Braganรงa Paulista
Sexta
20 Fevereiro 2015
Nยบ 784 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 784 Sexta 20 • Fevereiro • 2015
Quaresma por Mons. Giovanni Baresse
Iniciamos na quarta feira o tempo quaresmal. Tempo penitencial que prepara para a festa mais importante e basilar dos cristãos: a Ressurreição de Jesus Cristo! Antiga tradição marca quarenta dias simbólicos entre início da quaresma e Páscoa. O número 40 tem forte incidência bíblica e significa um tempo especial onde se vivem experiências radicais; também a experiência de relacionamento profundo com Deus. Baste lembrar os 40 anos de caminhada dos hebreus pelo deserto (uma grande peregrinação da terra da escravidão para a terra da liberdade – Êxodo 15 e ss.); os 40 dias e noites de Moisés no Horeb (Deuteronômio 9,9ss.); os 40 dias para Nínive ser destruída se não se convertesse (Jonas 3,4); os 40 dias de jejum de Jesus, também no deserto, um tempo largo de experiência com as limitações humanas e as propostas do mal (Lucas 4,2). Este tempo quaresmal sucede à celebração do carnaval. Este tem suas origens próximas às festas da Roma pagã. Os cristãos foram inculturando hábitos e tradições. E na perspectiva da celebração do Ressuscitado “cristianizaram” ritos pagãos. Por isso se tornou prática, após os folguedos carnavalescos, chamar a atenção, de forma
mais forte, para uma Festa que dá sentido à existência humana e que se prolonga para além do calendário: a Páscoa! É verdade que na quaresma salienta-se, pela devoção popular, o caminho sofrido de Jesus Cristo. É preciso, porém, recuperar o significado principal do chamado á conversão. A escolha dos textos bíblicos que serão lidos nas celebrações eucarísticas terá esta tonalidade: chamar a atenção para o estilo de vida dos cristãos. Ao lado disso, aqui no Brasil, faz mais de 50 anos se propõe algum tema que leve a olhar a realidade na ótica de fé. E abra perspectiva de ações concretas que manifestem conversão. É a Campanha da Fraternidade. Neste ano “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. Com o lema: “Eu vim para servir” (Marcos 10,45). Seguindo a metodologia já consagrada nas ações pastorais da Igreja a proposta é colocada na linha do Ver-Julgar e Agir O objetivo geral da campanha é assim proposto: “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”. Junto vêm o delinear de objetivos específicos: 1 – Fazer memória do caminho percorrido
pela Igreja com a sociedade, identificar e compreender os principais desafios da situação atual. 2- Apresentar os valores espirituais do Reino de Deus e da doutrina social da Igreja, como elementos autenticamente humanizantes. 3 – Identificar as questões desafiadoras na evangelização da sociedade e estabelecer parâmetros e indicadores para a ação pastoral4 – Aprofundar a compreensão da dignidade da pessoa, da integridade da criação, da cultura da paz, do espírito e diálogo inter-religioso e intercultural, para superar as relações desumanas e violentas. 5 - Buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa, família e sociedade. 6 – Atuar profeticamente, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária. Na primeira parte do texto base é apresentado um breve histórico das relações entre a Igreja e sociedade no Brasil: os inícios da evangelização de origem portuguesa, os períodos difíceis da era Vargas e do tempo do regime militar, o empenho para a redemocratização do país. Faz-se uma análise dos atuais desafios: demografia,
urbanização, crescimento econômico, a questão das minorias, a violência. Segue-se enunciado do serviço das comunidades católicas à sociedade: desde as entidades de assistência até as ações como participação na construção da Lei da “Ficha Limpa”. Destaca-se o esforço na busca de caminho comum entre as igrejas cristãs e outras confissões religiosas. Também o empenho de diálogo com a sociedade cada vez mais plural. A segunda parte do texto base é dedicada ao fundamento da ação da Igreja na sociedade. Essa ação se move pelo dever de levar o Evangelho a todos os ambientes e a todas as pessoas. Não se caracteriza a ação da Igreja na busca de hegemonia ou submissão. A ação evangelizadora que ser como uma luz que pode conduzir para a realização plena da vida digna. Faz-se menção à Doutrina Social da Igreja como uma fonte onde a sociedade e os indivíduos podem encontrar fundamentos para responder à problemática dos nossos dias. Finalmente, na terceira parte, apontam-se critérios e caminhos para construir os objetivos apresentados. A saber: Critérios: dignidade humana, bem comum e justiça social. Serviço da Igreja à Sociedade. Caminhos: proteção dos direitos
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
fundamentais. A ação das pastorais sociais (Criança, Menores, etc.). Diálogo e colaboração em vista do bem comum. Participação nos Conselhos paritários, participar na Reforma Política, etc. Enfim, como lembra o Papa Francisco, uma Igreja que não tenha medo de sujar- se com a lama da indiferença, da disparidade social, da miséria, da exclusão.
