816 Edição 02.10.2015

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Braganรงa Paulista

Sexta

2 Outubro 2015

Nยบ 816 - ano XIV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

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Para pensar

Jornal do Meio 816 Sexta 2 • Outubro • 2015

Prá que serve Jesus cristo? por Mons. Giovanni Baresse

No documento “A alegria do Evangelho”, do Papa Francisco, a ideia fundamental que é a razão da nossa crença, da nossa fé, é o encontro pessoal com Jesus Cristo. Nele, Jesus, se manifesta a beleza do projeto de Deus de nos fazer, a todos, seus filhos e filhas (Efésios 1,3-14). E não podemos esquecer que o único caminho que nos leva ao Pai e nos faz conhece-lo é Jesus. Lembremos o diálogo com Filipe: “Quem me viu, viu o Pai” (João 14,9). Sabemos que, ao longo dos caminhos do cristianismo, nem sempre a pessoa de Jesus foi apresentada de modo que pudesse atrair todos a ele. Como nossa cultura foi marcada pela cultura grega, onde pela influência do platonismo que advogava separação entre corpo e alma, privilegiou-se a figura do Cristo glorioso em detrimento do Cristo histórico. Sabemos que para a fé cristã existe um só Jesus. Nele encontramos um homem verdadeiro, nosso irmão, portanto uma condição humana real. Nele, igualmente encontramos Deus, portanto a condição divina real. Para os cristãos Jesus é homem

verdadeiro e Deus verdadeiro. Isto manifesta que devemos ter clareza quanto ao nosso crer em Jesus. Sua condição humana é vivida em duas etapas. Uma caracterizada pelo serviço, sua doação até a morte e a outra pela glorificação. Sua entrega começa na encarnação e vai até sua morte na cruz. Sua glorificação começa na ressurreição e perdura para sempre. Muito bem: justamente porque Jesus é da família humana e, ao mesmo tempo, é de Deus, ele é a ponte, o mediador entre nós e Deus. Um dos riscos é separar o Jesus da história do Jesus glorificado. Uma das tentações é salientar o Cristo glorioso e minimizar o Cristo da história. Quando se salienta o Cristo glorificado se separa a expressão da fé, os atos de culto e as orações, da realidade necessária da partilha e do amor-serviço aos outros. Faz-se uma ideologia do espiritualismo desencarnado. Não é difícil justificar o Cristo poderoso e sacralizar os diversos poderes, tentações continuadas em nossas vidas. A insistência no Cristo glorificado, esque cida a dimensão humana, fica

fácil esquecer que Jesus não se manteve neutro diante dos conflitos do seu tempo. Ele fez escolhas claras pelos excluídos e enfrentou os opressores. Por outro lado, quando se salienta o Cristo histórico podemos vê-lo como um sábio, um revolucionário. Esquecemos o valor salvador da ressurreição. Nós devemos fazer o caminho da articulação entre o divino e o humano em Jesus. Jesus está glorificado, nós ainda não! Nós proclamamos o Cristo Senhor, mas nós estamos ainda na etapa da doação, do serviço. Por isso no encontro com Jesus é preciso ressaltar o caminho vivido por ele na etapa terrena. Por enquanto nós só o podemos seguir nesta etapa. Porque desejamos participar da ressurreição de Jesus é que devemos dar valor à sua vida terrena. E devemos ter claro que para ajudar as pessoas a chegar a Jesus e acolhe-lo em suas vidas é preciso mostrar suas atitudes, como foi a sua vida. Para depois indicar a sua glorificação. Um Jesus de quem não recebêssemos exemplos concretos não poderia ser Caminho, Verdade e Vida (João 14,6). É

