Braganรงa Paulista
Sexta
18 Dezembro 2015
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jornal do meio
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Antenado
Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015
40 Dias
Freira que venceu Jabuti fala de seu livro e critica ‘chororô dos jovens’ por ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER/folhapress
A escritora e freira Maria Valéria Rezende, 73, pede que Deus a livre de muitas coisas. Por exemplo: de uma vida de “quem criou não sei quantos filhos, 20 anos de mesma casa, marido, trabalho”. Militante da Juventude Estudantil Católica, a sobrinha-bisneta do poeta Vicente de Carvalho (um dos primeiros imortais da ABL) preferiu seguir, aos 24, as aventuras da vida eclesiástica. Por ela rodou meio mundo, andou com Fidel por Havana velha (queria ouvir sobre como ela alfabetizava adultas na zona canavieira) e tomou café com Gabriel García Márquez. Também quer resguardo da “literatura do chororô” feita “pelos mais jovens”. Lamenta que parte da nova geração, aquela que bate no peito por desbravar Proust aos 40 anos (“li a obra completa quando tinha 16”), abuse da “erudição desnecessária, uma chatice”. “Não aguentava mais livro de jovem jornalista frustrado porque não consegue terminar romance sobre jovem jornalista que quer ser escritor.” Em seguida, ela pergunta se “escandalizaria” caso fumasse um cigarro (o filtro mais fraco) na porta de um hotel em SP -na madrugada, voou preocupada de João Pessoa (PB), onde deixou as “roomates”, irmãs mais idosas da Congregação de Nossa Senhora.
Naquela noite de quinta (3), Rezende recebeu de uma atriz vestida de Mônica, da Turma da Mônica, o principal prêmio literário do país, o troféu Jabuti (“para amparar livros na estante”) de melhor livro de ficção do ano, por “Quarenta Dias”, em cerimônia no Auditório Ibirapuera. Levou ainda um prêmio de R$ 35 mil.
Todas as idades
“Joguei no bicho e ganhei no milhar”, brinca sobre a estatueta com nome de animal. Não é o primeiro Jabuti em sua carreira literária, iniciada aos 59 anos. Em 2009, seu “No Risco do Caracol” levou segundo lugar em obra infantil; em 2013, “Ouro Dentro da Cabeça” foi o terceiro melhor juvenil. O triunfo de 2015, diz com ironia, “rendeu umas manchetes incríveis”. Chamadas como “veterana desbanca Chico Buarque e Cristóvão Tezza” (dois concorrentes), lembra. “A notícia continua sendo o Chico”, afirma.”Temos a mesma idade, e sou eu a veterana... Dou risada. Deve ser culpa do estagiário.” (O músico tem 71, dois anos a menos.) Para a escritora, a notícia não deveria ser nem Chico nem Maria Valéria. O que lhe interessa é o “povo invisível”. Ela foi atrás dele em Porto Alegre. Inventou um operário, Cícero, que seria o filho desaparecido de
uma amiga manicure. E vagou por favelas e “buracos” gaúchos perguntando sobre esse homem que nem sequer existia.
