Braganรงa Paulista
Sexta
7 Outubro 2016
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jornal do meio
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Para pensar
Jornal do Meio 869 Sexta 7 • Outubro • 2016
As crises das vida podem
gerar saltos qualitativos Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr. por dESEMBARGADOR mIGUEL ÂNGELO bRANDI JR
Este é o terceiro e último artigo que apresento, em mais uma curta oportunidade de substituir Monsenhor Giovanni Barrese, a quem agradeço a confiança. Continuo na trilha das duas primeiras provocações, ou seja, tentando projetar uma perspectiva positiva da e para a vida, tentando oportunizar uma reação pró ativa. Proponho algo em torno do significado da expressão “crise” e do significado dessa circunstância para cada um de nós. Mais importante: proponho um repensar do que isso significa e pode significar. De tempos em tempos parece que “precisamos” de uma crise. Seja pessoal, seja social. A meu sentir, isto está diretamente ligado a nossos hábitos, a nosso pensar e nosso sentir. Está ligado à nossa cultura. Tanto influenciam nossas condições e características pessoais, quanto o ambiente que nos cerca. Penso que situações de crise podem ser instaladas, a partir apenas de nossas situações pessoais, nossa visão de mundo, a perspectiva que temos da
vida, das pessoas com quem nos relacionamos, os conceitos que construímos a respeito de todas as circunstâncias que nos cercam e nos influenciam. Também tem particular influência os componentes da fé, as motivações e conteúdos daquilo em que cremos. Todo esse conjunto de situações interferem e até determinam a percepção que podemos ter de uma crise, seja ela de dimensão for: pessoal, familiar, social. E determinam, certamente, as repercussões que essas situações terão em nossas vidas. Mas uma coisa me parece possível de dizer: de tempos em tempos parece que necessitamos de uma crise na vida. Como o tempo de poda para as plantas, natural ou produzida pelo homem, compõe a vida em natureza, a crise a que me refiro pode ser tida como algo integrante da vida das pessoas. As vezes trazida por atitudes daqueles que estão próximos de nós, as vezes por pessoas mais distantes, as vezes por mecanismos sociais, o fato que há situações de crise que nos afetam e afetarão independente
de nossas vontades. Mas quero me referir também e particularmente àquelas “crises” produzidas em nós. Produzidas pelo tecido social. Tenho a percepção que muitas delas contêm elementos que interessam a um grupo ou mais. Por exemplo, as chamadas “crises econômicas”. Podem vir de desacertos governamentais. Mas podem vir provocadas por setores da atividade econômica que, ao final, terão alguma vantagem sobre nós todos. Nesse tema da “cultura da crise”, papel fundamental exercem as mídias, os meios de comunicação, seja de que natureza forem. Penso ser necessário que tenhamos sempre um olhar crítico diante de tudo que vemos, lemos e ouvimos das mídias. É necessário construirmos um aparato crítico diante disso. Isso pode ser feito, por exemplo, através de uma busca de diversas fontes de informação, sempre conferindo a característica da própria mídia que estamos acessando. Importante me parece nos capacitarmos para a obtenção de informações. Claro que isso não
basta para construirmos um aparato pessoal consistente de assimilação dos fatos da vida. Há os ingredientes pessoais que também hão de ser sempre revistos: nossos medos, nossos conceitos e preconceitos, nossos conteúdos culturais etc. Minha provocação última é para que nos disponhamos a um revisar de nossos comportamentos diante das crises que nos aparecem na vida. Especialmente aquelas que nos chegam provocadas pelo contexto sócio-político em que vivemos. Na medida em que busquemos adquirir e utilizar ferramentas que nos ajudem a entender bem e melhor as tais crises da vida, certamente teremos melhores condições de assimilá-las e principalmente de reagir diante delas. E a reação diante da crise me parece elementos fundamental. Podemos nos acomodar e aprofundar conceitos e preconceitos. Podemos aproveitar a crise para rever esses ingredientes. Podemos dar um salto positivo a partir das crises. Oxalá consigamos chegar ao ponto de fazer das crises da vida um momento especial para
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As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
crescimento pessoal, familiar e social. Como as podas das plantas a que me referi. De uma perda, de um momento de tensão, difícil, talvez possamos, com um pouco de esforço, mais cedo ou mais tarde, produzir frutos maravilhosos. Miguel Angelo Brandi Júnior.
