823 Edição 20.11.2015

Page 1

Braganรงa Paulista

Sexta

20 Novembro 2015

Nยบ 823 - ano XIV jornal@jornaldomeio.com.br

jornal do meio

11 4032-3919


2

Para pensar

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

A estupidez da guerra por Mons. Giovanni Baresse

Diante dos atentados realizados em Paris, resolvi recordar artigo que escrevi quanto da invasão do Iraque pelos Estados Unidos da América. Deixemos claro que nenhum tipo de terrorismo é justificável. Nem de um lado nem de outro. Mas não custa perguntar quais são as suas raízes. Estas estão fundadas nas explorações vividas interna e externamente. A coloração religiosa serve para dar alicerce místico. A chama da fé é que dá sentido até para o martírio dos homens e mulheres bombas. A visão do outro como infiel que deve ser eliminado monta o arcabouço extremista. Nada justifica a violência. Embora se compreenda a reação a quem deseja assassinar pessoas como um modo de buscar, na sua visão, o pagamento por males sofridos no passado e no presente. Não há dúvida que as nações devam procurar medidas de segurança para evitar outras tragédias. Mas devem também buscar quem são os fornecedores de armas, quem compra o petróleo dos EI, quem está oferecendo apoio econômico e logístico, etc. E, sem dúvida, que perspectivas de vida se oferecem à juventude. Talvez o viés moralizante, diante

de sistemas sociais corruptos, a diferença de parte opulenta da sociedade em contraposição a falta de oportunidades para grande maioria, esteja estimulando jovens a fazer justiça com as próprias mãos. Quando escrevi este artigo (há 11 anos, mais ou menos) andei buscando uma expressão para dar-lhe título. Para não cair no calão, fiquei com “estupidez”. Diante das fotos que mostravam as humilhações sofridas por iraquianos presos teria preferido outra palavra mais pesada. Retomo o artigo: “Não se pode ser ingênuo ao analisar o que os meios de comunicação apresentam. Sei que não são somente os soldados envolvidos na guerra do Iraque a serem marcados pelo desejo de tripudiar sobre os vencidos e indefesos. Esse não é “privilégio” deles. As forças armadas de qualquer país podem incorrer, no confronto com os “inimigos”, em atos de selvageria. Igualmente os próprios violentados de hoje podem ter sido os violentadores de ontem e poderão ser os de amanhã... Além do mais não devemos esquecer as outras faces da humilhação, faces mais ou menos violentas, escancaradas ou sutis que são experimentadas por tanta gente, todo dia, em

todo lugar... Limito-me, nestas linhas, ao fato da guerra. Desta e das outras. Penso ser necessário reafirmar a estupidez desse meio para buscar soluções. Qualquer guerra é estúpida. Já disse alguém que numa guerra não existem vencedores. Todos são derrotados. Os valores fundamentais sucumbem às lagartas dos tanques. São esmagados pelas botas dos soldados. São explodidos pelos obuses e minas. Queimados pelo napalm e lançachamas. Pulverizados pelas bombas. Atingidos pelos foguetes “inteligentes” da guerra cirúrgica. Vitimados pelos Migs, Skyhawks, Harriers, Mirages, Sukovs, B52, etc... O dinheiro tem sido o pressuposto escamoteado para a maioria das guerras. Com ele a solidificação do poder. Para determinar aos outros o rumo a seguir. Para benefício dos donos do poder e da economia. A guerra romântica da defesa da liberdade e dos direitos agredidos é poesia. As guerras do nosso tempo são frutos da geopolítica da dominação. Do império do dinheiro que precisa fazer mercado. Sem o mercado não sobrevive. Daí crie-se a necessidade da indústria da guerra: cada tiro disparado, cada avião abatido, cada casa

