809 Edição 14.08.2015

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Braganรงa Paulista

Sexta

14 Agosto 2015

Nยบ 809 - ano XIII jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


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Para pensar

Jornal do Meio 809 Sexta 14 • Agosto • 2015

A vida religiosa por Mons. Giovanni Baresse

No mês de agosto a comunidade católica é convidada a refletir, de modo mais próximo, sobre o tema da vocação. O ponto de partida é a vocação universal, isto é, o chamado de Deus para todos os seres humanos para viverem a filiação divina. Conforme o início da carta de São Paulo aos efésios (1,3-15) desde sempre Deus nos predestinou a sermos seus filhos no Filho. Mais ainda somos chamados a viver aquilo que Deus é: a santidade! Ser santos como Deus é santo (1 Pedro, 1,16)! Dentro desse grande chamado nós vamos escolhendo os caminhos para realiza -lo. No primeiro final de semana olhamos a vocação ao ministério ordenado na Igreja. Olhamos para os homens que acolhem o chamado a se consagrar pelo sacramento da Ordem. No segundo final de semana pensamos sobre a realidade da Família à luz da celebração dos Dia dos Pais. No terceiro final de semana somos chamados a meditar sobre homens e mulheres que assumem vocação nas congregações, ordens ou institutos da chamada vida

religiosa. São comunidades que têm vida em comum, sob um determinado carisma: dedicar-se à educação, aos hospitais, às casas de cuidado com crianças ou idosos, a trabalho missionário no próprio país ou em outros países. Sempre disponíveis em partir e assumir desafios. Sem dúvida, é mais um sinal luminoso dos dons que Deus faz surgir, com a adesão humana, da sua bondade, do seu amor. Há anos, para exemplificar decisões dessa vocação, eu recordava a vida de duas freiras. Uma assassinada em defesa de posseiros, outra dedicada à educação escolar. Uma procurando organizar o povo pobre para a defesa de seus direitos, a consciência dos seus deveres, para o aprendizado da luta pelo bem comum e pela superação do individualismo. A outra, pelos trabalhos nos colégios e atividades pastorais, procurando auxiliar na formação das crianças e jovens. O que levou essas duas mulheres a renunciar os ideais da formação de uma família? Por que renunciaram viver o amor com um companheiro de vida e a ter os seus filhos? Sabe-se que

muita gente assume vida sem constituir família por muitas razões. No caso das duas freiras é o chamado-resposta a alargar a capacidade de amar. Abrir a sua vida para famílias muito maiores daquelas que poderiam constituir. Amar mais gente e de forma muito mais profunda do que amariam àqueles que fariam parte de família de sangue. Uma vocação especial. Marcada pela promessa evangélica: “E todo aquele que tiver deixado casas ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por causa do meu nome, receberá muito mais e herdará a vida eterna” (Mateus 19, 29). Para muitos a vocação à vida religiosa (fazer parte de uma congregação, ordem, instituto) é algo não compreensível. Não é difícil encontrar gente que pensa que as freiras ou freis são pessoas frustradas: não conseguiram arrumar marido ou esposa e aí... Penso que a razão dessa vocação está escondida naquela que é a descoberta do Amor Maior: Jesus Cristo. Este Amor Encarnado que na doação de sua vida por amor a nós vai até as últimas consequências. Pode-se

dizer que boa parte de irmãs e irmãos das congregações (freis ou freiras) são como a brasa no fogão de lenha: escondidas na rotina do quotidiano, quase imperceptíveis aos olhos. Todavia presentes a não permitir que se apague o fogo da esperança e da vida. Às vezes ajudando a formar uma chama forte. Outras vezes sustentando o calor para que a rotina e as dificuldades da missão de cada dia não deixem de ser marcadas pelo amor que não desanima nunca. Neste nosso mundo marcado pelo consumismo, individualismo, busca de prazeres a todo custo, há homens e mulheres que assumem, como sinal, essa especialíssima e preciosa vocação: dedicação de sua vida às pessoas por amor a Deus. Consagração de sua vida a Deus, vivendo despojadamente, para servir aos irmãos onde quer que seja necessário. Há um tesouro precioso nessa vocação que parece estar em baixa nos nossos dias. Ela é iluminada pela decisão de, por amor, buscar viver fraternidade radical para ser sinal do amor infinito que em Jesus nós podemos saber:

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

despojar-se de si mesmo para assumir a missão de mostrar o caminho para a Vida. Que não nos faltem nunca homens e mulheres que nos ajudem a ter, bem diante dos olhos, o imenso amor de Deus por nós!


Reflexão e Práxis

Jornal do Meio 809 Sexta 14 • Agosto • 2015

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Encontro de duas linhas ou planos (Geom.)