sempre oportuno recordar que a expectativa messiânica apontava para um rei. Os discípulos de Jesus sonhavam em participar do seu reino, partilhar o seu poder. Por isso mesmo diante dos anúncios dos sofrimentos e da morte pelos quais ele passaria não conseguiam compreender e se refugiavam nas discussões de quem seria o maior (Lucas 9,46). A pergunta de Jesus para eles sobre a opinião das pessoas sobre ele e, também, de quem ele era para seus seguidores, não era expressão de curiosidade e sim de ver se tinham compreendido sua missão. A resposta de Pedro foi correta quanto à forma, falha quanto ao conteúdo. Por isso ele recebe a ordem de recomeçar o caminho (Mateus 16,23). Muitos cristãos temos apego ao Senhor da glória, mas esquecemos o caminho da cruz. Exaltamos o Cristo glorioso porque vemos nele aquele que pode resolver nossos problemas. O invocamos para que faça vir do céu a cura dos erros que nós cometemos. Não nos lembramos que o caminho da Justiça, do Bem, do Amor e da Paz passa pela cruz do nosso

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

egoísmo, da nossa vaidade, da nossa mesquinhez. Exige conversão. Passa pela Cruz. O Cristo crucificado parece não interessar. Vamos ao Cristo glorioso sem cruz. É mais palatável!


ReflexĂŁo e PrĂĄxis

Jornal do Meio 816 Sexta 2 • Outubro • 2015

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

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por pedro marcelo galasso

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Pedro Marcelo Galasso: cientista polĂ­tico, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

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colonialis que formatou a população brasileira a essa estrutura de vida e de desenvolvimento, tendo como efeito inesperado uma postura hostil ao Estado que, curiosamente, era a Ăşnica fonte de soberania neste vasto e inexplorado territĂłrio, mas que se confrontava com a estrutura que se desenvolve na colĂ´nia pautada nos poderes locais dispersos no territĂłrio, em Bragança Paulista isto pode ser visto na presença de algumas figuras polĂ­ticas que surgem com uma força Ă­mpar, dotadas dos poderes do Estado como que encarnados e originados em si prĂłprios, os colocando acima e alĂŠm do Estado. Ao pensarmos na decisĂŁo da ComissĂŁo Parlamentar que definiu a famĂ­lia como uma instituição formada por um homem e uma mulher, alĂŠm de seus filhos, uma posição retrĂłgrada a-histĂłrica, cujo atraso sĂł poderĂĄ ser entendido dentro de alguns anos, o Estado era e se mantĂŠm ainda hoje como a negação das famĂ­lias do ponto de vista polĂ­tico e moral (ideologia), pois as famĂ­lias, em Ăşltima instância, sĂŁo definidas segundo critĂŠrios religiosos ou locais, alimentados pelas figuras citadas acima, que nĂŁo respeitam e dispensam a presença do Estado de direito e democrĂĄtico no qual vivemos. Entretanto, o grupo familiar e o indivĂ­duo passam a ser controlados pela ordem pĂşblica, pelo Estado. No caso brasileiro, um Estado de direitos que se propĂľe a garantir e preservar os nossos direitos bĂĄsicos, garantindo que as manifestaçþes hĂŠtero ou homossexuais, em todas as suas esferas, possam ser exercidas desde que observem as determinaçþes constitucionais, permitindo que as pessoas em suas vidas privadas sejam e façam o que lhes julgam mais apropriado, ou seja, as decisĂľes sobre quem amar, como amar, as determinaçþes sobre a ideia de famĂ­lia devem, necessariamente, levar em consideração um fato simples, mas sistematicamente aviltado – as pessoas e os grupos sociais sĂŁo histĂłrica e socialmente diferentes e eis aĂ­ a nossa maior riqueza.

2/or. 3/arc — mud. 4/teta. 5/again. 6/bagana.

