Braganรงa Paulista
Sexta
1 de Janeiro de 2016
Nยบ 829 - ano XIV
jornal do meio
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Editorial 2015, Um ano para esquecer Sempre que se aproxima o final do ano, começamos a analisar todas as edições do Jornal do Meio para selecionar aquelas que entrarão na nossa retrospectiva. E, nesse processo, conseguimos notar o quanto esse trabalho é especial, porque temos o privilégio de poder contar tantas histórias, conhecer tantas pessoas e, claro, apresentá-las aos leitores. Dessa forma, contribuímos para valorizar a cidade em que vivemos porque, sim, Bragança tem muita coisa interessante escondida. Talvez, na correria do dia-a-dia a gente não enxergue e, boa parte, acabe passando batido. Mas, ao folhear essa Edição Especial, você irá perceber que, nas mais diversas áreas, sempre conseguimos contar boas histórias simplesmente porque elas existem! No esporte, por exemplo, somente nesta retrospectiva, falamos do maratonista Valter Rodapé, do ex-boxeador Lúcio Grottone, da lutadora de MMA Hérica Tibúrcio e da atleta de lançamento de disco Andressa Oliveira de Morais. Cada um deles está em uma fase diferente da vida e da carreira mas todos têm o esporte como o grande propulsor de tudo o que conquistaram. E todos, por um motivo ou outro, vivem em Bragança. O que prova, como já apresentamos em retrospectivas anteriores, o quanto Bragança atrai esportistas. Em relação às artes também temos um cenário positivo. Bragança foi o início de muitos artistas que hoje colhem os frutos fora, inclusive em âmbito internacional, como aconteceu com a banda Vitrola Sintética, que este ano concorreu ao Grammy Latino. Assim como outros músicos surgidos na mesma época no cenário bragantino, a banda faz parte da Nova Cena Paulista que têm conquistado admiradores por todos os cantos do Brasil. Em um caminho totalmente diferente, mas com o mesmo desejo de trilhar a carreira na música, o jovem saxofonista Lucas Figueiredo batalhou e conseguiu alcançar o sonho 1 de Janeiro de 2016
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de cursar Bacharelado em Jazz em conservatório na Holanda. Ambos os exemplos mostram como a nossa cidade também tem potencial para formar artistas, sobretudo músicos. Fazendo a diferença No âmbito social, demos destaque as instituições que, muitas vezes, cumprem um papel que caberia ao poder público. Sem elas, certamente a realidade da cidade seria outra. Por isso é tão importante valorizar o trabalho de ONGs como o ECOA, a Casa da Bênção e a Faros D’Ajuda entre outras, que foram temas de nossas matérias em 2015. E como o trabalho social é feito, antes de tudo, por pessoas, contamos também sobre a fotógrafa Fabiana Dias que faz um bonito registro de crianças especiais em seus momentos de recreação, mostrando que o diferente é normal. Falamos também das mães do Grupo Amadas, que se juntaram para lutar pelos direitos dos filhos autistas. E foi delas que o Jornal do Meio recebeu um dos melhores retornos em relação às matérias publicados no decorrer do ano, ao descobrir, que graças às explicações passadas sobre sintomas do autismo, uma mãe pode diagnosticar o filho e procurar o grupo. Algo parecido aconteceu em relação à matéria sobre o Candomblé. Descobrimos que uma garota candomblecista que se sentia receosa de assumir sua fé diante dos colegas de escola, passou a se orgulhar de sua religião depois que outros alunos viram a matéria publicada em nossas páginas e começaram tratá-la com mais respeito. Esses casos evidenciam que, quando a imprensa cumpre o seu papel social, todos são beneficiados. Porque é dessa forma que se contribui para quebrar estereótipos e, consequentemente, poder avançar enquanto sociedade. Um ano atípico Em termos políticos e econômicos 2015 foi o ano em que todos paga-
mos pelas escolhas das eleições passadas. Independente de quem tenha votado em quem, presidente, governador, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, eles governam por todos, não só por aqueles de quem receberam votos. Portanto, a obrigação de cobrar atitudes, em todas as esferas do poder, é de todos os cidadãos. Manifestações houveram, aos montes, mas embasamento políticos quanto à reivindicações de direitos e deveres, isso foi bem raro de se ver. Com isso, graças aos analfabetismo político generalizado do brasileiro, o que independe de classe social, o que os políticos têm feito (ou nunca deixaram de fazer) é brigar pelo poder. O que temos visto cada vez mais evidentemente é uma queda de braços entre partidos, e não um projeto político de melhoria do país. Mas, se o brasileiro é conhecido por sempre tentar tirar vantagem em tudo, como poderíamos querer que os políticos fossem diferentes de nós? Eles são o reflexo da sociedade que os elegeu. Como cobrar o fim da corrupção por parte dos políticos, se todos nós cometemos pequenas corrupções diárias? Ou você acha que não devolver o troco que você recebeu a mais, furar a fila do banco ou do supermercado, tentar subornar o guarda de trânsito, parar em vaga de deficiente, colar na prova, sonegar imposto, entre tantos outros exemplos costumeiros da vida brasileira, não é corrupção? Quem foi que deu a você o direito de achar que é melhor que as demais pessoas, ou então que é menos bobo do que é elas e, por isso, merece ter alguma vantagem seja lá no que for? Garanto que os políticos pensam exatamente da mesma forma. Então, a reflexão que deixamos para findar esse ano atípico, ano em que terminaremos mais pessimistas do que começamos e sem muitas perspectivas econômicas e/ou políticas é: para
Exp e d i e n t e Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61. 321/SP) Redação das matérias: Shel Almeida As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
melhorar o país é preciso melhorar a sociedade. Enquanto continuarmos achando que o “jeitinho brasileiro” é algo a ser louvado, seguiremos nos afundando em mais e mais escândalos políticos, porque não irá aparecer nenhum salvador da pátria que, por milagre, irá tirar o país de um novo buraco. Somente nós mesmos, enquanto povo e enquanto nação podemos mudar a sociedade e a maneira de se fazer política. Mas isso, só irá acontecer a partir do momento em que mudarmos nós mesmos, em que olharmos para os nosso próprios defeitos e tivermos vontade e empenho suficientes para isso. Somente quando conseguirmos desconstruir a corrupção que existe em que cada um de nós, corrupção essa que nos foi passada culturalmente, de geração em geração, desde que os colonizadores portugueses deram aos nativos indígenas espelhos em troca de ouro, aí sim, seremos um país livre de corrupção. Até lá, independente de quem estiver governando o país, continuaremos estagnados. Que venha 2016. E, se o mundo não for melhor para a gente, que nós possamos ser melhores para o mundo.
