Braganรงa Paulista
Sexta
25 Dezembro 2015
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Para pensar
Jornal do Meio 828 Sexta 25 • Dezembro • 2015
Natal! por Mons. Giovanni Baresse
Estamos no Natal. Mais uma vez celebrando o nascimento de Jesus Cristo. O fervilhar motivador do comércio se faz presente há um bom tempo. Os meios de comunicação falam da esperança, apesar da crise, “que o Natal seja bom”, isto é, que os resultados financeiros consigam amortizar as dificuldades vividas durante o ano que chega ao fim. Parece que a postura dos cristãos diante deva festa caminhar por outra estrada. O cristão é aquele que enxerga a profundidade da festa do Natal. E que consegue ver que essa data não é referencial que se esvai no dia seguinte... Para todos os que creem em Jesus Cristo como Filho Unigênito de Deus, que tomou carne humana no seio da Virgem Maria, a celebração do Natal é um compromisso que se prolonga por toda a vida. E a cada celebração que o Senhor da Vida nos dá realizar, esse compromisso torna-se mais “pesado” pela gratuidade de um gesto de amor totalmente incompreensível para nós. O Criador, que nos amou desde sempre e nos deu liberdade para amá-lo ou não, diante da escolha da
autossuficiência humana, buscou um jeito de “estar conosco” para que pudéssemos vislumbrar a imensidão da felicidade que nos quer dar, do amor que nos tem. Em Jesus Cristo elimina a distância que há entre o Infinito e o finito: “Felipe, quem me vê , vê o Pai!” (João 14,9). Todos nós temos sede de felicidade. Ela foi plantada por Deus em nosso coração. Só que a desejamos saciar olhando o horizonte da vida com nossos olhos míopes. Jesus Cristo é aquele que nasce para nos curar da visão curta e distorcida (Marcos 8,24). A data do Natal é, portanto, a afirmação de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo nos querem, tendo-nos feito à sua imagem e semelhança (Gênesis 1,26), como filhos no Filho (Efésios 1,5). Com sua encarnação Jesus Cristo nos redime da separação e nos faz participantes de sua glória, da glória da Trindade Santa. Por essa razão, a celebração do Natal deve ser para todos nós um reafirmar do nosso discipulado. Do nosso seguir o Mestre. Assumindo suas palavras e seus gestos. Tornando presente, em gestos e palavras, o cerne de sua
missão: a proclamação de que o Reino de Deus está em nosso meio! (Mateus 10,7). E o Reino de Deus é que todos sejam um. Que todos sejam irmãos. Que essa fraternidade se expresse na eliminação das injustiças, da maldade, da ganância, do ódio, da guerra, das desigualdades que criam seres humanos sem dignidade. (Mateus 23,8) Celebrar o nascimento de Jesus Cristo é declarar, de forma explícita, que se está ao seu lado para o que der e vier. É fazer da vida uma doação tão extremada como foi a sua. Sendo Deus, “rasgou” a sua divindade e se revestiu da nossa humanidade. Sendo rico se fez pobre... para nós. (2 Coríntios 8,9). Na alegria de podermos celebrar o Natal, ajudemos nossas famílias, as pessoas de nossa convivência, a prestar atenção no essencial dessa celebração. Daí todo o resto tomará sentido. E as luzes do Natal perdurarão. Tudo o que é luz e enfeite em nossas cidades dever servir para apontar o Aniversariante. Claro que muita gente não tem interesse nisso. Interessa o lucro que se tem à custa Daquele que é a razão da
comemoração. Para os que queremos viver o sentido profundo dessa festa fica a responsabilidade de não esvaziá-la. O que é feito no Natal deveria ser feito o ano todo. A beleza externa deveria ser expressão da beleza interna que nos leva a ser solidários. Penso, particularmente, nas festas natalinas oferecidas às pessoas carentes. Elas devem ser a “cereja” sobre as necessidades que são vividas o ano todo. O almoço de Natal deve ser o mais elaborado, consequência de almoços e jantas mais simples que oferecemos na participação das obras como a ação de todos aqueles que tomam a peito visitar as famílias carentes, promover seus direitos, buscar encaminhar para trabalho, etc. São bonitos e louváveis todos os gestos que dão alegria no Natal. Devem, todavia, tornar-se motivadores de ações duradouras. Até o dia em que, sonhadoramente, ninguém mais necessite senão de um abraço, um beijo, um aperto de mão. Tudo por um desejo: Feliz Natal! A todos os que me dão a honra de acompanhar minhas reflexões e à suas famílias desejo um Natal muito feliz! Que a alegria da reunião familiar seja
