Braganรงa Paulista
Sexta 29 Maio 2015
Nยบ 798 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br
jornal do meio
11 4032-3919
2
Para pensar
Jornal do Meio 798 Sexta 29 • Maio • 2015
Rezar com protestantes
e com não cristãos? por Mons. Giovanni Baresse
Celebramos, na semana que
ir ao templo protestante. É claro
islamitas, budistas, etc.) se dá o
permitem, uso palavra mais dura
passou, a semana de oração
que há muita gente ainda que cai
nome de diálogo inter-religioso.
e agressiva: ignorância. Esta igno-
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919
pela unidade dos cristãos.
na tentação de não encontrar, nos
Sobre Ecumenismo e Diálogo
rância é carregada de culpa para
Uma semana especial, pedindo a
cristãos de outras denominações,
inter-religioso pronunciou-se o
uma boa parte, falo de nós católicos,
Deus que todos os que acreditam
nenhuma sinceridade na crença a
Concílio Vaticano II (1962-1965)
de não procurar conhecer aquilo
em Jesus Cristo busquem unir ora-
Jesus Cristo. Também é verdade
nos documentos “Unitatis redin-
que o Magistério eclesial ensina.
ção e ações, que traduzam aquilo
que muitos cristãos protestantes
tegratio” e “Nostra Aetate”, res-
Quando se fala com conhecimento
que Jesus caracterizou como um
pensam que os cristãos católicos
pectivamente. Tenho certeza que
de causa, quando se estudou um
único mandamento, na resposta
estão fora da verdade. Parece que
quem fez a crítica à iniciativa que
documento, aí se tem base para
que deu um fariseu: “Amarás ao
não se atina para a vergonha que
a Igreja projetou para a prepara-
apresentar dúvidas, discordâncias.
Senhor teu Deus de todo o teu
significa afirmar crença no mesmo
ção à festa de Pentecostes, festa
Mas quando, depois de cinquenta
coração, de toda a tua alma e de
Senhor e digladiar-se. Para superar
do Espírito Santo, não estudou
anos, ainda se desconhece o que
todo o teu entendimento. Esse é o
a separação, faz tempo, existe em
esses documentos. Desconhece,
produziu um concílio onde estava
maior e o primeiro mandamento.
nossa Igreja e em outras Igrejas
igualmente, os trabalhos do CONIC
a quase totalidade dos bispos do
O segundo é semelhante a esse:
Cristãs um movimento chamado
(Conselho Nacional das Igrejas
mundo, junto ao Papa, cercados de
Amarás o teu próximo como a ti
Ecumenismo. Sua finalidade é
Cristãs) que, com a Conferência
especialistas em todos os campos
mesmo. Desses dois mandamen-
criar espaço de diálogo, oração e
Nacional dos Bispos do Brasil,
da ciência religiosa e profana, com
tos dependem toda a Lei e os
ações comuns entre aqueles que
procura promover o diálogo e a
documentos que nas votações ti-
Profetas”! (Mateus 22,36-40). Para
afirmam as sua fé em Jesus Cris-
cooperação para que os cristãos
veram a aprovação quase absoluta
reafirmar isso, como esquecer o
to, verdadeiro Deus e verdadeiro
deem um testemunho efetivo para
dos presentes (e os votos contrários
contexto da Última Ceia e tudo o
Homem. Sem que cada pessoa
a transformação da realidade que
foram pequenas porcentagens,
que vai se repetindo: “Dou-vos um
ou igreja perca a sua identidade.
fere a tanta gente. Como entender
nada significativas), tem que apa-
mandamento novo: que vos ameis
O ecumenismo não é um movi-
um Evangelho pregado, atacando
recer clara a necessidade de ler, ao
uns aos outros... Isto vos mando:
mento para que todos se tornem
os que têm opções de fé diversas?
