Braganรงa Paulista
Sexta
27 Marรงo 2015
Nยบ 789 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
2
Para pensar
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
Domingo de Ramos por Mons. Giovanni Baresse
Neste próximo domingo
Na verdade há, na celebração de
Não é difícil aclamar o Cristo
aquilo que Jesus Cristo faria e
entramos na Semana
Ramos, uma exigência vinculante.
quando se trata de arrumar uns
diria nos nossos dias. Sabemos
Expediente
Santa que era chamada
Quem aclama Jesus Cristo - e o faz
ramos, umas flores. E até um
que o discipulado de Jesus não é
pelos mais velhos de “Semana
de maneira tão exposta - deve ter
tapete. O difícil é continuar ma-
limitado a cerimônias religiosas
Maior”. Certamente pela com-
consciência da responsabilidade
nifestando amor por ele quando
e às paredes dos nossos templos.
Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919
preensão de que nela é celebrado
do ato externo. A aclamação deve
se deve assumir posicionamento
Somos chamados a viver a “verda-
E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br
o Mistério fundamental da fé
ser um sinal da fidelidade vivida
igual ao Dele! Se entendermos as
deira religião”, como diz o apóstolo
cristã: a Ressurreição de Jesus
até as últimas consequências.
celebrações da Semana Santa como
Tiago (ressoando os profetas) em
Cristo. É interessante notar que
Na doação da própria vida por
um “fazer memória” da entrega de
sua carta (1,27): cuidar de quem
o início dessa semana é uma re-
Aquele que deu a sua vida. É a
Jesus Cristo para que tenhamos
sofre e está marginalizado. E
cordação da entrada triunfal de
consciência que na Sua morte a
vida (João 10,10), a conclusão
não se trata de benemerência ou
Jesus na cidade de Jerusalém. Os
nossa morte é superada. No Seu
lógica é que quem segue Jesus
filantropia. Trata-se de conversão
evangelistas descrevem o fato. As
sofrimento é vencido o nosso. Nas
Cristo deve ter a mesma disponi-
pessoal e estrutural. Para que o
pessoas entusiasmadas vão arran-
Suas dores as nossas encontram
bilidade de doar vida para que a
amor a Deus se reflita no amor
cando galhos de árvores, como
refrigério. Domingo de Ramos é
Vida aconteça. Olhando a nossa
ao irmão, como recorda João em
escrevem Mateus (21,8) e Marcos
uma festa bonita que não esconde
realidade vemos as múltiplas si-
sua primeira carta. Neste ano a
(11,8). Lucas (18, 28ss.) João (12,
as dores da Paixão. Na celebração
tuações de morte que envolvem
Campanha da Fraternidade nos
12-16) fala em ramos de palmeira.
litúrgica são lidos os textos que
a realidade. A violência que se
convidou a tomar consciência
Esta diferença é provavelmente
falam da entrada em Jerusalém
alastra. As limitações da ordem
sobre a necessidade de partici-
originada no fato que o evangelho
e dos momentos do martírio do
econômica que não privilegia as
pação efetiva na construção de
de João é o mais tardio. Escrito
Senhor. Penso que a pedagogia
pessoas e sim o lucro. As questões
uma sociedade justa e solidária.