Barbie
Dormiu sentada em escadaria de igreja, ao lado de um bêbado. Passou noite em pronto-socorro público. Por fim, a paulista de Santos radicada na Paraíba concluiu: “Os muito pobres e os muito ricos são iguais” em todos os cantos. A experiência embasa seu romance narrado pela professora aposentada Alice, que vara a cidade atrás do tal rapaz. Ela registra a saga num caderno amarelado com capa da Barbie -a boneca vira sua interlocutora, sua “dear friend”. Alice calcula a duração da jornada, alçada ao título, pois a filha não arrancou “os dias já passados da folhinha do Sagrado Coração de Jesus, que a Tia Brites continua a me mandar todo Natal”. Duas questões centrais mo vem o livro. Há uns dez anos, a autora passou dois dias no hospital de João Pessoa apelidado de O Trauma. Uma amiga ligou desesperada (o marido se acidentara). Lá conheceu mais mulheres atrás de notícias do companheiro ferido, “descalças, de shortinho e bustiê, às vezes sem um tostão”. “Fiquei com o sentimento que poderia passar 40 dias ou 40
anos ali, que sempre haveriam mulheres como aquelas.” Seu livro também diz muito sobre uma frustração recorrente da sua geração, “a primeira que ousou” -estava na casa dos 20 anos na década de 1960, quando divórcio e amor livre deixaram de ser tabu. Fala da “avó profissional”, posto dado compulsoriamente a aposentadas, “como se não tivessem vida sobrando para viver”. Caso de Alice, que se muda para Porto Alegre a pedido da filha. No caderno de páginas amareladas, a personagem esconjura “toda essa gente que tomou conta de mim” e “ grita e anda pra lá e pra cá e chora e xinga e gargalha e geme e mija e sorri e caga e fede e canta e arenga e escarra e fala e fode e fala e vende e fala e sangra e se vende e sonha e morre e ressuscita sem parar”. Maria não vai com as outras e faz o tipo mulher forte. Sobreviveu a um infarto na Flip de 2006, após falar na primeira mesa (conta que foi tirada de Paraty num jatinho). “Tem gente crente que meu ego inflou de tal maneira que espremeu meu coração”, brinca. Não tem problemas com celibato (“existe uma superestimação da vida sexual”) nem em citar a antologia “Que Seja em Segredo”, de Ana Miranda, com poemas passionais escritos por e para freiras nos séculos 17 e 18. Ligada à Teologia da Libertação, na ditadura escondeu persegui-
Expediente Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
dos, entre eles padres dominicanos. Seu próximo livro, “Outros Cantos”, fala sobre militantes anônimos dessa época que lhe “dói demais”. Quarenta dias Autora: Maria Valéria Rezende Editora: Alfaguara Quanto: R$ 37,90 (248 págs.)
Reflexão e Práxis
Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
A vogal do pingo Tonelada (símbolo)
Editor (abrev.) “Doctor”, em PhD
Tecido leve e de aspecto crespo
Orlando Teruz, pintor carioca
Série de certificados de qualidade Conjunção típica da fala do luso
Sisuda Diz-se da pessoa sagaz
Taxa referencial de juros (sigla)
Medicamento surgido na Forma década erudita de 80 de “leigo” (?) Senado, canal 0800 do Senado
Primeiro romance de Chico Buarque
Pôr em prática Percepção visual
Praça da (?), logradouro paulistano Risos, em “internetês” Tipo de programa de caráter eleitoral
Arbusto cultivado na Bolívia Tidos como ver- Casacão dadeiros militar
Oersted (símbolo) Classe dos ricos
“O Tronco do (?)”, romance regionalista
Enfeite; atavio O alimento mais completo, indicado para o bebê
BANCO
Pequeno pedaço (bras.) Carlos Nejar, poeta gaúcho
Tarsila do Amaral, pintora modernista Instrumento de palheta dupla (Mús.)
Cada artigo de um estatuto Duas vezes Rede, em inglês
Sede da ONU na Alemanha Reza
Franz (?), etnólogo Mas, em inglês A metade do diâmetro (abrev.)
Elevado; sublime (fig.)