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Um Ano Novo Feliz? Como? Mons. Giovanni Barrese
Numa dessas tantas mensagens natalinas que chegam, um entrevistado fazia diferença entre os verbos esperar e esperançar. Afirmava ele que esperar se refere a uma atitude estática: eu espero algo sem que tome atitude; esperançar seria construir o que se espera. Não vou entrar na discussão se a afirmativa tem validade. Vou servir-me do sentido bíblico da virtude teologal da Esperança. Para situar-me na saga histórica do povo judeu, lembro a figura do patriarca Abraão. Sentindo-se convocado por Deus sai de sua terra sem saber para onde e onde ira firmar-se. Mais: idoso e com esposa estéril lhe é dada a esperança de uma descendência numerosa como as estrelas do céu e a areia das praias. Todavia, os leitores conhecem bem os fatos, cada vez que parece que a Esperança vai se realizar, ela não acontece! Mas ele não duvida continua seu caminho! Séculos passados, acontece o cativeiro da Babilônia. Destruição, morte, humilhações de todo tipo! Surgem os profetas que anunciam ao povo cativo a sua redenção. Renasce a esperança da promessa feita a Abraão! O retorno traz a desilusão da não acolhida por parte dos que estavam na terra e as dificuldades da reconstrução. Os profetas continuam anunciando a certeza de um Redentor. Do Messias. O povo sonhava com um rei à maneira de Davi e Salomão. Os reis decepcionam. Fracos, pensam em si mesmos, são levados pela ganância. Continua a Espera do rei verdadeiro. Quando Este
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nasce revela-se um rei diferente: veio para servir. Não veio para dominar! Entrega a sua vida na morte dada aos malfeitores! Morre a Esperança? Não! Ela continua na vitória Dele sobre a morte! Olhando esta fundamentação da fé dos cristãos e baseados nela é que, a meu ver, podemos sim desejar-nos um Ano Novo Feliz! Certamente ainda estamos um bocado atarantados diante da maneira como os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo encaminharam os acontecimentos mais próximos do ano que se finda. Diante dos desafios e desacertos da Economia e da situação política que se esfarela, nossas autoridades maiores saem em férias! Como cidadão comum não consigo entender como protelar para depois do carnaval aquilo que deveria ser preocupação imediata? Sabe-se que a tranquilidade da economia só acontecerá com o equilíbrio da situação política. Enquanto não se aclarar toda a questão que envolve a responsabilização do Executivo quanto à condução do país e da permanência do presidente da Câmara Federal as coisas ficarão em ebulição. Penso que qualquer empresa que tivesse problemas de gestão teria nos seus responsáveis um trabalho intenso até que a situação ficasse, pelos menos, encaminhada. Parece que a Nação não precisa de pressa! Pode-se esperar! Esta espera , que significa demora, é ruim. Não sei se teremos como avaliar o prejuízo! Nossa Esperança é que, apesar de tudo, se encontrem
caminhos que levem ao equilíbrio. Que se consiga vencer a estagnação da economia e a descrença nos que ocupam cargos públicos! Certamente temos uma chama de bom augúrio porque, de alguma forma, as instituições estão funcionando! Mas o país tem pressa! Sabemos que há gente que perdeu seu emprego. Sentimos que os preços se elevaram. Testemunhamos muitas placas de “Vende-se”, “Aluga-se”, etc. Como ter Esperança num quadro desses? Se refletirmos à luz da opção religiosa, a Esperança deve ser construída na ação efetiva que cabe a cada um e ao todo da sociedade em fazer a própria parte. Este ano nos levará a mais um compromisso eleitoral. Escolheremos, em outubro, os prefeitos e vereadores de nossas cidades. Um excelente momento para colocar a Esperança em prática: buscar aquelas pessoas que, segundo nossa consciência, apresentem a melhor proposta para o Bem Comum. Não elegeremos perfeitos: escolheremos os que demonstram vontade de servir. O segredo está em cada um de nós: fazer a escolha daqueles que julgamos melhores! Pode a Esperança não se realizar plenamente porque falhas existirão. Mas teremos a consciência de ter feito a nossa parte. E isso nos comprometerá em auxiliar aqueles a quem demos nosso Poder a que cumpram da melhor forma sua missão. Com isso o Ano Novo será Feliz! São meus votos a todos!
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Atrás do sonho Maratonista compete apenas com o apoio dos amigos Na primeira edição do ano falamos sobre a persistência do maratonista Valter Pereira, o Rodapé. Corredor amador, só não se tornou profissional porque não consegue viver disso, apesar de viver para isso. Quatro vezes por semana levanta às 4h30 da manhã para correr até as 7h, quando retorna para casa para se preparar para o trabalho oficial de jardineiro. Ele corre por prazer e com apoio de alguns incentivadores. Não tem patrocínio e nem apoio oficial do poder público, apesar de levar o nome da cidade por onde passa. “Já perdi a conta de quantas maratonas participei ou de quantos troféus e medalhas eu tenho. Se eu conquistei esses títulos todos correndo sozinho, apenas com ajuda de amigos, imagine se tivesse sido descoberto cedo, tido o treinamento correto, apoio, patrocínio? Eu já teria ido mais longe ainda, já teria ido correr maratonas fora
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do país”, falou. Reconhecimento “Muita gente veio me dizer que não sabia que eu corria porque nunca me viu no Lago. Ficaram surpresos em saber que eu corro de madrugada. Até gente que eu não conheço veio falar comigo. O pessoal do Guincho Santa Mônica, que é onde eu deixou meus prêmios, também adorou. Vieram me dar os parabéns e brincar porque eu estava na capa do jornal”, conta. Infelizmente, em termos de competições, Valter tem poucas novidades. Participou de apenas uma em 2015. “O pessoal de fora, que costuma me encontrar nas corridas achou até que eu tinha me aposentado. De jeito nenhum! Acreditei que conseguiria ajuda do poder público, mas ainda não aconteceu. Mas não vou desistir por causa disso, ano que vem começo a competir de novo”, diz.