por volta do ano 90. Em plena
da celebração quer nos recordar
morais e éticas atropeladas pela
Da defesa dos direitos de todos
pensar e agir. Não por interesses
perseguição do Império Romano
a profundidade da manifestação
ganância, mensalões, petrolões,
a terem vida digna. E o sagrado
de grupos. Sim pela defesa de
aos cristãos. O ramo de palmei-
pública da fé. E deseja preve-
abusos de poder e exacerbação
direito de poder viver, caminhar,
princípios que devem levar em
ra é sinal de vitória dos que são
nir o risco de uma aclamação
do autoritarismo. No fundo a
escolher trabalho. Sem nenhum
conta o bem. Da natureza e das
martirizados. Além dos ramos o
transformar-se em cooperação
questão é buscar em Jesus Cristo
tipo de ameaça à integridade. É
pessoas. A Semana Santa possa
povo vai estendendo mantos. Um
de condenação. Porque isso pode,
as linhas mestras do comporta-
um desafio que exige dos cida-
ser, aos que afirmam sua fé em
tapete formado de vestes. Junto
infelizmente, acontecer. O fato
mento. Para que nossas atitudes
dãos – mormente os marcados
Cristo Ressuscitado, um renovar
a galhos, folhagens e flores como
vivido no domingo de ramos deve
sejam cristãs, isto é, reflitam em
pela fé – uma atitude que fa-
de compromisso e um sinal
adereços a serem sinal da alegria.
ser um alerta para todos nós.
nosso tempo e em nossos dias
voreça a mudança do modo de
mais luminoso de Esperança.
Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
Momento Pet
Leptospirose,
um problema mundial de saúde pública por Dr. André Alessandri
Bom dia meus queridos leitores, hoje vamos falar sobre leptospirose que é uma zoonose causada por bactéria do gênero leptospira cujo aparecimento, na maioria das vezes, ocorre em meses mais chuvosos em áreas alagadas ou em desprovidas de saneamento ou deficiência deste. É um problema mundial de saúde pública, cuja transmissão ao homem pode se dar pelo contato direto ou indireto com a urina dos animais infectados. Os maiores reservatórios desse tipo de doença são os ratos, especialmente a espécie Rattus Norvegicus, os quais não apresentam sinais clínicos quando infectados, e nessa condição, eliminam os patógenos pelo resto de sua vida. A leptospira penetra em mucosas ou peles lesionadas . Nos cães sua transmissão pode ocorrer de forma direta quando o animal entra em contato com outro animal já infectado ou mesmo de forma indireta quando fica exposto a um ambiente contaminado. A leptospira não se multiplica fora de um hospedeiro sendo extremamente sensível a ambientes quentes e secos, mas pode sobreviver por até 180 dias em ambientes úmidos ou em agua parada . Nos cães as reações mais comuns são insuficiência renal ou hepática aguda levando a um quadro septicemia . Os sinais clínicos podem ser detectados em três fases: 1. Super aguda: quando o animal entra
em contato com o patógeno levando a um quadro de choque e morte. 2. Aguda: quando o animal apresenta vômitos, febre, intolerância ao exercício, para de comer, icterícia (sendo um dos principais sintomas ), ulceras bucais, halitose, etc.. 3. Na fase crônica não há sinais evidentes, mas problemas hepáticos e renais são verificados. Exames de sangue e de urina permitem a realização do diagnostico para fins de se detectar a leptospira. Referidos exames são feitos através do isolamento e cultura do material. A recomendação de tratamento terapêutico dependerá do estágio de severidade da infecção e dos sinais apresentados. Inicia-se com fluídoterapia, e após o controle da desidratação realiza-se a administração de antibióticos como as Penicilinas, e até, se necessário, transfusão sanguínea em casos mais severos de anemia. Contudo, deve ser ressaltado que o principal controle da leptospira é realizada através de ações profiláticas relativas às fontes de infecção da doença, tal como recomenda o Programa Nacional de Leptospirose. Na prevenção a utilização de vacinas que contenham bacterinas específicas da região é de suma importância, de forma a reduzir a prevalência da leptospirose canina e evitar o estado portador. Recomenda-se, pois, que seu seja vacinado anualmente, evitando-se com essa ação danos mais severos ao próprio animal e ao seu dono.