menos, para poder dizer alguma
do paganismo encaminharam as
amai-vos uns aos outros” (João
católicos ou protestantes. Não faz
Se todos querem viver o amor que
coisa. Em todo caso, se mesmo o
suas divergências. E lembrar o que
13 -15,17)? Soube que alguém
proselitismo. Quer respeitar a fé
se deve a Deus e se concretiza
conhecimento dos documentos da
disse São Pedro, quando entrou na
comentou, ironicamente, que
que cada um professa e buscar
no amor ao próximo, como ver
Igreja e o seu caminhar não forem
casa do centurião romano Cornélio:
fariam mais bem os padres em
os pontos comuns para superar a
cristãos alimentando inimizade e
convincentes, fica o chamado para
“Dou-me conta, em verdade, que
convidar os protestantes em vir à
ideia e a atitude de ver, no diverso,
incompreensões? Tenho afirmado
reler o capítulo quinze dos Atos dos
Deus não faz acepção de pessoas,
paróquia para uma bela missa de
um inimigo. Abro parêntesis para
que um dos grandes problemas que
Apóstolos (o concílio de Jerusalém)
mas que, em qualquer nação, quem
São Pio V, cantada e em latim, que
lembrar que ao relacionamento en-
invade as comunidades cristãs é
e ver como os cristãos de origem
o teme e pratica a justiça lhe
convidar a comunidade católica a
tre cristãos e não cristãos (judeus,
o do desconhecimento. E, se me
judaica e os cristãos que vinham
é agradável” (10,34-35).
E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
Antenado
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Jornal do Meio 798 Sexta 29 • Maio • 2015
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Enigmas da Primavera Autor João Almino cria obra de peso com ‘Enigmas da Primavera’
A maior e mais famosa fonte barroca da Itália (Roma)
tolerância da Espanha mourisca. De forma sub-reptícia, Almino capta o movimento, característico das redes sociais, que leva da rebeldia libertária ao extremismo vociferante, projetando-o nas relações afetivas de um jovem desnorteado, que sonha em se converter ao islã e enxerga na amante casada e nas amigas com as quais viaja à Espanha uma atualização de fábulas orientais. E se essa viagem é uma fuga motivada pelo delírio de ter cometido um crime passional, a fábula maior de “Enigmas da Primavera” está em apontar, com generosidade, como o vazio de utopias e as existências vicárias da militância virtual precisam ser preenchidas por quimeras -”tudo feito para acabar em palavras (...) como a própria vida, feita de busca de sentido, de frases e atos incompletos”. Enigmas da primavera Autor: João Almino Editora: Record Quanto: R$ 42 (288 págs.) Avaliação: muito bom Foto: Divulgação
© Revistas COQUETEL
O dente desenvolvido em roedores Fixar aproximadamente o preço
Com, em francês Violação da lei penal Expressão verbal
Instância da psique (Psican.) Ice (?), rapper paulistano Cineasta canadense de "Avatar" Erva com propriedades medicinais
As formações vegetais escassas nos pastos Falta de zelo
"Doctor", em PhD Estrôncio (símbolo)
Competidora da Bombardier na fabricação de aviões a jato
Museu fundado por Chatô (sigla)
Título no topo da pirâmide feudal
Alvo principal da cirurgia estética (pl.) Entrega-se a fantasias e devaneios (?)-commerce: o comércio eletrônico
Cinza, em inglês
Atua em parceria com o FBI Negativo!
Fazem correr (um líquido)
Troveja; retumba Monograma de "Rita"
Bolo servido em festas juninas
Entidade que presta auxílio a alcoólicos
Antiguidade (abrev.) É identificado no teste de DNA Colocar em posição adequada
Diversificar; modificar
Utilização da tábua corrida O 2º mais populoso município do AM
Número inteiro indeterminado Seguro de Acidente de Trabalho (sigla)
Intenso sentimento de ódio E, em inglês Administrador de dioceses
Sustenta o mundo nas costas (Mit.)
Caráter da imagem na alucinação Índia, no alfabeto fonético da Otan
Motivo de indecisão do inseguro
3/and — ash — juá. 4/avec — blue. 5/faina.
BANCO
Gramínea Romance de varas de Érico de pesca Verissimo Peças de castiçal
Promessa de sites de relacionamentos
Lida; azáfama (p. ext.)
Seguidor da doutrina hitlerista (red.)
