804 Edição 10.07.2015

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Bragança Paulista

Sexta 10 Julho 2015

Nº 804 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Jornal do Meio 804 Sexta 10 • Julho • 2015

Mães sem culpa

Mães que trabalham fora podem ficar mais tranquilas: investir na carreira é bom para a educação dos filhos e ajuda a reduzir diferenças de gênero, dizem estudos

por JULIANA VINES/FOLHAPRESS

Resultados de pesquisas recentes podem ajudar mães que trabalham fora a espantar de uma vez por todas o fantasma da culpa. Segundo esses estudos, investir na carreira é bom para a educação das crianças. Um levantamento da Universidade Harvard publicado no mês passado revelou que as filhas de mães que trabalham, quando adultas, ganham mais e têm melhores cargos do que aquelas cujas mães ficaram em casa. Nos Estados Unidos, a diferença salarial chegou a 23%. Entre os homens, a vantagem não está no bolso, mas nos hábitos. Os filhos de mães que trabalharam ajudam mais nas tarefas domésticas e passam quase o dobro de horas em família em comparação com aqueles que tiveram mães dona de casa. O estudo analisou dados de 50 mil pessoas com idades entre 18 e 60 anos, coletados em 25 países de 2002 a 2012. Segundo as pesquisadoras, o ‘working mother effect’ (algo como ‘efeito mãe que trabalha’) é benéfico para toda a sociedade porque ajuda a reduzir diferenças de gênero. Outra pesquisa dos EUA já

tinha analisado 69 estudos sobre o tema e mostrado que crianças cujas mães trabalham fora têm menos problemas de aprendizagem e tendem a ser mais bem sucedidas na escola. Para a psicóloga Cecília Russo Troiano, os resultados fazem sentido e podem ser trazidos para a realidade brasileira. Ela fez uma pesquisa com 400 pessoas (metade tinha mães que trabalhavam; metade, não) para o livro ‘Aprendiz de Equilibrista’ (Generale, 130 págs.). ‘Os pais são os principais modelos dos filhos. Se há um ambiente de igualdade entre homem e mulher, isso vai servir de referência para a vida das crianças. Nesse caso, é de pequenino que se torce o pepino, sim’, afirma. Além de criar meninos e meninas menos machistas, outro benefício para as crianças é a autonomia, afirma. ‘A mãe que trabalha fora precisa de um filho mais independente, que resolve parte dos problemas sozinho. Isso ajuda a superar desafios na escola e no trabalho.’ A fonoaudióloga Thaís Vilarinho, 36, acredita que o seu trabalho faz bem não só para os dois filhos --Matheus, 7, e

Thomás, 4--, mas principalmente para ela. ‘Quando o Matheus nasceu decidi cuidar dele integralmente e parei de trabalhar. Com o tempo, fui me perdendo como mulher, me esquecendo. Comecei a me achar chata, só falava nisso.’ Doisanosdepois,voltouatrabalhar meio período. ‘Hoje me sinto completa. Mudou minha autoestima, melhorou meu casamento. Acho que sou melhor mãe trabalhando do que sem trabalhar.’ Claro que às vezes a culpa aparece, mas ela não se arrepende. ‘Os filhos se adaptam. É algo importante para a independência da mulher’, diz ela, que nesse processo criou com uma amiga o blog ‘Mãe Fora da Caixa’.

REALIDADES DIFERENTES

Para a psicóloga Maria Lúcia Rocha-Coutinho, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ao trazer a discussão para o cenário brasileiro é preciso diferenciar as mães que trabalham fora. Aquelas que têm uma carreira e se sentem realizadas são um exemplo positivo. Já aquelas que têm que trabalhar pelo salário, nem sempre. ‘Se elas não gostam do que fazem e não têm ajuda em casa,

como acontece em muitos casos, acabam se sentindo sobrecarregada, e isso, claro, não é bom para os filhos.’ A psicanalista Malvine Zalcberg diz que o grande desafio da mulher que trabalha fora é equilibrar carreira e família. ‘Tem que saber avaliar o quanto ela pode ficar fora, para que o filho seja independente, e o quanto deve ficar em casa e dar atenção à criança para que ela não se sinta abandonada.’ Na busca desse equilíbrio, a professora Luana Grigoleti Rocha, 31, deixou o mercado financeiro e começou a dar aulas depois que o filho Samuel, 2, nasceu. ‘Reavaliei toda minha vida. Quando a mãe decide trabalhar fora tem que estar muito decidida, senão sofre.’ Hoje ela se diz realizada em todos os papéis. Um ponto fundamental nessa virada foi a compreensão de que ela precisa de ajuda. ‘É importante perceber os próprios limites. Será que não dá para o filho ir para a escola de perua ou fazer compras pela internet em vez de ir ao mercado? A mãe tem que evitar se sobrecarregar para estar disponível emocionalmente para os filhos’, diz a psicóloga