arrasada, cada ponte destruída significam investimentos. O que não tem preço e é barateado é a vida humana. E isso não entra no cálculo. Quem sabe só para propaganda de “heróis mortos”. Aliás, é bom que nem se saiba quantas pessoas morram. Quanto menos dados, quanto menos fotos, tanto melhor. Quem sabe quantas pessoas morreram na Guerra do Golfo? Nesta atual escalada no Iraque? Na guerra da ex-Iugoslávia? E nas guerras intermináveis e escondidas da África? Quem fala dessas? Seus exércitos são tão maltrapilhos que não interessam. O que ganhamos com toda essa mortandade? E com as somas astronômicas queimadas? Creio que temos que ser quixotescos. Só Dom Quixote conseguiu enfrentar os gigantes-moinhos em busca de sua Dulcinéia. Porque o imaginário tomou forma na sua vida. E no imaginário realizou seus sonhos. Quando perdemos a capacidade do imaginário a vida se torna pobre. Limitada e materialista. Olha o chão. Porque não consegue levantar a cabeça. O horizonte desaparece. Quando isto acontece resta o chão da sepultura. E é isso que os potentados desejam para a humanidade. Que os sonhos e ideias morram. Assim poderão

Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

dominar melhor. Não cabe no coração do humanista esse tipo de visão e conformismo. Há que reafirmar o valor e a dignidade da vida. Acima dos interesses de poder. Um longo caminho. Feito de esperança. De sonhos. Mas possível. É só acreditar!


ReflexĂŁo e PrĂĄxis

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

3

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

/RX 5HHG URTXHLUR GRV (8$

$EULJDU XP HYHQWR )OXLGR VHFUHWDGR QD KLSHUL GURVH

&DWHJRULD WD[RQ{PLFD %LRO

$O " RU JDQL]DomR WHUURULVWD

5HODWLYR j PRQWDQKD FRQVDJUD GD D $SROR

/HWUD GR WDPDQKR PpGLR GH URXSDV

8UkQLR VtPEROR

$ ÉUYRUH 1DFLRQDO

$ PDLV EH OD PHQWLUD VHJXQGR 'HEXVV\ $UURJDQWHV

2 SODQHWD FRPR -~SLWHU RX 6DWXUQR

'HXWpULR VtPEROR

'HIHQGH 0DWHULDO GR SLVR GD TXDGUD GH WrQLV HP 5RODQG *DUURV $ Â? OHWUD 2 HVWDGR GR SDFLHQ WH QR &7,

*UXSR LQ GtJHQD TXH KDELWRX R OLWRUDO GR 6XGHVWH VpF ;9,

0RXVH WHFODGR LPSUHVVR UD H PRQLWRU ,QIRUP

$GYRFDFLD *HUDO GD 8QLmR VLJOD

6RD QD EDWHULD GD HVFROD GH VDPED 2EMHWR GLUHWR " IXQ omR VLQWiWLFD GR VH JXQGR RV HP 2V OLYURV GHL RV DR GRQR

BANCO

(VStULWR 6DQWR VLJOD

&ULDomR GH 6WHYH -REV *LJDQWH HP LQJOrV &RORLGH DSDUHQWH PHQWH VyOLGR

3HGLGR GH VRFRUUR HP FyGLJR 0RUVH *HPLGR GH GRU HP URPDQRV

8P GRV LQJUHGLHQWHV GD WLQWD JXDFKH 1LWURJrQLR $V 1Do}HV VtPEROR 8QLGDV

27

Solução

1 7 2 0

(

, $ &

,

$ /

* * 2 % $ 8 ' $ ' ( / ( 5 ' , $ 5 , 4 $ $ 2 ' 1 $ 5 7 ( ' 6 7 ( * ( 0 $ & 6 ( * , & 2 6 6 6 $ 2 ÂŽ 1 8 7 , & 2

Pedro Marcelo Galasso - cientista polĂ­tico, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