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Casca Grossa Hérica Tibúrcio se tornou Campeã Mundial de MMA Hérica Tibúcrio foi capa do Jornal do Meio em janeiro, depois de se tornar Campeã Mundial de MMA ao conquistar o cinturão peso átomo em uma luta contra Michelle Waterson durante o Invicta FC. Além da maior conquista da carreira até agora, Hérica também recebeu o prêmio considerado o mais importante do MMA, o WMMA Press Awards, na categoria “Luta do Ano”. Além desse, que é oferecido por uma comissão de 7 jornalistas especializados em MMA feminino, Hérica também recebeu o prêmio de Melhor Performance do Ano, graças aos milhares de fãs que votaram nela em um concurso que valia a escolha do público. Reconhecimento local
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Hérica conta, agora, que depois da matéria, mais pessoas a reconheceram pelas ruas de Bragança e vieram lhe cumprimentar pelo título. Ela diz que a matéria também repercutiu muito bem online. Muitos amigos e fãs comentaram e a parabenizaram pela conquista e por sua história de desafios depois de ler nas páginas do Jornal do Meio um pouco mais sobre como ela chegou até a luta que lhe conferiu o prêmio. “É bom perceber que as pessoas estão acompanhando meu trabalho. Foi importante, para mim, que essa matéria tenha saído em um jornal de Bragança por eu ser daqui. Assim as pessoas sentem que eu estou perto delas, acho que por isso se sentem mais à vontade para falar ou acenar para mim na rua” fala.
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Retrospectiva - SindComerciários
Confira algumas das ações do SindComerciários ao longo de 2015
Kit Paternidade - O SindComerciários iniciou o Programa Kit Paternidade para os futuros papais comerciários.
Campanha Salarial - Em setembro, ocorreu a entrega oficial da pauta da Campanha Salarial no estado de São Paulo, após uma manifestação ocorrida na frente da Fecomércio (patronal) que contou com a presença do SindComerciários.
Saúde e Segurança - Ao longo do ano, o SindComerciários deu continuidade ao Programa Saúde e Segurança do Trabalhador Comerciário, sobre as prevenções de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais.
Conquista do Reajuste Salarial - O SindComerciários conquistou o reajuste salarial de 9,88%, sem o parcelamento do mesmo para os comerciários, após negociações com os sindicatos patronais.
Miss Comerciária - Em setembro, o SindComerciários realizou mais uma edição do tradicional Miss Comerciária. Este ano, o evento teve uma grande novidade: a eleição de uma Miss por região.
Selo de Reconhecimento Social - O presidente do Sindicato, João Peres Fuentes, recebeu, no inicio de dezembro, o Selo de Reconhecimento Social da Fecomerciários devido as atuações em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Todas as ações do SindComerciários você pode encontrar no site do Sindicato, além de informações sobre os serviços e benefícios oferecidos pelo SindComerciários www.sindcomerciarios.com.br
Rua. Cel Assis Gonçalves, 774, Centro, Bragança Paulista (11) 2277.3422 contatos@sindcomerciarios.com.br Jornal do meio 829
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Desmitificando o Candomblé Pai Bil conta sobre a religião para que mais pessoas conheçam e respeitem Na edição nº 782, de 6 de fevereiro, o Jornal do Meio teve a oportunidade de entrevistar o Babalorixá Ominzingá Pai Bil de Sangô, do Ilê Sangô Agodô e Yemonjá Sobá, que fez alguns esclarecimentos a respeito do Candomblé. “É uma união dos povos africanos e o canto de assembleia se deu aqui no Brasil. Mas a religião ficou muito mal vista nesse país por causa do jeito como foi mostrada. Quando não tem uma explicação se julga sem conhecer, porque, se conhecer, vai ver que não é nada daquilo. Isso já vem pelos fatores históricos da escravidão, que deixou essa herança para o nosso povo, é por isso que ainda encontramos os grilhões nos prendendo. Mas quando a pessoa busca realmente a história do candomblé, ela vê a verdade. Nós não temos nada de
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maléfico, a diabolização não existe na nossa religião, nós não acreditamos nisso, Exu é tão somente um Orixá. Não temos a figura diabólica porque sabemos que o que existe é a imperfeição do espírito quando nos enchemos de ódio, de vaidade, de orgulho, então precisamos melhorar”. Empoderamento “Essa matéria foi muito importante porque mais pessoas puderam ser esclarecidas a respeito do Candomblé. Todos do Ilê acharam uma maravilha. A matéria chegou inclusive, até uma escola onde algumas meninas que antes tinham receio de falar que são candomblecistas, agora se sentem empoderadas e à vontade, porque passaram a ser bem vistas e respeitadas pelos colegas, que puderam conhecer e entender melhor a religião”, conta Pai Bil.
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Na ponta da caneta Seu Aluízio desenha quadros com caneta hidrográfica Em fevereiro mostramos o belíssimo trabalho feito pelo o senhor Aluízio Monteiro. Arquiteto de profissão e artista de coração, ele retrata paisagens em quadros feitos em placas de MDF usando apenas canetas hidrográficas estilo piloto, e o resultado impressiona. Em um primeiro momento, é difícil de acreditar que tanta sutileza nos detalhes seja feita com canetas comuns. Além de riscar as formas dos desenhos, ele também cria efeitos, como sombras, esfumaçados e contrastes, entre outras técnicas que foi reaprendendo com o tempo, para se adaptar ao uso da caneta. “Eu fui experimentando, primeiro desenhava a carvão nas paredes, depois que eu comecei a fazer os quadros, aí eu
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experimentei o lápis, mas no MDF, não funcionou” contou. Mais desenhos “A repercussão foi muito boa. A matéria agradou muita gente, mas primeiramente a mim. Peguei uns 15 exemplares para distribuir. Muita amigos me ligaram, alguns ainda não conheciam esse meu trabalho com os quadros, ficaram conhecendo por causa do jornal. “conta. Seu Aluízio continua desenhando seus quadros e distribuindo para os amigos. A fila agora ficou maior, porque mais pessoas querem ter uma de suas obras em casa. “Essa matéria marcou a minha história”, fala
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Mulher no volante Primeira taxista na cidade está fazendo história
Na semana do Dia da Mulher, o Jornal do Meio contou sobre Silvana Lima, primeira a exercer a profissão de taxista em Bragança Paulista. Em pouco tempo, com seu jeito gentil e educado, ela conquistou uma clientela fiel, especialmente de mulheres idosas que precisam sair sozinhas e que se sentem mais à vontade com outra mulher. Com atendimento que vai além do transporte de passageiros, ela costuma ajudar as senhoras a fazer compras no supermercado, por exemplo. Silvana conseguiu aumentar a circulação de pessoas nos dois pontos de táxi da Praça Central. “Eu queria ser auxiliar, porque achava que mulher não podia ser taxista, porque não tinha nenhuma ainda. No começo eu tive um pouco de medo com preconceito ou desaprovação,
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mas fui muito bem recebida. As senhorinhas fizeram a divulgação boca a boca para mim. Quando eu comecei, o sindicato me disse que eu iria levar de três a quatro meses para conquistar um clientela, mas já no primeiro mês eu já tinha uma clientela fixa”, contou. Registro histórico “Onde eu ia as pessoas me reconheciam, diziam que tinham me visto no jornal, me abordavam na rua para saber mais sobre o serviço, pediam cartão. Outras ligaram, e acabaram se tonando novas clientes. No ponto, todos os meus colegas compraram o jornal para ver. O pessoal do sindicato também quis o jornal para colocar em um quadro, porque é um registro histórico da primeira taxista da cidade”, fala, orgulhosa.