Para pesar o passado brasileiro em nosso cotidiano vamos retornar ao sĂŠculo XVIII e rever alguns apontamentos sobre a economia, a sociedade e a lĂłgica que regia o Brasil colonial para, a partir disso, traçarmos alguns paralelos e avaliar o que ainda temos de um Brasil explorado e desigual, ou seja, a ideia ĂŠ perceber quais sĂŁo as sombras do passado que ainda cobrem nossa HistĂłria. A contradição se manifestava na relação autonomia do indivĂ­duo e trabalho escravo com um modelo de ocupação que era exercido pelo sistema alfandegĂĄrio no qual ou se comercializava pagando todos os impostos ou era realizado o contrabando em uma colĂ´nia que era pautada em um processo de exploração e de ocupação realizado de forma anĂĄrquica e confusa, cuja imagem ĂŠ vista ainda hoje no que diz respeito ao trabalho escravo que ainda mancha o nosso paĂ­s e nas mais diversas formas de contrabando e de contravenção praticadas a olhos vistos. Os ciclos econĂ´micos alimentados no Brasil colĂ´nia, atĂŠ entĂŁo – pau-brasil, açucareiro e minerador - nos mostram que a exploração era a racionalidade com relação aos produtos de cada ciclo, mas a forma como esses produtos eram produzidos era totalmente confusa e vinha do incentivo dado Ă ocupação, cuja produção era voltada para as economias europeias. NĂŁo houve, portanto, um padrĂŁo porque nĂŁo havia controle e cada centro de ocupação e de produção era isolado jĂĄ que nĂŁo existia um mercado interno e nem uma administração colonial capaz de coordenar as açþes produtivas aqui desenvolvidas. AlĂŠm disso, os latifĂşndios eram autossuficientes, com poucos vĂ­nculos polĂ­ticos e de comunicação entre seus pares no Brasil o que fomentou um modo de vida que mimetizava a hierarquia e organização social baseada no isolamento e na autossuficiĂŞncia com toques parĂłdicos de nobreza. Disto observamos como mudança a uniĂŁo dos latifundiĂĄrios na famigerada e numerosa Bancada Ruralista, historicamente a bancada mais coesa, longa e forte do Congresso. Tivemos na formação de nossa sociedade a construção da figura do Homo

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O passado e o hoje

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Comportamento

Muito prazer,

nĂłs somos os Coroas por MIRIAN GOLDENBERG/Folhapress

Queremos mostrar que a velhice pode ser reinventada todos os dias, com prazer, alegria e muito humor Muitos me perguntam por que nĂŁo escrevo sobre os aspectos negativos do envelhecimento. A resposta mais Ăłbvia ĂŠ que os homens e as mulheres que tenho pesquisado falam muito mais dos lados positivos desta fase da vida. Gosto de dar o exemplo da minha amiga Nesi, de 90 anos, que, depois de ficar viĂşva, decidiu trocar o sofĂĄ da sala. ‘Meu sofĂĄ era muito confortĂĄvel, um estĂ­mulo a ficar nele o dia inteiro assistindo televisĂŁo. Troquei por um sofĂĄ duro como uma pedra. Sento nele e imediatamente levanto, de tĂŁo desconfortĂĄvel. Saio todos os dias bem cedo, caminho, faço hidroginĂĄstica, vou ao cinema e ao teatro, sozinha ou com minhas amigas. SĂł volto para casa para ver a minha novelinha’. Em um encontro que promovi com mulheres de 50 a 90 anos, quando as mais jovens começaram a reclamar de dores nas costas, nos joelhos e de engordarem facilmente, Nesi, com seu corpo magro e ĂĄgil, disse: ‘NĂŁo se preocupem, minhas queridas. Tudo isso passa com a idade. VocĂŞs vĂŁo aprender a administrar as dores e a conviver com estes problemas. O mais importante ĂŠ ter energia e vontade de fazer as coisas e nĂŁo dar muita atenção a bobagens’.

Outro exemplo ĂŠ o de ThaĂ­s, minha aluna na Casa do Saber. Com mais de 90 anos ela sobe sozinha as escadas da Casa, anota tudo o que falo nas minhas aulas e depois me agradece pelo aprendizado. Ela curte e comenta todos os textos e fotos que posto no Facebook. Recentemente, conheci Jorgete, de 87 anos, e seu marido Wilson, de 92 anos. Ela estava tocando piano em um supermercado. Fiquei muito emocionada ao observar suas mĂŁos leves e elegantes tocando mĂşsicas clĂĄssicas, tangos, chorinhos, bossa-nova, MPB, sem a ajuda de qualquer partitura. Wilson toca pandeiro em um grupo com mĂşsicos de mais de 80 anos e adora sair para dançar todas as semanas. Por tudo o que aprendi com estes belos velhos, decidi montar a minha banda que batizei de Coroas. Coroas ĂŠ muito mais do que um projeto musical. É um projeto de vida. Queremos mostrar que a velhice pode ser reinventada todos os dias, com significado, prazer, alegria e muito humor. Queremos derrubar os estereĂłtipos e preconceitos que cercam a velhice e mostrar que hoje, mais do que nunca: Velho ĂŠ lindo! Viva a bela velhice! MIRIAN GOLDENBERG ĂŠ antropĂłloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de ‘A Bela Velhice’ (Ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br