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alicerce para uma crença sempre mais profunda que é possível um mundo mais humano e justo. Para isso Cristo nasceu! Por isso eu creio Nele! Um grande abraço. Feliz Natal
Reflexão e Práxis
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
A tragédia
da natureza global Parte 1
© Revistas COQUETEL
Profissional que Jogo como possui o brevê a Mega- (?)-herói, personaSena gem como Wolverine
Caixa de plástico usada como “guarda-treco” Faixas (?): sinalizam ultrapassagens permitidas em rodovias
Jogador português que ganhou a Bola de Ouro da Fifa em 2013
Andam como o vadio
Alvo da Tiago pegadinha Leifert, dos apresenveteranos tador
(?) Ephron, cineasta de “Julie e Julia”
Metal usado em foguetes (símbolo)
por pedro marcelo galasso
Períodos geológicos Profeta árabe
Dar (?) luz: parir Amolada; irritada Filho, em inglês
B O
Provoca intenso sentimento de inquietação
Musa (?), status de Selena Gomez
I
Monteiro (?), autor de “O Saci”
Reprodutor Símbolo de de áudio resistência da Apple elétrica
Internet Protocol (sigla) Minas (?): terra natal da atriz Ísis Valverde
Região de Juazeiro do Norte (CE) Religioso secular Congelar-se (o orvalho)
(?)-coroca, ave de manguezais
Instrumento de navegação de submarinos Orelha, em inglês Saia da bailarina
Tabela (?), informação do rótulo de alimentos Concurso de beleza internacional
Significa “Social”, em “PIS”
155, em romanos
O hemisfério acima do equador (abrev.)
Senhora (abrev.)
Ajuda, em inglês Menor flexão verbal
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Solução
L O T S E E R I M A
P R G AN I T L C C I O A S T L M O O M E U D R T I R O E DA E C A N G A EA R N U T R I UT R S U N I
V Z A D O G T N A D A B O M R B O A B A L U L I Z A D P I O N E G D A E S R C I ON A L A I V E R S
C R I S T I A N O R O N A L D O
BANCO
(?)-bumbá, festejo Dispositivo sonoro
Capitão(?), título do Brasil colonial
Que sofreu como São Pedro nas Guerreiras mãos dos da Mitoloromanos gia grega
Dinheiro que não pode ser depositado em caixas eletrônicos
Conteúdo do saco de Cosme e Damião
M A M A Z S O N A S
Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
Rival de Jerry (Cin.) Mensuração
MI
produção de ordem e de desordem, precisando ser controlada através de meios políticos e sociais, o que tira dos Estados o papel de reguladores sociais, ou seja, os custos sociais são transferidos ao mercado em uma lógica simples – os serviços sociais agora devem ser comprados, ou seja, quem tem dinheiro tem acesso aos melhores serviços. Isto nos leva a questão da competição global ser uma competição posicional, dentro da hierarquia econômica e política da Globalização. Os bens posicionais, ou oligárquicos, são limitados pelo seu consumo, pois se todos o tiverem ele perde o seu valor-de-uso. A quantidade é importante, juntamente com seu aspecto qualitativo. O próprio sistema industrial é um bem posicional; tem-se um produto ligado a outro produto o que dificulta a formação de seu preço, trazendo problemas para a regulamentarização do mercado mundial. Aqui a democratização do capital pelo mundo fica impossibilitada porque o capital sempre procura as melhores áreas de aplicação, explicando a recente desigualdade do mundo. Hoje, neste contexto, se leva em conta ainda os aspectos ecológicos da produção. O Fordismo, sistema de produção em massa, com organização do trabalho e racionalização do trabalho, a partir do arranjo técnico da esteira de produção e com o uso maciço de combustíveis fósseis, é o arranjo produtivo mais utilizado. Temos de ter em mente que o capitalismo é dinâmico, buscando sempre sua expansão; a estagnação que caracterizou a humanidade desde o Neolítico significa crise para o capitalismo. E como o Fordismo significa produção e consumo em massa, significa, também, utilização de matéria-prima em grande escala. Matéria-prima que alguns países fordistas não possuem e, por
3/aid — ear — son. 4/ipod — nora — teen. 6/piloto. 8/amazonas.