/HVmR GH GLJLWDGRUHV " -RKQ 'HXVD VRQ DWRU URPDQD EUDVLOHLUR GD FDoD

" GRV &pXV D YLGD HWHU QD 7HRO

2EUDV SUH VHUYDGDV QD FLQH PDWHFD

3 ( ' $ / , 1 2 6 ( 6 5 $ 6 , 8 , 2 6 3 5 2 ( % / ( ) ( 5 8 0 % 2 1 $ 6

de forças as quais nĂŁo podemos controlar. O caso de Mariana ĂŠ uma conjugação de descaso do poder pĂşblico, a sede insaciĂĄvel por riqueza de uma empresa e o mecanismo de corrupção que condenou uma regiĂŁo inteira a morte. Um patrimĂ´nio humano, histĂłrico, artĂ­stico e ambiental foi irremediavelmente perdido. Uma empresa que faturou bilhĂľes de forma irresponsĂĄvel e premeditada se diz vĂ­tima do acaso, da perseguição pĂşblica e em troca de tudo isso oferece cinicamente uma quantia que nem de longe pode reparar o que foi perdido e que significa uma parcela diminutiva de tudo o que lucrou. Qual o valor da vida das pessoas mortas? Qual o valor do patrimĂ´nio histĂłrico e artĂ­stico perdido? Qual o valor da riqueza ambiental da regiĂŁo de Mariana? Lama, sim muita lama. Lama que marca a forma suja e irresponsĂĄvel com a qual os poderes pĂşblicos nos tratam. A morte do Rio Doce, a destruição das vidas das pessoas e da cidade de Mariana nĂŁo sĂŁo culpa da lama que tomou a cidade. Tudo o que lĂĄ ocorreu ĂŠ fruto da lama que a sĂŠculos toma conta dos nossos homens pĂşblicos e para justificar esta ideia basta algo simples – reveja as declaraçþes das autoridades estaduais e federais, reveja as declaraçþes dos polĂ­ticos sobre a morte de Mariana, reveja a forma com a qual a grande mĂ­dia noticiou o ocorrido, reveja nossos homens pĂşblicos, nossos votos, nossa participação polĂ­tica, reveja Bragança Paulista, Mariana ou qualquer outra cidade brasileira. Reveja tambĂŠm a lama que cobre a nossa visĂŁo de sociedade, de paĂ­s e de mundo.

)DOWD GH LVHQomR

6 $ , % 5 2

Qualquer pessoa com um senso de observação mais apurado ou preocupada com as questĂľes que envolvem sua cidade, Estado ou paĂ­s sabe, desde a muito tempo, que o nosso poder pĂşblico, em todas as suas esferas, opera com uma lĂłgica que prevĂŞ algo perverso – o bem e o sucesso econĂ´mico de alguns grupos sempre ĂŠ mais importante que o Bem Comum, objetivo de qualquer paĂ­s que se proclama uma RepĂşblica. A RepĂşblica pressupĂľe a realização do Bem de muitos e a restrição de benefĂ­cios a poucos, ou seja, ela deve zelar pelo bem da maioria das pessoas e oferecer a isonomia de direitos, tĂŁo simplesmente a igualdade polĂ­tica e decisĂłria para todos ou para a maioria das pessoas, independente de suas posses, de seus sobrenomes e outras questĂľes tĂŁo valorizadas, de forma hipĂłcrita e politiqueira na maioria das vezes, e que aumentam a distância entre os grupos mais ricos e os grupos mais carentes. Inocente ou beneficiado aquele que crĂŞ em algo diverso. O poder do dinheiro, dos conchavos polĂ­ticos e das propinas pagas aos nossos nobres homens pĂşblicos sĂŁo marcas mais que explĂ­citas de um paĂ­s que nĂŁo zela pelo Bem Comum, mas que vĂŞ o poder pĂşblico como uma forma de enriquecimento fĂĄcil e um meio eficaz para o favorecimento de grupos e de empresas que pagam por esta ajuda a preço de ouro. O caso de Mariana ĂŠ sintomĂĄtico desta lĂłgica perversa e corrupta. Os laudos sobre o perigo da construção circulam pelas redes sociais e expĂľem a nĂŁo consideração de avisos sobre uma possĂ­vel catĂĄstrofe, considerada pela grande mĂ­dia, interessada e parte fundamental desta rede de corrupção, uma fatalidade. NĂŁo. Uma fatalidade ocorre sem aviso, sem notificação ou aviso prĂŠvio e ĂŠ fruto