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Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
por Shel Almeida
Davi Daidone é um garoto de 18
DJ. No ano seguinte foi convidado a
anos que, mesmo com a pouca
se apresentar também e ficou amigo
idade, já fez o que muitos artistas
do DJ Nuts. “Ele começou a me passar
gostariam de fazer; Tocou, por duas
algumas coisas, algumas amigas de
edições seguidas, em um festival, para
lá também começaram a me chamar
uma multidão. Conhecido artisticamente
para festas que fazem em São Paulo e
como DJ Davida, Davi vem trilhando
foi indo assim, por indicação de amigos
uma carreira promissora na música. As
no boca-a-boca”.
duas apresentações no Coala Festival, que “tem como objetivo propagar ten-
Música brasileira
dências, levar o que está acontecendo
“Me chamaram para tocar no Coala por
de bom para um público aberto ao no-
causa da Busca Vida, sabiam que era o
vo”, foram o ápice de reconhecimento
DJ que tocava no Galpão. Ali é muito
do seu trabalho, até hoje. O talento do
mais gente do que estou acostumado
rapaz é inegável, mas como ele chegou
a tocar. No primeiro ano foram 4 mil
até ali tem muito a ver, também, com
pessoas, neste ano acho que foi umas
a forma como foi criado. Davi é o filho
8 mil. É uma sensação ótima. Eu toco
mais velho de Carlão Oliveira e cresceu
Música Boa para Dançar, rola um pou-
dentro do Galpão Busca Vida. A con-
quinho de tudo, eu gosto de agradar
vivência com arte desde muito cedo,
realmente todos, Quando eu tinha uns
tanto no Galpão, quanto no Festival
14 ou 15 anos a galera ficava chocada
de Arte Serrinha, fez toda a diferença
porque eu era um jovem que tocava
na vida do rapaz. “Eu nasci no meio da
música de 1970. O choque era esse.”
festa, em Salvador. Minha mãe estava
Davi conta que a pesquisa que faz para
indo para a fila para entregar flores para
seu trabalho acontece no dia-a-dia, mas
Iemanjá, mas aí, em vez disso, foi para
que para se apresentar não prepara
o hospital. Com quatro meses a gente
nada. “Você tem que ler a cabeça de
veio para Bragança e logo em seguida
quem está na pista para sacar qual é o
surgiu o Galpão Busca Vida, há 18 anos
clima. Eu tenho tudo ali comigo e vou
atrás. Eu participo das atividades do
Davi é o DJ Davida. Influência musical veio do Galpão Busca Vida e do Festival de Arte Serrinha
Com apenas 18 anos DJ Davida surpreende pelo estilo de música que toca: música brasileira antiga
Galpão desde sempre, fui criado no meio da festa. Aí, com uns 10 anos de idade eu comecei a ir junto com o meu pai para lá, durante os shows. Quando eu tinha uns 13 anos, uma banda se apresentou no Galpão, trazida por outro produtor. Ele tinha trazido um DJ também, que tocou depois, mas as músicas que ele escolheu não tinham nada a ver com o Galpão e nada a ver entre si também e aquilo me deixou chocado. Depois disso acabei decidindo que nos sábados seguintes eu mesmo iria tocar. Na primeira vez fiquei seis horas seguidas, usava um programa bem simples, tocava a música inteira. Depois disso comecei a tocar todo final de semana. Nessa época a gente tinha também a cachaçaria em Caraíva - BA e eu levava o meu equipamento para tocar lá. De repente viraram festinhas com 400 pessoas. eu tocava ali da meia noite às nove da manhã sem parar e era a sensação mais incrível e deliciosa do mundo para mim”, conta. Em um dos muitos reveillons que passou em Caraíva, Davi socorreu o pessoal de uma festa porque era a única pessoas que estava com os equipamentos de
Para mim, tocar foi um processo natural, nunca parei e planejei: vou ser DJ, as coisas simplesmente foram acontecendo
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
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sacando a galera aos poucos para saber o que vou tocar. Claro que quem acompanha o som de DJs já sabe as características de cada um. Eu lembro de bem pequeno escutar Tom Zé e Alceu Valença. Ter cresci dentro do Galpão e do Festival da Serrinha fez diferença na minha música, minhas influências vieram dali. No Coala, como é um festival curto, de uma tarde, cada DJ tem meia hora para tocar. Mas como a gente vai juntando as músicas para fazer uma, em um minuto, tocam quatro músicas. É meia hora direto. É a melhor sensação do mundo, você controla todo mundo, do mesmo jeito que você pode levantar a galera, se não sacar o que eles querem ouvir, pode desanimar total a pista”. fala. Além do Galpão Busca Vida, onde toca até hoje, Davi também já tocou em um bar brasileiro na Itália, quando morou no país e depois quando fez intercambio foi o DJ residente em uma tabacaria na Nova Zelândia. “Lá fora toca muita música brasileira, mas muita música ruim. Aí quando você chega e toca música brasileira de verdade, a galera surta. Na Nova Zelândia eu só tocava bossa nova e a recepção era incrível. Quando toco bossa nova antiga aqui no Brasil o público é menos receptivo, aqui o pessoal quer farra, quer dançar. Aqui no Brasil
DJ Davida toca todo sábado no Galpão Busca Vida e surpreendeu italianos e neozelandeses com bossa nova.
