821 Edição 06.11.2015

Page 1

Braganรงa Paulista

Sexta

6 Novembro 2015

Nยบ 821 - ano XIV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


2

Para pensar

Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

O sentido da devoção a Maria, aos santos e o culto das imagens – IV por Mons. Giovanni Baresse

Podemos perceber que

guerra por causa da ganância pela

tos bíblicos, ficaram convencidos

em dois pilares: o respeito mútuo

ídolo designa imagem feita

terra, bens materiais e dinheiro,

de que Deus proíbe imagens de

que faz ver a sinceridade do co-

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919

para ser adorado como

fama, prazer e poder. Estes sim os

deuses falsos, adoração de ídolos

ração e a certeza de que, como

deus, como faziam os pagãos com

verdadeiros ídolos que afastam

que representam falsos valores,

dizia o Papa santo, João XXIII,

suas divindades. Para os judeus,

a pessoa do Deus verdadeiro,

os quais induzem ao pecado. É o

era muito mais o aquilo que nos

as imagens dos deuses são os

competindo com Ele no coração

que faziam os povos vizinhos de

une do que aquilo que nos separa.

próprios deuses pagãos. Os povos

(cf. Mateus 4,1-10; Lucas 4,1- 12).

Israel. Mas Deus não proíbe fazer

O respeito mútuo leva a ouvir e a

vizinhos dos judeus acreditavam

Portanto: Deus parece, mas não

outras imagens que contribuem

reconhecer que muitas situações

em muitos deuses e faziam imagens

é incoerente, já que num lugar

para exaltar sua glória e poder.

criam dificuldades porque não se

deles. Geralmente, estes deuses,

da Bíblia manda fazer imagens

O II Concílio de Nicéia, no ano

tem clareza nos fundamentos da

criados pelo próprio homem,

e noutro lugar o teria proibido.

de 787, defende a veneração das

expressão da fé nas diferentes de-

serviam de apoio ao sistema

A imagem, hoje, mais do que

imagens (pintura e escultura) de

voções. A busca do que é comum

injusto e cruel que maltratava o

nunca, faz parte da linguagem

santos pelos cristãos e o uso de

aos cristãos constrói a base para

povo, em especial os pobres. Em

humana e é representação de

símbolos nas celebrações litúr-

caminhar junto. O que nos une,

Israel não se podia fazer imagem

pessoa, coisa, ideia. A Bíblia fala

gicas. O mesmo fez o Concílio

a todos os cristãos, é a resposta

de Deus, não se podia imaginar

de imagens algumas vezes para

Vaticano II, mantendo o culto às

que Jesus deu ao doutor da Lei

como Deus era, pois Ele é invisível

denunciar a idolatria, outras vezes

imagens conforme a tradição (LG

quando este o questionava sobre

e ninguém nunca o tinha visto.

para mostrar o quanto a imagem

67), contanto que seja em número

qual seria o maior mandamento

Do Deus verdadeiro não se faz

é necessária para entendermos,

comedido e na ordem devida (SC

no emaranhado dos 613 que os

imagens, porque, todas as imagens

por meio do Filho, o próprio Pai:

125). Tendo apresentado este bem

rabinos apresentavam (Mateus

são inadequadas para Javé. Dos

‘’Ele (Jesus) é a imagem do Deus

fundamentado texto apresentado

22, 34-40). O amor as Deus e ao

falsos deuses se faziam imagens

invisível... ‘’ (Colossenses 1,15). Os

pelo Bispo de Santo André, quando

próximo resumem a Lei e o ensi-

que eram chamadas de ídolos,

primeiros cristãos, martirizados

professor da Faculdade de Teo-

namento dos Profetas. E João dirá

eram rivais de Javé. Idolatria é

aos milhares porque se recusaram

logia da PUCCAMP, permito-me

que quem diz amar a Deus que não

o cristão deve dar o exemplo da

a exclusão do Deus verdadeiro,

a adorar imagens de deuses falsos,

encerra-lo com minha experiência

vê e não ama o próximo que vê é

unidade na diversidade e buscar

substituindo-o por um falso deus.