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Momento Pet
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O Carnaval
foi agitado aqui também por Dr. André Alessandri
Antenado
Escritora exorciza
seus homens cachorros Paulista Ivana Arruda Leite, que começou carreira após 30 anos como funcionária pública, lança inédito e antologia,título da obra mais recente vem do termo que usa para chamar os desamores; ‘Não acredito em final feliz’
por BARBARA GANCIA/FOLHAPRESS
Ela conheceu a receita para o sucesso sacolejando por uma estrada tortuosa. Para chegar até a suíte executiva da “penthouse” do Shangri-lá, a escritora Ivana Arruda Leite, 63, sobreviveu a uma existência de fracassos profissionais, desilusões amorosas e de trancos e barrancos com a ordem e a insubordinação. Passou 30 anos batendo cartão como funcionária pública em dois empregos distintos, que detestava, e levando uma existência que não era a dela, até o fatídico encontro transformador de vida com o amigo editor da conhecida do padrinho da tia da manicure. É sempre assim, não? Sua vida pessoal teve uma temperatura constante entre o “doidivana”, nome do blog que escreve para registrar o mundo ao redor (doidivana.wordpress.com), e o apocalipse. Nascida em Lins, em 1951, transferida com a família para a capital aos 8 anos e curtida e cozida entre o bairro de Pinheiros e o curso de Ciências Sociais da USP, por imposição daquilo que na época parecia ser a quase soma de toda a humanidade, acabou se casando com o menino certinho, bancário do bairro do Belenzinho. Nada a ver. Veio a separação, depois de uma filha a quem todos os livros são dedicados, e uma eternidade jogada fora em noitadas infelizes antes que pudesse se concentrar exclusivamente nos altos e baixos das Leocádias e Dolores, personagens de seus contos. “Essa mulher sobre a qual eu escrevo, ela deu errado”, explica. “Ela não é bonita, está num emprego horroroso, é mal sucedida.” Puxa. “Deu errado, muito errado”, enfatiza como se estivesse falando de suas próprias topadas enquanto o dedão ainda lateja. Tentativa de suicídio misturando Lexotan
com uísque depois de um feriadão de chuva, desamparo, bares e depressão. Entendi. O que na vida real é desgraça, no imaginário da menina espevitada do interior, que depois de ler Monteiro Lobato passou a entupir gavetas com as folhas de seus escritos, se materializa nas desventuras que ora recheiam o lançamento, “Contos Reunidos”, uma edição garbosa produzida pelo selo paulista Demônio Negro de histórias já publicadas. Ou noutro lançamento simultâneo, pelo mesmo selo, do inédito “Cachorros”, título que não versa sobre temas ligados à cinofilia, pasme, mas rende homenagem à expressão mais usada por Ivana para humilhar os (des)amores de sua vida.
por sua obra (seu “Ao Homem que Não Me Quis” foi finalista do Prêmio Jabuti em 2006) batia ponto na Secretaria do Bem Estar do Campo Limpo, em um emprego do qual não tem saudades. Pule para 2015 e Ivana dá-se ao luxo de levar vida de aposentada. “Faço pilates e musculação.” Pois é. Literatura é boa e a gente gosta. “Sempre fui a outra”, diz sem se importar em dar bandeira sobre o grau de intimidade com suas personagens --que despertam tanta empatia em quem as descobre quanto a vida pregressa da autora. Seja essa mulher imaginária a pobretona patética, que gasta todo o salário no jantar do restaurante grã-fino dos Jardins. Ou a mãe que está no carro do namorado da filha
quando ele sofre um acidente mortal. Ou, ainda, aquele protótipo de mulher previsivelmente dada a “amores servis”. “Não acredito em final feliz”, admite Ivana. “Eu mesma só comecei a assentar depois dos 60.” Isso quer dizer que ela teria encontrado uma vacina contra os males do coração? “Não escrevo para dar conselhos a ninguém. Não faço autoajuda feminina e estou me lixando para o que as mulheres fazem de suas vidas. Cada um que cuide de si, homem ou mulher”, esclarece. “Mas morro de dó de quem vive em função (do romance).” Alguém chorei, não sei quem fui? “Olha, quem cai nessa não entendeu nada”, arremata. Anotado, Ivana. Em tinta indelével. Foto: Fabio Braga/Folhapress
Receita