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

Eliana Marcello De Felice. “Quando a mãe decide trabalhar, precisa estar muito decidida, senão sofre LUANAGRIGOLETIROCHA,31 “Voltar a trabalhar mudou minha autoestima. Sou melhor mãe com vida profissional do que sem THAÍS VILARINHO, 36


Reflexão e Práxis

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Material do traje antifogo O maior cestinha dos Jogos Olímpicos

© Revistas COQUETEL

Resposta à batida na porta

O carro "rodado" Regime predominante na América Latina na década de 70

Cruel; opressor

Algumas considerações sobre os aparelhos

política para tal processo, não se reduz a distinção somente ao seu aspecto de força e violência colocando ainda mais em dúvida a distinção proposta por Althusser? No entanto, a posição do autor frente a questão da ideologia como expressão histórica dos interesses da classe dominante não poderia ser mais precisa. É justamente por ser construída social e historicamente que a ideologia pode aparecer como uma construção natural e absoluta mesmo sem o ser. Eis, também, porque a ideologia pode tornar os interesses da classe dominante, um indivíduo concreto, parcial e restrito a sua classe e interesses de classe, no interesse de todas as classes, como um sujeito concreto, total e absoluto social e politicamente por ser, em si mesmo, natural e necessário. Mais do que isso a ideologia faz com que a submissão se expresse socialmente como nossa única fonte de liberdade, pois somos submetidos livremente àquela. E já que a luta de classes está imbricada na ideologia, que, como vimos, é social e histórica, a luta de classes também precisa ser pensada tendo estes dois elementos como horizontes para a discussão porque por mais que os partidos, às vezes, se personifiquem em certos indivíduos, não são estes que compõem, pensam e efetivam seus interesses ideológicos. Mais uma vez, Althusser está correto ao afirmar que através da ideologia o caráter burguês formal da sociedade pode se tornar seu aspecto mais real; além disso, sua observação sobre o caráter desigual da luta de classes não poderia ter sido mais bem formulado. Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Comportamento

Saúde vitaminada

Novos multivitamínicos vêm com antioxidantes e até probióticos para melhorar imunidade e dar ainda mais energia, mas especialistas contestam coquetel de benefícios

Urso, em espanhol Boca de (?): diz-se da progaganda ilegal no dia da eleição (?) Tatum, pianista Alma, em inglês Praticante do crime de extorsão

1.000, em romanos Ivone Lara, sambista Espantoso; extraordinário (fig.)

Pronome oblíquo da 2ª pessoa Fazenda de cria- Ceará ção de (sigla) cavalos de corrida Declarar ter visto

BANCO

Regina Duarte, atriz paulista Principal porto da Grécia Vogal de (?) genéticos: cauligação sam as mutações em "habilidade" Bebo aos poucos

Classificação geométrica da bissetriz

Que desconhecem um assunto

Prévia seleção no prontosocorro

Medida de resistência elétrica Manda (alguém) em missão

Avivar (o fogo)

Forma ilegal, no Brasil, de redução da concorrência Hiato de "maestro" Fora, em inglês Outorgue

Tudo, em "onipotente" Órgão da FAB Lutécio (símbolo)

Videoteipe (abrev.)

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Solução ' 8 2 6 ' & $ 6 , ' 2 7 ' 2 5 $ 5 ' 2 , 5 ( 8 5 , 6 7 $ 2 + 0 , $ 5 , 9 ( / 2 1 , & 9 7 $ 5 , $ 1 + $ 5