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Informe Publicitário
Casa cheia, reservas esgotadas, filas de espera, público participativo e vibrante. Este é o cenário mais comum nos dias de show desta banda que há mais de quatro anos tem agitado as noites das melhores casas de nossa cidade e região. O nome KZA 55 (leia-se Casa 55) vem do endereço do imóvel que abriga um pequeno estúdio em que os 5 integrantes se reúnem semanalmente em torno de um repertório com foco em POP ROCK ANOS 80.
Breve histórico
Apesar da proposta da Banda em realizar apenas 12 shows no ano (um único show mensal), a banda KZA 55 realizou 18 apresentações em 2015. Isto se deve aos “extras” que a banda acaba assumindo além dos já agendados como Casamentos, Bodas, Aniversários, Beer Fest, entre outros.
Integrantes e mudanças
Contando com 5 músicos, recentemente a Banda mudou 2 de seus integrantes e passa a contar com a seguinte formação. Alexandre Consolim (guitarra, vocal de apoio e arranjo musical), Arnaldo Consolim (teclados e vocal de apoio), João Bosco Vasconcellos (bateria), Luis Fernando (contrabaixo) e Thaty Domingues (vocal principal). Quanto as mudanças, Thaty Domingues assume o vocal principal da banda e o contrabaixo passa a ser responsabilidade do experiente Luis Fernando. Eventualmente a Banda conta com participações especiais como a do guitarrista e músico paulistano Mário Arabian que foi aluno e compadre de um dos melhores guitarristas do Brasil, o saudoso Wander Taffo da Banda Rádio Táxi nos anos 80.
Formada em março de 2012, a banda KZA 55 fez uma pequena apresentação em junho deste mesmo ano no São Gabriel Music Bar. Oficialmente o KZA 55 fez seu show de lançamento em uma noite memorável de 25 de Agosto no Santa Bar. Mas a casa que realmente alavancou este grupo foi o Acervo do Tuzzi. Após ter lotado o Acervo em um concorrido show realizado no dia 8 de dezembro, houve necessidade de se abrir um show extra que seria realizado do dia 22 do mesmo mês para atender a grande procura do primeiro evento. O Acervo do Tuzzi, uma das melhores casas de rock da região Bragantina é conhecida pelo alto nível de exigência na seleção de bandas que lá se apresentam e, desde 2012, tem oferecido anualmente aos seus fiéis clientes pelo menos 4 noites com a Banda KZA 55. Apesar da nova vocalista Thaty já ter Fechando 2016 com mais de 60 shows participado dos últimos shows da Banda realizados, a Banda KZA 55 já deixou sua como convidada e do Luis Fernando já ter marca em diversas casas noturnas, clu- feito sua estréia no Acervo do Tuzzi em bes e espaços de eventos de 01/10, a banda fará 2 shows nossa cidade e região: Clube de lançamento de sua nova Banda KZA 55 fará de Regatas Bandeirantes, formação e de seu novo show: Clube de Campo de Bragança, show neste sábado dia 8 No sábado, dia 08 de outubro Clube Hípica Jaguari, Acervo para apresentar os novo a Banda KZA 55 leva seu do Tuzzi, Estalagem Dom show ao Reis Restaurante. João Restaurante, Santa Bar, integrantes da banda no Nesta noite o Reis comemoSão Gabriel Music Bar, PUB Reis Restaurante. Evento ra 26 anos de atividade e já Bragança, Porkarias, Jarras à partir das 20h. prepara a abertura de seu Atibaia, Atibar Atibaia, Barnovo espaço (pizzaria, happy Informação: 4032-1686 tolomeu Pinhalzinho, Espaço hour e serviço à la carte no Lelos Buffet, Casa Buona, período da noite). A partir Espaço Sanso, Estalagem deste mês o Reis também oferece festival Beer Fest, Festival de Inverno e Festival de Parmegiana semanalmente. Para a de Verão de Serra Negra, Clube da Bosch noite de aniversário o Reis Restaurante Campinas, entre outros. optou por levar o show de pop rock anos
Shows de lançamento da nova formação
O repertório
O repertório Pop Rock anos 80 traz músicas envolventes e agrada o público que não para de crescer. Nas músicas interpretadas pode-se ouvir uma mistura de sucessos nacionais e internacionais que incluem Queen, Bom Jovi, Legião Urbana, Aerosmith, Capital Inicial, RPM, Guns N’ Roses, Kid Abelha, DIO, Kiko Zambianchi, Ramones, Tears For Fears, Duran Duran, Radio Taxi, Roupa Nova, Kiss, Oingo Boingo, entre outros.