Sua “Receita para Comer o Homem Amado” também pode confundir até a cozinheira mais experimentada: “Pegue o homem que maltrata, estenda-o sobre a tábua de bife, comece a sová-lo pelas costas. Depois pique bem picadinho e jogue na gordura quente. Acrescente os olhos e a cebola. Mexa devagar até ficar dourado. A língua, cortada em minúsculos pedaços, deve ser colocada em seguida, assim como as mãos, os pés e o cheiro verde. Quando o refogado exalar o odor dos que ardem no inferno, jogue água fervente até amolecer o coração. Empane o pinto no ovo e na farinha de rosca e sirva como aperitivo. Devore tudo com talher de prata, limpe a boca com guardanapo de linho e arrote com vontade, pra que isso não se repita nunca mais.” Rodada no divã, para Ivana não foi Freud quem a redimiu. “Quem salvou a minha vida foi a literatura”, sentencia. Em 1991, a escritora que hoje é reconhecida
A escritora Ivana Arruda Leite em sua casa na zona sul da capital paulista
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Jornal do Meio 784 Sexta 20 • Fevereiro • 2015
por Shel Almeida
O Estado de São Paulo está passando pela maior crise hídrica que se tem notícia. E não há solução em que não seja preciso o racionamento. Os fatores que trouxeram até a atual situação são muitos: a falta de chuva, claro, mas também o aumento da população, o desperdício, a falta de planejamento estratégico, estrutura insuficiente dos reservatórios para a demanda de água, falta de sistemas de utilização que economizem e reutilizem água. São inúmeras as causas, mas nenhuma solução que vá acabar com a crise em curto prazo. Mesmo que aconteça um milagre e São Pedro resolva enviar muita chuva, não será o bastante para encher os reservatórios do Sistema Cantareira. O que tem chovido nesse verão tem ajudado a manter o nível - muito baixo - de água. Mas, e quando acabar o período de chuvas? O Jornal do Meio conversou com o vereador, advogado e ambientalista Marcus Valle que esclareceu diversos pontos. A única coisa que todos poderemos faze agora é nos preparar. E economizar água.
desperdício enorme também nessa área. E para se utilizar um sistema assim é preciso investimento”, fala.
Consumo humano
“Segundo estudos, para um país tropical como o Brasil, 110 litros por habitante ao dia seria suficiente. Com todas essas campanhas, essa crise, nós estamos usando 170 litros por habitante ao dia no Estado de São Paulo. O nosso consumo era de 200 a 225 litros por habitante ao dia. O Sistema Cantareira são 4 represas. Temos a nossa, Jaguary/Jacareí, a maior de todas, a Cachoeira, que é a de Nazaré, de depois a Atibainha e depois a Paiva Castro, que é a de Mairiporã. Essa realmente está com 50% atualmente, mas ela é pequena em comparação as outras do sistema, é a última. O Sistema Cantareira todo está por volta de 5,6%. em condições normais, o sistema todos estaria com 80%. Atualmente está entrando 22 mil litros por segundo, com a chuva desses dias, e está saindo também 22 mil litros por segundo, Por isso que ela manteve estável nesses dias.
Antes eram tirados 33 mil litros por segundo, para a Grande São Paulo, hoje são tirados 22 mil por segundo. Nesse ritmo, quando chegar em abril, se não tiver muita chuva, o sistema vai para praticamente zero. Se mantivermos essas condições, eu acho que até o começo de abril não vai ter mais água na represa para ser retirada. E aí São Paulo vai entrar em um racionamento bravíssimo. A probabilidade de acontecer o racionamento que estão programando, de 5 dias sem água e 2 dias com água, eu diria que é de 90%. Teria que chover muito para que a represa chegasse pelo menos em 20% e não precisasse de um racionamento tão rígido em São Paulo. Em Bragança é provável que chegue o racionamento, mas não será assim tão radical”.
Novos hábitos
Mais do que preocupação, a crise precisa gerar uma nova maneira de pensar a água. Criar soluções para que não seja preciso passarmos por isso novamente. No Brasil se desperdiça muito. Água, comida, terra. É pre-
ciso mudar hábitos e fazer com que a população se envolva e entenda a real situação pela qual estamos passando e tenha consciência de que se não começarmos a agir agora, daqui para frente a tendência é piorar. A internet, que serve como uma grande canal de mobilização, acaba também criando mitos e pegadinhas que mais desinformam do que realmente ajudam. Como é o caso um vídeo que circulou recentemente e que mostra a Represa de Mairiporã quase cheia, sugerindo que a crise hídrica é uma farsa. Sim, esse represa, como disse Marcus Valle, está com 50% de sua capacidade. Mas ela é apenas uma das represas do Sistema Cantareira, a menor de todas. A água que tem ali não é nem de perto suficiente para abastecer a Grane São Paulo. Acreditar nesse tipo de história mal pesquisada e informada, é como se estivesse esperando ainda pela chuva que não vem em quantidade suficiente. Não dá mais para esperar e nem para acreditar em situações falsas. É preciso agir. Economizando água.