Casas CondomĂ­nio Casa Atibaia 5 suĂ­tes aceita imĂłvel menor valor em Bragança.................... Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imĂłvel menor Valor........................................ Consulte-nos RosĂĄrio de FĂĄtima, aceita imĂłvel menor Valor:............................................Consulte-nos Casa (nova) Portal Bragança..........................................................................R$: 980 mil Euroville (3 SuĂ­tes, espaço Gourmet) .............................................................R$: 980mil Casa em Caraguatatuba (Praia Martin de SĂĄ) .................................................R$: 550 mil Casa Centro – 2 quartos sem garagem............................................................R$: 190 mil Casa Portal Horizonte (nova)..........................................................................R$: 770 mil Apartamentos Apto Don Aguirre - Centro (novo)...................................................................R$: 245 mil Apto Soleil.....................................................................................R$: 50 mil + Parecelas Ed. San Remo (em frente ao Jd. PĂşblico) .........................................................R$: 750 mil Apto Piazza de Ravena (TaboĂŁo).....................................................................R$: 780 mil Apto na Mooca - SP - Troca por casa em condomĂ­nio Bragança ...................Consulte-nos Terrenos Colinas SĂŁo Francisco (vĂĄrios) a partir de........................................................R$: 290 mil Vales das Ă guas (vĂĄrios) a partir de................................................................R$: 200 mil Portal Bragança..............................................................................................R$: 290 mil Terras de Santa Cruz 771 m2...........................................................................R$: 160 mil Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos CafĂŠ (Lago do TaboĂŁo)....................................................................................R$: 106 mil PrĂŠdio comercial novo 478 m2 10 vagas de garagem (Av. Norte-Sul)................ALUGA-SE


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Jornal do Meio 816 Sexta 2 • Outubro • 2015

por Shel Almeida

A boa alimentação é um dos quesitos básicos para que qualquer ser humano possa ter uma vida saudável. Para gestantes e mães que estão amamentando isso é primordial porque não é apenas a saúde delas que está em jogo, mas também a do bebê. Tudo o que mãe, grávida ou lactante come, vai direto para o organismo da criança, pelo cordão umbilical ou pelo leite. Se para o bom funcionamento do organismo de pessoa adulta é necessário que a alimentação seja o mais natural possível, imagine isso em um bebê, que ainda está em formação. O que a criança aprende a comer na primeira fase da vida será o que ela irá levar para a vida toda. Os nutrientes que uma criança necessita para a boa formação do organismo vem da boa alimentação, essencialmente natural, e isso chega até ela pela mãe. De acordo com Gisela Magrini, Nutricionista Funcional e Fisioterápica, “Não existe um trabalho científico quando se fala em alimentação, o embasamento maior sobre isso é empíricos. O que é preciso entender é que a necessidade nutricional durante uma gestação é mais específica. O ideal seria que a mãe já estivesse nutricionalmente correta antes de engravidar porque são nas três primeiras semanas de gestação que se faz a formação do tubo neural, que é o que vai estabelecer toda a formação do cérebro do bebê. A quantidade de ácido fólico no organismo da mãe influencia na formação dessa tubo neural. É por isso que, quando as mulheres decidem engravidar, quando decidem parar o uso de anticoncepcional, elas iniciam o tratamento com ácido fólico, que não necessariamente tem que ser em uma dosagem tão elevada quanto a que é prescrita atualmente. Na alimentação, o ácido fólico é encontrado nas verduras verdes - escuras: brócolis, espinafre, couve, rúcula. Se a pessoa tiver uma rotina alimentar, a chance de que ela tenha deficiência de ácido fólico é menor”, explica.