estudaram a Bíblia com atenção.

pastoral quando do encontro com

mentiroso e Deus não está com

superar as animosidades que nos

O ídolo estava sempre ligado a um

Eles não tiravam esses textos que

irmãos protestantes. Tenho per-

ele (1 João 20-21). Nestes tempos

afastam de sermos sinais do amor

sistema de corrupção e opressão,

proíbem imagens de seu contexto.

cebido que a forma de estabelecer

de conflitos, também originados

que Deus tem por todos os

levando a sociedade à divisão e à

Comparando-os com outros tex-

diálogo respeitoso e fraterno está

pelas diferentes visões religiosas,

seres humanos.

E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.


ReflexĂŁo e PrĂĄxis

Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

3

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Ocidente e Oriente

razĂŁo e (dĂŞs)razĂŁo

%HQHItFLR OHJDO FRQFHGLGR D XP FUL PLQRVR TXH GHQXQFLD VHXV FRPSDUVDV %5

Š Revistas COQUETEL

&DSLWDO VXO FRUHDQD 7HP HP 0RQWHLUR /REDWR VHX SULQFLSDO 0DUFD GR FRPSRUWDPHQWR GRV UHSUHVHQWDQWH QR %UDVLO [LLWDV

4XLQWD " JUXSR GH VDERWDGRUHV LQILOWUDGR HP XP SDtV LQLPLJR 5HVLGDP

)RL FRURD GR DRV DQRV DSyV R *ROSH GD 0DLRULGD GH +LVW

0XOWLSOLFL GDGH

%UDGR GR S~EOLFR QD WRXUDGD $WXP

0HWDO GR JUXSR GDV WHUUDV UDUDV

0tGLD TXH VXFHGHX DR 9+6

por pedro marcelo galasso

3ULQFLSDO LQVWUXPHQWR GD RUTXHV WUD GH )RQWH WLSR WDQJR JUiILFD GH HGLWRUHV GH WH[WR

0RQRSROL ]DGD 2WKRQ %DVWRV DWRU &LGDGH TXH SURPRYH IHVWD MXQLQD QR 7HUUHLUR GR )RUUy 3%

(QIHLWDU

*rQHUR SLFWyULFR *RLiV VLJOD

" &DYD OHUD IXQ GDGRU GR 6HSXOWXUD &KHIH GH WULER DIULFDQD 3DUD FLPD HP HVSDQKRO

'mR DVDV D 0XOWLGmR SRS

2 "

/HmR GHVHQKR GD 'LVQH\ )LOKR GH $IURGLWH 0LW

7XGR HP RQL 8QLGDGH SRWHQWH GH SUHVVmR 6LP HP DWPRV IpULFD IUDQFrV

$ EDFWpULD GH PHWDER OLVPR ED VHDGR QR R[LJrQLR

BANCO

2 JiV FRPR R KpOLR RX R [HQ{QLR

)UHVFR HP LQJOrV

5HDomR QRUPDO j VLWXDomR SHULJRVD

&HUWLILFDGR DPELHQWDO UHFHELGR SHOD 3UDLD GR 7RPER *XDUXMi

HP

'LYLVmR GR WH[WR WHDWUDO

(UJXHX DWUDYpV GH XP JXLQGDVWH (QWLGDGH SUHVLGLGD SRU -RVHSK %ODWWHU &DPDUmR EUDV

6LJOD GD $OHPDQKD QD LQWHU QHW

*UDQGH FDL[D $QJVWU|P VtPEROR

25

Solução % $ 1 ' 2 1 ( 2 1 & 2 / 8 1 $

(

6 0 3 ( ' 5 2 8 $ 5 $ / , ' ( / 7 , 0 % $ 5 & $ 5 , $ & 2 2 / 7 2 6 , $ 5 6 $ / $ 0 5 ( 5 2 2 5 5 2 % , $ 8 $ % , 5 $ $