Onde se gasta água
“A quantidade de água no planeta é sempre a mesma, ela não muda. Ela muda de estado, para sólido, líquido, gasoso, e muda de lugar por causa das nuvens e chuvas e também de qualidade. A água suja e poluída, evidentemente, exige um custo maior para ser tratada. No Brasil, existe uma lei que não permite mais águas particulares. Pela lei, todas as águas são de todos. Antes você tinha uma fazenda, a bica de água era sua, antes você podia represar, hoje não. Desde 1988, as águas não têm dono. A única água particular é a que você compra para a sua piscina, a que você recolhe na sua cisterna e a água mineral que é outra coisa. Isso significa que se você tem um lago na sua fazenda, em um caso de extrema urgência, ela pode vir a ser utilizada para abastecer a população. Nós ainda não chegamos a isso, mas podemos chegar. Pela lei, há duas prioridades, abastecimento humano, depois os animais, e aí vem a agricultura e a indústria, nessa ordem de prioridade. Outra coisa equivocada, é que colocam toda a culpa no abastecimento humano. Acontece o desperdício sim, mas a cada 100 litros de água utilizados, não só da nossa represa, mas em geral, 60% são para a agricultura. Só 20% são para o abastecimento humano e outros 20% para a indústria. Esse dado é muito interessante, porque a impressão que se dá ao leigo é que o abastecimento humano é responsável por 90%. Se perde muita água na agricultura, porque não temos um sistema que economize ou reutilize essa água. Em Israel existe um sistema incrível que é o de irrigação por gotejamento. No Brasil não temos nada parecido e nem fiscalização. É claro que a agricultura precisa da água, senão seria outra crise, mas há um
“O Sistema Cantareira todo está por volta de 5,6%. em condições normais, o sistema todos estaria com 80%. Atualmente está entrando 22 mil litros por segundo, com a chuva desses dias, e está saindo também 22 mil litros por segundo, Por isso que ela se manteve nesses dias”. Marcus Valle
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Reflexão e Práxis
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Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. Email: p.m.galasso@gmail.com.br
Lenço Cor de Rosa
Manual da sobrevivente Parte 1: O câncer X Estado civil
Soberba; Título concedido a FHC pela arrogância Universidade de Tel-Aviv (2014) Tangente Membrana que regula a intensi(símbolo) dade de luz que entra pela pupila
Escola Pública (abrev.)
Rendimentos Recebidos Acumuladamente Nota; conceito Exato; rigoroso
Despertar Lupicínio Rodrigues, compositor
Forma do perfurador de coco Junto a
Obra típica da Capela Sistina Tem boa vendagem Maior (síncope)
Piso da quadra de tênis de Wimbledon Produto da lapidação de pedra preciosa A única monarquia da Polinésia
Proibição cultural “High”, em HDTV
Tristan Tzara, poeta romeno Autarquia responsável pelo marketing dos produtos turísticos brasileiros
Siderúrgica criada durante o Estado Novo Outra vez! Camada inferior da sociedade
Instrumento musical de Bach Protozoário causador da disenteria
Grande quantidade de lixo Fluido de pneus Inocenta o réu (jur.)
Regra eclesiástica Protetor (?): item aconselhável na praia Cantor de Ceifar, “Georgia em inglês On My Mind” Cordilheira situada entre os mares Negro e Cáspio
A vogal do meio Paletó, em inglês Ítrio (símbolo)
A tecla “apagar” em calculadoras
Sucessor de Maomé Caixa-alta (abrev.)
Estalagem, em inglês Ditongo de “caos”
Círculo ao redor dos astros, nas fotos Caixa para guardar tralhas
Convencida; presunçosa
BANCO
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Solução D A T I C O G R A U R I T R E S C O O A S M R H T T C R A V O S I B N N T U R O O A R C A L I A R L E S CA N N I O B A U N S I O SA
resultado de ações desastrosas dos órgãos públicos e de suas esferas de atuação. O Estado que deveria proteger os cidadãos, os entrega a sua própria sorte. E como para o Estado tudo se resume a uma questão meramente técnica, incluindo aqui a vida das pessoas, a crise hídrica é tão somente uma questão de acerto da organização burocrática e da destinação de recursos que não existem. Curioso, pois no início da crise o Estado de São Paulo declarou um volume morto, sem explicar de forma clara o que isso significa, e agora, segundo o governador do Estado, chegamos à quarta parte do volume morto que anteriormente era um só. Talvez as declarações anteriores tenham sido, assim como toda a crise, meros erros técnico-burocráticos. As tentativas de redução do consumo através de bônus e descontos para as famílias que gastam menos água evidenciam uma prática política triste do Brasil, aquela que nos compra ou que nos suborna sem que exista a preocupação a longo prazo e acompanhada de políticas de conscientização sobre o uso racional de um recurso finito como a água. Além disso, as notícias de que os níveis dos reservatórios têm subido ocultam o fato destes níveis não terem alcançado nem 10% de sua capacidade total e não nos contam que os níveis considerados normais serão alcançados daqui a alguns anos. Em meio a crise, o Estado nos brinda com a seguinte pérola – obras de interligação de bacias para o ano de 2016 e que, segundo especialistas, não resolverão os problemas de outra crise de abastecimento no Estado, mas que consumirão bilhões de reais dos cofres públicos. No que diz respeito as imagens da Prefeitura de Bragança Paulista lavando a Praça Raul Leme e as arquibancadas do Nicolódromo não se preocupem já que no Carnaval as regras são a alegria, o descomedimento e a falta de bom senso, além de ser o período apropriado para lavarmos as nossas almas. Ao menos, agora, 2015 começou! E boa sorte para todos nós.