fontes de alimento, ele tem que viver só de leite materno. O mais atual nisso tudo: até pouco tempo atrás, com seis meses o bebê começava a tomar suquinhos de frutas. Hoje se sabe que o ideal é que se comece com a fruta em papinha, porque os sucos tem alto índice glicêmico, o que aumenta muito a glicose na criança, o que não é ideal. Além disso, quando o bebê come a fruta, em papinha, ele ingere as fibras, que se perdem no suco”.

Bom senso “É preciso ter o bom senso de entender que tudo o que vai fazer mal para a mãe se ela ingerir, vai fazer mal para o bebê. Se ela tiver o desconforto de comer algo que possa soltar ou prender o intestino, tem que evitar para não reproduzir a mesma coisa no bebê. Ela mesma tem que ser o parâmetro. é só cuidar da sua alimentação, que o leite vai ser ótimo. Outra coisa a ficar atenta é que o volume de leite depende totalmente da hidratação, do volume de líquido que se ingere.”, explica. Esse bom senso de se alimentar adequadamente durante a gravidez e amamentação de acordo com a nutricionista, deve ser contínuo, mantido durante toda a infância da criança, porque, mesmo que depois de um período ela não dependa exclusivamente da mãe para se

alimentar, a criança continuará sendo influenciada pelos exemplos dela e do pai na hora de se alimentar. Se mãe e pai não conseguem manter uma alimentação saudável, é bem complicado querer que a criança coma frutas, verduras e legumes de vontade própria. O que Gisela explica é que isso precisa se tornar rotina. “Não é preciso proibir de comer nada, mas isso também não pode ser um prêmio, senão a criança associa esse alimentos, bolachas, doces, etc. ao prazer. Se ela aprender, pelo exemplo e pela rotina familiar a se alimentar com os alimentos adequados, ela vai associar a fruta, a verdura, o legume, ao prazer de se alimentar. Quando se oferece o tempo inteiro, fica na memória do paladar. Se na primeira tentativa de fazer a criança comer um mamão ela não gostou, tente de novo, não coloque títulos. Mudar o padrão alimentar se torna um hábito e crianças imitam padrões”, afirma. Se durante a gestação e a amamentação a influência alimentar da criança vem toda da mãe, ao passar dessa fase é preciso que os pais também fiquem atentos, porque eles também influenciam diretamente na padrão alimentar os filhos. Não adianta controlar a alimentação da esposa, para que o bebê seja saudável, se ele próprio

não se alimenta adequadamente. São os exemplos alimentares da mãe e do pai que irão influenciar diretamente nos hábitos da criança na hora de comer. É importante também, que se as mães tiverem dúvidas referentes à boa alimentação dela própria e do bebê, que procurem um profissional de nutrição, o mais indicado para auxiliar sobre o assunto. o que não é recomendável durante a gestação e amamentação: - frituras - pão francês ou de forma - doces, bolos - carnes com muita gordura - embutidos - refrigerante - excesso de café é preciso tentar evitar esses alimentos o máximo possível. se não são saudáveis para uma pessoa adulta, não são saudáveis para o bebê o que deve se comer durante a gestação e amamentação - verduras variadas: couve, rúcula, brócolis, alface, agrião, chicória, acelga - frutas variadas, principalmente as de época, que são saudáveis e têm menos agrotóxicos -legumes variados: cenoura, beterraba, tomate, pepino, berinjela variar nas furtas, verduras e legumes é de extrema importância. não adianta comer apenas uma tipo e achar que é o suficiente.