não é tanta novidade quanto fora do país, mas mesmo assim, são músicas que ninguém conhece. Por isso eu sempre procuro colocar algum artista menos conhecido no final do meu set, para tentar injetar isso nas pessoas. Aí o pessoal vem perguntar de quem é o som e eu falo que é música brasileira e é antiga, todo mundo fica surpreso. Música brasileira boa é uma doidera, é chocante até para gente que convive mais com isso. Quando você toca algo assim lá fora o pessoal fica enlouquecido. Para mim, tocar foi um processo natural, nunca parei e planejei: vou ser DJ, as coisas simplesmente foram acontecendo. Eu não conhecia nada de outros DJs, minhas influências sempre foram o que eu vivia no dia-a-dia, para eu tocar esse tipo de música também foi um processo muito natural. O que eu tenho intenção de fazer ainda é produzir música em cima dessas músicas brasileira. O que eu vejo é que as pessoas não conhecem essas músicas, não têm acesso a elas por influência dos pais. A gente aprende a gostar de música de acordo com o que a gente ouve em casa. Comigo foi assim”, diz. Para conhecer o trabalho do DJ Davida, acesse: https://soundcloud.com/davidaidone
Estilo do DJ Davida foi moldado desde a infância, com música de Tom Zé e Alceu Valença
Quando eu tinha uns 14 ou 15 anos a galera ficava chocada porque eu era um jovem que tocava música de 1970
Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
Tempos e contratempos
Evelin Scarelli (Vi), tem 26 anos, taurina, Bragantina, fisioterapeuta, observadora nata, amante da vida, de abraços apertados e de sorvete de chocomenta. E-mail - evelin.scarelli@gmail.com
(?) Tyler, atriz de “Armageddon” (Cin.)
Admirável Juan (?) I: renunciou ao trono espanhol em nome do filho (2014)
Exame; crítica (?) Soares, cantora Transportado de um lugar para outro
Medo frequente do rico avarento
Negra (?), cantora de “Um Minuto”
Fazer conta de adição Fenômeno essencial à fotossíntese
Que foi dominado pela força
“Bom (?), Brasil”, programa da Globo
Religião animista, dominante no Haiti
Os irmãos nascidos juntos Vidra (gír.) Zezé (?), atriz de “Boogie Oogie”
Dora (?), jornalista política
Separa os contendores numa briga Enfermidade Parte, em inglês
Rio suíço que desemboca no Reno
Tubo para drenagem de fluidos (Med.)
Distração; entretenimento
Fenômenos de “saúde” e “saúva” (Gram.)
Cheio de (?): presunçoso Serviço oferecido por pet shops
Exímios em certo assunto (fig.)