10
Solução
Q U F A N S I E S M C O
R E T E
G RA M O B I D C R E A D A T T S ER I I S O V O A L A L I Z A S E T I R S C I T A D O E O I B O N T O B U E R E O M A T E R
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I M
de ser determinante na escolha de parceiros econômicos no mundo globalizado. Um exemplo é a instalação de grandes empresas em países menos desenvolvidos para aliviar os custos sobre a mão de obra e, também, para que empresas defasadas do ponto de vista tecnológico possam ser transferidas para estes mesmos países. Percebe-se que a flexibilização exerce uma influencia direta na industrialização mundial. E as taxas de juros são hoje a maior atração/restrição às empresas. Até a década de 80, séc. XX, prevalecia o capital industrial expresso no trabalho. A partir desta década, existem dois capitais predominantes, o capital industrial e o capital financeiro expressos no trabalho, além dos juros e lucros expressos no salário, participação nos lucros da empresa, prêmios de produtividade,... A taxa de juro não pode mais ser controlada ao nível nacional; somente as taxas de lucro podem ser controladas, no nível nacional, para se acumular capital. Os credores do mundo, hoje, são as instituições privadas já que o mundo todo é endividado. As dívidas em grande parte são do setor público e os créditos são do setor privado. Eis um dos argumentos do processo de privatização das estatais brasileiras, já que a venda tiraria um ônus muito grande do Estado servindo, ainda, para saldar parte das dívidas com os setores privados e instituições internacionais. Há, portanto, um fluxo do capital público para o setor privado. E o Liberalismo é adequado ao funcionamento do mercado financeiro. A dívida não é uma questão técnica, como querem os credores privados, mas é sim uma questão política e social que afeta diretamente a nova estratificação social. O fluxo da dívida depende do crescimento da produção, da renda e da acumulação; depende da capacidade dos devedores de pagar a dívida em dinheiro para poderem conseguir mais crédito, definido a competitividade como o nível local de produção e a competição como nível global de produção. A questão é bem simples – estamos prontos para isso?
(?)-5, caça dos EUA usado pela FAB Abalada; comovida Quantidade indeterminada (Mat.)
D E B A T E
O nível de trocas nas exportações depende do grau ou nível de industrialização de cada país e, também, de sua localização geográfica que pode economizar custos de transportes promovendo o que os economistas modernos chamam de regionalização econômica, ou seja, cada espaço geográfico e econômico possui características e produções específicas, além de disputarem espaços nos mercados globais. A regionalização que é hoje abstrata e de difícil definição concreta frente as incertezas dos mercados globais e suas demandas procura criar áreas de estabilidade econômica, social e política. É preciso ainda levar em consideração a mudança dos critérios de definição do que é um Estado Nacional. Mas com a globalização dos mercados financeiros, em termos quantitativos com taxas de juros de crescimento explosivo de mais de 20% ao ano, há uma desregulamentação dos mercados financeiros nos anos 80, do séc. XX, chamada de Década Neoliberal. E este é um ponto que precisa ser conhecido por nós brasileiros que fomos jogados, sem uma preparação prévia, neste novo contexto econômico e produtivo. O capital se flexibiliza para oferecer respostas ao mercado global, transferindo-se rapidamente de um local de aplicação para outro segundo as modificações das taxas de juros nas bolsas de valores, perdendo de vista as raízes locais dos juros que deixam de ser preocupação do mundo contemporâneo. Abandona-se o arranjo técnico produtivo taylorista-fordista, baseado na produção e consumo em grande escala, criando-se um novo padrão de produção global orientado para a economia de produção para os serviços, expresso nos processos de terceirização do trabalho. Além disso, a demanda por serviços cresce mais do que a produção de bens materiais, sendo, ainda, mais fáceis de transferir porque a materialização e o seu local de produção não são tão grandes. Hoje, devido a tecnologia e a estratégia das empresas é mais fácil dissolver as cadeias de produção de mais-valia, de riqueza, de um local para outro, independente dos meios naturais e dos custos financeiros. A distância geográfica deixa
Presidiu o primeiro Concílio de Niceia em 325 d.C. (Hist.) Metáfora corrente O Abominável para a velhice Homem das Neves
E I X T F E M O P T O R C A O N R E O E R N E I T
por pedro marcelo galasso
Dispostas em escalas progressivas
A C A I P O T L E
do regional e do local
Que está fora do tempo próprio
3/azt — but — net. 4/boas. 7/estorvo.