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Saúde pela prevenção Programa Saúde da Família oferece diversas atividades que ajudam a melhorar a qualidade de vida Na segunda semana de março foi a vez de falar sobre as atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde da Família. Para isso, conversamos com o Educador Físico Anselmo Zago, que atua no PSF juntamente com fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, enfermeiras e agentes de saúde. “O foco principal do nosso trabalho é prevenir usando métodos não medicamentosos de cuidados com a saúde. A população está muito preocupada em passar pelo médico e pegar remédios nos postinhos. Mas, o atendimento que eles podem receber nas Unidades Básicas de Saúde, é muito maior do que isso. No meu trabalho como educador f ísico o foco é mudar o estilo de vida para algo melhor, baseado em alimentação saudável e exercícios f ísicos, a fim de que, assim, o uso de medicamentos pelos pacientes possa diminuir gradativamente”, falou.
Importância Anselmo conta, agora, que os pacientes que atende nos postos de saúde da cidade ficaram muito contentes com a matéria, pois se sentiram importantes. Além disso, segundo o educador f ísico, a procura pelas aulas de hidroginástica oferecida pelo programa aumentou depois que o Jornal do Meio deu destaque ao assunto. “Tivemos que pedir para ampliar os horários e, em menos de um mês, as turmas já estavam lotadas. No momento estou pleiteando mais um horário, pois já tenho uma lista de espera de quatro páginas. Ao meu ver, a matéria foi triplamente importante: para mim, enquanto profissional, para a comunidade que participa do programa, por se ver representada e para a população em geral, que pode conhecer melhor o trabalho do PSF”, analisa.
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Ser diferente é normal Fotógrafa capta imagens para tirar estigma de crianças especiais Em abril pudemos mostrar o bonito trabalho da fotografa Fabiana Dias com crianças especiais. Além de sensibilidade, ela tem a experiência pessoal de conviver com uma dessas crianças, o irmão gêmeo Fábio, o Binho. “Sempre foi muito natural para mim participar da vida dele. Conforme eu fui crescendo, fui buscando aprender mais coisas sobre a síndrome de Down. Fui pesquisando para entender ele melhor. Muitas pessoas não entendem e não procuram entender, às vezes pessoas da própria família. Quando vou fotografar as crianças, faço enquanto estão sendo elas mesmas, nada posado, assim se sentem mais à vontade. E depois adoram se ver nas fotos. Dessa forma consigo captar imagens mais naturais, registrar momentos de alegria, de descontração, para que as pessoas que não convivem com crianças especiais percebam que eles são normais, só
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são diferentes. A minha intenção com esse projeto, com essas imagens é isso, tirar esse estigma, contribuir para que a sociedade olhe para eles de forma mais natural”, explicou. Visibilidade “Eu gostei muito da matéria porque o tema foi abordado de maneira natural. O Binho e as demais crianças adoraram, ele se achou o máximo. Matérias assim são importante para crianças especiais pois elas se reconhecem, se identificam e, mesmo que não entendam muito bem, se sentem representadas. As mães gostaram muito também. Só disseram que é uma pena que apenas um jornal fale com naturalidade sobre o tema. Elas sentem falta desse espaço na imprensa, gostariam que fosse algo mais constante, porque é um assunto que ainda precisa de mais visibilidade”, fala.
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Parte da história Lúcio Grottone fez história no boxe brasileiro
Na edição nº 791 tivemos a oportunidade de conhecer o senhor Lúcio Grottone, ex-pugilista que representou o Brasil nas Olimpíadas de 1952, na Finlândia, conquistando o 4º lugar na categoria meio pesado. Na curta carreira que durou de 1946 a 1953, foi Campeão Paulista e Brasileiro em 1950 e 1951, e Campeão Sul-americano em 1952 e 1953. Participou, ainda, da primeira edição dos Jogos Panamericanos na Argentina em 1951, onde conquistou a medalha de prata ao perder por pontos na luta final para o argentino Reinaldo Ansoloni. “Eu mandava uma esquerda formidável. Os outros pensavam que a minha esquerda era só para marcar, eu os surpreendia, depois vinha e mandava a direita. Nunca perdi por nocaute, sempre fui muito bem”, contou.
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Natural de Santos, Seu Lúcio está vivendo em Bragança há pouco tempo, na companhia do filho e da nora. Braços abertos Seu Lúcio conta que gostou muito do resultado da conversa com o Jornal do Meio. “A matéria que você escreveu tocou profundamente em mim, fiquei muito emocionado. Eu também não esperava tanta repercussão, fui recebido de braços abertos pela cidade. Nas minhas caminhadas no Lago do Taboão, pessoas me paravam para me cumprimentar, para comentar a matéria e me parabenizar pela minha carreira no esporte. Meus familiares em Santos também gostaram muito, ficaram muito contentes, como eu”, fala.
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Mãe do Século 21 Não é fácil ter que deixar o bebê na escolinha para poder voltar a trabalhar
A matéria do Dia das Mães falou sobre uma nova realidade das mães da geração atual: ter que deixar o bebê na escolinha desde muito cedo para poder voltar ao trabalho, quando se encerra a licença maternidade. Para saber como é esse processo de ruptura, desapego e confiança falamos com Cássia Nascimento e Ana Paula Gonçalves, mães de Jennifer e Miguel, respectivamente. “Querer mesmo eu não queria, mas a realidade era essa, eu teria que voltar a trabalhar. No primeiro dia eu chorei muito. A mãe sempre sente mais. É difícil saber que outra pessoa fica com ela mais tempo do que você. Eu sei que ela é bem cuidada mas o que eu queria era poder acompanhar essa fase. Até hoje eu não acostumei muito ainda com a ideia”, disse Cássia. “Quando eu estava grávida, achava que seria mais fácil. Mas depois que nasce aí o sentimento é terrível. Na primeira vez parece que estão arrancando um pedaço. No começo era mais difícil do que é hoje, porque eu não estava participando das principais coisas da
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vida deles. Mas aí comecei a cuidar de outras crianças e isso é muito gratificante. Na escolinha as crianças precisam se sentir acolhidas, à vontade, ter confiança na gente. Eu trato todas elas como desejo que o meu filho seja tratado”, contou Ana Paula, que passou a trabalhar em uma creche no começo do ano. Representatividade “A matéria ajudou a retratar um pouco do que é ser mãe hoje em dia. Muitas mães passam por isso e se enxergaram ali. Outras optam por procurar um trabalho que possa ser feito em casa, para que, dessa forma, continuem cuidando do filhos. A Jennifer adorou, ficou apontando para o jornal e dizendo: mamãe”, fala Cássia. “Para mim foi um privilégio poder falar sobre maternidade e também representar uma parcela das mães de hoje. O Miguel ficou encantado, tive que esconder o jornal dele, senão iria acabar rasgando, de tanto que ficava olhando”, conta Ana Paula.