(?) sequitur, tipo de falácia lógica (lat.) Movimento que "gera" a força centrífuga (?) Baianos, grupo da MPB

Interjeição vocativa Santa (?): o Vaticano

Monstro que guarda a câmara secreta, no segundo livro da série Harry Potter Roentgen (símbolo)

Arame, em inglês Giordano Bruno, ante a Inquisição

Grande arado puxado por trator

Desinência do plural Intencionalmente

Ópera de Giacomo Puccini (1900) Imposto de Renda (sigla)

Aeronave não tripulada de uso militar Existe Estrutura no convés do portaaviões Compostos orgânicos benéficos à saúde, presentes nas frutas

BANCO

Amapá (sigla) Franz Schubert, compositor austríaco

Entidade feminina da mitologia céltica Alumínio Patógeno (símbolo) combatido com os coquetéis antirretrovirais

Crustáceo marinho Louco, em inglês (?) loco: no mesmo lugar (latim)

Período derivado do ciclo lunar

Integrante de seita esotérica

15

Solução

1 5 $ 9

1 & 1 1

+

,

+

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Macacadas

Atração da festa de Parintins

Bisavó (bras. fam.)

$ 8 7 2 0 $ 7 2

Comportamento

Avenida (abrev.)

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Pedro Marcelo Galasso: ientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Olhos de (?), superstição japonesa

, ' ( 1 5 ' $ . 8 , % 6 ® 2 6 % 5 8 $ 2 6 & , , / ) 5 , 6 6 , & , 1 2 ,

não, o que, por si só, é assustador. O ato simbólico de bater panelas vazias para fazer o governo federal ouvir os clamores daquelas classes é elevado a categoria de ato político enquanto os protestos contra a fome, caso fossem acompanhados de tal manifestação, seriam considerados infantis e ingratos. Estranho pensar que as críticas contra o atual governo federal sejam feitas por partidos políticos que governaram o país em períodos tão turbulentos e ruins quanto este, mas que capitalizam o atual momento de forma politiqueira e oportunista ao não proporem algo que seja exequível e viável como possibilidade de ação e de governo. Estranho pensar que uma presidente eleita de forma democrática seja achincalhada e acusada de quebrar o país quando a nossa estrutura governamental, pautada da divisão de poderes e de responsabilidades, deveria ser analisada como um todo e não como fruto das ações de um partido político, elegido como o único grande mal de um país que contém, infelizmente, centenas de mazelas históricas que sequer são conhecidas ou discutidas. Estranho que a maioria despolitizada do país abrace antigos péssimos governantes e partidos políticos como nossos redentores. Estranho que a Política seja vista sempre de forma unilateral. Estranho que os mesmos que lesaram o país em outras ocasiões e com o mesmo grau de importância ainda estejam mandando e desmandando em nossos quadros políticos e institucionais. Estranho que nós, cidadãos, não façamos uma pequena e severa reflexão sobre a nossa responsabilidade em todos os desmandos e ações vergonhas que assistimos diariamente no Brasil.

Capital da Turquia

3 2 d 2 $ 5 7 ( 6 , $ 1 2

Não é novidade para ninguém que enfrentamos uma crise política e econômica no país, fruto do esgotamento de um modelo econômico da década de 90, do século passado, implantado no Brasil na desastrosa Era Collor, se é que este período merece tal menção. A atual presidente está pagando o preço deste esgotamento e pela crença de que a enorme crise econômica de 2008, desdenhada pelo ex-presidente Lula, não iria nos alcançar. Fato é que, como presidente eleita em 2010 e empossada em janeiro de 2011, Dilma Roussef tinha a obrigação de prever o esgotamento deste modelo econômico, pautado, mais uma vez, na inclusão das camadas mais carentes do Brasil na esfera de consumo segundo um projeto de ações afirmativas do Estado todas previstas na nossa Constituição, mas que apresentavam um limite de crescimento que já se esgotara no final de 2008. Todas as críticas ao Poder Executivo, portanto, são mais do que justas, pois cabe a este mesmo poder apresentar alguma proposta viável de solução para a atual crise. E eis um ponto interessante – não há saída mágica ou fácil, não há nenhum partido político no país que seja capaz de apresentar alguma possibilidade de solução que se distancie das propostas de ajustes econômicos do atual governo. Quaisquer partidos ou candidatos que digam isso são irresponsáveis, politiqueiros e mentirosos. Os ajustes econômicos sangrarão o país, tornarão difíceis os próximos anos, irão aumentar o abismo entre ricos e pobres, relação já difícil e cheia de ódio, pois basta observar o inconformismo das classes altas e médias do Brasil ao se referirem aos mais pobres. É como se a cadeia evolutiva da historiografia brasileira fosse quebrada quando surge aos mais pobres a possibilidade real de melhoria na qualidade de suas vidas, sejam elas concretizadas ou

Porta, em inglês Monte queniano

Nele a água atinge sozinha a superfície

$ / + , $ 9

por pedro marcelo galasso

Personagem de contos de Asimov

Uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, situada na cidade de Babilônia

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desmandos da Política nacional

Maioria religiosa da Índia

3/mad — non. 4/door. 5/brass — drone. 7/charrua — sanpaku.