Condições de competitividade
© Revistas COQUETEL
Cidade natal de Antônio NacionaConse- lismo deslheiro (CE) medido
Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Comportamento
Você acredita em
‘amor para sempre’? por MIRIAN GOLDENBERG /FOLHAPRESS
Para casais satisfeitos, felicidade na relação depende de esforço das duas partes envolvidas Perguntei a muitos casais se eles acreditam em “amor para sempre”. Mesmo aqueles que são muito felizes no casamento duvidam da possibilidade do amor duradouro. Uma jornalista de 45 anos disse: “Estou no meu terceiro casamento. Há quase dois anos vivemos uma verdadeira lua de mel. Gostamos de fazer tudo juntos, somos muito carinhosos, rimos o tempo todo. Mas morro de medo deste clima de romance terminar. Sempre me pergunto: será que o amor tem prazo de validade?”. O marido, um advogado de 43 anos, contou: “Ela vive com medo de perder o meu amor, de acabar o tesão, de cansarmos um do outro. Se depender de mim, vou fazer de tudo para que o nosso casamento seja sempre muito feliz. Acredito que estamos construindo algo sólido, duradouro, verdadeiro. Sei que não existe certificado de garantia para o amor, depende só de nós dois”. Uma professora de 32 anos disse que o fim do amor é uma ameaça permanente em todos os casamentos, até mesmo nos mais felizes. “Muitos casamentos terminam por bo-
bagem, por preguiça, por imaturidade. Nós dois trabalhamos muito para o nosso casamento dar certo. Todos os dias somos gentis, carinhosos e atenciosos um com o outro. Sempre nos damos presentes para celebrar o nosso amor. Pode ser uma massagem, um chocolate, uma mensagem apaixonada. Não deixamos a rotina destruir o respeito, o desejo e a admiração. Nosso segredo é viver intensamente cada dia, como se fosse sempre o nosso primeiro encontro”. O marido, um engenheiro de 39 anos, disse que é importante reconhecer o valor do outro, ser fiel e investir no casamento. “Ser romântico, carinhoso e generoso com uma nova namorada é muito fácil. O difícil é seduzir e ser seduzido, cuidar e ser cuidado, todos os dias, pela mesma mulher. Sei que não é nada fácil encontrar alguém que combine tanto comigo, sei que a minha mulher é especial e diferente de todas as outras. Invisto toda a minha energia para conquistar a mulher que eu amo e com quem eu quero viver para sempre. Temos um pacto de fidelidade e de felicidade”. Ele conclui: “Meus amigos me acham um babaca quando digo que sempre fui e sempre serei fiel à minha mulher. Você acha que eu sou maluco de fazer uma merda e perder o grande amor da minha vida?”.
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Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015
por Shel Almeida
Os 40 anos de carreira do Dr. Antônio Lonzi Neto, comemorados neste mês de dezembro, são marcados pelo pioneirismo. Formado em fisioterapia na primeira turma da PUC - Campinas, ele foi o primeiro fisioterapeuta de Bragança, em uma época em que a profissão ainda era desconhecida na cidade. Em 1976, fundou a primeira clínica de fisioterapia local e, em 1983, entrou para Faculdade de Medicina da Universidade São Francisco. Durante esse período precisou se desdobrar entre os estudos, a clínica, os pacientes que atendia em domicílio e a família. Depois de formado, a residência aconteceu na Santa Casa de São Paulo, o que dificultou um pouco mais, já que era preciso viajar diariamente. Mas, o esforço fez dele, também, o primeiro Médico Fisiatra em Bragança Paulista. Em 1990 fez especialização em RPG, se tornando, o primeiro a aplicar a técnica na cidade, assim como foi com o Pilates, que ele trouxe anos depois. Em 1993 Dr. Lonzi Neto inaugurou a nova clínica onde atende até hoje, com instalações criadas e direcionadas para abrigar equipamentos de acordo com as especificidades da área. “Ele foi pioneiro até mesmo na escolha do local, porque, na época, essa era a única clínica da Rua José Guilherme e hoje já são várias. Além disso, foi a primeira cujo o prédio foi construído realmente para que pudesse se tornar especializada em fisioterapia e reabilitação, e não apenas adaptado para isso”, fala a esposa Márcia Rocha. Em 2000, Dr. Lonzi Neto foi convidado a coordenar o curso de fisioterapia, que seria criado na USF. “Foi ele quem montou o curso, elaborou todo o currículo, contratou os professores, além de se tornar professor também, E, mais
uma vez, ele foi pioneiro. Não só foi o primeiro fisioterapeuta da cidade como também ajudou a formar a primeira turma de fisioterapia em Bragança”, analisa Márcia. Com ambas as faculdades e os inúmeros cursos de especialização na área de reabilitação Dr. Lonzi Neto é hoje uma referência em Medicina Física.