Não existe estoque de nutrientes “Não é possível fazer estoque das vitaminas e minerais necessárias para o bebê, é preciso ingerí-las diariamente. A responsabilidade da qualidade da alimentação é totalmente da mãe, ela não pode deixar de se alimentar adequadamente e resolver que na gestação ela não vai ganhar peso. Na gestação ela tem que suprir tudo o é necessário para a formação do bebê, não existe depósito nem estoque de vitaminas e minerais, então tem que vir por meio da alimentação. A mãe tem que ter um cuidado maior com o que escolhe para se alimentar. A partir do momento que se descobre grávida, a mulher precisa ter foco. Se ela não estiver nutricionalmente equilibrada, ela não terá uma qualidade de nutrição para oferecer para o bebê durante a gestação e nem no leite, durante a amamentação. Hoje o consenso sobre o que é ideal para alimentação do bebê é que ele não recebesse nenhum tipo de alimentação até os seis meses, que ele se alimente exclusivamente do leite materno. O leite se adapta às diferentes fases do bebê, então até que ele tenha capacidade de digerir e absorver outras

De acordo com Nutricionista Gisela Magrini se a mãe manter uma alimentação saudável, o leite que oferecerá ao bebê será de qualidade e terá tudo o que ele precisa.


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Momento Pet

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Pulgas e Carrapatos por Dr. André Alessandri

Bom dia meus queridos leitores, hoje

uso do Bravecto, que tem como uma de suas

vamos falar de um tema que volta a ter

principais vantagem sua ação duradoura

bastante incidência com o aumento

por 03 meses, o que facilita o nosso controle

da temperatura, as pulgas e carrapatos.

e reduz o risco do seu animal passar um

Além da coceira e alergia, as pulgas tam-

período desprotegido. Por exemplo, usando

bém podem transmitir um verme chamado

Bravecto em seu animal no mês de outubro,

Dipylidium caninum, por isso, sempre é

você só precisará aplica-lo novamente em

aconselhável vermifugar o animal nos ca-

Janeiro do próximo ano. Além disso, tem

sos de infestação. Esse verme pode causar

outras características interessantes:

diarreia, dor abdominal e falta de apetite.

- Início de ação rápido: começa a agir em 08

Os carrapatos sobem em nossos animais

horas para pulgas e 12 horas para carrapatos;

para alimentar-se de seu sangue e, por meio

- Administração oral, pois é um remédio em

de suas picadas, podem transmitir doenças.

forma de bifinho;

A mais conhecida delas é a erliquiose, ou

- Banhos no seu pet não alteram a eficácia

“Doença do Carrapato”, e pode ser fatal se

do produto, já que ele não é passado na

não tratada corretamente e a tempo.

pelagem;

Em ambos, apenas 5% do total estão no

- É indicado no tratamento da DAPP (Der-

animal. Os outros 95% estão em seu am-

matite Alérgica à Picada de Pulgas);

biente, e é por isso que ele também deve

- Quebra do ciclo de reprodução da pulga.

ser tratado, além do seu animal.

Então, não vamos nos esquecer de proteger

Em nossa clínica veterinária, dentre vários

nossos animais e reduzir o risco das doenças

anti-pulgas e carrapaticidas do mercado,

transmitidas por esses parasitas. Uma

temos indicado com bastante o sucesso o

boa semana a todos!

Tosa bebê do Spitz Alemão

Mais uma tosa bebê em Spitz

Jacó veio para consulta

Recuperando-se da castração


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Novos Rumos

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Como financiar meu negócio? por José J. B. Freire

Caros leitores, é de conhecimento comum que para ocorrer um financiamento é necessário que existam dois agentes, o financiado e o financiador. Para o financiado, faltam recursos, já para o financiador, sobram recursos. Uma negociação entre estes dois agentes, com a ajuda ou não de um intermediário, é que resulta na transferência de recursos entre os mesmos. A negociação gerará um contrato formal que tratará dos detalhes da entrega e devolução dos recursos, como por exemplo, prazo, taxas de juros, multas, garantias, enfim uma série de itens importantes que concretizam o negócio. O contrato também pode ser informal, baseado na simples confiança entre os agentes. Como as fontes de financiamentos são muitas, vamos abordar neste artigo somente os financiamentos de curto prazo mais comuns, ou seja, aqueles que compõem o caixa da empresa. Entre eles, estão os financiamentos junto às instituições financeiras, aos fornecedores, aos clientes e aos governos. Todas as fontes de financiamentos podem ser usadas em seu negócio. Para conseguir um financiamento junto a instituições financeiras, a empresa deve ter características de boa pagadora. E para identificar um cliente bom pagador, ocorrerá a análise de crédito, que busca identificar: se a empresa costuma pagar suas contas em dia; se possui capacidade financeira para arcar com empréstimo e juros; se o