80 da Banda KZA 55. Reservas de mesas no Reis. No sábado, 29 de outubro a Banda KZA 55 faz uma noite especial de lançamento em noite anos 80 em local a ser divulgado. Após os 2 shows de lançamento, dia 05 de novembro a Banda KZA 55 se apresenta no Clube de Regatas Bandeirantes com participação de seu antigo vocalista João Bosco Pereira que, ao lado de Thaty Domingues vem abrilhantar o evento Noite Anos 80 do CRB com participação do DJ Andersound.
BANDA KZA 55
Thaty
Arnaldo
Luis Fernando
Alexandre
Bosco
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FAZENDA SERRINHA RECEBE VISITAS DE ESCOLAS PÚBLICAS
ENCONTROS com a paisagem
Em harmonia com o processo de restauração da mata, da biodiversidade e dos processos naturais, cada intervenção humana realizada na Fazenda Serrinha é pensada, planejada e executada partindo da premissa de que seu resultado deve produzir o mínimo impacto sobre o ambiente ou, preferencialmente, trazer-lhe benefícios. No segundo semestre de 2016, o projeto Encontros com a paisagem recebe trinta e dois grupos de crianças e jovens para visitar gratuitamente a fazenda.
PATROCÍNIO:
REALIZAÇÃO:
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Saúde
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Queloide
Doença que causa cicatriz maior atinge mais negros e asiático, queloide aparece em qualquer idade, mas costuma ser mais frequente na infância e na adolescência por FOLHAPRESS Arte: Folhapress
Algumas pessoas desenvolvem cicatrizes bem maiores e mais volumosas do que o normal. Isso se chama queloide, e seu tratamento, se não resulta em uma eliminação completa da ferida, pode devolver à pele um aspecto parecido com o de uma cútis normal. “A questão é só estética”, afirma Joaquim Mesquita Filho, dermatologista e diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, afastando qualquer risco de a pessoa desenvolver uma doença a partir do queloide. Não se sabe por que, mas negros, principalmente, e asiáticos são mais propensos a desenvolver a doença. Essas formações, segundo Mesquita, acontecem principalmente na infância e no final da adolescência, embora o queloide possa aparecer em qualquer idade. O médico explica que a marca segue o mesmo traço que ocorreria em uma cicatriz normal, só que é maior. Denise Steiner, dermatologista e coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que o queloide sempre produz fibra e um tumor endurecido. Qualquer trauma pode dar origem a um queloide. Até uma acne, a partir de sua inflamação. “São estimulados determinados processos inflamatórios da pele como se você tivesse sinalizado para a pele que ela tem que cicatrizar. Essa cicatrização passa por uma fase inflamatória e depois estimula a produção de colágeno, por meio de uma célula chamada fibroblasto”, explica Denise. Enquanto a inflamação está ativa, é comum sentir dor e coceira no local. O crescimento do queloide é lento e pode levar meses. Ele não regride sozinho, mas uma