Especialista em tratar a dor
No começo, como a fisioterapia era algo desconhecido por boa parte dos bragantinos, Dr. Lonzi Neto precisou mostrar os benefícios que ela poderia trazer. Conforme as pessoas foram conhecendo e percebendo que a novidade ajudava não apenas a aliviar dores, mas também a promover a qualidade de vida, os próprios pacientes passaram a ser os melhores divulgadores do trabalho. “Eu não acompanhei o começo, mas a percepção que eu tenho é que quando ele trouxe a fisioterapia para cá, isso possibilitou que várias pessoas encontrassem alívio para coisas que ainda não tinham achado uma solução. Quem tinha tido um derrame ou uma lesão mais grave, pode adquirir uma certa melhora do quadro, além de liberdade. Aos poucos, as pessoas foram entendendo do que se tratava a fisioterapia e, até hoje, tem gente que vem nos contar o quanto ele as ajudou ou ajudou alguém próximo. Ele fez duas faculdades, mas uma não dependente da outra. Não é preciso, necessariamente, ser fisioterapeuta para se tornar Médico Fisiatra, que é o especialista na reabilitação e na dor crônica, uma área ligada tanto à neurologia quanto à ortopedia” fala a filha Aline Rocha Lonzi. “Ele acabou se tornando realmente um especialista nas técnicas de combate
Dr. Neto em começo de carreira nos anos 70
Dr. Neto se formando em medicina
Todo mundo que convive com ele tem uma admiração muito grande pela pessoa que ele é, pelo profissional que ele é, por tudo o que ele batalhou. Mesmo quando ele se desdobrava para conciliar clínica, faculdade e família, ele sempre foi muito presente.
Dr. Neto foi o primeiro fisioterapeuta de Bragança, em uma época em que a profissão ainda era desconhecida na cidade.
A prática de atividade física sempre esteve presente na vida de Dr. Neto. A corrida é um dos hobbies praticados junto com a família.
Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015 a dor, usando inúmeros recursos de acordo com as especializações que fez ao longo dos anos como por exemplo terapias manuais, mobilização neural, manipulação vertebral e articular, técnica de Fischer, agulhamento a seco, entre outras. Com a bagagem e a variedade de conhecimento que ele tem, ele pode atender cada paciente de maneira bem singular, de acordo com cada necessidade específica”, diz Márcia. “Mesmo depois de se formar médico, ele continuou fazendo especializações na fisioterapia, como é o caso do RPG. O último curso que ele fez foi há cerca de um mês atrás, é um uma técnica nova que se chama Biopuntura, que é a injeção de homeopáticos e fitoterápicos em pontos de dor e em pontos de acupuntura. Ele se especializou tanto em técnicas manipulativas da fisioterapia que tiram a dor do paciente com as mãos, quanto em técnicas da medicina mais invasivas. E mesmo depois de tudo o que ele batalhou, ele continua se atualizando, nunca se acomodou”, fala Aline. As duas formações de Dr. Lonzi Neto se complementam e, unidas às inúmeras especializações que foi agregando ao longo da carreira, fazem dele um profissional com técnica apurada. Mas, o que se destaca em seu trabalho é a humanidade, o empenho em tentar, de todas as maneiras possíveis, ajudar a melhorar o bem estar de seus pacientes, nem que, para isso, seja preciso buscar especialização em algum novo tratamento da área de reabilitação física. Foi o aconteceu recentemente no caso da Biopuntura, “Ele estava com um paciente que precisava de uma novidade porque havia dificuldade em sanar a dor. Então ele resolveu pesquisar e encontrou essa técnica nova. Foi fazer o curso para poder ajudar o paciente. E ajudou”, conta Aline.