Local para guardar explosivos e munições 27
Solução R O S E D E E G L R I S E V A DO L I R N V O DU P S A R T Z E R S I O S A I O L
Quando me vejo diante um grande ou pequeno problema, fecho meus olhos e tento lembrar - com o maximo de ternura possível - de alguns momentos que tive na infância: Do cantar do trem m que ficava próximo a casa da vó e da sensação de acordar com seu raspar de unhas em nossas plantas do pé e aquele sonoro barulho da colher de sopa que batia nosso achocolatado gelado em um copo gigantesco. Lembro-me também daquela sensação de sentir o sol nos fazendo carinho no rosto pela primeira vez ao dia, enquanto saíamos correndo para brincar com os filhotinhos da cachorra Neguita que estava sempre em produção acelerada e independente. É buscando dentro de mim por algumas lembranças quentinhas e aconchegantes do passado que consigo enxergar uma coisa naturalmente simples e também muito pessoal: Quanto mais me enxergo adulta, mais reconheço a falta daquela pureza que só as crianças conseguem de viver desprendidamente dos medos e sem amarras ou apegos. Afinal, a vida é uma dádiva e elas podem até não “saber” disso, mas elas “sentem”. E por apenas sentirem, sem tramas, véus e tecidos, algo muito maior as protege. Crianças confiam puramente em tudo - e assim no todo. Por esse motivo, o que podemos aprender ao lado delas é também um belo segredo: Tudo, absolutamente tudo, pode ter a dimensão (ou preço, para os adultos) que quiser ou estiver disposto a pagar. Dói, mas é você quem dá o peso. Um dia, inevitavelmente, crescemos e junto aos ossos mais fortes, surgem nossos sonhos um pouco mais gananciosos de querer ter o controle total de tudo o que acontece em nossa volta. O problema é que alguns fatos independem de escolhas, certo? Nessas horas, faça o possível para não entrar em pânico: Feche seus olhos e chame em campo a criança que sempre este ai dentro. Minha outra sugestão? Respire fundo, leve seu tempo e compre a batalha: A falta de coragem causa a perda de momentos inesquecíveis.
Assinatura lançada em título de crédito
(?) da Terra: o apóstolo de Jesus (Rel.)
BANCO
por Evelin Scarelli
A vida não anda muito fácil, não é mesmo? As vezes é o chefe que anda meio nervoso, o trânsito confuso e nossa rotina estressante, algo inesperado que acontece dentro de casa... Muitas vezes, os problemas são outros e mais profundos, como por exemplo aquela música que já não toca mais (dentro da gente) como antigamente. Essa semana uma amiga sugeriu para que falasse sobre essa dificuldade em lidar com novos “elementos”. Mari, lidar com situações inesperadas é o desafio mais bonito e recompensador da vida. São nesses momentos que podemos manifestar da forma mais “prática” aquilo que tanto desejamos e pedimos, por exemplo, em nossas orações. Hoje, com todos os processos que aprendi com o imprevisto diagnóstico (e todos os seus imprevistos), consigo ter consciência de que recebi como prêmio a real oportunidade de ser quem eu sempre quis - mas sempre pensando em um upgrade. Risos Mas também confesso - e é nessa parte que lhe peço desculpas - que quando fecho os meus olhos e mesmo já focada dentro do objetivo de não falar tão profundamente da minha vida e também de não coloca-la como exemplo, me vejo sem testemunho para pensar e assim escrever sobre dores que nunca foram minhas... Nessas horas, me reconheço um tanto quanto sem chão e sem muitas referências. Me desculpe por não conhecer a fundo sua dor, mas confie em mim quando digo que acredito em tudo o que me diz sentir. A verdade é: Entre indas e vindas, diagnósticos e a tal da “sobrevivência”, pensar apenas com a minha cabeça de uma menina de 26 anos que ainda dorme com pijama de porquinhos não me faz gerar o real peso que desejo alcançar em cada palavra que escrevo. Eu não quero anular o processo que me levou ao cenário bem diferente dessa mesma menina, por vezes também mulher, que com seus 26 anos se surpreende a cada dia através de alguns novos desafios que me fazem chegar em muitos pontos - e que também arrumam espaço dentro do meu coração pulsante para também agradecer por cada um eles. Veja bem, Mari, você consegue pensar dai o que mais deseja no dia de hoje? Então agora repare em todas as situações em sua volta... Veja como os problemas que surgem se encaixam exatamente em seus planos a curto, médio ou longo prazo - de vida. O que você mais deseja para o seu processo individual de crescimento? Ser forte, ter coragem, ser alguém que pode ser “ouvida” na sociedade? Pense com carinho, reconheça seu lugar dentro de tudo e depois: Aproveite que já está na chuva para manifestar-se! Você existe! Aqui, dentro do meu universo particular e bem bipolar, chego a conclusão de que meu segredo para “pensar grande” é bem mais simples do que realmente pensava:
