trechos, ligando as

de uma mudança cultural no uso

regiões do centro, do Pacaembu, do

da bicicleta”, esclarece. O próximo

Ibirapuera e da Vila Mariana.

balanço do setor será divulgado em

A mesma intervenção sofre a rua

abril e trará pela primeira vez dados

Amaral Gurgel, sob o Minhocão. As

exclusivos da capital.

duas novas ciclovias fazem parte dos

Além das ciclovias, uma das promessas

183 km atuais e 400 km prometidos

do prefeito de São Paulo é defender a

pelo prefeito Fernando Haddad para

isenção dos impostos para fabricantes

até o fim do ano.

de bicicletas, que hoje pagam IPI,

A mudança urbanística vem fortale-

Cofins e ICMS.

cendo a cultura do uso da bicicleta,

porte individual mais racional. Lojistas

Conheça locais para pedalar em São Paulo além das ciclovias

afirmam que ainda não houve um

Além das ciclovias e das ciclofaixas

crescimento significativo na venda

de lazer, há muitos lugares para curtir

de bikes. O que tem aumentado é a

passeios de bicicleta pela cidade de

procura por serviços de manutenção

São Paulo.

e a comercialização de acessórios.

Os mais radicais podem aproveitar o

“Houve uma explosão em 2013 com as

Radial Bike Park, que fica sob o Via-

ciclofaixas destinadas ao lazer. Hoje,

duto Alcântara Machado, na Radial

o negócio é mantido por clientes que

Leste. Aberto às terças e quintas (das

tinham uma bicicleta encostada e

18h às 20h), tem rampas de madeira

resolveram voltar a andar nos fins de

e diversos tipos de obstáculos.

semana”, resume Maurício José da

Os fãs de mountain bikes têm no

Silva, um dos donos da Indy Bikes.

parque municipal Cemucam (Rua

Assim como nos automóveis, as bici-

Mesopotâmia, s/n), no município de

cletas poderiam ter menor preço se a

Cotia (grande São Paulo), o local mais

carga tributária fosse menor.

indicado para a prática. Arborizado,

Marcelo Ravena, da Ciclo Ravena,

oferece uma trilha sinalizada com 7,6

culpa os tributos por ter a oficina

km de extensão. Funciona diariamente

como carro-chefe, e não as vendas.

das 7h às 18h, e a entrada é gratuita.

“Com tantos impostos, fica difícil

O acesso é feito pelo km 25 da rodovia

competir. Hoje você compra uma

Raposo Tavares.

bike lá fora por R$ 1.000, enquanto

Outro local próprio para andar de

o mesmo modelo custa R$ 5.000 no

mountain bike é a Serra do Japi (a

Brasil”, analisa.

cerca de 60 km da capital). As trilhas

cada vez mais intensificado pelos argumentos do bem-estar e do trans-

Produção

de terra no local, que fica próximo às cidades de Jundiaí e Cabreúva, têm

De acordo com dados da Abraciclo

entre 30 km e 36 km de extensão,

(associação das fabricantes de mo-

com diferentes graus de dificuldade.

tocicletas e bicicletas), a fabricação

Quem anda de bikes do tipo “speed”

nacional caiu 10% em 2014 quando

conta com o Pelotão do Jóquei, tra-

comparada ao ano anterior -de 4,3

dicional grupo que se reúne aos

milhões para 3,9 milhões.

domingos e feria-


Veículos

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dos em uma praça a cerca de 100 m

junto do guidão pode ser do tipo “gatilho”

em acessórios.

LEDs à prova de água. O custo médio

da ponte Cidade Jardim, na Marginal

ou “grip shift”, que funciona ao girar o

Para quem usa a bicicleta como trans-

é de R$ 40 o par.

Pinheiros. O percurso tem cerca de 90 km

seletor perto da manopla.

porte urbano, o mais importante é a

Suporte para garrafa de água também

e é indicado a ciclistas mais experientes.