'

/ 2 , , 7 7 $ ' ( 9 5 $ ' $ / 7 1 8 * 2 5 2 % $ 5 , ( 6 1 ) , )$ d 1 3 2 7, = 8 /

Pedro Marcelo Galasso: cientista polĂ­tico, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

)RUPDP R VtPEROR GRV -RJRV 2OtPSLFRV

" GH EHQ]HQR PROpFXOD RUJkQLFD

' ( 3 / $ $ d ÂŽ 2 3 2 5 ( 7 0 ( , $ ' % $

Os gregos passam a contestar a religiĂŁo. Os homens perceberam que as leis sĂŁo feitas por outros homens e nĂŁo por deuses, portanto, ĂŠ a substituição do pensamento religioso pelo materialista. A matĂŠria passa a explicar a prĂłpria matĂŠria. A origem das coisas deixa de ser divina e passa a ser material (por exemplo, a teoria dos quatro elementos que explicam a origem do Universo) jĂĄ que o racionalismo supĂľe a crĂ­tica e na ciĂŞncia nĂŁo existe verdade absoluta, o cientista trabalha com a idĂŠia de refutação – ataca-se argumentos e nĂŁo pessoas (ĂŠ por isso que nĂŁo existem guerras cientĂ­ficas). Por que nĂŁo utilizamos a ideia de discussĂŁo e de aceitação de ideias contrĂĄrias, com suas devidas provas ou possibilidades de questionamentos? Por que observamos no Brasil a formação de um ambiente polĂ­tico e social avesso Ă s discussĂľes? Por que observamos no Brasil o aumento dos discursos de Ăłdio que se espalham a uma velocidade alarmante e que torna a violĂŞncia ou a solução pela força fĂ­sica a Ăşnica saĂ­da para a resolução de nossos problemas sociais, causados por mazelas sociais que nĂŁo podem ser resolvidas com o uso da força fĂ­sica? Estranho, um paĂ­s que seleciona suas crĂ­ticas por influĂŞncia de pequenos grupos que atacam somente as questĂľes que lhes interessam ou que promovem a irracionalidade e a incompreensĂŁo polĂ­tica em formas de lutas por uma democracia opressora e falsa. Curioso ĂŠ ver todos os dias nossos direitos sociais e polĂ­ticos serem diminuĂ­dos ou suprimidos e acompanhar setores sociais inteiros aplaudindo tais açþes, crendo ser este o Ăşnico caminho. SĂł falta surgir um lĂ­der carismĂĄtico e messiânico para levantar uma bandeira sobre sabe lĂĄ qual inimigo. Candidatos, de direita e de esquerda, para tanto nĂŁo faltam.

3/oui. 4/cool — soba. 6/arriba — coluna. 11/açambarcada.