por MANUEL DA COSTA PINTO/Folhapress
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Solução
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O começo da jornada
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Lenço Cor de Rosa
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“Enigmas da Primavera”, novo romance de João Almino, é a primeira obra de peso, na literatura brasileira, a trazer para as páginas da ficção (e para a vivência subjetiva) os movimentos políticos dos últimos anos. O título remete à Primavera Árabe, onda de protestos que derrubou ditaduras do Oriente Médio em 2011, época em que se passa a maior parte do romance -embora seja narrado a partir do contexto das Jornadas de Junho, as manifestações que varreram o Brasil em 2013. Mas “Enigmas da Primavera” acaba fazendo um diagnóstico mais permanente, de um beco sem saída geracional. Não da geração do escritor e diplomata nascido em Mossoró (Rio Grande do Norte), em 1950, mas da geração atual. O enredo nos leva de Brasília a Madri no momento em que surgia outro movimento contra o sistema político e financeiro: o 15-M (referência a 15 de maio de 2011, data de eclosão dos protestos na Espanha). Em cena, temos Majnun, jovem criado pelos politizados avós depois da morte do pai, por overdose, e da internação da mãe, viciada e psicótica (breve aceno a mais uma geração perdida). O nome do protagonista é, na verdade, um apelido inspirado em personagem de um relato da tradição árabe -abrindo um veio narrativo que fará o romance mesclar, de modo engenhoso, história cultural e revisionismo histórico Majnun é o típico internauta que prefere o “território da ausência” proporcionado pela esfera virtual, na qual pode inventar “um mundo à sua medida”. Em suas fantasias, cultiva as raízes muçulmanas de sua família e idealiza o passado de
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por Evelin Scarelli
Seguro a caneta com força e minha mão esquerda automaticamente se encaminha ao campo indicado para a liberação do medicamento.Evelin, você já pode entrar! Disse e, bom tom a simpática recepcionista. Já em pé, respiro fundo. Observo atentamente a porta fechada que divide a recepção e a ala hospitalar repleta de cadeiras e macas. Encontrava-me exatamente em uma estranha divisa entre dois universos: Quem eu era... Quem eu me transformaria. Seguro a maçaneta, giro o meu corpo e direciono pela ultima vez o olhar aos meus pais, que estão sentados e de mãos dadas na recepção. Lembro-me da sensação de ir à escola pela primeira vez e esboço um leve sorriso. Dentro do grande salão, a cor predominante é a lilás. Existem duas televisões ligadas, mas ouço apenas o som dos passos das enfermeiras. Ao meu lado direito, observo através de uma pequena fresta uma enfermeira segurando e acariciando a mão de uma paciente deitada. Solto todo o meu ar dos pulmões e me sento. Sou visivelmente a mais nova de todas as pacientes de lá, o que gerou alguns olhares de piedade e inconformismo. Ao meu lado, uma senhora reclama de dor enquanto a enfermeira chefe tenta pacientemente encontrar um acesso venoso para a aplicação da quimioterapia. - Assim você vai assustar a menina. Dizia inutilmente a mulher vestida com uma astronauta. Enquanto observava a cena, notei que se aproximava outra astronauta. Ela carregava consigo um suporte para o soro e uma caixa nominal a garota do lenço cor de rosa. - Você sabe como funciona a quimioterapia? - Não sei, na verdade não pesquisei nada em lugar algum... Não queria correr o risco de me influenciar com ideias negativas a respeito. Respondi, novamente esboçando um tímido e nervoso sorriso. - E porque entrou sozinha? Perguntou carinhosamente a enfermeira. - Estamos no escuro. Não gostaria que meus pais sofressem com esse processo... (...) Como presente a todo o meu processo, recebi muitas historias que me transportaram
exatamente para a minha primeira sessão quimioterápica. Hoje, reconheço o sentido de tanto nervosismo e insegurança: O medo do inesperado, do “quarto escuro” que é conviver com o diagnóstico e a sensação de falta de tempo para o resto do que “sobrar” das nossas vidas. Ah, câncer, como aprendi com você. Aprendi a sorrir, aprendi a dar valor ao meu sorriso... Ah, senhor câncer, como todo o seu processo transformou a minha vida. De menina a mulher, instantaneamente. Tudo isso, logo após a notícia da sua chegada. Ah, universo, como aprendi a ser grata. Notei a sua existência, me permiti apreciar o seu valor... Reconheci o meu tamanho e graças a isso, sofri muito (muito) menos. Ah, minha centelha, como sou grata por meu corpo, minhas mãos, pés e pernas. Graças a você, perdi o medo do escuro. Entendi que eu sou muito mais do que isso... E ainda assim, mesmo após essa paz e esse reconhecimento, obrigada por me permitir ficar aqui... E existir. Querida sala lilás, obrigada pelas infinitas cores que me ensinaste a observar através dos reflexos do branco, a cor da minha quimioterapia. Você existe. E foi peça fundamental no meu processo de cura... Que eu saiba diariamente reconhecer o diagnóstico, a minha historia e meus passos. E que eu jamais me esqueça... E vamos em frente.