Quanto ao quadro, opte por materiais

trava. Há modelos dos mais diversos,

vale o investimento, já que tem encai-

É possível se informar sobre as atividades

leves. Os de alumínio praticamente subs-

mas, segundo Braga, da Bike Time,

xe universal (podendo ser transferido

do grupo na página mantida no Facebook.

tituíram os de aço por não enferrujarem.

“as opções tipo corrente são facil-

para uma nova bicicleta, por exemplo)

Os quadros em carbono pesam entre 9 kg

mente cortadas. Muita gente prefere

e custa em torno de R$ 25.

e 11 kg e são mais resistentes, porém seus

usar a trava tipo cadeado em ‘U’, que,

Já as garrafas podem ser básicas (cerca

Surgidas em 1860, as bicicletas não tar-

preços são bem mais elevados.

apesar de pior para carregar, é a mais

de R$ 30) ou mais sofisticadas, como

daram a virar objetos de desejo entre as

Outro periférico que pede atenção são

resistente”.

as térmicas, ao preço médio de R$ 55.

classes sociais mais altas.

as suspensões. Modelos mais acessíveis

Quem pedala à noite não deve sair de

Espelhos, compostos por lentes plás-

Na época, a incrível invenção oferecia uso

costumam ter as dianteiras com curso de

casa sem o kit de iluminação, composto

ticas, custam entre R$ 35 e R$ 80 e

pouco amigável e não era ágil, graças aos

5 cm e sem opção de travar sua ação --o

por lanternas dianteira e traseira com

são vitais no tráfego urbano.

pedais junto da enorme roda dianteira.

que rouba energia ao pedalar em subidas,

Mais de 150 anos depois, a realidade das

por exemplo. De acordo com Eder Braga,

bikes é outra.

gerente da Bike Stop, “vale investir em

Além de cumprirem outros papéis sociais,

bikes a partir de R$ 1.500, com suspensões

as bicicletas são ícones de tecnologia e

de curso maior e com trava”.

História

podem muitas vezes custar mais do que um carro novo.

Rodas e freios

Os materiais usados também avançaram:

Vai longe o tempo em que rodas grandes

hoje, os quadros podem ser de fibra de

eram sinônimo de 26 polegadas. Atualmen-

carbono. Há modelos com sofisticadas

te, as bikes têm aros de 27,5” e até de 29”.

suspensões dianteira e traseira, além de

Porém, em mountain bikes, o aro 29 é

freios a disco.

mais indicado ao uso off-road e a ciclistas

Ciclista novato deve checar periféricos

a partir de 1,80 m. O aro de 27,5” pode ser uma boa pedida por não pesar tanto nas pedaladas iniciais.

Decidir sobre freios, transmissão e pneus

Já o uso de freios a disco não é tão impor-

é fundamental para aproveitar pedalada

tante quanto parece. Segundo Luciano

com segurança e comodidade

Maschetti, chefe de mecânica da Bike Time,

Itens como guidão e selim também podem

“dependendo do sistema a disco, pode-se

ser trocados para que usuário encontre

ter dificuldade na hora de achar uma pas-

ergonomia ideal

tilha similar, sem contar que elas duram

Tão importante quanto escolher o tipo

menos. Os sistemas em ‘V’ normalmente

de bicicleta para cada uso, é checar se os

dão conta do recado e têm manutenção

periféricos também atendem às necessida-

bem mais simples”.

des dos ciclistas --sobretudo os novatos.

parâmetros a precisão e a durabilidade.

Travas e luzes são fundamentais para uso urbano das bicicletas

Normalmente, os modelos com 21 marchas

Depois de escolher a bike certa e os pe-

atendem a contento o pedalar no uso diário

riféricos que se adequam ao seu estilo e

e para lazer. O acionamento (trocador)

tipo de uso, o ciclista ainda deve investir

Geralmente o item mais caro, a transmissão deve ser escolhida tendo como principais

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress


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