2S{V R 1RUWH LQGXVWUL DOL]DGR DR 6XO DJUiULR H HVFUDYDJLVWD (8$

,OKD GD ,QGRQpVLD

* 2 3 $ 5 5 ( & ) , / 3 $ 5 0 7 $ 0 5 4 8 * 3 ( 5 = $ 9 3 / (

por pedro marcelo galasso

Š Revistas COQUETEL

(O FRPS ,Q " :H 7UXVW GH SDQ LQVFULomR QDV QRWDV DPHULFD GR GyODU DPHULFDQR QR 9tQFXORV ILJ

3/gel — god. 4/bali. 5/giant. 10/parnasiano.

Mariana

(VFULWRU FRORPELDQR " GH PH TXH QRU FULPH 2SomR GR DOSLQLVWD PRUUHX VH[XDO VRFLDO SD HP 5H]H UD VXELU QD YLGD

Drones sĂŁo os novos

inimigos dos animais por FOLHAPRESS

Era uma manhĂŁ ensolarada de outubro de 2014 quando Christopher Schmidt andava por um parque pĂşblico Ă s margens do rio Charles, em Cambridge, Massachusetts (EUA). Em busca de uma vista melhor, ele lançou seu drone, equipado com câmera. EntĂŁo, observou o seguinte: um gaviĂŁo jovem circulou o aparelho e, em poucos segundos, mergulhou com as asas, o rabo e as garras abertas –ele agarrou o drone durante o voo. Schmidt desligou as hĂŠlices e o pĂĄssaro foi embora, sem ferimentos aparentes. A mĂĄquina caiu com uma torção no trem de pouso. Schmidt, um desenvolvedor de software de 31 anos, postou o encontro no YouTube. AtĂŠ o momento o vĂ­deo jĂĄ foi visto mais de cinco milhĂľes de vezes, mas estĂĄ longe de ser a Ăşnica evidĂŞncia de confronto entre animais e veĂ­culos aĂŠreos nĂŁo tripulados. Em outros vĂ­deos, falcĂľes-do-mar, gralhas, gaivotas e gansos perseguem e atacam drones em pleno ar. Com um salto e um soco, um canguru derruba um no chĂŁo. Um guepardo persegue, salta e destrĂłi outra mĂĄquina. Ă€ medida que os drones se tornam menores, mais baratos e fĂĄceis de operar, os animais encaram cada vez mais esses paparazzi voadores. Durante uma conferĂŞncia recente, Rich Swayze, da FAA (agĂŞncia federal de aviação), estimou que um milhĂŁo de drones serĂŁo vendidos nos EUA neste Natal. Mesmo assim, o ĂłrgĂŁo ainda nĂŁo publicou uma regulamentação oficial para o uso comercial dos drones. JĂĄ os usuĂĄrios recreativos foram encorajados a seguir diretrizes

de segurança bĂĄsicas, que praticamente nĂŁo mencionam os animais. focas Os usuĂĄrios recreativos dos drones jĂĄ afastaram focas e seus filhotes para dentro do mar e assustaram furĂľes que mergulharam nas ĂĄguas de Morro Bay, afirmou Scott Kathey, coordenador de regulamentação federal do SantuĂĄrio Marinho Nacional da BaĂ­a de Monterey, na CalifĂłrnia. Em junho do ano passado, o Serviço Nacional de Parques proibiu o uso de veĂ­culos aĂŠreos nĂŁo tripulados nos parques, em parte porque eles incomodam os carneiros selvagens e outros animais. Essas interaçþes alarmaram os biĂłlogos especializados em animais silvestres – especialmente Ă medida que mais e mais cientistas tĂŞm usado os drones para estudar animais. Os aparelhos frequentemente sĂŁo mais seguros, leves e baratos e geralmente causam menos incĂ´modo que helicĂłpteros, jipes ou barcos, por exemplo. Os drones ajudaram os cientistas a pesquisar pinguins, focas-leopardo, garças e dugongos. Na PatagĂ´nia, os cientistas usam as mĂĄquinas para coletar a ĂĄgua e o muco lançados pelas baleias para monitorar sua saĂşde. Os cientistas estĂŁo começando a avaliar os riscos e benefĂ­cios, mas ficou claro que tudo depende das espĂŠcies estudadas e de como os drones sĂŁo utilizados. PĂĄssaros territoriais, como os gaviĂľes, corvos e gaivotas provavelmente vĂŁo atacar os drones, por exemplo.