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Jornal do Meio 798 Sexta 29 • Maio • 2015
por Shel Almeida
Com quase 750 mil casos de den-
para que as pessoas se sintam motivadas
gue registrados no país, entre
à fazer sua parte. Mas fora do período de
janeiro e abril, o Brasil passa
incidência da doença é difícil, as pessoas
pela epidemia da doença. Metade dos
esquecem. É preciso que as companhas
casos estão no Estado de São Paulo, que
contra a dengue sejam como as campanhas
já enfrentou uma epidemia da doença
contra a Aids e a tuberculose, contínuas.
há dois anos. Em Bragança Paulista, os
Que a população não esqueça, que se acos-
casos registrados já passaram de uma
tume com a prevenção. Quando a epidemia
centena. Por isso, mesmo que o período
começa a cair, as pessoas se acalmam e é
de maior incidência tenha passado, to-
aí que está o perigo, porque ela poderá vir
do cuidado é pouco, como explicou ao
mais forte”, analisa Dr. Mendes.
Jornal do Meio o Médico Infectologista
Outra informação importante, segundo
Dr. José Ribamar Borges Mendes.
o médico, é esquecer o mito de que o
“São diversos os fatores, desde ambien-
mosquito só pica em determinado pe-
tais até culturais, que foram criando
ríodo do dia. “Ele pica a qualquer hora,
condições para que o mosquito Aedes
de dia e de noite. E pica por cima da
Aegypti se adaptasse às zonas urbanas,
roupa. Os repelentes ajudam bastante
desde situações climáticas adversas,
nesses casos. Mas o melhor é sempre
até a falta de saneamento básico em
ter cuidado com a limpeza do ambiente.
muitas localidades, que é um situação
Os ovos se fixam até mesmo em luga-
comum no Brasil, e inclusive a fronteira
res tão pequenos como uma tampa de
desordenada da zona urbana, em que as
garrafa”, avisa.
cidades vão avançando em condições
Vacina
a educação não é produtora de uma
“A vacina contra a dengue já está em fase de pesquisa. Mas a estimativa que é seja usada na população entre 2016 e 2017. A vacinação será um fator importante para se combater a doença, mas é preciso que isso seja encarado como prioridade política, e não apenas de saúde pública. É preciso entender porquê o Brasil é um país que tem condições favoráveis ao desenvolvimento da doença. As doenças não ocorrem por acaso. Conforme os estilo de vida que temos, estamos mais suscetíveis a determinadas doenças Nós vivemos em um país de terceiro mundo, em que as condições básicas de saúde são precárias. A dengue é um situação cotidiana no Brasil, devido situação climática e as condições sanitárias. É preciso educar a população em relação à isso. Mas é preciso perceber, também, que
boa política, mas sim resultante dela.
Atenção Ao menor sinal de suspeita da doença, alerta Dr. Mendes, é preciso buscar um acompanhamento clínico. “A dengue é um doença dinâmica e a evolução é imprevisível. Ela é uma doença que pode levar ao óbito. A demora em procurar atendimento médico é fator de risco. A dengue é um doença inflamatória que ataca os vasos sanguíneos, e com isso, o corpo perde água muito rápido. É importante que se tome bastante água para repor, mas é o médico quem vai identificar qual o melhor tratamento e fazer o acompanhamento. Não dá para tratar em casa, com chazinho. Pode também ter o chazinho, mas não pode deixar de procurar ajuda especializada”, enfatiza.
precárias. Dessa forma, a doença se capilarizou para as pequenas cidades. Na Região Bragantina, a expansão dos condomínios foi um fator que contribui para isso também. O problema da dengue é crônico e isso se deve muito pela falta de um sistema de planejamento urbano, algo que o país adotou e se acostumou há muito tempo. Agora, estamos em uma fase melhor, em que não é favorável ao mosquito e, por isso começa a cair a incidência de casos. Neste momento, a probabilidade da infecção pelo doença vai diminuindo, mas é preciso continuarmos atentos, porque é normal que períodos de grandes epidemias sejam intercalados por períodos de menor incidência”.