A responsabilidade de todos nós e os

Disse: "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos", referindose aos pilotos da RAF na 2ª Guerra

© Revistas COQUETEL

Organização criminosa combatida pelo Capitão América (HQ) Canal de notícias da TV a cabo fundado por Ted Turner

com dinheiro por Suzana Herculano-Houzel /Folhapress

Como humanos, macacos são movidos pela avidez por recompensas e têm repulsa por perdas Nós humanos gostamos de pensar que somente um cérebro tão avantajado como o nosso deve ser capaz de lidar com conceitos abstratos como dividendos e debêntures, necessários para transações financeiras complexas. Até o conceito de dinheiro –um objeto que só tem valor se houver um consenso arbitrário sobre ele– deve ser elaborado demais para donos de cérebros menores. Ou não? A psicóloga Laurie Santos, da Universidade Yale, há alguns anos instituiu um “mercado macacal” para estudar que tipos de decisões macacos tomariam com dinheiro nas mãos. A resposta? Macacos tomam decisões financeiras surpreendentemente semelhantes às que nós tomamos. Vamos começar do começo. Macacos aprendem o conceito de dinheiro entregando fichas não comestíveis e nada interessantes a mãos humanas para serem trocadas por pedaços de frutas secas. Eles preferem entregar suas fichas a humanos que oferecem “promoções” do tipo 2-por1; roubam fichas uns dos outros e até dos pesquisadores; e também trocam fichas entre si por... sexo. Mais surpreendente, no entanto, são as decisões econômicas mais complexas, envolvendo riscos, tomadas pelos macacos. Face a um humano que entrega sempre uma uva pela ficha e um segundo humano

que metade das vezes entrega duas uvas e metade das vezes, nenhuma em troca da ficha, os macacos preferem entregar suas fichas ao primeiro “vendedor” –embora o retorno econômico, no fim das contas, seja o mesmo total de uvas. Um ganho certo é preferível ao risco de não ganhar nada. Mas, ao contrário, os macacos preferem o risco de uma perda maior à certeza de perder só um pouquinho: entregam suas fichas ao “vendedor” incerto, que oferece duas uvas mas ora entrega as duas, ora nenhuma, e não ao vendedor consistente que oferece duas e sempre entrega apenas uma. Em todos os casos, o retorno é semelhante: em média, fica-se sempre com uma uva por transação. Se não faz sentido preferir um vendedor ao outro, faz ainda menos sentido preferir a segurança do ganho mas o risco da perda. Irracional, certo? Sim –e exatamente tão irracional quanto nós. O comportamento econômico dos macacos é uma reprodução fiel do comportamento econômico humano, movido por avidez por recompensas, mas repulsa por perdas. Para o cérebro, perder e ganhar não são dois lados da mesma moeda, e sim duas balanças diferentes. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ, autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e do blog www.suzanaherculanohouzel.com

Casas Condomínio Casa Atibaia 5 suítes aceita imóvel menor valor em Bragança.................... Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imóvel menor Valor........................................ Consulte-nos Rosário de Fátima, aceita imóvel menor Valor:............................................Consulte-nos Casa (nova) Portal Bragança..........................................................................R$: 980 mil Euroville (3 Suítes, espaço Gourmet) .............................................................R$: 980mil Casa em Caraguatatuba (Praia Martin de Sá) .................................................R$: 550 mil Casa Centro – 4 suítes ....................................................................................R$: 450 mil Casa Portal Horizonte (nova)..........................................................................R$: 770 mil Apartamentos Apto Don Aguirre - Centro (novo)...................................................................R$: 245 mil Apto Soleil.....................................................................................R$: 50 mil + Parecelas Ed. San Remo (em frente ao Jd. Público) .........................................................R$: 750 mil Apto Piazza de Ravena (Taboão).....................................................................R$: 780 mil Apto na Mooca - SP - Troca por casa em condomínio Bragança ...................Consulte-nos Terrenos Colinas São Francisco (vários) a partir de........................................................R$: 290 mil Vales das Águas (vários) a partir de................................................................R$: 200 mil Portal Bragança..............................................................................................R$: 290 mil Terras de Santa Cruz 771 m2...........................................................................R$: 160 mil Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos Café (Lago do Taboão)....................................................................................R$: 106 mil Prédio comercial novo 478 m2 10 vagas de garagem (Av. Norte-Sul)...........Consulte-nos