© Revistas COQUETEL
Repartição onde são realizados os registros públicos Tecido de quimonos
E I S M E P R D A A F A I N G A R B A M O I A L A Y C H O C A S E T E
Nos últimos meses, vivenciamos uma experiência curiosa – em um dos países que detém um dos maiores potenciais hídricos do mundo, estamos sob a ameaça da falta de água para o abastecimento de algumas cidades brasileiras. Isto posto surge a pergunta, de quem é a culpa? Ou melhor, há algum culpado? Sabemos que a sociedade civil brasileira trata a água como um recurso infinito e, por isso, seu uso é irresponsável em todas as camadas sociais que têm acesso a ela e os exemplos disto são mais que conhecidos, mas pouco combatidos, como o lavar as calçadas, a displicência no banho, enfim, uma série de ações praticadas cotidianamente, pois vivemos o mito da água como recurso infinito. Além disso, o valor pago pela água que chega às nossas casas é baixo o que estimula ainda mais seu uso irresponsável. Entretanto, cabe ao Estado a regulação do seu uso e a criação de uma política de uso consciente e responsável da água. Cabe ainda ao Estado a criação de medidas preventivas para os eventuais momentos de crise no abastecimento, bem como uma solução razoável e rápida para o drama das enchentes. E é aqui que tudo fica estranho. Por um lado, com a falta de um plano racional do uso da água e a não preparação para uma eventual crise no abastecimento fomos pegos sem saber o que fazer e sem que o Estado tenha considerado esta possibilidade, pois, como já sabemos, tratamos a água como um recurso infinito e que, portanto, não precisa ser controlado racionalmente. Chegamos ao cúmulo de ouvir que São Pedro resolveria este problema nos enviando chuvas. Chega a ser patética a declaração que trata um problema tão sério de forma tão inconveniente, mas que torna clara a preocupação e a linha de ação do Estado, demonstrando o motivo da morosidade deste mesmo Estado na adoção de alguma medida eficiente sobre o assunto. Por outro lado, a ironia é que alguns minutos de chuva transformam algumas cidades brasileiras em áreas de inundação comprometendo a vida de milhares de pessoas e sem que o Estado crie um plano de ação para auxiliar as famílias que sofrem com tal situação e, mais uma vez, a culpa é do excesso de vontade da Natureza ou do próprio São Pedro, mas nunca é responsabilidade do Estado e nem
Distúrbio caracterizado por variações bruscas de humor (Psiq.) Adepto do movimento católico do qual faz parte Marcelo Rossi Post-(?), adesivo para recados
C C AR I T A C O L R J O I T O I A M E I M L A B R A T U R
por pedro marcelo galasso
www.coquetel.com.br
R E C A P
A crise hídrica
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
3/inn. 4/coat — reap. 5/tonga. 7/monturo. 10/ciclotimia.