A caracterĂ­stica mais marcante do Ocidente ĂŠ a racionalidade. E os conceitos de superioridade ou inferioridade criados por pelos ocidentais sĂŁo subjetivos e relativos, mas sempre garantem a nossa superioridade sobre as demais culturas e povos. A superioridade do Ocidente ĂŠ, principalmente, econĂ´mica e esta estĂĄ ligada ao fato do Ocidente ter imposto um processo de exploração sobre o Oriente. A racionalidade ĂŠ comum ao Ocidente e ao Oriente, mas a forma em que ela ĂŠ utilizada ĂŠ diversa em cada uma das regiĂľes. A ideia de ciĂŞncia ĂŠ tĂ­pica do Ocidente, mas tambĂŠm estĂĄ presente no Oriente, no entanto, nĂłs, os ocidentais, sistematizamos o pensamento cientĂ­fico e transmitimos o conhecimento acumulado, dando continuidade ao pensamento cientĂ­fico ocidental. A escrita surgiu devido Ă necessidade de se contabilizar o tempo e os tributos. Surgiu, portanto, de uma necessidade administrativa que vai se elitizando atĂŠ ser democratizada na GrĂŠcia, onde deixou de ser o privilĂŠgio de uma minoria, ainda que o acesso Ă educação de qualidade e democrĂĄtica esteja distante. Na GrĂŠcia surge outra originalidade, ou seja, a sistematização da escravidĂŁo – se o escravo fosse tirado a GrĂŠcia deixaria de existir. Portanto, a GrĂŠcia se tornou o que era graças a escravidĂŁo, pois todas as relaçþes entre as pessoas dependiam do elemento escravo. A maior façanha dos gregos foi ter desenvolvido a ideia de liberdade – a escravidĂŁo possibilitou isso, devido a supressĂŁo a uma parte da sociedade; ĂŠ a partir desse ponto que se toma consciĂŞncia da liberdade, esta se torna um valor social em contraposição Ă escravidĂŁo. Pensando no trabalho assalariado de hoje, podemos ver algumas similaridades com a escravidĂŁo. Os gregos nĂŁo estavam ligados a produção (trabalho) pela existĂŞncia dos escravos, por isso eles acreditavam que as idĂŠias jĂĄ existiam e os homens deviam apenas pensĂĄ-las e alcançå-las (PlatĂŁo); nĂŁo viam as idĂŠias como produção. A desmistificação da religiĂŁo ĂŠ o que leva a ciĂŞncia.

Comportamento

VocĂŞ precisa de um

homem-trofĂŠu? por MIRIAN GOLDENBERG Folhapress

Mulheres acima dos 40 tĂŞm medo de ‘serem invisĂ­veis’ e de nĂŁo conseguirem mais provocar o desejo masculino Como jĂĄ mostrei em outros textos, para muitas mulheres, especialmente para aquelas com mais de 40 anos, ter um marido ĂŠ um verdadeiro capital. No entanto, nĂŁo ĂŠ qualquer homem que pode ser o “capital maritalâ€?. Alguns requisitos sĂŁo necessĂĄrios. Um dos mais importantes ĂŠ que ele seja fiel. Ou, melhor ainda, que ela acredite que ele ĂŠ fiel. Outro ĂŠ que ele demonstre ter desejo por ela (e sĂł por ela). Uma empresĂĄria de 43 anos disse: “Ando tĂŁo cansada que nĂŁo tenho vontade de nada, muito menos de sexo. Mas o fato do meu marido ainda querer transar comigo levanta a minha autoestima. Eu ficaria sem sexo por muito tempo. Ele nĂŁo deixa. Acho que se nĂŁo fosse por ele, eu seria uma velha gorda e desleixada, aposentada do sexo. Preciso do desejo dele para continuar me sentindo uma mulher atraente.â€? Uma atriz de 58 anos fala do desejo do marido por ela com verdadeiro orgulho, quase como se fosse um trofĂŠu a ser exibido. “Tenho amigas muito mais jovens e bonitas do que eu. Seus maridos sĂŁo infiĂŠis, nem transam mais com elas. Elas se sentem ignoradas, invisĂ­veis, descartĂĄveis. Sou casada hĂĄ 35 anos e meu marido ainda tem o maior tesĂŁo por mim. Transamos

trĂŞs ou quatro vezes por semana. Quando viajamos, transamos todos os dias. Acho uma delĂ­cia sentir que ele fica excitado sĂł de encostar em mim. É a prova mais concreta que ainda sou uma mulher desejĂĄvel.â€? Chama atenção o fato de elas usarem o “aindaâ€? com muita frequĂŞncia. O fato de o marido “aindaâ€? querer transar com ela, no primeiro caso, ou de ela “aindaâ€? se sentir desejĂĄvel, no segundo, revela que o desejo masculino ĂŠ uma forma de reconhecimento que elas temem perder. Elas tĂŞm medo de deixarem de ser atraentes sexualmente, de se tornarem invisĂ­veis como mulheres, de nĂŁo conseguirem mais provocar o desejo masculino. Em muitos casos, elas nĂŁo falam do prĂłprio desejo. Em outros, demonstram atĂŠ desinteresse sexual. Mas o fato de “aindaâ€? serem desejadas parece ser uma forma de reconhecimento e tambĂŠm uma fonte de poder. A atriz concluiu: “NĂŁo importa se gozo ou nĂŁo, pois meu maior prazer ĂŠ sentir que ele ainda fica excitado comigo. NĂŁo existe desejo maior do que o de ser desejada pelo homem que eu amo. Que mulher nĂŁo precisa disso?â€? Mirian goldenberg ĂŠ antropĂłloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhiceâ€? (Ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br