Casas CondomĂ­nio Casa CondomĂ­nio Jd Santana (Alto PadrĂŁo - aceita imĂłvel de menor valor). Consulte-nos Village Santa Helena, aceita imĂłvel menor Valor........................................ Consulte-nos RosĂĄrio de FĂĄtima, aceita imĂłvel menor Valor:............................................Consulte-nos Casa (nova) Portal Bragança...................................................................R$: 1.200.000,00 Euroville (3 SuĂ­tes, espaço Gourmet) .............................................................R$: 950mil Casa em Caraguatatuba (Praia Martin de SĂĄ) .................................................R$: 550 mil Casa Centro – 2 quartos sem garagem............................................................R$: 190 mil Casa Jd. das Palmeiras - OFERTA .....................................................................R$: 650 mil Apartamentos Apto Don Aguirre - Centro (novo)...................................................................R$: 245 mil Apto Soleil.....................................................................................R$: 55 mil + Parecelas Ed. OrquĂ­dea - Centro Novo ( 1 suĂ­te + 1 dorm, 1 gar, 70 m2) ..........................R$: 350 mil Apto Piazza de Ravena (TaboĂŁo).....................................................................R$: 780 mil Apto Dom Pedro I (Em frente ao Clube de Campo) ALUGA-SE (Cond + IPTU incluso)........R$:3.200,00 Terrenos CondomĂ­nio Portal Bragança Horizonte 417 m2 OPORTUNIDADE.....................R$: 200 mil CondomĂ­nio Villa Real Bragança 428 m2 OPORTUNIDADE................................R$: 150 mil Portal Bragança..............................................................................................R$: 290 mil Terras de Santa Cruz 771 m2...........................................................................R$: 220 mil Ponto Comercial Banca de Jornal Centro................................................................................Consulte-nos CafĂŠ (Lago do TaboĂŁo)....................................................................................R$: 106 mil PrĂŠdio comercial novo 478 m2 10 vagas de garagem (Av. Norte-Sul)................ALUGA-SE


4

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

por Shel Almeida

Passado o Outubro Rosa, é hora de se falar do Novembro Azul. Menos conhecida do que a campanha de conscientização a respeito do câncer de mama, mas não menos importante, a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata já vem trazendo resultados. De acordo com o Médico Urologista Dr. Nilton J. de Oliveira, os homens têm procurado pelo urologista espontaneamente. “O mito em relação ao exame de toque tem mudado, hoje os homens que me procuram querem fazer o exame. Eles ficam sabendo que outros também fizeram e que não tem nada de mais, então aparecem. É verdade, também, que grande parte vem acompanhado da mulher, elas encorajam e exigem que eles façam. Eu acho que, hoje, o maior problema não é nem a questão do mito da masculinidade, isso já mudou. O maior problema hoje é mesmo o acesso, principalmente para a classe de baixa renda. Um indivíduo que procura atendimento pelo SUS, vai ter que ser uma pessoa insistente. Por mais que o acesso à saúde tenha melhorado com o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), ele marca a consulta e vai ter que esperar meses para ser atendido. Nos pacientes que são atendidos pelos SUS, infelizmente, quando se descobre a doença, já está em estágio mais avançado. O ideal é descobrir a doença no início”. analisa.