hora para de crescer. Quando está no começo, o tratamento pode dispensar cirurgia. Pomadas vendidas em farmácia não costumam dar resultados. O trabalho tem de ser feito sob orientação médica. (Gislaine Gutierre) Marca pode ser confundida, diz especialista Queloides podem ser confundidos com uma cicatriz aumentada (chamada de hipertrófica). “Apesar de também ser elevada, ela não ultrapassa o tamanho do trauma”, diz Denise Steiner, coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Essa cicatriz não tem causa genética. “Ela está mais relacionada ao trauma que a causou.” O médico pode indentificá-la. (GG)
Antenado
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Obras de Sérgio Cabral chegam ao e-book Oito volumes de autoria do biógrafo dos bambas, alguns deles esgotados em papel, estarão em 1.500 lojas virtuais
por ÁLVARO COSTA E SILVA/FOLHAPRESS
Em 1961, quando começou a atuar
de alguns deles, caso de Tom Jobim. “Mas
onomatopeia “bum bum, paticumbum,
“No Tempo de Almirante” (1990), livro em
como jornalista especializado em
não poupei ninguém”, garante.
prugurundum”), Bide, Buci Moreira,
torno de um nome tão importante como
música popular nas páginas do
“As Escolas de Samba do Rio de Janeiro”
Cartola e Carlos Cachaça.
esquecido –e que não está no pacote di-
“Jornal do Brasil”, Sérgio Cabral sentiu-
é um exemplo de pioneirismo. Publicado
Mais um perfil do que uma biografia, com
gitalizado pela Lazuli.
-se um privilegiado. Na época, muitos
em sua forma atual em 1996, deriva não
pouco mais de cem páginas, “Ataulfo
Entre as obras, também ficaram de fora
dos pioneiros do samba e do choro ainda
só das primeiras reportagens sobre o
Alves” foi o último texto publicado por
“Pixinguinha” e “Grande Otelo”. “Não
viviam, dispostos a contar tudo o que
tema publicadas no “JB” como também
Cabral, em 2009. Considera um livro que
temos os direitos autorais. Mas estamos
haviam feito e visto.
de um pequeno volume, “As Escolas de
devia a si mesmo, por não ter se dedicado
negociando”, diz o editor Miguel de Almeida.
“Era como se você fizesse uma conferência
Samba: O Quê, Quem, Como, Quando e
tanto ao compositor como fez em relação
Faltou biografar alguém? “Ah, sem dúvida
sobre história do Brasil e apresentasse, ao
Por Quê” (ed. Fontana, 1974).
a Nelson Cavaquinho, Cartola ou Zé Kéti.
a Aracy de Almeida, amiga inesquecível.
vivo, dom Pedro 1º. Os bambas estavam
Nele, o leitor tem acesso também a de-
Ao mostrar como o rádio de galena na
E meu companheiro de Maracanã –ele
ali para não deixar ninguém mentir. E
poimentos orais dos “professores”: Ismael
década de 1920 ajudou a projetar o maxi-
Flamengo, eu Vasco–, o Cyro Monteiro.
muito menos eu, que sempre me consi-
Silva (em sua conversa com o autor, surge
xe e o choro, o estudo “A MPB na Era do
Mas quem sabe ainda não me meto nessas
derei um repórter, e comecei a escrever
em letra de forma pela primeira vez a
Rádio” é um desdobramento da biografia
aventuras?”