Casas CondomĂ­nio Casa CondomĂ­nio Jd Santana (Alto PadrĂŁo - aceita imĂłvel de menor valor). Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imĂłvel menor Valor........................................ Consulte-nos RosĂĄrio de FĂĄtima, aceita imĂłvel menor Valor:............................................Consulte-nos Casa (nova) Portal Bragança..........................................................................R$: 980 mil Euroville (3 SuĂ­tes, espaço Gourmet) .............................................................R$: 980mil Casa em Caraguatatuba (Praia Martin de SĂĄ) .................................................R$: 550 mil Casa Centro – 2 quartos sem garagem............................................................R$: 190 mil Casa Portal Horizonte (nova)..........................................................................R$: 770 mil Apartamentos Apto Don Aguirre - Centro (novo)...................................................................R$: 245 mil Apto Soleil.....................................................................................R$: 55 mil + Parecelas Ed. OrquĂ­dea - Centro Novo ( 1 suĂ­te + 1 dorm, 1 gar, 70 m2) ..........................R$: 350 mil Apto Piazza de Ravena (TaboĂŁo).....................................................................R$: 780 mil Apto na Mooca - SP - Troca por casa em condomĂ­nio Bragança ...................Consulte-nos Terrenos CondomĂ­nio Portal Bragança Horizonte 417 m2 OPORTUNIDADE.....................R$: 200 mil CondomĂ­nio Villa Real Bragança 428 m2 OPORTUNIDADE................................R$: 150 mil Portal Bragança..............................................................................................R$: 290 mil Terras de Santa Cruz 771 m2...........................................................................R$: 220 mil Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos CafĂŠ (Lago do TaboĂŁo)....................................................................................R$: 106 mil PrĂŠdio comercial novo 478 m2 10 vagas de garagem (Av. Norte-Sul)................ALUGA-SE


4

Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

por Shel Almeida

Entre o final dos anos 90 e começo dos anos 2000 houve em Bragança, um movimento cultural intenso, com jovens descobrindo nas artes, em especial na música, um modo de se expressarem culturalmente. Agora, quase duas décadas depois, muitos desses jovens fazem parte do cenário musical paulista. Tatá Aeroplano e Fernando Maranho, da banda Cérebro Eletrônico e os irmãos Meno Del Picchia e Zé Pi, que começaram com o Druques, são os nomes mais conhecidos. Há, ainda, o Tigre Dente de Sabre, formado por Marcos Leite Till e Guilherme Calzavara e o Vitrola Sintética, de Felipe Antunes, Rodrigo Fuji e Otávio Carvalho. O Vitrola talvez tenha sido o grupo surgido em Bragança que tenha demorado um pouco mais para despontar na “Nova Cena Paulista”, como tem sido chamada a atual efervescência musical paulistana, que conta ainda com nomes como Tulipa Ruiz, Bárbara Eugênia, Peri Pane e Trupe Chá de Boldo, entre outros. Mas a banda conseguiu um feito que é uma conquista não apenas para o grupo, mas para todos os amigos que começaram juntos por aqui: foi indicada em duas categorias no Grammy Latino, a de Melhor Artista Revelação e a de Melhor Engenharia de Gravação. A premiação acontece no dia 19/11, em Las Vegas. De volta à cidade para se apresentarem no Galpão Busca Vida no último dia 24 de outubro, Felipe e Rodrigo conversaram com o Jornal do Meio e contaram um pouco sobre a trajetória da banda e sobre a inesperada indicação ao maior prêmio da música.