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De olho na medalha Andressa Morais se prepara para a segunda Olimpíada da carreira Maio foi o mês de contar sobre mais uma atleta olímpica que vive em Bragança, Andressa de Oliveira Morais, Campeã Ibero-Americana, Campeã Sul-Americana e Campeã Brasileira no Lançamento do Disco. Vivendo na cidade desde 2008, ela coleciona títulos na carreira de mais de 10 anos, que começou quando tinha apenas 14 anos. Apesar de todos os sacrif ícios que enfrentou depois de deixar a terra natal, Paraíba, onde foi descoberta, ela vem conseguindo atingir seus objetivos: já é uma das melhores do mundo e espera conseguir a tão sonhada medalha olímpica em solo brasileiro. “Primeiro tenho que focar na final. Conseguindo chegar lá, não tem ninguém melhor nem pior. Aí lá, eu vou brigar por uma medalha. Mas tenho que estar preparada para tudo, se não conseguir ter paciência
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para esperar a hora certa, ainda terei outras Olimpíadas. O índice eu já tenho e vai ser dif ícil que alguém ultrapasse a minha marca, então a vaga já está garantida”, falou. Olimpíada “Eu gostei da matéria, achei bem legal. Acho importante destacar meu trabalho e o fato de eu treinar aqui. Mas as pessoas ainda não me reconhecem na cidade, o esporte que eu faço não é tão popular”. Desde que falou com o Jornal do Meio, Andressa participou do Pan Americano, onde ficou em 5º lugar, No Mundial ficou em 15º lugar e no Mundial Militar conquistou a 2ª colocação. A meta agora é: se concentrar para a Olimpíada do ano que vem, segunda na sua carreira. Será que, se Andressa conquistar uma medalha, os bragantinos ficarão mais atentos ao atletismo?
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Pelo direito de ser diferente Mães de autistas se unem e formam o Grupo Amadas, para lutarem em nome dos filhos Em junho o Jornal do Meio entrevistou as mães do Grupo Amadas para falar a respeito do Dia Mundial do Orgulho Autista, celebrado no dia 18/06. Para elas, o grupo tem o objetivo de fazer com que se unam e se mobilizem por um objetivo comum, além de poderem se apoiar umas nas outras. “No momento, a nossa intenção como grupo é que as famílias de crianças e jovens autistas venham se juntar a nós, que venham trocar ideias e experiências. Nós, quando recebemos a notícias de que nossos filhos são autistas ficamos sem chão, não sabíamos para onde ir. Isso depende muito de nós, de colocá-los na sociedade” falou Inezita Prandini, uma das fundadoras do grupo. Papel social De acordo com Clélia Oliveira Santos, uma das mães do grupo, a matéria ajudou a fazer com as pessoas tivessem interesse em participar da 1ª Caminhada do Orgulho
Autista, realizada no dia 21/06. “A comunicação feita pelo jornal foi muito importante para que as pessoas fossem até o evento buscar mais informações sobre o autismo. E foi importante para nós, porque tivemos a participação de cerca de 300 pessoas. É muito bom essa retorno, por saber que mais pessoas estão apoiando a nossa causa e de nosso filhos”, fala. Para Patrícia Borges, também integrante das Amadas, a matéria foi importante para que o trabalho do grupo ficasse conhecido. “Eu tive muito retorno por telefone e e-mail. Na escola do meu filho, Nicolas, mães de crianças não autistas vieram conversar comigo, querendo saber mais sobre o assunto. Outra coisa muito importante que aconteceu foi que uma mãe depois de ler a matéria, começou a notar sintomas no seu filho e procurou o grupo. É fundamental que a imprensa cumpra essa papel social”, fala.
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Tradição no Samba Série documental com a Memória do Samba Bragantino
No Jornal do Meio, junho foi mês de samba. Mostramos um pouco da história do ritmo em Bragança depois de uma entrevista com a historiadora, musicóloga e musico-psicoterapeuta Elenice Amaral Baratella, que produziu a série documental com cinco episódios “Memória do Samba Bragantino”, disponível em seu canal no You Tube. “Nós temos, uma história muita intensa que envolve o samba e as pessoas envolvidas com Escolas de Samba em Bragança. É importante contar e registrar essas memórias porque isso é uma cultura e é assim que as Escolas de Samba devem ser encaradas, como uma proposta cultural, que envolve muito conhecimento e muitas pessoas que trabalham em prol da
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perpetuação do samba. Eu sou a favor que o samba seja preservado e respeitado como tal patrimônio histórico”, explicou. História de Bragança Elenice conta que, algumas das histórias de bastidores que foram publicadas surpreendeu até mesmo pessoas envolvidas com o samba. “Vários conhecidos que vieram falar comigo disseram que não sabiam de todas as histórias. Essa matéria foi importante, também, pois muita gente ficou conhecendo o projeto dessa forma. O jornal leva até as pessoas o que está acontecendo na cidade. É um registro da história de Bragança, que é o que eu estou tentando fazer com esse projeto também”, fala.
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Teoria da Evolução Produção internacional rodada na Amazônia tem bragantinos entre os produtores Um filme que irá apresentar a prova de que a Teoria da Evolução, de Charles Darwin veio do Brasil, foi assunto do Jornal do Meio em julho. Com dois bragantinos na equipe de produção, Anderson Viper e Rogério Umeoka, o filme “Amazon Adventure 3D” dirigido por Jonathan Barker, um dos maiores especialista em tecnologia IMAX, será o primeiro filme rodado dessa forma no país. “A tendência é que o filme traga questionamentos e que, quem sabe, mexa com o mundo científico acadêmico. O importante é que ele irá fomentar a discussão. O mérito do filme será a surpresa, porque iremos ser questionados sobre o que realmente conhecemos da Amazônia e também sobre a Teoria da Evolução. A produção pretende usar computação gráfica o menos possível. Acreditamos que todo mundo que assistir
poderá se sentir dentro da Amazônia. Será realmente surpreendente”, destacaram os produtores. Expectativa “A repercussão foi muito boa. Depois da matéria, algumas pessoas nos procuraram para saber mais da tecnologia IMAX. Gerou, também, uma expectativa em saber se será possível ver o filme no cinema. Mesmo sabendo que a exibição será em Museus de História Natural, as pessoas esperam que os cinemas também recebam o filme. A matéria nos deu um retorno bem legal na cidade, contribuiu para que o nosso trabalho fosse conhecido por aqui. Teve quem veio falar com a gente porque ficou contente em saber que uma produtora bragantina está envolvida em algo desse porte”, conta Rogério.