Caso algo ocorresse entre além da própria distinção, a análise seria incapaz de acompanhar todas as articulações das diversas frações ideológicas que constroem a ideologia dominante, que congrega, em si, diversas forças que se unificam em suas contradições, possuindo um caráter dinâmico, manifestado nas articulações entre o aparelho repressivo de Estado e os aparelhos ideológicos de Estado em seus elementos essenciais, a violência repressiva e a ideologia, sem, no entanto, restringir-se a essa distinção de predominância entre ambos. Eis a razão deste espaço ser o topos da luta de classes pois a ideologia dominante não é homogênea sendo sim fragmentada, expressando tal fragmentação neste topos de embate político. Althusser também parece correto ao afirmar que os aparelhos ideológicos de Estado podem ser utilizados contra a classe burguesa que os constroem. Mas ao dizer que a luta de classes está além dos aparelhos ideológicos de Estado, na medida em que aquela é expressão sócio-política das contradições econômicas da infra-estrutura, ele coloca em dúvida a sua própria distinção entre o aparelho repressivo de Estado e os aparelhos ideológicos de Estado porque esta distinção não é suficiente para pensar as próprias articulações que permitem pensarmos esta mesma distinção. Se não podemos pensar as articulações, como podemos estabelecer tal distinção? A pergunta ganha mais importância quando Althusser diz que a força, do aparelho repressivo de Estado, é a garantia política para a reprodução das relações de produção e para o funcionamento dos aparelhos ideológicos de Estado. Se o aparelho repressivo de Estado é a garantia

Quase, em espanhol Código (abrev.) Ponto, Prato típico da em inglês culinária Incomoda italiana (a ferida)

Irwin Shaw, teatrólogo dos EUA

( 7 1 , 0 7 5 5 $ ( 1 ( 2 6 / 3 ( 7 $ 7 $ * 5 8 $ 7 ( & 5, 7 $ ( * ' ( / ( 0 8

por pedro marcelo galasso

Aqueles que têm o mesmo nome Capanga; jagunço (pop.) Defensora

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Parte 2

3/dot — oso — out. 4/casi — soul. 5/pireu. 11/mantenedora.

repressivos e ideológicos de Althusser

por JULIANA VINES/FOLHAPRESS

Não basta oferecer um abecedário de nutrientes. Os multivitamínicos agora prometem aumentar a imunidade, melhorar o funcionamento do intestino e dar mais disposição. Tudo isso graças a um coquetel que inclui, além de vitaminas e minerais, probióticos e antioxidantes. É o caso do Bion3, da Merck, que combina 20 nutrientes, como cálcio, com bactérias probióticas. “Ele melhora o sistema imunológico e dá mais energia porque auxilia na absorção de nutrientes”, diz Daniel Blumen, diretor de marketing da Merck Consumer Health. Segundo ele, desde fevereiro, quando começou a divulgação do produto no país, as vendas crescem 30% ao mês. O Bion3 não é o único da categoria “muito mais que um multivitamínico”. Na Europa e nos EUA, o suplemento Berocca, da Bayer, indicado para melhorar o desempenho mental e físico, faz sucesso até contra ressaca embora o fabricante não recomende. A marca ainda não chegou ao Brasil. Por aqui, a linha Centrum, da Pfizer, já tem oito tipos de multivitamínico. Neste ano, a marca lançou duas fórmulas com antioxidantes para quem tem mais de 50 anos. “Se a pessoa não come seis porções de frutas e verduras por dia, precisa de um complemento”, diz Luiz Henrique Fernandes, diretor médico da Pfizer Consumer Healthcare. Foi o que levou o comerciante Paulo César Penido, 53, a tomar um desses produtos. “Eu me alimento bem, mas se faltar algum nutriente, a vitamina garante. E me dá um ‘plus’ de energia.” A mesma impressão tem Guilherme Moreira Bigardi, 32, supervisor de vendas. “Eu sempre ficava cansado. Com o multivitamínico melhorou bastante.” Mas ele admite que não foi um milagre, já que passou a se alimentar melhor e

a fazer exercícios.

Controvérsias

Muitos especialistas têm ressalvas quanto à necessidade dos multivitamínicos. “Eles vendem uma imagem de salvação, de que com a vitamina você vai vencer o cansaço. Não é bem assim”, diz o nutrólogo Celso Cukier. “Para o metabolismo da energia precisamos de vitaminas do complexo B, mas são quantidades mínimas. Com alimentação normal você consegue o necessário.” Por “normal” ele quer dizer comer arroz, feijão, carne, frutas e legumes. A nutricionista Silvia Franciscato Cozzolino, professora da USP, indica de cinco a sete porções de frutas e vegetais por dia. De acordo com ela, a pessoa pode até sentir mais disposição quando tomar vitamina se tiver carência de nutrientes. O mesmo vale para a questão da imunidade. “Estudos já mostraram que probióticos podem ajudar nesse sentido. Nutrientes como o zinco também.” Mesmo assim, ela não recomenda o uso de suplementos sem indicação médica. “De qual mineral a pessoa tem carência? Em quais doses? Vitamina faz bem só para quem precisa”, afirma Durval Ribas Filho, nutrólogo. Como os multivitamínicos são complementares à alimentação, as doses são baixas e não representam riscos. Mas os suplementos para suprir carências de nutrientes específicos podem fazer mal. “Muita vitamina C pode levar à formação de cálculos renais, e o excesso de vitamina A ou E pode prejudicar o fígado”, diz Luciana Coppini, presidente da Associação Brasileira de Nutrição. De acordo com a nutricionista, grávidas, vegetarianos e idosos que não conseguem se alimentar bem precisam de suplementação. “Quem faz academia, não. Só se for atleta de elite.”