que de cada dez homens que chegam para se consultar eu errar em dois, não tem como”, fala. Na verdade tanto o exame de toque quanto o de sangue são necessários e se complementam. A alteração em apenas um dos dois já indica a necessidade de uma biópsia, conforme explica o médico: “Se nesse toque eu perceber um nódulo endurecido ou se o exame de sangue indicar alteração no PSA, é pedido a biópsia. Antes do exame de PSA, quando a doença era diagnosticada, já estava em um estágio mais avançado. Esse exame é importante porque ele indica uma alteração que pelo toque pode não ser perceptível. Quando se perceber pelo toque, o nódulo já está em um tamanho maior. E mesmo com dois exames, ainda há risco, porque nenhum dos dois é 100%. Mas, se o paciente mantém a regularidade de fazer os exames, se ele tem acompanhamento médico anual, a chance de se deixar passar um diagnóstico positivo é

quase zero. Ou seja, quando os exames são feitos anualmente eu consigo chegar a esses 100% de diagnóstico. Fazendo o diagnóstico precoce é possível evitar mortes por causa da doença. O câncer de próstata é uma doença tratável e até curável, desde que seja descoberta no começo. Por isso a importância do acompanhamento anual”, explica.

Prevenção

“Os dados que temos hoje em relação à prevenção do câncer de próstata está diretamente relacionado ao consumo de carne vermelha, principalmente as que têm gordura. Um exemplo é que a estatística da doença no Japão é bem baixa, enquanto que nos Estados Unidos é muito alta. A dieta americana é rica em gordura é pobre em fibra, ao contrário da japonesa, que é rica em fibra e pobre em gordura. Para se ter uma ideia, os japoneses que migraram para os EUA e modificaram a dieta, passaram a ter

incidência maior de câncer de próstata. Então, quem quer se prevenir da doença tem que restringir carne vermelha e comer fibra, principalmente as frutas vermelhas, como tomate ou goiaba, por causa de um substancia chamada Licopeno, que ajuda a inibir o desenvolvimento do câncer. Isso independente da idade. É importante restringir a carne desde sempre, e não só na idade em que a incidência da doença é maior”, avisa. O primeiro sintoma que pode indicar uma alteração na próstata é a dificuldade para urinar. No entanto, Dr. Nilton explica que, os homens na faixa etária indicada para fazer o exame, em geral, não sentem nada. “Hoje, basicamente, não fazemos diagnóstico baseado em sintomas. Claro que, quando o paciente chega a aqui eu pergunto se ele sente alguma, mas a maioria das repostas é não. E essa é a fase interessante, porque é quando o nódulo tem milímetros, então e a fase boa para curar”, fala.

Idade para se fazer o exame

Dr. Nilton explica que, atualmente, a idade recomendável para começar a fazer o exame de próstata anualmente é partir dos 50 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. Se chegou a esse número por meio de pesquisa sobre a incidência de casos. No entanto, ele avisa que no caso dos homens da raça negra, o exame precisa começar a ser feito a partir dos 40 anos porque, para eles, a maior incidência de casos é nessa faixa etária. Homens com histórico familiar também precisam fazer o exame mais cedo. “O câncer de próstata é uma doença que mira muito mais no que chamamos de rastreamento, que é localizar na população quem é o potencial candidato a desenvolver a doença. De acordo com os dados que temos hoje, 7% dos homens irão ter câncer de próstata, o que é um índice alto. No caso de quem tem histórico familiar, esse número dobra para cada ascendente de primeiro grau que tiver câncer. Isso vale também para as mulheres da família que tiveram câncer de mama, porque ambas são doenças relacionadas à dependência de hormônios”, explica. Ou seja, para as pessoas com pai, mãe, tio ou tia que tiveram câncer de próstata ou de mama, o índice aumenta em mais 7% para cada caso.