pois recebe dos clientes antes de pagar nível de endividamento em relação ao fornecedores. Normalmente, para se patrimônio da empresa é satisfatório conseguir financiar mais junto ao seu economicamente; se existem garantias fornecedor, aumenta-se o volume de reais ou pessoais que uma empresa compra junto ao mesmo. Outra forma pode oferecer na contratação; e se as é usar da influência de sua empresa condições gerais dos sócios da empresa junto ao fornecedor, se o volume que (pessoas físicas e jurídicas) são de bons normalmente sua empresa compra é pagadores. grande, fica mais fácil obter descontos Recomendo obter financiamento de e prazos maiores. curto prazo junto a bancos somente se a taxa de juros Entenda os impactos Financiar com clientes é obter deles mais pagaa ser paga for possível de ser repassada ao cliente. dos financiamentos mentos antes da entrega do produto, ou seja, auNão aceite taxas de juros na sua empresa! mentar a quantidade de maiores do que a margem recebimento de clientes de lucro líquido do negócio. com pagamento adiantado. Analise cada negociação Exigir pagamento antecipado é bem separadamente. Exemplo: use o emmais fácil quando o produto que você préstimo junto a banco se a taxa de vende para seu cliente é essencial para juros, no prazo total do empréstimo, for o mesmo, um exemplo pode ser um menor do que o desconto na compra a distribuidor que revende um produto vista junto ao seu fornecedor. que somente um fabricante produz, este Importantíssimo que nunca atrase os fabricante possui uma influência muito pagamentos junto aos bancos, pois grande no negócio do seu distribuidor e a cada atraso, é gerado um histórico exige do mesmo que o pagamento seja negativo, que pode levar a empresa a antecipado, uma vez que fabricante é não conseguir mais financiamentos ou o único a produzir tal produto. começar a pagar maiores taxas de juros. Junto aos governos, a forma mais Se financiar junto a clientes e fornececomum de se financiar é com atrasos dores é menos burocrático, por outro de impostos. Obviamente, esta não é lado depende muito da negociação e da uma recomendação, mas empresas em influência entre as empresas. A melhor dificuldades atrasam os pagamentos de forma de se financiar junto aos forneimpostos e depois negociam um parcecedores é obter prazos de pagamento lamento de longo prazo com o governo, alongados com o melhor preço possível, mas esta alternativa é arriscada, pois a o que faz com o que o caixa da empresa empresa pode ser protestada e a multa tenha uma tendência de estar positivo,

pode ser bastante salgada. Para as empresas brasileiras, financiamento não é obrigatório, mas a chance de precisar de algum é maior do que 95%. Não recomendo buscar financiamento sem avaliar os impactos que eles podem gerar, portanto, antes de decidir qual fonte de financiamento usar, leve em conta as seguintes considerações: 1- Quais são as fontes que estão disponíveis para empresa? Tem certeza de que já identificou as oportunidades existentes no mercado? 2- Qual das fontes é mais vantajosa financeiramente? 3- Minha margem de lucro será afetada? Quanto dela posso abrir mão? 4- A obtenção do financiamento alterará minha estratégia financeira de risco x retorno em médio prazo? 5- Os relacionamentos com fornecedores ou clientes podem se enfraquecer nas negociações de prazos e descontos? Após refletir sobre estas questões, tome a decisão racionalmente. No começo será difícil responder a todas as questões, mas comece, pois, em pouco tempo, esta racionalização sobre como decidir qual fonte usar fará parte da rotina de sua gestão financeira. E lembre-se, precisando de ajuda, entre em contato. Espero que tenham gostado do artigo de hoje. Sugestões ou dúvidas, entrem em contato por e-mail: jose.freire@rroe.com.br


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