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Jornal do Meio 809 Sexta 14 • Agosto • 2015

por Shel Almeida

Uma das grandes dúvidas atuais é como reagir em tempos de crise. Para que os leitores possam entender o momento pelo qual o país está passando, o Jornal do Meio conversou com o consultor empresarial José J. B. Freire que, além de explicar a crise, fez uma breve análise do que os consumidores e empresários podem e devem fazer para se resguardar financeiramente. Formado em Administração de Empresas pela PUC - SP, José especializou-se em finanças empresariais pela FIA - USP. Profissionalmente, atuou na área de crédito da Hewlett – Packard do Brasil SA e no Banco Itaú Unibanco SA, onde permaneceu por 15 anos e teve a oportunidade de passar por diversas áreas. “Meu foco de vida profissional e de estudo sempre foi voltado para as empresas. Hoje, eu tenho uma empresa de consultoria e assessoria empresarial, o objetivo desse serviço é acelerar o desenvolvimento da empresa em diversas frentes, desde a parte financeira até sua área de qualidade, entre outros. O trabalho começa sempre tentando descobrir quais são as oportunidades de melhoria que atrapalham o crescimento e o desenvolvimento da empresa. É preciso definir muito bem quais são as oportunidades existentes, porque se você erra o “diagnóstico”, qualquer solução encontrada não gerará bons resultados. Definidos os focos de atuação, o trabalho é gerar soluções e implementá-las de forma estruturada e organizada, seguindo uma agenda rigorosa de ações e desenvolvimentos. Normalmente as soluções são geradas com as melhores práticas de mercado e muitas vezes as melhores idéias também são dadas pelas pessoas da própria empresa, que participam de todas as fases deste processo. O que, na minha opinião, mede o sucesso deste trabalho, é perceber o quanto a empresa, durante o processo de consultoria e assessoria consegue evoluir, e o quanto a mesma, após o fim do projeto, conseguirá continuar evoluindo sem mais a atuação da consultoria, explica.

Crise no país

“Alguns indicadores indicam o rumo da economia, seja ele de crescimento ou de recuo, que refletem diretamente na qualidade de vida das pessoas. Entre os principais indicadores estão o PIB (Produto Interno Bruto), a inflação e a taxa de juros. O ideal é que o PIB do país cresça acima da inflação e acima do aumento populacional. Quando o PIB cresce acima da inflação está criando riqueza num ritmo maior do que o consumo, garantindo poder de compra estável para a população. Um PIB maior do que o crescimento populacional significa que o PIB por pessoa está aumentando, ou seja, o país está produzindo bens e serviços com menor escassez, garantindo maior poder de compra a todos, incluindo os que estão entrando na economia. Porém, esta situação ideal não é a

realidade brasileira nos últimos anos, nem nos próximos. No caso da taxa de juros - Selic - ela é usada como ferramenta da atual política econômica para controlar a inflação. Portanto, se a inflação está muito alta, as taxas de juros também estarão. O tipo de investimento que é feito no país quando isso acontece, tende a ser mais especulativo, em que os investidores, internos e externos, compram títulos do governo. E com isso, não se investe em algo que esteja gerando riqueza. Com a taxa de juros alta, o investidor ganha dinheiro, mas o país não. Quando a taxa de juros está baixa, o investimento é feito em uma empresa, em infraestrutura, em algo que pode gerar riqueza para o país. Por outro lado, os grandes vilões da inflação, que geram um aumento das taxas de juros são os bens e serviços de consumo administrados pelo próprio governo, como os combustíveis, energia elétrica e água, ou seja, o governo deu um nó bem dado na condução da economia nos últimos anos, contribuindo para o aumento de preços e consequentemente aumentando as taxas de juros.

espaço já conquistado. Os empresários que estão obtendo sucesso são aqueles que estão apostando na inovação e em uma melhor forma de se relacionar com os clientes. O outro lado a ser analisado é o quanto a empresa gasta, é necessário dar um foco para o controle de custos. Uma prática comum que pode ser muito ruim para empresa, não separar as finanças da empresa das finanças pessoais de seus sócios. Quando um empresário vive de seu negócio e não consegue separar as finanças, muitas vezes acontece dele não ter o dinheiro que precisa para um novo investimento na empresa, pois condicionou seus ganhos cada vez maiores a um padrão de vida cada vez mais caro. É preciso encarar esta situação de forma mais fria e “técnica”. Às vezes, não é a empresa que está dando prejuízo, é o dono que está gastando um pouco a mais! Uma forma de acabar com isso, é determinar um valor de salário para si mesmo, como maneira de não misturar as coisas e ter controles separados para as contas da empresa e para as contas dos seus sócios. Já para o consumidor, a dica é fazer