Casas Condomínio Casa Jd. das Palmeiras – alto padrão, aceita imóvel menor valor................ Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imóvel menor Valor........................................ Consulte-nos Rosário de Fátima, aceita imóvel menor Valor:............................................Consulte-nos Casa (nova) Portal Bragança..........................................................................R$: 980 mil Euroville (várias opções) a partir de ..............................................................R$: 750 mil Mirante de Bragança – 3 suítes (térrea) .........................................................R$: 580 mil Casa Centro – 4 suítes ....................................................................................R$: 450 mil Casa Portal Horizonte (nova)..........................................................................R$: 770 mil Apartamentos Apto Don Aguirre - Centro (novo)...................................................................R$: 245 mil Apto Julio de Mesquita...................................................................................R$: 180 mil Ed. San Remo (em frente ao Jd. Público .........................................................R$: 650 mil Apto Piazza de Ravena (Taboão).....................................................................R$: 780 mil Apto na Mooca - SP - Troca por casa em condomínio Bragança ...................Consulte-nos Terrenos Colinas São Francisco (vários) a partir de.....................................................R$: 290 mil Vales das Águas (vários) a partir de................................................................R$: 200 mil Portal Horizonte.............................................................................................R$: 220 mil Terras de Santa Cruz 771 m2...........................................................................R$: 145 mil Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos Café (Lago do Taboão)....................................................................................R$: 106 mil Terreno comercial plano 2000 m2 Av. Dos Imigrantes..................................Consulte-nos


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Jornal do Meio 804 Sexta 10 • Julho • 2015

por Shel Almeida

As instituições, em geral, cumprem o papel social que o governo, seja municipal, estadual ou federal, não consegue cumprir. São organizações com finalidade pública e que, normalmente, se formam a partir do empenho de voluntários. Conhecidas como ONGs ou Organizações do Terceiro Setor, cada instituição surge a partir da necessidade local. Em Bragança, a maioria dessas instituições recebe subsídio municipal. Mas, ainda assim, precisam buscar outros meios para se manter e continuar oferecendo os serviços aos quais se propuseram. O mais comum é que realizem bazares, bingos, jantares e eventos em geral para arrecadar fundos. Dessa forma podem contar com o apoio da população e também da iniciativa privada, além de apresentar à comunidade o trabalho desenvolvido. O Jornal do Meio conversou com representante de algumas dessas instituições para saber quais são as ações que realizam no decorrer do ano e como a população pode contribuir.

Retorno

De acordo com Ana Lídia Piniano de Oliveira, Presidente do SAMA - Serviço Assistencial de Acolhimento Institucional de Bragança Paulista - a maior arrecadação da instituição chega por meio do telemarketing. “A continuidade na contribuição é mais importante do que o valor. Muitas pessoas podem doar 10 reais por mês e assim esse valor é multiplicado. Se uma pessoa doa um valor maior, em doação anual, isso será bem vindo, é claro. Mas conseguiremos usar apenas naquele mês. Quem doa 10 reais por mês estará doando 120 reais anualmente, as pessoas entendem que essa pequena contribuição faz parte de um todo muito maior. Além disso, recebemos doação de materiais também. O que não puder ser usado no abrigo, colocaremos em nosso bazar que é realizado mensalmente. Tudo o que recebemos é reutilizado. Com a crise fomos afetados nas doações por telefone, mas o importante é, em momentos como esse, fazer rodar, criar coisas novas, ter perseverança. Por isso as instituições sempre estão criando algo diferente, que traga retorno às pessoas. Nós realizamos um jantar anualmente, sempre na época de junho ou julho. O último aconteceu semana passada. Dessa maneira, a pessoa tem a chance de contribuir e ainda participa do jantar. Entre setembro e outubro realizamos um evento mais popular, com porco no rolete, que funciona da mesma forma. As pessoas ainda estão mais propensa a ajudar quando têm algum retorno. Por isso sempre procuramos estimular a visita ao abrigo, que cada pessoa conheça o nosso trabalho, venha ver no que o dinheiro que ela doou está sendo investido”. No Lar da Bênção, o bazar mensal também é uma forte fonte de arrecadação. Além disso a instituição produz bolos de nozes e pizza para vender e arrecadar fundos. A próxima venda de pizzas está marcada para o dia 15 de julho. “Também realizamos almoços e jantares, duas vezes ao ano. O próximo acontecerá no final de agosto. Outra forma de arrecadação é a adoção financeira das crianças. Os interessados podem doar o valor mínimo de 100 reais, via boleto e com isso, contribuir com as despesas do abrigo. Não é um dinheiro específico para determinada crianças, é usado para o bem-estar de todas. O retorno disso é poder acompanhar como esse dinheiro está sendo empregado”, fala Neuza de Camargo Silva, Sócia Fundadora do Abrigo para Crianças.