Necessidade dos exames

“O exame de toque ainda é um exame necessário porque cerca de 20% ou mais dos casos que não irão indicar alteração no exame de sangue, só será possível perceber pelo toque. Se eu fizer somente o exame de sangue, eu vou perder essa porcentagem em diagnóstico. O PSA (Antígeno Prostático Específico) do paciente pode vir normal e ele estar com câncer de próstata. Imagine, se

O Médico Urologista Dr. Nilton J. de Oliveira fala que os homens estão mais conscientes em relação à importância do exame de toque. A maior dificuldade, hoje, é o acesso à população de baixa renda.


Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

5


6

Novos Rumos

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

Racionalização da gestão dos estoques por José J. B. Freire

Os estoques estão entre os principais investimentos que uma empresa pode realizar, seja um comércio ou uma indústria. Os estoques configuram, de certa forma, a continuidade da existência de uma empresa, pois, na produção, representam os insumos a serem utilizados e, na comercialização, representam a possibilidade de uma venda. Dada a importância dos estoques, sua gestão interfere diretamente na administração financeira de curto prazo, na estratégia e consequentemente no resultado da empresa. As decisões internas relacionadas à gestão dos estoques se referem basicamente a duas questões: Quando e quanto se deve estocar? Além disso, condições externas também influenciam a gestão de estoques. Cito como as principais, a macroeconomia (inflação e juros) e a política comercial de fornecedores com alto poder de barganha. Estas condições podem ser projetadas e monitoradas, mas não é possível controlá-las. Quando estocar? Recomendo que a empresa calcule o ponto de recompra e o estoque de segurança. Ponto de recompra é o cálculo que demonstra quantas vezes, em determinado período, um produto deve ser comprado novamente, permitindo assim uma programação de compra em determinadas datas. Já o estoque de segurança é a quantidade mínima necessária de estoques para garantir a produção ou venda em condições imprevistas, ou seja, estoque preventivo para picos de venda

ou produção. deve buscar precisão nesta gestão, com A decisão sobre quanto a empresa deve a intenção de aumentar a eficiência opeestocar envolve calcular e decidir: racional da empresa, garantindo mais 1- Qual o custo de estocagem e de pedido recursos em caixa. da empresa? Custo de estocagem refereExistem técnicas já consagradas que -se aos custos provenientes da atividade facilitam a vida dos empresários e gesde estocagem, como aluguel, seguro, tores financeiros, mas nenhuma delas obsolescências, impostos e sozinha gerará um número financiamento de estoques, milagroso, que resolva ao entre outros. Custo do pedido mesmo tempo tudo o que Integração de decorre do ato de comprar, envolve a gestão dos estotécnicas de gestão ques dentro da estratégia de composto basicamente por custos de horas/homem do de estoques é o mais caixa. Portanto, a gestão dos setor de material e compras. estoques demandará cálculos aconselhável 2- O investimento em estoques e tomadas de decisão que maiores é mais vantajoso, em podem colocar empresas no comparação às aplicações caminho do aumento ou da financeiras a juros, de curto redução de eficiência. prazo e alta liquidez? As técnicas mais utilizadas 3- Qual o desconto mínimo junto ao para a gestão de estoques são: Lote fornecedor para compra de volumes Econômico de Compra (LEC), Just In maiores, que a empresa deve exigir? Este Time e Curva ABC, todas são úteis, mas desconto deve ser superior aos custos de demandam informações diversas da estocagem e de pedido. empresa, tanto do passado como das 4- Qual é a expectativa existente sobre a tendências futuras. inflação futura específica deste produto? • O LEC é de fácil aplicação. Trata-se de Naturalmente, é possível concluir que um cálculo matemático que determina a investir em estoques protege a empresa quantidade que deve ser mantida em esda inflação, mas por outro lado, tira sua toque, assim como o ponto de recompra. liquidez de caixa e em tempos de crédito Para isso, utiliza as informações de custo escasso, falta de liquidez no caixa pode de estocagem, custo de pedido e volume levar a empresa, mesmo lucrativa, a de vendas do período. O LEC tem alguns atrasar pagamentos. problemas e não funciona muito bem em Com tantos itens influenciando a gestão períodos de alta inflação e volatilidades dos estoques, não é um exagero afirmar de mercados. que se trata de algo no mínimo inquie• O Just In Time é uma filosofia de gestão, tante para o gestor financeiro. O mesmo criada no Japão, baseada em eliminação