Recurso estilístico de compositores
C O S T E L E T A
Lenço Cor de Rosa
Desejo (fig.) Saudação popular
A P A R T A
Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. Email: p.m.galasso@gmail.com.br
“(?) à Ale- Informação sigilosa gria”, hino que abrange as tecnoda União logias desenvolvidas por uma empresa Europeia
I V O A A V N A L S O L M A A M R L T E S P
A política brasileira deve ser apresentada como limitada quanto à sua compreensão e para tanto apresenta os fatos do passado dessa realidade como sendo a sua expressão mais profunda e verdadeira, sem procurar e nem mesmo alcançar o conteúdo ou a compreensão do próprio fato defendido. A ideologia da política brasileira é a de que há algo a ser buscado e alcançado no mundo futuro e da mesmice do sempre o mesmo ou na ideia de que tudo sempre foi assim; fazendo com que a tentativa de se alcançar um novo quadro político, mais justo e honesto seja protelado, tornando esta tarefa vã e absurda. E aqui, assistimos o fim da ética. É como se a ética fosse substituída pela estética. A verdade, bem como os valores e os direitos, é pura representação, reprodutora e superficial, atrelada a interesses do universo político dos partidos políticos e dos políticos profissionais. Passa a ser verdade aquilo que se divulga mais, o que engana e confunde mais. A estética política não pensa nos cidadãos e nem considera as reais necessidades brasileiras, pois o que vale é o discurso, vazio e retórico, a imagem dos políticos e as propagandas televisivas. Com a vitória da estética a verdade é aquilo que é representado na TV, nos jornais e nas rádios. A crítica também perde sua força quando se vincula aos aparatos tecnológicos, mecânicos e eletrônicos, obedecendo a lógica de mercado que a veicula em suas redes de informação distribuindo-as em toda parte sem permitir que as respostas e suas repercussões sejam socializadas ou pensadas coerentemente.
Comprome- Detalhe tidos com lateral do uma causa rosto de política Elvis
C E A R N L E G I M A V E J E A E D R L O U Z S I A N G A M E O M A T E A T O
O mundo é cada vez mais confuso pela quantidade absurda e irresponsável de informações que recebemos diariamente, apresentando a realidade social de forma parcial e incompleta, além de mistificar as relações sociais. Com isso, toda a especificidade social brasileira aparece como a anarquia de representações e de posições políticas absurdas. Sempre se divulgam mais informações, mais do que se precisamos para o entendimento do nosso momento político. Os grupos sociais mesmo se diferenciando com relação ao que cada um deles representa, recebem informações sobre todos os panoramas políticos sem que haja tempo para que estes grupos formulem suas ideias e elaborem seus planos políticos. Talvez esta avalanche de informações colabore para a confusão política que experimentamos, além de separar os grupos políticos em quase devotos de candidatos e de partidos políticos que são guiados de forma messiânica por lideranças carismáticas. É como se a Política fosse substituída pela Devoção. Na verdade, assistimos a formação de grupos segregacionistas e fechados, todos dotados de razão e de certezas sobre qual o melhor rumo político para o país, qual a sua melhor forma de condução e, é claro, qual a melhor liderança política para encabeçar o nosso projeto de futuro. Projeto já defendido por lideranças carismáticas, algumas das quais presentes em nosso quadro político atual. É como perseguir o próprio rabo, ou seja, estamos tão vidrados em um futuro que não existe que esquecemos os problemas que enfrentamos hoje. Empurramos para um amanha que nunca chega o que deveríamos resolver hoje. Pervertemos o passado, tomados imagens antigas e fracassadas e lhes damos a imagem moderna de salvação ou de redenção.