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por Evelin Scarelli Se você também tem ou teve câncer e sente um enorme frio na espinha quando o assunto da mesa é o seu estado civil: Pegue seus óculos de sol, puxe a cadeira e sente-se aqui comigo! Ah... E seja oficialmente bem vinda ao time! #tamojunto Para mim, Evelin, só existe uma coisa mais difícil do que a de manter a alma no eixo ao esperar alguém responder (ou me corresponder) depois de descoberto todo “passado negro” (e que particularmente, é maravilhoso! Afinal somos sobreviventes e você dificilmente nos encontrará reclamando de questões mais superficiais ou de um resfriado no meio da semana. Com exceção ao nosso charme, claro!). E essa questão tão difícil quanto manter a alma no eixo, chama-se: Fazer parte de um grupo de mulheres que ouviram um sonoro “Entendo a sua fase, mas não aguento conviver com isso”. Aproveito o texto e lhe faço o convite para deixar um tantinho de lado essa historia das mudanças físicas. Sabe isso de não ter o seu seio natural ou de um corte de cabelo digno dessas modelos de capa de revista? Então... Isso é beeeem pequeno! A marca deixada por alguém que resolve ir embora e joga o assunto “câncer” nessa despedida é, definitivamente, muito mais profunda e crônica do que a gente imagina e gostaria, mas ai você retoma o folego, toma uma boa dose de coragem e “apenas” se permite. É aí que novos desafios começam a aparecer: Quando se está verdadeiramente acompanhada, você descobre que antes de permitir que esse alguém te aceite como é, você precisa SE aceitar com esse novo “pacote”: O de conviver com a sombra de um diagnostico pelo resto da vida – e fazer quem está ao seu lado também não sentir medo disso - além das cicatrizes formadas pelo corpo e que, na grande maioria dos casos, ainda não andam tão cicatrizadas na alma. É uma missão pra lá de difícil, mas por esse motivo escrevi o “verdadeiramente acompanhada”: Hoje, nesse relacionamento, descobri que a melhor definição de parceria é a “Vem cá, meu amor, segura a minha mão e vamos crescer juntos. Não existem regras, as vezes você pode falhar – e bem feio -... O que importa é que estamos construindo uma única linguagem...”. A verdade é que se aceitar é um desafio diário e, graças ao me permitir namorar verdadeiramente o Jota, pude reconhecer que não é um fato exclusivo. Ele, por exemplo, chegou com suas “marcas” de adolescência, quando era um pouco mais gordinho. Eu levo algumas longas horas dizendo o quanto ele é lindo, mas às vezes enxergo escancaradamente em seus olhos toda insegurança desnecessária (talvez como a minha).
Uma vez ouvi dele que nadar em uma piscina sem camiseta foi uma das maiores provas de amor que ele poderia me dar. E sabe do que mais? Eu acreditei... E agradeci por isso. Nada melhor do que se descobrir ao lado de pessoas onde as “marcas” da vida são reconhecidas como um assunto sério e que merecem toda atenção e carinho desse mundo. Sua gordurinha extra, além de me fazer ama-lo ainda mais, só me estimulou a dizê-lo o quão lindo ele é (ainda mais agora, que o conheço cada dia mais e mais por dentro). Se você namora uma paciente com câncer – ou apenas também complexada com o seu corpo! Peguem leve: namorados, noivos e maridos! No caso do câncer, a gente ta se recompondo “catando os caquinhos” do emocional abalado pela mudança de aparência que nos foi tirada de maneira tão inesperada – e que já estávamos tão acostumadas! Esse assunto a gente resolve com MUITO amor e compreensão. Peguem-nos – literalmente – no colo. É só disso que precisamos... E meninas... Infelizmente não tenho a resposta para todas as questões psicológicas levantadas nesse texto, mas se pudesse confessar um grande segredo, diria que o fato de me permitir foi a melhor coisa que pude fazer após todo esse momento pós diagnóstico. É difícil conhecer alguém que você sinta bem lá no fundo que pode dar certo e ter que coloca-lo a prova do que ELE sente de maneira tão intensa – e por vezes tão adiantada - contando uma parte da sua historia. Eu entendo. E se você também caminhou pela estranha estrada dessa sensação do abandono, eu também entendo o quanto é difícil pegar o coração que ficou no chão, respirar fundo, subir novamente no salto e aceitar que SIM, você foi largada exatamente em uma fase difícil e quem perdeu foi ELE. Ou ambos, não sei. Isso é beeeem difícil... A você, solteirona do pedaço, repleta de fé na vida e força nos braços: Que tal uma boa olhadinha no espelho? Armas e pedras abaixo, esperança no assunto e sorriso no rosto! Essas ainda são armas brancas àqueles que realmente tem alma – e olhos – para te enxergar! E lembrando que quem coloca a medida no peso que isso tem na vida é você, somente você! Ouviu, Dona Evelin??? Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com
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estabelecer um limite de tempo
Comportamento
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Crianças que param quietas Na rua Dar à criança bicicleta ou patins estimular a prática Pais e especialistas ficam preocupados: mais interessadas em celulares e em videogames do que em correr ou subirpode em árvores, as crianças dede hoje têm atividades físicas habilidades motoras menores que as de antigamente por GABRIEL ALVES/FOLHAPRESS
Menos pega-pega na rua e
O problema também afeta Alef, de
mais videogames. Resultado:
11 anos. “Se puder, fica no tablet,
as crianças que cresceram com
computador ou Xbox o dia todo”,
uma tela na mão têm habilidades
diz a mãe, Juliana Freitas. A família
motoras menores, e a sua dificulda-
mora na cidade de Divinópolis, em
de para correr ou subir em árvores
Minas Gerais.
preocupa pais e especialistas.
Ela até tentou colocar o filho no
“Você joga a bola e as crianças não
basquete, já que o irmão mais velho
conseguem pegar. Elas não sabem
fazia, “mas sempre reclamando”. Não
mais brincar: ficam tão ligados na
deu muito certo.