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Financiando um sonho Jovem Músico conquista bolsa de estudo em Conservatório Holandês, Lucas Figueiredo está em campanha de financiamento coletivo para conseguir estudar fora do país Na última edição de julho contamos a história do jovem saxofonista Lucas Figueiredo, que recebeu uma bolsa de estudos para cursar Bacharelado em Jazz no Conservatório de Amsterdã e precisava de apoio financeiro para conseguir fazer a viagem. Para buscar seu objetivo o músico abriu uma campanha de financiamento coletivo online, além de realizar um show na Casa de Cultura a fim de arrecadar fundos. “A frustração que eu sinto, é a de querer realizar e não conseguir chamar tanto a atenção para conseguir um patrocínio. Eu tenho 21 anos, sou estudante de música e não tenho influência nenhuma de poder chegar em uma empresa e oferecer os meus serviços. Eu tenho muita coisa para oferecer,
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musicalmente falando, só que não agora, O retorno de um investimento em mim é a longo prazo”. Desabafou, na época. Sonho alcançado Lucas pretendia ir para a Holanda em setembro mas, por conta do visto, só conseguiu viajar em outubro. “Eu acabei saindo do Brasil com um mês de atraso, mas deu tudo certo. No começo é dif ícil mas, mesmo assim, está sendo incrível. A matéria que vocês fizeram ajudou a dar visibilidade para a minha campanha, principalmente online. Repercutiu bem, gerou visibilidade, além de comentários e compartilhamentos no Facebook. Muito obrigado pelo carinho e atenção que tiveram comigo”, fala.
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Em tempos de crise Matéria sobre consultoria financeira apresentou colunista
Na edição 809, 14 de agosto, apresentamos o consultor financeiro José J. B. Freire que, a partir da semana seguinte, passou a assinar a coluna Novos Rumos, no Jornal do Meio. “Meu foco de vida profissional e de estudo sempre foi voltado para as empresas. Hoje eu tenho uma empresa de consultoria e assessoria empresarial. O objetivo desse tipo de prestação de serviço é trabalhar dentro de cada empresa aquilo que se tem de oportunidade. O trabalho começa sempre tentando descobrir qual é o problema que está afetando a empresa, se aprofundando na causa raiz. É preciso saber muito bem qual é o problema, porque se você erra isso, qualquer solução que encontrar não irá trazer um resultado efetivo. Depois de achar o problema, ele é transformado
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em execução, trazendo soluções tanto de dentro como de fora da empresa. O sucesso é perceber o quanto a empresa, durante o processo de consultoria e assessoria conseguiu evoluir e o quanto ela consegue fazer isso sozinha”, explicou Benef ício “A matéria foi interessante para apresentar e dar embasamento para a coluna, que foi crescendo gradativamente. Foi um incentivo para que as pessoas quisessem ler. O feedback veio por e-mail, o retorno pessoal foi perceber que a coluna é lida, mas o alcance foi razoável. Acredito que, com essa matéria, o jornal se beneficiou por poder abordar um assunto relevante e atual”, fala.
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Dos tempos da Vó Dona Sueli gosta de reunir à família em volta da mesa A matéria de 28 de agosto falou sobre aquela lembrança de infância que quase todo mundo tem, a comida feita pela avó e tudo o que ela presenta: as reuniões de domingo, a casa cheia de gente, os primos que não se via com frequência e, ainda, aquele cheiro tão característico de comida feita na hora, que invadia o espaço e que permanece na memória. Mesmo que não seja mais algo tão comum hoje em dia, há quem ainda cultive o costume de cozinhar para receber a família como a Senhora Sueli Del Roio Vasconcellos. “Em casa isso sempre foi uma tradição, e continua assim até hoje. Antes os almoços aconteciam na casa dos meus pais, depois passou a ser aqui em casa, porque eu gosto muito de cozinhar. Para esses almoços, a gente faz tudo, não compra nada pronto.
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Fazemos as sobremesas, a entrada, os aperitivos. Diversificamos bastante e sempre é uma surpresa, eu não conto antes o que vai ser. Quem vem fica tentado descobrir o que vou servir”, contou. Resultado positivo “A repercussão foi muito positiva. Todo mundo gostou muito da matéria. Muitos amigos me enviaram e-mail e telefone para contar que leram e que adoraram. Um deles até veio em casa para dizer que lembrou da própria avó. Uma moça disse que depois que leu a matéria chamou os filhos para irem almoçar com ela, coisa que não faziam mais. Eu fiquei muito emocionada, nunca imaginei que seria assim, que tanta gente iria ver e me parabenizar”, conta D. Sueli
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Amor da Pátria Bragança tem a terceira Loja Maçônica mais antiga do estado
Na edição nº 812, de setembro, apresentamos a matéria feita com Paulo Bertolini, Presidente da Loja Maçônica Amor da Pátria, a mais antiga de Bragança e terceira mais antiga do Estado de São Paulo, fundada em 1833. Ele explicou um pouco sobre o que é a maçonaria e pelo o quê a instituição trabalha e enfatizou que, ao contrário do que o imaginário popular acredita, a maçonaria não é uma sociedade secreta, mas sim uma sociedade discreta. “O que a maçonaria busca é o progresso do ser humano e da sociedade. Esse é um dos principais objetivos: conseguir que a pessoa se desenvolva, para que ela consiga se auto construir, e isso vem muito da ideia do pedreiro, que está construindo a sociedade, a pessoa está se auto lapidando. Você recebe uma pessoa aqui que precisa ser melhorada, essa pessoa irá melhorar por meio desses
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estudos filosóficos, da filantropia e do progresso pessoal. Então você consegue devolver para a sociedade uma pessoa melhor e, assim, ela vai ajudar a melhorar a sociedade. Por isso muito da nossa simbologia são os símbolos que eram nada mais do que as ferramentas de trabalho dos pedreiros”, falou. Esclarecedora “A repercussão foi muito boa. Muitos amigos que não são da loja vieram comentar sobre a matéria. Falaram que conseguiram entender melhor o que é a maçonaria, que muita coisa foi elucidada e descobriram coisas que não conheciam e nem imaginavam. O pessoal da loja também gostou muito, até mesmo aqueles que preferem permanecer mais discretos. O retorno que tivemos foi esse, de que a matéria foi esclarecedora”, conta Paulo.