© Revistas COQUETEL
Os animais Evento no Textura de do topo qual desfila cosméticos da cadeia o Galo da Vivo, em alimentar Madrugada inglês Pessoa loura, na fala nordestina
FE R A S
por pedro marcelo galasso
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O fim da ética
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Saúde
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
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Um terço dos implantes
dentários do país é pirata
Produtos não têm garantia de qualidade e podem causar graves infecções, peças são anunciadas pela internet, onde pinos que custariam até R$ 500 são vendidos a partir de R$ 10
por CLÁUDIA COLLUCCI/folhapress
Um terço dos 2,2 milhões
Os implantes com registro na
de implantes dentários
Anvisa passam por uma série de
feitos anualmente no país
testes, como o de resistência e de
é produto de pirataria.
esterilidade. O material também
A estimativa é da Abimo (associa-
é desenvolvido para não causar
ção da indústria de equipamentos
rejeição.
médicos e odontológicos), baseada
Segundo a Abimo, as peças mais
na comparação entre o número de
pirateadas são as que se fixam
procedimentos e o de produtos
nos pinos. Normalmente, elas são
vendidos legalmente.
feitas com dimensões de encaixe
As peças piratas podem causar
mais folgadas, o que faz com que
problemas que vão da queda do
se afrouxem. Nesse espaço, pode
dente artificial até graves infecções
haver proliferação de bactérias.
na boca.
O grande atrativo para os dentistas
Muitas das vendas ilegais são feitas
usarem implantes piratas é o preço.
pela internet. Há páginas no Face-
A peça completa chega a custar
book anunciando pinos a partir de
60% a menos do valor cobrado
R$ 10 --no mercado legal, o preço
pelos fabricantes oficiais --R$ 700
varia de R$ 300 a R$ 500.
a R$ 3.500.
O assunto foi debatido em congresso
Hoje, as empresas não têm obrigação
internacional de odontologia e está
legal de identificar suas peças para
levando dentistas, empresários
que possam ser rastreadas diante
e a Anvisa (Agência Nacional de
de um problema. Assim, segundo
Vigilância Sanitária) a discutir o
Claudio Miyake, presidente do
rastreamento dos implantes até o
Crosp, fica difícil comprovar que
usuário final.
uma infecção foi causada por um
A implantodontia é uma das áreas
implante pirata.
que mais crescem na odontologia.
Segundo ele, a categoria espera
Em cinco anos, o número de es-
a aprovação de um projeto de lei
pecialistas com registro no Crosp
estadual que obrigará a venda de
(Conselho Regional de Odontolo-
produtos odontológicos com a
gia do Estado de São Paulo) mais
devida identificação.
do que duplicou, passando de 968
“O que a gente sabe é que o fracasso
para 2.423.
de um implante tem relação dire-
A especialidade também liderou
ta com a qualidade do material”,
o número de denúncias contra
diz o cirurgião-dentista Reinaldo
dentistas em 2014, a maioria por
Papa, que já atendeu vários casos
problemas técnicos e serviços
de vítimas de implantes piratas ou
malfeitos.
de má qualidade.
“Tem gente comprando um torno
A comerciante Maria Elvira Inácio
e fabricando implantes na gara-
de Melo, 57, é uma delas. Há oito
gem. E o que é mais preocupante:
anos, ela perdeu nove implantes
tem dentista comprando”, diz o
dentários por má qualidade do
superintendente da Abimo, Paulo
material, o que foi descoberto após
Henrique Fraccaro.
a peça ser retirada da boca.