Exemplo
Aline e o irmão, Bruno Rocha Lonzi, seguiram carreira na mesma área que
do pai e hoje fazem parte da equipe da Clínica. Atualmente Aline é a pessoa responsável pela parte de RPG enquanto Bruno atende os casos de traumatopedia. Márcia é psicóloga e também atende na clínica, além de atuar na parte administrativa. “Para ele, ter os filhos por perto é gratificante e importante, por saber que tudo o que construiu terá continuidade. Nós três queremos deixar claro o tamanho da admiração que temos por ele. No dia-a- dia, na correria de casa - clínica são poucos os momentos que paramos para refletir o quanto ele já conquistou, o quanto ele é importante dentro da família, dentro da sociedade, dentro do que ele oferece aos pacientes. Todo mundo que convive com ele tem uma admiração muito grande pela pessoa que ele é, pelo profissional que ele é, por tudo o que ele batalhou. Mesmo quando ele se desdobrava para conciliar clínica, faculdade e família, ele sempre foi muito presente. A nossa homenagem não é apenas pelos 40 anos de fisioterapia mas, principalmente para o pai, o marido, e o sogro. Ele é um exemplo de trabalho, de força e de dedicação e de integridade”, afirma a família. Aproveitando a oportunidade o genro Gustavo Montagnana também deixa sua homenagem: “Lembro -me quando “moleque” que não gostava de ir ao médico, como a maioria dos adolescentes, mas o único lugar que não arrumava desculpas era para ir ao consultório do “Netão”. Ele me deixava a vontade, queria saber sobre mim, olhava nos olhos, falávamos de futebol entre outros assuntos. Naquela época eu não tinha este entendimento, mas hoje sei bem o porque. Todos os pacientes/amigos que passam em consulta tem o mesmo sentimento de acolhimento que eu tinha e ainda tenho, o trato com humanidade. Um profissional que faz o que mais ama, cuidar das pessoas. N etã o , ta m bém rendo a m i nha homenagem, gratidão e orgulho.
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Dr. Neto em um dos momentos mais marcantes para um pai, o casamento da filha.
Fisioterapia Dermato Funcional
Sala de Fisioterapia
Sala de RPG
Sala de Pilates
“Para ele, ter os filhos por perto é gratificante e importante, por saber que tudo o que construiu terá continuidade. Nós três queremos deixar claro o tamanho da admiração que temos por ele.”
Com inúmeros cursos de especialização na área de reabilitação Dr. Lonzi Neto é hoje uma referência em Medicina Física
Aline e o irmão, Bruno Rocha Lonzi, seguiram carreira na mesma área que do pai e hoje fazem parte da equipe da Clínica. Atualmente Aline é a pessoa responsável pela parte de RPG enquanto Bruno atende os casos de traumatopedia.
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Comportamento
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Tabelinha 2.0
Mulheres usam aplicativos para mapear seu ciclo menstrual, engravidar ou evitar a gravidez; programas se baseiam em dados como a temperatura diária do corpo, mas utilizá-los como anticoncepcional é arriscado por FERNANDA ATHAS/FOLHAPRESS
Novos aplicativos prometem
ma o ginecologista Luciano Pompei.
permitir às mulheres mapear
“Os métodos naturais de contracepção
seu ciclo menstrual de forma
não possuem efeitos colaterais, mas
mais precisa do que as antigas tabe-
não têm uma margem de segurança
linhas, usando dados como a tem-
tão alta. O método sintotérmico [ba-
peratura diária do corpo da mulher
seado em sintomas e temperatura],
quando ela acorda, a consistência
sozinho, implica na abstinência de
do muco cervical e até a altura do
coito quatro dias antes do período
colo do útero e se ele está aberto
fértil e três dias depois –justamente
ou fechado.
na fase em que a mulher tem um
As usuárias procuram entender seu
aumento da libido.”
ciclo, engravidar ou evitar a gravidez
Além disso, a necessidade de se
–neste caso, com risco, pois, embora
“examinar” todos os dias exige de-
ainda não existam dados, a taxa de
dicação –e eventuais esquecimentos
falha é provavelmente mais alta do
ou falhas podem causar problemas.