conta, se preocupar com o orçamento familiar. Ao fazer uma compra, o mais indicado é a vista com desconto com o dinheiro disponível e se não houver desconto, parcelar em mais vezes, deixando a diferença em aplicações financeiras. O papel do consumidor é o que dá dinamismo ao mercado, tem gente que não compra nada, tem gente que compra tudo, é preciso que haja o equilíbrio. Quando o dinheiro não roda, é ruim para todo mundo. É bom que as pessoas comprem. Se você precisa de algo, compre, é claro que você não precisa ficar substituindo um bem que possui a toda hora. É preciso também tomar cuidado com as compras financiadas a longo prazo, como de bens de consumo duráveis, cujas parcelas são às vezes aparentemente pequenas e cabem no orçamento, mas e se o consumidor perder o emprego? Em meio a esta crise, o importante é ter consciência dos próprios atos, não agir por impulso em uma compra, nem deixar de comprar por que está com muita desconfiança do futuro, afinal as crises são tão passageiras como os momentos de sucesso” - Analisa.

Crise em Bragança

“Bragança tem algumas características bem interessantes. Cada cidade tem sua própria característica econômica, às vezes o país está em crise, mas a cidade não, dependendo do que é produzido ali. Bragança tem uma cara de Brasil, no que diz respeito à economia. Bragança não tem uma indústria desenvolvida, como o país também não tem. Bragança tem um comércio que depende muito das pessoas mais pobres, o Brasil tem uma população muito pobre. O diferente em Bragança é que muita gente ganha dinheiro fora e traz para cá, pois trabalha em outras cidades e tem sua residência aqui, o que é bom para alguns setores. Mas me parece que nunca foi criado um projeto a longo prazo para a cidade. Poderíamos estar em um nível de empreendedorismo muito maior se tivéssemos uma visão de facilitar a entrada e sobrevivência das empresas na cidade. Embora num primeiro momento o município não ganharia com alguns impostos municipais, mas, a médio prazo a geração de empregos traria resultados para a indústria e comércio locais, e, num segundo momento, acarretaria em maior arrecadação, lembrando que as cidades com menores níveis de desemprego possuem uma chance muito maior de ser segura e com um bom ambiente de convivência. Hoje se sabe que Bragança depende bastante do comércio. E o comerciante, em primeiro lugar, tem que ter noção que será muito difícil aumentar o faturamento em meio à crise. Ele pode até conseguir isso, mas tem que saber qual o tamanho do mercado disponível para este crescimento. Se ele conhece o tamanho do mercado e até onde pode ir, ele consegue gerar estratégias para aumentar as vendas ou defender o

Os empresários que estão obtendo sucesso são aqueles que estão apostando na inovação e em uma melhor forma de se relacionar com os clientes.


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Momento Pet

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Lhasa Apso por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores!

desejável aspecto de “ursinho de pelúcia”,

Hoje vamos falar um pouco dessa

o que seduz qualquer um.

raça linda, uma das mais procu-

É um cão muito leal à sua família, mas

radas por nossos cliente: o Lhasa Apso.

também independente. Por isso, muitas

Acredita-se ser originária da Malásia.

vezes se mostra indiferente a pessoas

Viviam nos mosteiros budistas e, devido à

estranhas, por isso, importante a sociabi-

sua grande audição e latido agudo, eram

lização adequada quando filhote, para que

utilizados como cães de alarme, avisando

não apresente sinais agressivos com estes.

sobre qualquer movimentação estranha.

Embora pequeno, é muito corajoso e

Tem como característica marcante a pe-

destemido, além de carinhoso. Também

lagem exuberante, longa e pesada. Apesar

é indicado para pessoas que vivem em

de aparentemente delicado, é um cão

apartamento.

robusto e de alta longevidade.

Está aí um cãozinho para aqueles que

É uma das raças que mais frequentam

buscam um ótimo companheiro, não tão

os petshops, pois seus donos adoram

dependente, o que o torna mais tolerável

novas tosas e cuidam para que a pelagem

a ficar sozinho por alguns momentos de

continue sempre bonita, brilhante e sem

casa.

nós. As tosas na tesoura o deixam com o

Bom final de semana a todos!!

Uma tosa na tesoura realizada em nosso Petshop

Barney: Um dos nossos internadinhos!

Filhotinha de Lhasa Apso disponível em nosso Petshop

Mais um dos nossos internadinhos!