Iniciativa privada

A maior parte das doações que chegam até o ECOA - Espaço de Convivência e Aprendizagem, vem da iniciativa privada. “São colaborações de empresas que financiam diretamente determinado projeto, como a nossa nova biblioteca e a sala de contação de história. As mesas para nossa sala de informática também foi doação de uma empresa. São doações esporádicas e bem específicas. Muitos

profissionais liberais também nos ajudam nesse sentido. A partir do final de julho começaremos a emitir boletos para aquelas pessoas que quiserem contribuir mensalmente. Os interessados podem entrar em contato conosco. E, além disso, realizamos três eventos principais no ano, que são o almoço com porco no rolete, que acontece em abril, o Jantar Árabe, que vai acontecer no próximo dia 18 de julho e um almoço que ainda estamos organizando que provavelmente acontecerá em novembro. Ainda temos convites para o jantar. É só entrar em contato”, fala Waldir Bianco, Presidente do ECOA

Papel Social

Na Vila São Vicente de Paulo a maior parte das doações também vem por meio do telemarketing. “O retorno que temos pelo telemarketing é grande, não apenas na questão financeira, mas na de doações de materiais para o bazar também, Mensalmente o nosso bazar faz girar uma grande quantia em dinheiro, porque temos uma clientela muito forte. De certa forma, acabamos até mesmo cumprindo um papel social, pois estamos localizados em uma região carente e muitas pessoas da comunidade utilizam dos nosso materiais para se vestir, por exemplo. Três vezes por mês fazemos uma bazar especial com peças a preço de 50 centavos. Assim as peças do bazar são sempre renovadas. Recebemos recentemente uma doação de mais de 8 mil pares de calçados e iremos realizar, em breve um bazar especial. Além dessa ações, realizados também eventos anuais como show de prêmio, almoços com porco no rolete ou comida italiana. Todos eles são programados conforme a necessidade. Agora, no final de julho, teremos a nossa Festa Julina, que acontece entre os dias 24 a 26 e o telemarketing funciona também para a arrecadação de prendas”, explica Flávia Baratella Coordenadora de Comunicação de Marketing da Vila.

Prestação de Serviço

Na Faros da D’Ajuda boa parte da arrecadação vinda de doações na verdade é transformada em prestação de serviços veterinários, por meio da Clínica Beneficente. “Na clínica oferecemos preços acessíveis e parcelados, além de programa de castração. Além de ser nossa fonte de recurso para mantermos as despesas do abrigo que não são custeadas pela prefeitura, oferecemos acesso ao atendimento veterinário. Na Feirinha de Adoção, que realizamos todo sábado na Praça Raul Leme, a venda de materiais também funciona como fonte de renda. No nosso site temos uma botão de doação espontânea, que vai direto para nossa conta. São diversos os meios de arrecadação, mas procuramos levantar recurso a partir do nosso próprio trabalho. Os nosso eventos, como o bincão que aconteceu em junho sempre tem uma finalidade. O próximo que estamos programando é para outubro, em comemoração ao nossos 10 anos. Disso tiraremos um fundo especial para a construção de um hospital-abrigo”, explica Márcia Davanso, Presidente da Instituição de Proteção Animal.

O Lar da Bênção mantém o programa de adoção financeira das crianças assistidas. Com o mínimo de R$ 100 mensais é possível contribuir.

O SAMA estimula a doação continuada de pequenas quantias e as visitas ao abrigo para conhecer o trabalho desenvolvido, como forma de transparência em relação aos doadores.