Para ele, além de desleal do ponto
“Uns oito meses depois de fixados,
de vista mercadológico, a prática
ele começaram a ficar moles e caí-
é criminosa. “Não sabemos se as
ram”, conta.
peças têm condições mínimas de
Segundo o cirurgião - dentista
qualidade. Podem causar danos
Rodolfo Candia Alba Júnior, da
físicos e financeiros.”
Conexão Sistemas de Prótese, uma
O implante é composto pelo pino
estratégia das empresas para fazer
de titânio inserido no osso da boca
frente aos concorrentes piratas tem
e uma outra peça em que a prótese
sido dar aos dentistas garantia
será cimentada ou parafusada.
vitalícia dos implantes.
Crédito: Folhapress
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Veículos
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
Motores 1.0 Motores 1.0 três cilindros serão maioria entre os populares em 2016
por EDUARDO SODRÉ/FOLHAPRESS
No início dos anos 1990, os carros compactos 1.0 ainda tinham ar de novidade. Entre eles estava o importado Suzuki Swift, único com três cilindros. Hoje, o q ue era exceção virou tendência. Com a chegada dos novos Nissan Versa e March, nove veículos populares vendidos no Brasil oferecem versões com esse tipo de motor. Isso
corresponde a 41% dos modelos disponíveis no segmento. Até o fim de 2016, os tricilíndricos serão maioria no mercado. Nesse caso, menos é mais: as tecnologias empregadas nesses motores permitiu que superassem em desempenho e consumo os 1.0 com quatro cilindros, que dominaram o mercado nos últimos 20 anos.
Veículos
Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015
Nissan Versa amplia time dos carros 1.0 com motor três cilindros por GUILHERME SILVEIRA/FOLHAPRESS
Após três anos de nacionalidade mexicana, o Nissan Versa muda e passa a ser produzido em Resende (RJ). Junto com a reestilização, que adota a identidade visual dos sedãs maiores Sentra e Altima, chega o motor 1.0 12V de três cilindros (77 cv) que já equipava o compacto March. A reestilização é vista nos faróis maiores, na grade frontal em “V” e no para-choque dianteiro mais proeminente. Dentro, as configurações 1.6 passam a ostentar instrumentação em fundo branco, feita por LEDs. A porção central do painel traz acabamento em preto brilhante apenas na nova versão 1.6 Unique, e bem que poderia ter sido agregada às demais.
Diferenças
Apesar das semelhanças na cabine, o Versa é diferente de seu “irmão” March. A começar pelo excelente espaço no banco traseiro, maior até que o do Sentra. No banco dianteiro, o sedã de entrada da Nissan tem bancos mais ergonômicos que os do hatch. O sedã compacto passou por ajustes na suspensão (que ficou mais firme) e na direção elétrica. Os dois motores usam corrente metálica e velas com eletrodos de platina, que, segundo a Nissan, podem rodar até 100 mil km sem manutenção. Na pista de testes, o Versa 1.0 obteve bons números de consumo, chegando à média de 17,2 km/l na estrada (gasolina). O desempenho foi mais tímido, porém adequado ao segmento. Essa é uma característica comum a todos os 1.0 tricilíndricos avaliados. Os carros andaram melhor que a maior parte das opções com quatro cilindros. Por exemplo, o aposentado Ford Ka 1.0 Rocam tinha desempenho bem inferior ao do Ford Ka atual, apesar de ser mais leve. A versão hatch vendida hoje é cerca de 2s mais rápida na aceleração de zero a 100 km/h com etanol no tanque.
Hora de renovar
A chegada dos novos March e Versa torna mais urgente o desenvolvimento de motores 1.0 de três cilindros de outras marcas, como Chevrolet e Fiat. Elas terão as suas opções a partir de 2016.
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Jornal do Meio 789 Sexta 27 • Março • 2015