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Novos Rumos

Jornal do Meio 809 Sexta 14 • Agosto • 2015

Crise, uma oportunidade para evoluir por José J. B. Freire

Caros leitores, é com muito entusiasmo que hoje começo a falar com vocês aqui na coluna Novos Rumos. A cada semana terei o privilégio de dar minha opinião sobre assuntos relacionados a negócios, desde finanças até recursos humanos. Apesar de falar de negócios, a coluna não será dedicada exclusivamente para empresários, pois tentarei me comunicar com vocês de maneira simples e descomplicada, para que mesmo quem não seja um empreendedor possa nos acompanhar. “Novos Rumos”, tem significado especial para mim, pois já vivenciei muitas mudanças em minha carreira profissional e, a cada mudança se delineia um novo rumo, e isso se repete com muitas pessoas e com muitas empresas a todo o momento. Então, que diante de novos rumos, que cada um possa se reinventar e se adaptar às mudanças tão freqüentes em nossas vidas. Como primeiro artigo da Coluna, seguem algumas dicas de como enfrentar a crise econômica, retratando aqui boas práticas que empreendedores estão usando para ter sucesso e manter bons resultados financeiros: 1- Lembre-se que estamos tratando de uma crise, ou seja, uma situação perigosa, portanto, a primeira dica é MEXA-SE, não cometa a arrogância de achar que nada mudou e que seu negócio não será afetado. Esta crise em particular demonstra ser diferente das anteriores, e quando ela acabar o mercado estará ainda mais diferente, principalmente o consumidor, que será ainda mais exigente. Então, estude sua empresa,

acompanhando as mudanças que este momento está trazendo para o comportamento de venda dos seus principais produtos e para o comportamento de seus clientes. Para isso, esteja próximo de seus clientes e sempre que possível obtenha deles um feedback sincero. Com estas informações, crie uma estratégia e faça as mudanças necessárias que darão um vigor extra para seu negócio. 2- Segunda dica: Crie uma concepção de experiência vivenciada quando está vendendo seu produto ou serviço. Não faça de seu produto algo estático e com pouco significado, transforme-o em uma experiência, não é sem motivo que na caixinha do molho de tomate vem uma receita culinária. A intenção, entre outras coisas, é mostrar quanto um molho de tomate faz a diferença num prato saboroso, gerando assim uma percepção de valor agregado. Se a empresa vende muitos produtos ao mesmo tempo, como uma empresa de varejo, a experiência de compra pode ser uma ambientação singular, que proporcione bem estar por simplesmente estar naquele local de compra. Se seu serviço é de logística, a experiência a ser vendida pode ser a agilidade e a segurança no transporte, garantidas pelos selos de qualidade que a empresa conquistou, como por exemplo as certificações ISO e SASSMAQ, trabalhando estes pontos no marketing de sua empresa. 3- Para finalizar: cuide de seus custos com cuidado, busque a redução incessantemente, mas analise antes

de tomar qualquer decisão: A) Se seu faturamento está caindo, reduzir a equipe de vendas reduzirá seu custo, mas ter menos vendedores não ajudará com as vendas, não é? Será que este é o caminho? Opte por avaliar a performance de cada vendedor e tudo que influencia seu volume de vendas. B) Reveja o estoque e quanto de capital parado ele significa, é possível trabalhar com estoque baixo? Pense e pelo menos considere fazer esta análise. C) Seu maior sócio é o governo, certo? Então busque identificar qual a forma de tributação mais econômica para sua empresa de acordo com seu faturamento e as alíquotas existentes, nem sempre a forma de tributação mais fácil é a mais econômica. Converse com seu contador, talvez você se surpreenda. Espero que tenham gostado deste primeiro artigo. Por favor, nos conte o que achou, enviando um email para jose.freire@rroe.com.br. Também nos fale quais assuntos gostariam de ver aqui na coluna. Um forte abraço. José J. B. Freire Formado em Administração de Empresas pela PUC - SP, especializou-se em finanças empresariais pela FIA - USP. Profissionalmente, atuou na área de crédito da Hewlett – Packard do Brasil SA e no Banco Itaú Unibanco SA, onde permaneceu por 15 anos e teve a oportunidade de passar por diversas áreas.

Comportamento

X, Y E Z, são apenas letras A geração Y, de nascidos entre 1980 e 1990, é colaborativa e criativa. A X, anterior, é consumista. Baby-boomers queriam autodescoberta. Tais classificações fazem mesmo sentido? Os dados mostram que não muito por GABRIELA MALTA/FOLHAPRESS