A distribuição desigual da renda mundial aumentou para a seguinte proporção - 20% da população detém 80% da riqueza enquanto 80% da população reparte os 20% de riqueza restante. Segundo a teoria do liberalismo clássico e do neoliberalismo a diferença entre rendas diminui, obrigatoriamente, pela força do mercado, sendo ainda benéfica para o seu desenvolvimento. No entanto, vê-se que no mundo real as diferenças aumentam. A divergência, e não a convergência, do mundo aumentou e, com isso, aumentou também a diferença entre ricos e pobres. Outro fator importante da Globalização é a valorização; tida como transferência de coisas, estabelecimento de estruturas necessárias à globalização e orientada para as exportações. Seus princípios são: 1o definição de valores (aspectos políticos e sociais); a) exploração do trabalho, produção e produtos por meios científicos. 2o identificação dos recursos, o mundo é vista como uma mina a ser explorada; 3o isolação dos recursos para seu melhor aproveitamento; direito de propriedade sobre as áreas. É uma questão do direito internacional pois envolve questões de ordem política e social. O direito de propriedade obedece os seguintes critérios: res nulius (coisa de ninguém): ar; res comunis (coisa comum): rios; res publica (coisa pública): propriedade federal, instituição; res particulares (coisa particular): empresa. a) colonização por meio de remoção de recursos; b) extração de recursos e transporte como mercadoria. 4o comodificação dos recursos para o mercado: infra-estrutura; 5o monetização; troca de produtos em dinheiro a) criação de ligação regionais, indústrias de processamento; b) monetização no mercado nacional. A valorização se apresenta como a
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Atenção no VerÃo É preciso estar muito atento às crianças e aos idosos nesta época do ano. Esse é o grupo de maior risco de contrair doenças por causa do calor excessivo por Bárbara Souza/FOLHAPRESS
Com previsão de temperaturas recordes neste verão, que começa no dia 22, será necessário mais do que um bom ventilador para se refrescar. Vai ser preciso prestar atenção em detalhes para sair às ruas ou ficar em casa, como no tecido das roupas e nos alimentos. Uma dica de que pouco se fala, mas que ajuda muito, é ter planta em casa. Segundo a médica de família e comunidade Ana Paula Lemes, membro da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade), as plantas conseguem reter umidade e proporcionar menos calor. ‘Alguns experimentos mostram que os ambientes bem arborizados chegam a marcar seis graus a menos de temperatura ambiente’, afirma a médica. A clínica-geral Nicole Maria Gatti, do Hospital San Paolo, afirma que também é importante se refrescar de dentro para fora. “É importante fazer alimentações leves, consumir mais frutas e verduras e menos frituras e laticínios”, ensina Nicole. Entre as dicas de alimentos refrescantes estão o pepino e a melancia, que podem ser conservados na geladeira e consumidos gelados. Ainda no quesito alimentação, as médicas desaconselham o consumo de alimentos industrializados, inclusive sucos de caixinha e lata. Segundo Nicole, eles contêm muito sódio, que aumenta a retenção de líquidos e, consequentemente, o inchaço nos pés e pernas. “O melhor é apostar na comida natural. Quanto mais natural, melhor para a saúde”, ressalta Nicole. Ana Paula lembra ainda que devemos ficar atentos para evitar as doenças comuns do verão, como as micoses, queimaduras solares e doenças transmitidas por mosquitos (como dengue e zika, por exemplo). Além, claro, da desidratação, causada pela perda de água, sódio e potássio (veja quadro). (Bárbara Souza) Atenção deve ser maior com criança e idoso É preciso estar muito atento às crianças e aos idosos nesta época do ano. Esse é o grupo de maior risco de contrair doenças por causa do calor excessivo. “Eles não pedem água e alguns pais ou cuidadores se esquecem de aumentar a quantidade de oferta de água. Os idosos sofrem mais porque geralmente não têm por hábito beber água”, explicaamédica de família Ana Paula Lemes.
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Informe Publicitário
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