A maior parte das doações que chegam até o ECOA - Espaço de Convivência e Aprendizagem, vem da iniciativa privada. “São colaborações de empresas que financiam diretamente determinado projet

Com o bazar, a Vila São Paulo consegue arrecadar fundos e ainda cumpre o papel social de ajudar a comunidade do entorno com peças em valores acessíveis.

Lar da Bênção 4033 4177 www.casadabencaobp.com.br/ Vila São Vicente de Paulo 4035 - 1892 www.vilasaovicentedepaulobp.com.br/ www.facebook.com/vilasaovicentedepaulo Festa Julina - 24, 25 e 26 de julho SAMA 4035 - 1515 www.samacrianca.com.br/ www.facebook.com/samacrianca Faros D’Ajuda 3404 - 4002 www.farosdajuda.org/ www.facebook.com/farosdajuda ECOA 4035 2197 www.ecoabrag.org.br/ www.facebook.com/ecoabraganca Jantar Árabe - 18 de julho

A Faros D’Ajuda presta serviço veterinário a preços acessíveis na Clínica Beneficente e, assim, arrecada recursos para a instituição.


Momento Pet

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Cinomose por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores! Hoje vamos falar da cinomose, uma doença que causa a uma morte devastadora em nossos animais, principalmente nos filhotes e cães idosos. É uma doença viral, causada por um vírus (CDV ) sendo um vírus RNA , de característica semelhante à do vírus do sarampo em seres humanos . Esse vírus é altamente contagioso e afeta vários órgãos dos nossos animais, causando diversos sintomas, muitas vezes inespecíficos sem um diagnóstico laboratorial. Os sintomas principais são: perda de apetite , secreção nasal, secreções nos olhos , diarréia, febre , dificuldade respiratória e sintomas neurológicos como convulsões , paralisia de membros , espasmo muscular e mioclonia (tiques). A forma de contaminação mais comum é pelo contato do animal infectado com animais não infectados , seja através de secreções , do ar e de objetos ou utensílios que animais contaminados entraram

em contato e não foram devidamente esterilizados. O tratamento da cinomose é paliativo, tentando minimizar os danos causados pela doença , pois o sucesso do tratamento depende da própria resposta imunológica do animal para combater o vírus em questão. Contudo, existem formas de prevenir da doença, sendo a principal delas a vacinação, que deve que ser realizada pelo médico veterinário. Além disso, não levar seu animal em lugares onde há cães sem procedência sanitária ( vacinações , vermifugações e controle de pulga e carrapatos) evita o contato com o vírus. Por isso, bastante atenção antes de colocar outro animal na companhia do seu. Antes, procure saber sobre a sua procedência sanitária . Por fim, realize com frequência a desinfecção de seu ambiente utilizando produtos a base de cloro e amônia quaternária. Até a próxima semana e um ótimo final de semana a todos!

Saúde

Cargueiro explode rumo a estação espacial por SALVADOR NOGUEIRA/Folhapress

A tentativa de lançar mais um cargueiro não tripulado à Estação Espacial Internacional (ISS) fracassou neste domingo (28), após falha do foguete que o levava ao espaço. Além do prejuízo (não divulgado pela Nasa), o acidente traz problemas logísticos para os parceiros envolvidos na operação do complexo orbital e coloca em xeque o plano da agência espacial americana de realizar suas missões de suprimentos com parceiros comerciais. O foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, decolou às 11h21 (de Brasília), no que seria sua sétima missão de envio de suprimentos à estação (a terceira em 2015). Poucos minutos após o lançamento, porém, a telemetria revelou uma anomalia de superpressurização em um tanque de oxigênio líquido.

O evento foi seguido da perda catastrófica do veículo na alta atmosfera, a uma velocidade de quase 5.000 km/h. A causa do problema ainda é desconhecida. Foi o 19º voo do Falcon 9 e o primeiro a fracassar. Os suprimentos que estavam na cápsula Dragon, instalada no topo do foguete, além de uma nova estrutura de atracação para a ISS e um conjunto de experimentos, foram perdidos. A explosão foi o terceiro acidente em oito meses envolvendo o reabastecimento de carga da estação espacial. Em outubro passado, a outra empresa parceira da Nasa para transporte de carga, a Orbital, teve acidente similar, quando seu foguete explodiu após deixar a plataforma. Em abril, o drama ficou por conta dos russos. Eles lançaram o cargueiro não tripulado