livros sobre eles”, recorda Cabral, 79,
Foto: 5.dez.1974/Folhapress
que comemora a chegada de sua obra ao formato e-book. A editora Lazuli fechou um acordo com a distribuidora alemã Bookwire para a venda de oito títulos –entre os mais conhecidos, estão as biografias de Tom Jobim, Nara Leão e Elizeth Cardoso– em 1.500 lojas virtuais. A estratégia é buscar leitores de língua portuguesa e amantes da música espalhados pelo mundo –no Japão, existe a maior procura–, além de atender ao mercado interno com obras que estavam esgotadas no papel. Um delas é “No Tempo de Ary Barroso”, cuja primeira edição é de 1993. “Talvez tenha sido a biografia que mais gostei de fazer. Que compositor extraordinário era o Ary Barroso, e que vida ele teve. Não, não, minto. Apague o que eu disse. A que mais gostei foi a do Pixinguinha. O Ary havia de concordar comigo.” As biografias de Sérgio Cabral têm um caráter íntimo. Em algumas ocasiões o narrado, fruto de pesquisa e investigação, foi também vivenciado pelo biógrafo, que se tornou amigo e companheiro de copo
o jornalista e escritor sérgio Cabral em 1974
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Saúde
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Pesquisa com bichos passa por reavaliação Academia e indústria se esforçam para gastar menos com animais de experimentação e manter qualidade de resultados, iniciativas incluem uso de peixe que produz 200 ovos por dia e uso de pele artificial feita em laboratório
por FOLHAPRESS Arte: Folhapress
Uma das críticas mais comuns
ratos e outras espécies), maior é a chance
felicidade aos envolvidos, sejam eles hu-
(e injustas) ao uso de modelos
ÉTICA
de funcionar em pessoas.
manos ou não.
animais para entender a fisiologia
Mas o peixe ganha na disputa bioética.
A pele artificial pode cumprir bem o pa-
Essa posição causa calafrios em veganos,
humana e testar tratamentos contra do-
Se um cientista pode optar entre o D.
pel de testar um cosmético, já que um
contrários a qualquer exploração de se-
enças é a de que sempre haverá diferenças
rerio e o camundongo em um estudo que
dos principais objetivos ali e testar se há
res de outras espécies. Os animais têm
consideráveis entre os organismos. Agora
requer muitos animais, é mais fácil obter
reação alérgica e o poder de penetração
o direito de não serem usados para fins
imagine se o tal organismo fosse não um
aprovação quando os escolhidos forem
do produto na pele artificial.
humanos em nenhuma hipótese, dizem
roedor, mas um peixe.
os peixes.
Como o cosmético geralmente não chega
os defensores dessa corrente, chamada
Por incrível que pareça, há grandes van-
“Esses projetos são mais aceitos porque
até a corrente sanguínea, há uma limitação
de abolicionista.
tagens –especialmente logísticas e finan-
existe essa prole tão grande. E também
do que pode dar errado, biologicamente
Enquanto isso, empresas tecem poucas
ceiras– em adotar como modelo animal
porque é possível evitar procedimentos
falando –os efeitos, desejados ou não,
considerações éticas, convenientemen-
nossos distantes primos aquáticos.
invasivos”, afirma Mônica.
tendem a ser locais. “Ainda não existe
te alheias à discussão. L’Oréal, M.A.C.,
Em comparação ao camundongo, roedor
Para Monica Andersen, coordenadora do
solução para o que chamamos de toxi-
Pantene, Dove e Procter & Gamble ainda
de 25 gramas que tem gestação de 21
Concea (Conselho Nacional de Controle
cidade sistêmica. Se você toma algo, um
testam cosméticos em animais, situação
dias que leva mais 30 até a vida adulta, o
de Experimentação Animal), o esforço de
medicamento, o que acontece quando
em que o sofrimento dos bichos não gera
peixinho Danio rerio dá um aula de como
reduzir e otimizar o uso de animais acon-
ele entra no seu organismo? E em cada
praticamente nenhuma contrapartida.
se reproduzir de maneira eficiente.
tece, mas “substitui-los por simulações
tecido que você tem?”, diz Vanessa Rocha,
Para dialogar com essas corporações, é
São 200 ovos diários, contra cerca de
de computador ou por cultura de células
cientista da Natura.
necessário apelar ao utilitarismo, mos-
dez a cada gestação dos camundongos.
raramente é possível na pesquisa”.