TV, nos joguinhos...”, diz a educadora
Até em acampamentos a perda de
física e presidente da ONG Instituto
habilidade motora das crianças é
Movere, Vera Perino Barbosa. “São
sentida. No Sítio do Carroção, em
atividades que deveriam ter sido
Tatuí, no interior de São Paulo, uma
trabalhadas na primeira infância,
brincadeira com cipós teve de deixar
mas elas cresceram sem isso”
de ser realizada, porque as crianças
As explicações dos pais para a de-
já não conseguiam mais agarrá-los
cadência das brincadeiras físicas
como antes.
misturam a violência urbana --os pais
O psicólogo Cristiano Nabuco, coor-
ficam mais tranquilos mantendo os
denador do Grupo de Dependências
filhos dentro de casa-- com o próprio
Tecnológicas do Instituto de Psiquia-
gosto das crianças por aparelhos
tria do Hospital das Clínicas de São
tecnológicos.
Paulo, diz que a mudança do estilo
“Ela nunca gostou muito de sair”,
de vida é cada vez mais evidente.
afirma a operadora de telemarketing
“As preferências de relacionamento
Kelly de Medeiros, 27, sobre a rotina
da nova geração passam pela mídia
da filha Heloísa, 11.
digital. “De alguma maneira, esses
A garota é fã mesmo de joguinhos
recursos roubam a criança daquilo
no smartphone como o Flappy Bird,
que a gente imagina ser o certo a
em que o objetivo é fazer um pássa-
fazer”, diz.
ro desviar de obstáculos diversos.
Em termos médicos, o ideal é que as
“Gosto também de ver vídeos do
crianças façam 60 minutos diários
One Directon no YouTube”, conta
de atividades físicas, diz a endo-
a garota.
crinopediatra Denise Ludovico, da
Além disso, a maior parte das ami-
Associação do Diabetes Juvenil.
zades da menina eram virtuais. O
No entanto, segundo ela, já é possível
celular acabou virando o grande
atingir bons resultados com crianças
companheiro de Heloísa. “Parece
obesas com 40 minutos de atividades,
que o celular faz parte da roupa “,
três vezes na semana.
diz a avó, Neide Souza.
Se a atração causada pelos apare-
A inatividade trouxe consequên-
lhos eletrônicos for inevitável, há ao
cias: com 1,60 m de altura, Heloísa
menos videogames que respondem
já tinha superado os 80 kg. Há três
ao movimento, como o Wii, da Nin-
meses, após a recomendação de uma
tendo. Segundo Nabuco, seria uma
médica, Heloísa começou a praticar
maneira de tentar compensar o
tae kwon do.
incompensável.
INATIVIDADE INFANTIL Clubes Dicas para estimular As crianças podem experimentar crianças e adolescentes a váriasaatividades até que exista para estimular crianças e adolescentes fazer atividades físicas fazerDicas atividades físicas alguma que mais lhes agrade
Inatividade infantil
Computador Deve-se evitar deixar computador ou TV no quarto das crianças
Tempo No período de lazer, menos tempo deve ser gasto em smartphones, tablet e videogames. Para isso, pais podem estabelecer um limite de tempo
Virtual mas real Alguns videogames exigem que as crianças se movimentem, o que já é um começo
Amigos Uma possibilidade para tirar a criança do quarto é matriculá-la em atividades que colegas e amigos praticam
Na rua Dar à criança bicicleta ou patins pode estimular a prática de atividades físicas
Clubes As crianças podem experimentar várias atividades até que exista alguma que mais lhes agrade
Parceria Os filhos podem se sentir estimulados se os pais os acompanharem durante a atividade
Antenado
Chocolate rejuvenesce a memória Comer 0,5 kg de chocolate por dia pode até cuidar da memória, mas quem come tudo isso sem engordar?