que a de outros métodos anticon-
Não é simples: a medição da tempe-
cepcionais.
ratura, por exemplo, tem de ser feita
A artesã Mislene Garcia, 27, usa o
com precisão de duas casas decimais,
Ladytimer, um aplicativo que promete
sempre no mesmo horário.
indicar o período fértil da mulher.
contraceptivo
“Vi postagens sobre o assunto em
Os noivos Adelia Maria Narciso, 24,
um grupo de mulheres que querem
estudante de farmácia, e Marcelo
engravidar e procurei por um apli-
Paiva, 26, técnico em eletrotécnica,
cativo que calculasse os dias férteis
não desejam ter filhos agora.
por mim.”
“Eu tomava anticoncepcional desde
Deu certo. Dois meses após parar de
os 14 anos e queria parar, pois tive
dor de cabeça, anoto no aplicativo.
Sempre confirma. Em período fértil,
tomar anticoncepcional e começar a
alguns efeitos colaterais. Foi aí que
No consultório, os ginecologistas
as mulheres ficam mais receptivas
utilizar o aplicativo, Mislene engra-
comecei a estudar outros métodos
sempre querem saber a data da úl-
ao sexo, por exemplo.”
vidou. “Foi o nosso presente de ano
e aprendi o sintotérmico, que uso
tima menstruação e como é o ciclo.
“Eu tomava anticoncepcional desde
novo, estava fértil nos últimos dias
junto com a camisinha”, diz Adelia.
Com o aplicativo, tenho as respostas
os 14 anos e queria parar, pois tive
de 2014”, conta. Hoje, Maria Isabella,
Adelia usa o aplicativo Kindara, que
na mão”, diz.
alguns efeitos colaterais. Foi aí que
sua bebê, tem dois meses.
constrói, diariamente, um gráfico com
Muitas mulheres não sabem, a duração
comecei a estudar outros métodos
Especialistas dizem que há uma
previsões de ovulação, período fértil
do ciclo varia de pessoa para pessoa.
e aprendi o sintotérmico [método
tendência no uso dos aplicativos.
e menstruação a partir dos dados
“Alguns têm 30 dias, outros, 32...
baseado em sintomas e temperatu-
“Principalmente na geração mais
dos quatro sintomas. “Aprendi mui-
Quando a paciente tem tudo anotado,
ra] , que uso junto com a camisinha.
nova. Quase todas as minhas pa-
to sobre meu ciclo. Isso me trouxe
é mais fácil verificar a regularidade
Adélia Maria Narciso - Estudante
cientes têm um no celular”, diz a
respostas que eu não tinha quando
do ciclo dela”, afirma Fernanda.
de farmácia
ginecologista Fernanda Pepicelli.
tomava remédio”, diz Adélia.
Após esse tempo com o aplicativo,
“Os métodos naturais de contracepção
Já para as mulheres que não desejam
Já a bióloga Viviane Filgueiras, 27,
Viviane diz já reconhecer, pelos sin-
não possuem efeitos colaterais, mas
engravidar, ou que preferem deixar isso
usa o Meu Calendário, outro aplica-
tomas, as fases de seu ciclo. “É inte-
não têm uma margem de segurança
para o futuro, o uso dos aplicativos
tivo popular, principalmente para
ressante perceber o corpo. Quando
tão alta” Luciano Pompei - Gineco-
deve ser idealmente combinado com
organizar a sua rotina.
tenho uma mudança no humor, já olho
logista e professor da Faculdade
outros métodos contraceptivos, afir-
“Fica mais prático. Se tive cólica ou
o aplicativo para conferir se é TPM!
de Medicina do ABC.