Mesmo em indústrias de cosméticos, a
trando que há opções que causam menos
A discrepância faz com que o custo de
“Dá para estudar privação de sono em
questão financeira pode atrapalhar o fim
sofrimento. Iniciativas como o prêmio
cada indivíduo seja de R$ 0,80 –dez vezes
drosófilas [moscas-da-fruta], compor-
de testes. A Natura, anualmente, investe
Lush e as bolsas da ONG Peta (Pessoas
menos do que um camundongo.
tamento e efeitos de drogas –ao borrifar
em pesquisa e inovação 3% do faturamento,
Pelo Tratamento Ético dos Animais, que
A maior vantagem dos peixinhos, relata Mô-
cafeína nelas, por exemplo. Muito melhor
cerca R$ 200 milhões, diz Michel Blanco,
financiam pesquisas científicas sobre mé-
nica Lopes-Ferreira, do Instituto Butantan,
do que usar 200 ratos.”
gerente de relações com a mídia. O valor
todos alternativos aos testes com animais,
é o desenvolvimento externo. Os ovos viram
Mas em algum momento, animais mais
é significativo para empresas grandes e
são um bom começo.
larva em 72h e todo o processo é literalmente
complexos são necessários. No caso de
mais ainda para as menores. “Por isso,
Uma pesquisa da Peta de 2015 aponta que
transparente, o que facilita a observação de
testes de eficácia da fosfoetanolamina
proibir por lei testes com animais pode-
apenas nove de 63 marcas internacionais
estruturas internas dos bichos.
(“pílula do câncer”) ou na elaboração de
ria resultar em problemas para muitos
de cosméticos abandonaram os testes em
Entre os experimentos mais populares
uma vacina contra a zika (para evitar novos
empresários.”
animais, apesar de proibições em diversos
com o D. rerio estão os de embriologia e
casos de microcefalia) é evidente que esses
de toxicidade de substâncias. Não há ne-
testes são necessários, afirma Andersen.
cessidade de injeções, por exemplo –basta
OPINIÃO
países, inclusive na União Europeia e, no Brasil, no Estado de São Paulo.
Maior parte das empresas é alheia à dis-
O sofrimento de um coelho é compensado
cussão sobre sofrimento animal
pelo aperfeiçoamento de um produto an-
a substância a ser testada ser diluída na
Industria
água que o prejuízo no desenvolvimento
Outra iniciativa na direção dos famosos
NATÁLIA PORTINARI
tirrugas? A pergunta é fácil de responder
pode ser observado e calculado.
“três erres” (reduzir, refinar e substituir,
Peter Singer, filósofo australiano influente
moralmente, mas o cálculo feito pelas
O peixe também é útil, por exemplo, no
ou replace, em inglês) foi a criação de uma
entre vegetarianos, defende em “Ética
empresas é só econômico. A China exige
estudo de algumas distrofias musculares,
pele artificial para teste de cosméticos.
Prática” (1979) que alguns sofrimentos
que cosméticos exportados para lá sejam
doenças que causam perda de função
O testes em animais geralmente têm duas
são maiores do que outros. Um rato com
testados em animais, e nenhuma marca
progressiva dos músculos e que podem
funções. A primeira é a segurança. Se um
câncer sofre menos que uma pessoa, então
quer perder esse mercado.
matar antes dos 30 anos de vida.
produto não é seguro para um animal, há
é justificável sacrificar um rato pelo bem
Talvez, e é discutível, alguns ratos preci-
Mônica conta que entre o Homo sapiens
uma boa chance de também não fazer
da humanidade.
sem sofrer com câncer para salvar vidas
e o D. rerio há 70% de semelhança entre
bem para seres humanos.