Progress, que chegou a entrar em órbita, mas ficou girando fora de controle e não pôde ser acoplado à estação. Com a mais recente perda, a situação fica mais difícil para os três tripulantes da ISS. Dois deles, o americano Scott Kelly e o russo Mikhail Kornienko, conduzem desde março uma estadia que deve durar um ano. Ainda não há perspectiva de que esses planos sejam alterados, mas o nível de conforto diminuiu com o acidente. “Temos hoje suprimentos a bordo para os próximos quatro meses”, disse Mike Suffredini, gerente da Estação Espacial Internacional na Nasa, em entrevista coletiva após o lançamento. O problema agora é retomar a operação dos cargueiros. A SpaceX não deve voltar a voar até que o problema tenha sido corrigido --o que pode levar meses. Já a Orbital está no processo de trocar o

motor do seu foguete e só deve voltar a suprir a estação no ano que vem, embora um voo de teste deva ocorrer neste ano. Os russos são os que mais rapidamente devem voltar à ação. Um novo Progress deve voar na próxima sexta-feira (3). Caso isso aconteça, garantirá mais um mês de suprimentos. Além disso, em agosto, o cargueiro japonês HTV deve ser lançado. “Isso mostra a importância de não dependermos de um único fornecedor para manter a estação”, afirmou William Gerstenmaier, administrador associado do programa tripulado da Nasa. Apesar dos problemas, a agência diz que as falhas não colocam em questão o sucesso do programa comercial de carga. A Nasa também não vê impactos ao programa comercial de transporte de tripulação, que deve entrar em operação em 2017.


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Veículos

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Eletrizante Apesar da escassez de pontos para recarregar as baterias, BMW i3 sobrevive em São Paulo; visual futurista chama a atenção

por RODRIGO MORA/FOLHAPRESS

É sábado, fim de tarde, e o estacionamento de um shopping em São Paulo está lotado. Isso não é problema para quem chega lá de BMW i3: o piso da vaga destinada a carros elétricos, que abriga um dos poucos pontos de recarga da cidade, está brilhando --sugerindo que ninguém estaciona ali há dias. Como se fosse uma celebridade, o i3 para calmamente na vaga e se apronta para reabastecer as baterias. Basta à reportagem da Folha conectar o cabo de energia ao carro (simples como plugar o carregador do celular na tomada) e seguir rumo às compras. E não faltará tempo para isso. Caso a energia da bateria esteja prestes a se esgotar, o posto de recarga rápida precisará de três horas para recarrega-la por completo. Na garagem de casa, em uma tomada de 220V, o ciclo levará cerca de oito horas.

Planejamento prévio Esse é um dos pontos cruciais do convívio com um carro elétrico em uma cidade ainda sem estrutura para receber veículos desse tipo: a escassez de pontos de reabastecimento exige planejamento antes de sair de casa. A energia armazenada é suficiente para chegar ao próximo destino? Há tomadas na garagem da empresa? Mesmo o dono de um i3, que é equipado com um gerador a gasolina que não deixa a carga acabar completamente e estende a autonomia de 160 km para até 300 km, sempre terá essas preocupações. O Futuro já começou Nas ruas, o BMW i3 parece uma espaçonave trazida do ano de 2045 --um pouco pelo absoluto silêncio ao rodar e muito pelo design futurista. Seu estilo atrai olhares, mas manda um recado: elétricos ainda são extraterrestres distantes de se tornarem uma opção de deslocamento urbano em massa. O preço de tabela fixado em R$ 225.950 também faz o compacto i3 parecer de outro planeta. O maior problema é a falta de incentivos fiscais. No Brasil, apenas modelos híbridos são beneficiados com reduções do imposto de importação de acordo com a eficiência energética.

BMW preserva essência esportiva no i3

Fosse o i3 um hatch elétrico concebido por qualquer outra marca, não despertaria tanta expectativa sobre sua experiência ao volante. Porém, trata-se de um BMW, e espera-se que ele mantenha a dirigibilidade dos modelos de luxo da marca alemã. Para exorcizar a fama de que carro elétrico não emociona (devido às ausências do ronco de um motor a combustão e das trocas de marchas), o i3 apelou a recursos geralmente infalíveis. A tração, como em quase todo BMW, é traseira. Isso deixa a frente mais leve, com as rodas livres da obrigação de “empurrar” o veículo. A direção também faz sua parte ao atender prontamente a cada pequeno desvio de trajetória. Ao bater a porta, o motorista se dá conta de que o i3 é mais do que uma curiosidade com motor elétrico. O amplo espaço para as pernas e a elogiável posição de guiar impressionam. O volante é a peça mais destacada no interior, como

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

Conector da tomada fica preso ao carro enquanto a bateria é recarregada e só se desprende quando as portas são destravadas Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