Sinal de Alerta De acordo com o que Dr, Mendes explica, estamos em um período não favorável à eclosão dos ovos. Em condições favoráveis, a eclosão pode acontece entre dois e três
O Médico Infectologista Dr. José Ribamar Borges Mendes alerta para a importância da prevenção constante contra a dengue. “Que a população não esqueça, que se acostume com a prevenção”.
dias. No entanto, a resistência dos ovos pode mantê-los de seis a oito meses em condições viáveis de eclosão. Ou seja, assim que esses ovos encontrarem condição climática favorável, eles irão eclodir. E aí voltamos ao ciclo de aumento da incidência de casos da doença. Portanto, se o momento não é favorável ao mosquito, é favorável à prevenção. Essa é a hora de se fazer uma limpeza pesada, limpar calhas, limpar terrenos, quintais, para tirar os ovos de circulação. Estamos em um período de menor incidência, mas é importante que esse tempo seja aproveitado em favor da prevenção, para que, quando houver condições favoráveis, esse ovos não tenham a chance de eclodir. “A importância de se fazer isso agora é para que não haja a eclosão desses ovos daqui a alguns meses e, consequentemente, não tenhamos que passar por novas epidemias. Os mutirões regulares são importantes para que haja movimentação nesse sentido. A mobilização é fundamental
“É preciso que a doença seja encarada como prioridade política, e não apenas de saúde pública”.
Jornal do Meio 798 Sexta 29 • Maio • 2015
Momento Pet
Como ensinar seu filhote
a fazer xixi no lugar certo? por Dr. André Alessandri
Bom dia meus queridos leitores, hoje vamos tratar de um tema sugerido por nossos leitores: como ensinar o seu filhote a fazer xixi no lugar certo. Primeiramente, é necessário entender como funciona a cabeça do seu animalzinho. Os cães aprendem por associação, ou seja, se ele fizer uma coisa certa e for recompensado de alguma forma, tentará cada vez mais repetir o feito. O que pouca gente sabe, e que é de fundamental importância, é que entre essa ação do animal e a recompensa, só haverá associação se a distância de tempo for de poucos segundos. Por exemplo, ao voltar de casa do trabalho e ver que seu cão fez alguma coisa errada enquanto você estava fora, de nada adiantará chamar sua atenção, pois ele não irá relacionar a sua bronca à atitude que você está querendo corrigir. O filhote muito novo, assim como os bebês, não consegue segurar suas necessidades e as faz quando tem vontade, portanto, e normal que ele erre bastante o local das necessidades nessa fase e isso faz parte do aprendizado. O ideal é que o filhote fique sempre sob supervisão do proprietário ou alguém da família que, ao perceber que o filhote vai fazer suas necessidades deve leva-lo ao local escolhido para que ele os faça, por
exemplo, um tapete higiênico. Não esqueça de recompensá-lo com um carinho ou algum petisco. Se o filhote for pego fazendo necessidades no local errado, corrija com um “não” e o leve para o local correto. Lá ele deverá continuar de onde. Novamente, não esqueça de agradá-lo, mesmo que tenha sobrado só uma gotinha de xixi. Porém, sabemos que nem sempre é possível ter o filhote sob constate supervisão de alguém. Nesse caso, o ideal é deixar o filhote fechado em um ambiente seguro, com a maioria do piso coberto com o material que você quer que ele realize suas necessidades e, aos poucos, ir diminuindo a área desse material, conforme percebe-se o aprendizado do filhote. Caso ele volte a errar, regrida uma fase, e continue o treinamento, até que ele passe a fazer suas necessidades apenas na superfície desejada. Hoje em dia, temos no mercado uma grande gama de produtos para ajudá-lo a ensinar seu filhote: são os educadores sanitários e os tapetes higiênicos. Esses produtos irão estimular seu filhote, através do odor, a realizar as necessidades no local adequado, ou evitar que o façam no local errado. Contudo, eles não fazem o trabalho sozinhos, são apenas auxiliares do treinamento.