por SUZANA HERCULANO-HOUZEL/FOLHAPRESS
Envelhecer, como eu já disse aqui, é consequência de estar vivo: o próprio oxigênio que nos sustenta também acaba nos matando, ao corroer literalmente as moléculas que constroem o corpo. Por isso antioxidantes viraram febre nas dietas e lojas naturebas. Antioxidantes são substâncias que todo ser vivo produz, alguns mais do que outros, e que neutralizam, em parte, os efeitos deletérios de estar vivo e respirando. O resveratrol da casca das uvas e os flavonoides do cacau são dois dos antioxidantes mais badalados, razão de vários estudos correlacionarem o seu consumo moderado a benefícios à saúde. Mas correlacionar consumo de vinho ou chocolates com benefícios não é mostrar que o alimento de fato causa os tais benefícios; sempre é possível que outros fatores sejam a causa verdadeira. Por isso um estudo recente feito na Universidade Columbia, nos EUA, merece atenção. Os pesquisadores demonstraram que introduzir um consumo elevado de antioxidantes do chocolate na dieta de idosos rejuvenesce a capacidade de memória de reconhecimento --e em nada menos do que o equivalente a três décadas. O giro denteado do hipocampo, respon-
Virtual mas real Alguns videogames exigem que as movimentem, oé neurocientisSuzanase herculano-houzel sável pela memória de reconhecimentocrianças professora (o “já vi isso antes”), é uma das partesque do játa, é um começoda UFRJ, autora do livro cérebro que mais sofre com a idade. Seu “Pílulas de Neurociência para uma Vida desempenho pode ser medido pelo tempo que se leva para reconhecer que um novo rabisco apresentado de fato é novo, e não parte de uma série de rabiscos visualizados antes. Com a idade, o giro denteado vai ficando mais lento: reconhecer que um novo rabisco é novo leva 0,2 segundos a mais a cada década que se passa. Mas, após três meses de consumo diário de doses elevadas de antioxidantesAmigos do chocolate, os voluntários de 50 a 69 anos Uma possibilidade para tirar a de idade testados no estudo ficaram 0,6 criança do quarto é matriculá-la segundos mais rápidos do que antes, e com um aumento de atividade do giro em atividades que colegas e denteado que não ocorreu em quem não amigos praticam consumiu chocolate. Ou seja: seu hipocampo remoçou 30 anos. O efeito impressionante é resultado, contudo, de um consumo igualmente impressionante de 900 mg de flavonoides, o equivalente a meio quilo de chocolate amargo por dia, segundo a tabela do Departamento de Agricultura dos EUA. Tanto chocolate assim pode até cuidar da memória, mas ao custo de engordar e aumentar o risco de pedras nos rins. Não tem jeito: não há fórmula mágica...
Parceria Os filhos podem se sentir
Melhor” (ed. Sextante) e do blog www. suzanaherculanohouzel.com suzanahh@gmail.com Foto: divulgação
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Veículos
Jornal do Meio 784 Sexta 20 • Fevereiro • 2015
Honda Civic EXR Honda Civic EXR volta mais equipado e seguro na linha 2016
por RODRIGO MORA/folhapress
De “lanterninha” na corrida dos sedãs médios atrás de um bom sistema multimídia (no caso dele, qualquer um que fosse), o Honda Civic passou a dono da opção mais completa no segmento. A novidade chega junto com o resgate da versão EXR 2.0 flex, vendida por R$ 88,4 mil. O relançamento da configuração topo de linha leva ao modelo controles de estabilidade e tração e direção elétrica com o recurso “Motion Adaptive Electric Power Steering”, que, traduzindo, enrijece a direção em caso de perda de trajetória numa curva, induzindo o condutor a virar o volante para o lado correto e realinhar o carro. Há também assistente de partida em rampa, que segura o carro antes do arranque. A versão intermediária LXR 2.0 (R$ 78,4 mil) recebeu os mesmos itens de segurança na linha 2016, mas não traz teto solar nem sistema multimídia. A opção LXS 1.8 flex (a partir de R$ 70,9 mil) não recebeu mudanças. Sem alterações mecânicas, o Civic tem na central multimídia com tela escamoteável de sete polegadas seu principal trunfo para manter-se atualizado diante do arquirrival Toyota Corolla, amplamente reconfigurado em maio do ano passado. Curiosamente, os modelos de ascendência asiática têm sistemas parecidos, sem qualquer sofisticação estética ou comandos
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Veículos intuitivos. No novo Civic, esses problemas foram resolvidos. Enquanto alguns sistemas exigem tempo e paciência para concluir o pareamento com o celular do motorista, essa tarefa ocorre de modo quase instantâneo no equipamento adotado pela Honda. Fornecido pela Garmin, o GPS é fácil de operar e traz um serviço similar ao do popular Waze, que indica a condição do tráfego pelo trajeto selecionado. A diferença em relação ao aplicativo está na maneira como as informações chegam ao sistema: online no Waze e via rádio no Honda, o que dispensa conexão com a internet. Depois de estrear no Civic, a nova central multimídia seguirá para o HR-V, o utilitário compacto que será lançado no próximo mês.
Vendas modestas As mudanças não farão o Civic vender mais: a Honda espera emplacar 3.000 unidades por mês, montante inferior à média mensal de 4.360 carros em 2014. O “culpado” é o próprio HR-V, que ocupará parte da capacidade produtiva da planta da Honda em Sumaré (a 118 km de São Paulo). No fim de 2015, a produção da
Jornal do Meio 784 Sexta 20 • Fevereiro • 2015
montadora japonesa se estenderá para a fábrica que está sendo construída em Itirapina
(a 212 km de São Paulo). A nova unidade poderá produzir até 120 mil veículos por ano, o
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que dobrará a capacidade da divisão de automóveis da marca no Brasil. Folhapress
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