Ao lado da nova ciclovia, BMW i3 encara trânsito pesado na avenida Paulista


Veículos

Jornal do Meio 804 Sexta 10 • Julho • 2015

7 Crédito: Folhapress Arte: Folhapress

se o automóvel tivesse sido construído ao redor dele. O material das portas é reciclado, o que torna sua simplicidade algo menos relevante. Não há couro nos bancos, mas o revestimento é de boa qualidade. Atrás, há espaço suficiente para dois adultos de até 1,80 m e facilidade para entrar e sair graças às portas traseiras de abertura invertida. O amplo esterço das rodas ajuda nas manobras. É fácil encaixar o i3 nos pequenos espaços de uma cidade cada vez mais apertada. Leveza é outra virtude indispensável para quem busca bom desempenho com economia de combustível. Com carroceria que combina fibra de carbono e alumínio, além da estrutura do painel de instrumentos em magnésio, o modelo pesa 1.315 quilos. É pouco para um automóvel de propulsão elétrica, que carrega pesadas baterias. O motor de 170 cv entrega ao i3 desempenho superior às demandas de um carro urbano. De acordo com a BMW, o modelo pode chegar aos 100 km/h em 7,2s.

Desaceleração Pisar fundo no acelerador faz o i3 disparar, e tirar o pé do pedal faz o carro praticamente

frear. O recurso serve para reaproveitar a energia dissipada pela frenagem e recarregar a bateria. Essa desaceleração mais acentuada causa estranheza no começo, mas logo o motorista passa a usar o movimento a seu favor -sem recorrer ao pedal de freio quando há um semáforo adiante, por exemplo. O que se mantém estranho mesmo após uma semana de uso é a atuação do motor de moto (650 cc), a gasolina, que serve como gerador. Ele entra em ação quando a bateria está prestes a se esgotar. É indispensável em momentos em que há raros pontos de recarga rápida, mas seu barulho, similar ao de uma máquina de moer cana, é incômodo, para não dizer incompatível com o refinamento que se espera de um BMW. Pontos de abastecimento em sp Concessionária BMW Autostar Das 8h às 18h Av. Morumbi, 7.600 Shopping Anália Franco Das 6h às 23h Av. Regente Feijó, 1.739 MorumbiShopping Das 10h às 22h Av. Roque Petroni Júnior, 1.089

Shopping Pátio Paulista Das 10h às 22h R. Treze de Maio, 1.947

Chevrolet Volt Com o Volt, GM quer popularizar modelos eletrificados nos EUA Eduardo sodré

Se o novo Chevrolet Volt chegasse hoje às ruas do Brasil, seria facilmente incorporado ao ambiente urbano. O gráfico digital que monitora o gasto de energia é o único detalhe que difere esse modelo eletrificado de um carro tradicional, e isso é bom. A segunda geração deixou o exotismo para trás em busca do grande público. “Queremos que o Volt seja interessante e acessível, o que possibilitará o aumento da produção”, afirma Pam Fletcher, chefe de desenvolvimento dos modelos “verdes” da GM. Após algumas voltas em um circuito preparado pela empresa em Detroit, nota-se que o primeiro objetivo foi atingido: o Volt está bem mais interessante que antes.

Energia limpa A capacidade das baterias permite rodar por cerca de 80 quilômetros sem depender

do motor a gasolina -que, além de funcionar como um gerador, pode dar uma forcinha na propulsão quando é preciso mais potência. É por esse motivo que o Chevrolet é considerado um veículo eletrificado, e não elétrico. A velocidade máxima permitida na avaliação era de 40 km/h, suficiente apenas para se ter uma ideia de como o Volt se comportaria no trânsito -e as primeiras impressões são positivas. O carro lembra o sedã Cruze, tanto em desempenho quanto no conforto a bordo. O motor elétrico tem 150 cv. Outro ponto positivo é a autonomia. Com o auxílio do gerador a gasolina (motor 1.5 de 101 cv), é possível percorrer até 640 quilômetros. Porém, para quem deseja evitar a emissão de poluentes, o melhor é fazer recargas regulares por meio da tomada instalada no para-lama dianteiro do lado esquerdo. De acordo com a GM, o processo demora cerca de cinco horas em tomadas de 220V. Mas o objetivo de tornar o Volt acessível ainda está distante. Mesmo nos estados americanos onde há fortes incentivos e isenções para a compra de carros “verdes”, o preço desse Chevrolet beira o equivalente a R$ 100 mil.


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