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Veículos
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Golf Variant Volkswagen Golf Variant passa pelo teste Folha-Mauá
por EDUARDO SODRÉ/FOLHAPRESS
Santana Quantum, Corcel e Del Rey Belina, Elba, Kadett Ipanema, Caravan. Em algum lugar do passado, essas peruas de porte médio ou grande eram objetos do desejo das famílias brasileiras. Então chegaram os utilitários de apelo urbano, que tomaram conta do pedaço. Em garagens onde antes reluzia uma “station wagon”, hoje há um Honda CR-V ou equivalente. Há poucas exceções, e a versão Variant do Golf é a mais nova da turma. Por trazer o mesmo motor 1.4 turbo (140 cv), a perua tem desempenho muito semelhante ao do modelo hatch -e isso é uma boa notícia. As reações são típicas de um carro com acerto esportivo, sem as oscilações de carroceria comuns aos SUVs. O espaço não é tão generoso quanto o dos utilitários, mas o porta-malas pode levar 605 litros de bagagens. O preço da perua começa em R$ 87.490 e inclui sete airbags, assistente de partida em rampa (que não deixa o carro andar para trás na hora de sair de uma vaga na ladeira), sistema de mídia com tela sensível ao toque e outros recursos que não podem faltar na categoria, como ar-condicionado e controles de estabilidade. O Sistema Start-Stop, que desliga temporariamente o motor nas paradas do trânsito, também é item de série. Seu auxílio foi fundamental para que o consumo na cidade ficasse em 12,2 km/l, de acordo com as medições do teste Folha-Mauá. Na pista, o Golf Variant precisou de 9,5s para partir do zero e chegar aos 100 km/h.
Todas as versões à venda no Brasil são equipadas com câmbio automatizado de dupla embreagem (sete marchas). Há muitos pacotes opcionais, que podem fazer o preço passar dos R$ 120 mil. Produzida no México, a perua já está chegando às lojas; a VW espera vender 2.500 unidades até o fim do ano. Para comparar, o SUV Hyundai iX35 (a partir de R$ 99.990) foi parar em 4.970 garagens entre janeiro e abril. Dificilmente a Variant representará uma retomada de seu segmento. As outras peruas médias disponíveis custam bem mais, como o Audi A4 Avant (R$ 152.990), o que não ajuda a fazer volume. Mas é bom ter opções aos SUVs, ainda mais com motores tipo o 1.4 turbo.
Foto: Ivan Ribeiro/Folhapress
Foto:Divulgação
Peugeot 308 Novo Peugeot 308 anda bem com motor três cilindros; conheça tecnologia Fernando valeika de barros
Previsto para chegar às concessionárias brasileiras no início do segundo semestre de 2015, o novo Peugeot 308 é a grande aposta da montadora francesa para alcançar o pódio entre os hatches médios -o modelo atual é apenas o quarto colocado na categoria. Apesar de conservar o mesmo nome, o carro mudou bastante e apresenta bons trunfos. O principal está sob o capô: há uma nova família de motores turbo de 1,2 litro e três cilindros, com 130 cv na versão testada. Mais leve, o Puretech polui menos e Crédito:Folhapress
Veículos
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revela o futuro das máquinas a combustão
Rápido Segundo dados do fabricante, o 308 avaliado vai do zero aos 100 km/h em 10s -cerca de oito décimos mais rápido do que seu antecessor, com motor 1.6 de quatro cilindros (120 cv). Equipado com um também novo câmbio automático de seis marchas, o 308 mostrou muita disposição na estrada. A última versão ficaria facilmente para trás. O bom desempenho não compromete o consumo. Abastecido com a gasolina pura que é vendida na Europa, o 308 atual alcança a média rodoviária de 21,7 km/l, sendo cerca de 40% mais econômico que o antecessor. Os dados são do fabricante. A plataforma EMP2 (sigla em inglês para Plataforma Modular Eficiente 2), que substitui a do modelo ainda comercializado no Brasil, também estará em modelos das linhas Citroën e DS. Com 116 inovações patenteadas, a nova base é cerca de 70 kg mais leve e também mais rígida do que a anterior.
Para e anda Além do motor moderno e da vantagem de pesar quase 200 kg a menos na comparação com o antigo 308, há outras astúcias para justificar a relevante economia. A começar pelo sistema Start-Stop, que corta o funcionamento do motor quando o carro está parado no trânsito (à espera do farol verde) e o ajuda a consumir menos. Ponto também para o bom comportamento da direção elétrica, eficiente tanto quando é preciso manobrar o carro na cidade, como quando o ponteiro do velocímetro avança para os 120 km/h.
Um nome, dois carros O resultado é um carro repleto de atributos. Resta saber quando os brasileiros terão acesso a esse motor três cilindros de nova geração, e qual será o preço que a Peugeot pedirá pelo novo 308. As primeiras unidades virão com o já conhecido e turbinado 1.6 THP, de quatro cilindros. Contudo, ainda não é o fim do 308 atual, feito na Argentina. O modelo surgirá levemente redesenhado em junho, no salão de Buenos Aires, e chegará às lojas do Brasil no segundo semestre. Ele conviverá por um longo tempo com a nova geração, que será importada da França no 2º semestre.
7 Crédito:Folhapress
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