Singer é utilitarista, ou seja, acredita que
humanas. Segundo a ONG Humane So-
os genes. Nesse quesito, o camundongo
A segunda está relacionada à eficácia da
é possível medir o sofrimento e o bem-
ciety, porém, 100 milhões de animais são
(Mus musculus) ainda é imbatível, com
substância que um dia entrará em contato
-estar de animais e seres humanos. Para
usados por ano para testes. Destes, poucos
mais de 99% dos genes compartilhados
com humanos. Se funciona em animais de
tomar uma decisão utilitarista, deve-se
são ratos-mártires e muitos poderiam ser
com nossa espécie.
experimentação (camundongos, coelhos,
escolher a opção que dá mais prazer ou
poupados.
Reflexão e Práxis
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
Registro (abrev.)
Cidade alagoana Sacerdotisas do Baco
Equivale a 0,001 kg (símbolo) Comportar
Ostentar Entidade do futebol brasileiro
Radical (abrev.)
Veículo que transita na ciclofaixa Ato como a tortura A temperatura típica do verão
A
Grande disparate Traço feito a lápis
BANCO
Que não condiz com a verdade Benéfico Conversa (poét.) (pop.)
O café, por sua origem geográfica
Instintiva reação humana à barata
L
T
A
Linha de frente da batalha (ing.)
Amon-(?), divindade egípcia (Mit.)
Corte (a barba) rente à pele 28
Solução A B C D T
E
N E O N
C
O
A E S S C O O M M A E R D I C R B F A S V
O C S E E O NO R O R E G O R A L C E I O S B A L M O L E TA A R I E R O N T D A I E A R I O R A S PE
Pedro Marcelo Galasso - cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com
B A C A N T E S
teresseiro profissional. Este ser político, de uma política pervertida, mas ainda assim política, busca a felicidade e o poder que os diversos grupos políticos oferecem em troca de apoio e de algumas atitudes vexatórias. Portanto, feliz do interesseiro, feliz daquele que se vende a estes senhores, feliz daquele que convive com isso. Será? Não, na verdade, o pior dos infelizes, o pior dos corruptos e dos mesquinhos. Não é possível esquecer dos que irão tirar proveito de tudo isso ao venderem seus princípios e ideais, caso os tivessem, em nome de uma tentativa mesquinha de conseguir algum cargo ou favor de quem quer que seja eleito. Pelo Brasil, se esquecem Coisa Publica não é uma empresa. Ela tem uma dinâmica própria e funções específicas que fogem das funções e dos propósitos de uma empresa privada sendo, na maioria das vezes, deficitária, ou seja, ela não tem a visão de lucros desenfreados, mas sim o horizonte da realização de ações que busquem equidade social, reparação histórica de desigualdades sociais, a inclusão de grupos minoritários, dentre outras funções que nem de longe obedecem as regras do lucro, típicas das empresas privadas. Algo que muitos esquecem ou ignoram. E como, a esta altura já sabemos, as eleições acabaram, as urnas da cidade de Bragança Paulista foram abertas, os votos apurados e, ainda assim, continuamos sem um candidato vitorioso para o cargo de prefeito. Além, é claro, do terror ao lermos os nomes dos vereadores eleitos ou reeleitos, os mesmos dos quais a população reclamava com frequência. Curiosa a dinâmica eleitoral bragantina para o cargo de prefeito. Caso o “vencedor” consiga seu cargo, já sabemos o que esperar; caso o segundo pretendente consiga o cargo, terá que lidar com uma Câmara liderada pelo grupo rival. É, nada de novo, de novo.