O paulista Binho Cidral, 23, é multitarefas: ator, produtor e músico. O recifense Rodolfo Alvis, 26, é publicitário e administra um site de moda. Ambos usam a internet como ferramenta de trabalho, e acreditam em uma relação profunda entre trabalho, prazer e reconhecimento por suas ideias criativas. Binho e Alvis são profundamente simbólicos da geração Y, nascida nas décadas de 1980 e 1990, certo? Pois é, nem tanto. Estudos no exterior e no Brasil corroboram a visão de especialistas em recursos humanos: claro que as diferentes gerações não são idênticas, mas há muito exagero e estereotipação na caracterização da personalidade de cada grupo. Veja o caso suposta criatividade e irreverência da geração Y, com frequência citada como mais preocupada com uma vida repleta de propósito com que com dinheiro, em oposição aos seus pais, a geração X, preocupada com carreira, consumo e bens. “Percebemos essa tendência criativa mais entre os jovens das classes mais altas”, diz Elisabete Adami dos Santos, professora da PUC-SP. A lista das graduações mais procuradas no país mostra que a maior parte dos jovens

ainda busca áreas tradicionais –”caretas”. As quatro primeiras são administração, direito, pedagogia e contabilidade. Arquitetura só aparece em 13º lugar. Publicidade e jornalismo, em 21º e 27º. Tal ranking bate com uma pesquisa Datafolha divulgada em julho, que ouviu 1.036 jovens entre 16 e 24 anos. O trabalho ideal para a maioria tem horário fixo (71%) e cargo alto, com maior salário e responsabilidade (60%). Uma quantidade menor diz buscar poder trabalhar de casa (38%) ou ter horários flexíveis (27%).

Autoimagem

Uma diferença que realmente foi quantificada entre a geração Y e as anteriores, geração X e baby-boomers, refere-se à autoimagem. Um estudo da Universidade de New Hampshire mostrou que os jovens americanos têm uma visão mais inflada de si, mesmo quando descontado o efeito da idade –ou seja, os mais novos são mais otimistas quanto ao seu próprio destino do que eram seus pais ou avós quando tinham sua idade. Uma potencial explicação é o fato de tais jovens terem crescido em ambientes mais ricos –a renda cresceu ao longo das décadas– e protegidos. Há certo senso comum de que os pais

de hoje são mais sensíveis ao bem-estar dos filhos. Içami Tiba citava a simbólica questão do frango assado: antes, pais e avós ficavam com peito e coxa, que depois passaram ao prato das crianças. Mas daí a dizer que isso afetou o ego dos meninos não passa de hipótese, e também não se sabe se as conclusões são aplicáveis ao Brasil.

Ansiedade

João Brandão, professor da FGV, diz que com frequência se atribui à geração Y ansiedade no mercado de trabalho. “Os jovens de hoje, por causa da velocidade de internet, tendem a não querer esperar cinco anos por uma promoção”, afirma. “Mas, em alguma medida, impaciente todo jovem sempre foi.” É a questão: a ansiedade é característica desses jovens ou simplesmente algo típico da juventude de qualquer época? “Minha opinião é que as pessoas amadurecem e a ansiedade tende a diminuir”, diz Luís Fernando Martins, diretor da Hays, agência de recrutamento e seleção. Até as preferências políticas podem estar mais ligadas com a idade do que com características específicas de uma determinada geração. Infelizmente não há dados para o Brasil,

mas nos EUA um infográfico do jornal “The New York Times” mostra como a idade afeta a visão politica. Eleitores que nasceram na década de 1990 são, de fato, majoritariamente democratas. Eleitores que nasceram na década de 1950 são majoritariamente republicados. O que o jornal mostrou foi que os mais velhos, porém, mudaram de opinião com o tempo: quando jovens, também eram democratas. O ponto de transição se dá por volta dos 32 anos. Isso não significa determinismo ideológico etário. Os jovens dos anos Reagan foram mesmo mais republicanos, ao contrário dos que viveram os anos após o assassinato de John Kennedy. Há, porém, uma tendência geral a ser democrata quando jovem. Há ainda outras características de personalidade, mais subjetivas, que são difíceis de medir. Há uma mudança de comportamento sexual bem registrada –mais parceiros ao longo da vida–, mas seriam mesmo os jovens de hoje menos ciumentos ou possessivos do que seus pais, por exemplo? O que vem agora será a dita geração Z, de nascidos após 2000, os “nativos digitais”. Ainda não está totalmente claro o que será dito sobre essas pessoas para quem até a internet discada é Pré-história.


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Veículos

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Quase zero

Cuidados mantêm aspecto de novo dos carros e aumentam valor de revenda

por RODRIGO LARA/FOLHAPRESS

O cheiro de novo é o primeiro a se

“Lavo o meu Sandero sempre que possível,

de limpeza no Sandero.

dissipar. Com o tempo, veículos

já que tenho um horário de trabalho um

“Sempre ando com flanelas para limpar

usados com frequência começam

tanto incerto e dependo de encontrar algum

bancos, portas, plásticos e vidros, além de

Detalhamento promete serviço completo

a exibir marcas de uso: pequenos riscos,

lava rápido aberto”, afirma a perfusionista,

pequenos sacos de lixo”, diz Allyne. Mas

Para deixar o carro semelhante a quando

peças do acabamento desgastadas e bancos

profissional da área de saúde que cuida da

há um problema: mesmo avessa a sujeira e

era um modelo zero-quilômetro, é possível

manchados tornam-se comuns.

substituição das funções cardiocirculatórias e

odores, ela tem o hábito de fumar no carro.

recorrer ao detalhamento automotivo.