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Vida de aventuras Nem a deficiência visual de Rogério o impediu de deixar tudo em Bragança e ir para o Acre Em setembro contamos a história do aventureiro Rogério dos Anjos, que se arriscou em algo novo e mudou os rumos da vida. Ele, que é músico, deixou banda, grupo de maracatu, família e amigos em Bragança e foi para o Acre, a fim de se aprofundar no conhecimento medicinal indígena, em especial no rapé, pó produzido a partir da mistura do tabaco e diversas outras plantas e que tem por finalidade ajudar em problemas respiratórios e alérgicos, entre outras coisas. Para Rogério, o desafio de sair de uma região urbana e tão próxima de São Paulo para viver em local tão diferente em meio à natureza foi um pouco maior, pois ele é deficiente visual. “Quando eu gosto de uma coisa, me jogo de cabeça. eu descobri o rapé em abril do ano passado, em julho já estava no Acre. Pego o ônibus em São Paulo e vou direto. A única dificuldade é na hora das paradas pelo caminho, para esticar as pernas e ir ao banheiro, porque não é todo mundo que está disposto a ajudar. É mais fácil quando eu viajo acompanhado de alguém, porque aí não preciso
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ficar pedindo ajuda para desconhecidos. O engraçado é que quando estou sozinho, eu percebo que as pessoas não fazem ideia de que eu não enxergo. Muita gente que não é deficiente diz que fica admirado porque eu sou cego e faço muita coisa, e eles que não são, não fazem nada. O que eu sinto, às vezes, é que, quem não me conhece chega a sentir pena de mim. Mas, na verdade, eu é que sinto pena dessa pessoas. Enquanto estão aí com dó de mim, eu estou viajando e curtindo”, falou. Por onde anda “Alguns conhecidos vieram comentar que me viram no jornal, ficaram mais curiosos sobre as viagens que eu faço depois disso. Minha mãe, que da primeira vez que eu fui para o Acre ficou morrendo de medo, agora já aceitou e ainda achou o máximo que tenham feito uma matéria comigo sobre isso. Todo o pessoal que viu gostou bastante porque puderam entender melhor o que eu ando fazendo e saber por onde eu ando quando não estou em Bragança”, fala.
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Influência que vem do leite Alimentação da mãe afeta diretamente a saúde do bebê A primeira edição de outubro falou sobre a importância da alimentação saudável para mulheres grávidas e/ou em fase se amamentação. Em conversa com o Jornal do Meio a Nutricionista Funcional e Fisioterápica Gisela Magrini explicou: “A mãe tem que ter um cuidado maior com o que escolhe para se alimentar. A partir do momento que se descobre grávida, a mulher precisa ter foco. Se ela não estiver nutricionalmente equilibrada, ela não terá uma qualidade de nutrição para oferecer para o bebê durante a gestação e nem no leite, durante a amamentação. É preciso ter o bom senso de entender que tudo o que vai fazer mal para a mãe se ela ingerir, vai fazer mal para o bebê”.
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Objetivo atingido “Antes mesmo de eu ir atrás do jornal na banca, as pessoas já me contataram para dizer que tinham visto e gostado. Minha nora, que é pediatra, também recebeu retorno a respeito da matéria. O objetivo de abordar esse assunto foi atingido. É necessário reforçar, sempre que possível, que o aleitamento materno é a melhor opção para o bebê, pois é a garantia de que tudo o que a criança precisa será suprido. Por isso é muito importante que as mães tomem muito cuidado com o que comem e que sempre busquem orientação a respeito disso”, fala Gisela.
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Muito além de outubro Em três anos, situação em relação ao câncer de mama em Bragança piorou
Três anos depois de conversar com o Médico Mastologista Dr. Anastasio Barrettini Junior a respeito do Outubro Rosa, o Jornal do Meio o entrevistou novamente para falar do assunto. O que ele contou, dessa vez, é que de lá para cá, a situação piorou. “A população está envelhecendo e, nesse período, um grande número de mulheres entrou na faixa dos 40 anos. Em Bragança, infelizmente, ainda existe uma dificuldade muito grande em relação às mulheres irem fazer a mamografia. O que percebemos é que no Brasil existem alguns locais em que acontecem avanços e em outros não, como se vê por aqui. É uma situação cultural. É aquela coisa, vai deixando para depois, já que não está sentindo nada. E com isso, geralmente, as mulheres mais jovens descobrem tumores maiores, por causa desse costume de “deixar
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passar” o tempo” falou. Susto “A repercussão foi ótima. Várias pacientes vieram comentar comigo que viram o jornal. Disseram que lembram da matéria que fizemos em 2012 e ficaram assustadas em saber que a situação piorou. Mas tocar nesse assunto de novo foi muito esclarecedor para as pessoas em geral porque quem não convive com a doença não lembra como a realidade é dolorosa. Se não fosse as informações passadas pelos jornais, nós médicos estaríamos apenas enxugando gelo. É preciso que se fale sobre o câncer de mama com frequência, para que pessoas tomem consciência que essa é uma doença que não escolhe idade, nem classe social, nem nacionalidade, nem nada”, enfatiza.
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De Bragança para o mundo Banda Vitrola Sintética ganha repercussão internacional com indicação ao Grammy Latino Novembro foi o mês que a banda Vitrola Sintética concorreu ao Grammy Latino e também quando falou ao Jornal do Meio sobre a inesperada indicação dupla, como Melhor Artista Revelação e a Melhor Engenharia de Gravação. O grupo formado por Felipe Antunes, Rodrigo Fuji e Otávio Carvalho teve seu início em solo bragantino e hoje é um dos nomes da Nova Cena Paulista. Com três discos lançados a banda vem trilhando uma carreira promissora no cenário independente. Para o grupo, o que tem sido muito importante nesse momento de indicação ao prêmio é o reconhecimento. “As pessoas têm enviado mensagens dizendo que sabem que essa conquista é fruto de muito trabalho. É interessante que estejam reconhecendo a arte como um trabalho”, disse Rodrigo. “A nossa configuração é essa, completamente independente, gravamos o disco com a ajuda de financiamento coletivo, então ele foi direto para as pessoas, não teve intermediário. As pessoas que contribuíram se sentem parte disso, e nós
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fazemos questão de contar. O lançamento foi na rua, porque nada mais justo que fazermos um show direto para as pessoas, para retribuir”, falou Felipe. Reconhecimento “Foi algo bem bonito. Para nós, enquanto banda, foi bem legal porque a matéria falou da gente de uma maneira mais próxima. As pessoas nos conhecem aqui e se sentem parte disso também. Ter esse reconhecimento e visibilidade na cidade onde a gente começou é muito importante”, fala Felipe. ‘‘Nós gostamos muito, principalmente da maneira em que fomos colocados no contexto de Bragança, dentro de um cenário artístico/musical. Gostamos muito da capa também, chamou muito a atenção e fez ficar mais interessante o que viria depois. Quando eu fui procurar na banca, não achei, mas um amigo me viu e veio comentar que gostou e que tinha guardado o jornal para mim. As pessoas ficaram felizes pela gente também”, conta Rodrigo.