Melodioso (fig.) Usar com moderação
A N I T A G A R I B A L D I
As cenas são comuns com candidatos e candidatas acenando para as pessoas nas ruas. Eles nas posições mais altas, acenando como senhores ou senhoras de uma verdade que não possuem, e nós, as pessoas comuns, embaixo, reforçando o esteriótipo da nossa inferioridade social, demonstrando o papel das pessoas comuns, os eleitores, na hierarquia política brasileira, bestializados, como disse Aristides Lobo, com os olhares perplexos ou incrédulos. Surgem como falsos e falsas profetas ou falsos e falsas messias, todos movidos por interesses mesquinhos e por uma dinâmica partidária corrupta e corruptora que corrói o tecido social que os sustenta e para o qual deveriam trabalhar em nome do Bem Comum e pelo respeito às instituições. Usam suas buzinas e seus fogos de artifícios, sujam as ruas, desrespeitando normas públicas que eles dizem, mentirosamente, defender e pelas quais juram zelar, mas que, descaradamente, descumprem a olhos vistos. A prova de tais imposturas é a famosa e sempre confusa carreata. É como se neste período eleitoral, as regras existissem para muitos, mas não para eles. Figuras públicas? Não, uma classe política profissional da pior espécie, talvez o tipo mais comum que encontramos no Brasil. Nada de novo em um ano marcado por escândalos que envolvem a imensa maioria dos partidos políticos e têm em seus quadros políticos dos mais variados grupos e regiões. Quem diz isso? A nossa História, não só a História do Brasil, mas, também, a História recente de Bragança Paulista, refém de grupos políticos que se unem ou se desunem ao sabor de seus frívolos e ambiciosos desejos. A volúpia com a qual pessoas migram dentro e para além dos grupos políticos locais é de causar inveja nos mais confusos quadros políticos do país. E eis aqui o local de nascimento do tipo político que complementa, de forma fisiológica, o político profissional – o in-
Fontes de carboidratos e fibras, indicadas para o desjejum Jornal carioca
R
por pedro marcelo galasso
Cotó Alegação de quem foi indevidamente inscrito no SPC ou Serasa (Dir.)
Aparecer; surgir "(?) Louco", música
4/almo. 5/front. 6/etíope. 8/bacantes — desvario. 9/tennessee.
Nada, de novo
© Revistas COQUETEL
Heroína brasileira da Revolução Farroupilha Gás nobre usado na decoração
Sua capital é Nashville (EUA)
Casas em Condomínio
Jd. das Palmeiras..................................................................................................................R$ 650 mil Florestas de São Vicente (nova)..............................................................................................R$ 580 mil Euroville (nova).....................................................................................................................R$ 950 mil Portal de Bragança (nova)................................................................................................R$ 1.3 milhões Village Santa Helena....................................................................................................R$ 1.490 milhões Portal Bragança Horizonte (nova)..........................................................................................R$ 770 mil Villa Real (nova)....................................................................................................................R$ 900 mil Rosário de Fátima ( Ac imóvel – valor)............................................................................R$ consulte-nos
Terrenos em Condomínio
Villa Real 428m²...................................................................................................................R$ 160 mil Colinas de São Francisco 616m²............................................................(parcelamos em 10x) R$ 300 mil Terras de Santa Cruz 600m²...................................................................................................R$ 120 mil Portal Bragança Horizonte 341m²..........................................................................................R$ 200 mil Jd. Nova Bragança 300 m².....................................................................................................R$ 200 mil
Apartamentos
Ed. Piazza de Siena................................................................................................................ R$ 950 mil Apto. Jardim do Lago............................................................................................................. R$ 300 mil Apto. Centro (novo)................................................................................................................R$ 255 mil Apto. Jd nova Bragança ( Alto Padrão 230m² 3vagas)...................................................... R$ Consulte-nos Apto. Ed. Clipper (Centro) Reformado 3dorm. 1gar....................................................................R$ 450mil
Diversos
Casa Jd. Europa.....................................................................................................................R$ 530 mil Terreno Jd do Lago Comercial 600m² com terra planagem feita............................................. R$ 580 mil Imóvel Comercial AV. Norte-Sul.............................................................................................R$ 630 mil
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Jornal do Meio 869 Sexta 7 • Outubro • 2016