Mas há procedimentos que ajudam a manter

respiratórias de pacientes durante cirurgias.

“Procuro limpar possíveis cinzas e sempre

Feito por oficinas especializadas, o pro-

o aspecto de carro zero por mais tempo.

O que tira Allyne do sério é uma cabine

carrego um desodorizador dentro do carro.”

cedimento inclui higienização do interior,

“O básico é fazer a lavagem com xampu

suja. Ela já barrou o consumo de alimentos

Nesse caso, a solução para eliminar (ou

recuperação de rodas riscadas, limpeza

automotivo, aplicar cera uma vez por mês

dentro do seu Renault e diz que não ficou

reduzir) o cheiro que fica impregnado na

de partes de difícil acesso e troca de peças

e limpar o interior com produtos específicos

nada contente quando chegou sua vez de ser

cabine é fazer a higienização completa do

defeituosas ou com má aparência.

para couro ou tecido. Nas partes plásticas,

“motorista da rodada” e um amigo derrubou

interior, procedimento que custa por volta

São usados equipamentos como uma luz

recomendamos que nunca se utilizem pro-

cerveja no estofamento.

de R$ 300 e também é indicado para quem

que ajuda a enxergar pequenos riscos e um

dutos à base de silicone, que ressecam o

Para driblar emergências, ela carrega um kit

transporta animais no carro.

medidor de espessura do verniz, que determi-

material e facilitam o acúmulo de poeira”, afirma Bruno Mael, técnico de reparação automotiva da 3M do Brasil.

Resina protetora Quem quiser resultado prolongado pode optar pelo espelhamento. O processo consiste em lustrar e aplicar uma resina protetora na pintura, que é resistente a lavagens e dura cerca de seis meses. “O tratamento ajuda a revitalizar a aparência da carroceria e não danifica a camada de verniz”, diz Mael. O preço para isso em lojas especializadas é de R$ 250 em média. O administrador Igor Cabreira, 28, pretende fazer o espelhamento em seu BMW 125i 2013. “Sou do tipo que pede para as pessoas limparem o calçado antes de entrar no meu carro. Faço, pelo menos, duas lavagens por semana, com limpeza do interior.” Cabreira conta que todo esse cuidado também é pensado para a hora da revenda. “Quando procuro um modelo usado, sempre vou atrás de um automóvel com aspecto de novo. Então tento deixar o meu assim. Dá para dizer que eu sou bem chato com isso”, diz o administrador.

Reflexo do dono Segundo Allyne Rezende, 33, o estado de conservação do carro reflete se o seu dono é uma pessoa cuidadosa.

Arte: Folhapress


Veículos

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9 Arte: Folhapress

Escolha certa

na até que ponto cada parte da carroceria pode ser polida. “Cada carro fica conosco por um período entre cinco e sete dias. Em média, realizamos o serviço em apenas quatro veículos por mês”, afirma Deivy Munhoz, dono da Munhoz Detail, empresa especializada em detalhamento automotivo. No pacote de serviço mais completo que oferece, a pintura pode ser polida em até seis níveis para eliminar totalmente os riscos. Em um sedã médio, esse serviço custará cerca de R$ 1.800, incluindo a limpeza do interior e a hidratação de bancos de couro, se for o caso. No acabamento, pode ser feita a vitrificação da pintura. Segundo Munhoz, a resina usada nesse processo realça o brilho e reduz as chances de sujeiras grudarem na carroceria. Cada aplicação dura cerca de três anos. O procedimento é caro, com preços entre R$ 700 e R$ 900.

Antes de partir para esse procedimento, no entanto, é preciso definir o que se quer de cada serviço. Sem o mesmo “poder” do detalhamento, o enceramento é mais simples de fazer e mais barato, custando em média R$ 150. É possível, inclusive, realizá-lo em casa. Basta tomar alguns cuidados, como escolher os produtos certos, fazê-lo à sombra e com a carroceria fria. Já o polimento é destinado a reverter os efeitos de pinturas manchadas ou queimadas de sol, além de eliminar riscos superficiais. Contudo, não deve ser feito em casa, já que os produtos utilizados são abrasivos, o que exige a experiência de um profissional. A cristalização, embora oferecida pelas concessionárias para carros 0km, é indicada para modelos usados.

Foto: Bruno Santos/ Folhapress


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