Sintético O começo da banda foi com o nome de 8mm, com apenas Felipe na formação original, ainda em Bragança. Depois da mudança do nome para Vitrola Sintética e algumas reformulações entre os integrantes, até a formação atual, com Rodrigo e Otávio, o ano de 2006 é tido para a banda como o início do que é hoje. Assim como acontece com muitos grupos independentes, o primeiro disco, “Notícias” demorou um pouco para sair, em 2009. Até o lançamento do segundo disco “Expassos”, em 2013, a banda se manteve no cenário paulista fazendo shows em casas independentes. Aos poucos foram conquistando espaço para tocar em locais importantes da capital, como Studio SP e Centro Cultural São Paulo. Em seguida, fizeram uma pequena turnê na Argentina, onde foram muito bem recebidos, tanto pelo público quando pela imprensa local. Além disso, a experiência fora do país trouxe aos músicos mais maturidade enquanto banda. Para o terceiro disco, “Sintético”, decidiram criar com mais liberdade. “O nosso terceiro disco vai ao contrário do que seria o comum de se realizar para fazer sucesso. Nós simplesmente quisemos fazer o que gostamos. Esse é o grande ponto em comum de nós três enquanto banda, o que nos faz movimentar. Quando fomos fazer a turnê na Argentina, conseguimos nos fortalecer muito na nossa relação pessoal e na música. Lá pudemos ver bandas bem jovens com uma maturidade musical e uma maneira de pensar a música diferente, isso nos deu inspiração para gravar um novo disco

quando voltamos ao Brasil. No estúdio, o processo foi livre”, conta Rodrigo. “Esse é um disco de canções. O processo foi pensar a música com o que ela precisava ter e não no que nós queríamos colocar nela. Foi muito mais cuidadoso nesse sentido. Por isso ele tem essa densidade e calma,”, completa Felipe. E por isso deu certo, Foi feito sem pressão e sem amarras. Para a indicação, o disco precisou ser inscrito por um membro da Academia do Grammy. No caso do Vitrola, a inscrição foi feita pelo engenheiro de som Felipe Tichauer, responsável pela masterização do disco e também pela sugestão de inscrição.

Cena bragantina A relação da banda tanto com os demais músicos que hoje também estão em São Paulo, quanto com o Galpão Busca Vida, onde tudo começou, continua bem próxima. Felipe divide apartamento com Tatá e, Meno também já morou com eles. É comum que um participe como convidado do disco do outro. O que começou em Bragança, ainda na adolescência, continua em São Paulo. No caso do Galpão Busca Vida, a relação é de ter um lugar para poder voltar para casa e ter a possibilidade de mostrar aos conterrâneos o quanto aquele sonho juvenil virou realidade. “O Busca foi uma espécie de embrião para que essa cena toda pudesse existir. Todo mundo começou ali. Sempre foi uma relação de muita generosidade e continua sendo. Sempre que voltamos para tocar em Bragança é no Galpão. Tudo começou com “½ Noite se Improvisa”, quando qualquer pessoa podia subir no palco e tocar o que quiser. Ali sempre foi uma referência de música autoral. Nosso primeiro show ali foi abrindo para o Cérebro Eletrônico e, para nós, foi muito importante esse apoio do Tatá”, falam. E, para quem continua aqui, seja artista ou público, o sentimento é de muita alegria, não apenas pela indicação ao prêmio. Mas por saber que aqueles garotos que começaram improvisando e esperando pela chance de mostrar as próprias músicas hoje são artistas reconhecidos. Éramos nós que estávamos ali vendo aquilo acontecer, mesmo que não fizéssemos ideia de até onde isso pudesse chegar. Para a banda, o que tem sido muito importante nesse momento de indicação ao prêmio é o reconhecimento. “As pessoas têm enviado mensagens dizendo que sabem que essa conquista é fruto de muito trabalho. É interessante que estejam reconhecendo a arte como um trabalho”, diz Rodrigo. “A nossa configuração é essa, completamente independente, gravamos o disco com a ajuda de financiamento coletivo, então ele foi direto para as pessoas, não teve intermediário. As pessoas que contribuíram se sentem parte disso, e nós fazemos questão de contar. O lançamento foi na rua, porque nada mais justo que fazermos um show direto para as pessoas, para retribuir”, fala Felipe. Para ouvir “Sintético”, o disco mais recente do Vitrola Sintética, e ainda “Notícias” e “Expassos” é só entrar no site da banda e fazer download gratuito: www.vitrolasintetica.com.br


Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

5


6

Novos Rumos

Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

Administração financeira de curto prazo por José J. B. Freire

Caros leitores, o artigo de hoje é sobre administração financeira de curto prazo, com uma abordagem um pouco mais técnica, mas fundamental em tempos de recursos escassos. As empresas maiores costumam segregar as áreas financeiras em duas, tesouraria e controladoria. A controladoria realiza as atividades de contabilidade da empresa, já a tesouraria basicamente realiza o planejamento financeiro, a gestão do caixa e a captação de recursos. Empresas menores geralmente delegam a contabilidade para terceiros e realizam internamente somente as funções de tesouraria. A administração financeira também pode ser dividida pela gestão de curto ou longo prazo. Quando menciono curto prazo, refiro-me a ativos e passivos circulantes, que por definição representam bens, direitos e obrigações de uma empresa, a se realizarem no período máximo de 360 dias. A gestão financeira de curto prazo consome muitas horas de trabalho dos gestores financeiros. Estima-se que algo entre 50 e 60% do tempo de um gestor financeiro é dedicado exclusivamente à gestão do capital de giro. Tal tempo de dedicação é justificável, pois os possíveis erros cometidos na gestão financeira levam muitas empresas a terem problemas com dinheiro e a fecharem as portas. No Brasil, o risco

e o valor da empresa. das decisões erradas é pior, pois temos A administração do estoque tem um alta volatilidade nas taxas de inflação conceito bem simples, mas com uma e de juros, que impactam diretamente aplicabilidade difícil. Quanto mais girar sobre o valor das mercadorias e matérias os estoques, melhor! Afinal, comprando primas, assim como das taxas de juros somente o que será vendido, mais dinheiro praticadas por bancos. sobra no caixa. Isso deve ser feito com Os principais tópicos da administração muita precisão, sem que a empresa deixe financeira são: ciclo de conversão de de realizar vendas por não ter produtos caixa, administração de estoques, gestão em estoque. As técnicas utilizadas para do “contas a receber”, gestão do “contas a gestão dos estoques são a pagar” e gestão dos investimentos de curto prazo. financeiras erradas os famosos sistemas ABC e “Just in Time”. Todos eles influenciam no são impactantes, gestão do “contas a recaixa da empresa, portanto sofremos com alta A ceber” tem o objetivo de devem seguir uma estratégia, volatilidade nas receber dos clientes em dia que deve invariavelmente contribuir com o aumento taxas de inflação e e no menor tempo possível. de juros. É necessário garantir o redo valor da empresa. cebimento, definindo uma O ciclo de conversão de caixa política de crédito para vendas a prazo. (CCC) é expresso em dias, e representa o Para receber em menor prazo, é normal tempo que os recursos da empresa ficam conceder descontos que incentivam paaplicados no processo operacional da gamentos a vista, desde que a margem empresa, ou seja, o tempo médio entre não seja muito sacrificada. saídas e entradas de recursos, desde a A gestão do “contas a pagar” busca mancompra de mercadorias e insumos de ter a imagem da empresa como excelente fabricação, até o recebimento das vendas. pagadora, dando credibilidade e bom A fórmula do CCC é a seguinte: idade conceito perante os fornecedores e banmédia de estoques mais o prazo médio cos. Caso a empresa necessite de recurso de recebimento menos o prazo médio de terceiros, é necessário negociar com de pagamentos. O ideal é que este ciclo bancos ou fornecedores, reprogramando seja curto, pois minimiza as chances da um pagamento junto a um fornecedor ou empresa recorrer a bancos, que cobram fazendo um empréstimo de curtíssimo juros altíssimos podendo corroer o lucro