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Saúde
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Medo do Escuro Diálogo e livros ajudam crianças a perder o medo do escuro
por Bárbara Souza/FOLHAPRESS
É normal crianças sentirem medo. E o
Sobre atitudes que os pais nunca devem ter, as
medo do escuro, na hora de dormir, é um
psicólogas salientam que jamais se deve usar o
dos mais comuns dos dois aos dez anos.
escuro como uma forma de castigar a criança que
Para ajudar a criança a superar, os pais precisam,
tem medo dele.
primeiramente, entender que isso é uma fase que
“Devemos evitar também atitudes bruscas, como
faz parte do desenvolvimento dela, e que a ajuda
falar ‘vou apagar a luz e você vai dormir’. Isso não
dos adultos é fundamental.
é legal, porque em geral acaba ampliando o proble-
Segundo as psicólogas Luciana Romano e Raquel
ma”, afirma Flávia. Outro erro comum cometido
Benazzi, do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas,
por adultos diante do medo da criança é rir ou
a ideia não é convencer a criança de que ela está
ridicularizar a situação. Segundo as especialistas,
errada, até porque ela está numa fase de fantasias
isso pode afastar a criança e fechar uma porta
e tudo parece ser muito concreto e real.
para a solução desse medo, que é o diálogo. De
Especialistas afirmam também que, do ponto de
acordo com elas, diante dessa atitude dos pais,
vista psíquico, a criança está passando por fases
a criança pensará que não pode contar com eles
do desenvolvimento que se apresentam como
nas dificuldades. (Bárbara Souza)
se ela tivesse realmente que enfrentar alguns
Relaxamento antes do sono é importante
monstros internos para continuar a amadurecer.
Estratégias para ajudar a ter uma boa noite de
A psicóloga Flávia Schimith Escrivão, do Depar-
sono valem para todas as idades. Por isso, crie
tamento de Saúde Mental da SPSP (Sociedade de
momentos de prazer e relaxamento antes de co-
Pediatria de São Paulo), diz que conversar com a
locar seu filho na cama. Tomar banho, escutar
criança é a melhor forma de entender os motivos.
músicas prazerosas e que relaxem, ler livros sem
Outra dica é ler historinhas em que o personagem
muita tensão e não assistir a programas violentos
vai vencendo os medos dele. Vale também os pais
são indicados. É bom haver uma “luz de seguran-
contarem os próprios medos e como conseguiram
ça”, ou seja, alguma iluminação do quarto ou ao
vencê-los.
alcance da criança.
Momento Pet
Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015
Primeiro aniversário da
Simplício Clínica Veterinária 24h por Dr. André Alessandri
Bom dia, meus queridos leitores!! Essa é uma semana muito especial para mim e meu sócio e irmão, Bruno Alessandri. Há 01 ano iniciamos o funcionamento da nossa tão sonhada Simplício Clínica Veterinária 24 horas. São 365 dias, 8.760horas, 525.600 minutos de portas sempre abertas para receber os animais de toda região bragantina. Nesse primeiro ano de funcionamento, fizemos muitos novos amigos, clientes e conhecemos um pouco mais da historia de cada um de seus bichinhos queridos, verdadeiros filhos para seus donos. Destinamos esse texto a todos aqueles que confiaram em nossas mãos para tratar de vidas tão preciosas. Compartilhamos emoções com nossos clientes diariamente, e nada nos deixa mais feliz que ver o animalzinho saudável ao lado de seu dono. Nesse período, dedicamos nosso tempo tanto para os animais saudáveis, consultas de rotina, exames e vacinação, quanto para animais fragilizados por alguma doença ou mesmo que tenha sofrido algum acidente. O carinho que recebemos como retribuição por nossa dedicação não tem preço. Hoje estamos orgulhosos em dizer que temos uma das melhores estruturas da região e estamos investindo e evoluindo a cada dia, pois nossos peludinhos merecem o que há de melhor. Para aqueles que já conhecem nossa clínica, deixamos nosso muito obrigado e contem com a gente sempre que precisar!!! Aos que ainda não conhecem, fica nosso convite, tenho certeza que irão gostar do ambiente, atendimento e carinho com que trataremos seu animal. Até o próximo momento pet!!
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Jornal do Meio 827 Sexta 18 • Dezembro • 2015