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Novembro Azul Homens estão mais conscientes sobre a necessidade do exame de próstata Novembro foi o mês do combate a câncer de próstata e o assunto foi tema de matéria no Jornal do Meio. Conversamos com o Médico Urologista Dr. Nilton J. de Oliveira, que contou sobre como a doença é encarada hoje. “O mito em relação ao exame de toque tem mudado, hoje os homens querem fazer o exame. Eles ficam sabendo que outros também fizeram e que não tem nada de mais, então aparecem.. É verdade, também, que grande parte vem a acompanhado da mulher, elas encorajam e exigem que eles façam. Eu acho que, hoje, o maior problema não é nem a questão do mito da masculinidade, isso já mudou. O maior problema hoje é mesmo o acesso, principalmente para a classe de baixa renda. Um indivíduo que terá que ser atendido pelo SUS, vai ter que ser um paciente insistente. Por mais que o acesso à saúde tenha melhorado com o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), ele marca a consulta e vai ter que
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esperar meses depois para ser atendido. Nos pacientes que são atendidos pelos SUS, infelizmente, quando se descobre a doença, já está em estágio mais avançado. O ideal é descobrir a doença no início. Quem é da classe média, tem um plano de saúde ou consegue pagar uma consulta, acabada descobrindo a doença no inicio e a chance de cura é maior” falou. Alerta Para Dr. Nilton é sempre importante que a imprensa faça matérias sobre campanhas como o Novembro Azul, porque quanto mais visibilidade melhor. “Hoje não há quem não saiba que é preciso fazer o exame anualmente, mas acabam deixando passar, não se programam e esquecem. Então, quando o assunto sai na mídia é um lembrete e um alerta. Eu gostei da matéria, achei que fluiu bem, ficou elucidativa. Cumpriu seu papel de explicar mais sobre o assunto”, diz Dr. Nilton.
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de dedicação aos animais Faros D’Ajuda comemora uma década de atividades, mas sabe que anda há um longo caminho a percorrer Em Dezembro a Associação de Proteção Animal Faros D’Ajuda completou 10 anos de atividades. E, novamente, foi capa do Jornal do Meio, assim como aconteceu na sua fundação e no decorrer desse período. Para fazer um balanço sobre o que mudou - ou não - de lá para cá, conversamos com a Sócia Fundadora, Presidente Voluntária e Protetora Márcia Davanso. “No cenário da proteção animal, dá para ver que houve bastante evolução, muito mais envolvimento por parte da população. As pessoas começarem a entender um pouco melhor o que é bem estar animal. As próprias protetoras independentes se organizaram, as ONGs cresceram e se estabeleceram de uma forma adequada, melhoraram as formas de atuação, cada uma em uma linha específica. Só que eu ainda não vejo mudança significativa para o animal. Boa parte das pessoas continuam abandonando por motivos fúteis, essa cultura, infelizmente, não mudou. O perfil do abandonador não mudou, isso permanece. E, ao mesmo tempo que a população se
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mobilizou, se fortaleceu e evoluiu, o Estado em si, não. Porque o animal, na Constituição Federal, continua sendo aquele ser inferior que é de responsabilidade do Poder Público. O ser humano ainda é superior ao animal em todas as situações. Não existem políticas públicas para fortalecer essa mudança que vem acontecendo”, avaliou Confiança “O pessoal da Faros gostou bastante da matéria porque ela elucida a nossa forma de trabalhar. Muitas pessoas não entendem que, o que a gente faz, é cuidar do animal de rua doente, e isso ficou bem claro no texto. Eu achei que o resultado foi muito bom, várias pessoas que frequentam a clínica viram e comentaram. A imprensa normalmente noticia as ações, mas quando a gente encontra um jornal como o Jornal do Meio, que simpatiza com a causa e nos dá espaço dessa forma, é sinal de confiança no nosso trabalho”, diz Márcia.
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Além das expectativas Para as, agora esposas, a felicidade de realizar o tão esperado casamento com o qual sonharam tanto, vai acompanhá-las ainda por um bom tempo O Jornal do Meio terminou o ano conferindo de perto o Casamento Comunitário que aconteceu em Bragança no começo de dezembro. E, além de estar presente na cerimônia, ainda conversou, anteriormente, com três dos 75 casais contemplados pelo Fundo Social de Solidariedade. Para Édio Carlos Alves Marinho e Márcia Aparecida Cardoso, o casamento comunitário representou a possibilidade de formalizar a união de 13 anos que, mesmo entre inúmeras dificuldades, permaneceu forte. “Minha filha está muito feliz com o nosso casamento porque queria o pai por perto. Eu sempre quis que desse certo, casar era o que a gente queria desde o começo”, disse Márcia. Já para Dener Franklin Papa Silva e Tatiane da Silva Trevinio, casal mas jovem entre todos os participantes, a união celebra o percurso que pretendem percorrer juntos. Além disso, os pais da moça, Pedro e Simone, também estavam entre os casais que participaram do casamento. “Para nós é algo muito feliz, porque o sonho da minha mãe era ver a filha casada e o meu sonho era ver minha mãe casada. Não imaginávamos
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que isso aconteceria no mesmo dia”, disse Tatiane. Para Rosângela e José Wilson o casamento comunitário foi onde, finalmente, puderam oficializar o amor que os acompanhou por toda a vida, 32 anos de união. “Com ele eu construí uma família. Quando soube que poderíamos participar do casamento comunitário eu chorei muito. Lembrei da minha mãe que sempre quis me ver casada, mas já não está mais aqui para presenciar esse momento”, falou Rosângela. Mais do que o esperado “Achei tudo muito bonito, gostamos muito da festa. Estamos contente com o casamento, em poder realizar esse sonho”, diz Márcia. “Foi tudo muito bonito, nós gostamos muito, foi bem diferente do que imaginávamos. Meus pais também gostaram, estamos todos muito felizes”, fala Tatiane. “Foi tudo maravilhoso, estou encantada até agora. Esse casamento superou as minhas expectativas, foi um presente de Deus”, afirma Rosângela.
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