prazo, negociando bem as taxas de juros que serão pagas. O grande foco é negociar prazos maiores com fornecedores para manter mais recursos em caixa. A gestão do investimento de curto prazo nada mais é do que realizar aplicações do capital ocioso no curto prazo, recorrendo a instituições financeiras que oferecem investimentos financeiros de liquidez imediata, com bons rendimentos. Não recomendo as aplicações automáticas oferecidas pelos bancos, pois rendem muito pouco, aconselho as “Operações Compromissadas” com retorno de no mínimo 80% do CDI. Se o fluxo de caixa projetado mostrar capital ocioso por mais de 30 dias, opte por fundos de investimentos e CDBs, exigindo rendimento mínimo de 90% do CDI. Apesar de a teoria ser bastante direta, é possível realizar estratégias diferentes das mencionadas acima. Normalmente, as empresas que conseguem sobreviver a estratégias diferentes são aquelas que possuem altas margens, ou que possuem um capital próprio disponível elevado. A RROE é uma assessoria financeira que também é especializada na reorganização financeira de nossos clientes empresas. Nosso foco é a maximização do caixa, geração de relatórios para tomada de decisão e melhoria do desempenho da equipe financeira.

Saúde

Viva Bem

Postura errada aumenta riscos de desenvolver hérnia de disco por BÁRBARA SOUZA/FOLHAPRESS

Entre os males que afetam a coluna, a hérnia de disco é um dos mais comuns. Ela nada mais é do que um desgaste natural da coluna, processo a que todas as pessoas estão sujeitas conforme vão envelhecendo. A boa notícia é que nem todos têm sintomas desse desgaste.Para os que têm, o tratamento com medicação e fisioterapia garante bons resultados. ‘O tratamento é basicamente clínico, são raros os casos que vão para cirurgia. Medicação, RPG [reeducação da postura] e acupuntura podem ser indicados’, diz o neurocirurgião Alexandre Elias.

As vértebras são separadas por um disco flexível, feito de cartilagem e água e que tende a se degenerar com a idade. ‘Quando isso ocorre, o disco pode se despedaçar e deslocar um ou mais fragmentos de cartilagem. Esse fragmento é denominado hérnia de disco’, explica o ortopedista Alberto Gotfryd, especialista em coluna. A dor pode aparecer quando o fragmento comprime o nervo ciático, que vai das costas às pernas. Além de dor, podem surgir sensação de formigamento e de repuxo que se inicia na região lombar, passando pelas ná-

degas, chegando à parte mais baixa de uma ou das duas pernas. Isso impede a realização de atividades simples, como andar, sentar, abaixar e até dormir. “Os pacientes em geral ficam bem apenas com tratamento clínico”, ressalta Elias. As cirurgias, que são indicadas em cerca de 5% dos casos, também têm bons resultados. “A taxa de sucesso é superior a 90%”, diz Gotfryd. A operação, que hoje em dia não deixa grandes cortes no corpo, pode ser feita com auxílio de microscópio ou câmeras de vídeo, o que diminui a agressão aos tecidos e a dor depois da operação

“Os pacientes recebem alta em até dois dias, e saem do hospital andando e sem dor”, ressalta Gotfryd. (Bárbara Souza) Hábitos ruins podem piorar quadro de dor Ter ou não complicações por causa da hérnia de disco, como dor e incapacidade de realizar algumas atividades, é uma característica genética (já nasce com a pessoa). Mas hábitos nocivos também podem ser determinantes para aparecerem complicações. Postura inadequada, sobrepeso, sedentarismo e atitudes viciosas no trabalho, como sentar de forma inadequada ou carregar peso, são alguns deles.


Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015

7


8

Jornal do Meio 821 Sexta 6 • Novembro • 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.