total dos estoques e produção puxada pela demanda. Na teoria, se estoques não são necessários, empresas não deveriam ter produtos em “prateleira”, algo valorizado por consumidores, que compram muito pelo impulso. • A curva ABC é um método que orienta a priorização na gestão de estoques. A sua aplicação gera a informação de quais produtos são mais representativos do ponto de vista de faturamento, indicando assim maior precisão na gestão dos estoques de tais produtos. Como não considera as margens, a metodologia da curva ABC pode incorrer em erros, caso produtos lucrativos não sejam priorizados. Esta metodologia demanda aplicação de conceitos de estatística. Ainda existem outras técnicas de gestão de estoques, como MRP (planejamento de recursos de produção) e OPT (tecnologia de otimização de produção), menos utilizados, mas também muito úteis. Eu recomendo na gestão dos estoques uma junção das principais técnicas para ganho de eficiência, com a curva ABC priorizando quais produtos devem ter mais rigor na gestão, somada ao LEC racionalizando a gestão e por fim, adicionando o Just In Time, que busca redução de custos. A RROE é uma assessoria financeira que também é especializada na reorganização financeira de nossos clientes empresas. Damos suporte na gestão e planejamento de caixa e estoques.

Saúde

Viva Bem Dieta equilibrada ajuda a evitar câncer e permite até salsicha por Bárbara Souza/FOLHAPRESS

Muitos ainda não digeriram o anúncio da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre os riscos que alimentos como linguiça e bacon trazem para o aparecimento do câncer, mas o que os médicos tentam esclarecer é que não foi dada uma sentença de morte a eles. O que eles pregam para a prevenção ao câncer é o que se recomenda também para evitar outras doenças: tenha uma alimentação equilibrada, faça atividade física, não fume, não abuse do álcool. ‘Não é que as pessoas não possam mais comer linguiça, comer bacon, o que se

quer mostrar que é o excesso leva a uma concentração maior dessas substâncias cancerígenas no organismo’, afirma o oncologista Hezio Jadir Fernandes Jr. Não há níveis seguros de consumo a serem recomendados, mas, segundo o médico, o ideal é que seja entre uma vez por mês e 90 dias. Segundo ele, a relação entre alimentos embutidos, enlatados e defumados com cânceres do trato gastrointestinal (estômago, cólon e reto) já era conhecido antes da recomendação da OMS. “O que a OMS fez agora foi admitir que esses alimentos são um risco à saúde da pessoa, principal-

mente quando usados em excesso”, diz. A nutróloga Andrea Pereira, especialista em oncologia, diz que o ideal é balancear carnes vermelhas e brancas e incluir produtos integrais, verduras, frutas e legumes na dieta. Além disso, é preciso reduzir o consumo de álcool, açúcar e sal. “É importante evitar produtos com corantes e conservantes em excesso”, ressalta.Além disso, segundo os especialistas, também é preciso estar atento ao histórico familiar e a questões genéticas (que nascem com a pessoa).”Hoje a gente sabe que o câncer está intimamente relacionado a alterações

genéticas que podem causar um tumor mesmo em indivíduos vegetarianos”, afirma Fernandes Jr. (Bárbara Souza) Risco cresce de acordo com quantidade As recomendações da OMS não definem valores seguros o consumo da carne processada. Por isso, o que os médicos recomendam é sensatez na hora de comer. Observar os rótulos é uma boa maneira de calcular. Uma análise de dez estudos diferentes aponta que para cada 50 gramas de consumo diário (o mesmo que pesa uma salsicha), o risco de desenvolver câncer colorretal aumenta em 18%. (BS)


Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

7


8

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015


Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015

9


10

Jornal do Meio 823 Sexta 20 • Novembro • 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.